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<p>AO JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MAGÉ/RJ.</p><p>FULANO DE TAL, brasileiro(a), casado(a), pensionista, RG nº 21.035.807-3 IFP/RJ, CPF n.º 014.823.377-54, residente e domiciliado(a) na Rua 3, s/n, lote 7, quadra J, Centro, Magé-RJ, CEP: 25901-172, telefone (21) 97016-5491, e-mail:, vem, propor a presente</p><p>AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER</p><p>C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS</p><p>C/C TUTELA DE URGÊNCIA</p><p>em face de AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS LTDA (ENEL), pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob o nº 33.050.071/0001-58, com sede na Avenida Paulo Leitão, nº 695, CEP 25903-587, Flexeiras, Magé-RJ, pelos seguintes fatos e fundamentos:</p><p>DOS FATOS</p><p>Comparece a Autora a este Juízo em face da parte Ré na condição de credora da reclamada, com o objetivo de requerer sua assistência para resolver a lide em que se encontra conforme a narrativa adiante exposta.</p><p>DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA</p><p>DO DIREITO</p><p>a) DA TUTELA DE URGENCIA ANTECIPADA</p><p>O Código de Defesa do consumidor foi omisso em informar quais</p><p>são os SERVIÇOS ESSENCIAIS, no entanto mediante a teoria do</p><p>diálogo das fontes usamos subsidiariamente a lei nº 7.783/89 (Lei de</p><p>Greve) que em seu artigo 10, apontas os serviços considerados</p><p>essenciais, senão vejamos:</p><p>Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:</p><p>I- Tratamento e abastecimento de água, produção e</p><p>distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;</p><p>Vale salientar que estão presentes no caso em tela os 03 (três)</p><p>requisitos para a concessão da TUTELA DE URGÊNCIA PRETENDIDA,</p><p>ou seja, o fumus boni juris, o periculum in mora e da</p><p>verossimilhança da alegação, com fulcro no art. 300 do CPC.</p><p>Fato é que o direito do consumidor é evidente e assim não podendo</p><p>ficar na eminência de ter os serviços interrompidos indevidamente, por</p><p>um suposto débito que a ré alega ter após uma vistoria realizada</p><p>unilateralmente. Portanto, é inviável aguardar o exaurimento de todos</p><p>os procedimentos do processo judicial para repelir os desmanados da</p><p>ré; sobre isso vale relembrar o que disse o grande mestre Rui Barbosa:</p><p>“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e</p><p>manifesta.”</p><p>Meritíssimo Juiz, como outrora explanado, inexiste justa causa</p><p>para o não fornecimento do serviço de energia elétrica na sede da parte</p><p>autora, uma vez que deixou claro que os seus boletos estão em dia e</p><p>que a cobrança realizada é totalmente indevida, de modo que a</p><p>suspensão dos serviços essenciais seria inteiramente imotivada e caso seja efetuada, a Concessionária de Serviços Públicos estará fazendo de forma totalmente irregular e infundada. Ademais, não se admite corte no fornecimento de energia elétrica como forma de compelir o usuário ao pagamento de débitos, ainda mais quando se trata de cobrança abusiva que está sob análise. Não podendo permitir que a parte autora seja privada de um serviço que é público e que reflete um estágio de civilização e qualidade de vida, objetivando o bem-estar comum. Destarte, deve ser DEFERIDO o pedido de TUTELA DE URGÊNCIA pleiteada pela parte a autora para que a Concessionária de Serviços Públicos RESTABELEÇA os serviços de energia elétrica na residência do autor e SUSPENDA a cobrança do TOI no valor de R$ 1.881,51 (Um mil oitocentos e oitenta e um reais e cinqüenta e um centavos); bem como, se ABSTENHA de realizar qualquer parcelamento referente ao TOI discutido; que se ABSTENHA de novamente interromper o fornecimento de energia na residência que o autor no curso da lide; e, por fim, se ABSTENHA de incluir o nome do autor no SPC/SERASA em razão do TOI, tendo em vista que estão totalmente presentes os requisitos exigidos para deferimento da tutela, ora pleiteada. b) DA IRREGULARIDADE DO TOI O procedimento de aferição de irregularidades carece das formalidades legais que devem ser revestidas para dar maior legalidade ao procedimento, eis que seu desdobramento acarreta multa punitiva a qual onera parte autora, de modo que o procedimento verificador da mesma não pode estar eivado de vícios Neste sentido, sua presunção é relativa de modo que qualquer prova ao contrário desvirtua sua veracidade. Não é considerada justa a realização de uma prova a qual não tem cunho contraditório e de ampla defesa, não havendo espaço para ser discutida no âmbito jurisdicional em sentido amplo, pois a ré após a suposta verificação de irregularidade, de plano efetua a aplicação da multa, visando apenas o lucro e não a repressão das irregularidades. Enfatizando que todos seus atos fiscalizatórios não se encontram devidamente de acordo com o art.129 da Resolução de 414/2010, em específico a (i) a lavratura do Termo de Ocorrência e Inspeção, nos moldes descritos pelo Anexo V da Resolução ANEEL nº 414/2010, (ii) a elaboração de relatório técnico, quando da constatação de violações no medidor, e (iii) a entrega de cópia do TOI ao consumidor. Sobre o alegado, vale postar o entendimento da jurisprudência pátria: RECURSO Nº: 0002334-88.2011 RECORRENTE: LINDACI DA SILVA ALMEIDA RECORRIDO: AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/A VOTO A autor insurge-se contra a cobrança de recuperação de consumo decorrente de irregularidade constatada pela ré, através da lavratura de TOI. Interpôs recurso pretendendo a reforma da sentença que acolheu a preliminar de incompetência do Juízo e julgou extinto o processo sem resolução do mérito. Requer o provimento do recurso para cancelamento do TOI e da cobrança dele decorrente, bem como indenização por danos morais. A preliminar de incompetência do Juízo deve ser afastada, porquanto desnecessária para dirimir a questão envolvendo débitos decorrentes de TOI. Os documentos apresentados nos autos pelo réu (fls. 71/73) indicam que, de fato, a medição do consumo por determinado período foi igual a zero, o que poderia sugerir a existência de irregularidade. Entretanto, não pode a ré cobrar a recuperação de consumo sem possibilitar a consumidora a discussão sobre a sua correção. Indevida, portanto, a cobrança. Registre-se, no entanto, que o cancelamento do débito não afasta o direito da ré de promover sua cobrança pelos meios ordinários, com instauração do contraditório e perícia técnica para apurar o consumo recuperado e os valores a serem pagos pela consumidora. Danos morais configurados, diante da suspensão indevida do serviço, mostrando-se a quantia de R$ 3.000,00 compatível com a repercussão e natureza do dano. Diante do exposto, voto no sentido de dar PROVIMENTO AO RECURSO para afastar a preliminar de incompetência do Juízo e JULGAR PROCEDENTES os pedidos, condenando a ré a cancelar o Termo de Ocorrência de Irregularidade objeto da lide, se abstendo de cobrar os valores a ele pertinentes, sob pena de multa equivalente ao dobro de cada valor cobrado, ressalvando-se a possibilidade de constituição do crédito através de demanda judicial, e a pagar à autor a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de danos morais, corrigida monetariamente desta data e com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. Sem ônus sucumbenciais. Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2014. SIMONE DE FREITAS MARREIROS JUÍZA RELATORA TERCEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL DRJ. (G. N.) (TJ-RJ - RI: 00023348820118190075 RJ 0002334- 88.2011.8.19.0075, Relator: SIMONE DE FREITAS MARREIROS, Terceira Turma Recursal, Data de Publicação: 21/05/2014 13:02) Por fim, a multa trata-se de prova unilateral a qual sequer foi dada oportunidade para o autor se manifestar na seara administrativa, acarretando ferimento aos princípios da presunção de boa-fé e ampla defesa. c) DA ILEGALIDADE DA COBRANÇA Certo é que a cobrança astronômica feita à parte autora se mostra totalmente indevida e abusiva, sendo assim completamente reprovável a atitude da ré Na relação de consumo, o consumidor é a parte mais vulnerável, ficando totalmente exposto aos desmandos da concessionária de serviços públicos, merecendo assim ter suas reivindicações olhadas com a maior atenção, para que a relação consumerista seja um pouco mais equilibrada. Fato é que tal cobrança teve origem através de uma vistoria feita pelos próprios funcionários da empresa ré, sem</p><p>ser a parte autora comunicada previamente, e desta forma ferindo o princípio de boa-fé objetiva, princípio este, que desde a nova ordem constitucional passa ser a mola mestra dos contratos em geral e da relação de consumo. A fundamentação desse dever de mitigar nasce do princípio da boa-fé objetiva, onde o titular de um direito – o credor – sempre que possível – deve atuar de forma a minimizar o âmbito de extensão do dano. Evitando assim, que a situação se agrave. Enunciado nº 169 da III Jornada de Direito Civil: “princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo”. Além disso, salienta-se que, ainda que houvesse qualquer irregularidade no medidor da parte autora, tal problema seria de culpa exclusiva da ré, uma vez que o equipamento foi instalado pela própria ré e jamais foi manuseado por outras pessoas, senão pelos próprios funcionários, e dessa forma sendo totalmente ilegal e imoral, repassar a consumidora os custos pelo mau serviço efetuado por seus funcionários ou má-qualidade de seus equipamentos, se configurando assim repasse ilegal do risco do negócio ao consumidor. Por conseguinte, deve ser tal cobrança cancelada, esse também é o entendimento do Tribunal de Justiça do Rio de Justiça abaixo: RECURSO nº: 0002334-88.2011 RECORRENTE: LINDACI DA SILVA ALMEIDA RECORRIDO: AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/A VOTO A autora insurge-se contra a cobrança de recuperação de consumo decorrente de irregularidade constatada pela ré, através da lavratura de TOI. Interpôs recurso pretendendo a reforma da sentença que acolheu a preliminar de incompetência do Juízo e julgou extinto o processo sem resolução do mérito. Requer o provimento do recurso para cancelamento do TOI e da cobrança dele decorrente, bem como indenização por danos morais. A preliminar de incompetência do Juízo deve ser afastada, porquanto desnecessária para dirimir a questão envolvendo débitos decorrentes de TOI. Os documentos apresentados nos autos pelo réu (fls. 71/73) indicam que, de fato, a medição do consumo por determinado período foi igual a zero, o que poderia sugerir a existência de irregularidade. Entretanto, não pode a ré cobrar a recuperação de consumo sem possibilitar ao consumidor a discussão sobre a sua correção. Indevida, portanto, a cobrança. Registre-se, no entanto, que o cancelamento do débito não afasta o direito da ré de promover sua cobrança pelos meios ordinários, com instauração do contraditório e perícia técnica para apurar o consumo recuperado e os valores a serem pagos pelo consumidor. Danos morais configurados, diante da suspensão indevida do serviço, mostrando-se a quantia de R$ 3.000,00 compatível com a repercussão e natureza do dano. Diante do exposto, voto no sentido de dar PROVIMENTO AO RECURSO para afastar a preliminar de incompetência do Juízo e JULGAR PROCEDENTES os pedidos, condenando a ré a cancelar o Termo de Ocorrência de Irregularidade objeto da lide, se abstendo de cobrar os valores a ele pertinentes, sob pena de multa equivalente ao dobro de cada valor cobrado, ressalvando-se a possibilidade de constituição do crédito através de demanda judicial, e a pagar à autora a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de danos morais, corrigida monetariamente desta data e com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. Sem ônus sucumbenciais. Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2014. SIMONE DE FREITAS MARREIROS JUÍZA RELATORA TERCEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL DRJ. (G. N.) (TJ-RJ - RI: 00023348820118190075 RJ 0002334- 88.2011.8.19.0075, Relator: SIMONE DE FREITAS MARREIROS, Terceira Turma Recursal, Data de Publicação: 21/05/2014 13:02). d) DO DEVER DE INDENIZAR POR DANOS MORAIS E DESVIO DO TEMPO PRODUTIVO E ÚTIL DO CONSUMIDOR A relação de consumo resguardada por lei tem por seu principal objeto, o atendimento das necessidades do consumidor, respeito à dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de vida, bem como a transferência e harmonia desta relação. Indiscutível que a hipótese em questão encontra inserida no conceito de relação jurídica de consumo, sendo, portanto, inteiramente aplicáveis às regras e os princípios do diploma consumerista. O Dano Moral fica caracterizado, pela lesão sofrida pelo consumidor, o arbitramento judicial é o mais competente para se fixar o dano moral e embora nessa penosa tarefa não esteja o juiz subordinado a nenhum limite legal, nem a qualquer tabela pré-fixada, deve, entretanto, atentando para o princípio da razoabilidade, estimar uma quantia compatibilizada com a reprovabilidade da conduta ilícita e a gravidade do dano produzido por este comportamento Ressalta-se que a atitude posta em prática pela ré configura conduta ilegal e abusiva de acordo com os demais princípios e direitos abraçados pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Além disso, pelas reclamações e documentos anexados aos autos, podemos comprovar que a parte autora na tentativa de resolver seu problema efetuou várias reclamações, sendo obrigada a perder seu precioso tempo com horas de espera para tentar ser ouvida pela ré, no entanto mesmo assim ainda não obteve uma solução para o seu problema. Devendo ser a ré condenada a indenizar a parte autora por causa-lhe o desperdício de seu tempo útil e produtivo diante de seu mau serviço prestado. e) DO CABIMENTO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA No que tange às relações de consumo, deve-se compreender que presentes os requisitos da hipossuficiência, vulnerabilidade e verossimilhança das alegações, haverá a inversão do ônus da prova. Assim sendo, a autora tem o dever de comprovar o mínimo dos seus alegados e a ré o adverso. Nesse sentido temos as palavras de Rizzatto Nunes: “(...) hipossuficiência, para fins da possibilidade de inversão do ônus da prova, tem sentido de desconhecimento técnico informativo de produto ou do serviço, de suas propriedade, de seu funcionamento vital e/ou intrínseco, de sua distribuição, dos modos especiais controle, dos aspectos que podem ter gerado o acidente de consumo e dano, das características do vício etc” (Nunes, Luiz Antônio Rizzato. Curso de Direito da Consumidora. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 731 Desta forma, requer a inversão do ônus da prova, tendo em vista a hipossuficiência e vulnerabilidade da parte autora frente à ré. DOS PEDIDOS: Requer a parte autora, devido aos acontecimentos ora narrados e respeitosamente, se digne V. Exa.: 1. A citação da ré na pessoa do seu representante legal para que, querendo conteste o presente feito; 2. Que seja determinada a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, com base na norma enunciada no art. 6º, VIII da Lei nº 8.078/90 3. Que seja concedida LIMINARMENTE em consonância com o art. 300 CPC, a TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA para determinar que a Concessionária de Serviços Públicos RESTABELEÇA os serviços de energia elétrica na residência do autor e SUSPENDA a cobrança do TOI no valor de R$ 1.881,51 (Um mil oitocentos e oitenta e um reais e cinqüenta e um centavos); bem como, se ABSTENHA de realizar qualquer parcelamento referente ao TOI discutido; que se ABSTENHA de interromper o fornecimento de energia na residência que o autor usa como depósito; e, por fim, se ABSTENHA de incluir o nome do autor no SPC/SERASA em razão do TOI, no prazo e sob pena de multa a ser arbitrada, tornando a tutela definitiva; 4. Que seja ré condenada a efetuar o CANCELAMENTO dos TOI no valor de R$ 1.881,51 (Um mil oitocentos e oitenta e um reais e cinqüenta e um centavos), tendo em vista que o autor está devidamente em dia com suas obrigações e que nunca houve qualquer irregularidade no seu medidor, no prazo e sob pena de multa estipulados pelo juízo; 5. Que seja o réu condenado na obrigação de fazer de DEVOLVER ao autor, em dobro, eventuais pagamentos relacionados ao TOI aqui impugnado, tais como parcelamentos indevidos ou qualquer outra cobrança correlacionada ao TOI, no prazo e sob pena de multa a ser arbitrada; 6. Que seja concedida a condenação do réu em pagar o valor de R$ 38.118,49 (Trinta e oito mil cento e dezoito reais</p><p>e quarenta e nove centavos) a títulos de DANOS EXTRAPATRIMONIAIS causados ao autor por Danos Morais e desvio do tempo útil e produtivo, já que a atitude da ré causou diversas repercussões na vida cotidiana do consumidor. E, também punição da ré, para que não reitere conduta abusiva de tal ordem;</p><p>2.2 - PERIGO DA DEMORA</p><p>Já o perigo de dano justifica-se em razão</p><p>DO PEDIDO</p><p>a) Em face do exposto, requer a V. Exa. a citação e intimação da Ré para comparecer no dia e hora designados pela Secretaria para a realização da sessão de Conciliação, contendo endereço do juízo, cópia do pedido inicial, e advertência de que não comparecendo, considerar-se-ão verdadeiros os fatos articulados na inicial, salvo se contrário resultar da convicção do Juiz (Lei 9099/95, art. 18, parágrafo 1º. E art. 20);</p><p>b) Seja invertido o ônus da prova face a verossimilhança das alegações da reclamante e de sua hipossuficiência, nos termos do art. 6º,VIII CDC.;</p><p>c) Seja concedida a antecipação parcial dos efeitos da tutela de urgência inaudita altera pars, de forma a determinar que a ré, sob pena de incidência de multa diária a ser arbitrada pelo juízo:</p><p>c.1) suspenda a exigibilidade de pagamento das faturas de consumo relativas aos meses de dezembro de 2021 em diante, determinando seu refaturamento, apontando valor correspondente a média de consumo dos meses x a x, suspendendo toda e qualquer cobrança referente à dívida em discussão até o deslinde da causa e a apuração do valor realmente devido;</p><p>c.2) abstenha-se de praticar toda e qualquer medida extrajudicial coercitiva, principalmente o lançamento do nome do demandante nos cadastros de devedores (SPC e SERASA);</p><p>c.3) abasteça a residência do autor TODO DIA 5 (CINCO) DE CADA MÊS 7.000L (sete mil litros) E TODO DIA 20 (VINTE) DE CADA MÊS 8.000L (oito mil litros), totalizando 15.000L que o autor tem direito;</p><p>d) A procedência do pedido para confirmar a antecipação dos efeitos da tutela, na forma requerida no item C da exordial;</p><p>e) Seja julgado procedente o pedido para declarar a inexistência das dívidas de R$ 114,96 (cento e quatorze reais e noventa e seis centavos), R$ 279,20 (duzentos e setenta e nove reais e vinte centavos) e R$ 134,73 (cento e trinta e quatro reais e setenta e três centavos), determinando seu refaturamento para que o autor realize o pagamento do valor devido referente ao consumo de 15.000L de que fez uso.</p><p>f) Seja a parte ré condenada a título de dano moral a autora, o que o Douto Juízo entender que é devido, pelos transtornos e constrangimentos causados.</p><p>PROVAS:</p><p>Protesta-se por todas as provas que se fizerem necessárias, especialmente a Documental, Testemunhal e Depoimento pessoal das empresas reclamadas.</p><p>Valor da causa: R$ 22.000,00</p><p>Magé, de de 2021.</p><p>_________________________________________</p>