Cw4 - A - Teoria da Argumentação Jurídica

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<p>É preciso ter domínio dos pronomes de tratamento que devem ser empregados, principalmente no caso de</p><p>correspondências dirigidas às autoridades, a �m de demonstrar conhecimento técnico da linguagem escrita,</p><p>seriedade da manifestação e o devido respeito à autoridade a quem se dirige. Nesta webaula, você conhecerá um</p><p>pouco mais sobre esses pronomes.</p><p>Técnicas para tratamento de autoridades</p><p>O modo como você se dirige às pessoas durante o exercício da pro�ssão diz muito sobre o nível de</p><p>pro�ssionalismo e de tecnicidade que são dispensados durante a fabricação de suas manifestações, ofícios, cartas</p><p>ou requerimentos. A reverência às autoridades deve ser realizada quando assim exigir o ofício.</p><p>No Brasil, é comum o uso dos pronomes de tratamento na segunda pessoa do plural sempre que o interlocutor</p><p>for considerado uma autoridade.</p><p>Segundo o Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019, em seu art. 2º, “O único pronome de tratamento utilizado</p><p>na comunicação com agentes públicos federais é "senhor", independentemente do nível hierárquico, da</p><p>natureza do cargo ou da função ou da ocasião” (BRASIL, 2019, [s. p.]).</p><p>Em primeiro momento, o decreto assevera que, no endereçamento de comunicações aos agentes públicos</p><p>federais, só constarão o cargo ou função e a indicação do setor da administração a que pertence o agente.</p><p>Por seu turno, deve o pronome de tratamento (Senhor) ser aplicado apenas quando as informações contidas no</p><p>parágrafo anterior não sejam su�cientes para a identi�cação do destinatário, ou quando a correspondência for</p><p>dirigida à pessoa do agente.</p><p>No que tange às comunicações o�ciais, segundo o Manual de Redação da Presidência da República (MENDES;</p><p>FORSTER JÚNIOR et al., 2018), devem sempre ser pautadas nos seguintes aspectos:</p><p>Clareza e precisão.</p><p>Objetividade.</p><p>Concisão.</p><p>Coesão e coerência.</p><p>Impessoalidade.</p><p>Formalidade e padronização.</p><p>Uso da norma padrão da língua portuguesa.</p><p>Teoria da Argumentação Jurídica</p><p>Características do vocábulo jurídico: técnica para endereçamento de petições e</p><p>documentos próprios</p><p>Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a</p><p>qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre</p><p>que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!</p><p>Quando se tratar de correspondências, como cartas o�cias, encaminhadas a agente público federal, deve-se</p><p>respeitar os seguintes modelos de tratamento e endereçamento:</p><p>Quando for possível identi�car o agente pelo cargo ou função:</p><p>Ao Presidente da República do Brasil,</p><p>Setor Palácio Presidencial,</p><p>Zona Cívico-Administrativa,</p><p>Brasília, DF 70150-903.</p><p>Quando não for possível identi�car o agente pelo cargo ou função, ou quando a correspondência for destinada</p><p>especi�camente à pessoa do agente:</p><p>À Senhora</p><p>Maria da Penha,</p><p>Analista do Ministério da Saúde,</p><p>Esplanada dos Ministérios,</p><p>Bloco G, Edifício Sede,</p><p>Brasília - DF, 70058-900.</p><p>Ressalta-se que o pronome de tratamento poderá sofrer �exões de gênero e número, conforme o caso.</p><p>Quanto às demais autoridades, o pronome de tratamento varia conforme o caso. No âmbito jurídico, ao se</p><p>dirigir a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesmo que estes já</p><p>tenham se aposentado, deverá ser utilizado o pronome Excelência, conforme regimento interno dos</p><p>respectivos tribunais (art. 16, parágrafo único do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – RISTF – e</p><p>art. 29, § 1º do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça – RISTJ), assim ocorre também quando o</p><p>endereçamento é feito a Deputados e Senadores.</p><p>É costume estender esse tratamento, ainda, a juízes, promotores, desembargadores e defensores públicos,</p><p>dispensando o uso do pronome “digníssimo”, tendo em vista ser a dignidade um pressuposto para ocupar cargo</p><p>ou função pública, evitando redundâncias.</p><p>É importante observar que o pronome de tratamento sofre variações em três momentos distintos:</p><p>No endereçamento, que deverá constar no envelope que contém a correspondência o�cial: A Sua Excelência</p><p>o Senhor _____.</p><p>No vocativo, momento em que você se dirige ao destinatário, no início do documento: Excelentíssimo Senhor</p><p>Presidente do Supremo Tribunal Federal.</p><p>No corpo do texto, onde é possível utilizar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou por</p><p>extenso: Vossa Excelência ou V. Exa.</p><p>Vale destacar que a linguagem escrita está em constante evolução. Faça uma pesquisa sobre a história, a origem e</p><p>o percurso dos pronomes, e será possível perceber que a língua é viva.</p><p>Ademais, é aconselhável se aprofundar nas técnicas de redação de texto dissertativo-argumentativo. Apesar de</p><p>não se tratar do estudo da matéria de Português, a Argumentação Jurídica exige do pro�ssional que a utiliza um</p><p>domínio completo das técnicas de coesão e coerência.</p><p>Saiba mais</p><p>Você sabia que o latim era a língua o�cial do Império Romano? E que, na Idade Média, foi adotada pela Igreja</p><p>Católica para a realização de missas, escritura de livros e documentos? É por isso que, apesar de ser</p><p>considerada uma língua morta, é encontrada em diversos vocabulários.</p><p>Pesquise mais</p><p>Para facilitar os seus estudos, o convidamos a acessar, na biblioteca virtual, o Curso de Português Jurídico dos</p><p>autores Regina Toledo Damião e Antônio Henriques. As páginas 94 a 96 trazem orientações a respeito da</p><p>coesão e coerência que lhe ajudarão no desenvolvimento de suas manifestações.</p><p>DAMIÃO, R. T.; HENRIQUES, A. Curso de português jurídico. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2020.</p><p>Nesta webaula você pôde conhecer um pouco mais sobre os usos adequados de pronomes de tratamento em</p><p>relação às autoridades. Lembre-se de que dirigir-se corretamente às autoridades é imprescindível para a atuação</p><p>de bons pro�ssionais.</p>