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<p>Apresentação</p><p>Saudações!</p><p>Que bom que você começou a estudar com esta Apostila!</p><p>Esta Apostila, composta de Unidades de Estudo, foi elaborada com o objetivo de</p><p>orientá-lo e incentivá-lo a pesquisar em outros materiais.</p><p>Qualquer dúvida que você tenha, procure o INED.</p><p>A sigla INED significa Instituto Nacional de Educação a Distância, mas também pode</p><p>ser:</p><p>Interação</p><p>Nacional</p><p>Educação</p><p>Democrática</p><p>O nosso método é INÉDito!!</p><p>Bons Estudos!</p><p>Insista e não Desista!</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 2</p><p>Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro</p><p>de 1998.</p><p>Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005</p><p>Todos Direitos de edição reservados à:</p><p>Laudera Participações S/S Ltda.</p><p>Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010</p><p>e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Site: www.inedead.com.br</p><p>Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:</p><p>827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.</p><p>mailto:institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 3</p><p>MÓDULO I</p><p>Parte 1</p><p> Organizações e Técnicas Comerciais e Marketing Imobiliário</p><p> Direito e Legislação</p><p> Desenho Arquitetônico e Noções de Construção Civil</p><p> Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 4</p><p>Índice</p><p>Título Página</p><p>Organizações e Técnicas Comerciais e Marketing Imobiliário</p><p>Aula 01 – Noções de Administração 09</p><p>Aula 02 – Administração de Imóveis 16</p><p>Aula 03 – Administração de Condomínios 17</p><p>Aula 04 – Marketing 21</p><p>Aula 05 – Técnicas de Vendas 28</p><p>Ampliando Conhecimentos 39</p><p>Direito e Legislação</p><p>Aula 01 – Direito – Fundamentos e Origem 45</p><p>Aula 02 – Moral e Direito 46</p><p>Aula 03 – Direito Público e Direito Privado 46</p><p>Aula 04 – Definições 47</p><p>Aula 05 – Noções Sobre Estado e Nação 49</p><p>Aula 06 – Os Bens e o Patrimônio 50</p><p>Aula 07 – Futuros Jurídicos - Aquisição 51</p><p>Aula 08 – Atos Jurídicos 55</p><p>Aula 09 – As Pessoas, o Direito das Coisas e a Posse 57</p><p>Aula 10 – Dos Direitos das Coisas 61</p><p>Aula 11 – Propriedade – Direito e Obrigações 62</p><p>Aula 12 – Do Direito Real Sobre Coisas Alheias 63</p><p>Aula 13 – Das Obrigações 65</p><p>Aula 14 – Dos Contratos 66</p><p>Aula 15 – Títulos e Agentes de Crédito 67</p><p>Aula 16 – Lei - nº 6.530/78 69</p><p>Aula 17 – Decreto – N.º 81.871/78 74</p><p>Aula 18 – Resolução COFECI – N.º 005/78 82</p><p>Aula 19 – Resolução COFECI – N.º 326/92 83</p><p>Aula 20 – Resolução COFECI – N.º 327/92 86</p><p>Aula 21 – Resolução COFECI – N.º 334/92 96</p><p>Aula 22 – Resolução COFECI – N.º 341/92 97</p><p>Aula 23 – Código de Defesa do Consumidor 106</p><p>Anexos 106</p><p>Desenho Arquitetônico e Noções de Construção Civil</p><p>Aula 01 – Elementos de Geometria Plana 116</p><p>Aula 02 – Perímetros e Áreas de Algumas Figuras Plana 119</p><p>Aula 03 – Elementos da Geometria Espacial 121</p><p>Aula 04 – A Arquitetura 123</p><p>Aula 05 – O Projeto Arquitetônico 126</p><p>Aula 06 – O Desenho Arquitetônico 128</p><p>Aula 07 – Plantas 135</p><p>Aula 08 – Noções de Construção Civil 139</p><p>Aula 09 – Patologias da Construção 146</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 5</p><p>Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa</p><p>Aula 01 – Declaração Negativa de Vínculo Empregatício e Solicitação de</p><p>Emprego</p><p>160</p><p>Aula 02 – Carta 161</p><p>Aula 03 – Requerimento 162</p><p>Aula 04 – Notícia 163</p><p>Aula 05 – Reportagem 163</p><p>Aula 06 – Recibo 164</p><p>Aula 07 – E-mail 165</p><p>Aula 08 – Anúncio Publicitário 166</p><p>Aula 09 – Classificados 166</p><p>Aula 10 – Currículo 167</p><p>Aula 11 – Ofícios 169</p><p>Aula 12 – Relatório 170</p><p>Aula 13 – Aviso 172</p><p>Aula 14 – Memorando 172</p><p>Aula 15 – Comunicado 173</p><p>Aula 16 – Contrato 173</p><p>Aula 17 – Memorial Descritivo 174</p><p>Aula 18 – Coesão e Coerência 174</p><p>Aula 19 – Funções da Linguagem 175</p><p>Aula 20 – Tipos de Texto 176</p><p>Aula 21 – Glossário 176</p><p>Aula 22 – Variação Linguística 177</p><p>Aula 23 – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 179</p><p>Aula 24 – Tonicidade e Classificação das Palavras 195</p><p>Aula 25 – Substantivo 196</p><p>Aula 26 – Artigo 202</p><p>Aula 27 – Adjetivo 203</p><p>Aula 28 – Numeral 211</p><p>Aula 29 – Pronome 213</p><p>Aula 30 – Verbo 218</p><p>Aula 31 – Adverbio 222</p><p>Aula 32 – Preposição 223</p><p>Aula 33 – Conjunção 225</p><p>Aula 34 – Interjeição 227</p><p>Aula 35 – Frase e Oração 230</p><p>Aula 36 – Regras de Acentuação Gráfica 232</p><p>Aula 37 – Pontuação 233</p><p>Aula 38 – Vamos Escrever Certo? 236</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 6</p><p>Organizações e Técnicas</p><p>Comerciais</p><p>e</p><p>Marketing Imobiliário</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 8</p><p>Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro</p><p>de 1998.</p><p>Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005</p><p>Todos Direitos de edição reservados à:</p><p>Laudera Participações S/S Ltda.</p><p>Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010</p><p>e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Site: www.inedead.com.br</p><p>Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:</p><p>827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.</p><p>mailto:institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 9</p><p>Vamos fazer uma abordagem básica sobre a administração, e apresentar variantes para</p><p>aplicação mais específica ao mercado imobiliário. São informações importantes para entender o</p><p>funcionamento das empresas, seja para quem pretende ter sua própria imobiliária, como para quem irá</p><p>trabalhar em outra imobiliária e pretende crescer profissionalmente.</p><p>O conhecimento de Administração é necessário tanto para o proprietário de uma pequena imobiliária, como para quem visa um</p><p>cargo de chefia em uma grande imobiliária.</p><p>1.1 – ORGANIZAÇÕES</p><p>Organização é todo sistema constituído de forma a atingir determinado objetivo, seja</p><p>fornecimento de produtos ou serviços, seja com finalidade filantrópica, lazer etc., podendo ou não, ter</p><p>fins lucrativos.</p><p>As organizações podem ser grandes ou pequenas, formais ou informais, ou seja, desde um</p><p>grupo empresarial detentor de várias indústrias (grande e formal), como um grupo de pessoas que se</p><p>reúne para fazer passeios de bicicleta no final de semana (pequeno e informal) podem ser considerados</p><p>organizações.</p><p>Tanto um grupo empresarial, como</p><p>Encante seu cliente evidenciando os benefícios que o atraíram no imóvel.</p><p>Na necessidade de contato com o cliente, caso ele não faça restrição, aproveite e utilize as</p><p>mensagens pelo celular, que são mais acessíveis que o e-mail e que podem substituir com vantagem as</p><p>chamadas telefônicas - que em alguns momentos podem ser inconvenientes - além de permitir a</p><p>transmissão de links, fotos e vídeos, o que representa ganho de tempo e agilidade. Cuidado com as</p><p>mensagens de áudio, pois assim como as ligações, podem ser inconvenientes; dependendo da situação</p><p>em que seu cliente esteja, ele não poderá ouvir, mas poderia ler uma mensagem de texto.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 34</p><p>5.3.5 - Administre seu tempo e o do cliente</p><p>Retorne as ligações e mensagens o mais breve possível, mas nunca deixe um cliente esperando</p><p>para atender a outro; se estiver em atendimento, termine esse trabalho para depois retornar sua</p><p>ligação, ou solicite à um colega para que avise que você irá contatá-lo em breve.</p><p>Faça sua busca pelos imóveis a serem oferecidos com rapidez, pois é certo que seu concorrente</p><p>também terá produtos para apresentar ao cliente. Portanto, chegue antes da concorrência, marque suas</p><p>reuniões e visitas o mais breve possível e seja objetivo com a apresentação do que realmente importa</p><p>ao cliente, para não deixar que ele perca tempo com imóveis que não lhe interessam, porém, não deixe</p><p>de apresentar boas alternativas que possam interessar a ele.</p><p>Você não precisa ser um “corredor”, basta ser um corretor ágil.</p><p>Muitas vezes o seu cliente só disporá de tempo fora do horário comercial, principalmente no</p><p>caso de imóvel residencial - que é um assunto particular - é bem provável que ele trate disso à noite ou</p><p>em finais de semana. Dessa forma, você deve estar preparado para encontrar-se disponível também</p><p>nesses horários.</p><p>5.3.6 - Visita</p><p>É o momento mais importante, pois é quando você deverá unir o racional e o emocional do</p><p>cliente. Uma das coisas que mais precisam ser valorizadas são os aspectos emocionais que movem as</p><p>pessoas a se decidirem ou não por algo, e esses aspectos você já deve ter captado nas conversas que</p><p>teve ao longo do atendimento.</p><p>O corretor precisa saber unir os benefícios que suprem as necessidades, com os que suprem os desejos do seu cliente.</p><p>Ao apresentar o imóvel, valorize as funcionalidades e evidencie os benefícios que o cliente</p><p>destacou que necessitava e outros benefícios que, com a sua percepção, você já sabe que irão agradá-</p><p>lo. Serão justamente essas características que, na visão do cliente, irão agregar valor ao imóvel.</p><p>Observe cada reação, até mesmo o olhar do cliente enquanto ele conhece o imóvel, para</p><p>identificar os pontos que são importantes para ele, e valorizá-los, estimule-o a fazer comentários no</p><p>momento que perceber uma reação positiva.</p><p>O bom corretor conseguirá fazer com que o cliente se sinta morando no imóvel que está</p><p>visitando. Faça-o imaginar vivendo lá, usufruindo dos benefícios que o imóvel oferece, situe-o nos</p><p>ambientes. Quanto mais tempo o cliente ficar no imóvel, mais irá se familiarizar com ele.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 35</p><p>O cliente deve sentir-se vivenciando os benefícios do imóvel, mesmo que este esteja vazio.</p><p>É muito importante que você não faça elogios, quando pode deixar que o próprio cliente os faça.</p><p>Como? Pergunte, direcionando a resposta quando observar que algo o encantou. Pergunte a opinião</p><p>dele sobre esse item. Isso o direcionará a dizer que gostou, e será mais efetivo, pois não foi você quem</p><p>afirmou, mas ele mesmo processou essa informação para poder responder.</p><p>Tire as dúvidas e não conteste objeções ou críticas, mas exponha soluções para esses pontos.</p><p>O importante no marketing é identificar os problemas para oferecer as soluções.</p><p>Surpreenda o cliente falando de características além do óbvio. Apresente a ele aspectos,</p><p>principalmente os subjetivos, que você tenha captado e que provavelmente passe despercebido até</p><p>mesmo por ele, mas que podem se transformar em satisfação. Por exemplo, o status de ter</p><p>determinado imóvel, de morar naquela região, ou o benefício de vagas de garagem espaçosas, já que</p><p>você viu que seu cliente chegou com um carro grande. Mostrar pontos que ele não havia explicitado,</p><p>mas que satisfazem seus desejos e necessidades, irá chamar atenção e aproximá-los, pois você</p><p>comentou sobre algo com o qual ele se identifica.</p><p>5.3.7 - Fechamento</p><p>Do início do atendimento até o fechamento da negociação de venda ou locação, pode ou não</p><p>decorrer muito tempo, isso dependerá principalmente da necessidade do cliente, porém há um ponto</p><p>importante que o corretor deve saber identificar, que é o momento do fechamento.</p><p>Você irá se deparar com clientes de todos os tipos, desde os que não aceitam qualquer opinião,</p><p>até os que precisam que você decida por eles. Dependerá de você ter o feeling para saber de que</p><p>forma irá direcioná-lo para o fechamento, pois não há uma fórmula mágica. Lembre-se que seu cliente</p><p>também está negociando com outros corretores, portanto você precisa estar à frente deles na qualidade</p><p>do atendimento, oferecendo o produto e as condições mais vantajosas.</p><p>Não existe fórmula mágica para o fechamento, o corretor deverá identificar o momento certo.</p><p>Nesse momento, reforce com ênfase os pontos favoráveis mais fortes e leve-os a imaginar</p><p>usufruindo dos benefícios mais importantes para eles, além de lembrá-los do "sonho" que está por trás</p><p>de adquirir aquele imóvel.</p><p>Quando você percebe que conseguiu encantar o cliente, que ele se mostra satisfeito com o</p><p>imóvel, e que as condições de pagamento estão adequadas às suas condições, não aguarde</p><p>passivamente que ele diga “sim”. Identifique o momento certo de direcionar a conversa ao fechamento.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 36</p><p>Você precisará fazer isso com cuidado e bom senso, e conduzi-lo com naturalidade para este objetivo,</p><p>de forma que ele não se sinta pressionado e desconfortável.</p><p>Você pode até definir o fechamento, mas faça-o sempre de forma que o cliente sinta que foi ele</p><p>quem tomou a decisão de fechar esse ótimo negócio.</p><p>Introduza no assunto a sua disposição para assessorá-lo nas orientações necessárias com a</p><p>documentação, ampliando o leque de benefícios, pois seu cliente também está negociando com outros</p><p>corretores, portanto você precisa estar à frente deles na qualidade do atendimento, oferecendo o</p><p>produto e as condições mais vantajosas.</p><p>5.3.8 – Pós-venda</p><p>Algo que muitos não fazem e por isso mesmo deixam de obter a fidelização do cliente é o pós-</p><p>venda.</p><p>Se você conseguiu atender às expectativas do cliente e foi honesto e claro na negociação,</p><p>dificilmente terá problemas no pós-venda, já que o seu objetivo não é apenas vender o imóvel, mas</p><p>também, deixar o cliente satisfeito. Procure saber quando o seu cliente pretende se mudar e entre em</p><p>contato após algum tempo, para saber se ele já se instalou no novo imóvel. Caso ache adequado, você</p><p>poderá enviar uma lembrança simples como flores ou bombons com mensagens de boa sorte e seu</p><p>cartão. Isso deixará a sua marca na memória do cliente.</p><p>Se além de você ter feito uma boa venda, conseguiu que ele tenha feito uma boa compra,</p><p>certamente ele irá indicá-lo como “o meu corretor”, e essas indicações</p><p>são importantes, pois quem a</p><p>recebeu não o verá como um estranho, e você já terá a simpatia e confiança deles, quebrando assim a</p><p>primeira barreira.</p><p>Quando alguém o procura por indicação, você já tem a sua simpatia e confiança.</p><p>Mantenha sua carteira sempre ativa, enviando mensagens de felicitações nos aniversários, final</p><p>de ano, até mesmo no “aniversário de 1º ano” da compra do imóvel, assim você marca sua presença,</p><p>além de fixar a sua imagem como o corretor que fez a venda.</p><p>São formas de contato passivo, que não exigem resposta do cliente. Quando ele precisar,</p><p>lembrará de você e saberá como encontrá-lo. Mas use o bom senso para não cometer excessos e</p><p>acabar sendo “bloqueado” pelo seu cliente por importuná-lo com frequência.</p><p>É bom mantê-los sempre informados sobre qualquer mudança em seus contatos e ter vários</p><p>canais de comunicação além do tradicional e-mail e celular, usando as mídias sociais disponíveis.</p><p>Não deixe que o cliente perca seus canais de contato.</p><p>Vale lembrar que o maior patrimônio do corretor é a sua carteira de clientes. Imóvel não se</p><p>vende como pão, todos os dias, portanto, trabalhe para enriquecer sua carteira de clientes e aumentar</p><p>suas possibilidades a longo prazo, pois quem foi bem atendido, comprou um imóvel e se sentiu</p><p>satisfeito, irá indicá-lo a parentes e amigos, o que terá um efeito multiplicador, além de procurá-lo no</p><p>caso de precisar de outro imóvel no futuro, ou até mesmo, caso vire um investidor.</p><p>Lembre-se: facilitar a compra para o cliente, é facilitar a sua venda.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 37</p><p>5.3.9 - Organize seu banco de dados</p><p>Crie seu próprio banco de dados, o mais completo possível, tanto com informações de cada</p><p>cliente, como também dos imóveis. Assim você terá sempre em mãos quais são as necessidades, e as</p><p>principais características tanto dos clientes quanto dos imóveis, e poderá cruzar estas informações para</p><p>facilitar a busca pelo imóvel ideal. Coloque, inclusive, dados subjetivos como personalidade e desejos.</p><p>Ter essas informações anotadas, ainda evita que você faça seu cliente responder novamente uma</p><p>pergunta já feita, o que é muito desagradável.</p><p>Uma informação irrelevante para uns, pode ser importante para outros.</p><p>Visite os imóveis que ainda não conhece para alimentar seu banco de dados. Colha o máximo</p><p>de informações sobre o imóvel, como medidas, ano de construção, sistema de gás e aquecimento,</p><p>como também da região - comércio, escolas, transporte, vias de acesso. Mas antes de “despejar” essas</p><p>informações ao cliente, filtre o que é relevante para ele. Lembre-se também de que isso é relativo, pois</p><p>o que é ótimo para uma pessoa pode ser péssimo para outra, portanto, obtenha todos os dados</p><p>possíveis, mesmo que para você não pareça ser importante.</p><p>5.4 - SPIN SELLING</p><p>Esta é uma metodologia de vendas criada na década de 80 por Neil Rackham, um psicólogo</p><p>inglês. O SPIN ajuda a analisar, e assim, visualizar qual a melhor forma de abordar o cliente, para</p><p>direcioná-lo à solução.</p><p>SPIN são as iniciais (em inglês e português) de Situação, Problema, Implicação e Necessidade,</p><p>onde o objetivo é que você saiba formular as perguntas certas, direcionando as respostas do cliente</p><p>para o que você quer que ele enxergue, fazendo assim, com que ele próprio descubra através de você,</p><p>os benefícios do imóvel que suprem suas necessidades:</p><p>- Situação - qual sua situação atual de moradia: através desse questionamento, você obterá as</p><p>informações básicas para desenvolver a metodologia. Sabemos que a situação atual não está sendo</p><p>favorável, fazendo com que o cliente busque algo mais conveniente., portanto, cabe a você direcionar o</p><p>cliente a dizer o que importa. Amplie ao máximo a abordagem desse assunto, quanto mais informações</p><p>conseguir, melhor você e o próprio cliente entenderão o problema, e mais argumentos de venda você</p><p>terá;</p><p>- Problema – alguns problemas, o cliente nem sabia que tinha: muitas vezes, os problemas já estão de</p><p>tal forma incorporados no dia-a-dia da pessoa, que ela nem os enxerga claramente. Assim, caberá a</p><p>você fazer com que ele veja esses pontos negativos através das informações obtidas na etapa</p><p>“situação”, para adiante confrontar esses problemas com as soluções que você tem a oferecer;</p><p>- Implicação - dimensão das consequências que ele pode vir a ter, caso não solucione esses</p><p>problemas: conforme o dito popular, “nada é tão ruim, que não possa piorar”. Portanto, dialogue com</p><p>seu cliente, “provoque-o” para que ele próprio diga o quanto será prejudicial se ele continuar a viver na</p><p>situação atual, mediante os problemas expostos.</p><p>- Necessidade: conclua pela necessidade do seu cliente de obter as soluções que você tem a oferecer:</p><p>relacione os problemas levantados, destacando as soluções no imóvel que você está oferecendo.</p><p>Mostre todos os benefícios, confrontando-os com os problemas.</p><p>Você percebeu que a situação acima é obtida utilizando as perguntas corretas, e não apenas fazendo</p><p>um questionário padrão e fechado do imóvel que o cliente procura.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 38</p><p>Muitas vezes o próprio cliente não enxerga o tamanho dos problemas, por já ter incorporado eles ao seu dia-a-dia.</p><p>E, conforme falamos anteriormente, para fornecer a melhor solução você precisa conhecê-la.</p><p>Portanto, pesquise bem os imóveis para saber o que oferecer ao cliente, como área de lazer, número de</p><p>vagas de garagem, andar alto ou baixo, acessibilidade para PNE e idosos, sistema de aquecimento,</p><p>bem como no entorno e proximidades, procure por estacionamentos (muitas famílias têm mais carros do</p><p>que vagas de garagem), escolas, parques ou praças, feira-livre, academias, farmácias, acesso a metrô,</p><p>rodovias, rotas de fuga etc. Por simples que pareça, alguns desses itens podem ser decisivos para o</p><p>cliente.</p><p>5.5 - ANÁLISE DE RESULTADOS</p><p>É uma forma de verificar como está seu desempenho. Você deve criar parâmetros, seja através</p><p>das metas a serem atingidas, ou pelo desempenho de colegas em condições equivalentes às suas. Isso</p><p>porque é preciso utilizar parâmetros que estejam de acordo com a realidade do mercado.</p><p>Você mesmo deve avaliar seu desempenho periodicamente, para identificar onde se encontram</p><p>os “gargalos” e assim analisar onde estão seus principais pontos fracos e trabalhar nas correções que</p><p>devem ser feitas. Isso exige que você tenha autocrítica e empenho em executar as mudanças em suas</p><p>próprias atitudes, muitas vezes, na forma como você agiu durante toda a sua vida.</p><p>Para fazer esse controle, você poderá montar uma planilha ou um simples relatório, com os</p><p>dados referentes a um determinado período - é razoável que se faça mensalmente - com a quantidade</p><p>de atendimentos no início de cada etapa, para comparar as perdas de uma etapa para a seguinte,</p><p>verificando a quantidade de atendimentos que não passaram de uma fase para outra, como a seguir:</p><p>- Prospecção: analise a quantidade dos contatos que fez no período, comparando este número com os</p><p>que passaram para a fase seguinte, e se transformaram em oportunidade. A qualidade do contato é</p><p>determinante para a continuidade do processo.</p><p>- Visitas: compare a quantidade de visitas com as que se converteram em propostas.</p><p>- Propostas: novamente você fará a comparação, neste caso, de quantas propostas seguiram para</p><p>negociação.</p><p>- Fechamento: é a última fase do “funil”, onde você irá comparar o número de negociações que se</p><p>transformaram em contratos.</p><p>% convertido % convertido %convertido</p><p>É normal que nas etapas iniciais</p><p>a proporção de perdas seja maior que nas finais.</p><p>O percentual de “sucesso” de uma fase para outra mostrará se e onde você está perdendo</p><p>clientes, para que você faça uma avaliação de como está desenvolvendo seu relacionamento com eles</p><p>naquela fase, implementando as mudanças necessárias para obter sucesso na continuidade da</p><p>negociação.</p><p>Prospecção</p><p>(quantidade)</p><p>Visitas</p><p>(quantidade)</p><p>Propostas</p><p>(quantidade)</p><p>Contratos</p><p>(quantidade)</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 39</p><p>Logicamente devemos considerar as perdas normais, a situação em que o mercado se encontra, a</p><p>economia e outras influências externas, e podemos usar como referência os outros corretores, os</p><p>índices de queda ou crescimento do setor imobiliário (no mercado em que você atende) etc. As análises</p><p>comparativas ajudarão a dirigir corretamente todo o esforço e recursos empreendidos anteriormente,</p><p>em busca de um resultado melhor.</p><p>E lembre-se de manter o foco em clientes que você identifica como sendo seu público-alvo, caso</p><p>contrário, você estará investindo mal o seu tempo e o do cliente que não tem perfil para o seu produto.</p><p>Não perca seu tempo nem do cliente, mantenha o foco no seu público-alvo.</p><p>Nesta seção, fazemos algumas sugestões interessantes para que o aluno possa adquirir mais</p><p>informação e ter uma visão ampliada sobre a sua atividade.</p><p>São alguns filmes, livros e sites (inclusive com canais de vídeo), que irão enriquecer o seu trabalho e</p><p>contribuir com o sucesso na sua carreira.</p><p>FILMES</p><p>- SUCESSO A QUALQUER PREÇO - Ética, honestidade</p><p>No começo da década de 1990, num escritório imobiliário de Chicago (EUA) os tempos estão</p><p>difíceis para os corretores Shelley Levene (Jack Lemmon), Ricky Roma (Al Pacino), Dave Moss (Ed</p><p>Harris) e George Aaronow (Alan Arkin). Eles são fortemente pressionados por Blake (Alec Baldwin), que</p><p>agora chefia as vendas e promete um Cadillac para o melhor vendedor, para o 2º colocado um conjunto</p><p>de facas para churrasco e o 3º prêmio é a demissão, pois lá não há lugar para fracassados. Quem tiver</p><p>desempenho mais satisfatório ainda vai receber as “boas dicas”, que é um cadastro de clientes</p><p>selecionados. A pressão e a competitividade no grupo são elevadas ao máximo e incitam a</p><p>concorrência inescrupulosa, desprezando totalmente a ética e a honestidade.</p><p>- DE PORTA EM PORTA - Persistência, paciência, percepção</p><p>A história se passa em Portland, Oregon, 1955, e é baseado na história real de Bill Porter</p><p>(William H. Macy), que apesar de ter nascido com uma paralisia cerebral, que cria limitações na sua fala</p><p>e movimentos, tem todo o apoio da sua mãe para obter um emprego como vendedor na Watkins</p><p>Company. Bill consegue o emprego, apesar de certa relutância, pois teria que ir de porta em porta</p><p>oferecendo os produtos da companhia. Bill só conseguiu o emprego quando disse para lhe darem a pior</p><p>rota. No princípio Bill é rejeitado pelas pessoas, no entanto, nunca se esquece do que sua mãe lhe</p><p>ensinara: paciência e persistência. Então, ao fazer sua 1ª venda para uma alcóolatra reclusa, Gladys</p><p>Sullivan (Kathy Baker), ele não parou mais. Aos poucos, Bill começa a conquistar a amizade e a</p><p>confiança de seus clientes, tornando-se um vendedor muito querido e competente, pois ele aprendeu</p><p>como se comunicar com as pessoas. Além da sua mãe e Gladys, surgiu Shelly Soomky Brady (Kyra</p><p>Sedgwick).</p><p>O desempenho interpessoal pode ser analisado em diferentes situações: estabelecimento do</p><p>contato com os clientes, apresentação dos produtos, fechamento das vendas, entre outras situações</p><p>essenciais para o exercício dessa ocupação. Por mais de 40 anos Bill caminhou 16 quilômetros por dia</p><p>e, para ajudá-lo nesta trajetória.</p><p>Ampliando Conhecimentos</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 40</p><p>- A GRANDE APOSTA – Conhecimento amplo do mercado, antever situações, ganância</p><p>Baseado na crise imobiliária de 2008, nos Estados Unidos, este filme conta a trajetória de quatro</p><p>homens que resolvem lucrar ao perceberem que a crise se aproximava. Michael Burry (Christian Bale) é</p><p>o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao</p><p>apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Ao saber destes</p><p>investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a</p><p>seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas</p><p>pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores</p><p>percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a</p><p>um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.</p><p>Mostra como algumas pessoas conseguem se antecipar aos acontecimentos por ter bom</p><p>conhecimento do mercado, mas, por outro lado, retrata bem o momento em que vivemos, em que cada</p><p>um pensa apenas em si próprio e tenta lucrar sem se importar com a realidade ao seu redor.</p><p>- O PRIMEIRO MILHÃO – Ética, honestidade, ambição exagerada</p><p>Seth Davis (Giovanni Ribisi) um jovem trambiqueiro que montou um pequeno cassino em seu</p><p>apartamento e possui dois sonhos na vida: ganhar seu primeiro milhão de dólares e conquistar o</p><p>respeito do pai, um importante juiz federal. Para isso, ele tenta deixar de lado sua vida ilegal e sai em</p><p>busca de um emprego de verdade. Consegue uma vaga de corretor de ações numa empresa que</p><p>promete transformar seus empregados em milionários. Mas a felicidade dura pouco, pois logo Seth</p><p>descobre que existe algo de errado na empresa.</p><p>No filme, os jovens e ambiciosos corretores, são doutrinados a utilizar táticas pouco dignas para</p><p>convencer os clientes a comprarem ações de caráter duvidoso, não se importando com as</p><p>consequências que pessoas simples terão com o prejuízo.</p><p>LIVROS</p><p>Administração:</p><p>CHIAVENATO, Idalberto. Administração para não administradores: a gestão de negócios ao alcance de</p><p>todos. São Paulo: Manole, 2011.</p><p>CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração geral. São Paulo: Manole, 2009.</p><p>MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração – da Revolução Urbana à</p><p>Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2018.</p><p>SOBRAL, Filipe e Peci, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo:</p><p>Pearson Education do Brasil, 2013.</p><p>Marketing e Corretagem de Imóveis:</p><p>ALMEIDA, Eduardo Cruz de. DNA do corretor de imóveis – as competências essenciais dos corretores</p><p>de imóveis. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2016.</p><p>FERNANDES, Walberto. Corretor de imóveis – Consultor de vendas. São Paulo: Walec, 2016.</p><p>FIGUEIREDO, Tarciano. De corretor para consultor de imóveis: o fim do corretor de imóveis.</p><p>KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante,</p><p>2017.</p><p>TRAVASSOS, Ari. Criando competências – Corretagem imobiliária teoria e prática. São Paulo: All Print,</p><p>2009.</p><p>SITES PARA PESQUISA E INFORMAÇÃO:</p><p>Administração:</p><p>https://cfa.org.br/</p><p>https://cfa.org.br/servicos-publicacoes/</p><p>https://www.crasp.gov.br/crasp/home/</p><p>https://www.crasp.gov.br/centro/home/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 41</p><p>Imóveis:</p><p>http://www.cofeci.gov.br/</p><p>https://www.crecisp.gov.br (e outros Estados)</p><p>https://www.youtube.com/user/cofeci</p><p>https://tv.crecisp.gov.br/</p><p>https://creci-rj.gov.br/tvcrecirio/</p><p>https://www.secovi.com.br/</p><p>https://www.secovi.com.br/noticias</p><p>https://aabic.org.br/materiais-digitais/</p><p>https://aabic.org.br/noticias/</p><p>http://abadi.com.br</p><p>http://abadi.com.br/categoria/noticias/</p><p>https://www.sindiconet.com.br (aba “Informe-se”)</p><p>https://www.sindiconet.com.br/informese/guia-sobre-administradoras-de-condominios-administracao-</p><p>administradoras-de-condominios</p><p>https://www.sindicond.com.br/noticias</p><p>https://jus.com.br/artigos/48504/empresas-de-contabilidade-e-de-administracao-de-condominios-nao-</p><p>podem-oferecer-servicos-advocaticios-para-condominios</p><p>https://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunas/afinal-o-que-faz-uma-administradora-de-</p><p>condominios/</p><p>Fontes das ilustrações:</p><p>www.iconspng.com</p><p>www.freepik.com</p><p>www.publicdomainvectors.org - Openclipart</p><p>www.flaticon.com - Simpleicon</p><p>www.flaticon.com - Gregor Cresnar</p><p>www.flaticon.com - Becris</p><p>www.flaticon.com Mynamepong</p><p>www.flaticon.com Smashicons</p><p>www.picjumbo.com - Viktor Hanacek</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 42</p><p>Direito</p><p>e</p><p>Legislação</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 44</p><p>Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro</p><p>de 1998.</p><p>Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005</p><p>Todos Direitos de edição reservados à:</p><p>Laudera Participações S/S Ltda.</p><p>Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010</p><p>e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Site: www.inedead.com.br</p><p>Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:</p><p>827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.</p><p>mailto:institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 45</p><p>A questão de saber o que é Direito e qual é sua essência, pertence à Filosofia. Transcende o objeto de</p><p>um curso de Direito Civil. Apresentamos, então, cinco escolas ou correntes doutrinárias que procuram</p><p>explicar a origem do Direito:</p><p>I- Escola de Viena: chefiada por Hans Kelsen, afirma que o Estado é a personificação do Direito ou da</p><p>Ordem Jurídica.</p><p>II- Escola Alemã (Hegel e Ihering): pretende a supremacia do estado sobre o Direito.</p><p>III- Escola do Direito Natural: criada pelos pensadores dos séculos XVII e XVIII, sustenta a ideia de</p><p>que existe um Direito não escrito, com base na natureza do homem.</p><p>IV- Escola Histórica de Savigny: cuida de demonstrar que o Direito é um produto da História e não do</p><p>raciocínio que nasce das relações sociais.</p><p>V- Teoria do Direito Divino: segundo a qual, a lei humana vem a ser uma decorrência ou uma</p><p>inspiração de lei de Deus.</p><p>Não há dúvida de que o Direito nasceu com o homem e, com ele, evoluiu, apesar de Hegel e de</p><p>Ihering ensinarem que o Direito decorre da criação do Estado e somente existe a partir do dia em que o</p><p>Estado constituído o tornou obrigatório.</p><p>A Teoria do Direito Natural, segundo a qual o Homem nasce livre, com direitos individuais</p><p>inerentes à sua personalidade, sofreu sérias restrições, em face da necessidade da existência de um</p><p>poder maior que imponha a limitação recíproca dos direitos individuais.</p><p>O jurista francês, Léon Duguit, classifica em dois grupos as doutrinas que procuram explicar a</p><p>origem do Direito: as doutrinas do Direito Individual e as doutrinas do Direito Social. Ao lado do fato</p><p>natural de que o homem nasce com direitos à vida e a uma existência condigna, a realidade presente é</p><p>a de que o direito é produto da sociedade e existe em virtude dela e para protegê-la, assegurando-lhe o</p><p>respeito aos direitos individuais de seus membros.</p><p>As chamadas doutrinas do Direito Social são as que predominam, dado o fato incontestável de</p><p>que o processo legislativo se apoia mais no direito de todos do que no Direito Individual.</p><p>A liberdade, segundo Duguit, “é um direito, mas não uma prerrogativa que acompanha o homem</p><p>pelo fato de ser homem. A liberdade é um direito porque o homem tem o dever de desenvolver a sua</p><p>vitalidade individual tão completamente quanto lhe seja possível, porque sua atividade individual é fator</p><p>essencial da solidariedade por divisão do trabalho. Tem, por conseguinte, o direito de desenvolver</p><p>livremente a sua atividade, mas, ao mesmo tempo, só possui esse direito na medida em que consagra a</p><p>sua própria atividade, à realização da solidariedade social. A liberdade, assim compreendida, recebe um</p><p>fundamento inabalável, pois ela, então só consiste na liberdade de se cumprir o dever social’’.</p><p>Aula 01 – Direito – Fundamentos e Origem</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 46</p><p>O Direito e a Moral coincidem em que ambos destinam-se a regular a conduta humana e são</p><p>constituídos por normas que se dirigem à atividade do homem. A Moral é unilateral e o Direito bilateral.</p><p>A moral impõe ao sujeito apenas deveres para com ele mesmo, subjetivos e, por isso, unilaterais. O</p><p>Direito, pelo contrário, põe sempre dois sujeitos frente a frente, no sentido de que o permitido a um não</p><p>pode ser impedido pelo outro. Diz-se que a Moral respeita a vida interior dos indivíduos e o Direito à</p><p>vida exterior.</p><p>A Moral e o Direito, embora realidades distintas, estão internamente ligados porque têm um</p><p>mesmo fundamento na ordem deontológica ou de dever ser, já que têm como objeto, regular a conduta</p><p>humana: coincidência parcial visto que a Moral regula toda a conduta humana, e, o Direito quando se</p><p>relacionam pelo menos dois sujeitos.</p><p>O Direito Público: é o conjunto de normas e princípios que disciplinam os interesses do Estado</p><p>regulamentando as relações entre diferentes órgãos do Estado ou entre o Estado e a sociedade, refere-</p><p>se ao direito coletivo.</p><p>O Direito Privado: é o ordenamento jurídico que disciplina as relações dos particulares, entre si</p><p>ou entre eles e o Estado.</p><p>A intervenção do Estado, na vida econômica e social, vai alargando as fronteiras do Direito</p><p>Público, substituindo a atividade privada, regulamentando-a ou até modificando a situação de bens</p><p>patrimoniais privados.</p><p>Direito Objetivo e Direito Subjetivo</p><p>O Direito Subjetivo: protege o indivíduo, os seus direitos pessoais, como o do autor, da</p><p>propriedade e o de ir e vir. Se caracteriza por ser um atributo da pessoa. Este faz dos seus sujeitos</p><p>titulares de poderes, obrigações e faculdades estabelecidos pela lei. Em outras palavras o direito</p><p>subjetivo é um poder ou domínio da vontade do homem, juridicamente protegida. É uma capacidade</p><p>própria e de competência de terceiros.</p><p>O Direito Objetivo: disciplina as relações do homem vivendo em sociedade, aplicando sanções</p><p>aos que se desviarem da norma jurídica, inclusive daquelas que protegem o Direito Subjetivo. É a regra</p><p>do Direito, a regra imposta ao proceder humano, a norma de comportamento a que o indivíduo deve</p><p>submeter-se, o preceito que deve inspirar sua atuação. É a norma propriamente dita.</p><p>Fontes do Direito</p><p>São os meios pelos quais se formam ou estabelecem as normas jurídicas.</p><p>Podem ser classificadas de várias formas, como por exemplo:</p><p> Fontes Diretas (ou imediatas): são aquelas cuja natureza jurídica é exclusiva de fonte, que pela sua</p><p>própria força são suficientes para gerar a regra jurídica. São a Lei o Costume e os Princípios Gerais</p><p>de Direito.</p><p> Fontes Indiretas (ou mediatas): São a Doutrina e a Jurisprudência.</p><p>Aula 03 –Direito Público e Direito Privado</p><p>Aula 02 – Moral e Direito</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 47</p><p>Lei</p><p>É a fonte primordial do Direito. É a norma imposta pelo Estado e tornada obrigatória na sua</p><p>observância, assumindo forma coativa. É um princípio, um preceito, uma norma, criada para</p><p>estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do Latim "lex" que significa "lei" -</p><p>uma obrigação imposta.</p><p>Ela deve emanar de poder competente sob pena de perder a obrigatoriedade e deixar de ser</p><p>Direito. Este poder competente é o legislativo, a quem cabe a sua formulação que tem a colaboração do</p><p>poder Executivo através da sanção, da promulgação e da publicação.</p><p>Sanção</p><p>É o ato pelo qual o chefe do Poder Executivo (Presidente da República) manifesta sua</p><p>aprovação a um projeto de Lei previamente aprovado pela câmara dos deputados e senadores.</p><p>Promulgação</p><p>É o ato pelo qual o chefe do Poder Executivo (Presidente da República) atesta, oficialmente a</p><p>existência da lei, ou seja, reconhecê-la como válida ordenando a sua execução (cumprir e fazer</p><p>cumprir).</p><p>Publicação</p><p>É o meio adotado para dar conhecimento a todos sobre a existência da nova Lei.</p><p>Classificação das leis</p><p>Quanto à natureza as leis podem ser: substantivas (lei de fundo) ou adjetivas (as de formas).</p><p>Ex.: as leis de processo em relação às leis de fundo são chamadas de adjetivas.</p><p>Quanto à sua origem legislativa podem ser: federais, estaduais e municipais.</p><p>Quanto a quem dirigem: Podem ser gerais (Código Civil, Código Processo Civil etc.), especiais</p><p>(Código Comercial, CLT etc.) ou individuais (a lei que concede pensão a alguém, por exemplo).</p><p>Quanto aos efeitos: imperativas, proibitivas, facultativas e punitivas.</p><p>Quanto à natureza do Direito: constitucionais, administrativas, penais, civis e comerciais.</p><p>De conformidade com a Lei Básica: constitucionais ou inconstitucionais.</p><p>O Costume</p><p>Deriva da longa prática uniforme, da geral e constante repetição de determinado comportamento</p><p>espontâneo da sociedade, ou seja, em casos semelhantes, as pessoas vão agir de uma determinada</p><p>forma e é na ocorrência de muitas situações parecidas que os costumes se tornam válidos.</p><p>São condições indispensáveis à vigência do Costume:</p><p>a) sua continuidade;</p><p>b) sua uniformidade;</p><p>c) sua diuturnidade;</p><p>d) sua moralidade;</p><p>e) sua obrigatoriedade.</p><p>Aula 04 –Definições</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 48</p><p>A Doutrina</p><p>Trata-se de um conjunto de princípios, ideias e ensinamentos de autores e juristas que, no caso,</p><p>servem de base para o Direito e que influenciam e fundamentam as decisões judiciais. É fonte</p><p>do Direito, utilizada também para a interpretação das leis, fixando as diretrizes gerais das normas</p><p>jurídicas.</p><p>A Jurisprudência</p><p>É a interpretação da lei, feita pelos juízes e Tribunais, nas suas decisões. Diz-se que a</p><p>jurisprudência está firmada quando uma questão é julgada e decidida reiteradamente do mesmo modo.</p><p>A Hierarquia das leis</p><p>É a Constituição do diploma maior que organiza o Estado, estabelecendo as suas funções</p><p>próprias.</p><p>Chamamos Leis Constitucionais aquelas que emendam a Constituição Federal, versando</p><p>matéria que lhe diz respeito.</p><p>As demais leis são ordinárias. Sua característica primordial é o respeito ao sistema estabelecido</p><p>pela lei maior. Sua inspiração é a utilidade e a conveniência. Seus momentos criadores são: a iniciativa,</p><p>as discussões, a votação, a sanção, a promulgação e a publicação.</p><p>CF é a sigla de Constituição Federal, ou melhor: Constituição da República Federativa do Brasil,</p><p>que é a nossa Lei maior.</p><p>União: é o âmbito federal, são as leis que regem o Brasil.</p><p>Estadual: Lei de cada Estado. Cada Estado da Federação Brasileira tem sua própria Constituição.</p><p>Municipal: Lei de cada Município: Cada Município tem sua Lei Orgânica Municipal.</p><p>Na CF existem artigos que explicam até onde a União pode mandar, até onde o Estado pode</p><p>mandar e o que compete a cada Município.</p><p>Acesse a “Central do Aluno”, no site www.inedead.com.br, baixe a CF em download de livros e</p><p>leia os artigos. Você encontrará muita informação importante na nossa Constituição Federal!</p><p>Como você já sabe a Constituição é a lei maior. Só se modifica uma Constituição com Emendas</p><p>à Constituição. Um Decreto não modifica a Constituição: um decreto pode modificar outro decreto. As</p><p>Leis Complementares, como o nome está dizendo, complementam outras Leis. Leis ordinárias são</p><p>todas as leis que existem, fora as leis constitucionais, isto é, que dizem respeito à Constituição. Os</p><p>Decretos regulamentadores regulamentam as Leis. Então temos:</p><p> Constituição (pode ser federal ou estadual)</p><p> Emendas à Constituição (emendam, isto é, acrescentam normas à Constituição)</p><p> Leis complementares (podem complementar a Constituição)</p><p> Leis ordinárias (podem dar nomes a viadutos, escolas, avenidas, etc.)</p><p> Decretos regulamentadores – regulamentam as leis.</p><p>Lei Substantiva e Lei adjetiva</p><p>Em razão de seu conteúdo, a lei pode ser substantiva: é aquela que regula a conduta dos</p><p>indivíduos, estabelecendo e distribuindo obrigações e direitos às partes da relação jurídica.</p><p>A lei substantiva regula aspectos que afetam, criam ou modificam relações básicas (de fundo) da</p><p>sociedade: lei de sociedades anônimas, leis do trabalho, lei de sucessão, lei de divórcio, etc.</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>http://www.coladaweb.com/diversos/lei.htm</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 49</p><p>A lei adjetiva ou processual estabelece, de modo sistemático e formal (de forma), as etapas que</p><p>se sucedem em todo processo jurídico.</p><p>Assim, enquanto as leis processuais constituem a soma das regras promulgadas para assegurar</p><p>o cumprimento dos direitos e obrigações por meio dos tribunais, as leis substantivas estabelecem</p><p>direitos e obrigações. Visto que as leis adjetivas (ou de forma ou processuais) são um meio para fazer</p><p>cumprir as leis substantivas, haverá tantas classes de leis processuais quantas leis substantivas</p><p>existam (civis, comerciais, fiscais, trabalhistas, penais etc.).</p><p>Resumindo:</p><p>Lei substantiva: são aquelas que regulam os direitos e obrigações dos indivíduos, nas relações entre</p><p>estes e o Estado, e entre os próprios indivíduos. Normalmente são do conhecimento de todos.</p><p>Lei adjetiva: aquelas que estabelecem regras relativas aos procedimentos, e devem ser de</p><p>conhecimento mais específico dos advogados e juízes por se referirem aos processos.</p><p>Depois de toda esta explicação podemos deduzir que o Código Civil é uma lei substantiva.</p><p>ESTADO é a nação politicamente organizada.</p><p>Sempre que numa sociedade surge um poder encarregado de estabelecer a ordem jurídica, o</p><p>Estado aparece.</p><p>Elementos que constituem o Estado:</p><p>1) Território: compreendido pelo Solo, Subsolo, Águas Territoriais e Espaço Aéreo. É a base física</p><p>do Estado.</p><p>As propriedades do solo e do subsolo são distintas, quando este possui riquezas minerais.</p><p>Certas riquezas estão sob o monopólio estatal, como o petróleo no Brasil até 1.998 (o monopólio do</p><p>petróleo no Brasil</p><p>deixou de vigorar a partir da Portaria ANP nº 188, de 18/12/1998 – DOU de</p><p>21/12/1998, da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis), e outras somente podem</p><p>ser exploradas mediante concessão ou autorização do poder público.</p><p>Águas Territoriais: compreendem uma faixa partindo da costa, mar adentro, suficiente para a defesa e</p><p>segurança do Estado. Seu conceito é dado pelo Direito Internacional, mediante convenção entre os</p><p>Estados.</p><p>Espaço Aéreo: conceito dado pelo Direito Internacional, mediante convenção entre os Estados.</p><p>2) Povo: é o grupo social que vive em determinado território, unificado pela mesma origem étnica. Povo</p><p>e Nação se distinguem. Nação é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, que falam</p><p>o mesmo idioma e tem os mesmos costumes. Uma nação se mantém unida pelos hábitos, tradições,</p><p>religião, língua e consciência nacional.</p><p>3) Soberania: é o exercício do poder do Estado, internamente e externamente. O Estado, dessa forma,</p><p>deverá ter ampla liberdade para controlar seus recursos, decidir os rumos políticos, econômicos e</p><p>sociais internamente e não depender de nenhum outro Estado ou órgão internacional. A essa</p><p>autodeterminação do Estado dá-se o nome de soberania.</p><p>O objetivo específico do Estado é a manutenção da lei, o fomento do bem-comum e da ordem pública e</p><p>a administração dos negócios públicos.</p><p>Aula 05 –Noções Sobre Estado e Nação</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 50</p><p>Governo: Noções e formas</p><p>Formas de governo:</p><p>- Monarquia: é um sistema de governo em que o monarca (rei) governa um país como chefe de</p><p>Estado. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária (de pai para filho), portanto não há eleições</p><p>para a escolha de um monarca. Este governa de forma vitalícia, ou seja, até morrer ou abdicar. É o</p><p>governo de um só, com lei (tirania).</p><p>- Aristocracia: significa nobreza. É uma forma de organização social e política em que o governo é</p><p>monopolizado por uma classe privilegiada.</p><p>- Democracia: é o governo constituído pelo povo e exercido em seu nome.</p><p>Nas repúblicas podemos encontrar os Sistemas de governo:</p><p>- Presidencialismo: O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente é o Chefe de</p><p>Estado e de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros que o auxiliam</p><p>no governo. O Brasil é uma República Presidencialista desde 15 de novembro de 1889, quando</p><p>ocorreu a Proclamação da República.</p><p>- Parlamentarismo: o poder executivo é exercido por um conselho de ministros ou Gabinete chefiado</p><p>pelo Primeiro-Ministro. Este gabinete é aprovado pelo parlamento e deixa de governar se o parlamento</p><p>aprovar contra ele um voto de desconfiança.</p><p>Bem é todo valor material ou imaterial que serve de objeto a uma relação jurídica.</p><p>Bem e Coisa não se confundem. Certos bens imateriais não têm avaliação econômica (vida,</p><p>honra, liberdade etc.)</p><p>A coisa é sempre material, podendo ser fixada em termos monetários.</p><p>Classificação dos Bens</p><p>Art. 82 (Cód. Civil 2002). São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por</p><p>força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.</p><p>- Bem Móvel: é todo aquele que, sem destruição ou dano, se desloca de um lugar para o outro por</p><p>força própria ou alheia. O bem móvel que anda e tem movimento próprio chama-se semovente.</p><p>Exemplo: os tijolos podem ser carregados, então são bens móveis, assim como os automóveis; os</p><p>animais são do gênero movente e da espécie semovente, porque movem-se por si mesmos.</p><p>- Bem Imóvel: aquele que não pode ser deslocado de um lugar para outro sem destruição, fratura ou</p><p>dano.</p><p>- Bem Imóvel por Acessão Física: aquele que se incorpora ao solo de modo permanente. Ex.: as</p><p>construções.</p><p>- Bem Imóvel por Acessão Intelectual: tudo quanto o homem incorpora ao imóvel para sua</p><p>comodidade, aformoseamento ou exploração industrial.</p><p>- Bem Imóvel por Disposição Legal: aquele assim considerado em lei. Ex. as apólices da dívida</p><p>pública gravadas com cláusula da inalienabilidade.</p><p>Aula 06 –Os Bens e o Patrimônio</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 51</p><p>- Bem Consumível: todo aquele cuja utilização acarreta a imediata perda da substância. Ex. os</p><p>gêneros alimentícios.</p><p>- Bem Divisível: todo aquele que pode ser dividido em todo perfeito. Ex.:um terreno loteado.</p><p>- Bem Fungível: todo aquele que pode ser substituído por outro da mesma espécie, quantidade ou</p><p>qualidade. Ex.: dinheiro.</p><p>- Bem Público de Uso Comum: todo aquele que pertence à coletividade, tendo o Estado sobre ele</p><p>simples poder de administração. Ex.: ruas, estradas, avenidas etc.</p><p>- Bem Público de Uso Especial: o que possui uma destinação específica. Ex.: edifícios públicos.</p><p>- Bem Público Dominical: o que pertence à União, aos Estados e aos Municípios. Ex.: fábricas,</p><p>fazendas agrícolas, terrenos da Marinha etc.</p><p>- Bem Coletivo: uma reunião de coisas singulares. Ex.: discoteca, rebanho, etc.</p><p>- Bem Principal: aquele que existe independentemente do outro. Ex: o solo</p><p>- Bem Acessório: aquele cuja existência depende de um Bem Principal. Ex.: os frutos que ainda não</p><p>foram colhidos.</p><p>Bens Corpóreos e Incorpóreos</p><p>- Corpóreos: bens dotados de existência física (são concretos e visíveis). Ex: uma casa, um carro.</p><p>- Incorpóreos: são os bens que embora de existência abstrata (não contem existência física), são</p><p>reconhecidos pela ordem jurídica, tendo para o homem valor econômico. Ex.: Direito autoral.</p><p>As coisas corpóreas são objeto de compra e venda, enquanto que as incorpóreas, são</p><p>susceptíveis de cessão.</p><p>Bens da Família</p><p>O bem da família é a relação jurídica de caráter específico, já que a finalidade do instituto é a</p><p>proteção da família, proporcionando-lhe abrigo seguro.</p><p>A ocupação e o uso para residência são essenciais ao bem da família. Deve ser um prédio</p><p>residencial, urbano ou rural. O bem da família é inalienável e impenhorável, salvo exceções.</p><p>Fato Jurídico</p><p>Fato Jurídico - É todo acontecimento de origem natural ou humano que gere consequências jurídicas.</p><p>São os acontecimentos em virtude dos quais nascem, subsistem e se extinguem as relações</p><p>jurídicas.</p><p>Todos os direitos, seja qual for sua natureza, procedem de algum fato, positivo ou negativo,</p><p>normal ou anormal, instantâneo ou de elaboração progressiva.</p><p>Aula 07 – Futuros Jurídicos - Aquisição</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 52</p><p>Substituem, através do seu exercício, ou de sua defesa. Extinguem-se, quando ocorre alguma</p><p>circunstância, prevista em lei, capaz de acarretar-lhes o perecimento. Os acontecimentos, de que</p><p>decorrem o nascimento, a subsistência e a perda dos direitos contemplados em lei, denominam-se</p><p>Fatos Jurídicos.</p><p>Dentre esses fatos, dos quais uns são de ordem natural, alheios à vontade humana, ou, para os</p><p>quais, essa vontade apenas concorre de modo indireto, podemos destacar:</p><p> o nascimento;</p><p> a nacionalidade;</p><p> a interdição, e a morte, em relação à pessoa natural;</p><p> o desabamento de um edifício;</p><p> o abandono do álveo (leito do rio) pelo rio;</p><p> a aluvião (inundação de terras) e a avulsão (deslocamento violento de terras) em relação às coisas; o</p><p>decurso do tempo;</p><p> o caso fortuito (proveniente de ato humano) e a força maior (decorre da natureza),em relação aos</p><p>direitos em geral.</p><p>Aquisição dos Direitos:</p><p>- adquirem-se os direitos mediante ato do adquirente ou por intermédio</p><p>de outrem;</p><p>- pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros;</p><p>- dizem-se atrair os direitos completamente adquiridos e futuros aqueles cuja aquisição não se acabou</p><p>de operar.</p><p>Classificam-se os vários meios aquisitivos dos direitos em:</p><p>- ordinário: onde a aquisição é direta e independe de interposição de outra pessoa; o adquirente faz</p><p>seu o bem, que lhe não é transmitido por quem quer que seja. São modos originários de aquisição a</p><p>ocupação e a acessão;</p><p>- derivados: a aquisição tem como pressuposto um ato de transmissão por via do qual o direito se</p><p>transfere do transmitente para o adquirente, como a transcrição, a tradição e a herança.</p><p>Parte especial</p><p>Na parte especial, o Código Civil prevê casos particulares de extinção:</p><p>- a perda da posse (art. 1.223);</p><p>- a perda da propriedade imóvel (art. 1.275 e 1.276);</p><p>- a resolução do domínio (art. 1.359 e 1.360);</p><p>- a extinção das servidões (art. 1.387 à 1.389);</p><p>- a extinção do usufruto (art. 1.410 e 1.411);</p><p>- a extinção do penhor (art. 1.436 e 1.437);</p><p>- a extinção da hipoteca (art.1.499 à 1.501).</p><p>A todos eles podemos acrescentar a prescrição, que extinguindo a ação, faz desaparecer o direito pela</p><p>inexistência da tutela legal, para não falar na caducidade, que atinge o próprio direito.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 53</p><p>DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO</p><p>O novo Código Civil, considerando que a doutrina e a jurisprudência tentaram, durante anos a</p><p>fio, sem sucesso, distinguir os prazos prescricionais dos decadenciais, optou por uma fórmula segura:</p><p>prazos de prescrição são unicamente os taxativamente discriminados na Parte Geral, nos artigos 205</p><p>(regra geral) e 206 (regras especiais), sendo de decadência todos os demais, estabelecidos como</p><p>complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral como na Especial.</p><p>Da Decadência (art. 207 a 211 CC/2002): há a perda de um direito previsto em lei, pressupõe</p><p>um direito que pode adquirir, agindo em certo tempo, que, transcorrido inteiramente, impede a aquisição</p><p>do direito.</p><p>O legislador estabeleceu que certo ato terá de ser exercido dentro de determinado tempo, fora</p><p>do qual ele não poderá mais efetivar-se porque dele decaiu o seu titular.</p><p>O tempo age em relação à decadência como um requisito do ato, pelo que a própria decadência</p><p>é a sanção consequente na inobservância de um termo.</p><p>Na decadência, a inércia diz respeito ao exercício do direito e o tempo opera os seus efeitos</p><p>desde o nascimento deste. O que se extingue é o próprio direito e não apenas a ação que o protege.</p><p>Em princípio, os prazos decadenciais são fatais e peremptórios (que define), pois não se</p><p>suspendem, nem se interrompem.</p><p>Da Prescrição (Art. 189 (Cód. Civil 2002) Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a</p><p>qual se extingue, pela prescrição: é a perda da pretensão (é a possibilidade de exigir de outrem o</p><p>cumprimento de determinado dever jurídico de reparação do direito violado), em virtude da inércia de</p><p>seu titular por um prazo previsto pela lei, por meio de ação condenatória.</p><p>A prescrição pressupõe um direito já adquirido e que se perde com o não exercício. A inércia diz</p><p>respeito ao exercício da ação e o tempo opera os seus efeitos desde o nascimento desta, que, em regra</p><p>é posterior ao nascimento do direito por ela protegido.</p><p>A prescrição tem como requisitos: a) a inércia do titular, ante a violação de um direito seu; b) o</p><p>decurso do tempo fixado em lei.</p><p>QUADRO COMPARATIVO</p><p>DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO</p><p>1. Extingue o próprio direito.</p><p>2. Prejudica todas as ações possíveis.</p><p>3. Não se interrompe nem se suspende.</p><p>4. Corre contra todos, não prevalecendo</p><p>contra ela as isenções criadas pela lei a</p><p>favor de certas pessoas.</p><p>5. Resultante de prazo extintivo imposto</p><p>pela lei não pode ser renunciada pelas</p><p>partes, mesmo depois de consumada.</p><p>6. Decorrente de prazo legal prefixado pelo</p><p>legislador ou convencionada entre as</p><p>partes, deve ser reconhecida pelo juiz, de</p><p>seu ofício, quando estabelecida por lei.</p><p>7. Nasce junto com o Direito.</p><p>8. Tem origem na lei e no ato jurídico.</p><p>1. Extingue apenas a ação que protege o</p><p>Direito</p><p>2. Prejudica só o tipo de ação em que foi</p><p>estipulada, podendo o Direito ser pleiteado</p><p>por outra via, se houver.</p><p>3. É sujeita à interrupção e suspensão.</p><p>4. Não corre contra todos, havendo pessoas</p><p>que por consideração de ordem especial da</p><p>lei ficam isentas de seus efeitos.</p><p>5. Depois de consumada, pode ser</p><p>renunciada pelo prescribente.</p><p>6.Pode ser alegada a qualquer momento</p><p>pelas partes.</p><p>7. Nasce quando o Direito é violado.</p><p>8. Tem origem na lei</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 54</p><p>Da Prescrição:</p><p>Art. 205. A prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.</p><p>Art. 206. Prescreve:</p><p>§ 1º Em 1 (um) ano:</p><p>I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio</p><p>estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;</p><p>II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contando o prazo:</p><p>a)para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para</p><p>responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou data que a este indeniza, com a</p><p>anuência do segurador;</p><p>b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;</p><p>III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela</p><p>percepção de emolumentos, custas e honorários;</p><p>IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de</p><p>sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;</p><p>V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o</p><p>prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.</p><p>§ 2º Em 2 (dois) anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se</p><p>vencerem.</p><p>§ 3º Em 3 (três) anos:</p><p>I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;</p><p>II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;</p><p>III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em</p><p>períodos não maiores de 1 (um) ano, com capitalização ou sem ela;</p><p>IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;</p><p>V – a pretensão de reparação civil;</p><p>VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data</p><p>em que foi deliberada a distribuição;</p><p>VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contando</p><p>o prazo:</p><p>a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;</p><p>b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao</p><p>exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela</p><p>deva tomar conhecimento;</p><p>c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;</p><p>VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as</p><p>disposições de lei especial;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 55</p><p>IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado no caso de seguro de</p><p>responsabilidade civil obrigatório.</p><p>§ 4° Em quatro anos,</p><p>a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.</p><p>§ 5° Em cinco anos:</p><p>I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;</p><p>II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores</p><p>pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos</p><p>contratos ou mandato;</p><p>III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.</p><p>Da Decadência</p><p>Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,</p><p>suspendem ou interrompem a prescrição.</p><p>Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos artigos 195 e 198, inciso I (Cód. Civil 2002).</p><p>Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.</p><p>Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.</p><p>Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau</p><p>de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.</p><p>Ato Jurídico é o acontecimento voluntário, fruto da inteligência e da vontade, querido e desejado pelo</p><p>interessado. É toda ação humana, capaz de criar, manter, alterar ou transferir direitos (são atos</p><p>humanos que causam consequências jurídicas) Exemplo: casamento, compra e venda..</p><p>Tipos de Atos Jurídicos (Código Civil)</p><p>Título II</p><p>DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS</p><p>Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se no que couber, as</p><p>disposições do Título anterior.</p><p>Título III</p><p>DOS ATOS ILÍCITOS</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e</p><p>causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os</p><p>limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.</p><p>Art. 188. Não constituem atos ilícitos:</p><p>I – Os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;</p><p>Aula 08 – Atos Jurídicos</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 56</p><p>II – A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.</p><p>Parágrafo Único. No caso do Inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o</p><p>tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do</p><p>perigo.</p><p>Classificação dos Atos Ilícitos</p><p>Classificam-se em:</p><p> ilícitos cíveis.</p><p> Ilícitos penais: delitos ou quase-delitos.</p><p>Os atos Jurídicos também podem ser classificados:</p><p> quanto ao tempo: inter-vivos ou causa mortis;</p><p> Quanto às vantagens: gratuitos ou onerosos;</p><p> Quanto à vontade: bilaterais ou unilaterais;</p><p> Quanto à forma: solenes ou informais.</p><p>Explicando cada classe temos:</p><p>Atos inter-vivos: aqueles que se praticam para produzir efeitos em vida dos contratantes.</p><p>Ex.: o mútuo ou a locação de imóvel.</p><p>Atos “causa mortis”: aqueles que projetam a vontade do agente após seu falecimento.</p><p>Ex.: o testamento, o legado etc.</p><p>Atos gratuitos: aqueles que concedem vantagens sem impor ônus ao sujeito ativo da relação.</p><p>Ex.: o reconhecimento de filho ou o comodato (empréstimo de imóvel).</p><p>Atos onerosos: aqueles que incluem deveres recíprocos, ao lado das faculdades que criam.</p><p>Ex.: compra e venda, locação e mútuo.</p><p>Atos unilaterais: os que procedem de declaração unipessoal de vontade ou plural, mas dirigida em um</p><p>mesmo sentido.</p><p>Ex.: promessa de recompensa ou renúncia à herança.</p><p>Atos bilaterais: aqueles em que demandam declarações contrastantes de vontade, como nos</p><p>contratos, de um modo geral.</p><p>Atos solenes: aqueles que se praticam em estrita observância à liturgia processual ou legal, sob pena</p><p>de nulidade.</p><p>Atos informais: aqueles que atingem seus objetivos sem necessidade de estrita atenção à forma.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 57</p><p>Das Pessoas</p><p> Capacidade Civil</p><p> Capacidade Jurídica</p><p>Todas as pessoas físicas ou jurídicas são sujeitos de direito.</p><p>Este sujeito divide-se em:</p><p> ativo: é o titular do direito;</p><p> passivo: é aquele que deve cumprir a obrigação.</p><p>Art.11 (capítulo II - Cód. Civil): Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade</p><p>são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.</p><p>A Personalidade (ou Capacidade de Direito) é atributo essencial das pessoas e é definida como a</p><p>aptidão para adquirir direitos e obrigações na ordem jurídica.</p><p>Os direitos da personalidade, são os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe confere a</p><p>natureza humana, tais como a vida, a integridade física, a honra, a imagem e a privacidade.</p><p>A Capacidade de Fato: consiste na aptidão do indivíduo para exercer, por si mesmo, direitos e</p><p>obrigações na ordem jurídica. É atingida com a maioridade ou com a emancipação, portanto, o indivíduo</p><p>pode possuir a capacidade de direito sem que haja adquirido a capacidade de fato.</p><p>A teoria das incapacidades sofreu uma grande modificação estrutural com a criação do Estatuto da</p><p>Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei 13.146, de julho de 2015.</p><p>Embora a personalidade civil do homem comece com o nascimento com vida e termine com a morte, a</p><p>lei protege os interesses do nascituro, que é o ser gerado, mas que ainda não nasceu.</p><p>As pessoas se dividem em dois grupos (Código Civil, Livro I, títulos I e II):</p><p>1 – Pessoas Naturais e/ou Físicas (TÍTULO I, Cap. I, Art. 1º a 6º)</p><p>Art. 1º. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.</p><p>Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde</p><p>a concepção, os direitos do nascituro.</p><p>Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:</p><p>I – os menores de 16 (dezesseis) anos;</p><p>Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:</p><p>I – os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos;</p><p>II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;</p><p>III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;</p><p>Aula 09 – As Pessoas, o Direito das Coisas e</p><p>a Posse</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 58</p><p>IV – os pródigos.</p><p>Parágrafo único A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.</p><p>Art. 5º. A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática</p><p>de todos os atos da vida civil.</p><p>Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:</p><p>I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,</p><p>independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor se o menor tiver 16</p><p>(dezesseis) anos completos;</p><p>II – pelo casamento;</p><p>III – pelo exercício de emprego público efetivo;</p><p>IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;</p><p>V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em</p><p>função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria.</p><p>Art. 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes,</p><p>nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.</p><p>2 – Pessoas Jurídicas</p><p>TÍTULO II ( Cap. I, Art. 40 à 47, Art. 51, Art. 56, Art.</p><p>61):</p><p>Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.</p><p>Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:</p><p>I – a União;</p><p>II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;</p><p>III – os Municípios;</p><p>IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;</p><p>V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.</p><p>Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha</p><p>dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas</p><p>normas deste Código.</p><p>Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas</p><p>que forem regidas pelo direito internacional público.</p><p>Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus</p><p>agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvando direito regressivo contra os</p><p>causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.</p><p>Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:</p><p>I – as associações;</p><p>II – as sociedades;</p><p>III – as fundações;</p><p>IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)</p><p>V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 59</p><p>VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) -</p><p>(Vigência)</p><p>§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações</p><p>religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos</p><p>e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)</p><p>§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são</p><p>objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)</p><p>§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.</p><p>(Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)</p><p>Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato</p><p>constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do</p><p>Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.</p><p>Parágrafo único. Decai em 3 (três) anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de</p><p>direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no</p><p>registro.</p><p>Art. 46. O registro declarará:</p><p>I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;</p><p>II – o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;</p><p>III – o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;</p><p>IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;</p><p>V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;</p><p>VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, neste caso.</p><p>Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica, os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes</p><p>definidos no ato constitutivo.</p><p>Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento,</p><p>ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.</p><p>§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.</p><p>§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas</p><p>jurídicas de direito privado.</p><p>§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.</p><p>Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.</p><p>Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.</p><p>Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a</p><p>transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente</p><p>ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.</p><p>Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for</p><p>o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade</p><p>de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à</p><p>instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12441.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12441.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#parteespeciallivroii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 60</p><p>§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes</p><p>da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo</p><p>valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.</p><p>§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação</p><p>tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se</p><p>devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.</p><p>TÍTULO III – DO DOMICÍLIO (Art. 70 a 78)</p><p>Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo</p><p>definitivo.</p><p>Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-</p><p>se-á domicílio seu qualquer delas.</p><p>Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar</p><p>onde esta é exercida.</p><p>Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá</p><p>domicílio para as relações que lhe corresponderem.</p><p>Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for</p><p>encontrada.</p><p>Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.</p><p>Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos</p><p>lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as</p><p>circunstâncias que a acompanharem.</p><p>Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:</p><p>I – da União, o Distrito Federal;</p><p>II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;</p><p>III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;</p><p>IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações,</p><p>ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.</p><p>§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será</p><p>considerado domicílio para os atos nele praticados.</p><p>§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa</p><p>jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do</p><p>estabelecimento, sido no Brasil, a que ela corresponder.</p><p>Art. 76. Têm domicílio</p><p>necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.</p><p>Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público,</p><p>o lugar que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou</p><p>da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo,</p><p>onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 61</p><p>Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem</p><p>designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado por Distrito Federal ou no último</p><p>ponto de território brasileiro onde o teve.</p><p>Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e</p><p>cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.</p><p>Do Direito das Coisas</p><p>As coisas constituem o domínio ideal do objeto de direito. Tudo aquilo de ordem material sobre o</p><p>qual o homem exerce seu domínio na satisfação de suas necessidades, quer pelo uso direto, quer</p><p>mediante troca, pode ser objeto de direito. Constitui bem material tudo aquilo que possa ser delimitado</p><p>no espaço, sujeito à vontade humana e suscetível de avaliação monetária.</p><p>Divisão tradicional das coisas</p><p> Corpóreas: dotadas da existência física, perceptíveis pelos sentidos.</p><p> Incorpóreas: têm existência abstrata ou ideal, mas reconhecidas pela ordem jurídica.</p><p> Móveis: podem ser removidas por movimento próprio, ou por força alheia.</p><p> Imóveis: o solo com sua superfície, seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as</p><p>árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. Tudo quanto o homem possa incorporar</p><p>permanentemente ao solo, como a semente lançada, os edifícios e construções, de modo que</p><p>não possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano.</p><p>Há também imóveis por disposição de lei, como os direitos reais sobre imóveis, as apólices de</p><p>dívida pública oneradas com a cláusula de inalienabilidade e o direito à sucessão aberta. Tudo quanto</p><p>no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado em sua exploração industrial,</p><p>aformoseamento ou comodidade, são coisas imóveis por natureza.</p><p> Divisíveis: podem ser partidas em porções reais e distintas, formando cada qual um todo</p><p>perfeito.</p><p> Indivisíveis: as que não suportam o fracionamento das divisíveis.</p><p> Consumíveis: as que extinguem com o primeiro uso.</p><p> Inconsumíveis: as que proporcionam uso reiterado, sem destruição da sua substância.</p><p> Fungíveis: os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e</p><p>quantidade.</p><p> Infungíveis: os que não podem ser substituídos da mesma forma que os fungíveis.</p><p> No comércio: são susceptíveis de compra e venda ou circulação.</p><p> Fora do comércio: não susceptíveis de apropriação e as legalmente inalienáveis.</p><p>Aula 10 – Dos Direitos das Coisas</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 62</p><p> Presentes: as que já existem.</p><p> Futuras: as que dependem de condição resolutiva ou fato futuro.</p><p>Da Posse:</p><p>Art. 1.196 (Cód. Civil 2002) - Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou</p><p>não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.</p><p>Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome</p><p>próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.</p><p>Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o</p><p>bem, ao qual se refere o art. 1.196.</p><p>É o exercício de fato, pleno ou não, de algum dos poderes do domínio ou da propriedade.</p><p>Pode ser justa ou injusta, violenta, clandestina, precária, de boa-fé ou de má fé. A posse é um</p><p>poder de fato protegido juridicamente, que se exerce sobre uma coisa.</p><p>A posse corresponde a um estado de fato e pode o possuidor usar a coisa e dela fruir</p><p>prescindindo, para sua defesa, de qualquer título. A posse é um poder de fato e a propriedade um poder</p><p>de direito.</p><p>Da Propriedade:</p><p>Art. 1.228 (Cód. Civil 2002) - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito</p><p>de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.</p><p>É poder de dispor da coisa e utilizá-la livremente e de usufruir os seus frutos.</p><p>O conteúdo do direito de propriedade consiste no conjunto de poderes que o proprietário tem</p><p>sobre a coisa.</p><p>A propriedade, que é o mais amplo dos direitos reais, em geral, atribui ao seu titular,</p><p>principalmente, as faculdades de usar, gozar e dispor da coisa. Mas, essas faculdades podem sofrer</p><p>limitações de tal ordem que o conteúdo do direito de propriedade se reduz a mero título jurídico. Apesar</p><p>disto, o direito de propriedade persiste, e, extinta a causa destas limitações, ele automaticamente</p><p>readquire o seu conteúdo. A esse fenômeno dá-se o nome de Elasticidade do Domínio.</p><p>Essas limitações podem decorrer da vontade do proprietário, de causa natural ou da lei.</p><p>A propriedade é o direito mais amplo ou extensivo que se possa imaginar acerca de uma coisa.</p><p>Deve-se proceder reconhecendo que a coisa tem uma conotação econômica que lhe é peculiar.</p><p>O direito de propriedade é essencialmente econômico. Distinguem-se dois elementos ou duplo</p><p>aspecto na propriedade:</p><p> elemento econômico: uso, fruição e disposição;</p><p> elemento jurídico: a defesa.</p><p>A coisa pode ser encarada do ponto de vista jurídico e econômico (senhoria)</p><p>Aula 11 – Propriedade – Direito e Obrigações</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 63</p><p>A coisa tem uma finalidade econômica que logo é reconhecida. Adequar a coisa a essa</p><p>destinação econômica é Usar.</p><p>Se da coisa se extraírem frutos ou produtos, dá-se a Fruição;</p><p>Se se dispõe da coisa (alienando a coisa há a Disposição);</p><p>Usar, Fruir e Dispor compõem a Senhoria.</p><p>Do Condomínio: Art. 1331 Código Civil 2002</p><p>É o direito de propriedade comum, exercido por duas ou mais pessoas.</p><p>Diz-se que há comunhão jurídica, quando um direito pertence a duas ou mais pessoas.</p><p>Essa comunhão ou surge sem que haja interferência da vontade dos sujeitos ou deriva da vontade</p><p>deles. No condomínio há uma pluralidade de direitos de propriedade, tendo cada condomínio uma cota</p><p>ideal da coisa invasiva.</p><p>Do Direito Real sobre Coisas Alheias</p><p>- Enfiteuse: é o contrato pelo qual o proprietário transfere o domínio útil da propriedade a outrem,</p><p>mediante pagamento de um aluguel, chamado foro.</p><p>- Servidão predial: é o direito real sobre coisa alheia, que acarreta limitação no uso de um imóvel (que</p><p>se diz serviente) em favor de outro (que se denomina dominante).</p><p>- Usufruto: é um direito real de gozo ou fruição, que atribui ao seu titular o direito de usar coisa alheia,</p><p>móvel ou imóvel, e auferir para si os frutos por ela produzidos. O usufrutuário fica com a posse, o uso, a</p><p>administração e os frutos da coisa. O dono fica apenas com o direito abstrato de propriedade, sendo por</p><p>isso chamado de nu-proprietário.</p><p>- Uso: é um direito real de gozo ou fruição, que atribui ao seu titular apenas o uso da coisa alheia, sem</p><p>direito à administração e aos frutos, salvo daquilo que seja necessário ao consumo pessoal e da família.</p><p>- Habitação: é um direito real autônomo, intransferível, que atribui ao seu titular, temporariamente, no</p><p>máximo, pela duração de sua vida, a faculdade de</p><p>um grupo de amigos que combinam um passeio, são considerados organizações e</p><p>precisam ser administrados.</p><p>No nosso curso, vamos tratar especificamente de um tipo de organização que são as empresas,</p><p>que podemos definir como uma organização constituída de recursos humanos (pessoas,</p><p>conhecimento), materiais (equipamentos, produtos), e financeiros (dinheiro, investimento), com o</p><p>Aula 01 – Noções de Administração</p><p>Sumário</p><p>1.1 - ORGANIZAÇÕES</p><p>1.2 - ADMINISTRAÇÃO</p><p>1.3 – FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>1.4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL</p><p>1.5 - TIPOS DE EMPRESAS - POR NATUREZA JURÍDICA E POR FATURAMENTO</p><p>1.5.1 – Classificação por natureza jurídica</p><p>1.5.2 – Classificação por faturamento</p><p>1.5.3 – Simples Nacional</p><p>1.5.4 – Empresa Imobiliária</p><p>Organização é um sistema constituído de forma a atingir determinado objetivo,</p><p>podendo ou não ter fins lucrativos.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 10</p><p>objetivo de oferecer bens ou prestação de serviços ao mercado, com a finalidade de lucro ou não (no</p><p>caso de empresas públicas).</p><p>É uma estrutura formal e física, que explora atividade industrial, comercial ou de prestação de</p><p>serviços, visando oferecer bens ou serviços ao mercado.</p><p>Os três pilares de uma empresa são os recursos humanos, materiais e financeiros.</p><p>1.2 – ADMINISTRAÇÃO</p><p>Administração é a gestão dos recursos necessários para realizar alguma tarefa, de forma a obter</p><p>o melhor resultado possível. Em uma empresa, significa gerenciar os recursos humanos, materiais e</p><p>financeiros (o tripé que constitui uma empresa), de modo a otimizar a relação entre os insumos</p><p>aplicados e o resultado obtido, objetivando a maximização do lucro.</p><p>A administração deve estar presente em todos os tipos de empresas, seja indústria, comércio ou</p><p>prestação de serviços, desde um pequeno negócio doméstico até grandes multinacionais.</p><p>De um modo mais simplista, a administração também deve estar presente em nossa vida</p><p>pessoal. Podemos não perceber, mas é através da boa administração pessoal que organizamos nosso</p><p>orçamento, mantendo as contas em dia, planejamos nossas férias, nossos objetivos, nosso futuro.</p><p>A administração é importante até no planejamento pessoal.</p><p>1.3 – FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>Vamos agora, apresentar as funções básicas da administração, que são muito fáceis de serem</p><p>entendidas, pois seguem uma ordem bem intuitiva: planejar, organizar, dirigir e controlar.</p><p>- Planejamento: essa etapa é a principal, pois é onde se determina qual o objetivo a ser alcançado, de</p><p>que forma e em que prazo (o quê, como e quando), analisando o ambiente interno e externo, e traçando</p><p>as linhas gerais de como atingir esse objetivo.</p><p>Administração é a atividade de gerenciar os recursos necessários, de modo</p><p>a otimizar sua utilização, obtendo o melhor resultado possível.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 11</p><p>Planejar é definir as metas para um determinado período e a forma de atingi-las.</p><p>- Organização: define de que forma executar o que foi estabelecido no planejamento, com</p><p>detalhamento das atividades necessárias, os recursos a serem utilizados, definição de funções e</p><p>responsabilidades, cronograma com os prazos de cada etapa, custos, bem como indicação das</p><p>ferramentas de controle a serem utilizadas para mensuração dos resultados ao final das etapas.</p><p>Organizar é definir “quem, como e quando”, determinando a utilização dos meios para atingir as metas do Planejamento.</p><p>- Direção: comanda a execução das atividades definidas na etapa anterior (organização) de modo a</p><p>encaminhá-las para o atingimento do objetivo, através da liderança e motivação da equipe.</p><p>Dirigir, é manter as ações no caminho correto para execução das tarefas.</p><p>- Controle: mensurar os resultados comparando com os parâmetros estabelecidos para atingir os</p><p>objetivos, utilizando as ferramentas definidas e tomando ações de correção, quando necessário. O</p><p>controle será mais eficaz se for feito em várias etapas do processo.</p><p>Controlar é confrontar os resultados obtidos com as metas estabelecidas, e propor correções, quando necessário.</p><p>Funções da Administração: planejamento, organização, direção e controle.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 12</p><p>1.3 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL</p><p>A estrutura organizacional representa a forma como uma empresa está constituída, tanto por</p><p>setores (atividades) como por hierarquia (liderança e responsabilidade). É muito útil, pois permite uma</p><p>visão clara do funcionamento da empresa.</p><p>Ela não significa uma divisão da organização, mas sim a divisão do trabalho, a definição do</p><p>caminho das tarefas, bem como da hierarquia entre as pessoas, determinando um fluxo de comando e</p><p>de atividades, chamado organograma.</p><p>Pode ter diferentes formas, dependendo do tipo de empresa e de como ela desempenha suas</p><p>atividades. Vejamos a seguir:</p><p>Linear: prioriza a unidade de comando, ou seja, cada função está subordinada a apenas um chefe.</p><p>Existe uma linha de comando única que segue o desenho da hierarquia.</p><p>A estrutura linear é mais adequada para pequenas empresas.</p><p>Funcional: é a estrutura organizada por funções como comercial, produção, RH etc., porém, pode</p><p>haver interação entre os diversos departamentos, diferenciando-se da Linear por não existir apenas</p><p>uma única linha de comando.</p><p>A linha tracejada representa a diversidade de comando, onde um chefe interage com o subordinado de outra chefia.</p><p>- Departamentalização</p><p>Dentro da estrutura organizacional existe a departamentalização, que diz respeito à forma como</p><p>os departamentos de cada organização serão distribuídos para que se obtenha um melhor resultado da</p><p>estrutura.</p><p>Isso porque a atuação de cada empresa é diferente, levando em conta seu tipo de produto,</p><p>público-alvo, distribuição, rotina de trabalhos etc.</p><p>Existem departamentalizações por produtos ou serviços, por clientes, processos, projetos,</p><p>geográfica, funcional e matricial.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 13</p><p>Vamos apresentar alguns exemplos mais aplicáveis para a nossa área:</p><p>Por produtos ou clientes: A empresa pode estruturar-se de acordo com produtos (como hipermercados,</p><p>com seções de eletroeletrônicos, alimentos, higiene etc.), ou por clientes, como lojas de departamentos</p><p>(com seções infantil, feminino e masculino):</p><p>Demonstração da departamentalização por produto/cliente no setor de vendas,</p><p>– Geográfica: a estrutura atende por regiões de interesse. Numa indústria pode ser mais adequado</p><p>estar próximo do fornecedor de matéria-prima, ou talvez do mercado consumidor; já uma imobiliária</p><p>pode ter equipes fixas que atuam em determinadas regiões:</p><p>Departamentalização geográfica no setor de vendas.</p><p>Existe também uma “estrutura informal” dentro das empresas, que surge das relações</p><p>interpessoais desenvolvidas ao longo do tempo. Apresenta algumas vantagens, como a agilidade em se</p><p>obter algo de outro departamento sem ter que passar pela burocracia do fluxo formal através das</p><p>chefias, porém, também há desvantagens, uma vez que dificilmente se tem o controle sobre essas</p><p>atividades que, por vezes podem ser prejudiciais</p><p>habitar casa alheia ou de alugá-la a terceiro.</p><p>- Hipoteca: é a sujeição de bens imóveis do devedor a favor do credor, em garantia do pagamento de</p><p>uma dívida, sem, contudo, tirá-la da posse de seu legítimo dono.</p><p>- Penhor: é a garantia constituída em favor do credor, em regra, sobre bens móveis.</p><p>- Anticrese: é a cessão de direitos de perceber frutos e rendimentos de um imóvel que o devedor faz</p><p>em favor do credor, até o montante da dívida a ser paga.</p><p>Um pouco mais sobre Enfiteuse:</p><p>Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes,</p><p>até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916, e</p><p>leis posteriores.</p><p>Aula 12 – Do Direito Real Sobre Coisas</p><p>Alheias</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 64</p><p>§ 1º Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:</p><p>I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das</p><p>construções ou plantações;</p><p>No antigo Código Civil, a enfiteuse era uma das formas de direito real, porém o novo Código Civil</p><p>não mais a inclui na lista.</p><p>O novo Código Civil de 2002 em seu Art.2038 proíbe a constituição de enfiteuse.</p><p>As já existentes são regidas até sua extinção pelo antigo Código Civil, porém fica proibido cobrar</p><p>laudêmio sobre o valor das construções e plantações.</p><p>Vamos detalhar o que vem a ser enfiteuse e seus termos relacionados, como por exemplo foro e</p><p>laudêmio.</p><p>A enfiteuse é um dos mais antigos e amplos dos direitos reais, em que são transmitidas a outra</p><p>pessoa todas as prerrogativas que constituem o domínio pleno sobre o imóvel, isto é, usar, gozar,</p><p>reivindicar e transferir.</p><p>Na verdade, nós podemos conviver diariamente com a enfiteuse sem saber que se trata dela.</p><p>Para tornar mais fácil o entendimento, vamos estabelecer uma comparação com a locação, por</p><p>se tratar de relação bastante conhecida.</p><p>A locação é uma relação jurídica. A enfiteuse também.</p><p>Na locação existem duas partes envolvidas, locador e locatário. Na enfiteuse também, só que</p><p>chamadas de senhorio e enfiteuta.</p><p>O senhorio está para o locador assim como o enfiteuta está para o locatário, ou seja, o senhorio</p><p>detém o direito de propriedade (dono) e o enfiteuta detém o direito de posse (ocupação).</p><p>A locação é regida por um contrato, o Contrato de Locação. A enfiteuse também, só que</p><p>chamada de Contrato de Enfiteuse.</p><p>Nesse caso, a grande diferença é que o Contrato de Enfiteuse deve estar, obrigatoriamente,</p><p>registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente.</p><p>Salvo no caso de enfiteuse Militar (terrenos da Marinha, por exemplo), se o Contrato de</p><p>enfiteuse não estiver arquivado no Registro de Imóveis, então a mesma pode ser considerada nula de</p><p>pleno direito.</p><p>Na locação, o locatário é obrigado a pagar um determinado valor, ao locador, para poder utilizar</p><p>o imóvel, a chamada contraprestação. Na enfiteuse há essa situação, só que em vez de se chamar</p><p>aluguel, como na locação, chama-se foro.</p><p>Outra diferença entre a locação e a enfiteuse é que o aluguel é pago mensalmente, enquanto o</p><p>foro é pago anualmente.</p><p>No caso de haver mais de um senhorio, o foro é pago de forma proporcional para cada um.</p><p>Mais de uma diferença entre ambas é que a locação pode ter como objeto qualquer tipo de bem,</p><p>enquanto que a enfiteuse só admite terrenos que se destinem à edificação ou terras não cultivadas.</p><p>A enfiteuse é uma relação jurídica tão complexa que permite ao enfiteuta vender o seu direito a</p><p>uma outra pessoa, que se tornará então, o novo enfiteuta.</p><p>A ideia da enfiteuse é que o senhorio, verdadeiro proprietário do imóvel, receba parte do lucro</p><p>obtido pela enfiteuta com a venda desse imóvel.</p><p>O senhorio tem direito a uma parcela desta venda, chamada de laudêmio.</p><p>Não se pode confundir foro com laudêmio. Foro é o valor que se paga regularmente, uma vez</p><p>por ano, pela contraprestação do serviço da enfiteuse, enquanto laudêmio é o valor que se paga apenas</p><p>quando há transferência do domínio útil sobre o imóvel.</p><p>Caso a enfiteuse seja transferida mais de uma vez num mesmo ano, serão pagos mais de um</p><p>laudêmio nesse período.</p><p>Em regra, o laudêmio é pago pelo adquirente da enfiteuse (novo enfiteuta), salvo acordo em</p><p>contrário. O foro é pago pelo enfiteuta da época.</p><p>Para que o enfiteuta possa vender o seu direito precisa, em primeiro lugar, comunicar a sua</p><p>intenção ao senhorio, para que, assim, exerça o seu direito de preferência.</p><p>Se o senhorio não se pronunciar em 30 dias ou não pagar o valor pedido, o enfiteuta fica livre</p><p>para promover a venda com quem desejar.</p><p>Caso a transferência ocorra de forma gratuita, logicamente, não há pagamento de laudêmio.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 65</p><p>A história da enfiteuse é proveniente do Direito grego, emphyteusis, e depois adequada ao latim,</p><p>emphyteuse; ela ganhou força na Idade Média, muito embora já tenha sido vista na Antiguidade.</p><p>Naquele tempo, a Igreja Católica concedia a indulgência (perdão) dos pecados para aqueles que</p><p>pagavam ao Clero.</p><p>Como não havia, ainda, a figura consolidada da moeda, do dinheiro, esses pagamentos eram</p><p>efetuados, muitas vezes, em terras.</p><p>Em determinado momento a Igreja chegou a ser dona da grande parte da antiga Europa.</p><p>No entanto, toda essa riqueza de propriedades não produzia lucros efetivos. Assim, ela começou</p><p>a ceder suas terras em troca de uma parte da produção.</p><p>Isso era, nada mais do que a relação de enfiteuse.</p><p>Com a diminuição do poder da Igreja Católica, muitos reinados, na figura de seus nobres,</p><p>mantiveram a enfiteuse. Foi aí que nasceram os feudos.</p><p>Aos poucos os Impérios foram sendo substituídos por Repúblicas, muito embora várias famílias</p><p>reais, inclusive a brasileira, tenham conseguido manter em seu poder terras enfitêuticas. Até hoje a</p><p>cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, é um exemplo.</p><p>Quando se pensava que a enfiteuse cairia finalmente em desuso, com a queda dos Impérios,</p><p>muitas Repúblicas, incluindo a nossa, reativaram a sua figura, na modalidade de enfiteuse militar. Seu</p><p>maior exemplo são as chamadas terras da Marinha.</p><p>Simultaneamente, muitas pessoas começaram a operar com esta relação. Basta informar que a</p><p>cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, possui vários exemplos de enfiteuse entre particulares.</p><p>Uma característica muito comum da enfiteuse moderna é a remissão (perdão), por parte do senhorio,</p><p>da cobrança do foro, ficando ele recebendo apenas o laudêmio quando há transferência da mesma,</p><p>muito embora isso seja discutível, pois modifica as condições básicas e uma verdadeira relação de</p><p>enfiteuse.</p><p>Quando se diz que um imóvel é alodial, isso significa que ele está livre do pagamento de</p><p>qualquer foro ou laudêmio, ou seja, é o imóvel que não está sujeito à enfiteuse.</p><p>Das Obrigações</p><p>Direito das obrigações está previsto no Livro I – Parte Especial do Código</p><p>Civil Brasileiro de 2002.</p><p>As Obrigações dividem-se em:</p><p>- Obrigação de dar Coisa Certa: significa a não obrigatoriedade do credor de receber outra coisa,</p><p>ainda que mais valiosa, que não seja a que lhe é devida (Artigo 233 até o Artigo 242).</p><p>- Obrigação de dar Coisa Incerta: que será indicada, ao menos, pelo gênero e quantidade, ou seja,</p><p>sendo indeterminada a qualidade da coisa (Artigo 243 até o Artigo 246).</p><p>- Obrigação de Fazer: quando o credor não é obrigado a aceitar a prestação quando for convencido de</p><p>que o devedor o faça pessoalmente (Artigo 247 até o Artigo 249).</p><p>- Obrigação de não Fazer: que se extingue desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível</p><p>abster-se do fato, que se obrigou a não praticar (do Artigo</p><p>250 até o Artigo 251).</p><p>- Obrigações Alternativas: nas quais a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou (</p><p>Artigo 252 até o Artigo 256).</p><p>- Obrigações Divisíveis e Indivisíveis: Divisíveis são aquelas cujas prestações possibilitam</p><p>cumprimento parcial; indivisíveis, ao inverso, aquelas cujas prestações somente por inteiro podem ser</p><p>cumpridas (Artigo 257 até o Artigo 263).</p><p>Aula 13 – Das Obrigações</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 66</p><p>- Obrigação Solidária: em que o credor pode exigir de qualquer devedor pagamento integral da</p><p>prestação, porque qualquer deles é devedor do total (Artigo 264 até o Artigo 274).</p><p>O contrato faz lei entre as partes. (Parte Especial – Livro I, art. 421 a 480 do Título V e art.481 a</p><p>504 do título VI do Código Civil.)</p><p>Contrato é o acordo de vontades, expresso ou tácito, manifestado por duas ou mais pessoas,</p><p>tendo como fim o mesmo objeto lícito e possível, a fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir</p><p>direitos. Os contratos tem natureza jurídica de negócio jurídico bilateral, sendo a mais comum e</p><p>importante fonte das obrigações.</p><p>Os Contratos podem ser:</p><p> Públicos: quando o Estado é uma das partes contratantes.</p><p> Particulares: quando é feito por pessoas de direito privado.</p><p> Civis ou Comerciais de acordo com as pessoas interessadas.</p><p>Os Contratos dividem-se em:</p><p> compra e venda;</p><p> doação;</p><p> troca;</p><p> locação;</p><p> empréstimo;</p><p> depósito;</p><p> gestão de negócios;</p><p> de sociedade;</p><p> da constituição de renda;</p><p> de seguro;</p><p> da fiança;</p><p> de trabalho e outros.</p><p>Contrato de compra e venda</p><p>Quando um dos contratantes se obriga a transferir para outro o domínio de certa coisa e outro a</p><p>pagar-lhe certo preço em dinheiro por este domínio, é chamado Contrato de Compra e Venda (art. 481</p><p>CC/2002).</p><p>Dentre as causas especiais à compra e venda destacamos:</p><p>- Da Retrovenda (art. 505 a 508 CC/2002): permite ao vendedor reservar-se o direito de recobrar, em</p><p>certo prazo, o imóvel que vendeu, restituindo o preço mais as despesas feitas pelo comprador. Somente</p><p>se aplica aos imóveis e é exercida num prazo de caducidade de no máximo três anos a partir da venda;</p><p>- Da Venda a Contento (art. 509 CC/2002): que se reputará feita sob condição suspensiva, se no</p><p>contrato não se lhe tiver dado expressamente o caráter de condição resolutiva. As obrigações do</p><p>comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa comprada, são de mero comendatário,</p><p>enquanto não manifeste aceitá-lo. Se o comprador não fizer declaração alguma dentro do prazo,</p><p>reputar-se-á perfeita a venda, quer seja suspensiva a condição ou resolutiva, havendo-se, no primeiro</p><p>caso o pagamento do preço como expressão de que aceita a coisa vendida;</p><p>Aula 14 – Dos Contratos</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 67</p><p>- Da preempção ou preferência (art.513 a 520 CC/2002): que impõe ao comprador a obrigação de</p><p>oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender ou dar em pagamento para que este use de seu</p><p>direito de prelação na compra;</p><p>- Do pacto de Melhor Comprador: consiste no fato de que o contrato pode ser desfeito se dentro de</p><p>certo prazo, aparecer quem ofereça maiores vantagens. O Código Civil de 2002 deixou de disciplinar</p><p>essa modalidade de contrato, por entender estar em desuso, mas nada impede que as partes</p><p>observando o regime dos negócios jurídicos, escolham essa modalidade de contrato.</p><p>- Do Pacto Comissório: que consiste em poder o vendedor exigir, caso não seja pago o preço até</p><p>certo dia, a dissolução do contrato.</p><p>Comodato – Mútuo - Fiança</p><p>Comodato: (art. 579 a 585 CC/2002) é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis (coisas que não</p><p>podem ser substituídas por outra igual) ex.: um imóvel. Essa modalidade de contrato não é solene, ou</p><p>seja, não precisa ser registrado em cartório, pode ser escrito ou verbal, mas o ideal é que seja escrito,</p><p>melhor evitar mal-entendidos. Perfaz-se com a tradição do objeto.</p><p>Mútuo: (art. 586 a 592 CC/2002) é o empréstimo de coisa fungível, ou seja, pode ser consumida com o</p><p>uso (o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisas do mesmo gênero,</p><p>quantidade e qualidade) ex.: dinheiro ou mercadorias.</p><p>Fiança: (art. 818 a 839 CC/2002) é um contrato através do qual uma pessoa se obriga por outra a</p><p>cumprir certa obrigação, perante o seu credor, caso o devedor não faça.</p><p>São características da fiança:</p><p>- ser uma garantia fidejussória;</p><p>- possuir caráter acessório e subsidiário;</p><p>- ser contrato unilateral e solene;</p><p>- via de regra, gratuito;</p><p>- ser contrato benéfico e personalíssimo.</p><p>(Parte Especial, Livro I, Título VIII do Código Civil)</p><p>Títulos de Crédito (art. 887 a 926 CC/2002)</p><p>São os instrumentos que viabilizam uma operação de crédito sem a circulação de numerário ou</p><p>que concedem esse numerário, numa necessidade presente, contraída uma obrigação futura.</p><p>São, portanto, títulos especiais, representativos de direitos creditários e transmissíveis de</p><p>pessoa para pessoa, constituindo créditos certos e determinados, revestidos de garantias jurídicas.</p><p>Por intermédio desses instrumentos é que grande quantidade de riquezas futuras passam a</p><p>circular, antecipadamente, sob a forma de títulos negociáveis.</p><p>Dentre os vários títulos de crédito, podem ser enumerados e alguns diretamente ligados à</p><p>utilização pela pessoa física, na obtenção ou operação de crédito:</p><p>1 – Duplicata de Fatura: funciona como instrumento de crédito na venda mercantil a prazo. Sua</p><p>existência está vinculada à confiança depositada na pessoa do comprador, seu natural sacado;</p><p>2 – Letra de Câmbio: é uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo, que uma pessoa ou instituição</p><p>dirige a outra para pagar a terceiro;</p><p>Aula 15 – Títulos e Agentes de Crédito</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 68</p><p>3 – Nota Promissória: é uma promessa de pagamento emitida a favorecido certo. Como instrumento</p><p>de crédito, vincula diretamente o devedor ao credor, constitui compromisso solene pelo qual alguém se</p><p>obriga a pagar a outrem, certa soma em dinheiro;</p><p>4 – Cheque: ordem de pagamento à vista de e quem o emite a quem o porta (portador). Se nominal,</p><p>restringe o pagamento à pessoa em favor da qual foi emitido. Pressupõe um depósito prévio de</p><p>numerário disponível. Principais espécies de cheque: nominativo, ao portador, cruzado, visado e</p><p>administrativo;</p><p>5 – Debênture: é um título de crédito ao portador. Emitido em séries uniformes, por sociedades</p><p>anônimas, contra garantia do seu ativo. Vencem juros e possuem prazo certo para resgate;</p><p>6 – Letra de Hipotecária: representa os empréstimos hipotecários de longo prazo, cuja soma</p><p>corresponde à soma nominal dos títulos;</p><p>7 – Certificados de Depósito Bancário: são títulos negociáveis representativos de um depósito a</p><p>prazo fixo. Vence juros e correção monetária entre a compra e a venda. Emitidos tanto por bancos</p><p>comerciais, como de investimentos. Como promessa de pagamento à ordem, podem ser transmitidos</p><p>por endosso, datado e assinado pelo seu titular com indicação do nome e com a qualificação do</p><p>endossário.</p><p>Muitos outros títulos, de utilização mais específica, como os Certificados de Depósito de Ações,</p><p>Títulos de Crédito à Exportação, Cédula de Crédito Industrial, entre outros, figuram nas diversas</p><p>modalidades de transações creditícias operadas em nosso país.</p><p>Classificação Geral dos Títulos de Crédito</p><p>Em função dos vários critérios oferecidos</p><p>pela doutrina para classificação dos títulos de crédito,</p><p>pode ser apresentado o seguinte quadro geral quanto:</p><p> à Relação Fundamental: causais e abstratos;</p><p> ao Titular: ao portador, nominativos e à ordem;</p><p> à Prestação: contra dinheiro e contra mercadorias;</p><p> ao Prazo: à vista e a prazo (médio, longo e curto);</p><p> à Nacionalidade: nacional e estrangeiro;</p><p> ao Emitente: públicos e privados;</p><p> ao Campo de Atuação: mercado de capitais e extra mercado;</p><p> à Ordem: principais e acessórios;</p><p> à Emissão: definitivos e provisórios;</p><p> ao Número: individuais e seriados.</p><p>Agentes ou Instituições de Crédito</p><p>Dentre vários agentes e instituições, destacamos:</p><p> Instituições Financeiras Públicas;</p><p> Instituições Financeiras Privadas Bancárias;</p><p> Instituições Financeiras Privadas não Bancárias;</p><p> Particulares (pessoas físicas e sociedades comerciais).</p><p>Endosso</p><p>É a forma particular de alienação de coisa móvel. Trata-se de forma específica de transferência</p><p>dos títulos de crédito, feita pelo dono legítimo do crédito para outrem. Processa-se pela oposição da</p><p>assinatura do endossante.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 69</p><p>Quando o endosso menciona o nome da pessoa do novo credor (endossatário), chama-se</p><p>endosso em preto, e, quando não o menciona, endosso em branco.</p><p>É uma declaração unilateral de vontade e tem, como efeito, transferir o título.</p><p>Aval</p><p>É a garantia de pagamento que uma pessoa assume, de solver o título, na falta de cumprimento</p><p>por parte do devedor.</p><p>Avalista é aquele que garante o pagamento de um título, assinando-o também.</p><p>Avalizado é a pessoa em favor de quem foi dado o aval.</p><p>Aceitante é a pessoa que reconhece uma dívida por um título de sua responsabilidade.</p><p>Emitente é o que emite um documento e é sempre o credor, exceto na promissória.</p><p>Aceite</p><p>É uma declaração cambial do sacado de concordância com a ordem e a promessa que se</p><p>contêm na letra de câmbio, proveniente do saque feito pelo sacador. É, assim, uma declaração do</p><p>sacado . Só pode ser aceitante, lançada no próprio título, geralmente, no anverso da letra, consistente,</p><p>apenas na sua assinatura ou antecedida de uma expressão significativa. As fórmulas usuais são</p><p>expressas pelas palavras: aceito, aceitamos, pagarei, honrarei, etc..</p><p>Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus</p><p>órgãos de fiscalização e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a</p><p>seguinte Lei:</p><p>Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no território nacional, é regido pelo disposto na</p><p>presente lei.</p><p>Art. 2º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico</p><p>em Transações Imobiliárias.</p><p>Art. 3º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação</p><p>de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária.</p><p>Parágrafo único. As atribuições constantes deste artigo poderão ser exercidas, também, por pessoa</p><p>jurídica inscrita nos termos desta lei.</p><p>Art. 4º A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será objeto de Resolução do Conselho</p><p>Federal de Corretores de Imóveis.</p><p>Art. 5º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do</p><p>exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquia, dotada de personalidade</p><p>jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa,</p><p>operacional e financeira.</p><p>Aula 16 – Lei - nº 6.530/78</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 70</p><p>Art. 6º As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos</p><p>mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.</p><p>§ 1o As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente ou diretor um</p><p>Corretor de Imóveis individualmente inscrito. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.097, de</p><p>2015)</p><p>§ 2o O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais imobiliárias, mantendo sua autonomia</p><p>profissional, sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício e previdenciário, mediante contrato de</p><p>associação específico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, onde não houver sindicato</p><p>instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis. (Incluído pela</p><p>Lei nº 13.097, de 2015)</p><p>§ 3o Pelo contrato de que trata o § 2o deste artigo, o corretor de imóveis associado e a imobiliária</p><p>coordenam, entre si, o desempenho de funções correlatas à intermediação imobiliária e ajustam</p><p>critérios para a partilha dos resultados da atividade de corretagem, mediante obrigatória assistência da</p><p>entidade sindical. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)</p><p>§ 4o O contrato de associação não implica troca de serviços, pagamentos ou remunerações entre</p><p>a imobiliária e o corretor de imóveis associado, desde que não configurados os elementos</p><p>caracterizadores do vínculo empregatício previstos no art. 3o da Consolidação das Leis do Trabalho -</p><p>CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.097, de</p><p>2015)</p><p>Art. 7º Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em juízo ou fora dele, os</p><p>legítimos interesses da categoria profissional, respeitadas as respectivas áreas de competência.</p><p>Art. 8º O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território</p><p>nacional.</p><p>Art. 9º Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou</p><p>Territórios da jurisdição, a critério do Conselho Federal.</p><p>Art. 10º O Conselho Federal será composto por dois representantes, efetivos e suplentes, de cada</p><p>Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.</p><p>Art. 11º Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual número de</p><p>suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal indelegável, secreto e obrigatório, dos</p><p>profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem causa justificada, multa</p><p>em valor máximo equivalente ao da anuidade. (Redação dada pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>Art. 12º Somente poderão ser membros do Conselho Regional os Corretores de Imóveis com inscrição</p><p>principal na jurisdição há mais de dois anos e que não tenham sido condenados por infração disciplinar.</p><p>Art. 13º Os Conselhos Federal e Regionais serão administrados por uma diretoria, eleita dentre os seus</p><p>membros.</p><p>§ 1º A diretoria será composta de um presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois</p><p>tesoureiros.</p><p>§ 2º Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal, composto de três</p><p>membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.</p><p>Art. 14º Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais terão mandato de três anos.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art11</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 71</p><p>Art. 15º A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais</p><p>ocorrerá:</p><p>I - por renúncia;</p><p>Il - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;</p><p>III - por condenação a pena superior a dois anos, em virtude de sentença transitada em julgado;</p><p>IV - por destituição de cargo, função ou emprego, mencionada à prática de ato de improbidade na</p><p>administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;</p><p>V - por ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano.</p><p>Art. 16º Compete ao Conselho Federal:</p><p>I - eleger sua diretoria;</p><p>II - elaborar e alterar seu regimento;</p><p>III - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária</p><p>para o exercício seguinte;</p><p>IV - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regiões, fixando-lhes a sede e jurisdição;</p><p>V - baixar normas de ética profissional;</p><p>VI - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória</p><p>pelos inscritos;</p><p>VII - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;</p><p>VIII - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;</p><p>IX - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;</p><p>X - elaborar o regimento padrão dos Conselhos Regionais;</p><p>XI - homologar o regimento dos Conselhos Regionais;</p><p>XII - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais;</p><p>XIII - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidades e</p><p>pendências acaso existentes;</p><p>XIV - intervir temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando diretoria provisória, até que seja</p><p>regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato:</p><p>a) se comprovada irregularidade na administração;</p><p>b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento da contribuição;</p><p>XV - destituir diretor de Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções;</p><p>XVI - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais</p><p>e adotar medidas para sua eficiência e regularidade;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 72</p><p>XVII - baixar resoluções e deliberar sobre os casos omissos.</p><p>§ 1º Na fixação do valor das anuidades referidas no inciso VII deste artigo, serão observados os</p><p>seguintes limites máximos: (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003):</p><p>I – pessoa física ou firma individual: R$ 285,00 (duzentos e oitenta e cinco reais); (Incluído pela Lei nº</p><p>10.795, de 5.12.2003)</p><p>II – pessoa jurídica, segundo o capital social: (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>a) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais): R$ 570,00 (quinhentos e setenta reais); (Incluído pela Lei</p><p>nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>b) de R$ 25.001,00 (vinte e cinco mil e um reais) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais): R$ 712,50</p><p>(setecentos e doze reais e cinquenta centavos); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>c) de R$ 50.001,00 (cinquenta mil e um reais) até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais): R$ 855,00</p><p>(oitocentos e cinquenta e cinco reais); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>d) de R$ 75.001,00 (setenta e cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 997,50</p><p>(novecentos e noventa e sete reais e cinquenta centavos); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>e) acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 1.140,00 (mil cento e quarenta reais); (Incluído pela Lei</p><p>nº 10.795, de 5.12.2003)</p><p>§ 2º Os valores correspondentes aos limites máximos estabelecidos no § 1º deste artigo serão</p><p>corrigidos anualmente pelo índice oficial de preços ao consumidor; (Incluído pela Lei nº 10.795, de</p><p>5.12.2003)</p><p>Art. 17º Compete aos Conselhos Regionais:</p><p>I - eleger sua diretoria;</p><p>II - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária</p><p>para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal;</p><p>III - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de</p><p>Corretores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho Federal;</p><p>IV - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para</p><p>uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos respectivos;</p><p>V - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretor de Imóveis e de pessoas jurídicas;</p><p>VI - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas;</p><p>VII - expedir carteiras profissionais e certificados de inscrição;</p><p>VIII - impor as sanções previstas nesta lei;</p><p>IX - baixar resoluções, no âmbito de sua competência.</p><p>Art. 18º Constituem receitas do Conselho Federal:</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 73</p><p>I - a percentagem de vinte por cento sobre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos</p><p>Regionais;</p><p>II - a renda patrimonial;</p><p>III - as contribuições voluntárias;</p><p>IV - as subvenções e dotações orçamentárias.</p><p>Art. 19º Constituem receitas de cada Conselho Regional:</p><p>I - as anuidades, emolumentos e multas;</p><p>Il - a renda patrimonial;</p><p>III - as contribuições voluntárias;</p><p>IV - as subvenções e dotações orçamentárias.</p><p>Art. 20º Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que trata a presente lei é</p><p>vedado:</p><p>I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;</p><p>Il - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos;</p><p>III - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento</p><p>escrito;</p><p>IV - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o número de inscritos;</p><p>V - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de registro do loteamento ou</p><p>da incorporação no Registro de Imóveis;</p><p>VI - violar o sigilo profissional;</p><p>VII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou documentos que lhe tenham</p><p>sido entregues a qualquer título;</p><p>VIII - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;</p><p>IX - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção;</p><p>X - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.</p><p>Art. 21º Compete ao Conselho Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas as</p><p>seguintes sanções disciplinares;</p><p>I - advertência verbal;</p><p>II - censura;</p><p>III - multa;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 74</p><p>IV - suspensão da inscrição, até noventa dias;</p><p>V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.</p><p>§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso,</p><p>de modo a considerar leve ou grave a falta.</p><p>§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.</p><p>§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência na mesma</p><p>falta, aplicar-se-á em dobro.</p><p>§ 4º A pena de suspensão será anotada na carteira profissional do Corretor de Imóveis ou responsável</p><p>pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho</p><p>Nacional poderá convertê-la em cancelamento da inscrição.</p><p>Art. 22º Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o</p><p>regime jurídico das Leis do Trabalho.</p><p>Art. 23º Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, inscritos nos termos da Lei nº 4.116, de 27 de</p><p>agosto de 1962, o exercício da profissão, desde que o requeiram conforme o que for estabelecido na</p><p>regulamentação desta lei.</p><p>Art. 24º Esta lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir da sua vigência.</p><p>Art. 25º Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação.</p><p>Art. 26º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei número 4.116, de 27 de agosto</p><p>de 1962.</p><p>Brasília(DF), 12 de maio de 1978.</p><p>157º da Independência e 90º da República</p><p>ERNESTO GEISEL</p><p>ARNALDO PRIETO</p><p>Regulamenta a Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá nova regulamentação à profissão de</p><p>Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos e dá outras providências.</p><p>O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e</p><p>tendo em vista o artigo 24 da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978 DECRETA:</p><p>Art. 1º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional somente será</p><p>permitido:</p><p>I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de</p><p>Corretores de Imóveis da jurisdição; ou,</p><p>II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei N.º 4.116, de 27 de agosto de 1962, desde que</p><p>requeira a revalidação da sua inscrição.</p><p>Aula 17 – Decreto – N.º 81.871/78</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 75</p><p>Art. 2º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e</p><p>locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária.</p><p>Art. 3º - As atribuições constantes do artigo anterior poderão, também, ser exercidas por pessoa</p><p>jurídica, devidamente inscrita no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição.</p><p>Parágrafo único - O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de</p><p>imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser feito por</p><p>Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição.</p><p>Art. 4º - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente</p><p>de toda propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional.</p><p>Art. 5º - Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que</p><p>tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado.</p><p>Art. 6º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do</p><p>exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituída em autarquia dotada de personalidade</p><p>jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa,</p><p>operacional e financeira.</p><p>Art. 7º - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e</p><p>disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis em todo o território nacional.</p><p>Art. 8º - O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território</p><p>nacional.</p><p>Art. 9º - O Conselho Federal será composto por 2 (dois) representantes, efetivos e suplentes, de cada</p><p>Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.</p><p>Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos.</p><p>Art. 10º - Compete ao Conselho Federal:</p><p>I - eleger sua Diretoria;</p><p>II - elaborar e alterar seu Regimento;</p><p>III - exercer função normativa, baixar Resoluções e adotar providências indispensáveis à realização dos</p><p>objetivos institucionais;</p><p>IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade Profissional e dos Certificados de Inscrição;</p><p>V - autorizar a sua Diretoria a adquirir e onerar bens imóveis;</p><p>VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como elaborar a previsão</p><p>orçamentária para o exercício seguinte;</p><p>VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regionais, fixando-lhes a sede e jurisdição;</p><p>VIII - baixar normas de ética profissional;</p><p>IX - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis de observância obrigatória</p><p>pelos inscritos;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 76</p><p>X - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;</p><p>XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;</p><p>XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;</p><p>XIII - elaborar o Regimento padrão dos Conselhos Regionais;</p><p>XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais;</p><p>XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais;</p><p>XVI - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidades e</p><p>pendências acaso existentes;</p><p>XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja</p><p>regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato:</p><p>a) se comprovada irregularidade na administração;</p><p>b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições.</p><p>XVIII - destituir Diretor do Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções;</p><p>XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais</p><p>e adotar medidas para sua eficiência e regularidade;</p><p>XX - deliberar sobre os casos omissos;</p><p>XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo Território Nacional, os legítimos interesses da categoria</p><p>profissional.</p><p>Art. 11º - O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus</p><p>membros.</p><p>Art. 12º - Constituem receitas do Conselho Federal:</p><p>I - a percentagem de 20% (vinte por cento) sobre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos</p><p>Conselhos Regionais;</p><p>II - a renda patrimonial;</p><p>III - as contribuições voluntárias;</p><p>IV - as subvenções e dotações orçamentárias.</p><p>Art. 13º - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício</p><p>profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal.</p><p>Art. 14º - Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou</p><p>Territórios, a critério do Conselho Federal.</p><p>Art. 15º - Os Conselhos Regionais serão compostos por 27 (vinte e sete) membros, efetivos e</p><p>suplentes, eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembleia Geral especialmente convocada</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 77</p><p>para esse fim, e 1/3 (um terço) integrado por representantes dos Sindicatos de Corretores de Imóveis</p><p>que funcionarem regularmente na jurisdição do Conselho Regional.</p><p>Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos.</p><p>Art. 16 - Compete ao Conselho Regional:</p><p>I - eleger sua Diretoria;</p><p>II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão elaborado pelo Conselho Federal;</p><p>III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição;</p><p>IV - cumprir e fazer cumprir as Resoluções do Conselho Federal;</p><p>V - arrecadar anuidades, multas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas à efetivação da</p><p>sua receita e a do Conselho Federal;</p><p>VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão</p><p>orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal;</p><p>VII - propor a criação de Sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de</p><p>Corretores de Imóveis, fixado pelo Conselho Federal;</p><p>VIII - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem</p><p>para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos Sindicatos respectivos;</p><p>IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas jurídicas;</p><p>X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas;</p><p>XI - expedir Carteiras de Identidade Profissional e Certificados de Inscrição;</p><p>XII - impor as sanções previstas neste regulamento;</p><p>XIII - baixar Resoluções, no âmbito de sua competência;</p><p>XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria</p><p>profissional;</p><p>XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho</p><p>Federal;</p><p>XVI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias correspondentes à anuidade,</p><p>multas e emolumentos, esgotados os meios de cobrança amigável.</p><p>Art. 17º - O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus</p><p>membros.</p><p>Art. 18º - Constituem receitas de cada Conselho Regional:</p><p>I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e emolumentos;</p><p>II - as multas;</p><p>III - a renda patrimonial;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 78</p><p>IV - as contribuições voluntárias;</p><p>V - as subvenções e dotações orçamentárias.</p><p>Art. 19º - 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes,</p><p>serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos</p><p>em que dispuser o Regimento dos Conselhos Regionais, considerando-se eleitos efetivos os 18</p><p>(dezoito) mais votados e suplentes os seguintes.</p><p>Parágrafo único - Aplicar-se-á ao profissional inscrito que deixar de votar sem causa justificada, multa</p><p>em importância correspondente ao valor da anuidade.</p><p>Art. 20 - 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e respectivos suplentes serão</p><p>indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis, dentre seus associados, diretores ou não.</p><p>§ 1º - Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o</p><p>número de representantes de cada Sindicato será fixado pelo Conselho Federal.</p><p>§ 2º - Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho Regional, 1/3 (um terço)</p><p>dos membros que seria destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.</p><p>§ 3º - Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria, com base territorial na jurisdição de cada</p><p>Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do</p><p>Conselho Federal, o terço destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito, na forma do artigo anterior.</p><p>Art. 21º - O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de</p><p>Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão</p><p>subordinados ao preenchimento dos seguintes requisitos mínimos:</p><p>I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo há mais de 2 (dois) anos;</p><p>II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;</p><p>III - inexistência de condenação à pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em</p><p>julgado.</p><p>Art. 22º - A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais</p><p>ocorrerá:</p><p>I - por renúncia;</p><p>II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;</p><p>III - por condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado;</p><p>IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na</p><p>administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;</p><p>V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em</p><p>cada ano.</p><p>Art. 23º - Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados, por deliberação do</p><p>Plenário.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 79</p><p>Parágrafo único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao Presidente do Conselho</p><p>convocar o respectivo suplente.</p><p>Art. 24º - Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um, como órgão deliberativo o Plenário,</p><p>constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a</p><p>execução dos serviços técnicos ou especializados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições.</p><p>Art. 25º - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um Presidente, dois</p><p>Vice-Presidentes, dois Secretários e dois Tesoureiros, eleitos pelo Plenário, dentre seus membros, na</p><p>primeira reunião ordinária.</p><p>Art. 26º - A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e as atribuições da Diretoria e dos demais</p><p>órgãos, serão fixados no Regimento de cada Conselho.</p><p>Art. 27º - Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal composto de três</p><p>membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.</p><p>Art. 28º - A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no Conselho Regional</p><p>da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.</p><p>Art. 29º - As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos</p><p>mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.</p><p>Parágrafo único - As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio-gerente ou</p><p>diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito.</p><p>Art. 30º - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo da profissão em área de jurisdição diversa da</p><p>do Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa</p><p>jurídica, fica condicionado à inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que</p><p>jurisdicionam as áreas em que exercerem as atividades.</p><p>Art. 31º - Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecida Carteira de Identidade Profissional, numerada</p><p>em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos:</p><p>I - nome por extenso do profissional;</p><p>II - filiação;</p><p>III - nacionalidade e naturalidade;</p><p>IV - data do nascimento;</p><p>V - número e data de inscrição;</p><p>VI - natureza da habilitação;</p><p>VII - natureza da inscrição;</p><p>VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou</p><p>a inscrição;</p><p>IX - fotografia e impressão datiloscópica;</p><p>X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 80</p><p>Art. 32º - À pessoa jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição, numerado em cada</p><p>Conselho Regional, contendo no mínimo, os seguintes elementos:</p><p>I - denominação da pessoa jurídica;</p><p>II - número e data da inscrição;</p><p>III - natureza da inscrição;</p><p>IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no Conselho Regional;</p><p>V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou diretor, no Conselho Regional;</p><p>VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;</p><p>VII - assinatura do sócio-gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional.</p><p>Art. 33º - As inscrições do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica, o fornecimento de Carteira de</p><p>Identidade Profissional e de Certificado de Inscrição e certidões, bem como o recebimento de petições,</p><p>estão sujeitos ao pagamento de anuidade e emolumentos fixados pelo Conselho Federal.</p><p>Art. 34º - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da</p><p>profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica.</p><p>Art. 35º - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira,</p><p>que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica.</p><p>Art. 36º - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa fixada pelo Conselho</p><p>Federal.</p><p>Art. 37º - A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será</p><p>igualmente fixada pelo Conselho Federal.</p><p>Art. 38º - Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis:</p><p>I - transgredir normas de ética profissional;</p><p>II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;</p><p>III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos</p><p>não inscritos ou impedidos;</p><p>IV - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento</p><p>escrito;</p><p>V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade profissional sem mencionar o número de inscrição;</p><p>VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do registro do loteamento ou</p><p>da incorporação no Registro de Imóveis;</p><p>VII - violar o sigilo profissional;</p><p>VIII - negar aos interessados prestações de contas ou recibo de quantia ou documento que lhe tenham</p><p>sido entregues a qualquer título;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 81</p><p>IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;</p><p>X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a Lei defina como crime ou contravenção;</p><p>XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional;</p><p>XII - promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem</p><p>interesses de terceiros;</p><p>XIII - recusar a apresentação de Carteira de Identidade Profissional, quando couber.</p><p>Art. 39º - As sanções disciplinares consistem em:</p><p>I - advertência verbal;</p><p>II - censura;</p><p>III - multa;</p><p>IV - suspensão da inscrição, até 90 (noventa) dias;</p><p>V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.</p><p>§ 1º - Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada</p><p>caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.</p><p>§ 2º - A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.</p><p>§ 3º - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência, aplicar-se-á</p><p>em dobro.</p><p>§ 4º - A pena de suspensão será anotada na Carteira de Identidade Profissional do Corretor de Imóveis</p><p>ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade,</p><p>o Conselho Regional poderá convertê-la em cancelamento da inscrição.</p><p>§ 5º - As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício</p><p>reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de</p><p>reincidência.</p><p>Art. 40º - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho</p><p>Federal:</p><p>I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão;</p><p>II - “ex officio”, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior.</p><p>Art. 41º - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do</p><p>denunciante e acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios do alegado.</p><p>Art. 42º - A suspensão por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou multas só cessará com a</p><p>satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo</p><p>Conselho Federal.</p><p>Art. 43º - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 82</p><p>Art. 44º - O Conselho Federal será última e definitiva instância nos assuntos relacionados com a</p><p>profissão e seu exercício.</p><p>Art. 45º - Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o</p><p>regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.</p><p>Art. 46º - Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho Federal baixar instruções</p><p>sobre cessação da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de término de mandato.</p><p>Art. 47º - O disposto no artigo 15 somente será observado nas eleições para constituição dos</p><p>Conselhos Regionais após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978.</p><p>Art. 48º - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em</p><p>contrário.</p><p>Brasília-DF, em 29 de junho de 1978.</p><p>157º da Independência e 90º da República</p><p>ERNESTO GEISEL</p><p>ARNALDO PRIETO</p><p>Publicada em: 14/09/78 Fls.: 5064/5 (SEÇÃO I - PARTE II)</p><p>Estabelece normas para o Contrato Padrão, previsto no artigo 16, inciso VI, da Lei Nº 6.530.</p><p>O CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, no uso das atribuições que lhe são</p><p>conferidas em lei;</p><p>CONSIDERANDO que a Lei 6.530/78, estabeleceu a obrigatoriedade do contrato de Intermediação</p><p>Imobiliária;</p><p>CONSIDERANDO que o relacionamento entre o profissional e cliente deve ser resguardado por</p><p>instrumento contratual para evitar desinteligências;</p><p>CONSIDERANDO que os princípios da ética profissional impõem a necessidade do instrumento;</p><p>RESOLVE:</p><p>Art. 1º - Toda e qualquer intermediação imobiliária será contratada, obrigatoriamente, por instrumento</p><p>escrito que incluirá, dentre outros, os seguintes dados:</p><p>a) nome e qualificação das partes;</p><p>b) individualização e caracterização do objeto do contrato;</p><p>c) preço e condições de pagamento da alienação ou da locação;</p><p>d) dados do título de propriedade declarados pelo proprietário;</p><p>e) menção da exclusividade ou não;</p><p>f) remuneração do corretor e forma de pagamento;</p><p>Aula 18 – Resolução COFECI – N.º 005/78</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 83</p><p>g) prazo de validade do instrumento;</p><p>h) previsão de até 06 (seis) meses de subsistência da remuneração, depois de vencido o prazo</p><p>previsto na alínea anterior, na hipótese de se efetivar a transação com pessoa indicada pelo</p><p>profissional dentro do prazo</p><p>de validade do instrumento; (revogada pela Resolução-Cofeci nº</p><p>811/03 em face do que dispõe o art. 727 do Código Civil Brasileiro, ipsis litteris: “Se, por</p><p>não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio</p><p>realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual</p><p>resolução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas</p><p>por efeitos dos trabalhos do corretor.”)</p><p>i) autorização expressa para receber, ou não, sinal de negócio.</p><p>Art. 2º - O profissional ao término da vigência do Contrato de Intermediação Imobiliária, comunicará,</p><p>comprovadamente, ao proprietário, por escrito, sob protocolo ou registro postal, os nomes dos</p><p>candidatos e eventuais interessados na operação com os quais manteve entendimentos durante a</p><p>vigência do instrumento, para assegurar os seus direitos previstos na alínea “f”, do artigo anterior.</p><p>Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.</p><p>Brasília-DF, 09 de setembro de 1978.</p><p>EDMUNDO CARLOS DE FREITAS XAVIER</p><p>Presidente</p><p>JOSÉ ARANTES COSTA</p><p>1º Diretor Secretário</p><p>Publicada em: 08/07/92 DOU. N.º 129- Fls.: 8821 (SEÇÃO I)</p><p>Aprova o Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis. “Ad referendum”</p><p>O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS - COFECI, no uso das</p><p>atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 10, item VIII do Decreto Nº 81.871, de 29 de junho de</p><p>1978,</p><p>RESOLVE:</p><p>Art. 1º - Aprovar o anexo CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL.</p><p>Art. 2º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições</p><p>contrárias, especialmente as Resoluções - COFECI Nºs 014/78, 037/79 e 145/82.</p><p>Brasília-DF, 25 de junho de 1992.</p><p>WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente</p><p>RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário</p><p>Aprovado conforme Resolução COFECI n° 326/92</p><p>CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS</p><p>Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o</p><p>Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional.</p><p>Aula 19 – Resolução COFECI – N.º 326/92</p><p>http://www.creci.org.br/legislacao.asp?acao=codigo</p><p>http://www.creci.org.br/legislacao.asp?acao=codigo</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 84</p><p>Art. 2°- Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse que lhe é</p><p>confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica das transações imobiliárias.</p><p>Art. 3° - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas:</p><p>I - considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que</p><p>comprometam a sua dignidade;</p><p>II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas</p><p>iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade;</p><p>III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho</p><p>desse órgão;</p><p>IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e</p><p>encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que forem investidos em tais mandatos e</p><p>encargos;</p><p>V - observar os postulados impostos por este Código, exercendo seu mister com dignidade;</p><p>VI - exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as prescrições legais e</p><p>regulamentares;</p><p>VII - defender os direitos e prerrogativas profissionais e a reputação da classe;</p><p>VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional;</p><p>IX - auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento deste Código,</p><p>comunicando, com discrição e fundamentadamente, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver</p><p>ciência;</p><p>X - não se referir desairosamente sobre seus colegas;</p><p>XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de consideração, respeito e solidariedade, em</p><p>consonância com os preceitos de harmonia da classe;</p><p>XII - colocar-se a par da legislação vigente e procurar difundi - la a fim de que seja prestigiado e definido</p><p>o legítimo exercício da profissão.</p><p>Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes:</p><p>I - inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo;</p><p>II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o</p><p>depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o</p><p>negócio;</p><p>III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;</p><p>IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos a ele.</p><p>V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio, contas pormenorizadas;</p><p>VI - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a</p><p>decisão do que lhe interessar pessoalmente;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 85</p><p>VII - restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite;</p><p>VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qualquer título;</p><p>IX - contratar, por escrito e previamente, a prestação dos serviços profissionais;</p><p>X - receber, somente de uma única parte, comissões ou compensações pelo mesmo serviço prestado,</p><p>salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for</p><p>praxe usual na jurisdição.</p><p>Art. 5° - O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a</p><p>que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência ou infrações éticas.</p><p>Art. 6º - É vedado ao Corretor de Imóveis:</p><p>I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes,</p><p>ou ainda, que possam prestar-se à fraude;</p><p>II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei e em Resoluções;</p><p>III - promover a intermediação com cobrança de "over-price";</p><p>IV - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente;</p><p>V - receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que não correspondam a</p><p>serviços efetiva e licitamente prestados;</p><p>VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou</p><p>desprestígio para outro profissional ou para a classe;</p><p>VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;</p><p>VIII - deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou intimações para instrução</p><p>de processos;</p><p>IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmente atividades de transações</p><p>imobiliárias;</p><p>X - praticar quaisquer atos de concorrência desleal aos colegas;</p><p>XI - promover transações imobiliárias contra disposição literal da lei;</p><p>XII - abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem motivo justo e prévia ciência do cliente;</p><p>XIII - solicitar ou receber do cliente qualquer favor em troca de concessões ilícitas;</p><p>XIV - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade dos</p><p>Conselhos, em matéria de competência destes;</p><p>XV - aceitar incumbência de transação que esteja entregue a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe</p><p>prévio conhecimento, por escrito;</p><p>XVI - aceitar incumbência de transação sem contratar com o Corretor de Imóveis, com que tenha de</p><p>colaborar ou substituir;</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0</p><p>DIREITO E LEGISLAÇÃO 86</p><p>XVII - anunciar capciosamente;</p><p>XVIII - reter em suas mãos negócio, quando não tiver probabilidade de realizá-lo;</p><p>XIX - utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais, quando no exercício de cargo ou</p><p>função em órgão ou entidades de classe;</p><p>XX - receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja expressamente autorizado</p><p>para tanto.</p><p>Art. 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a apuração</p><p>das faltas que cometer contra este Código, e a aplicação das penalidades previstas na legislação em</p><p>vigor.</p><p>Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de Imóveis que desatender os preceitos dos</p><p>artigos 3º, I, V, VI e IX; 4º, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e X; 6º, I, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX</p><p>e XX, e transgressão de natureza leve o que desatender os demais preceitos deste Código.</p><p>Art. 9º - As regras deste Código obrigam aos profissionais inscritos nos Conselhos Regionais.</p><p>Art. 10º - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais promoverão a ampla divulgação deste</p><p>Código de Ética.</p><p>Brasília-DF, 25 de junho de 1992.</p><p>WALDYR FRANCISCO LUCIANO - Presidente</p><p>RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário</p><p>Resolução homologada em Sessão Plenária de 07/08/92</p><p>Publicada em: 08/07/92 DOU. N.º 129 - Fls.: 8821 (SEÇÃO I)</p><p>(Ver Resolução COFECI nº 1076 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1080 de 2007) | (Ver</p><p>Resolução COFECI nº 1082 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1065 de 2007)</p><p>Revê, consolida e estabelece normas para inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos</p><p>Regionais de Corretores de Imóveis. “Ad referendum”.</p><p>O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS - COFECI, no uso das</p><p>atribuições que lhe são conferidas pelos artigos 4º e 16, XVI e XVII, da Lei nº 6.530, de 12 de maio de</p><p>1978 e artigo 10, III, do Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978,</p><p>CONSIDERANDO que para atender ao seu objetivo institucional de disciplinar o exercício da profissão</p><p>de Corretor de Imóveis, cabe adotar as medidas necessárias ao funcionamento regular e eficiente dos</p><p>Conselhos Regionais;</p><p>CONSIDERANDO que a inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos Regionais constitui</p><p>condição essencial para o exercício da profissão de Corretor de Imóveis;</p><p>Aula 20 – Resolução COFECI – N.º 327/92</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1076</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1080</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1082</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1082</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-09-27-1065</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 87</p><p>RESOLVE:</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA INSCRIÇÃO</p><p>Art. 1º - Constituem atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis os de intermediação nas</p><p>transações em geral sobre imóveis, inclusive, na compra e venda, promessa de venda, cessão,</p><p>promessa de cessão, permuta, incorporação, loteamento e locação.</p><p>Art. 2º - O exercício da atividade de intermediação imobiliária, inclusive o de atos privativos da profissão</p><p>de Corretor de Imóveis, somente é permitido às pessoas físicas e jurídicas detentoras de inscrição nos</p><p>Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que satisfaçam as condições para o exercício</p><p>profissional.</p><p>Art. 3º - Atendidos os requisitos legais e regulamentares, é assegurada a inscrição:</p><p>I - aos técnicos em Transações Imobiliárias, formados por estabelecimentos de ensino reconhecidos</p><p>pelos órgãos educacionais competentes;</p><p>II - às pessoas jurídicas legalmente constituídas para os objetivos de intermediação imobiliária, inclusive</p><p>para os fins previstos no artigo 1º desta Resolução.</p><p>Parágrafo único - As empresas colonizadoras que loteiam, constroem e incorporam imóveis, nos</p><p>termos dos artigos 3º e seu parágrafo único, 4º e 6º e seu parágrafo único da Lei nº 6.530/78, estão</p><p>obrigadas a se inscreverem nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, na forma desta</p><p>Resolução.</p><p>Art. 4º - A inscrição no Conselho Regional de Corretores de Imóveis será:</p><p>I - originária ou principal;</p><p>II - secundária ou suplementar.</p><p>Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela feita no CRECI da Região onde o Corretor de Imóveis</p><p>tenha o seu domicílio e exerça a sua atividade permanente ou esteja sediada a matriz da pessoa</p><p>jurídica.</p><p>§ 1º - Se o Corretor de Imóveis tiver mais de um domicílio, apenas no Conselho Regional de um deles</p><p>poderá possuir a inscrição principal.</p><p>§ 2º - A inscrição principal faculta o exercício permanente da intermediação imobiliária da pessoa física</p><p>ou jurídica na Região do CRECI onde estiver inscrita e o exercício eventual em qualquer parte do</p><p>Território Nacional.</p><p>§ 3º - O exercício eventual da intermediação imobiliária em região distinta da principal será permitido</p><p>mediante comunicação prévia ao CRECI da Região do exercício eventual da profissão, após o</p><p>pagamento de anuidade proporcional a 120 (cento e vinte) dias e a consequente anotação na Carteira</p><p>Profissional do interessado. A continuidade do exercício eventual por período superior a esse tempo só</p><p>será possível mediante inscrição secundária nos termos desta Resolução.(10)</p><p>§ 4º - Para o exercício eventual, a pessoa física ou jurídica comunicará ao Presidente do CRECI da</p><p>Região onde irá exercer a atividade profissional a transação imobiliária, bem como a sua qualificação</p><p>completa e o número da sua inscrição no Conselho Regional de origem.</p><p>§ 5º - O Presidente do CRECI, recebendo a comunicação, anotará, de imediato, na carteira de</p><p>identidade profissional do Corretor de Imóveis ou do representante legal da pessoa jurídica, a</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 88</p><p>autorização para o exercício eventual da intermediação imobiliária e a data do início do prazo a que se</p><p>refere o § 3º deste artigo.</p><p>Art. 6º - Inscrição secundária ou suplementar é a efetuada no Conselho Regional diverso daquele em</p><p>que a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal, para permitir o exercício da atividade</p><p>profissional além dos limites fixados no § 3º do artigo 5°.</p><p>Parágrafo único - É obrigatória a inscrição secundária de filial da pessoa jurídica que exerça atividade</p><p>imobiliária em Região diversa daquela em que estiver inscrita a matriz.</p><p>Art. 7º - O cancelamento da inscrição principal da pessoa física ou jurídica acarretará,</p><p>automaticamente, a da inscrição secundária, mas a perda desta não determinará a daquela.</p><p>Parágrafo único - Aplica-se à suspensão da inscrição o disposto neste artigo.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA FÍSICA</p><p>Art. 8° - A inscrição principal de Corretor de Imóveis se fará mediante requerimento dirigido ao</p><p>Presidente do CRECI, com menção:</p><p>I - do nome do requerente por extenso e, se for o caso, do nome abreviado que pretenda usar; (NR</p><p>dada pela Resolução COFECI nº 1065 de 2007)</p><p>II - da nacionalidade, estado civil e filiação;</p><p>III - da data e local de nascimento;</p><p>IV - da residência profissional;</p><p>V - do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);</p><p>§ 1° - O requerimento que se refere este artigo será instruído com os seguintes documentos:</p><p>a) - cópia da carteira de identidade;</p><p>b) - cópia do certificado que comprove a quitação com o serviço militar;</p><p>c) - cópia do título de Técnico em Transações Imobiliárias fornecidas por estabelecimento de</p><p>ensino</p><p>reconhecido pelos órgãos educacionais</p><p>competentes;</p><p>d) - cópia do título de eleitor;</p><p>e) - declaração do requerente, sob as penas da lei, de que não responde nem respondeu a</p><p>inquérito criminal ou administrativo, execução civil, processo falimentar e que não tenha títulos</p><p>protestados no último quinquênio, bem como os locais de residências no mesmo período.</p><p>§ 2º - A efetiva entrega da Carteira Profissional de Corretor de Imóveis, somente será feita mediante a</p><p>apresentação, pelo interessado, do comprovante do pagamento da contribuição sindical obrigatória.</p><p>Art. 9º - O estrangeiro, além dos documentos enumerados no parágrafo 1º do artigo 8º, excetuados os</p><p>das alíneas b e d, deverão comprovar a permanência legal e ininterrupta no País durante o último</p><p>triênio.</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-09-27-1065</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-09-27-1065</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 89</p><p>Parágrafo único - O documento referido na alínea c do parágrafo 1º do artigo 8º poderá ser suprido por</p><p>título equivalente ou superior, devidamente reconhecido pelo órgão educacional competente.</p><p>Art. 10 - A juntada de documentos referidos nas alíneas a, b, c e d do §1º do artigo 8º, poderá ser feita</p><p>por cópia autenticada, dispensada a conferência com o documento original.</p><p>Parágrafo único - A autenticação poderá ser feita mediante cotejo da cópia com o original, por servidor</p><p>do CRECI a quem for conferida essa atribuição, caso não tenha sido efetuada, anteriormente, por</p><p>tabelião.</p><p>Art. 11 - O pedido de inscrição formará processo que será apreciado, previamente, por Comissão do</p><p>CRECI que poderá solicitar diligência ou encaminhá-lo, se devidamente instruído, com parecer</p><p>conclusivo à Diretoria.</p><p>§ 1º - Qualquer exigência da Comissão do CRECI será comunicada por ofício ao requerente, pelo</p><p>Secretário, a fim de ser atendida.</p><p>§ 2º - O não atendimento da exigência, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento do</p><p>ofício a que se refere o parágrafo anterior, acarretará o arquivamento do processo de inscrição, o qual</p><p>somente será desarquivado mediante o cumprimento da exigência formulada.</p><p>Art. 12 - Com o parecer conclusivo da Comissão, o Presidente do CRECI encaminhará o processo de</p><p>inscrição ao Plenário para decisão.</p><p>Art. 13 - Qualquer pessoa poderá impugnar, documentadamente, o pedido de inscrição do requerente,</p><p>objetivando o seu indeferimento.</p><p>Parágrafo único - A autoridade a que estiver submetido o processo, desde que reconheça na</p><p>impugnação indícios que possam comprometer a concessão da inscrição, deverá baixar o processo em</p><p>diligência para elucidar os fatos apontados.</p><p>Art. 14 - Instruído o processo, inclusive se for o caso, com o esclarecimento da impugnação a que se</p><p>refere o artigo anterior, o Plenário decidirá sobre a inscrição requerida.</p><p>Art. 15 - A decisão do Plenário será transcrita no processo e comunicada ao requerente por ofício do</p><p>Secretário do CRECI.</p><p>Art. 16 - O requerente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ciência da decisão,</p><p>poderá dela recorrer para o COFECI, através de petição dirigida ao Presidente do CRECI.</p><p>Art. 17 - O Presidente do CRECI poderá atribuir ao recurso, acompanhado ou não de documentos,</p><p>efeito de pedido de reconsideração, submetendo-o ao reexame do Plenário.</p><p>§ 1° - Caso não reconheça efeito de pedido de reconsideração ao recurso, o Presidente do CRECI</p><p>encaminhará ao COFECI, para decisão em última e definitiva instância.</p><p>§ 2° - Se o Plenário do CRECI negar provimento ao pedido de reconsideração remeterá o processo ao</p><p>COFECI para decisão final.</p><p>Art. 18 - O julgamento do recurso no COFECI obedecerá ao disposto no seu Regimento Interno.</p><p>Art. 19 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o requerente, perante o Plenário</p><p>do CRECI, no ato do recebimento da carteira de identidade profissional, prestará o compromisso de</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 90</p><p>fielmente observar as regras a que está sujeito, atinentes ao exercício da profissão de Corretor de</p><p>Imóveis.</p><p>Parágrafo único - A inscrição do Corretor de Imóveis somente será considerada completa após ter o</p><p>requerente prestado o compromisso a que se refere este artigo e receber a sua carteira de identidade</p><p>profissional.</p><p>Art. 20 - O Conselho Regional fornecerá ao Corretor de Imóveis inscrito carteira e cédula de identidade</p><p>profissional contendo os seguintes elementos:</p><p>I - nome, por extenso, do profissional;</p><p>II - filiação;</p><p>III - nacionalidade e naturalidade;</p><p>IV - data do nascimento;</p><p>V - número e data da inscrição;</p><p>VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;</p><p>VII - fotografia e impressão datiloscópica;</p><p>VIII - data de sua expedição e assinaturas do profissional inscrito, do Presidente e do Diretor 1°</p><p>Secretário do Conselho Regional.</p><p>Parágrafo único - O fornecimento da carteira e da cédula de identidade profissional está sujeito ao</p><p>pagamento de emolumentos.</p><p>Art. 21 - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente poderá ser iniciado após o</p><p>atendimento das formalidades da inscrição e do pagamento da primeira anuidade.</p><p>Parágrafo único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido concomitantemente com os</p><p>emolumentos referentes à expedição da carteira de identidade profissional, será proporcional ao</p><p>período não vencido do exercício.</p><p>(Ver Resolução COFECI nº 1078 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1077 de 2007) | (Ver</p><p>Resolução COFECI nº 1081 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1084 de 2007)</p><p>Art. 22 - Expedida a carteira de identidade profissional, o portador deverá, dentro de 60 (sessenta) dias,</p><p>satisfazer a legislação fiscal e previdenciária para estabelecer-se, sob pena de cancelamento</p><p>automático da inscrição e de apreensão da citada carteira.</p><p>Art. 23 - Se a carteira de identidade profissional for extraviada, danificada ou se tornar imprestável para</p><p>o fim a que se destina, o Conselho Regional expedirá segunda via, com essa designação expressa,</p><p>mediante o pagamento dos emolumentos devidos.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA JURÍDICA</p><p>Art. 24 - A inscrição principal da pessoa jurídica se fará mediante requerimento dirigido ao Presidente</p><p>do CRECI, com menção:</p><p>I - do nome ou razão social da requerente e, se for o caso, do nome de fantasia que pretenda usar; (NR</p><p>dada pela Resolução COFECI nº 1065 de 2007)</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1078</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1077</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1081</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1081</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1084</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-09-27-1065</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-09-27-1065</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 91</p><p>II - endereço completo da matriz e, se houver, de suas filiais;</p><p>III - do número de inscrição da requerente no INSS, ISS, CGC e a do registro na Junta Comercial (livro,</p><p>folha e data) ou do Cartório do Registro de Pessoas Jurídicas (livro, folha e data).</p><p>IV - da qualificação completa do seu sócio-gerente ou diretor (nome, nacionalidade, estado civil,</p><p>profissão,</p><p>para a empresa.</p><p>1.4 - TIPOS DE EMPRESAS – POR NATUREZA JURÍDICA E POR FATURAMENTO</p><p>No Brasil temos diferentes tipos de classificação de empresas, que podem ser quanto ao porte</p><p>(número de sócios/composição do capital), ao faturamento (microempresa – ME, e empresa de</p><p>pequeno porte – EPP), e até quanto à atividade (Simples Nacional). É importante saber que elas não</p><p>A estrutura organizacional determina o fluxo de atividades e de comando,</p><p>chamado organograma.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 14</p><p>são excludentes entre si, ou seja, dependendo da empresa, ela pode acumular várias classificações.</p><p>Vejamos quais são esses tipos, a seguir.</p><p>1.5.1 – Classificação por natureza jurídica</p><p>Nos casos de empresas individuais, podemos citar duas situações: Empresa Individual e Empresa</p><p>Individual de Responsabilidade Limitada.</p><p>Para sociedades, vamos apresentar mais três opções: Empresa de Responsabilidade Limitada,</p><p>Sociedade Anônima e Sociedade Simples.</p><p>Vejamos a seguir esses cinco tipos de enquadramento:</p><p>Empresa Individual (EI) – constituída por um único proprietário, o qual responde integralmente pela</p><p>empresa, inclusive com seu patrimônio pessoal. Leva o nome do proprietário, mas permite o uso de um</p><p>nome fantasia.</p><p>Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) – como no caso anterior, tem apenas um</p><p>proprietário, a diferença é que sua responsabilidade se limita ao capital da empresa que deve</p><p>corresponder a pelo menos 100 salários-mínimos, não comprometendo assim, seu patrimônio pessoal.</p><p>Sociedade Limitada (Ltda.) – trata-se de uma estrutura composta por duas pessoas ou mais. Por esse</p><p>motivo, existe a necessidade de um Contrato Social que definirá cotas, responsabilidades e outros</p><p>detalhes da sociedade.</p><p>Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) – foi definida através da Lei de Liberdade Econômica como uma</p><p>variante da Sociedade Limitada, porém, constituída por apenas uma pessoa, ou seja, um "sócio único".</p><p>Assim como a EIRELI, também tem responsabilidade limitada ao capital da empresa, mas com a</p><p>vantagem de não se exigir capital mínimo.</p><p>Sociedade Anônima (S/A) – é uma sociedade onde o capital é distribuído através de ações. Pode tanto</p><p>ser de capital aberto com ações negociadas na bolsa de valores, quanto ser de capital fechado, não</p><p>negociado.</p><p>Sociedade Simples (SS) – exclusivamente para prestadores de serviços de atividades intelectuais,</p><p>técnicas e científicas. Na sociedade simples, a atividade fim é desenvolvida pelos próprios sócios, que</p><p>exercem a suas profissões ou prestam serviços de natureza pessoal. Podemos citar como exemplos</p><p>médicos, advogados, cooperativas e associações com fins culturais e sociais.</p><p>Existe enquadramento por natureza jurídica para qualquer tamanho de empresa..</p><p>OBS.: Como sabemos, as leis vêm sendo frequentemente alteradas com o objetivo de se adaptar às</p><p>novas condições que surgem ao longo do tempo. Portanto, é imprescindível que o aluno mantenha-se</p><p>constantemente atualizado com relação às alterações das leis.</p><p>1.5.2 – Classificação por faturamento</p><p>A empresa individual (EI), empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), a sociedade</p><p>empresarial limitada (Ltda.) e a sociedade simples (SS), poderão se enquadrar como microempresa ou</p><p>empresa de pequeno porte, de acordo com seu faturamento bruto anual e desde que cumpram com os</p><p>requisitos. Nesses casos, há, ainda a possibilidade de optar pelo Simples Nacional, que tem suas</p><p>condições regidas por lei*.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 15</p><p>A faixa de faturamento é o parâmetro para a classificação da empresa.</p><p>Há um tipo de empresa com natureza jurídica já definida como microempresa pelo seu</p><p>faturamento, que é a microempresa individual (MEI). A seguir estão os tipos de enquadramento que as</p><p>empresas poderão ser classificadas:</p><p>Microempresa Individual (MEI): como o nome já diz, é individual, leva o nome do proprietário, pode ter</p><p>apenas um funcionário e é obrigatório seu enquadramento no Simples Nacional. Tem limite de</p><p>faturamento anual, não podendo ultrapassar o valor estabelecido por lei*.</p><p>ME (Microempresa): poderão ser enquadradas as empresas com receita anual maior que o definido</p><p>para MEI, mas dentro da faixa estabelecida na lei*.</p><p>EPP (Empresa de Pequeno Porte): poderão ser enquadradas as empresas com receita anual acima do</p><p>valor definido para ME, e que não ultrapasse o limite estabelecido na lei*.</p><p>*Lei Complementar 123/06 e suas alterações.</p><p>OBSERVAÇÃO: É importante que o aluno se atualize com os valores definidos por lei, que podem</p><p>mudar a qualquer momento.</p><p>1.5.3 – Simples Nacional</p><p>O Simples Nacional é regido pela Lei Complementar 123/06, e é um regime tributário</p><p>simplificado de arrecadação, cobrança e fiscalização, criado para as micro e pequenas empresas com</p><p>faturamento anual limitado pelos valores estabelecidos pela mesma lei.</p><p>Permite à empresa o recolhimento de tributos municipais, estaduais e federais em uma única</p><p>guia, o que facilita a vida do empresário, como também a fiscalização. São definidas alíquotas</p><p>diferenciadas, de acordo com a atividade e o valor do faturamento.</p><p>Como o próprio nome diz, é Simples para o empresário e para a fiscalização.</p><p>Devemos observar que nem todas as atividades podem usufruir desse benefício, portanto é</p><p>necessário verificar sempre quais são as condições para enquadramento no Simples, pois a legislação</p><p>pode ser alterada.</p><p>OBSERVAÇÃO: É importante que o aluno se atualize com os valores definidos por lei, que podem</p><p>mudar a qualquer momento.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 16</p><p>1.5.4 – Empresa Imobiliária</p><p>A atividade pode ser desenvolvida tanto por pessoa física (corretor</p><p>de imóveis), como por pessoa jurídica (empresa imobiliária), devidamente</p><p>registrados no COFECI-CRECI (Conselho Federal de Corretores de</p><p>Imóveis – Conselho Regional de Corretores de Imóveis).</p><p>Como a profissão de corretor de imóveis é regulamentada através</p><p>da Lei Federal n° 6.530/78, torna-se necessária sua habilitação para todos</p><p>os que desejam atuar como corretores, através de cursos específicos</p><p>aprovados pelo COFECI-CRECI e, posteriormente, seu registro no</p><p>Conselho.</p><p>No caso da abertura de uma imobiliária, é necessário que um dos</p><p>sócios seja habilitado e a empresa também seja credenciada no Sistema</p><p>COFECI-CRECI. Dessa forma, este sócio responderá como responsável técnico da empresa.</p><p>Hoje em dia, as imobiliárias não realizam apenas a intermediação de compra, venda e locação,</p><p>mas devem oferecer uma consultoria global para a venda e administração dos imóveis. Uma boa</p><p>imobiliária deve ter uma gama de serviços abrangente, com estrutura administrativa aparelhada para</p><p>satisfazer as necessidades dos clientes.</p><p>No caso da venda, o processo pode ser simplificado, pois para o fechamento do negócio basta</p><p>prestar a assessoria comercial, com a documentação, comprador, e o ciclo se encerra. Porém, pode-se</p><p>oferecer serviços adicionais, como a manutenção do imóvel, para manter o bom aspecto enquanto não</p><p>é vendido, como limpeza, jardinagem, pintura etc., cobrando-se pelo serviço, ou em troca da</p><p>exclusividade na negociação.</p><p>Já para os clientes de locação, a administradora pode prestar um serviço completo de</p><p>intermediação assumindo o papel de procurador, defendendo os interesses</p><p>inscrição no CPF, no CRECI e o número, órgão e data da expedição, do documento de</p><p>identidade).</p><p>Parágrafo único - O requerimento citado neste artigo deverá ser firmado pelo sócio-gerente ou diretor</p><p>da pessoa jurídica requerente, Corretor de Imóveis inscrito e quite com suas obrigações financeiras</p><p>perante o Conselho Regional.</p><p>Art. 25 - Com o requerimento a que alude o artigo anterior deverão ser anexados:</p><p>a) - cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica;</p><p>b) - declaração, sob as penas da lei, firmada pelo sócio-gerente ou diretor, de que a requerente</p><p>não responde nem respondeu à execução civil ou a processo falimentar e que não tem títulos</p><p>protestados no último quinquênio.</p><p>Art. 26 - Aplica-se ao processo de inscrição da pessoa jurídica, no que couber, o disposto nos artigos</p><p>10 a 18.</p><p>Art. 27 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o Conselho Regional fornecerá à</p><p>requerente certificado de inscrição, contendo:</p><p>I - nome ou razão social da pessoa jurídica;</p><p>II - número da inscrição precedido da letra “J”;</p><p>III - data da inscrição;</p><p>IV - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;</p><p>V - nome do sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica, inscrita como Corretor de Imóveis e o número</p><p>de sua inscrição no CRECI da Região;</p><p>VI - assinatura do responsável pela pessoa jurídica, do Presidente e do Diretor 1° Secretário do</p><p>Conselho Regional.</p><p>Parágrafo único - O fornecimento do certificado de inscrição está sujeito ao pagamento de</p><p>emolumentos.</p><p>Art. 28 - O exercício da atividade de intermediação imobiliária pela pessoa jurídica somente poderá ser</p><p>iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição e do pagamento da primeira anuidade.</p><p>Parágrafo único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido concomitantemente com os</p><p>emolumentos referentes à expedição do certificado de inscrição, será proporcional ao período não</p><p>vencido do exercício.</p><p>(Ver Resolução COFECI nº 1078 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1081 de 2007) | (Ver</p><p>Resolução COFECI nº 1084 de 2007)</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1078</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1081</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1084</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1084</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 92</p><p>Art. 29 - Se o certificado de inscrição for extraviado ou danificado, o Conselho Regional expedirá a</p><p>segunda via, com essa designação expressa, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>DA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA</p><p>Art. 30 - A inscrição secundária será requerida perante o Conselho Regional onde a pessoa física ou</p><p>jurídica possuir a inscrição principal com a indicação da Região e da localidade em que pretender se</p><p>estabelecer.</p><p>Art. 31 - O Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal fornecerá à</p><p>requerente certidão ou cópia dos requerimentos e documentos a que se referem, respectivamente, os</p><p>artigos 8º e 9º e 24 e 25, bem como cópia da sua folha de inscrição, com todas as anotações e de</p><p>certidão de quitação das obrigações financeiras, acompanhados de ofício dirigido ao Presidente do</p><p>Conselho da Região onde a requerente pretender a inscrição secundária.</p><p>Art. 32 - Aplicar-se-á ao processamento da decisão do pedido de inscrição secundária no Conselho</p><p>Regional onde a requerente pretender exercer a atividade da intermediação imobiliária, no que couber,</p><p>o disposto nos artigos 10 a 18.</p><p>Art. 33 - Deferido o requerimento, o Conselho Regional promoverá a anotação do número da inscrição</p><p>secundária seguida da letra “S” na carteira de identidade profissional da pessoa física ou no certificado</p><p>de inscrição da pessoa jurídica.</p><p>Art. 34 - O exercício da atividade da intermediação imobiliária na Região da inscrição secundária</p><p>somente poderá ser iniciado após a anotação a que se refere o artigo anterior e o pagamento da</p><p>primeira anuidade, que será proporcional ao período não vencido do exercício.</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DAS OBRIGAÇÕES VINCULADAS À INSCRIÇÃO</p><p>Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do trimestre de cada ano, salvo a primeira que será</p><p>devida no ato da inscrição.</p><p>Parágrafo único - O valor das anuidades da inscrição principal e secundária, bem como a forma de sua</p><p>cobrança, será estabelecido por Resolução do COFECI.</p><p>Art. 36 - A pessoa física deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscrição principal ou secundária</p><p>qualquer alteração em seus dados cadastrais aludidos no artigo 8º, no prazo de 30 (trinta) dias</p><p>contados da ocorrência da modificação.</p><p>Art. 37 - O Corretor de Imóveis que deixar de ser responsável por pessoa jurídica deverá comunicar o</p><p>fato ao CRECI, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da desvinculação.</p><p>Art. 38 - A pessoa jurídica deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscrição principal:</p><p>I - no prazo de 30 (trinta) dias:</p><p>a) a substituição do Corretor de Imóveis, sócio-gerente ou diretor;</p><p>b) a alteração de seus dados cadastrais a que alude o artigo 24.</p><p>II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alteração contratual que vier a sofrer.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 93</p><p>Art. 39 - As pessoas jurídicas que instalarem filiais, com capital destacado do capital social da matriz,</p><p>na mesma região do CRECI em que estiver inscrita, deverão providenciar, no prazo de 15 (quinze) dias</p><p>do arquivamento do ato constitutivo da filial, a averbação da mesma junto ao CRECI, instruindo o</p><p>requerimento com:</p><p>a) cópia do ato constitutivo da filial;</p><p>b) comprovante do recolhimento da contribuição sindical;</p><p>c) prova de que a filial se encontra sob responsabilidade de sócio-gerente ou diretor, Corretor de</p><p>Imóveis;</p><p>d) comprovante do recolhimento da taxa de averbação correspondente a 20% (vinte por cento)</p><p>da taxa de inscrição da matriz.</p><p>(Ver Resolução COFECI nº 1076 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1078 de 2007) | (Ver</p><p>Resolução COFECI nº 1080 de 2007) | (Ver Resolução COFECI nº 1084 de 2007) | (Ver Resolução</p><p>COFECI nº 1086 de 2007)</p><p>Art. 40 - O não atendimento das obrigações previstas neste Capítulo nos prazos fixados sujeitará a</p><p>pessoa física ou jurídica infratora a processo disciplinar, por infringência do artigo 20, VIII, da Lei nº</p><p>6.530, de 12 de maio de 1978.</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>DA TRANSFERÊNCIA E DA TRANSFORMAÇÃO DA INSCRIÇÃO</p><p>Art. 41 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em que</p><p>possuir inscrição principal poderá transferi-la para outro Conselho Regional, desde que se encontre</p><p>quite com o pagamento de anuidades, multas e emolumentos devidos e não esteja respondendo a</p><p>processo disciplinar.</p><p>§ 1º - Instruído o processo no órgão original deverá ser emitida certidão a ser apresentada, ou</p><p>encaminhada ao CRECI para onde pretende o interessado se transferir, a qual conterá o seu nome,</p><p>número de inscrição, filiação, naturalidade, data de nascimento, CPF, declaração de quitação de</p><p>anuidade, bem como qualquer anotação de elogio ou penalidade porventura existente em sua ficha.</p><p>§ 2º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição principal, no que couber, o disposto nos</p><p>artigos 10 a 18.</p><p>§ 3º - Deferida a transferência da inscrição, será fornecida ao requerente, conforme o caso, nova</p><p>carteira e cédula de identidade profissional ou certificado de inscrição, desde que pagos os</p><p>emolumentos devidos e restituídos, no ato, os documentos acima mencionados expedidos pelo CRECI</p><p>de origem.</p><p>§ 4º -</p><p>O Presidente do CRECI para onde for transferida a inscrição principal do requerente comunicará,</p><p>por ofício, ao CRECI de origem a efetivação da transferência, acompanhado da carteira e cédula de</p><p>identidade profissional ou do certificado de inscrição, para serem inutilizados nesse Órgão e tomadas as</p><p>demais providências, objetivando a desvinculação da pessoa física ou jurídica.</p><p>§ 5º - A inscrição principal no CRECI de origem será considerada cancelada, na data da efetivação da</p><p>transferência.</p><p>Art. 42 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em que</p><p>possuir a inscrição secundária, poderá transformá-la em principal, desde que se encontre quite com o</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1076</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1078</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1080</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1080</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1084</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1086</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-38-34-2007-12-20-1086</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 94</p><p>pagamento das anuidades, multas e emolumentos devidos e não esteja respondendo a processo</p><p>disciplinar em ambos os Conselhos Regionais.</p><p>§ 1º - O requerente instruirá o pedido de transferência com certidão fornecida pelo CRECI de origem</p><p>atestando a quitação quanto ao pagamento de anuidades, multas e emolumentos e que não responde a</p><p>processo disciplinar.</p><p>§ 2º - O requerimento, anexado ao processo de inscrição secundária, será decidido pelo Plenário do</p><p>Conselho Regional.</p><p>§ 3º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição secundária em principal o disposto nos §§ 2º</p><p>a 5º do artigo 41.</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>DA SUSPENSÃO E DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO</p><p>Art. 43 - Os efeitos da inscrição principal ou secundária podem ser suspensos a critério do Plenário do</p><p>Conselho Regional:</p><p>I - a pedido da pessoa física, no caso de doença grave ou exercício de mandato, cargo ou função</p><p>públicos incompatíveis com a atividade profissional, por período determinado;</p><p>II - “ex officio”, no caso de sentença judicial em ação penal que imponha pena acessória da interdição</p><p>de direitos ao Corretor de Imóveis;</p><p>III - em decorrência da aplicação da penalidade do artigo 21, IV, da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978</p><p>à pessoa física ou jurídica.</p><p>§ 1° - No caso dos incisos I e II deste artigo o Corretor de Imóveis ficará dispensado de votar nas</p><p>eleições do Conselho Regional e de pagar anuidade, no período da suspensão da inscrição.</p><p>§ 2° - No caso do inciso III deste artigo, o Corretor de Imóveis ficará impedido de votar nas eleições do</p><p>Conselho Regional, mas obrigado, da mesma forma que a pessoa jurídica, ao pagamento da anuidade.</p><p>Art. 44 - O Presidente do CRECI, tendo em vista a decisão do Plenário, determinará a anotação na</p><p>carteira de identidade profissional do Corretor de Imóveis da suspensão da sua inscrição, com indicação</p><p>do respectivo período de duração.</p><p>Parágrafo único - No caso do inciso III do artigo 43, o Presidente do CRECI determinará a anotação da</p><p>penalidade de suspensão da inscrição imposta à pessoa jurídica, na carteira de identidade profissional</p><p>do sócio-gerente ou diretor por ela responsável.</p><p>Art. 45 - Se a pessoa física ou jurídica, cuja inscrição tiver sido suspensa, praticar ato de intermediação</p><p>imobiliária responderá a processo disciplinar por infringência ao artigo 20, VIII da Lei nº 6.530, de 12 de</p><p>maio de 1978, e artigo 38, III, do Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978.</p><p>Art. 46 - A qualquer tempo o Corretor de Imóveis que tiver obtido a suspensão dos efeitos da inscrição,</p><p>no caso do inciso I do artigo 43, poderá requerer a suspensão da interrupção, a fim de restabelecer o</p><p>exercício de sua atividade profissional.</p><p>Parágrafo único - O Presidente do CRECI determinará a anotação da interrupção da suspensão na</p><p>carteira de identidade profissional do requerente.</p><p>Art. 47 - O cancelamento da inscrição principal ou secundária poderá ser determinado a critério do</p><p>Plenário do Regional:</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 95</p><p>I - a pedido da pessoa física ou jurídica, juntando ao requerimento, respectivamente, carteira e cédula</p><p>de identidade profissional ou certificado de inscrição;</p><p>II - “ex officio”, no caso de morte da pessoa física ou extinção da pessoa jurídica;</p><p>III - em decorrência de aplicação da penalidade do artigo 21, V, da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978,</p><p>à pessoa física ou jurídica.</p><p>§ 1° - No caso do inciso I, o Conselho Regional, para conceder o cancelamento, verificará se a pessoa</p><p>física ou jurídica está quite com anuidades e multas que lhe tenham sido aplicadas e com a contribuição</p><p>sindical obrigatória e, no caso específico de pessoa jurídica, se foi suprimido de seu contrato social o</p><p>objetivo de intermediação imobiliária, inclusive os atos referidos no artigo 1º desta Resolução.</p><p>§ 2° - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada a pedido, poderá se reinscrever no</p><p>Conselho Regional desde que atenda às exigências da época do novo pedido.</p><p>§ 3º - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada em decorrência de falta de</p><p>pagamento de anuidade, emolumentos ou multas, terá restaurado a inscrição automaticamente, desde</p><p>que satisfaça o débito devidamente corrigido.</p><p>Art. 48 - No caso de cancelamento da inscrição principal, o Conselho Regional deverá recolher a</p><p>carteira e cédula de identidade profissional do Corretor de Imóveis ou o Certificado de Inscrição da</p><p>pessoa jurídica.</p><p>Parágrafo único - Não ocorrendo entrega espontânea dos documentos, o Conselho Regional deverá</p><p>requerer a sua busca e apreensão.</p><p>Art. 49 - O Presidente do Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica tiver inscrição secundária</p><p>anotará na carteira de identidade profissional ou no certificado o cancelamento da referida inscrição,</p><p>comunicando esse fato ao CRECI de origem.</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>DAS DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 50 - Os Conselhos Regionais manterão atualizado o Cadastro de pessoas físicas ou jurídicas que</p><p>possuam ou tenham possuído inscrição principal ou secundária, anotando todos os atos a que alude</p><p>esta Resolução.</p><p>Art. 51 - O número de inscrição, principal ou secundária, identificador da pessoa física ou jurídica, é</p><p>imutável e será concedido em ordem cronológica a cada inscrição.</p><p>§ 1º - No caso de cancelamento da inscrição, pelas hipóteses do artigo 47, o número que a identifica</p><p>não poderá ser atribuído a outra pessoa física ou jurídica.</p><p>§ 2º - À pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição principal ou secundária cancelada a pedido ou</p><p>por falta de pagamento de anuidades e voltar a se inscrever no mesmo Conselho Regional será</p><p>atribuído o mesmo número de inscrição.</p><p>Art. 52 - Aplicam-se as disposições desta Resolução aos processos originados dos pedidos de</p><p>inscrição em tramitação.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 96</p><p>Art. 53 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União,</p><p>revogadas as Resoluções - COFECI n.ºs 148/82, 160/83, 165/83, 235/88 e 251/89.</p><p>Brasília-DF, 25 WALDYR FRANCISCO LUCIANO.</p><p>Presidente de junho de 1992</p><p>WALDYR FRANCISCO LUCIANO – Presidente</p><p>Homologada em Sessão Plenária de 07/08/92</p><p>Regulamenta a cobrança da “Taxa de Intermediação” na locação de imóveis e dá outras providências.</p><p>O CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS-COFECI, no uso das atribuições que lhe</p><p>conferem o artigo 16, inciso XVII, da Lei n° 6.530/78 e o artigo 10, inciso III, do Decreto nº 81.871/78; e,</p><p>CONSIDERANDO que a Resolução - COFECI nº 205/85 deve ser adequada às novas disposições da</p><p>Lei nº 8.245/91;</p><p>CONSIDERANDO que o noviciado da Lei nº 8.245/91 vem gerando dúvidas sobre sua interpretação e</p><p>seu alcance, inclusive abusos;</p><p>CONSIDERANDO que a citada Lei tem como princípio a liberdade contratual, sendo omissa no que</p><p>refere à cobrança quanto à denominada “taxa de contrato”, prática usual no mercado imobiliário;</p><p>CONSIDERANDO a decisão adotada pelo Egrégio Plenário, em Sessão realizada dia 07 de agosto de</p><p>1992,</p><p>RESOLVE:</p><p>Art. 1º - Os Conselhos Regionais, ao homologarem as Tabelas de Honorários apresentadas pelos</p><p>Sindicatos, obedecerão aos seguintes limites máximos:</p><p>I - Para a intermediação de locação, o valor correspondente a 01 (um) aluguel mensal, sem prejuízo da</p><p>cobrança dos honorários devidos pelos serviços de administração;</p><p>II - Para a administração de imóveis, um percentual de até 12% (doze por cento) do montante dos</p><p>recebimentos mensais, salvo a hipótese de aluguel garantido, por todo o tempo de duração da locação;</p><p>III - Para a elaboração de contrato de locação de imóveis, um percentual de até 5% (cinco por cento)</p><p>sobre o valor de um ano de contrato, cobrados quando da elaboração do mesmo.</p><p>Parágrafo único - Nas regiões onde inexistam Sindicatos da categoria, ou deixando o Sindicato de</p><p>apresentar a Tabela de Honorários para a necessária homologação, os CRECIs, obedecidas as</p><p>peculiaridades, fixarão a Tabela Regional, observados os limites deste artigo.</p><p>Art. 2° - Os honorários pela intermediação de locação, nestes compreendidas as despesas com a</p><p>aferição da idoneidade do pretendente à locação e/ou do seu fiador, serão devidos pelo locador, como</p><p>também a ele caberá o pagamento dos honorários pela administração do imóvel.</p><p>Art. 3° - Se a elaboração do contrato de locação for atribuída a corretor ou empresa administradora de</p><p>imóveis, devidamente inscritos no CRECI de sua jurisdição, os honorários serão cobrados da parte que</p><p>a contratar, devendo essa contratação ser necessariamente escrita, com os destaques exigidos pelo</p><p>Código de Defesa do Consumidor e conter as assinaturas de 2 (duas) testemunhas.</p><p>Aula 21 – Resolução COFECI – N.º 334/92</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 97</p><p>Parágrafo único - Inexistindo contratação prévia ou ajuste escrito entre as partes, os honorários pela</p><p>elaboração do contrato de locação somente poderão ser cobrados do locador.</p><p>Art. 4º - As Pessoas Físicas ou Jurídicas, devidamente inscritas no CRECI, e que habitualmente</p><p>administrem e/ou aluguem imóveis, ficam obrigadas a afixar em lugar visível ao público, no seu</p><p>estabelecimento, o inteiro teor dos Artigos 20, 22, 42 e 43, inciso III, da Lei nº 8.245, de 18 de outubro</p><p>de 1991.</p><p>Art. 5° - O não cumprimento da presente Resolução, inclusive dos limites fixados nas Tabelas</p><p>homologadas ou baixadas pelos CRECIs, ou, na sua falta, os limites fixados por esta Resolução,</p><p>sujeitará o infrator às penalidades legais previstas para faltas graves.</p><p>Art. 6° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em</p><p>contrário, especialmente a Resolução - COFECI nº 205/85.</p><p>Brasília-DF, 10 de agosto de 1992.</p><p>WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente</p><p>RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário</p><p>Publicada em: 30/10/92 DOU. N.º 209 - Fls.: 15346 (SEÇÃO I)</p><p>Revoga a Resolução-COFECI nº 273/90 e dá nova redação à regulamentação do registro temporário de</p><p>Estágio nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis.</p><p>O CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS-COFECI no uso das atribuições que lhe</p><p>confere o artigo 16, inciso XVII, da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978,</p><p>CONSIDERANDO as frequentes solicitações vindas das diversas regiões em que funcionam os</p><p>Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, quanto à regulamentação do estágio profissional,</p><p>CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoar a complementação educacional do estudante dos</p><p>Cursos de TTI e de Nível Superior, através da prática profissional,</p><p>CONSIDERANDO que há também necessidade de adaptar permanentemente as circunstâncias do</p><p>momento, o Estágio Profissional dos estudantes dos Cursos TTI,</p><p>CONSIDERANDO a decisão adotada pelo E. Plenário do COFECI em Sessão realizada dia 23 de</p><p>outubro de 1992,</p><p>R E S O L V E :</p><p>Art. 1º - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis promoverão o registro de estágio curricular</p><p>de estudante regularmente matriculado e com frequência efetiva nos cursos de Técnico em Transações</p><p>Imobiliárias e Cursos de Nível Superior em Ciências Imobiliárias, regularmente aprovado e registrado</p><p>nos Conselhos Estaduais de Educação ou Conselho Federal de Educação, desde que pelos atos</p><p>praticados pelo estudante, no exercício do estágio, fique responsável perante o CRECI uma Pessoa</p><p>Jurídica ou uma Pessoa Física devidamente estabelecida com escritório imobiliário, inscrita e com</p><p>endereço profissional no CRECI e quite com as suas anuidades.</p><p>Aula 22 – Resolução COFECI – N.º 341/92</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 98</p><p>Art. 2º - O registro será temporário, de acordo com a duração estabelecida pela instituição de Ensino</p><p>que promover o Curso nos termos do art. 4º, "b", do Decreto nº 87.497, de 18/08/92 e deverá ser</p><p>cancelado:</p><p>I - a requerimento do estudante estagiário ou responsável pelo estágio;</p><p>II - "ex offício" pelo Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, no caso de término do</p><p>prazo a que se refere este artigo, ainda que o estudante estagiário se mantenha matriculado;</p><p>III - se ele se desligar ou abandonar o curso ou no caso de sua morte;</p><p>IV - em decorrência de aplicação de penalidade prescrita pelo art. 21, IV e V, da Lei 6.530/78;</p><p>V - Se o responsável pelo estágio exonerar-se do encargo assumido, sem que a outro, o estudante</p><p>estagiário, se vincule perante o CRECI;</p><p>VI - com o término do curso.</p><p>Art. 3º - Com o registro do estágio, o estudante estagiário do curso Técnico em Transações Imobiliárias</p><p>ou de Nível Superior, sob a supervisão do seu responsável, poderá acompanhar e colaborar na prática</p><p>de atos privativos da profissão, referidos no Art. 1º da Resolução-COFECI nº 327/92 e no atendimento</p><p>ao público.</p><p>§ 1º - O estudante estagiário sujeitar-se-á aos mesmos deveres, obrigações e penalidades instituídas</p><p>ao corretor de imóveis, tais como obediência à Lei 6.530/78, Decreto 81.871/78, Código de Ética</p><p>Profissional, Resoluções emanadas do Conselho Federal de Corretores de Imóveis-COFECI, no que lhe</p><p>for aplicável.</p><p>§ 2º - Qualquer desrespeito às normas legais ou ao Código de Ética praticado pelo estudante estagiário,</p><p>no exercício do estágio, será de responsabilidade da Empresa ou Corretor a que estiver vinculado,</p><p>ficando o responsável sujeito às mesmas penalidades da lei, na medida de sua responsabilidade.</p><p>Art. 4º - O registro do estágio far-se-á mediante requerimento do pretendente ao estágio, dirigido ao</p><p>Presidente do CRECI, conforme modelo fornecido pelo COFECI em anexo, e acompanhado da</p><p>documentação comprobatória como segue:</p><p>I - o nome do pretendente ao estágio;</p><p>II - a nacionalidade, estado civil e filiação;</p><p>III - a data e local do nascimento;</p><p>IV - o número da inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas</p><p>(CPF) e da Cédula de Identidade;</p><p>V - o endereço do responsável pelo estagiário;</p><p>VI - declaração da instituição de ensino reconhecida pelos órgãos educacionais competentes em que o</p><p>pretendente ao estágio esteja matriculado no Curso de Técnico em Transações Imobiliárias e Curso</p><p>Superior em Ciências Imobiliárias de que trata o Art. 1º, bem como a sua atual posição de aprendizado,</p><p>conforme modelo instituído pelo COFECI;</p><p>VII - o nome, nº de inscrição no CRECI e endereço comercial do responsável pelo estudante estagiário;</p><p>VIII - declaração assinada pelo responsável a que ficará vinculado o estudante estagiário, de que o</p><p>estágio se dará sob sua supervisão e responsabilidade, respondendo pelo mesmo junto ao CRECI e</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 99</p><p>terceiros, pelos atos privativos da profissão, praticados no período do estágio, aposta em Termo de</p><p>Compromisso, conforme modelo fornecido pelo COFECI.</p><p>Art. 5º - Compete exclusivamente à Diretoria do Regional a análise e aprovação do pedido de registro</p><p>do Estagiário.</p><p>Parágrafo único - A Diretoria terá até 60 (sessenta) dias da solicitação para deferir ou não o pedido do</p><p>estagiário.</p><p>Art. 6º - Deferido o registro, o estudante, no ato do recebimento de sua cédula de identidade, firmará</p><p>um termo de compromisso de fielmente observar as regras a que estão sujeitos, atinentes ao estágio</p><p>profissional, no exercício da profissão de Corretor de Imóveis, conforme modelo fornecido pelo COFECI,</p><p>naquilo que lhe for aplicável.</p><p>Art. 7º - O Conselho Regional fornecerá ao estagiário cédula de identidade conforme modelo fornecido</p><p>pelo COFECI.</p><p>§ 1º - O fornecimento da cédula de identidade está sujeito ao pagamento de emolumentos para sua</p><p>confecção, conforme tabela do COFECI.</p><p>§ 2º - O valor devido para o registro será o equivalente a 25% da anuidade, correspondente ao valor do</p><p>efetivo pagamento da anuidade devida pela Pessoa Física.</p><p>Art. 8º - O exercício do estágio somente poderá ser iniciado após o atendimento das formalidades do</p><p>registro no CRECI.</p><p>Art. 9º - Se a Cédula de Identidade do estudante estagiário for extraviada, danificada ou se tornar</p><p>imprestável para o fim a que se destina, o Conselho Regional expedirá segunda via, com essa</p><p>designação expressa, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.</p><p>Art. 10 - A Pessoa Física ou Jurídica a que estiver vinculado o estagiário, deverá comunicar ao CRECI,</p><p>no prazo de até 30 (trinta) dias, qualquer alteração nos dados cadastrais aludidos no art. 4º, bem como</p><p>comunicar imediatamente a desvinculação do estudante estagiário, sob pena de responder a processo</p><p>disciplinar por infringência ao art. 20 item II da Lei nº 6.530/78.</p><p>Parágrafo único - No caso de desvinculação, o estagiário poderá vincular-se a uma outra pessoa física</p><p>ou jurídica, desde que cumpra, para o novo responsável pelo estágio, as mesmas formalidades</p><p>previstas nesta Resolução.</p><p>Art. 11 - O número de registro de estágio é imutável e será concedido em ordem cronológica.</p><p>Art. 12 - Os responsáveis pelos estagiários, pessoas físicas ou jurídicas, fornecerão ao CRECI, quando</p><p>solicitado, a relação dos estagiários sob sua supervisão e responsabilidade.</p><p>Art. 13 - É vedado ao estudante estagiário, abrir escritório, anunciar, ou intermediar qualquer imóvel em</p><p>seu nome, limitando-se a colaborar com o responsável pelo estágio nos atos privativos da profissão.</p><p>Art. 14 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em</p><p>contrário, nomeadamente à Resolução nº 273/90, respeitadas as relações jurídicas instauradas durante</p><p>a sua vigência.</p><p>Brasília(DF), 26 de outubro de 1992.</p><p>WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente</p><p>RUBEM RIBAS</p><p>Diretor 1º Secretário</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 100</p><p>CÓDIGO CIVIL 2002 - CAPÍTULO XIII</p><p>DA CORRETAGEM</p><p>Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de</p><p>prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou</p><p>mais negócios, conforme as instruções recebidas.</p><p>Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao</p><p>cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. (Redação dada pela</p><p>Lei nº 12.236, de 2010 )</p><p>Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os</p><p>esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros</p><p>fatores que possam influir nos resultados da incumbência. (Incluído pela Lei nº 12.236, de 2010 )</p><p>Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será</p><p>arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.</p><p>Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no</p><p>contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes.</p><p>Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será</p><p>devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor</p><p>direito à remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se</p><p>comprovada sua inércia ou ociosidade.</p><p>Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se</p><p>realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se</p><p>adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos</p><p>do corretor.</p><p>Art. 728. Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será</p><p>paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário.</p><p>Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código não excluem a aplicação de outras</p><p>normas da legislação especial.</p><p>LEI Nº 13.786, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018.</p><p>Altera as Leis nos 4.591, de 16 de dezembro de</p><p>1964, e 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para</p><p>disciplinar a resolução do contrato por</p><p>inadimplemento do adquirente de unidade</p><p>imobiliária em incorporação imobiliária e em</p><p>parcelamento de solo urbano.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a</p><p>seguinte Lei:</p><p>Art. 1º Esta Lei altera as Leis nos 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e 6.766, de 19 de dezembro de</p><p>1979, para disciplinar a resolução do contrato por inadimplemento do adquirente de unidade imobiliária</p><p>em incorporação imobiliária e em parcelamento de solo urbano.</p><p>Art. 2º A Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos 35-A,</p><p>43-A e 67-A:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12236.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12236.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12236.htm#art1</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.786-2018?OpenDocument</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 101</p><p>“Art. 35-A. Os contratos de compra e venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de</p><p>unidades autônomas integrantes de incorporação imobiliária</p><p>serão iniciados por quadro-resumo, que</p><p>deverá conter:</p><p>I - o preço total a ser pago pelo imóvel;</p><p>II - o valor da parcela do preço a ser tratada como entrada, a sua forma de pagamento, com destaque</p><p>para o valor pago à vista, e os seus percentuais sobre o valor total do contrato;</p><p>III - o valor referente à corretagem, suas condições de pagamento e a identificação precisa de seu</p><p>beneficiário;</p><p>IV - a forma de pagamento do preço, com indicação clara dos valores e vencimentos das parcelas;</p><p>V - os índices de correção monetária aplicáveis ao contrato e, quando houver pluralidade de índices, o</p><p>período de aplicação de cada um;</p><p>VI - as consequências do desfazimento do contrato, seja por meio de distrato, seja por meio de</p><p>resolução contratual motivada por inadimplemento de obrigação do adquirente ou do incorporador, com</p><p>destaque negritado para as penalidades aplicáveis e para os prazos para devolução de valores ao</p><p>adquirente;</p><p>VII - as taxas de juros eventualmente aplicadas, se mensais ou anuais, se nominais ou efetivas, o seu</p><p>período de incidência e o sistema de amortização;</p><p>VIII - as informações acerca da possibilidade do exercício, por parte do adquirente do imóvel, do direito</p><p>de arrependimento previsto no art. 49 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa</p><p>do Consumidor), em todos os contratos firmados em estandes de vendas e fora da sede do</p><p>incorporador ou do estabelecimento comercial;</p><p>IX - o prazo para quitação das obrigações pelo adquirente após a obtenção do auto de conclusão da</p><p>obra pelo incorporador;</p><p>X - as informações acerca dos ônus que recaiam sobre o imóvel, em especial quando o vinculem como</p><p>garantia real do financiamento destinado à construção do investimento;</p><p>XI - o número do registro do memorial de incorporação, a matrícula do imóvel e a identificação do</p><p>cartório de registro de imóveis competente;</p><p>XII - o termo final para obtenção do auto de conclusão da obra (habite-se) e os efeitos contratuais da</p><p>intempestividade prevista no art. 43-A desta Lei.</p><p>§ 1º Identificada a ausência de quaisquer das informações previstas no caput deste artigo, será</p><p>concedido prazo de 30 (trinta) dias para aditamento do contrato e saneamento da omissão, findo o qual,</p><p>essa omissão, se não sanada, caracterizará justa causa para rescisão contratual por parte do</p><p>adquirente.</p><p>§ 2º A efetivação das consequências do desfazimento do contrato, referidas no inciso VI do caput deste</p><p>artigo, dependerá de anuência prévia e específica do adquirente a seu respeito, mediante assinatura</p><p>junto a essas cláusulas, que deverão ser redigidas conforme o disposto no § 4º do art. 54 da Lei nº</p><p>8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor).”</p><p>“Art. 43-A. A entrega do imóvel em até 180 (cento e oitenta) dias corridos da data estipulada</p><p>contratualmente como data prevista para conclusão do empreendimento, desde que expressamente</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm#art35a</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art49</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art49</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art54%C2%A74</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art54%C2%A74</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm#art43a</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 102</p><p>pactuado, de forma clara e destacada, não dará causa à resolução do contrato por parte do adquirente</p><p>nem ensejará o pagamento de qualquer penalidade pelo incorporador.</p><p>§ 1º Se a entrega do imóvel ultrapassar o prazo estabelecido no caput deste artigo, desde que o</p><p>adquirente não tenha dado causa ao atraso, poderá ser promovida por este a resolução do contrato,</p><p>sem prejuízo da devolução da integralidade de todos os valores pagos e da multa estabelecida, em até</p><p>60 (sessenta) dias corridos contados da resolução, corrigidos nos termos do § 8º do art. 67-A desta Lei.</p><p>§ 2º Na hipótese de a entrega do imóvel estender-se por prazo superior àquele previsto no caput deste</p><p>artigo, e não se tratar de resolução do contrato, será devida ao adquirente adimplente, por ocasião da</p><p>entrega da unidade, indenização de 1% (um por cento) do valor efetivamente pago à incorporadora,</p><p>para cada mês de atraso, pro rata die, corrigido monetariamente conforme índice estipulado em</p><p>contrato.</p><p>§ 3º A multa prevista no § 2º deste artigo, referente a mora no cumprimento da obrigação, em hipótese</p><p>alguma poderá ser cumulada com a multa estabelecida no § 1º deste artigo, que trata da inexecução</p><p>total da obrigação.”</p><p>“Art. 67-A. Em caso de desfazimento do contrato celebrado exclusivamente com o incorporador,</p><p>mediante distrato ou resolução por inadimplemento absoluto de obrigação do adquirente, este fará jus à</p><p>restituição das quantias que houver pago diretamente ao incorporador, atualizadas com base no índice</p><p>contratualmente estabelecido para a correção monetária das parcelas do preço do imóvel, delas</p><p>deduzidas, cumulativamente:</p><p>I - a integralidade da comissão de corretagem;</p><p>II - a pena convencional, que não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da quantia paga.</p><p>§ 1º Para exigir a pena convencional, não é necessário que o incorporador alegue prejuízo.</p><p>§ 2º Em função do período em que teve disponibilizada a unidade imobiliária, responde ainda o</p><p>adquirente, em caso de resolução ou de distrato, sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º deste</p><p>artigo, pelos seguintes valores:</p><p>I - quantias correspondentes aos impostos reais incidentes sobre o imóvel;</p><p>II - cotas de condomínio e contribuições devidas a associações de moradores;</p><p>III - valor correspondente à fruição do imóvel, equivalente à 0,5% (cinco décimos por cento) sobre o</p><p>valor atualizado do contrato, pro rata die;</p><p>IV - demais encargos incidentes sobre o imóvel e despesas previstas no contrato.</p><p>§ 3º Os débitos do adquirente correspondentes às deduções de que trata o § 2º deste artigo poderão</p><p>ser pagos mediante compensação com a quantia a ser restituída.</p><p>§ 4º Os descontos e as retenções de que trata este artigo, após o desfazimento do contrato, estão</p><p>limitados aos valores efetivamente pagos pelo adquirente, salvo em relação às quantias relativas à</p><p>fruição do imóvel.</p><p>§ 5º Quando a incorporação estiver submetida ao regime do patrimônio de afetação, de que tratam os</p><p>artigos 31-A a 31-F desta Lei, o incorporador restituirá os valores pagos pelo adquirente, deduzidos os</p><p>valores descritos neste artigo e atualizados com base no índice contratualmente estabelecido para a</p><p>correção monetária das parcelas do preço do imóvel, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o habite-</p><p>se ou documento equivalente expedido pelo órgão público municipal competente, admitindose, nessa</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm#art67a</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 103</p><p>hipótese, que a pena referida no inciso II do caput deste artigo seja estabelecida até o limite de 50%</p><p>(cinquenta por cento) da quantia paga.</p><p>§ 6º Caso a incorporação não esteja submetida ao regime do patrimônio de afetação de que trata a Lei</p><p>nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, e após as deduções a que se referem os parágrafos anteriores, se</p><p>houver remanescente a ser ressarcido ao adquirente, o pagamento será realizado em parcela única,</p><p>após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do desfazimento do contrato.</p><p>§ 7º Caso ocorra a revenda da unidade antes de transcorrido o prazo a que se referem os §§ 5º ou 6º</p><p>deste artigo, o valor remanescente devido ao adquirente será pago em até 30 (trinta) dias da revenda.</p><p>§ 8º O valor remanescente a ser pago ao adquirente nos termos do § 7º</p><p>deste artigo deve ser atualizado</p><p>com base no índice contratualmente estabelecido para a correção monetária das parcelas do preço do</p><p>imóvel.</p><p>§ 9º Não incidirá a cláusula penal contratualmente prevista na hipótese de o adquirente que der causa</p><p>ao desfazimento do contrato encontrar comprador substituto que o sub-rogue nos direitos e obrigações</p><p>originalmente assumidos, desde que haja a devida anuência do incorporador e a aprovação dos</p><p>cadastros e da capacidade financeira e econômica do comprador substituto.</p><p>§ 10. Os contratos firmados em estandes de vendas e fora da sede do incorporador permitem ao</p><p>adquirente o exercício do direito de arrependimento, durante o prazo improrrogável de 7 (sete) dias,</p><p>com a devolução de todos os valores eventualmente antecipados, inclusive a comissão de corretagem.</p><p>§ 11. Caberá ao adquirente demonstrar o exercício tempestivo do direito de arrependimento por meio de</p><p>carta registrada, com aviso de recebimento, considerada a data da postagem como data inicial da</p><p>contagem do prazo a que se refere o § 10 deste artigo.</p><p>§ 12. Transcorrido o prazo de 7 (sete) dias a que se refere o § 10 deste artigo sem que tenha sido</p><p>exercido o direito de arrependimento, será observada a irretratabilidade do contrato de incorporação</p><p>imobiliária, conforme disposto no § 2º do art. 32 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964.</p><p>§ 13. Poderão as partes, em comum acordo, por meio de instrumento específico de distrato, definir</p><p>condições diferenciadas das previstas nesta Lei.</p><p>§ 14. Nas hipóteses de leilão de imóvel objeto de contrato de compra e venda com pagamento</p><p>parcelado, com ou sem garantia real, de promessa de compra e venda ou de cessão e de compra e</p><p>venda com pacto adjeto de alienação fiduciária em garantia, realizado o leilão no contexto de execução</p><p>judicial ou de procedimento extrajudicial de execução ou de resolução, a restituição far-se-á de acordo</p><p>com os critérios estabelecidos na respectiva lei especial ou com as normas aplicáveis à execução em</p><p>geral.”</p><p>Art. 3º A Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes alterações:</p><p>“Art. 26-A. Os contratos de compra e venda, cessão ou promessa de cessão de loteamento devem ser</p><p>iniciados por quadro-resumo, que deverá conter, além das indicações constantes do art. 26 desta Lei:</p><p>I - o preço total a ser pago pelo imóvel;</p><p>II - o valor referente à corretagem, suas condições de pagamento e a identificação precisa de seu</p><p>beneficiário;</p><p>III - a forma de pagamento do preço, com indicação clara dos valores e vencimentos das parcelas;</p><p>IV - os índices de correção monetária aplicáveis ao contrato e, quando houver pluralidade de índices, o</p><p>período de aplicação de cada um;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm#art32%C2%A72</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm#art26a</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 104</p><p>V - as consequências do desfazimento do contrato, seja mediante distrato, seja por meio de resolução</p><p>contratual motivada por inadimplemento de obrigação do adquirente ou do loteador, com destaque</p><p>negritado para as penalidades aplicáveis e para os prazos para devolução de valores ao adquirente;</p><p>VI - as taxas de juros eventualmente aplicadas, se mensais ou anuais, se nominais ou efetivas, o seu</p><p>período de incidência e o sistema de amortização;</p><p>VII - as informações acerca da possibilidade do exercício, por parte do adquirente do imóvel, do direito</p><p>de arrependimento previsto no art. 49 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de</p><p>Defesa do Consumidor), em todos os contratos firmados em estandes de vendas e fora da sede do</p><p>loteador ou do estabelecimento comercial;</p><p>VIII - o prazo para quitação das obrigações pelo adquirente após a obtenção do termo de vistoria de</p><p>obras;</p><p>IX - informações acerca dos ônus que recaiam sobre o imóvel;</p><p>X - o número do registro do loteamento ou do desmembramento, a matrícula do imóvel e a identificação</p><p>do cartório de registro de imóveis competente;</p><p>XI - o termo final para a execução do projeto referido no § 1º do art. 12 desta Lei e a data do protocolo</p><p>do pedido de emissão do termo de vistoria de obras.</p><p>§ 1º Identificada a ausência de quaisquer das informações previstas no caput deste artigo, será</p><p>concedido prazo de 30 (trinta) dias para aditamento do contrato e saneamento da omissão, findo o qual,</p><p>essa omissão, se não sanada, caracterizará justa causa para rescisão contratual por parte do</p><p>adquirente.</p><p>§ 2º A efetivação das consequências do desfazimento do contrato, mencionadas no inciso V</p><p>do caput deste artigo, dependerá de anuência prévia e específica do adquirente a seu respeito,</p><p>mediante assinatura junto a essas cláusulas, que deverão ser redigidas conforme o disposto no § 4º do</p><p>art. 54 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor).”</p><p>“Art. 32-A. Em caso de resolução contratual por fato imputado ao adquirente, respeitado o disposto no</p><p>§ 2º deste artigo, deverão ser restituídos os valores pagos por ele, atualizados com base no índice</p><p>contratualmente estabelecido para a correção monetária das parcelas do preço do imóvel, podendo ser</p><p>descontados dos valores pagos os seguintes itens:</p><p>I - os valores correspondentes à eventual fruição do imóvel, até o equivalente a 0,75% (setenta e cinco</p><p>centésimos por cento) sobre o valor atualizado do contrato, cujo prazo será contado a partir da data da</p><p>transmissão da posse do imóvel ao adquirente até sua restituição ao loteador;</p><p>II - o montante devido por cláusula penal e despesas administrativas, inclusive arras ou sinal, limitado a</p><p>um desconto de 10% (dez por cento) do valor atualizado do contrato;</p><p>III - os encargos moratórios relativos às prestações pagas em atraso pelo adquirente;</p><p>IV - os débitos de impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana, contribuições condominiais,</p><p>associativas ou outras de igual natureza que sejam a estas equiparadas e tarifas vinculadas ao lote,</p><p>bem como tributos, custas e emolumentos incidentes sobre a restituição e/ou rescisão;</p><p>V - a comissão de corretagem, desde que integrada ao preço do lote.</p><p>§ 1º O pagamento da restituição ocorrerá em até 12 (doze) parcelas mensais, com início após o</p><p>seguinte prazo de carência:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art49</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art49</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art54%C2%A74</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm#art54%C2%A74</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm#art32a</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 105</p><p>I - em loteamentos com obras em andamento: no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias após o</p><p>prazo previsto em contrato para conclusão das obras;</p><p>II - em loteamentos com obras concluídas: no prazo máximo de 12 (doze) meses após a formalização</p><p>da rescisão contratual.</p><p>§ 2º Somente será efetuado registro do contrato de nova venda se for comprovado o início da</p><p>restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado na forma e condições pactuadas</p><p>no distrato, dispensada essa comprovação nos casos em que o adquirente não for localizado ou não</p><p>tiver se manifestado, nos termos do art. 32 desta Lei.</p><p>§ 3º O procedimento previsto neste artigo não se aplica aos contratos e escrituras de compra e venda</p><p>de lote sob a modalidade de alienação fiduciária nos termos da Lei n° 9.514, de 20 de novembro de</p><p>1997.”</p><p>“Art. 34. .....................................................................................................................</p><p>§ 1º ............................................................................................................................</p><p>§ 2º No prazo de 60 (sessenta) dias, contado da constituição em mora, fica o loteador, na hipótese do</p><p>caput deste artigo, obrigado a alienar o imóvel mediante leilão judicial ou extrajudicial, nos termos da</p><p>Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997.” (NR)</p><p>“Art. 35. Se ocorrer o cancelamento do registro por inadimplemento do contrato, e tiver sido realizado o</p><p>pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço ajustado, o oficial do registro de imóveis mencionará</p><p>esse fato e a quantia paga no ato do cancelamento, e somente será efetuado novo registro relativo ao</p><p>mesmo lote, mediante apresentação do distrato assinado pelas partes e a comprovação do pagamento</p><p>da parcela única ou da primeira parcela do montante a ser restituído ao adquirente, na forma do art. 32-</p><p>A desta Lei, ao titular do registro cancelado, ou mediante depósito em dinheiro à sua disposição no</p><p>registro de imóveis.</p><p>.............................................................................................................................................</p><p>§ 3º A obrigação de comprovação prévia de pagamento da parcela única ou da primeira parcela como</p><p>condição para efetivação de novo registro, prevista no caput deste artigo, poderá ser dispensada se as</p><p>partes convencionarem de modo diverso e de forma expressa no documento de distrato por elas</p><p>assinado.” (NR)</p><p>Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.</p><p>Brasília, 27 de dezembro de 2018; 197o da Independência e 130o da República.</p><p>MICHEL TEMER</p><p>Torquato Jardim</p><p>Eduardo Refinetti Guardia</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9514.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9514.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm#art34%C2%A71</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9514.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm#art35.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm#art35%C2%A73</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 106</p><p>Artigo 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela</p><p>reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem</p><p>como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.</p><p>§ 1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,</p><p>levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:</p><p>I – o modo de seu fornecimento;</p><p>II – o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;</p><p>III – a época em que foi fornecido.</p><p>§ 2º. O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.</p><p>§ 3º. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:</p><p>I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;</p><p>II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.</p><p>§ 4º. A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de</p><p>culpa.</p><p>1 - Modelo de Requerimento</p><p>2 - Modelo de Declaração da Instituição</p><p>3 - Termo de Supervisão</p><p>4 - Modelo do Termo de Compromisso</p><p>341/92</p><p>Anexos</p><p>Aula 23 – Código de Defesa do Consumidor</p><p>http://www.creci.org.br/documentos/anexos/modelo_requerimento.rtf</p><p>http://www.creci.org.br/documentos/anexos/declaracao_instituicao_ensino.rtf</p><p>http://www.creci.org.br/documentos/anexos/termo_supervisao.rtf</p><p>http://www.creci.org.br/documentos/anexos/termo_de_compromisso.rtf</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 107</p><p>ESTÁGIO</p><p>MODELO DE REQUERIMENTO DE REGISTRO</p><p>(Resolução 341/92, Art. 4°, caput)</p><p>ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE</p><p>IMÓVEIS DA _______ª REGIÃO</p><p>____________________________________________________________________________</p><p>Nome do requerente</p><p>Profissão:___________________________________________ Estado Civil______________</p><p>Nacionalidade: __________________________________________________________,</p><p>Natural de:_________________________________________________________________</p><p>Filiação:_____________________________________________________________________</p><p>Telefones :_________________ e ________________________.</p><p>Vem respeitosamente REQUERER seu registro na condição de ESTAGIÁRIO, sob a</p><p>responsabilidade de ________________________________</p><p>em função de estar matriculado no Curso de Técnico em Transações Imobiliárias, ministrado pelo(a)</p><p>_________________________________________.</p><p>Para tanto, declara estar ciente das normas legais que regem o Estágio supervisionado para o</p><p>curso de T.T.I., especialmente as constantes da Resolução - COFECI n° 341/92, de 26/10/92.</p><p>Nestes Termos</p><p>P. Deferimento.</p><p>_________________________________________</p><p>Local e Data</p><p>_________________________________________</p><p>Ass.:</p><p>R341/92</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 108</p><p>ESTÁGIO</p><p>MODELO DE DECLARAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO</p><p>(Resolução 341/92, Art. 4°, VI)</p><p>DECLARAÇÃO</p><p>DECLARO, para fins de prova junto ao CONSELHO REGIONAL DE</p><p>CORRETORES DE IMÓVEIS _____ª REGIÃO ___, que o Sr.(a)</p><p>_________________________________________________________ é aluno(a) regularmente</p><p>matriculado(a) no curso ____________________________________</p><p>(SUPERIOR/MÉDIO)</p><p>de ___________________________________, desde o dia ___/___/___</p><p>(CIÊNCIAS IMOBILIARIAS/FTTI)</p><p>________, _____ de ____________ de ________.</p><p>______________________________________</p><p>(carimbo/assinatura)</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 109</p><p>ESTÁGIO</p><p>TERMO DE SUPERVISÃO E RESPONSABILIDADE</p><p>(Resolução 341/92, Art. 4°, VIII)</p><p>ILUSTRíSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE</p><p>IMÓVEIS DA ___ ª REGIÃO</p><p>__________________________________________CRECI n°___________</p><p>(nome da empresa ou Corretor responsável)</p><p>estabelecido(a) _______________________________________________________</p><p>telefone _____________, Corretor Responsável _____________________________</p><p>vem respeitosamente comunicar o início do estágio supervisionado para o estagiário abaixo</p><p>discriminado, em função de estar matriculado no Curso de Técnico em Transações Imobiliárias,</p><p>ministrado pelo(a) ______________________________</p><p>DECLARANDO, para todos os fins e efeitos, responsabilizar-se por sua conduta, sob as penas da Lei,</p><p>pelo período em que durar o estágio solicitado.</p><p>Identificação do Estagiário:</p><p>Nome: ___________________________________________________________</p><p>Nacionalidade: _____________________________________________________</p><p>Natural de: ________________________________________________________</p><p>Filiação:___________________________________________________________</p><p>Data de Nascimento:</p><p>___/ ___/ _____</p><p>RG:___________________________</p><p>CPF: __________________________</p><p>Endereço residencial: _______________________________________________</p><p>Telefones:___________________________________________________</p><p>______________________________________________</p><p>Local e Data</p><p>________________________________________________________</p><p>Ass.:</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 110</p><p>ESTAGIÁRIO</p><p>MODELO DO TERMO DE COMPROMISSO</p><p>(Resolução 341/92, Art. 6°)</p><p>Pelo presente Termo de Compromisso, COMPROMETO-ME, na</p><p>qualidade de Estagiário do Curso ________________________________________</p><p>(CIENCIAS IMOBlLlÁRIAS I FTTI)</p><p>a observar as regras da Lei n° 6.530/78 e demais Resoluções do CONSELHO FEDERAL DE</p><p>CORRETORES DE IMÓVEIS, em tudo o que for atinente ao estágio profissional na profissão de</p><p>Corretor de Imóveis.</p><p>_________________, ____ de __________ de _____</p><p>_________________________________________</p><p>assinatura</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 111</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>LEIS:</p><p>LEI Nº 6.530, DE 12 DE MAIO DE 1978.</p><p>LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.</p><p>LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.</p><p>LEI Nº 13.786, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018.</p><p>RESOLUÇÃO-COFECI N° 1.066/2007</p><p>LEI Nº 12.236 DE 19 DE MAIO DE 2010.</p><p>LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014</p><p>SITES:</p><p>www.jusbrasil.com.br</p><p>www.jus.com.br</p><p>http://www4.planalto.gov.br/legislacao</p><p>www.google.com</p><p>www.planalto.gov.br</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.530-1978?OpenDocument</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.105-2015?OpenDocument</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.786-2018?OpenDocument</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.236-2010?OpenDocument</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/</p><p>http://www.jus.com.br/</p><p>http://www4.planalto.gov.br/legislacao</p><p>http://www.google.com/</p><p>http://www.planalto.gov.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DIREITO E LEGISLAÇÃO 112</p><p>Desenho Arquitetônico</p><p>e</p><p>Noções de Construção Civil</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 114</p><p>Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro</p><p>de 1998.</p><p>Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005</p><p>Todos Direitos de edição reservados à:</p><p>Laudera Participações S/S Ltda.</p><p>Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010</p><p>e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Site: www.inedead.com.br</p><p>Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:</p><p>827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.</p><p>mailto:institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 115</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>ESSE CURSO TEM COMO FINALIDADE A APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS DE DESENHO</p><p>ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL.</p><p>NA PRIMEIRA PARTE, O ALUNO TERÁ CONTATO COM OS SÍMBOLOS E EXPRESSÕES PRÓPRIAS DO</p><p>DESENHO ARQUITETÔNICO, ADQUIRINDO CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPREENDER O</p><p>PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO, DESDE SUA CONCEPÇÃO ATÉ O</p><p>PROJETO FINAL.</p><p>NA SEGUNDA, NA PARTE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, O ALUNO TERÁ UMA VISÃO GERAL DO PROCESSO</p><p>CONSTRUTIVO, INICIANDO PELA PESQUISA DE COMPRA DO TERRENO, DOCUMENTAÇÃO E AS VÁRIAS</p><p>ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO ATÉ SUA FINALIZAÇÃO.</p><p>É IMPORTANTE RESSALTAR QUE ENQUANTO O ARQUITETO É RESPONSÁVEL POR CRIAR UM</p><p>PROJETO, O ENGENHEIRO CIVIL É RESPONSÁVEL POR CONCRETIZAR A OBRA. NO ENTANTO, O CORRETOR</p><p>É INDISPENSÁVEL NA DIVULGAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO IMÓVEL, POR ISSO É NECESSÁRIO CONHECER</p><p>OS PROCESSOS BÁSICOS DE CRIAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO.</p><p>FONTE: PENSADOR.COM (NOV/2020)</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 116</p><p>FIGURAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES</p><p>1. Introdução</p><p>Alguns conceitos são empíricos e de suma importância para o entendimento da geometria plana,</p><p>como ponto, reta e plano.</p><p>a) Ponto</p><p>Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma</p><p>localização e são indicados com letras maiúsculas.</p><p>• p (ponto p)</p><p>b) Plano</p><p>Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões:</p><p>comprimento e largura. Nessa superfície que se formam as figuras geométricas. Os planos são</p><p>indicados por letras gregas.</p><p>c) Reta</p><p>A reta é uma linha ilimitada e unidimensional, ou seja, tem comprimento, mas não tem largura.</p><p>Pode ser representada por:</p><p>d) Semirreta</p><p>A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim.</p><p>Aula 01 – Elementos de Geometria Plana</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 117</p><p>e) Segmento de reta</p><p>O segmento de reta é limitado, pois corresponde à parte entre dois pontos distintos.</p><p>2. Posição entre retas</p><p>a) Retas paralelas: são retas que não possuem pontos em comum e mantêm constante distância entre</p><p>si.</p><p>Representação: r // s // t</p><p>b) Retas concorrentes: são retas que possuem um ponto em comum, pois elas se cruzam.</p><p>c) Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se cruzam formando um ângulo de 90º.</p><p>Representação: r t</p><p>3. Ângulos</p><p>É a região de um plano formada pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto</p><p>comum, chamado de vértice do ângulo. São classificados em:</p><p>Curiosidade: a ilustração abaixo é um exemplo de aplicação de vários conceitos que acabamos de</p><p>abordar. Podemos identificar vários elementos geométricos como: ponto, plano, reta, semirreta,</p><p>segmento de reta, dentre outros.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>118</p><p>fonte: comodesenharperfeito.com (acesso em nov/20200)</p><p>4. Polígonos</p><p>São figuras geométricas planas fechadas formadas por segmentos de reta.</p><p>4.1 Elementos de um polígono</p><p>Principais elementos de um polígono:</p><p>• lados: são os segmentos de reta que formam o polígono.</p><p>• ângulos: é a região formada pelo encontro de dois segmentos de reta</p><p>que formam o polígono.</p><p>• vértice: é o ponto de encontro entre os lados do polígono.</p><p>4.2 Polígonos regulares</p><p>São os polígonos que apresentam lados iguais e todos os ângulos com a mesma medida.</p><p>Alguns exemplos de polígonos regulares:</p><p>Curiosidade: observando a imagem podemos identificar vários elementos de geometria plana.</p><p>fonte: Revistacasaejardim.globo.com (04/2020)</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 119</p><p>5. Perímetro</p><p>O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica, ou seja, é a medida</p><p>do seu contorno ou do seu comprimento.</p><p>Exemplo:</p><p>Calcule o perímetro do retângulo abaixo.</p><p>p = 6m + 6m + 4m + 4m</p><p>p = 20m</p><p>6. Área</p><p>A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a</p><p>superfície da figura, maior será sua área.</p><p>Área de um retângulo</p><p>Para calcular a área de um retângulo basta multiplicar a medida da base pela medida da altura.</p><p>Exemplo:</p><p>Calcule a área do retângulo abaixo:</p><p>a = b x h</p><p>A = 6m x 4m</p><p>A = 24m2</p><p>Aplicação prática</p><p>Observe a figura de um campo de futebol. Para cercá-lo</p><p>é necessário conhecer seu perímetro. Se for para colocar</p><p>grama, por exemplo, então é necessário o cálculo da área.</p><p>Aula 02 – Perímetros e Áreas de Algumas</p><p>Figuras Plana</p><p>A= b ∙ h</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 120</p><p>7. Circunferência</p><p>É o conjunto de pontos que estão à mesma distância (raio) de um ponto fixo (centro da</p><p>circunferência).</p><p>Elementos da circunferência</p><p>Raio: é o segmento de reta que vai do centro até um ponto da circunferência.</p><p>Diâmetro: é o segmento de reta que vai de um ponto a outro da circunferência passando pelo centro. O</p><p>diâmetro é o dobro do raio.</p><p>Corda: segmento de reta cujas extremidade são pontos da circunferência. A</p><p>maior corda da circunferência é o diâmetro.1</p><p>O número</p><p>É a razão entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro, que resulta em uma</p><p>constante que vale aproximadamente 3,14.</p><p>Comprimento de uma circunferência</p><p>Como , temos que :</p><p>Como d = 2r</p><p>podemos também dizer que:</p><p>Área de uma circunferência</p><p>É o produto do número π pelo quadrado do raio da circunferência.</p><p>Resumindo:</p><p>comprimento: c = 2 ∙ ∙ r</p><p>área: a = ∙ r2</p><p>C = d ∙</p><p>C = 2 ∙ ∙ r</p><p>∙</p><p>A = ∙</p><p>r2</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 121</p><p>Exemplo:</p><p>Calcule o comprimento e a área de uma circunferência de 3m de raio.</p><p>Considere π = 3,14</p><p>Comprimento área</p><p>C = 2 ∙ ∙ r a = ∙ r2</p><p>C= 2 ∙ 3,14 ∙ 3 a= 3,14 ∙ 32</p><p>C= 18,84 m a = 28,26 m2</p><p>Resposta: a circunferência tem 18,84 m de comprimento e 28,26 m2 de área.</p><p>Aplicação prática.</p><p>Observe a ilustração de uma praça circular, em que os cálculos de perímetro e área podem ser</p><p>aplicados, sendo necessário apenas a medida do raio.</p><p>fonte: cemara.com.br (acesso em nov/2020)</p><p>É o estudo das figuras no espaço, também chamadas de sólidos ou poliedros. Apresentam três</p><p>dimensões: altura, largura e comprimento.</p><p>Exemplos de figuras espaciais:</p><p>Cilindro, cone, prisma, pirâmide e esfera.</p><p>1) Cubo</p><p>O cubo possui 6 faces com as mesmas medidas, tanto para área, ângulos e quantidade de</p><p>arestas. É formado por 6 faces quadrangulares de mesma medida, 12 arestas congruentes, 24 ângulos</p><p>retos, 8 vértices e 4 diagonal.</p><p>Aula 03 – Elementos da Geometria Espacial</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 122</p><p>1.1) Volume do cubo</p><p>a</p><p>V= altura x largura x comprimento</p><p>No cubo essas três dimensões têm a mesma medida, então:</p><p>V= a.a.a</p><p>V= a³ (sendo a= aresta)</p><p>Lembrando que a unidade de medida do volume é o metro cúbico (m³), seus múltiplos e submúltiplos.</p><p>Exemplo:</p><p>Calcule o volume de um cubo de 3 metros de aresta.</p><p>v= a³</p><p>v= 3.3.3</p><p>v= 27m³</p><p>Curiosidade:</p><p>Na ilustração abaixo, um projeto utilizando o cubo como conceito.</p><p>Casa cubo</p><p>fonte: casavogue.globo.com (acesso em nov/2020)</p><p>2) Paralelepípedo</p><p>É o sólido que apresenta faces paralelas formadas por paralelogramos. Possui 6 faces, 8</p><p>vértices, 12 arestas, 24 ângulos retos.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 123</p><p>2.1) Volume do paralelepípedo</p><p>V= altura x largura x comprimento</p><p>V = a.b.c</p><p>Lembrando que a unidade de medida utilizadas para o volume é o metro cúbico (m³), seus</p><p>múltiplos e submúltiplos.</p><p>Exemplo:</p><p>Qual o volume de um paralelepípedo de 30cm de altura, 20cm de largura e 60cm de comprimento?</p><p>V= a .b .c</p><p>V= 20 . 60 . 30</p><p>V= 36000 cm³</p><p>Curiosidade</p><p>O MASP, museu de arte de São Paulo, seu projeto pode ser associado a ideia de um grande</p><p>paralelepípedo.</p><p>fonte: pt.wikipedia.org</p><p>“A arquitetura é a arte de edificar e se bem direcionada pode alcançar o nível de uma obra de arte”.</p><p>(Oscar Niemeyer)</p><p>No início dos tempos, quando o homem aprendeu a cultivar e cuidar de rebanhos domesticados,</p><p>ele sentiu a necessidade de se estabelecer em um determinado local ou área. Então houve a</p><p>necessidade de proteção dos elementos da natureza que o levou a construir abrigos. É na pré-história</p><p>que se pode encontrar as origens do pensamento arquitetônico. Com o passar do tempo suas</p><p>construções se tornam mais sólidas, mais limpas e se voltam ao belo.</p><p>Da pré-história a era contemporânea houve o desenvolvimento de várias fases e estilos</p><p>arquitetônicos. Os estilos arquitetônicos evoluíram paralelamente às necessidades da evolução</p><p>humana, como: físicas (de abrigo), emocionais (de segurança e proteção), estéticas (de beleza e</p><p>funcionalidade) e de expressão de sua religiosidade.</p><p>Há vários estilos arquitetônicos, apresentaremos aqui alguns que influenciaram a arquitetura</p><p>brasileira.</p><p>Aula 04 – A Arquitetura</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 124</p><p>Estilos arquitetônicos</p><p>1. Clássico</p><p>A arquitetura clássica se deu entre os</p><p>séculos VII a.c. E IV a.c. Suas principais</p><p>edificações foram na Grécia antiga e seus</p><p>exemplares mais marcantes são templos</p><p>religiosos de grandes dimensões construídos</p><p>em pedra, projetados visando a simetria,</p><p>geometria e criação de perspectiva.</p><p>A obra mais relevante da arquitetura</p><p>clássica é o Partenon, construído na Acrópole</p><p>de Atenas no século</p><p>V a.c. Com as</p><p>características mais evidentes do estilo - um</p><p>volume construído sobre um embasamento que</p><p>sustenta a sequência de colunas com capitéis</p><p>(cobertura de colunas) que, por sua vez, apoiam</p><p>um frontão.</p><p>2. Gótico</p><p>A arquitetura gótica teve origem entre os anos 900 e 1300 na alta idade média da França.</p><p>Durante o período iluminista se cunhou o termo gótico para referir-se à arquitetura vertical e majestosa</p><p>das obras produzidas, similar ao estilo romântico. As obras mais marcantes do período gótico são</p><p>relacionadas às construções eclesiásticas, ou seja, catedrais e igrejas que com características típicas</p><p>do estilo, tais como, o arco de ogiva e as abóbodas com nervuras diagonais. Grande parte das</p><p>construções do período são consideradas patrimônio mundial da Unesco, como por exemplo a Catedral</p><p>de Reims e a catedral de Notre-Dame.</p><p>Catedral de Notre-Dame - Paris</p><p>3. Barroco</p><p>Durante o regime monarquista na Europa, no início no século XVI, a arquitetura barroca se</p><p>expressou com ênfase nos edifícios sacros, tendo em vista que a maior parte de sua produção se refere</p><p>aos esforços do movimento de contrarreforma, que negava o norte racional de simetria proposto pelo</p><p>renascimento e buscava sua plasticidade de forma mais intensa, emotiva e imponente através de um</p><p>desenho sinuoso. Assim sendo, suas obras buscavam estabelecer um sentido de dramaticidade nas</p><p>obras, utilizando para tal ornamentos e elementos que focassem no contraste, sobretudo entre o claro e</p><p>escuro. A arquitetura barroca ainda recorria aos elementos estruturais como elementos decorativos.</p><p>Um exemplo precursor desse estilo de arquitetura é a Igreja de Jesus em Roma, que ostenta a primeira</p><p>fachada verdadeiramente barroca.</p><p>Partenon – Acrópolis de Atenas (sec. V a.C.)</p><p>https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Ges%C3%B9?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 125</p><p>Igreja de Jesus (Church of the Gesù), Roma</p><p>4. Bauhaus</p><p>O arquiteto alemão Walter Gropius (1833–1969) fundou o movimento Bauhaus como uma escola</p><p>de artes em Weimar que revolucionou por buscar formas e linhas simples, definidas pela função do</p><p>objeto. Trouxe uma visão interdisciplinar, pois unificou a arquitetura, escultura, pintura e desenho</p><p>industrial. Introduziu o uso de novos materiais, como os pré-fabricados para a simplificação dos volumes</p><p>e formas com predomínio de linhas retas para um visual mais claro e límpido.</p><p>Prédio da Bauhaus em Weimar</p><p>5. Moderno</p><p>O modernismo se formou através de um conjunto de</p><p>movimentos culturais nos primeiros anos do século XX. Durante</p><p>tal período, o modernismo teve diversos representantes em vários</p><p>países: pode-se falar em uma origem moderna alemã com</p><p>a Bauhaus, ou francesa com Le Corbusier, ainda norte-americana</p><p>com Frank Lloyd Wright, ou, ainda, de inspiração construtivista</p><p>russa. Em termos de formulação, a arquitetura moderna reunia</p><p>todas essas vertentes no ciam (congresso internacional de</p><p>arquitetura moderna).</p><p>Além disso, é notória a importância de Le Corbusier na</p><p>arquitetura moderna, pois tinha enorme capacidade de síntese em</p><p>projeto e discurso dos preceitos que adotava em sua produção. O principal exemplo é sua formulação,</p><p>em 1926, dos "cinco pontos da nova arquitetura", também conhecidos como cinco pontos da arquitetura</p><p>moderna: planta livre, fachada livre, pilotis (colunas), terraço jardim e janela em fita.</p><p>Capela de Ronchamp - Le Corbusier</p><p>(1955)</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/tag/bauhaus</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/tag/le-corbusier</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/tag/frank-lloyd-wright</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 126</p><p>6. Pós-moderno</p><p>A arquitetura pós-moderna surgiu a partir da década de 60 e teve inúmeros representantes na</p><p>américa e na Europa que colocaram em cheque alguns princípios do modernismo. Utilizavam uma nova</p><p>perspectiva histórica, dando nova roupagem para seu discurso e projetos. Para tanto, foram adotadas</p><p>diversas estratégias de embate e questionamento, ora por uma vertente de ironia, ora por um intenso</p><p>interesse e investigação da cultura popular. No contexto norte-americano, o livro aprendendo</p><p>com Las Vegas é uma das obras seminais da reflexão pós-moderna.</p><p>O pós-modernismo resgata os estilos anteriores ao modernismo e os utiliza de forma diferenciada.</p><p>7. Contemporâneo</p><p>Considera-se “contemporâneo” ao estilo de arquitetura desenvolvida depois do pós-moderno nos</p><p>anos 80, iniciando-se nos anos 90 até os dias atuais. Representa o reaparecimento de linguagens</p><p>comprometidas com a retomada do racionalismo, com tendências minimalistas. Por outro lado, verifica-</p><p>se uma busca de ideias e soluções mais voltadas à questão do conforto ambiental, aliado aos</p><p>processos de racionalização da construção.</p><p>Etapas do Projeto Arquitetônico</p><p>O técnico em transações imobiliárias precisa se inteirar de alguns termos técnicos relacionados</p><p>à obra, bem como conhecimentos básicos para avaliar um projeto arquitetônico que o ajudará, por</p><p>exemplo, ter argumentos em uma explanação para o cliente.</p><p>1. Estudo preliminar</p><p>A fase inicial de um projeto arquitetônico é o estudo preliminar, onde o</p><p>arquiteto deve se certificar dos objetivos, necessidades e sonhos de seu</p><p>cliente. Aliado à ideia do menor custo, parte para o planejamento, parte</p><p>fundamental para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico. O próximo</p><p>passo é a elaboração de um croqui para finalmente passar para a primeira</p><p>fase denominada de anteprojeto.</p><p>Aula 05 – O Projeto Arquitetônico</p><p>Robert Venturini - Hous</p><p>Teatro Popular de Niterói – Oscar Niemeyer</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 127</p><p>2. Anteprojeto</p><p>É o projeto desenhado, seguindo todas as normas do desenho técnico e da ABNT (associação</p><p>brasileira de normas técnicas).</p><p>É a fase em que se define a configuração definitiva do projeto. Ao anteprojeto são adicionados os</p><p>elementos que serão apresentados aos clientes e à autoridade competente para aprovação. Estas são</p><p>enviadas para o desenvolvimento de projetos complementares como: projeto estrutural, hidrossanitário,</p><p>elétrico, dentre outros.</p><p>3. Projeto legal</p><p>O projeto legal é feito a partir do projeto arquitetônico completo e definido. As plantas, cortes e</p><p>fachadas do projeto são formatadas dentro do que a legislação vigente exige.</p><p>A função do projeto legal é permitir que o projeto esteja dentro de um padrão para que os fiscais</p><p>possam analisar e deferir ou indeferir o projeto. Esta seria uma das primeiras formas que os órgãos</p><p>fiscalizadores têm de controlar as obras do município, garantindo que seja cumprida a lei.</p><p>Caso o projeto seja deferido, ou seja, aprovado, é concedido o alvará de construção, documento</p><p>fundamental para que se possa executar a obra legalmente. Se indeferido, as falhas e irregularidades</p><p>serão apontadas para que a equipe de arquitetos as corrijam e as atualizem no projeto legal. Então o</p><p>projeto deve ser reenviado para nova análise, repetindo todo processo até que seja aprovado.</p><p>4. Projeto executivo</p><p>O projeto executivo deve conter os elementos necessários que corroboram com os padrões e</p><p>normas técnicas da legislação vigente. É desenvolvido após todos os demais projetos, licenças</p><p>do locador (proprietário) nas</p><p>negociações e resolução de problemas junto ao locatário (inquilino). Conforme as necessidades do</p><p>locador, podem ser incluídas no contrato várias atividades como cobrança dos aluguéis, pagamento de</p><p>impostos, seguro, condomínio e até serviço de manutenção do imóvel desocupado (como citado no</p><p>caso da venda), bem como contratação e fiscalização de reparos obrigatórios no imóvel ocupado,</p><p>principalmente quando o locador não reside na mesma cidade.</p><p>A imobiliária pode oferecer serviços adicionais, como a manutenção do imóvel.</p><p>Lembramos que, por força de lei, a administradora não poderá oferecer ao cliente sua própria</p><p>assessoria jurídica no caso de processos judiciais, o que deverá ser feito por escritório de advocacia</p><p>independente.</p><p>Aula 02 – Administração de Imóveis</p><p>A Imobiliária deve oferecer o máximo de opções em serviços aos clientes, para que ele</p><p>possa escolher o que deseja contratar</p><p>O sistema COFECI-CRECI</p><p>regulamenta o exercício da</p><p>atividade de corretagem de</p><p>imóveis.</p><p>https://moodle.institutonacional.com.br/mod/page/view.php?id=5943</p><p>https://moodle.institutonacional.com.br/mod/page/view.php?id=5943</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 17</p><p>A princípio, o síndico é um morador eleito pelos demais, que fica encarregado de administrar o</p><p>condomínio, suas contas, funcionários, contabilidade, conflitos entre vizinhos, enfim, de manter o bom</p><p>funcionamento do local.</p><p>Mas há a possibilidade de se contratar um síndico profissional, uma pessoa de fora do</p><p>condomínio, que será o responsável pelo bom andamento e pela resolução dos problemas do dia-a-dia</p><p>e, por vezes, apresenta a vantagem de manter a impessoalidade e o profissionalismo nas relações,</p><p>além de ser adequado para grandes condomínios.</p><p>Seja profissional ou condômino, os síndicos precisam dos serviços de uma administradora de</p><p>condomínios para realizar as tarefas burocráticas, de acordo com as necessidades contratadas.</p><p>Devido à tendência a um número cada vez maior de condomínios no mercado imobiliário, o</p><p>serviço de administração é um paralelo interessante a ser oferecido, representando uma garantia de</p><p>faturamento mensal, independente das flutuações dos negócios no ramo de comercialização de</p><p>imóveis, o que contribui para um certo equilíbrio em períodos de crise. Vamos falar um pouco mais</p><p>sobre esse assunto, a seguir.</p><p>A Administração de Condomínios ajuda no equilíbrio das contas em épocas de crise no setor imobiliário.</p><p>Atualmente, não é só nos grandes centros que vemos o crescimento de condomínios. Também</p><p>em cidades menores surgem esses tipos de estruturas, seja de casas, apartamentos, salas comerciais,</p><p>centros comerciais, e até galpões logísticos e industriais. Cada um desses tipos de condomínio tem</p><p>suas necessidades específicas, mas todos têm em comum a necessidade de uma boa administração</p><p>para que não haja, por exemplo, problemas financeiros, fiscais, contábeis, trabalhistas e tudo o mais</p><p>que interfira no bom funcionamento dessas estruturas, que estão ficando cada vez maiores.</p><p>Há uma tendência cada vez maior na criação de grandes condomínios das mais diversas modalidades.</p><p>Aula 03 – Administração de Condomínios</p><p>Sumário</p><p>3.1 – AS NORMAS DO CONDOMÍNIO</p><p>3.2 – ASSEMBLEIAS</p><p>3.3 - FUNÇÕES DA ADMINISTRADORA</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 18</p><p>Ainda não existe regulamentação para a atividade de administração de condomínios, apenas</p><p>esforços para treinamento, palestras e divulgação de matérias que auxiliam o profissional da área,</p><p>realizados através de entidades como a AABIC - Associação das Administradoras de Bens Imóveis e</p><p>Condomínios de São Paulo, o SECOVI - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e</p><p>Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo, e a ABADI - Associação Brasileira</p><p>das Administradoras de Imóveis. Já existe inclusive certificação, estabelecendo regras e padrões para</p><p>garantir a qualidade dos serviços.</p><p>A administradora de condomínios dispõe de algumas fontes legais para orientação,</p><p>principalmente o Código Civil (Lei 10.406/02) e também da Lei do Condomínio (Lei 4.591/64). Vale</p><p>lembrar que ainda há a Convenção do Condomínio, que tem força de lei, e também o Regulamento do</p><p>Condomínio, porém o que prevalece sempre será o Código Civil, depois a Lei do Condomínio,</p><p>Convenção e Regulamento, nessa ordem, que serão aplicados nos casos em que não conflitam com os</p><p>instrumentos superiores.</p><p>3.1 – AS NORMAS DO CONDOMÍNIO</p><p>Os condomínios necessitam de algumas regras para garantir uma boa organização e a</p><p>convivência entre seus condôminos, com o respeito às leis existentes e normas internas do condomínio,</p><p>que apresentamos na sequência de sua importância:</p><p>- Código Civil (Lei 10.406/02)</p><p>Este instrumento é o principal, pois contém vários artigos destinados ao assunto e, conforme</p><p>dissemos anteriormente, é uma lei que se sobrepõe à Lei do Condomínio, à Convenção do Condomínio</p><p>e ao Regimento Interno</p><p>De conhecimento obrigatório para quem pretende atuar na área, o administrador deverá</p><p>conhecê-lo muito bem e utilizá-lo como base para gerenciar possíveis conflitos, pois ao longo dos</p><p>artigos que o compõem há diversos assuntos relacionados à imóveis e à vida em condomínio.</p><p>- Lei do Condomínio (Lei 4.591/64)</p><p>Esta lei sofreu muitas alterações por conta da atualização do Código Civil, que abrangeu muitos</p><p>temas existentes na Lei do Condomínio - que já estava desatualizada e insuficiente - sobrepondo-se à</p><p>esta e complementando com novos temas. Porém, apesar desta Lei estar abaixo do Código Civil, ainda</p><p>rege no que não conflita com o mesmo, e está acima da Convenção e do Regimento Interno do</p><p>Condomínio.</p><p>Os condomínios precisam de ordenamento para manter a boa convivência.</p><p>Convenção do Condomínio</p><p>Trata-se de documento obrigatório e individual de todo condomínio, devendo conter as regras</p><p>para sua organização e administração, como:</p><p> especificação do que é propriedade individual ou coletiva;</p><p> modo de pagamento das cotas condominiais;</p><p> forma de administração;</p><p> prazo do mandato do síndico;</p><p> normas para realização das assembleias;</p><p> sanções para descumprimento das normas e tudo o mais que diga respeito à parte</p><p>organizacional do condomínio.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 19</p><p>Regimento Interno</p><p>Esse documento deve conter as normas básicas de convivência e bem-estar entre os</p><p>condôminos, tanto no que diz respeito a cada unidade, como às áreas comuns. Deve versar sobre os</p><p>direitos e deveres dos condôminos, como horários (mudanças, obras, barulho etc.), segurança,</p><p>conservação, conduta, animais, uso dos recursos e equipamentos, aplicação de advertências e multas e</p><p>tudo o que for relativo à ordem e ao dia a dia no condomínio.</p><p>3.2 - ASSEMBLEIAS</p><p>As assembleias são as conhecidas “reuniões de condomínio”, que não só são necessárias,</p><p>como também importantes para que todos os moradores se inteirem do que acontece no condomínio,</p><p>do que será e do que foi realizado. É também o momento em que se discutem e esclarecem as</p><p>questões relevantes e de interesse comum, e onde são tomadas decisões através de votação.</p><p>As assembleias podem ser ordinárias ou extraordinárias, conforme descrito a seguir:</p><p> Assembleia Geral Ordinária: deve ser realizada obrigatoriamente uma vez</p><p>e</p><p>alvarás estiverem prontos e aprovados por todos os envolvidos: cliente, arquitetos, órgãos</p><p>fiscalizadores, etc.</p><p>Nele constarão em detalhes como a obra deve ser edificada: dimensões, metragens,</p><p>acabamentos, recuos, níveis, alturas, fechamentos, acabamentos, enfim, todas as informações</p><p>necessárias para que a equipe responsável por construir o projeto consiga concluir a tarefa com</p><p>precisão, seguindo o que foi projetado à risca. Deve também conter avaliação dos custos, métodos</p><p>construtivos e prazos de execução.</p><p>Todas as plantas do projeto executivo devem ser impressas e entregues ao mestre de obras,</p><p>responsável por liderar os construtores. Segundo a legislação, não se pode construir sem que o projeto</p><p>executivo esteja no canteiro de obras, em momento algum, sob nenhuma hipótese.</p><p>Caso o mestre de obras tenha alguma dúvida em relação ao projeto, ele pode (e deve!) consultar</p><p>o projeto executivo. Se a dúvida persistir, então os arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento do</p><p>projeto podem ser convocados a comparecerem ao local da obra para que qualquer dúvida seja</p><p>devidamente esclarecida, garantindo a continuidade e qualidade do projeto.</p><p>5. Projeto final</p><p>Logo após a aprovação do projeto pelo cliente, o projetista passa a finalizá-lo,</p><p>incluindo todos os desenhos necessários para a aprovação na prefeitura que o</p><p>encaminha às respectivas entidades de classe (CREA, CAU ou técnicos da</p><p>construção civil) para registrar um documento denominado ART – anotação de</p><p>responsabilidade técnica, no qual assume total responsabilidade pelo projeto que</p><p>assina.</p><p>6. Aprovação do órgão competente</p><p>O cliente ou o profissional deverá levar o projeto para ser aprovado pela prefeitura; caso seja</p><p>aprovado, deverá providenciar cinco jogos de cópia para serem registrados e carimbados.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 128</p><p>Normas técnicas</p><p>NBR é a sigla para norma brasileira que estabelece regras, características, diretrizes</p><p>ou orientações sobre determinado produto, material ou serviço visando a</p><p>padronização dos processos produtivos.</p><p>Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão que regulamenta a padronização de</p><p>todos os processos produtivos visando o desenvolvimento tecnológico do país dentro de uma</p><p>linguagem comum e/ou universal.</p><p>A padronização visa garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto</p><p>em nível nacional, todos os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são</p><p>padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento</p><p>do projeto, assim como: caligrafia, formatos do papel e outros. O objetivo é conseguir melhores</p><p>resultados a partir do uso de padrões que supostamente descrevem o projeto de maneira mais</p><p>adequada e permitem a sua compreensão e execução por profissionais diferentes, independente da</p><p>presença daquele que o concebeu.</p><p>Como instrumento, as normas técnicas contribuem em quatro aspectos:</p><p>• qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os desejos dos usuários.</p><p>• produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos.</p><p>•tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros consensuais entre produtores,</p><p>consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição da sociedade.</p><p>• marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e venda.</p><p>Dentre as centenas de normas técnicas já editadas pela Associação Brasileira de Normas</p><p>Técnicas (ABNT), citaremos duas relacionadas aos projetos arquitetônicos:</p><p>NBR 16636/2017 – elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de</p><p>projetos arquitetônicos e urbanísticos</p><p>NBR 6492/1994 – representação de projetos de arquitetura</p><p>Em arquitetura, o desenho é a principal forma de</p><p>expressão. Ele é o instrumento utilizado para comunicar as ideias</p><p>do projetista para o construtor, que o usará para materializar o</p><p>objeto idealizado. Como a confecção de um edifício é uma tarefa</p><p>que envolve diversos profissionais, um projetista que não saiba</p><p>apresentar bem suas ideias e colocá-las de forma clara no papel,</p><p>acaba com uma construção diferente do que ele havia imaginado</p><p>no início. Quando isso acontece, normalmente os resultados são</p><p>bem desagradáveis. Além disso, pode ser valoroso para qualquer</p><p>pessoa que pretenda contratar um arquiteto, tenha alguma noção sobre a leitura e interpretação de</p><p>desenhos arquitetônicos. Afinal, é importante conseguir avaliar o serviço que irá receber.</p><p>O que é desenho arquitetônico?</p><p>Desenho arquitetônico é a representação gráfica das projeções horizontais e verticais de um</p><p>projeto arquitetônico. Além disso, o desenho pode ter diversos propósitos. Ele pode servir para</p><p>apresentar uma ideia, um conceito, gerar uma emoção, ou mesmo servir como um manual de como um</p><p>edifício deve ser construído.</p><p>Aula 06 – O Desenho Arquitetônico</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 129</p><p>fonte: portaleducação.com.br (acesso em nov/2020)</p><p>No Brasil, nos baseamos em algumas normas do desenho arquitetônico como a NBR 6492/94</p><p>(representação de projetos de arquitetura), a NBR 8196/99 (emprego de escalas), a NBR 8403/84</p><p>(aplicações de linhas – tipos e larguras), a NBR 10068/87 (folha de desenho – leiaute e dimensões,</p><p>margens) e a NBR 13142/99 (dobramento e cópia).</p><p>Softwares de ajuda ao desenho técnico</p><p>Cada dia que passa, novos programas de ajuda ao desenho técnico são criados. Os</p><p>profissionais da construção de hoje contam com vários programas que ajudam no desenvolvimento de</p><p>projetos. Como exemplo seguem alguns softwares para engenharia e construção civil:</p><p>SKETCHUP, AUTOCAD, AUTOCAD CIVIL 3D, MATLAB, REVIT, SAP2000, TQS, SIENGE,</p><p>MDSOLIDS, FTOOL, CONSTRUCT APP.</p><p>Lembrando que muitos outros são frequentemente desenvolvidos.</p><p>Desenho à mão livre ou croqui</p><p>Considerado um meio rápido de comunicação do arquiteto, o desenho à mão livre expressa sua</p><p>ideia, pensamentos e criações de maneira prática e objetiva. Pode ser empregado em uma conversa</p><p>com o cliente ou quando uma obra está em andamento, por exemplo, pois são casos em que o diálogo</p><p>se expressa através dos desenhos.</p><p>Embora os projetos são desenvolvidos utilizando programas de computador, a concepção dele</p><p>nasce primeiramente no papel, só depois vai ser desenvolvido por programas de computador, por isso o</p><p>desenho à mão livre, em arquitetura, é uma das formas mais rápidas de exteriorizar sua criação.</p><p>fonte: vivadecora.com.br (nov/2020)</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 130</p><p>Maquete</p><p>É uma representação (completa ou parcial) em escala reduzida de um objeto, sistema ou</p><p>estrutura de engenharia ou arquitetura. É a transformação do desenho em objetos tridimensionais</p><p>físicos.</p><p>fonte: archdaily.com.br (acesso em nov/2020)</p><p>Atualmente a maquete eletrônica também é muito utilizada. Geralmente criada</p><p>por arquitetos, projetistas ou desenhistas através de um software de modelagem 3d. Apresenta níveis</p><p>distintos de detalhamento, podendo ser meramente esquemática, detalhada ou foto-realística, caso o</p><p>intuito seja alcançar um resultado mais artístico.</p><p>A função do desenho no projeto arquitetônico</p><p>É através do desenho arquitetônico que o projetista (desenhista, arquiteto etc.) se comunica com</p><p>todo pessoal envolvido na obra, desde o cliente ao pedreiro e às autoridades</p><p>de certificação. São</p><p>desenhos regidos por normas e procedimentos, mas trazem as intenções do arquiteto. Podemos</p><p>destacar alguns tipos: plantas, cortes, fachadas e outras variações.</p><p>Antes de apresentar cada um e suas principais características, vamos ver aqui algumas</p><p>convenções e símbolos que ajudam na compreensão dos elementos representados.</p><p>Escala</p><p>Escala é a razão de semelhança representada por uma fração que relaciona as dimensões de um</p><p>objeto e sua representação através de um desenho. A escala permite representar, no papel, objetos de</p><p>qualquer tamanho real mantendo as suas proporções.</p><p>Dependendo do tipo de escala utilizada, as medidas do objeto real podem ser mantidas, reduzidas</p><p>ou aumentadas proporcionalmente. Existem três tipos de escalas:</p><p>a) Escala natural ou real</p><p>Quando o objeto a ser representado apresenta as mesmas medidas no desenho que o</p><p>representa, isto é, aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da</p><p>peça. A escala natural ou real está na razão 1 para 1.</p><p>b) Escala de redução</p><p>É aquela em que o tamanho do desenho técnico é</p><p>menor que o tamanho real da peça. Quando o objeto a ser</p><p>representado tem dimensões grandes, é utilizada a escala de</p><p>redução para possibilitar sua representação no papel.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 131</p><p>Por exemplo:</p><p>A escala 1/2 significa que a cada centímetro do papel representará 2 centímetros do real, ou</p><p>seja, o desenho será reduzido 2 vezes.</p><p>c) Escala de ampliação</p><p>A escala de ampliação é utilizada quando o</p><p>objeto a ser representado é muito pequeno e</p><p>necessita ser ampliado para melhor compreensão do</p><p>projeto.</p><p>Por exemplo:</p><p>Uma escala 2:1 (dois por um), indica que o desenho é</p><p>duas vezes maior que o objeto.</p><p>Escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196/1983</p><p>Categorias Escalas recomendadas</p><p>Escalas de ampliação</p><p>20 : 1 50 : 1 10 : 1</p><p>2 : 1 5 : 1</p><p>Escala natural 1 : 1</p><p>Escala de redução</p><p>1 : 2 1: 5 1 : 10</p><p>1 : 20 1: 50 1 : 100</p><p>1 : 200 1: 500 1 : 1.000</p><p>1 : 2.000 1: 5.000 1 : 10.000</p><p>Linhas</p><p>Na representação gráfica em arquitetura as linhas são divididas em tipos e espessuras, iremos</p><p>explicar algumas mais utilizadas, tomando como base as normas da ABNT.</p><p>Tipos de linha</p><p>Como já dissemos, as linhas são separadas em tipos e espessuras, agora explicaremos para</p><p>vocês quais são, para que servem e como utilizar.</p><p>a) Linhas contínuas</p><p>Essas são as mais comuns e sua função vai mudar de acordo com a espessura. Nesse artigo</p><p>vamos mostrar os valores de espessura que estão representados na NBR 6492, isso é, são valores</p><p>mais genéricos e condizem mais com grafites que softwares.</p><p>b) Linhas grossas</p><p>Representam alvenaria em corte, colunas ou paredes estruturais. A espessura sempre vai variar</p><p>de acordo com a distância do observador. Recomenda-se utilizar 0,5mm para alvenaria e cortes, e</p><p>0,6mm para elementos estruturais. No caso de lapiseiras, usar grafites 07 e 09.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 132</p><p>c) Linhas médias</p><p>Representam esquadrias, mobiliários fixos ou não fixos, escadas, alvenaria baixa, vista etc. Vale</p><p>lembrar que quanto mais próximo do observador maior vai ser a espessura, recomenda-se utilizar</p><p>0,3mm em esquadrias ou mobiliários, e 0,4mm para alvenaria baixa ou em vista e escadas. No caso de</p><p>lapiseiras, usar grafite 05.</p><p>d) Linhas finas</p><p>São utilizadas em pisos, hachuras, cotas e linhas auxiliares. Recomenda-se 0,1mm a 0,2mm. No</p><p>caso de lapiseiras, usar grafite 03.</p><p>e) Linhas situadas além do plano do desenho – tracejadas</p><p>Utilizamos esse tipo de linha quando precisamos representar a aresta de objetos que não estão</p><p>visíveis ao observador, ou seja, aquelas que estão por trás do plano de desenho. Usa-se 0,1mm a</p><p>0,2mm ou grafite 03.</p><p>f) Linhas de projeção – traço e dois pontos</p><p>Esse tipo de linha é utilizado na representação de projeções de pavimentos superiores,</p><p>marquises, balanços etc. A espessura da linha é de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03.</p><p>g) Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto</p><p>Essas linhas são utilizadas para representar os eixos de elementos na planta. É bem comum de</p><p>quando se trabalha com modulação estrutural ou quando se projeta em malha. A espessura da linha é</p><p>de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03.</p><p>h) Linhas de indicação, chamada, silhueta e interrupção</p><p>A linha de indicação ou chamada é utilizada para referenciar algum detalhe em outra folha de</p><p>desenho ou tabela/legenda.</p><p>A linha de interrupção é utilizada quando se representa uma quebra ou ruptura no desenho. Se</p><p>vê bastante em escadas.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 133</p><p>Apenas como ilustração, a próxima tabela nos mostra a aplicação de linhas em desenho</p><p>técnico - NBR 8403.</p><p>Linha Denominação Aplicação geral</p><p>A Contínua larga A1 contornos visíveis e a2 arestas visíveis</p><p>B Contínua estreita</p><p>B1 linhas de interseção imagináveis</p><p>B2 linhas de cotas e b3 linhas auxiliares</p><p>B4 linhas de chamada e b5 hachuras</p><p>B6 contornos de seções rebatidas na própria</p><p>vista</p><p>B7 linhas de centros curtas</p><p>C Contínua estreita a mão livre</p><p>C1 limites de vistas ou cortes parciais ou</p><p>interrompidas se o limite não coincidir com</p><p>linhas traço ponto</p><p>D</p><p>Contínua estreita em</p><p>ziguezague</p><p>D1 linha destina-se a desenhos</p><p>confeccionados por máquinas</p><p>E Tracejada larga</p><p>E1 contornos não visíveis e e2 arestas não</p><p>visíveis</p><p>F Tracejada estreita</p><p>F1 contornos não visíveis e f2 arestas não</p><p>visíveis</p><p>G Traço ponto estreita</p><p>G1 linhas de centro; g2 linhas de simetrias;</p><p>G3 trajetórias</p><p>H</p><p>Traço ponto estreita, larga nas</p><p>extremidades e na mudança</p><p>de direção</p><p>H1 planos de corte</p><p>J Traço ponto larga</p><p>J1 indicação das linhas ou superfícies com</p><p>indicação especial</p><p>K Traço dois pontos estreita</p><p>K1 contornos de peças adjacentes</p><p>K2 posição limite de peças imóveis</p><p>K3 linhas de centro de gravidade</p><p>K4 cantos antes da conformação</p><p>K5 detalhes situados antes do plano de corte</p><p>fonte: universidade federal de goiás, desenho técnico.</p><p>Cotas</p><p>É a denominação dada a toda e qualquer medida expressa em plantas arquitetônicas.</p><p>Normalmente dada em centímetros ou milímetros no desenho técnico, mas o metro é a unidade mais</p><p>usada em construções. As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que</p><p>pode ser a altura de um degrau de escada, a distância entre duas paredes, o pé direito de um</p><p>pavimento etc.</p><p>A cotagem em desenho arquitetônico contempla</p><p>as especificações contidas nas normas técnicas NBR</p><p>10126/ 87 e NBR 6492/ 94, principalmente.</p><p>Exemplo:</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 134</p><p>Algumas convenções e símbolos</p><p>1. Paredes</p><p>Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para</p><p>paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente.</p><p>Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que</p><p>será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:</p><p>2. Portas</p><p>Porta</p><p>interna: geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou</p><p>seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota (mesma medida).</p><p>Porta externa: a comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas</p><p>diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta</p><p>ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de</p><p>cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão, as portas de sanitários desenham-se como as</p><p>externas.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 135</p><p>3. Janelas</p><p>O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas</p><p>representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela</p><p>pela sua altura e peitoril correspondente</p><p>Plantas são desenhos técnicos que representam todos os passos para a construção de uma</p><p>edificação. Elas compõem o documento principal do projeto arquitetônico, pois trazem todos os</p><p>detalhes, além de informações necessárias, como por exemplo, a indicação de norte, escala, curvas de</p><p>níveis, cotas gerais, dentre outras. Abaixo estão alguns exemplos de plantas de um projeto</p><p>arquitetônico.</p><p>1. Planta de situação</p><p>A planta de situação precisa mostrar as informações de localização do terreno, isso é, onde o</p><p>projeto está situado em relação ao seu entorno, ela é uma visão 2d em vista aérea, pode ser feita à mão</p><p>ou em softwares CAD.</p><p>O desenho é uma representação bem simplificada da vista superior do lote. Apresenta o nome</p><p>das ruas e a volumetria dos lotes vizinhos. Também deve apresentar as dimensões e formato do lote</p><p>onde a edificação será construída. É comum mostrar um esboço do quarteirão onde o terreno está</p><p>situado e pedaços dos quarteirões vizinhos.</p><p>fonte: desenho técnico e arquitetônico faculdade Maurício de Nassau</p><p>Aula 07 – Plantas</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 136</p><p>2. Planta de localização</p><p>Já a planta de localização também conhecida como locação ou implantação, representa uma</p><p>vista superior do terreno com o objetivo de mostrar como acontece a ocupação do projeto no lote. Essa</p><p>planta deve fornecer informações mais detalhadas sobre caminhos, cercas, muros, equipamentos,</p><p>topografia, acessos, etc.</p><p>fonte: casa fy. Projeto pjv arquitetura</p><p>Planta baixa</p><p>Pela planta é possível analisar a espessura das paredes, os eixos de distribuição dos espaços,</p><p>os elementos que sustentam as coberturas que, quando não planas, também devem ser desenhadas.</p><p>As plantas baixas são vistas superiores da edificação em um plano de corte localizado a 1,50 m do nível</p><p>do piso em referência. A norma também prevê que a altura deste corte pode ser variável, dependendo</p><p>da necessidade em demonstrar os elementos considerados importantes para a compreensão do</p><p>projeto.</p><p>Pelo fato de serem plantas mais complexas, normalmente as plantas baixas são ilustradas em</p><p>escalas maiores, como 1/50, contendo informações sobre níveis, orientação solar, cotas, acessos,</p><p>áreas dos ambientes, materiais utilizados, dimensões de elementos significantes e até mesmo indicação</p><p>do sistema estrutural adotado.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 137</p><p>Planta em 3d</p><p>Com o desenvolvimento da tecnologia, a cada dia que passa novos programas e softwares são</p><p>desenvolvidos, como a planta em 3d no exemplo a seguir.</p><p>4. Corte</p><p>É a seção da edificação vista ortograficamente. Isto é, são as representações que mostram os</p><p>detalhes do objeto, a partir do ponto de vista do observador. É mais fácil explicá-los como efetivamente</p><p>um “corte” na edificação, com visão frontal, lateral, superior, dentre outras.</p><p>Os cortes são utilizados para melhor visualização dos componentes que indicam as alturas dos</p><p>elementos importantes da edificação, pois completa o que não pode ser visto apenas na planta baixa.</p><p>Em geral, são representados no mínimo, dois cortes de uma edificação. Mas seu número pode</p><p>aumentar gradativamente, conforme aumenta a complexidade do projeto. Devem ser feitos tantos cortes</p><p>quanto o necessário para conseguir representar adequadamente a edificação.</p><p>Exemplos de corte</p><p>fonte: Desenho aplicado 1 - Prof. Livia Santana</p><p>5. Fachadas ou elevações</p><p>As fachadas ou elevações representam as vistas das partes externas da edificação. São as</p><p>vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), elaboradas com a finalidade de fornecer</p><p>dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada.</p><p>Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados, assim como todos os</p><p>outros visíveis de fora da edificação.</p><p>Normalmente, as fachadas contêm informações relativas aos materiais utilizados para compor a</p><p>obra, mas não apresentam cotas ou dimensões (essas informações são fornecidas pelos cortes e</p><p>plantas).</p><p>Exemplo de fachada</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 138</p><p>6. Planta de cobertura</p><p>A planta de cobertura tem a finalidade de demonstrar como se configura a cobertura da</p><p>edificação. Nela, constam informações sobre o número de águas, lajes impermeabilizadas, o caimento</p><p>dos telhados, abas, fosso de luz, localização da caixa d’água etc.</p><p>fonte: joinville.sc.gov.br (acesso em nov/2020)</p><p>7) Quadros demonstrativos</p><p>Os quadros abaixo são alguns exemplos de apresentação de dados que ajudam a composição</p><p>de um projeto arquitetônico.</p><p>a) Quadro de esquadrias</p><p>Abaixo apresentamos alguns exemplos.</p><p>Portas</p><p>Janelas</p><p>Código Largura Altura Peitoril Código Largura Altura Peitoril</p><p>P1 0,80 2,10 - J1 3,00 1,50 0,60</p><p>P2 0,80 2,10 - J2 1,00 1,50 0,60</p><p>P3 0,60 2,10 - J3 1,00 1,50 0,60</p><p>P4 0,60 2,10 - J4 1,00 1,50 0,60</p><p>J5 1,50 1,00 1,10</p><p>J6 0,80 0,40 1,70</p><p>Legenda: p (portas) e j (janelas)</p><p>b) Quadro de áreas (opcional)</p><p>Legenda que apresenta a área do terreno, área de construção e a área de permeabilidade (área</p><p>de jardim).</p><p>Quadro de áreas (m2)</p><p>Do terreno: m2</p><p>Do lote 22 E = 441,00 m2</p><p>Obra base</p><p>Área</p><p>m2</p><p>Áreas consideradas</p><p>To Ia</p><p>Pav. Térreo: 230,27 230,27 230,27</p><p>Pav. Superior: 117,03 -------- 177,03</p><p>Total a construir 407,30 230,27 407,30</p><p>Obras complementares</p><p>Piscina 21,60 -------- --------</p><p>Casa de máquina (não computável 3,85 -------- --------</p><p>Área permeável = 42% 185,28</p><p>To = 52% ca = 0,925</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 139</p><p>OBS: Área Permeável</p><p>A área permeável é uma área livre que deve ser prevista no terreno, para que as águas das</p><p>chuvas sejam absorvidas pelo solo natural. Este índice também é indicado na legislação local, e como</p><p>na imagem abaixo, vamos fixar em 25% da área do terreno. Neste exemplo, o terreno de 300m², a área</p><p>permeável deve ser de 75m². Normalmente pode ser utilizado toda a área de recuo frontal ou de fundos.</p><p>1. Documentação,</p><p>impostos e taxas</p><p>Veremos agora alguns tipos de documentação e impostos requeridos para a construção civil,</p><p>que podem variar de acordo com o município em que a obra será desenvolvida. Outros itens, como:</p><p>plano diretor, lei de zoneamento e código de obras, dependem das características e legislação de cada</p><p>cidade.</p><p>Cartório de notas</p><p>O registro de todas as declarações ou documentos que precisam tornar-se públicos, por</p><p>exigência – ou não – da lei, é feito nesses cartórios. Contratos de compra e venda, por exemplo, só</p><p>viram escrituras quando lavrados ali. Assim, deixam de ser um instrumento particular para confirmar, de</p><p>modo formal, a venda de um imóvel.</p><p>Licenças</p><p>a) Alvará</p><p>Essa licença, expedida pela prefeitura, autoriza a construção ou a reforma de um imóvel.</p><p>O poder municipal fica obrigado a liberar a permissão sempre que um pedido for feito, desde que</p><p>respeite todas as regras e apresente todos os documentos requeridos.</p><p>b) Habite-se</p><p>Expedido pela prefeitura, é a licença que libera o imóvel construído ou reformado para a</p><p>moradia ou para a permanência e circulação de pessoas (como cinemas, teatros e escritórios).</p><p>Aula 08 – Noções de Construção Civil</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 140</p><p>Essa autorização só é concedida após a entrega de todos os documentos referentes à obra,</p><p>como o alvará e o memorial descritivo, além dos comprovantes de pagamento dos impostos</p><p>(INSS e ISS). Se houver qualquer divergência, um fiscal vai até a construção: ele pode multar o</p><p>construtor e impedir que pessoas entrem no edifício até que as correções sejam feitas.</p><p>c) Certidão negativa</p><p>Qualquer documento que comprove a isenção de ônus ou as dívidas de todos os tipos</p><p>com a justiça, os órgãos públicos, a prefeitura e até o comércio e os credores leva em favor de</p><p>um imóvel. O termo “negativa” nas certidões mostra que não houve nenhum registro de</p><p>ocorrência nos órgãos consultados.</p><p>d) ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis)</p><p>É cobrado sempre que há a transferência de propriedade de um bem imóvel feita de</p><p>forma pública, ou seja, quando se lavra a escritura. A alíquota a ser paga varia entre 2% e 6% do</p><p>preço do imóvel declarado no cartório de notas. É recolhido pelo município e previsto pela</p><p>constituição federal.</p><p>e) Memorial descritivo:</p><p>Trata-se de um documento que descreve um imóvel ou um empreendimento imobiliário</p><p>de forma completa (área total, área construída, metragem dos ambientes e até materiais de</p><p>acabamento). É necessário para a requisição do habite-se na prefeitura.</p><p>É o relato de tudo que está representado no projeto, é um registro técnico com valor legal</p><p>quando assinado pelo profissional ou responsável técnico, assim como os laudos para</p><p>regularização de construção existente. É obrigatório e regido pela lei 4591/64.</p><p>É válido lembrar que o memorial não é o projeto em si. O memorial tem o objetivo de</p><p>relatar todos os dados para o desenvolvimento do projeto.</p><p>A obra em um memorial descritivo deve ser classificada quanto aos itens abaixo que</p><p>especificarão o tipo de memorial a ser expresso.</p><p>• residencial;</p><p>• comercial;</p><p>• de execução de piscina;</p><p>• de desmembramento;</p><p>• de unificação;</p><p>• de residência para demolição;</p><p>• de tanque séptico ou fossa.</p><p>Alguns tópicos de um memorial descritivo</p><p>• localização da obra: endereço, ou melhor, o local onde os trabalhos serão realizados, bem</p><p>como o estudo do terreno.</p><p>• proprietário: informações sobre o dono da obra. Se pessoa física ou jurídica e número do</p><p>CREA, ou CAU do responsável pela construção.</p><p>• detalhe de cada etapa da construção: o cronograma detalhado e todos os projetos que</p><p>compõem a obra precisam estar indexados no memorial descritivo.</p><p>• alvenaria: especificação de estruturas e materiais empregados e quantidades a serem</p><p>utilizadas.</p><p>• acabamento: é a parte mais detalhada do memorial descritivo. Deve conter a listagem</p><p>minuciosa dos materiais a serem utilizados no acabamento.</p><p>• conceituação do projeto: definir o objeto do projeto, o estilo, os padrões de qualidade e os</p><p>custos.</p><p>• normas adotadas para a realização dos cálculos: listar normas que regem os cálculos de</p><p>insumos a serem utilizados.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 141</p><p>• premissas básicas adotadas durante o projeto: expor a ideia que direciona o projeto. Quais</p><p>métodos de construção serão utilizados.</p><p>• objetivos do projeto: definir claramente os objetivos do projeto.</p><p>• detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto: todas as etapas do projeto</p><p>precisam ser detalhadas, como os materiais, a equipe técnica, custos, atualizações etc.</p><p>Outros detalhes que podem ser importantes para o entendimento completo do projeto, podem</p><p>ser incluídos, tudo de acordo com a norma de desempenho (NBR 15.575).</p><p>2. Plano diretor</p><p>O plano diretor orienta projetos arquitetônicos e urbanísticos através de normas legais, com o</p><p>objetivo de ordenar o crescimento da cidade, garantindo sua harmonia visual. Ao longo do tempo</p><p>podem haver modificações, mas devem ser aprovadas pela câmara municipal e pelo prefeito. Há</p><p>também a possibilidade de questionamento judicial caso um cidadão ou grupo de cidadãos se sentirem</p><p>lesados por alguma mudança no plano diretor.</p><p>fonte: plano diretor estratégico do município de são paulo. Lei 16.050 - 31/06/2014</p><p>3. Lei de zoneamento</p><p>Por essa legislação, o mapa oficial de um município é dividido em zonas, que por sua vez são</p><p>repartidas em usos. Uma zona pode ter uso único (quando é somente residencial, por exemplo) ou</p><p>misto (comércio e casas). Essa lei também estabelece padrões urbanísticos que variam conforme a</p><p>zona, como os recuos legais. Municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a ter um plano</p><p>diretor e instituir a lei o zoneamento.</p><p>4. Código de obras</p><p>São regras e leis municipais que estabelecem a forma de ocupação do solo. Definem detalhes</p><p>para as construções, como a quantidade mínima de janelas e o dimensionamento das escadas e das</p><p>saídas de emergência. Devem ser respeitadas, caso contrário a obra não será aprovada pela prefeitura.</p><p>O código de obras pode ser adquirido na prefeitura. Em cidades maiores é vendido em livrarias</p><p>ou disponibilizado na internet. Seguem algumas indicações de sites:</p><p>Código de obras do município de São Paulo:</p><p>https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf</p><p>https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamen</p><p>to/zonmanual.pdf (lei de zoneamento - sp)</p><p>https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf</p><p>https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf</p><p>https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 142</p><p>Etapas e processos construtivos</p><p>1. Orçamento</p><p>Um orçamento bem feito tem as seguintes vantagens:</p><p>• sabe exatamente o quanto será gasto;</p><p>• ajuda a programar os gastos em cada etapa da obra;</p><p>• proporciona a alteração de materiais para que o custo da obra caiba no orçamento;</p><p>• possibilita procurar por melhores descontos na compra de materiais e contratação de mão de</p><p>obra;</p><p>• ajuda a planejar o início da obra (quando terá</p><p>o dinheiro necessário disponível).</p><p>2. Escolha e compra do lote</p><p>Certificar-se de que toda a documentação está</p><p>correta e passar imediatamente a escritura para o nome do</p><p>comprador.</p><p>Para escolha do lote devem ser considerados a</p><p>localização das edificações vizinhas, posição em relação ao</p><p>norte, situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo),</p><p>afastamentos exigidos pela prefeitura (uso do solo), índice</p><p>de ocupação e resistência do solo (projeto de fundação).</p><p>3. Levantamento topográfico</p><p>Para melhor compreensão do estudo topográfico, o técnico em transações imobiliárias precisa</p><p>conhecer alguns termos técnicos relacionados à situação do terreno, para ter argumentos em uma</p><p>explanação para o cliente. Os principais são:</p><p>• terraplanagem – processo de preparação do terreno, para dar início a construção.</p><p>• aterro – preenchimento de uma área em desnível, com terra ou entulho.</p><p>• desaterro – retirada de terra de uma área.</p><p>• declive – quando a inclinação do terreno está abaixo do nível da rua.</p><p>• aclive – quando a inclinação do terreno está acima do nível da rua.</p><p>• logradouro – locais públicos, como praças, ruas, avenidas, parques etc.</p><p>• arruamento – processo de criação das ruas.</p><p>• caixa de rolamento – parte da rua destinada para o trânsito de veículos.</p><p>• passeio – parte da rua destinada para o passeio de pedestre.</p><p>• afastamento – distâncias exigidas pelo uso do solo, da edificação em relação ao terreno.</p><p>4. Fundação</p><p>Na verdade, as fundações são e sempre foram</p><p>essenciais no contexto de toda a edificação. Define-se como</p><p>fundação o processo pelo qual se cria no terreno, uma</p><p>resistência igual e em sentido contrário ao do peso (ou força)</p><p>que deverá atuar sobre ele, para garantir a sustentação da</p><p>obra. Exemplificando: se uma obra pesa 500 toneladas e o</p><p>terreno não suporta este peso, é preciso criar artificialmente</p><p>um sistema de sustentação para suportar este peso ou, então,</p><p>a obra não ficará de pé. Este sistema é chamado de</p><p>fundação. As fundações evitam que a obra tombe pela ação</p><p>do vento ou afunde por ação do peso próprio ou adicional.</p><p>acesso em 22/04/2020</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 143</p><p>5. Estrutura</p><p>É o sistema de sustentação da obra que recebe cargas próprias ou adicionais. Pode haver</p><p>movimentação da estrutura por vários motivos como variações climáticas, vento, dentre outros, para</p><p>isso existem as juntas de dilatação. A cada dia que passa novos materiais são pesquisados e com eles</p><p>também, novas técnicas de resistência são desenvolvidas.</p><p>6. Paredes e vedações</p><p>É a etapa de execução de alvenarias, chapisco, emboço ou reboco. As paredes também podem</p><p>ser em drywall (gesso acartonado) ou divisórias.</p><p>Na estrutura de concreto armado, a parede não tem função estrutural. Neste sistema construtivo,</p><p>as paredes suportam apenas o seu próprio peso mais as cargas das portas e janelas instaladas nela.</p><p>Por isso, este tipo de parede é chamado de alvenaria de vedação.</p><p>7. Cobertura – telhados e forros</p><p>Para a cobertura deve-se:</p><p>• escolher a estrutura de telhado adequada para cada tipo de telha.</p><p>• conhecer as diversas peças que compõem uma estrutura de telhado.</p><p>• escolher a telha ideal bem como as inclinações.</p><p>• especificar e dimensionar corretamente as calhas.</p><p>A construção do telhado é dividida em duas etapas:</p><p>estrutura (engradamento) e cobertura (telhas).</p><p>8. Instalações hidráulicas</p><p>As instalações hidráulicas compreendem subsistemas de uma edificação para a correta</p><p>captação, transporte e armazenagem de fluidos.</p><p>Classificação dos sistemas de instalação hidráulica de água fria:</p><p>Os sistemas de água fria podem ser classificados em diretos, indiretos ou mistos.</p><p>Direto: são sistemas diretos aqueles em que não há a utilização de reservatório e a água é abastecida</p><p>diretamente da rede pública para os pontos de utilização. A vantagem desse sistema é o seu baixo</p><p>custo, porém se houver qualquer interrupção na rede, faltará água na edificação.</p><p>Indireto: no sistema indireto há o uso de reservatórios de água, garantindo o uso de água mesmo</p><p>quando há a interrupção de fornecimento pela rede pública. O dimensionamento das caixas d’água é</p><p>feito por meio do cálculo do uso diário de acordo com o tipo de edificação e a quantidade de pessoas</p><p>que irão utilizar a água.</p><p>Misto: o abastecimento nesse caso é realizado tanto pelo sistema direto quanto pelo indireto. O sistema</p><p>direto fica responsável por abastecer as torneiras externas, tanques e pontos de utilização no térreo. Já</p><p>o sistema indireto, fica encarregado de abastecer os demais pontos de utilização que não contam com</p><p>pressão suficiente para serem abastecidos diretamente e por abastecer dispositivos de higiene, como</p><p>chuveiros e torneiras internas.</p><p>Para instalação de água quente, deve-se usar materiais específicos, pois os produtos que passam água</p><p>quente não são os mesmo que passam água fria. A rede de distribuição de água quente sai</p><p>do aquecedor e vai até os pontos de consumo.</p><p>Observação: muito cuidado com aquecedores a gás, devem ser instalados em lugares bem ventilados.</p><p>http://blogpraconstruir.com.br/etapas-da-construcao/concreto-armado/</p><p>https://www.escolaengenharia.com.br/dimensionamento-caixa-dagua/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 144</p><p>9. Instalação sanitária</p><p>Uma instalação predial de esgotos sanitários visa atender às exigências mínimas de habitação</p><p>em relação à higiene, segurança, economia e conforto dos usuários. Projetos mal elaborados de</p><p>instalações de esgotos sanitários resultam em diversos problemas como contaminar o ambiente com</p><p>vazamento de líquidos e gases, passagem de animais ou insetos, causando transtornos quanto à</p><p>habilidade ou comprometimento por questões de saúde.</p><p>Para se projetar convenientemente tais instalações, é necessário que:</p><p>• promova o rápido escoamento dos esgotos; vede a passagem de gases e animais das</p><p>tubulações para o interior dos edifícios, impeça a poluição da água de consumo e de gêneros</p><p>alimentícios, impeça vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no interior das</p><p>tubulações e permita a ventilação contínua da rede pública coletora de esgotos.</p><p>As instalações hidrossanitárias são divididas em:</p><p>• instalação de água fria</p><p>• instalação de esgoto</p><p>• instalação de água quente</p><p>• instalação de água de reuso (se houver)</p><p>Devem ser feitas com bastante atenção e cuidado para evitar vazamentos e problemas futuros.</p><p>Há vários tipos de materiais para tubos e conexões além do pvc. (NBR 10821)</p><p>10. Instalação elétrica</p><p>O projeto elétrico residencial é a representação gráfica e escrita da instalação com todos os seus</p><p>detalhes.</p><p>Esses detalhes são a localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto</p><p>dos condutores, divisão em circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada</p><p>circuito, carga total, etc.</p><p>Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um profissional</p><p>especializado ainda na planta feita pelo arquiteto.</p><p>O projeto elétrico determina o porte da instalação, estabelece circuitos e especifica os materiais</p><p>que serão usados na obra.</p><p>Também cabe ao projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma</p><p>avaliação das necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão</p><p>instalados.</p><p>Um bom projeto elétrico garante facilidades e segurança, pois deve:</p><p>• ser realizado conforme as normas vigentes;</p><p>• apresentar dimensionamento correto e personalizado de acordo com as necessidades</p><p>do</p><p>cliente;</p><p>• listar detalhadamente os materiais para orçamento, evitando sobras e desperdícios;</p><p>• reduzir custos da obra;</p><p>• facilitar eventuais manutenções;</p><p>NBR 5410 - recomendações para cargas de tomadas.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 145</p><p>11. Esquadrias</p><p>É a denominação para as janelas, portas e fachadas-cortina servindo para designa-las nos</p><p>projetos e construções. Independentemente dos materiais e processos construtivos (em serie ou sob</p><p>encomenda), deve-se atender o desempenho exigido pelas normas.</p><p>A instalação deve ser bem-feita para evitar problemas na abertura das mesmas. Existem vários</p><p>tipos de esquadrias no mercado. Elas podem ser em:</p><p>• material metálico</p><p>• alumínio</p><p>• madeira</p><p>• pvc</p><p>• vidro temperado</p><p>a) Janela: esquadria, vertical ou inclinada, geralmente envidraçada, destinada a preencher um</p><p>vão do sistema de vedação vertical externo ou interno. Entre outras, sua finalidade é permitir a</p><p>iluminação e/ou ventilação entre ambientes.</p><p>b) Porta: esquadria que, entre outras finalidades, permite ou impede o acesso entre ambientes</p><p>de uma edificação.</p><p>b) Esquadria para claraboia, coberturas e marquises</p><p>Esquadria para ser utilizada como iluminação natural, geralmente inclinada e localizada nas</p><p>coberturas das edificações, que atenda pelo menos aos requisitos previstos para as esquadrias</p><p>verticais.</p><p>c) Fachada cortina e/ou pele de vidro</p><p>Componente construtivo de vedação destacado da estrutura que suporta o edifício, formando um</p><p>escudo exterior que protege o edifício das intempéries e dos ruídos. É composto de uma malha</p><p>de perfis (montantes e travessas) que compõem quadros móveis e/ou fixos, formando um</p><p>sistema contínuo, desenvolvendo-se no sentido da altura e/ou da largura da fachada da</p><p>edificação, sem interrupção, por pelo menos dois pavimentos.</p><p>12. Revestimento</p><p>É enquadrado como revestimento, todo acabamento das superfícies (paredes), sendo excluídas</p><p>desta nomenclatura as pinturas. Normalmente, os revestimentos iniciam-se no chapisco, traço 1:4</p><p>(cimento e areia), que tem a finalidade de servir como ancoragem ao emboço cujo traço varia de</p><p>conformidade com a finalidade; sua espessura não deve ser superior a 2cm. O emboço serve de base</p><p>para outros revestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc. O reboco ou massa fina, normalmente, é</p><p>usado para receber pintura; sua textura pode ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra, etc. Entre</p><p>os revestimentos, o de maior destaque é o azulejo. Para se extrair o máximo deste material, é</p><p>necessário tomar alguns cuidados, que resumimos para seu conhecimento. Existem inúmeras</p><p>classificações da qualidade dos azulejos; estas variam de fabricante para fabricante, quanto ao custo,</p><p>adequação ao ambiente, à função ou ao uso.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 146</p><p>13. Pinturas e texturas</p><p>A pintura vai além da estética. Sua principal função é a proteção da superfície a ser pintada. Ela</p><p>evita o ressecamento da madeira, a oxidação do metal, o enferrujamento do ferro e assim por diante.</p><p>Para a pintura interna em paredes de alvenaria recomenda-se:</p><p>• preparar as paredes, pisos e tetos</p><p>• aplicar selador</p><p>• aplicar massa corrida</p><p>• pintura com tinta acrílica em duas ou três demãos</p><p>14. Elementos decorativos</p><p>Todo trabalho artístico executado em uma obra está classificado como</p><p>elemento decorativo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peças de</p><p>serralheria, de madeira, de gesso, de cerâmica, desde que a execução dessas</p><p>peças requeira um requinte de projeto e de execução especial. É neste item</p><p>que se enquadram os elementos necessários ao estudo e implantação de</p><p>sistemas de comunicação visual, quando a obra assim o exige. Estão inclusos</p><p>também neste item todos os trabalhos de paisagismo, tais como jardins e</p><p>arborizações.</p><p>Normas técnicas de referência</p><p>NBR 12722:1992 – discriminação de serviços para construção de edifícios – procedimento</p><p>NBR 15575-1:2013 – edificações habitacionais — desempenho – requisitos gerais</p><p>Diagnosticar lesões em edificações</p><p>Érico Cristiano Vidal, em sua tese de mestrado da faculdade de engenharia civil de campinas</p><p>(2012), cita Grandiski (1995), que compara a “saúde” de uma edificação aos seres vivos, que da mesma</p><p>forma dependem de cuidados na “gestação” (fase de projeto), mas durante seu “crescimento”</p><p>(construção) e requerem cuidados durante o “resto da vida” (manutenção), sob pena de adquirir</p><p>“doenças” (manifestações patológicas) e à medida que “envelhecem” (degradação), elas podem passar</p><p>por enfermidades (processo lento e contínuo de deterioração).</p><p>Vidal cita ainda, almeida (1999b), que utiliza o termo “patologia” para mencionar problemas e</p><p>falhas nas várias fases de uma edificação, causando o surgimento de anomalias que são descritas</p><p>abaixo:</p><p>Aula 09 – Patologias da Construção</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 147</p><p>1. Anomalia congênita</p><p>No momento da criação de um projeto, arquitetônico, por exemplo, pode-se enfrentar uma</p><p>problemática denominada anomalia congênita. Esta anomalia refere-se à falta de conhecimento das</p><p>normas técnicas, ou a falta de observação destas, ainda que este projeto seja apenas um rabisco. A</p><p>elaboração inadequada, irresponsável, um erro de cálculo, em qualquer parte do projeto, seja de</p><p>arquitetura ou de estrutura, à falta de conhecimento dos projetistas, à falta de informação disponível e</p><p>de comunicação, poderá ter resultados bastante negativos como, por exemplo, a alta densidade ou</p><p>deficiência de armadura na peça estrutural, assim como um erro de cálculo ou diversos erros podem</p><p>ser causados por falhas na elaboração ou na efetivação do projeto e comprometer a utilização e o</p><p>desempenho do objeto construído, como o aparecimento de fissuras, trincas, rachaduras, rupturas</p><p>localizadas ou até o colapso. A má elaboração do projeto causa, em aproximadamente 40% dos casos,</p><p>essas anomalias nas edificações.</p><p>2. Anomalia executiva</p><p>Outro fator que contribui para o início de problemas é a contratação de mão-de-obra</p><p>desqualificada, bem como o de materiais e de métodos inadequados, a errada avaliação de estabilidade</p><p>e resistência do solo de fundação, a incorreta utilização dos programas de cálculo são efeitos</p><p>provocados por estas causas que podem ser resumidos em deformações na alvenaria, nas paredes,</p><p>nos pavimentos, nas vigas, na retração excessiva do concreto etc. As consequências podem atingir</p><p>grandes proporções, desde concentrações de tensões, rupturas, porosidade e desgaste do concreto até</p><p>corrosão das armaduras, parte estrutural.</p><p>3. Anomalia acidental</p><p>Este tipo de patologia caracteriza-se como acidental, fenômenos naturais como a ação da chuva</p><p>com ventos de intensidade superior ao normal, terremotos, recalques e incêndios, provocando</p><p>movimentações, intervenção de terceiros, como por exemplo uma obra no vizinho. Seus efeitos na</p><p>construção são esforços de natureza excepcional, em que os profissionais envolvidos, mesmo</p><p>obedecendo às recomendações normativas, não preparam a edificação para enfrentar tal situação. Do</p><p>ponto de vista de consequências, em se tratando de uma edificação de concreto, depara-se com</p><p>movimentos consideráveis das peças estruturais.</p><p>4. Anomalia adquirida</p><p>As anomalias adquiridas são aquelas que têm sua origem no fim da vida útil dos materiais em</p><p>consequência de exposição</p><p>ao meio em que as edificações se encontram, podendo ser naturais,</p><p>decorrentes da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana ou de revestimentos não</p><p>adequados.</p><p>fonte: avaliação de patologias em conjuntos habitacionais de Bauru - Érico Cristiano Vidal</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 148</p><p>Materiais</p><p>Introdução</p><p>Um bom corretor de imóveis precisa estar sempre atualizado buscando conhecimentos e</p><p>informações na sua área de atuação. Conhecer algo sobre materiais de construção, desde os mais</p><p>básicos até os novos materiais em desenvolvimento pode ser um diferencial em sua carreira.</p><p>A seguir apresentaremos apenas algumas definições e tipos de materiais básicos utilizados em</p><p>construção civil.</p><p>a) Pedra</p><p>a pedra é um material mineral sólido, duro, da natureza das rochas.</p><p>Principais usos</p><p>A pedra tem destaque na composição do concreto, um dos principais insumos da construção</p><p>civil. Também é utilizada na decoração de ambientes, como em jardins.</p><p>Exemplos:</p><p>• Pedregulhos, pedra britada, pedra rachão, pedra madeira, pedra modelo natural</p><p>b) Aço</p><p>O aço é uma liga de ferro, carbono e outros elementos endurecida pela têmpera. Tem boa</p><p>resistência mecânica e custo baixo.</p><p>Principais usos</p><p>O aço é empregado na parte estrutural das construções, sendo utilizado em vigas, lajes e fôrmas</p><p>de armaduras para estruturas de concreto armado.</p><p>Exemplos:</p><p>• Aço carbono, aço patinável ou aclimável, aços para usos estruturais.</p><p>c) Cimento</p><p>O cimento é um pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água. Depois de</p><p>endurecido, mesmo que seja novamente submetido à água, não se decompõe mais.</p><p>Principais usos</p><p>É um dos principais materiais de construção, sendo muito utilizado como aglomerante para</p><p>compor argamassa e concreto. Por ser uma das principais commodities mundiais, serve também como</p><p>indicador econômico.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 149</p><p>Exemplos:</p><p> Cimento portland comum (nbr 5.732), cimento portland composto (nbr 11.578), cimento portland</p><p>de alto-forno (nbr 5.735), cimento portland pozolânico (nbr 5.736), cimento portland de alta</p><p>resistência inicial (nbr 5.733), cimento portland resistente a sulfatos (nbr 5.737), cimento portland</p><p>branco (nbr 12.989)</p><p>Bloco de cimento</p><p>O bloco de cimento é um componente industrializado, produzido em máquinas que vibram e</p><p>prensam, podendo ser fabricados a partir de uma vasta variedade de composições.</p><p>Principais usos</p><p>É utilizado nas estruturas de alvenaria, muros, divisórias, instalações elétricas e hidráulicas.</p><p>Exemplos:</p><p> Bloco de cimento inteiro, meio-bloco de cimento, bloco de cimento compensador, bloco de</p><p>cimento canaleta, bloco de cimento j, bloco de cimento elétrico.</p><p>Concreto</p><p>O concreto é a mistura de cimento, água, areia e pedra (ou brita), formando uma massa plástica</p><p>que é colocada em fôrmas para que endureça e adquira resistência.</p><p>Principais usos</p><p>O concreto é utilizado na confecção de peças para a estrutura da construção e também em</p><p>partes não-estruturais.</p><p>Exemplos</p><p> Concreto convencional, concreto bombeável, concreto especial, concreto magro, concreto</p><p>projetado, concreto fluido, concreto rolado, concreto impermeável.</p><p>Argamassa</p><p>A argamassa é uma mistura de areia, água e um ou mais aglutinantes.</p><p>Principais usos</p><p>A argamassa é utilizada sobretudo no assentamento ou revestimento de alvenarias. Também é</p><p>capaz de unir materiais, impermeabilizar e nivelar superfícies.</p><p>Exemplos:</p><p> Argamassa para assentamento, argamassa de impermeabilização, argamassa para</p><p>revestimento, ac-1, ac-2, ac-3 e ac-3e</p><p>d) Tijolo</p><p>O tijolo é um bloco de barro cozido ou seco ao sol, geralmente em forma de paralelepípedo.</p><p>Principais usos</p><p>É um dos principais insumos da construção, utilizado na estrutura de alvenaria das edificações.</p><p>Exemplos:</p><p> Tijolo cerâmico, tijolo adobe, tijolo laminado, tijolo concreto, tijolo de vidro, tijolo ecológico.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 150</p><p>e) Piso</p><p>O piso é o revestimento do solo sobre o qual se caminha, sendo conhecido também como</p><p>pavimento.</p><p>Principais usos</p><p>Tem função de revestir o solo das partes internas e externas do empreendimento. A finalidade</p><p>da construção determina se o piso deve ser funcional ou decorativo.</p><p>Exemplos:</p><p>• Piso de vinil, piso laminado, piso de borracha, piso de madeira (assoalho), piso de taco, carpete,</p><p>porcelanato, cerâmica, azulejo, concreto.</p><p>f) Madeira</p><p>A madeira é o tecido lenhoso das árvores e pode ser obtida a partir do corte das árvores.</p><p>Principais usos:</p><p>Pode ser empregada na estrutura temporária ou definitiva, em pisos, paredes, na decoração,</p><p>dentre muitos outros usos.</p><p>Exemplos:</p><p> Madeira ipê, madeira peroba, madeira sucupira, madeira freijó, madeira jatobá, madeira cedro,</p><p>madeira mogno, madeira aroeira, madeira cerejeira, madeira pinho.</p><p>Madeiras industriais: MDF, compensado, aglomerado</p><p>g) Telha</p><p>A telha é uma peça feita tipicamente de barro cozido, fibrocimento, concreto, ou cerâmica.</p><p>Principais usos:</p><p>Utilizada na cobertura de casas e outras edificações.</p><p>Exemplos:</p><p> Telha de metal, telha de polímero plástico, telha de argila, telha de concreto, telha de ardósia,</p><p>telha de madeira.</p><p>h) Ladrilho</p><p>O ladrilho é uma placa, normalmente de cerâmica ou de barro cozido e de forma quadrada.</p><p>Principais usos</p><p>O ladrilho é utilizado no revestimento de paredes e pavimentos, geralmente para áreas</p><p>molhadas ou exteriores.</p><p>Exemplos:</p><p> Ladrilho hidráulico, ladrilho antiderrapante, ladrilho tozeto.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 151</p><p>i) Vidro</p><p>Com ampla utilização na construção civil, traz como características principais a transparência e a</p><p>dureza, que como consequência decorrem a visibilidade, leveza e durabilidade.</p><p>Principais usos</p><p>Utilizado em coberturas, fachadas, janelas, portas, pisos, divisórias, paredes, como elemento de</p><p>segurança, dentre muitos outros usos.</p><p>Exemplos:</p><p>Por tipo: vidro recozido, vidro de segurança temperado, vidro de segurança laminado;</p><p>Por transparência: vidro translucido, vidro opaco, entre outros;</p><p>Em acabamento da superfície: vidro liso, vidro float, entre outros;</p><p>Por coloração: chapa de vidro incolor e colorida; colocação: autoportante, instalação mista,</p><p>entre outros.</p><p>j) Materiais elétricos</p><p>Os materiais elétricos possuem características de transmissão de cargas elétricas de maneira</p><p>segura e eficiente.</p><p>Principais usos:</p><p>Os materiais elétricos são utilizados no desenvolvimento das redes elétricas de residências,</p><p>comércios e estruturas públicas.</p><p>Exemplos:</p><p> Caixa de luz, tomada, fios e cabos, disjuntores, fusível, soquete, interruptor, transformador.</p><p>l) Tintas</p><p>A tinta é uma substância constituída de um corante e de um aglutinante (ou de um coloide).</p><p>Principais usos</p><p>É utilizada para pintura e tingimento de paredes e outros revestimentos, também tem a função</p><p>de proteger o reboco e facilitar a limpeza das paredes.</p><p>Exemplos:</p><p>• Tinta látex pva, tinta acrílica, tinta superlavável, tintas inodoras,</p><p>tinta esmalte sintético, tinta</p><p>epóxi.</p><p>Observação importante</p><p>A evolução e o ritmo de desenvolvimento de materiais inovadores para a construção são</p><p>surpreendentes. A cada ano mais e mais soluções criativas, tecnológicas e até mesmo surreais</p><p>aparecem. E justamente estes materiais têm a potencialidade de, em um futuro próximo, alterar</p><p>radicalmente a maneira de construir. Além do que, alterar os tipos de construções que conhecemos</p><p>atualmente.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 152</p><p>Termos mais utilizados em arquitetura</p><p>Aclive – diz-se que um terreno está em aclive quando sua referência de nível ao fundo é maior do que</p><p>na testada principal, ou seja, aquela que dá para o logradouro.</p><p>Acréscimo - aumento de uma construção quer no sentido horizontal, quer no vertical.</p><p>Afastamento - menor distância entre duas edificações ou entre uma edificação e as linhas divisórias do</p><p>lote onde ela se situa. O afastamento pode ser frontal, lateral ou de fundos quando estas divisórias</p><p>forem, respectivamente, a frente (chamada também de testada), os lados e os fundos do lote.</p><p>Alinhamento - é a linha projetada e locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro público.</p><p>Alvará – licença administrativa para a realização de qualquer obra particular ou exercício de uma</p><p>atividade. Caracteriza-se pela guia quitada referente ao recolhimento das taxas relativas ao tipo de obra</p><p>ou atividades licenciadas.</p><p>Andar - o mesmo que pavimento ou piso.</p><p>Apartamento - unidade autônoma de uma edificação destinada a uso residencial permanente, com</p><p>acesso independente, através de área de utilização comum e que compreende, no mínimo, dois</p><p>compartimentos habitáveis, um banheiro e uma cozinha.</p><p>Área bruta - área resultante da soma das áreas úteis com as áreas do pavimento com as áreas das</p><p>seções horizontais das paredes que separam os compartimentos.</p><p>Área bruta do pavimento (abp) - soma da área útil do pavimento com as áreas das seções horizontais</p><p>das paredes que separam os compartimentos.</p><p>Área bruta de unidade (abu) - soma da área útil da unidade com as áreas das seções horizontais das</p><p>paredes que separam os compartimentos.</p><p>Área de condomínio - toda área comum de propriedade dos condôminos de um imóvel.</p><p>Área livre – espaço descoberto, livre de edificações ou construções, dentro dos limites de um lote.</p><p>Área “non aedificandi” (área não edificante) – área na qual a legislação em vigor nada permite a</p><p>construir ou edificar.</p><p>Área total da edificação – soma das áreas brutas dos pavimentos.</p><p>Área útil – área do piso de um compartimento.</p><p>Área útil do pavimento (aup) – soma das áreas úteis das unidades com as áreas úteis das partes</p><p>comuns em um pavimento.</p><p>Área útil da unidade – soma das áreas úteis de todos os compartimentos da unidade.</p><p>Caixa de rua – parte dos logradouros destinada ao rolamento de veículos.</p><p>Calçada – o mesmo que passeio.</p><p>Circulações – designação genérica dos espaços necessários à movimentação das pessoas ou</p><p>veículos, em uma edificação são os espaços que permitem a movimentação de pessoas de um</p><p>compartimento para outro ou de um pavimento para outro.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 153</p><p>Cobertura – é o último teto de uma edificação. Pode significar o telhado ou, uma ou mais unidades que</p><p>se situem no último piso, ocupando, normalmente, 50% da área do pavimento anterior.</p><p>Compartimento - diz-se de cada uma das divisões dos pavimentos da edificação.</p><p>Declive - fala-se em terreno de declive em relação à frente principal (logradouro) quando sua referência</p><p>de nível na testada é maior do que no fundo.</p><p>Edícula – edificação complementar à edificação principal, sem comunicação interna com a mesma.</p><p>Edificações – é a construção destinada a abrigar qualquer atividade humana.</p><p>Edificações contíguas – são aquelas que apresentam uma ou mais paredes contíguas às de uma</p><p>outra edificação, estejam dentro do mesmo lote ou de lotes vizinhos.</p><p>Edificação isolada (edificação afastada das divisas) – aquela não contígua às divisas do lote.</p><p>Edificação de uso exclusivo – é aquela destinada a abranger só uma atividade comercial ou industrial</p><p>de uma empresa, apresentando uma única numeração.</p><p>Edificação residencial multifamiliar – aquela destinada ao uso residencial multifamiliar, o conjunto de</p><p>duas ou mais unidades residenciais em uma só edificação, compreendendo cada unidade, pelo menos,</p><p>dois compartimentos, um dos quais sendo para instalação sanitária. É chamado também de casa de</p><p>apartamentos ou edificações de apartamentos.</p><p>Edificação residencial unifamiliar – aquela que abriga apenas uma unidade residencial.</p><p>Edificação comercial – é aquela destinada a lojas ou a salas comerciais ou a ambas, e no qual</p><p>unicamente as dependências sanitárias do porteiro ou zelador são utilizadas para o uso residencial.</p><p>Edifício misto – é uma edificação que abriga usos diferentes, e quando um destes for residencial o</p><p>acesso às unidades residenciais se faz sempre através de circulações dos demais usos.</p><p>Edifício público – aquele no qual se exercem atividades de governo, administração, prestação de</p><p>serviços públicos etc.</p><p>Edifício residencial – é aquele destinado a uso residencial.</p><p>Estacionamento de veículos – local coberto ou descoberto em um lote destinado a estacionar</p><p>veículos. Quando é coberto é mais usada a denominação de garagem.</p><p>Gabarito – significa o conjunto das dimensões regulamentadas permitidas ou fixadas para uma</p><p>construção ou edificação. Normalmente é empregado para indicar o número de pavimentos permitidos</p><p>ou fixados.</p><p>Habite-se – denominação comum de autorização especial, dada pela autoridade competente, para a</p><p>utilização de uma edificação.</p><p>Indústria leve – é a indústria que pode funcionar sem incômodos ou ameaças à saúde ou perigo de</p><p>vida para a vizinhança.</p><p>Indústria incômoda – é a indústria que, pela produção de ruído, emissão de poeira, fumaça, fuligem,</p><p>exalação de mau cheiro etc., pode constituir incômodo para vizinhança.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 154</p><p>Indústria nociva – é a indústria que por qualquer motivo pode, pela sua vizinhança, tornar-se</p><p>prejudicial à saúde.</p><p>Indústria perigosa – é a indústria que pode construir perigo de vida à vizinhança.</p><p>Indústria pesada – é aquela que pode, pelo seu funcionamento, construir incômodo ou ameaça à</p><p>saúde ou perigo de vida à vizinhança.</p><p>Investidura – é a incorporação a uma propriedade particular de uma área de terreno do patrimônio</p><p>estadual adjacente à mesma propriedade, que não possa ter utilização autônoma, com a finalidade de</p><p>permitir a execução de um projeto de alinhamento ou de modificação de alinhamento aprovado pelo</p><p>governo estadual.</p><p>Jirau – é o piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida, sem fechamento ou</p><p>divisões, cobrindo apenas parcialmente a área do mesmo e satisfazendo às alturas mínimas exigidas</p><p>pela legislação.</p><p>Levantamento do terreno – determinação das dimensões e todas as outras características de um</p><p>terreno em estudo, tais como: sua posição, orientação, relação com os terrenos vizinhos e logradouros</p><p>etc.</p><p>Licença – é a autorização expedida pela autoridade competente para execução de obra, instalação,</p><p>localização de uso e exercício de atividades permitidas.</p><p>Logradouro público – é toda parte da superfície do estado destinada ao trânsito público,</p><p>oficialmente</p><p>reconhecida e designada por uma denominação.</p><p>Lote – parcela autônoma de um loteamento ou desmembramento, cuja testada (frente) é adjacente ao</p><p>logradouro público reconhecido.</p><p>Loteamento – é um aspecto particular do parcelamento da terra, que se caracteriza pela divisão de</p><p>uma área de terreno em duas ou mais porções autônomas envolvendo, obrigatoriamente, a abertura de</p><p>logradouros públicos sobre os quais terão testas (frentes) as referidas porções, que passam a ser</p><p>denominadas lotes.</p><p>Meio-fio – arremate entre o plano do passeio e a pista de rolamento de um logradouro.</p><p>Parcelamento da terra – divisão de uma área de terreno em porções autônomas, sob a forma de</p><p>desmembramento ou loteamento.</p><p>Passeio – faixa em geral sobrelevada, pavimentada ou não, ladeando logradouros ou circundando</p><p>edificações, destinadas exclusivamente ao trânsito de pedestres.</p><p>Pavimento – plano de piso de uma edificação.</p><p>Pé-direito – é a distância entre o piso e o teto.</p><p>Pérgula – elemento decorativo executado em jardins ou espaços livres, consistindo em um plano</p><p>horizontal, definido por elementos construtivos vazados, sem constituir, porém, cobertura.</p><p>Piso – é a designação genérica dos planos horizontais de uma edificação, na qual se desenvolvem as</p><p>diferentes atividades humanas.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 155</p><p>Prisma de iluminação e ventilação – é o espaço “non aedificandi”, mantido livre, dentro do lote, em</p><p>toda a altura de uma edificação, destinada a garantir obrigatoriamente, a iluminação e a ventilação dos</p><p>compartimentos com que se comuniquem.</p><p>Prisma de ventilação – é o espaço “non aedificandi”, mantido livre, dentro do lote em toda a altura de</p><p>uma edificação, destinado a garantir a ventilação dos compartimentos habitáveis (quartos, salas) e não</p><p>habitáveis (banheiros, áreas de circulação) que com ele se comuniquem.</p><p>Profundidade do lote – é a distância entre a testada ou frente e a divisa oposta, medida seguindo uma</p><p>linha perpendicular à frente.</p><p>Recuo – é a incorporação ao logradouro público de uma área de terreno pertencente à propriedade</p><p>particular e adjacente ao mesmo logradouro a fim de possibilitar a realização de um projeto de</p><p>alinhamento ou de modificação de alinhamento aprovado pelo governo do estado.</p><p>Reforma – é o conjunto de obras caracterizadas na definição de consertos feitos, mas além dos limites</p><p>ali estabelecidos.</p><p>Remembramento – é o reagrupamento de lotes contíguos para a constituição de unidades maiores.</p><p>Sobreloja – é o pavimento de pé-direito reduzido, não inferior, porém, a 2,50m e situado imediatamente</p><p>Acima do pavimento térreo.</p><p>Sótão – é a parte do edifício abrangendo pelo menos uma porção do espaço compreendido pela</p><p>cobertura, de pé-direito não inferior a 2m, quando superpostas ao pavimento alto e pé-direito não</p><p>inferior a 2,50m quando não estiver superposta ao referido pavimento.</p><p>Testada do lote – é a linha que separa o logradouro público do lote e coincide com o alinhamento</p><p>existente ou projetado pelo governo do estado.</p><p>Teto – é a superfície interior ou superior dos compartimentos de uma edificação.</p><p>Unidade autônoma – é uma parte da edificação vinculada a uma fração total ideal do terreno, sujeita</p><p>às limitações da lei, constituída de dependências e instalações de uso privativo, destinada a fins</p><p>residenciais ou não, assinalada por designação especial numérica ou alfabética, para efeitos de</p><p>identificação e discriminação.</p><p>Unidade residencial – é aquela constituída de, no mínimo, dois compartimentos habitáveis, um</p><p>banheiro e uma cozinha.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 156</p><p>Comunicação e Expressão</p><p>em</p><p>Língua Portuguesa</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 158</p><p>Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro</p><p>de 1998.</p><p>Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005</p><p>Todos Direitos de edição reservados à:</p><p>Laudera Participações S/S Ltda.</p><p>Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010</p><p>e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Site: www.inedead.com.br</p><p>Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:</p><p>827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.</p><p>mailto:institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>http://www.inedead.com.br/</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 159</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Os textos técnicos que vamos abordar aqui são aqueles tradicionalmente utilizados nos meios</p><p>acadêmicos ou no ambiente profissional. Eles serão utilizados por você diariamente de acordo com seu</p><p>ramo de trabalho.</p><p>Para escrever esses textos é necessário seguir alguns padrões. Antes disso é sempre necessária</p><p>uma análise do contexto em que o texto técnico será apresentado, para que se possa adequar a</p><p>linguagem à situação específica. Essa análise requer que se pense sobre algumas questões antes de</p><p>escrever. Sugerimos as seguintes:</p><p>A. O que preciso comunicar com este texto?</p><p>B. Em que momento (social ou político da empresa) vou escrevê-lo?</p><p>C. De/para qual lugar (seção, departamento etc.) vou escrevê-lo?</p><p>D. Para quem estou escrevendo?</p><p>E. Quais imagens de mim mesmo pretendo passar em meu texto?</p><p>F. Escrevo com qual objetivo?</p><p>Essas perguntas conduzem a uma reflexão sobre o contexto de escrita que deve nortear as</p><p>variantes de linguagem que serão usadas e o próprio conteúdo.</p><p>É importante pensar nos dados pessoais do destinatário, como nome, profissão, cargo ou função.</p><p>Depois de conhecer algumas características do contexto para o qual se escreve, devem-se fazer as</p><p>escolhas linguísticas, que vão do tipo de texto às palavras que serão usadas. Os manuais de redação</p><p>mais recentes recomendam que, sempre que possível, se use papel timbrado, que se evite o uso de</p><p>jargões, muito comuns nesses textos, e que se procure escrever com concisão, observando o uso</p><p>correto dos pronomes de tratamento.</p><p>Há também normas para a formatação dos textos técnicos. As empresas normalmente criam</p><p>identidades visuais que incluem formatações próprias para seus documentos técnicos, em especial</p><p>relatórios e correspondência. Mas é importante conhecer alguns modelos consagrados de formatação</p><p>que costumam ser adotados na produção de textos, como ofício, carta comercial, relatório,</p><p>requerimento, procuração e currículo.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 160</p><p>Para: ______________________________</p><p>Atenção a: __________________________</p><p>De:_________________________________</p><p>Assunto: Declaração negativa de vínculo empregatício</p><p>DECLARAÇÃO</p><p>Declaro que o Sr. _____________, portador do RG nº ______________, CPF nº ________________,</p><p>não é mais funcionário deste estabelecimento, não estando autorizado a efetuar contatos ou compras</p><p>de qualquer espécie em nosso nome.</p><p>São Paulo, 01 de janeiro de 2022</p><p>INED</p><p>Joaninha – gerente geral</p><p>SOLICITAÇÃO DE EMPREGO</p><p>Para: _________________</p><p>Atenção a: ____________________</p><p>De: _______________________</p><p>Assunto: Solicitação de emprego</p><p>Prezados Senhores,</p><p>Mediante anúncio publicado no jornal “A Tribuna”, no dia 13 de maio de 2019, tomei</p><p>conhecimento de que essa empresa está à procura de um revisor.</p><p>Acho-me em condições de ocupar a referida vaga, em virtude da longa prática adquirida durante</p><p>anos. Isso pode ser constatado em meu currículo, em anexo.</p><p>V. Ss. poderão ainda obter referências minhas com as seguintes empresas onde trabalhei:</p><p>nome da empresa 1</p><p>endereço completo</p><p>nome da pessoa a ser procurada</p><p>DDD e telefone</p><p>nome da empresa 2</p><p>endereço completo</p><p>nome da pessoa a ser procurada</p><p>DDD e telefone</p><p>Aula 01 – Declaração Negativa de Vínculo</p><p>Empregatício e Solicitação de Emprego</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 161</p><p>A carta é um dos meios de que dispomos para nos comunicar com pessoas distantes.</p><p>Existem dois tipos de carta:</p><p>1 - carta íntima;</p><p>2 - carta comercial.</p><p>Por ora, estudaremos a carta íntima que visa à comunicação de fatos íntimos e particulares a</p><p>pessoas conhecidas ou que tenham alguma relação de parentesco ou amizade.</p><p>Observe que uma carta se compõe de alguns itens ou partes muito importantes.</p><p>Cabeçalho (Local e data)</p><p>Cumprimentos (Prezado amigo...)</p><p>Introdução (Venho por meio...)</p><p>Corpo da carta (Relato do que se pretende comunicar com pessoas distantes)</p><p>Desfecho (Não havendo nada mais a ...)</p><p>Despedida (Com um abraço...)</p><p>Assinatura (Ronaldo, Pedro, Maria...)</p><p>Modelo:</p><p>São Paulo, 10 de outubro de 1978.</p><p>Prezado amigo Raimundo</p><p>Antes de tudo, as minhas cordiais saudações a você e aos seus familiares.</p><p>Já passaram vários meses sem que tenha recebido qualquer notícia sua. Por isso, a saudade foi</p><p>aumentando e estamos muito curiosos por saber o que está havendo com vocês aí.</p><p>Como as férias vão se aproximando, já estou ansioso por rever aquele pedaço de paraíso, que é</p><p>a sua fazenda.</p><p>Queria pedir-lhe permissão para uma vez mais passar os quinze primeiros dias de julho em sua</p><p>companhia, no sossego da fazenda ”Rincão Perdido”. Estou precisando muito mudar de ares e</p><p>descansar a mente dos estudos. Já estou providenciando apetrechos de pesca e caça e um baralho</p><p>para jogarmos umas partidas de “buraco”.</p><p>Aguardando para breve uma resposta sua, envia-lhe um grande abraço o amigo</p><p>Cornélio.</p><p>Carta (resposta)</p><p>Agora suponha que você seja o Raimundo, dono da fazenda “Rincão Perdido”. Responda à carta</p><p>de Cornélio, servindo-se do modelo da página anterior.</p><p>Agora observe como se preenche o envelope:</p><p>Frente</p><p>Ao Senhor</p><p>Selo</p><p>Raimundo da Silva</p><p>Rua das Palmeiras, 700</p><p>Nova Friburgo</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Cep 28600 RJ</p><p>Aula 02 – Carta</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 162</p><p>Verso</p><p>Remetente: Cornélio de Oliveira</p><p>Endereço: Rua Joli, 296- São Paulo- SP</p><p>CEP: 13016</p><p>Como fazer um requerimento</p><p>O requerimento consiste num pedido dirigido, geralmente, a uma autoridade ou pessoa de</p><p>hierarquia superior.</p><p>Dependendo da finalidade, há certos textos que já possuem formas consagradas, e é bastante</p><p>útil conhecê-las, para feito de comunicação. O requerimento é um desses textos.</p><p>Em alguns sites oficiais, como o da Prefeitura de São Paulo, apresentam modelos de</p><p>requerimento para determinadas solicitações.</p><p>Por exemplo, o requerimento de documento para uso e ocupação do solo:</p><p>Fonte: http://www3.prefeitura.sp.gov.br/sd2110/Forms/sisacoePH.aspx Acesso em 12.03.2019</p><p>Aula 03 – Requerimento</p><p>http://www3.prefeitura.sp.gov.br/sd2110/Forms/sisacoePH.aspx</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 163</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>Fiscalização flagra 10 pseudocorretores em plantão</p><p>01/03/2019</p><p>Ação ocorreu na Zona Leste da Capital</p><p>Uma blitz realizada pelo Departamento de Fiscalização do CRECISP visitou um plantão de</p><p>vendas na Zona Leste da Capital e autuou 10 pessoas por exercício ilegal da profissão. A ação</p><p>aconteceu no dia 23/02 e contou com a participação de 10 agentes do Conselho e o apoio da Polícia</p><p>Militar.</p><p>Quatro gerentes responsáveis pelas equipes também foram autuados pela facilitação ao</p><p>exercício ilegal da profissão e por obstruírem o trabalho dos fiscais.</p><p>Além dessas irregularidades, foram encontradas inconsistências na lista da “roleta”, que ordena</p><p>o atendimento dos corretores. No total, 56 autos de constatação foram emitidos pelos agentes.</p><p>O presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto, afirmou que as blitzes serão</p><p>intensificadas. “Ações como essa confirmam a importância desse trabalho para que consigamos evitar</p><p>que pessoas sem habilitação atendam famílias e causem prejuízos a quem sonha com a casa própria. É</p><p>fundamental que a própria sociedade denuncie e que exija a credencial do profissional, antes de fechar</p><p>o negócio.”</p><p>Fonte: https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-</p><p>pseudocorretores-em-plantao Acesso em 08.03.2019</p><p>Notícia  é o relato sucinto de um fato ocorrido.</p><p>Características:</p><p>Atualidade</p><p>Veracidade</p><p>Concisão</p><p>Objetividade</p><p>Imparcialidade (sem referência ao nome do jornalista)</p><p>Reportagem é uma notícia em profundidade, com a narração detalhada dos fatos novos</p><p>ocorridos.</p><p> Características:</p><p> Atualidade</p><p> Veracidade</p><p> Profundidade</p><p> Organizada por blocos</p><p> Elaborada em estilo pessoal (com referência ao nome do jornalista)</p><p>Aula 05 – Reportagem</p><p>Aula 04 – Notícia</p><p>https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-pseudocorretores-em-plantao</p><p>https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-pseudocorretores-em-plantao</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 164</p><p>A notícia e a reportagem procuram informar os fatos, respondendo ao esquema:</p><p> O quê?</p><p> Quem?</p><p> Quando?</p><p> Onde?</p><p> Como?</p><p> Por quê?</p><p>O assunto da notícia e da reportagem é sempre sintetizado num título que lhe dá destaque. A</p><p>isto se chama manchete, geralmente escrita em letras de tipo diferente.</p><p>Síntese do assunto</p><p> análise</p><p>Manchete  notícia</p><p> reportagem</p><p>O recibo é a prova de que se realizou uma transação. O modelo que indicaremos a seguir será</p><p>suficiente para orientá-lo na redação de recibos. Antes, porém, é importante observar isto:</p><p>1. Aquele que recebe o dinheiro é quem deve fornecer o recibo.</p><p>2. Deve-se redigir o recibo com cópia para que ambas as partes envolvidas possuam prova de</p><p>transação.</p><p>3. É necessário que constem no recibo o nome e o endereço completos do emissor e o número do</p><p>CPF.</p><p>4. Nas papelarias encontram-se recibos já impressos para preenchimentos de lacunas, o que</p><p>facilita o trabalho.</p><p>Modelo:</p><p>Recibo</p><p>Recebi do Sr. João Lenon Faria a quantia de R$500,00 (quinhentos reais), referentes</p><p>ao ano, através de</p><p>convocação do síndico para a aprovação das contas do ano anterior, da previsão orçamentária</p><p>e, quando for o caso, eleição do síndico e do Conselho Fiscal, além de outros assuntos, desde</p><p>que previstos na convocação.</p><p> Assembleia Geral Extraordinária: não é obrigatória, por esse motivo não tem periodicidade</p><p>definida. É marcada quando necessário, normalmente para tratar de assuntos pendentes ou não</p><p>discutidos na Assembleia Ordinária, ou no caso de urgência, como obras necessárias.</p><p>Há ainda a chamada Assembleia de Instalação, que poderá ser realizada antes mesmo da entrega</p><p>do condomínio, para que o mesmo seja oficialmente instituído, inclusive com CNPJ, para poder</p><p>contratar serviços, empregados, fazer compras etc. Por esse motivo, essa assembleia é anterior a</p><p>qualquer contratação, inclusive da administradora.</p><p>As deliberações serão feitas através de votação, sendo que o quórum varia de acordo com o</p><p>assunto.</p><p>Observações:</p><p>Só poderão ser levados a votação os assuntos listados explicitamente na convocação, portanto,</p><p>os “assuntos gerais” serão apenas levados à discussão, mas não votados.</p><p>É importante ressaltar que, seja o que for deliberado, deverá ser respeitado por todos, inclusive</p><p>pelos ausentes.</p><p>O que é deliberado em assembleia deve ser respeitado por todos, inclusive os ausentes.</p><p>O que prevalece sempre será o Código Civil, depois a Lei do Condomínio,</p><p>Convenção e Regulamento, nessa ordem.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 20</p><p>Vamos citar, apenas a título de esclarecimento, algumas informações sobre a classificação das</p><p>obras, que seguem o critério estabelecido no Código Civil para aprovação dos condôminos, que são as</p><p>obras necessárias, úteis ou voluptuárias.</p><p>“Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.</p><p>§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,</p><p>ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.</p><p>§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.</p><p>§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.”</p><p>É importante classificar as obras em necessárias, úteis ou voluptuárias.</p><p>As obras ou reparações necessárias de baixo custo, podem ser realizadas independentemente</p><p>de autorização. Se forem urgentes e importarem e m despesas excessivas, deverá ser determinada sua</p><p>realização e será dada ciência à assembleia, que deverá ser convocada imediatamente.</p><p>3.3 - FUNÇÕES DA ADMINISTRADORA</p><p>O síndico pode contar com a ajuda do subsíndico e do Conselho Fiscal, composto por três</p><p>membros eleitos pela assembleia, por período não superior a dois anos, que tem a função de</p><p>acompanhar e fiscalizar as contas. Porém, mesmo com essa colaboração, normalmente há</p><p>necessidade de uma administradora de condomínios para assessorar o síndico.</p><p>O síndico normalmente não tem conhecimento sobre todas as leis envolvidas na administração do condomínio.</p><p>Conforme o Código Civil (Lei 10.406/02) “O síndico pode transferir a outrem, total ou</p><p>parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da</p><p>assembleia, salvo disposição em contrário da convenção”. Isso significa que o condomínio pode</p><p>contratar uma administradora de condomínios para auxiliar o síndico (seja ele condômino ou</p><p>profissional) em suas tarefas administrativas, contábeis e financeiras, podendo ter mais ou menos</p><p>atribuições, dependendo do que for contratado entre as partes.</p><p>É bom lembrar que a administradora não pode oferecer assessoria jurídica própria, mas é</p><p>importante que ela conheça as leis pertinentes para poder orientar quanto ao que pode ou não ser feito,</p><p>para que o condomínio não venha a arcar com problemas legais no futuro.</p><p>Apenas a título de ilustração, seguem alguns serviços que uma administradora pode oferecer aos</p><p>condomínios:</p><p> Gestão contábil</p><p> Gestão fiscal</p><p> Gestão financeira</p><p>Tipos de Assembleias: geral ordinária, geral extraordinária, e de instalação.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 21</p><p> Relatórios de controle das despesas</p><p> Previsão orçamentária</p><p> Emissão de boletos e cobrança de taxa condominial</p><p> Cobrança de inadimplentes</p><p> Emissão dos comunicados (editais, circulares, avisos etc.)</p><p> Assessoria nas assembleias</p><p> Gestão do cadastro de condôminos</p><p> Administração de pessoal</p><p> Organização e guarda de documentos</p><p> Orientação sobre assuntos pertinentes ao condomínio (obras, dia a dia, convívio, legislação etc.)</p><p> Gerenciamento de prazos (seguros, dedetização, limpeza de caixa d’água, extintores de</p><p>incêndio, contratos etc.)</p><p> Vistoria periódica da infraestrutura predial (conservação, segurança, vazamentos etc.)</p><p> Orientações sobre sustentabilidade e meio-ambiente (coleta seletiva, uso consciente de água e</p><p>energia elétrica, captação, tratamento e reuso de água, energia solar, criação de horta e pomar</p><p>etc.).</p><p> Informação sobre cursos e palestras de interesse do condomínio (brigada de incêndio, portaria,</p><p>segurança, primeiros socorros etc.).</p><p>É recomendável que haja uma administradora para auxiliar o síndico em algumas atividades.</p><p>A oferta de serviços varia de acordo com o porte e estrutura da administradora, seu objetivo e</p><p>seu público-alvo, mas é importante lembrar que, independentemente da gama de serviços que se</p><p>ofereça ao cliente, o papel da administradora é apenas de assessoria, pois as decisões ficam por conta</p><p>do síndico ou do representante do condomínio.</p><p>Esse assunto é de muita importância para quem deseja ser um corretor de sucesso, pois será a</p><p>base do seu trabalho.</p><p>Aula 04 – Marketing</p><p>Sumário</p><p>4.1 - NOÇÕES DE MARKETING</p><p>4.2 - MARKETING IMOBILIÁRIO</p><p>4.3 - MARKETING PESSOAL</p><p>4.3.1 – Apresentação Pessoal</p><p>4.3.2 – Comunicação</p><p>4.3.3 – Conhecimento</p><p>4.3.4 – Divulgação</p><p>4.4 – MARKETING DE RELACIONAMENTO</p><p>4.4.1 – Obtendo Informações</p><p>4.4.2 – Seja Sensato</p><p>A administradora de condomínios assessora o síndico nas tarefas administrativas,</p><p>contábeis e financeiras, podendo ter mais ou menos atribuições, dependendo do</p><p>que for contratado entre as partes.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 22</p><p>Podemos considerar as Técnicas Comerciais como parte do Marketing, então, vamos</p><p>primeiramente abordar o assunto Marketing, para em seguida falarmos mais especificamente sobre</p><p>Marketing Imobiliário e Técnicas Comerciais.</p><p>4.1 NOÇÕES DE MARKETING</p><p>O conceito de Marketing se baseia na utilização de um conjunto de ferramentas e ações voltadas</p><p>para identificar os desejos e necessidades do consumidor, desenvolvendo formas de gerar expectativa</p><p>e evidenciar o produto ou o serviço da empresa, para obter a preferência do público-alvo, satisfazendo</p><p>da melhor forma suas necessidades.</p><p>O departamento de marketing é responsável pela gestão das atividades de marketing das</p><p>empresas, que compreendem a análise, o planejamento, a execução e o controle das ações</p><p>mercadológicas. Cabe a ele, a elaboração dos planos para que sejam alcançados os objetivos</p><p>mercadológicos da empresa, criando condições para que sejam executados satisfatoriamente,</p><p>controlando seus resultados e corrigindo-os, quando necessário.</p><p>Existe um conceito clássico chamado Mix de Marketing, que já existia, mas foi amplamente</p><p>difundido por Philip Kotler, considerado por muitos o “Pai do Marketing”,</p><p>à</p><p>venda de um televisor, marca Sanyo, modelo PW-580, número de fabricação ZP49005VF98.</p><p>São Paulo, 15 de janeiro de 2009.</p><p>_________________________</p><p>Paulo Paulino Assis</p><p>CPF 987.002.351.087</p><p>Rua Tucunaré, 2497 – SP.</p><p>Aula 06 – Recibo</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 165</p><p>Quando você enviar um e-mail, faça-o como se fosse uma carta ou um bilhete.</p><p>Leia antes de enviar, corrija os erros, coloque vírgulas, pontos etc. Abrevie o menos possível as</p><p>palavras e esqueça o linguajar moderno, como bjs, Kdê, vcê... Não escreva errado apenas porque é um</p><p>e-mail. Demonstramos nossa cultura e educação através dos detalhes. Não repasse e-mails de</p><p>“correntes”, utilize o seu endereço eletrônico empresarial apenas para correspondência profissional.</p><p>Evite e-mails longos demais.</p><p>Evite o envio de e-mails com cópia para várias pessoas, no qual aparece o endereço eletrônico</p><p>de todas elas, a não ser que seja uma medida pré-estabelecida pela empresa ou setor. Procure enviar</p><p>com cópia oculta. Muitos não gostam de ter seu endereço eletrônico divulgado, pois poderão começar a</p><p>ser importunados por pessoas que não sabem utilizar corretamente esta ferramenta.</p><p>Veja um exemplo de e-mail formal que pode ser redigido em sua empresa:</p><p>Para: institutonacional@institutonacional.com.br</p><p>Cc: (endereços de e-mails que estar quando o conteúdo do e-mail é visto por</p><p>todo)</p><p>Cco: (cópia oculta) neste campo, os endereços de e-mails dos demais</p><p>interessados devem ser digitados, pois assim ninguém tem acesso ao e-mail do outro</p><p>Texto modelo de um e-mail corporativo, transcrito do exemplo acima:</p><p>“Prezada Sra. Diretora Elis Regina, bom dia:</p><p>Seguem anexas todas as informações solicitadas a respeito de nossa empresa “XYZ”.</p><p>O material anexo tem as descrições das atividades que desenvolvemos. Fique à vontade para</p><p>questionar eventuais procedimentos.</p><p>Coloco-me a sua disposição para agendarmos uma reunião para que possa explicar-lhe nossa logística</p><p>e trabalho.</p><p>Atenciosamente,</p><p>Fulano de Tal</p><p>Empresa XYZ</p><p>Fone Corporativo</p><p>Fone Celular</p><p>Aula 07 – E-mail</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 166</p><p>Este gênero textual tem como objetivo promover um produto através dos meios de</p><p>comunicação de massa: internet, televisão, revistas, jornais e rádio. Também é possível</p><p>encontrar em panfletos, banners, outdoors.</p><p>A linguagem é simples e persuasiva, isto é, tem como objetivo convencer o consumidor</p><p>sobre o determinado produto, é uma estratégia de venda.</p><p>Veja abaixo um exemplo de anúncio publicitário:</p><p>Os classificados são textos curtos e objetivos que são divulgados nos meios de comunicação,</p><p>como internet, jornais e revistas, geralmente para anunciar venda, aluguel, empréstimos, entre outros. O</p><p>ideal é ser persuasivo, para convencer o cliente. Uma característica dos classificados é o uso de</p><p>adjetivos, que ajudam a descrever o produto e chamar a atenção de quem se pretende.</p><p>A estrutura básica de um anúncio classificado é a seguinte:</p><p>Título: Indica o que se pretende anunciar de maneira direta e atrativa, por exemplo: "Amplo</p><p>Apartamento em Mauá".</p><p>Corpo de Texto: é a descrição do que se pretende anunciar, incluindo toda a informação de forma clara</p><p>e coesa, por exemplo: "Apartamento no quinto andar de frente para a Avenida Barão de Mauá em</p><p>Mauá. Possui 3 quartos, 2 banheiros, duas salas (estar e jantar) e uma cozinha ampla. Além de oferecer</p><p>uma ótima área de lazer que inclui área verde, parque infantil, duas piscinas, sauna e salão de festas."</p><p>Contato: ao final do texto aparece o contato e o nome da pessoa que está veiculando o anúncio, ou</p><p>seja, o anunciante, por exemplo: "Contatar Priscila Maria: e-mail: loft.paulista@aluguel.com.br/ Telefone</p><p>de Contato (11) 44444552."</p><p>Aula 09 – Classificados</p><p>Aula 08 – Anúncio Publicitário</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 167</p><p>O objetivo do currículo é apresentar dados pessoais, formação escolar e profissional do candidato</p><p>a um emprego. Na verdade não existe um padrão oficial, mas algumas informações são cruciais:</p><p>Formatação do currículo:</p><p>Margens: não têm formatação padrão, mas devem ser as mesmas ao longo de todo o texto.</p><p>Tamanho do papel: A4</p><p>Fonte do texto: Arial ou Times, tamanho 12</p><p>Informações que deve conter:</p><p>1. título (Currículo);</p><p>2. dados pessoais (nome, data de nascimento, estado civil, nacionalidade, endereço, telefones,</p><p>e-mail);</p><p>3. objetivos (a qual vaga pretende candidatar-se, qual a atividade que pretende exercer);</p><p>4. experiência profissional (locais onde já trabalhou, período e atividades que desenvolveu;</p><p>ordenar pelas datas ou pela relevância da atividade);</p><p>5. formação escolar (curso, instituição de ensino e período; ordenar pelas datas ou pela</p><p>relevância do curso);</p><p>6. cursos e formação complementar (por exemplo, conhecimentos de informática e línguas</p><p>estrangeiras);</p><p>7. trabalhos voluntários.</p><p>Aula 10 – Currículo</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 168</p><p>Exemplo de currículo:</p><p>1. Currículo</p><p>José Roberto Farias</p><p>2. Brasileiro</p><p>Data de Nascimento: 11/11/1987 Rua Marquês de Pombal</p><p>Tel.: (19) 3232-3232 Vila Furtado</p><p>Cel.: (19) 9191-9191 Campinas – SP</p><p>E-mail: josefaria@gmail.com</p><p>3. OBJETIVO</p><p> (Seus objetivos profissionais)</p><p>4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL</p><p> Março 2006 – Julho 2008 Carmel – Indústria Farmacêutica</p><p>Cargo: Líder de equipes de montagem</p><p>Atividades: Controle de maquinas de embalagens e organização</p><p>das atividades da equipe</p><p>5. FORMAÇÃO</p><p> 2014 cursando Instituto Nacional de Educação a Distância – INED, São Paulo – SP</p><p>Técnico em Eletroeletrônica</p><p>Término Previsto: Dezembro ----</p><p> 1995 – 1999 Escola Estadual Edivaldo Cruz, Santa Cruz das Nações, Alagoas</p><p>Ensino Médio</p><p>6. LINGUAS ESTRANGEIRAS</p><p> Inglês: intermediário</p><p>Julho 2001: FCE (First Certificate English) –</p><p>University of Cambridge, Inglaterra</p><p> Espanhol: básico</p><p>INFORMÁTICA</p><p> Sistemas Operacionais: Microsoft Windows, Linux</p><p> Domínio dos seguintes softwares: Microsoft Office Suite, Matlab, Mathemathica, Delphi e Pacote</p><p>Office.</p><p> Programação em linguagem: Matlab/Simulink, C, Pascal, Delphi, Assembly e HTML.</p><p>CURSOS E SEMINÁRIOS</p><p> Agosto 2013 - Participação na VI Semana de Farmácia na --------------, São Paulo, SP</p><p> Agosto 2005 - Curso de montagem de embalagens farmacêuticas.</p><p>Carga horária: 30 horas. Ministrado pela Profa. Dra. ---------------</p><p>Unicamp, Campinas, SP</p><p>7. ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS</p><p> Organização da VI Semana de Estudos Elétricos do CIEE.</p><p> Trabalho semanal na Associação Amigo dos Animais. Desde 2010 São Paulo, SP</p><p>mailto:josefaria@gmail.com</p><p>por sua importante contribuição</p><p>no desenvolvimento do marketing e de suas obras sobre o assunto.</p><p>Sobre o Mix de Marketing, podemos dizer que são os 4 pontos básicos que as empresas</p><p>precisam considerar para o desenvolvimento de um planejamento de marketing. O significado dos 4P’s</p><p>são: Produto, Preço, Praça (ou ponto de venda) e Promoção. Logicamente existe o mix ampliado, pois</p><p>há outros fatores que devem ser considerados de acordo com as circunstâncias, mas a partir da análise</p><p>desses 4P’s - que são a base e o princípio para qualquer planejamento – pode-se elaborar uma boa</p><p>estratégia de marketing.</p><p>Outras ferramentas comuns do marketing são a pesquisa de mercado, propaganda,</p><p>merchandising, atendimento ao consumidor (pré e pós-venda), assessoria de imprensa, assistência</p><p>técnica e muitas outras que trabalhem a relação produto/cliente.</p><p>As ações de marketing envolvem, entre outras, a pesquisa, a propaganda e o pós-venda.</p><p>Não existe uma estrutura pré-determinada, fixa, de um departamento de marketing, bem como</p><p>do planejamento de marketing, pois ambos deverão se adequar à realidade de cada empresa, levando</p><p>em conta o porte, os recursos e, principalmente, os objetivos da empresa naquele momento, ou seja,</p><p>devem ser dinâmicos como o mercado.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 23</p><p>4.2 - MARKETING IMOBILIÁRIO</p><p>Sabemos que as grandes imobiliárias têm aporte para um planejamento de marketing mais</p><p>completo, muitas vezes desenvolvendo campanhas de lançamentos grandiosas, com propagandas em</p><p>várias mídias, material promocional, shows, brindes e vários outros recursos para atrair o cliente. Já as</p><p>pequenas, muitas vezes contam apenas com anúncios gratuitos na internet e uma verba restrita para</p><p>classificados de circulação regional.</p><p>Mas seja qual for o porte da imobiliária, a figura principal é o corretor. É ele quem irá realizar o</p><p>atendimento e mostrar ao cliente que tem o imóvel que ele busca, levando o cliente ao fechamento do</p><p>negócio.</p><p>O Corretor é quem irá encantar o cliente, apresentando os benefícios do imóvel.</p><p>A imobiliária participa com o produto e oferece o suporte, mas o atendimento em si é</p><p>essencialmente pessoal, ou seja, é o corretor quem deve saber colocar os benefícios do imóvel de</p><p>acordo com os desejos do cliente ou criar esse desejo, por exemplo, despertando seu interesse pela</p><p>quadra de esportes, informando sobre as facilidades que a região oferece etc. O sucesso da venda</p><p>depende praticamente do esforço do corretor, que precisará desenvolver seu marketing pessoal e de</p><p>relacionamento, e suas técnicas de vendas, realizando esse trabalho por seu próprio esforço, para obter</p><p>êxito nos negócios.</p><p>4.3 - MARKETING PESSOAL</p><p>Esse item tem como referência o “indivíduo”, a pessoa do corretor.</p><p>Como o próprio nome diz, trata de “promover a imagem pessoal do corretor”, no seu caso, fazer</p><p>com que o cliente veja em você uma pessoa simpática, que tem capacidade para ajudá-lo a encontrar a</p><p>melhor solução com o imóvel que vai ao encontro de suas necessidades, e em quem ele pode confiar.</p><p>Para isso, vamos apresentar alguns aspectos que ajudarão a abrir as portas para um bom</p><p>relacionamento interpessoal, de forma natural e agradável.</p><p>4.3.1 - Apresentação Pessoal</p><p>O primeiro contato presencial com o cliente tem um peso especial, é um momento impactante</p><p>onde mesmo antes de se apresentar, as pessoas já analisam o seu aspecto e tiram conclusões sobre</p><p>quem estão vendo. As pessoas imaginam que se você é organizado e limpo na sua apresentação,</p><p>também será assim com o seu trabalho. Esteja sempre com uma boa postura e aparência, vestido com</p><p>discrição e asseio da cabeça aos pés.</p><p>Por outro lado, se andar relaxado, com sapatos sujos, roupas amassadas, sem higiene, será</p><p>difícil convencer alguém de que você é capacitado e confiável. E, convenhamos, quem é que irá fechar</p><p>um negócio de tamanho valor, com alguém que não lhe inspira confiança?</p><p>Marketing é o conjunto de ações voltadas para identificar os desejos e</p><p>necessidades do consumidor, desenvolvendo formas de gerar expectativa e</p><p>evidenciar o produto ou o serviço da empresa para obter a preferência do</p><p>público-alvo, satisfazendo da melhor forma suas necessidades.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 24</p><p>Conquiste a confiança de seu cliente demonstrando organização e capacidade.</p><p>4.3.2 - Comunicação:</p><p>Adote uma postura educada, e use o bom senso para se relacionar com os outros. Aja com</p><p>cautela na primeira conversa, pois cada pessoa tem personalidade única, então saiba como se portar</p><p>da maneira mais adequada a cada perfil de cliente. Observe suas atitudes, como e o que ele fala, como</p><p>se comporta e reage às suas colocações. Algumas pessoas preferem ouvir, outras preferem falar.</p><p>Você precisa ser agradável e simpático para conquistar o seu cliente. Seja sempre paciente e</p><p>cordial com ele, mesmo que ele não seja com você, pois isso irá acalmá-lo e derrubará as barreiras que</p><p>possam existir.</p><p>Com cuidado no seu comportamento e bastante atenção no cliente, você parecerá para ele a</p><p>pessoa ideal para fazer um bom negócio.</p><p>4.3.3 - Conhecimento:</p><p>Se você trabalhar numa empresa grande, provavelmente contará com treinamento e material</p><p>com as informações necessárias sobre o imóvel comercializado e arredores, porém, não se satisfaça</p><p>com isso, todos os outros corretores também terão as mesmas informações. Portanto, você precisa se</p><p>destacar dos demais fazendo um atendimento diferenciado, ter algo a mais para oferecer ao cliente.</p><p>Seja um corretor diferenciado, entregue mais do que o seu cliente espera.</p><p>Para isso, saia do lugar comum e busque se destacar conhecendo tudo o que a região pode</p><p>oferecer, coisas simples para o dia a dia como estacionamento, farmácias, padarias, feira-livre, posto de</p><p>combustível, lavanderia, creches, comércio e serviços em geral ajudam muito como argumento de</p><p>venda, afinal de contas o cliente irá morar ou trabalhar (no caso de imóvel comercial) nesse local, que</p><p>nem sempre ele conhece tão bem.</p><p>Essas Informações mais detalhadas não vão constar no folder ou cadastro da imobiliária, mas o</p><p>seu cliente conhecerá através de você todos os benefícios que a região pode oferecer para a rotina, o</p><p>dia-a-dia no local, e que podem fazer a diferença na tomada de decisão. Isso faz com que ele tenha a</p><p>percepção de que você é um profissional competente, que sabe e conhece o que está vendendo, e</p><p>dessa forma você irá conquistar sua confiança, o que irá fazer toda a diferença no atendimento e até no</p><p>fechamento.</p><p>Além disso, as informações pertinentes ao imóvel podem ser complementadas pelos</p><p>conhecimentos básicos que você deverá adquirir sobre construção civil, arquitetura, materiais,</p><p>mobiliário, buscando se atualizar constantemente, pois as tendências mudam, são desenvolvidos novos</p><p>materiais, e conhecendo sobre esses assuntos você poderá contribuir com sugestões ao seu cliente. Se</p><p>você estiver atualizado, talvez uma pequena dica seja uma grande solução para o seu cliente, e isso</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 25</p><p>poderá ser decisivo. Até mesmo dicas sobre funcionalidade para o imóvel, ou os vários tipos de serviços</p><p>de mudanças podem ser muito válidas nesse momento.</p><p>O cliente não precisa ser especialista em assuntos relacionados a imóveis, mas você tem</p><p>o dever de saber e dar sua</p><p>assessoria a ele.</p><p>4.3.4 - Divulgação:</p><p>Também faz parte do marketing pessoal a divulgação do seu trabalho. Hoje contamos com</p><p>várias mídias como as redes sociais, que podem ajudar e muito na divulgação do seu perfil profissional.</p><p>Use-as de forma inteligente, não como um classificado de imóveis, mas para publicar dicas</p><p>interessantes para quem procura um imóvel e até mesmo para quem comprou e vai reformar (apresente</p><p>novidades em materiais e decoração), ou para os que irão mobiliar.</p><p>Faça seu marketing também junto às pessoas que podem indicá-lo, como porteiros, zeladores e</p><p>síndicos de condomínios. Os clientes que ficaram satisfeitos com o seu atendimento também poderão</p><p>indicá-lo a amigos, parentes e colegas de trabalho, e, quando alguém o procurar por meio de indicação,</p><p>você terá uma barreira a menos a transpor, pois a pessoa já vem com uma certa confiança em você,</p><p>como se já o conhecesse.</p><p>Bem, nos últimos parágrafos já mencionamos assuntos que são comuns ao Marketing Pessoal,</p><p>de Relacionamento e Técnicas de Vendas, e isso é normal, pois eles se integram e se sobrepõem em</p><p>vários pontos. Adiante trataremos mais sobre esses assuntos.</p><p>4.4- MARKETING DE RELACIONAMENTO</p><p>Trata-se de uma ferramenta importantíssima para o corretor, já que seu trabalho é totalmente</p><p>baseado no relacionamento direto com o cliente.</p><p>Portanto, para ser um profissional de sucesso o corretor precisa ter conhecimento de marketing</p><p>de relacionamento, o que o aproximará do cliente de forma natural e agradável. Vamos conhecer</p><p>melhor sobre esse tema, que se compõe de vários aspectos.</p><p>A Programação Neurolinguística (PNL) estuda como cada indivíduo compreende o mundo</p><p>exterior através dos sentidos. Se pensarmos bem, veremos que a forma como a pessoa se comunica, é</p><p>a forma como ela melhor entende.</p><p>Então, basicamente a PNL trata de observar as diferentes formas como cada pessoa utiliza a</p><p>linguagem verbal (falada) e a não verbal (corporal) para se comunicar. Daí, conclui-se que enquanto</p><p>uma pessoa absorve melhor as informações visuais (precisa “visualizar” o que você fala), outra é mais</p><p>auditiva (ouvindo, ela já consegue imaginar o imóvel), ou tátil, ou olfativa etc., e você deverá conversar</p><p>com cada cliente usando palavras que remetam a sensação à qual ele é mais sensível. É o conhecido</p><p>“falar a mesma língua do cliente”.</p><p>Desenvolver sua percepção e identificar essas características em cada pessoa com quem se</p><p>relaciona, irá contribuir com a forma que você utilizará para se comunicar e ser facilmente</p><p>compreendido, o que ajudará na aproximação.</p><p>Vale a pena pesquisar um pouco sobre a PNL, isso poderá auxiliar em vários aspectos de sua</p><p>vida, que envolva relacionamento com pessoas.</p><p>Marketing pessoal: apresentação pessoal, comunicação, conhecimento,</p><p>divulgação do seu trabalho.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 26</p><p>Identifique de que forma o seu interlocutor o compreende melhor</p><p>- Rapport</p><p>É uma técnica da PNL, também conhecida por espelhamento. Seu objetivo é de criar sintonia</p><p>com outra pessoa, usando as mesmas expressões corporais e de fala que ela usa. Observe seu tom de</p><p>voz, velocidade da fala, se é tímida ou expansiva, quais assuntos a interessam e a motivam etc., e</p><p>procure se espelhar em sua forma de comunicação, a fim de que ela tenha a percepção de estar em</p><p>contato com alguém semelhante a ela, e se sinta à vontade na sua companhia. Isso os conectará e fará</p><p>com que seu interlocutor se aproxime, facilitando a empatia entre vocês, criando abertura para obtenção</p><p>de informações importantes que irão ajudá-lo no momento da apresentação do imóvel desejado.</p><p>Observe as atitudes e postura do cliente, para definir de que forma você deverá se expressar,</p><p>mas tenha muito cuidado para não o imitar explicitamente, pois se ele perceber, poderá não entender</p><p>sua intenção e se sentirá ofendido, o que poderá levar ao fracasso no relacionamento e na negociação.</p><p>Basta aguardar uns instantes e fazer um gesto que ele use durante a conversa, usar uma mesma</p><p>expressão corporal ou verbal com sutileza para que ele não entenda que você o está imitando.</p><p>Praticando o rapport, seu cliente sentirá semelhança entre vocês, criando uma maior conexão.</p><p>Também é importante frisar que certas pessoas têm “manias”, e essas não devem ser</p><p>espelhadas, apenas seu gestual, postura e formas de expressão.</p><p>4.4.1 – Obtendo informações</p><p>Vimos até aqui, que você deverá:</p><p> Descobrir de que forma se comunicar com o cliente para que ele o compreenda melhor;</p><p> Atrair sua simpatia, criando semelhança entre vocês através do espelhamento.</p><p>Além disso, você também terá que saber como irá obter as informações que precisa dele.</p><p>Prestar atenção no seu cliente é a melhor forma de conhecê-lo e obter as informações necessárias,</p><p>principalmente as de nível pessoal que todos resistem em fornecer.</p><p>Portanto, desenvolva sua percepção para captar cada detalhe do cliente, e ouça tudo o que ele</p><p>tem a dizer. Ouvir, inclusive o que não está no contexto do imóvel, pode significar mais adiante uma</p><p>informação importante a ser usada como argumento de venda.</p><p>Quando você tentar obter informações, o cliente pode achar as perguntas pessoais muito</p><p>invasivas. Por isso, é sempre bom utilizar a técnica de iniciar parte do assunto e em seguida introduzir</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 27</p><p>uma pergunta para mostrar que você está querendo obter uma informação que diz respeito às</p><p>necessidades dele.</p><p>Por exemplo: você pode começar a falar sobre “as escolas da região”, interromper sua</p><p>colocação e perguntar se ele tem filhos em idade escolar. Dessa forma, o cliente entenderá que você</p><p>quer fornecer uma informação que pode ser de interesse dele, mas na verdade, é uma via de mão</p><p>dupla, pois você também irá obter informações de seu interesse. Assim, prolongando a conversa e</p><p>mantendo o assunto “escola”, aos poucos você vai saber a faixa etária dos filhos, quantos são, quem os</p><p>leva para a escola, se o casal trabalha fora etc.</p><p>Você poderá utilizar do mesmo recurso com outros assuntos, do tipo “as facilidades de acesso</p><p>desse local para outras regiões... (interrupção) ...para quais regiões você (sua família) se desloca</p><p>rotineiramente?” Você não será direto em perguntar onde e em que ele trabalha, porém, fazendo</p><p>perguntas de forma mais genérica, aos poucos você vai se aproximando das informações que</p><p>necessita, e logo estarão conversando sobre o trabalho dele e as atividades da família.</p><p>Comece fazendo perguntas genéricas e, aos poucos, vá entrando no assunto pretendido.</p><p>Você conseguirá chegar com mais facilidade às informações que precisa, através de colocações</p><p>indiretas. Lembre-se disso durante suas conversas. Dessa forma, ele perceberá que o seu interesse é</p><p>em ajudá-lo, e não apenas preencher um cadastro, e assim se sentirá mais seguro em dar as</p><p>informações pessoais.</p><p>4.4.2 – Seja sensato</p><p>Outro aspecto importante diz respeito ao cuidado na demonstração de segurança e</p><p>conhecimento sobre imóveis e assuntos correlatos, para não parecer arrogância de sua parte. Também</p><p>é importante que não entre em “concorrência” com o cliente, pois essas atitudes apenas o distanciarão</p><p>dele, tendo o efeito inverso ao rapport. Por mais que você tenha conhecimento – e deverá ter – a</p><p>sutileza e o bom senso se aplicam a todas as ocasiões. Lembre-se de falar a língua do seu cliente, não</p><p>importa quem ele seja, deve compreender o que você está falando.</p><p>E tenha atenção especial quando a conversa seguir em direção a algum assunto polêmico como</p><p>futebol,</p><p>política, religião e outras, que podem gerar conflito de ideias, já que opinião é algo pessoal.</p><p>Caso o assunto siga para essa direção, tente sutilmente desviar para outro tema ou, se não for possível,</p><p>simplesmente evite o confronto, ouvindo-o e procurando manter a neutralidade.</p><p>Dica: Procure saber se o imóvel deverá contar com itens de acessibilidade, mas evite perguntar se</p><p>“alguém” da família tem necessidades especiais, para evitar que ele se sinta constrangido. Em caso</p><p>positivo, facilitará na condução do atendimento e mostrará que você tem uma visão mais ampla sobre</p><p>as necessidades que as pessoas possam vir a ter. Assim, seu diferencial no atendimento será muito</p><p>destacado, e ele sentirá a sua empatia pela situação ficando satisfeito com a atenção, pois esta é uma</p><p>situação adversa que muitas famílias vivenciam hoje em dia, mas que normalmente não comentam. Às</p><p>vezes trata-se apenas de um familiar idoso, porém você poderá apresentar facilidades que farão toda a</p><p>diferença na hora da decisão.</p><p>Nem sempre as pessoas explicitam as dificuldades de um familiar.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 28</p><p>Portanto, você deve desenvolver a forma como se relaciona com os outros de maneira</p><p>constante, pesquisando técnicas, novidades sobre o assunto, treinando, fazendo autoavaliação e</p><p>analisando a satisfação do cliente com o seu atendimento. Isso é imprescindível para o seu progresso</p><p>profissional.</p><p>Quem trabalha com vendas pode ser classificado em vários níveis, desde o simples vendedor</p><p>que irá oferecer um imóvel, e se tiver sorte fechará o negócio, até o consultor de vendas que,</p><p>trabalhando com o conhecimento das técnicas, irá saber como apresentar uma solução para satisfazer</p><p>as necessidades e desejos do cliente, ou seja, o imóvel ideal. Tenha em mente que o sucesso da venda</p><p>de um imóvel depende da excelência no atendimento do corretor.</p><p>INTUIÇÃO » Sorte » Amadorismo</p><p>TÉCNICA » Conhecimento » Sucesso</p><p>5.1 - VISÃO DO CLIENTE SOBRE O CORRETOR</p><p>Nesta seção vamos analisar qual a visão do cliente com relação ao atendimento:</p><p>VENDEDOR X CONSULTOR</p><p>VENDE IMÓVEL X OFERECE SOLUÇÃO</p><p>VISÃO DE CUSTO X INVESTIR NOS BENEFÍCIOS</p><p>X</p><p>Bem, se o corretor for um simples vendedor, o cliente terá a percepção de que o único objetivo</p><p>dele é vender o imóvel, não importando se atende ou não às suas necessidades. Isso leva o cliente a</p><p>sentir que estará apenas comprando um imóvel e pagando pelo seu custo.</p><p>Em contrapartida, no caso do corretor consultor, o cliente enxerga que ele tem capacidade de</p><p>encontrar uma solução que atenda aos seus desejos e necessidades, portanto, tem a visão de estar</p><p>Aula 05 – Técnicas de Vendas</p><p>Sumário</p><p>5.3.1 – Conheça o seu mercado</p><p>5.3.2 - Invista em conhecimentos gerais</p><p>5.3.3 - Divulgue seu trabalho</p><p>5.3.4 - Comunique-se com o cliente</p><p>5.3.5 - Administre seu tempo e o do cliente</p><p>5.3.6 - Visita</p><p>5.3.7 - Fechamento</p><p>5.3.8 - Pós-venda</p><p>5.3.9 - Organize seu banco de dados</p><p>5.4 – SPIN SELLING</p><p>5.5 – ANÁLISE DE RESULTADOS</p><p>Fontes das ilustrações</p><p>O Marketing de Relacionamento aborda formas para que você consiga otimizar a</p><p>interação com outras pessoas, ou seja, seu cliente.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 29</p><p>fazendo um bom investimento, além de receber os benefícios que o imóvel proporciona, ou seja, tem</p><p>uma visão ampliada do trabalho do corretor.</p><p>Isso mostra bem a forma como o cliente enxerga o corretor e a situação durante a venda. Aliás,</p><p>este é um exercício que devemos fazer com frequência: nos colocar no lugar do cliente para analisar</p><p>nossas próprias atitudes.</p><p>5.2 - VISÃO DO CLIENTE SOBRE O IMÓVEL</p><p>Pela perspectiva do marketing, o corretor de imóveis vende “sonhos de alto valor”. Isto porque o</p><p>cliente não está comprando apenas um imóvel, uma construção concreta, mas sim, a realização de um</p><p>sonho que ele pode estar desejando há muito tempo e que, para a maioria é o seu bem de maior valor,</p><p>representa décadas de trabalho, passado ou futuro. Vejamos o significado desse “sonho” na visão de</p><p>quem irá comprar um imóvel:</p><p>O sonho de adquirir um imóvel têm vários significados.</p><p>- Lar: quem adquire uma casa, está procurando um lugar para viver com sua família, para onde voltarão</p><p>todos os dias após um cansativo dia de trabalho, de aulas, e onde estarão compartilhando momentos</p><p>de relaxamento. Será o porto-seguro da família, onde estarão protegidos e viverão momentos felizes de</p><p>descanso e lazer, onde farão seus planos de vida.</p><p>As pessoas buscam um lar para suas vidas.</p><p>- Fonte de Renda/Realização Profissional: quem busca um imóvel comercial, com certeza está</p><p>vislumbrando o sucesso do seu negócio, a sua fonte de renda. E, muitas vezes, pode representar</p><p>também a sua realização profissional, sua autonomia, o sonho de deixar de ser empregado para ser</p><p>dono do seu próprio negócio.</p><p>Um imóvel comercial também representa um sonho de realização profissional.</p><p>Vender Imóveis X Oferecer Soluções</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 30</p><p>- Solução: o desejo ou necessidade de mais espaço para uma família que está crescendo ou, ao</p><p>contrário, da funcionalidade de um lugar menor depois que os filhos já saíram de casa, ou de mais</p><p>segurança, facilidades para o dia-a-dia, de deslocamento, adequação para a falta de mobilidade de</p><p>alguma pessoa da família etc.</p><p>Ao longo da vida, as pessoas necessidades necessitam de novas soluções.</p><p>- Patrimônio para o Futuro (família): comprar um imóvel representa garantia e segurança para a</p><p>família, por saber que se tem um “teto” onde morar, independentemente das circunstâncias, ao invés da</p><p>incerteza do aluguel. É ter a confiança de morar num lugar que é seu e que poderá até passar para os</p><p>filhos, netos e gerações futuras.</p><p>Quem adquire um imóvel, pensa na proteção e segurança da família.</p><p>- Investimento Seguro: um imóvel não tem apenas utilidade física e emocional, é também um</p><p>investimento dos mais confiáveis, seguros e normalmente, rentáveis, tanto como fonte de renda ao ser</p><p>alugado como para moradia, e neste caso, além de ter um patrimônio sólido, ainda irá usufruir dos</p><p>benefícios de viver no imóvel.</p><p>Além de ser um bom investimento, o imóvel pode ser usado como moradia ou fonte de renda, se for alugar.</p><p>- Status: muitas pessoas procuram um imóvel buscando status social, seja por sua localização, seu</p><p>aspecto imponente, tamanho, por aumento de patrimônio, ou simplesmente, por ter seu imóvel próprio.</p><p>O status normalmente é um sonho oculto, subjetivo, e o corretor precisará ter a percepção desse</p><p>desejo, através das conversas e atitudes da pessoa.</p><p>O fator status pode ser um desejo que define a compra.</p><p>Pelo exposto, vemos como é importante que o corretor considere esses “sonhos”, pois o fator</p><p>emocional tem um peso relevante para quem procura imóveis, e você irá mostrar que o imóvel que você</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 31</p><p>oferece pode proporcionar tudo isso a ele. Lembre-se de que você não está vendendo apenas um</p><p>imóvel, mas sim, benefícios. Muitas vezes</p><p>o próprio cliente não enxerga claramente esses desejos, e é</p><p>o corretor quem deverá mostrá-los, ou seja, explicitar o que está implícito no anseio de quem procura</p><p>um imóvel.</p><p>Para que você consiga desenvolver melhor a ideia de sonho, imagine como você faria um</p><p>comercial do imóvel para o seu cliente, para deixá-lo com “brilho nos olhos”. Certamente você iria</p><p>mostrar cenas como as que descrevemos em cada uma das situações anteriores. E, é exatamente essa</p><p>a ideia que você precisa transmitir a ele, fazê-lo imaginar inclusive as borboletas voando no jardim!</p><p>Como você pode ver, o conhecimento de técnicas comerciais é de muita importância para o</p><p>corretor, ou melhor, para todos os profissionais de vendas. Isso, porque quando se trabalha com</p><p>vendas, é preciso ter metas definidas, e para atingi-las, é necessário ter uma metodologia de trabalho</p><p>objetiva que consiste no planejamento das ações, sua organização, execução e controle dos resultados.</p><p>Só assim, um profissional de vendas poderá ser considerado como tal, e não como um amador.</p><p>Portanto, vender pode ser algo intuitivo para certas pessoas, enquanto que ter conhecimento</p><p>sobre técnicas de vendas é a base para a obtenção do sucesso de um verdadeiro profissional.</p><p>5.3 - TÉCNICAS DE VENDAS – PONTOS IMPORTANTES</p><p>Vamos abordar alguns pontos importantes para que você entenda melhor a técnica de vendas</p><p>na área de imóveis, permitindo que você obtenha sucesso como corretor, pois isso não se consegue se</p><p>você ficar passivo esperando que o cliente o procure e compre sozinho o imóvel, ao invés de você</p><p>vendê-lo.</p><p>O corretor tem mais trabalho que isso, ele deve se aperfeiçoar e se atualizar, ter conhecimentos</p><p>diversos, pois lidará com uma grande diversidade de pessoas, às quais deverá manter um</p><p>relacionamento o mais estreito possível e saber conversar sobre a realidade do cliente e do mercado.</p><p>Também deve fazer-se aparecer, divulgando o seu trabalho de todas as formas possíveis, e</p><p>manter contato com antigos clientes.</p><p>Então, vamos conhecer um pouco mais sobre esses pontos, a seguir.</p><p>5.3.1 – Conheça o seu mercado</p><p>É imprescindível conhecer profundamente o mercado em que você está trabalhando. O cliente</p><p>não precisa ser um especialista em imóveis, mas você tem obrigação. Você precisa ao menos ter</p><p>conhecimentos básicos sobre:</p><p> Construção civil;</p><p> Estilos arquitetônicos;</p><p> Leis que regem o setor;</p><p> Políticas governamentais de crédito imobiliário;</p><p> Taxas de crédito imobiliário dos bancos;</p><p> Tendências econômicas e do mercado imobiliário;</p><p> Documentação e contratos.</p><p>Para o cliente, o imóvel significa mais que uma construção, é um sonho carregado</p><p>de emoções e desejos que o corretor deve considerar, pois pesam na decisão de</p><p>compra.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 32</p><p>Sabendo tirar dúvidas sobre esses assuntos, você mostrará que conhece o seu trabalho,</p><p>conquistando assim a confiança do seu cliente, o que significa uma grande vantagem, principalmente na</p><p>hora de fechar um negócio de valor tão significativo.</p><p>O cliente precisa confiar que o corretor será capaz de encontrar a melhor solução para suas necessidades.</p><p>Além disso, o corretor precisa ter um ótimo conhecimento do mercado, do produto e das</p><p>necessidades do cliente, pois esta é uma compra que normalmente ele faz muito consciente, depois de</p><p>ter pesquisado e analisado todas as situações. Ou seja, o corretor deverá saber cruzar as</p><p>características do produto com os desejos do cliente para apresentar argumentos que serão decisivos</p><p>na negociação.</p><p>5.3.2 – Invista em conhecimentos gerais</p><p>Há inúmeros concorrentes oferecendo o mesmo produto que você, ou similares. Nesse caso, o</p><p>diferencial deverá estar no seu atendimento. Quem conseguir realizar um atendimento de qualidade e</p><p>surpreender o cliente, certamente terá a vantagem de estar à frente dos concorrentes. Invista no seu</p><p>conhecimento, você precisa se atualizar não só com a situação do mercado imobiliário, mas ter</p><p>conhecimentos gerais, o que será importantíssimo para que você conquiste o seu cliente conversando</p><p>sobre assuntos de interesse dele, da realidade em que ele vive. Normalmente, as pessoas gostam de</p><p>falar sobre seu trabalho, porém, algumas odeiam. Cabe a você descobrir qual o perfil do seu cliente e</p><p>explorar os assuntos que forem convenientes para aproximá-los.</p><p>Tendo bons conhecimentos, você poderá se relacionar melhor com seus clientes e dar dicas interessantes a eles.</p><p>Estando atualizado e conhecendo vários assuntos, você sempre encontrará uma maneira de</p><p>ofertar os produtos usando os argumentos certos. Por exemplo, conhecer as taxas de juros dos</p><p>financiamentos é uma forma de ajudar seu cliente; mudanças na economia podem afetar o mercado</p><p>imobiliário tanto positiva como negativamente, caberá ao corretor saber apresentar os benefícios de</p><p>fechar um negócio imobiliário naquele momento. Ex.: numa situação de crise, os preços caem e a</p><p>compra pode representar um ótimo investimento. Já, ao contrário, se os preços estão em alta, não se</p><p>sabe quando irão estabilizar, podendo aumentar continuamente e a demora poderá inviabilizar a</p><p>compra devido ao aumento do valor.</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1</p><p>18.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 33</p><p>5.3.3 – Divulgue seu trabalho</p><p>Esteja na mente do cliente sempre que ele pensar em imóveis. Hoje em dia, com a comunicação</p><p>digital e as mídias sociais é possível ser encontrado com facilidade e rapidez, apenas explorando os</p><p>canais de comunicação disponíveis, para divulgar seu trabalho. Assim, você estará presente sempre</p><p>que ele o procurar.</p><p>Aproveite para usar as redes sociais e criar conteúdo onde você divulga dicas interessantes,</p><p>tanto para quem está procurando um imóvel, como pontos importantes a considerar, como localização,</p><p>acesso, comércio local etc., quanto para quem já comprou, com informações de reforma de ambientes,</p><p>acabamentos, mobiliário, funcionalidade, mudança etc. Publique sempre dicas atualizadas, assim você</p><p>manterá seus seguidores e conseguirá multiplicar a divulgação do seu perfil através de “curtidas e</p><p>compartilhamentos” dessas dicas.</p><p>5.3.4 – Comunique-se com o cliente</p><p>Nem é necessário lembrar que o seu primeiro contato com o cliente pode ser decisivo. Por esse</p><p>motivo, saiba como tratá-lo com simpatia, respeito e cortesia, isso fará com que ele não o evite e dê</p><p>continuidade ao atendimento.</p><p>Procure entender as necessidades do cliente ouvindo-o, aproveite enquanto ele fala, pois você</p><p>precisa do máximo de informações sobre ele. Aproveite o momento e incentive-o a falar, pois nesta</p><p>etapa inicial ouvir mais do que falar permitirá que você consiga informações importantes que vão além</p><p>das características do imóvel, como as necessidades, expectativas, situação atual do cliente, seu estilo</p><p>de vida; seja sobre o imóvel, sobre sua vida pessoal, profissional, tudo. Você verá que pode tirar</p><p>proveito dessas informações na hora de argumentar sobre as vantagens do imóvel, o que será um</p><p>ótimo subsídio para seu trabalho.</p><p>O corretor deve ser transparente, mostrar segurança, dar informações claras e não se esquecer</p><p>da ética nos relacionamentos, pois isso é que fará o seu cliente indicá-lo a outras pessoas. Confiança é</p><p>a palavra de ordem.</p><p>Esteja atento a qualquer item que o cliente julgue importante, pois se o imóvel atender à estas</p><p>necessidades, isso terá peso na hora do fechamento. A qualidade do atendimento é determinante para</p><p>o sucesso nas vendas.</p><p>Sempre que possível, faça-o sentir otimismo com relação ao imóvel, destacando algum aspecto que</p><p>você sabe que ele apreciou.</p>

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