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<p>ISSN 1514-3465</p><p>Prevalência de acometimentos na articulação do ombro em praticantes de</p><p>voleibol</p><p>Prevalence of Shoulder Joint Disorders in Volleyball Players</p><p>Prevalencia de trastornos de la articulación del hombro en jugadores de voleibol</p><p>Lílian Tayná da Silva Raulino*</p><p>liliantayna13@gmail.com</p><p>Maria Vanessa dos Santos Costa**</p><p>vanessasantos00052@gmail.com</p><p>Francisco Sonyanderson da Silva***</p><p>sonyandersonss@gmail.com</p><p>Giovana Brena da Costa Paz****</p><p>giovanabrena03@gmail.com</p><p>Sérgio Antônio Silva Catarino Filho*****</p><p>sergiocatarinomb@gmail.com</p><p>Pedro Henrique Lopes Ferreira Medeiros+</p><p>prof.pedrohlfm@gmail.com</p><p>Kariza Lopes Barreto++</p><p>karizabarreto@gmail.com</p><p>Roque Ribeiro da Silva Júnior+++</p><p>roquejunior@alu.uern.br</p><p>Adalberto Veronese da Costa++++</p><p>adalbertoveronese@uern.br</p><p>Glêbia Alexa Cardoso+++++</p><p>glebiacardoso@uern.br</p><p>*Graduação em Fisioterapia</p><p>pelo Centro Universitário Unijaguaribe</p><p>Especialização em Fisioterapia do Esporte e traumato-ortopédica</p><p>com ênfase em terapias manuais e posturais</p><p>pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera.</p><p>**Graduação em Fisioterapia</p><p>pelo Centro Universitário Unijaguaribe</p><p>Especialização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Esportiva</p><p>pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)</p><p>***Graduação em Fisioterapia</p><p>http://www.efdeportes.com/</p><p>pelo Centro Universitário Unijaguaribe</p><p>Especialização em Fisioterapia Respiratória e em Terapia Intensiva</p><p>Faculdade Metropolitana</p><p>****Graduação em Fisioterapia</p><p>pelo Centro Universitário Unijaguaribe</p><p>*****Graduação em Fisioterapia</p><p>pelo Centro Universitário Unijaguaribe.</p><p>Especialização em Fisioterapia Traumo-Ortopedia e Desportiva - Unichristus</p><p>+Possui graduação em Fisioterapia</p><p>pela Universidade Potiguar (UnP)</p><p>pós-graduação lato sensu em Ortopedia e Traumatologia</p><p>pela Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ)</p><p>Pós-graduação lato sensu em Terapia Manual e Postura</p><p>aplicada à Ortopedia e Traumatologia pela UnP</p><p>++Especializada em Reabilitação do Assoalho Pélvico (UNIFESP)</p><p>Mestre em Fisioterapia pela Universidade del Pacífico, UDP, Paraguai.</p><p>+++Atualmente é Aluno Regular do Programa</p><p>de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade</p><p>Mestrado Acadêmico em Saúde e Sociedade - PPGSS</p><p>da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)</p><p>Especialista em Fisiologia Humana pela Universidade Estadual do Ceará (UECE)</p><p>Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade do Vale Jaguaribe (FVJ)</p><p>++++Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física</p><p>pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)</p><p>Doutor em Ciências do Desporto</p><p>pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UTAD, Portugal</p><p>Mestre em Ciências da Saúde pela UFRN</p><p>Especialista em Pesquisa em Educação Física</p><p>pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)</p><p>e em Recreação, Lazer a Animação Sociocultural</p><p>pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)</p><p>Atualmente é professor da (UERN)</p><p>Chefe do Departamento de Educação Física Pró Tempore</p><p>Coordenador do Laboratório de Avaliação do Desempenho Aquático</p><p>da Faculdade de Educação Física</p><p>Membro da base de pesquisa: Cultura Corporal, Educação e Desenvolvimento Humano</p><p>Professor colaborador do Programa de Mestrado em Saúde e Sociedade (PPGSS/UERN)</p><p>+++++Professora Doutora em Educação Física</p><p>pelo programa Associado de pós-graduação em Educação Física (UPE/UFPB)</p><p>Mestre em Ciências do Desporto com especialização</p><p>em Avaliação e prescrição na Atividade Física pela UTAD- Portugal</p><p>Possui graduação em Licenciatura em Educação Física pela UERN</p><p>Pós-graduação em Dança pela UFRGN</p><p>Pós-graduação em Fisiologia do Exercício</p><p>pela Faculdade Integrada do Ceará-FIC</p><p>Professora permanente do Programa de Mestrado</p><p>em Saúde e Sociedade, PPGSS/UERN</p><p>(Brasil)</p><p>Recepção: 02/03/2023 - Aceitação: 30/06/2023</p><p>1ª Revisão: 13/06/2023 - 2ª Revisão: 27/06/2023</p><p>Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0</p><p>Este trabalho está sob uma licença Creative Commons</p><p>Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)</p><p>https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt</p><p>Citação sugerida: Raulino, LTS, Costa, MVS, Silva, FS, Paz, GVC, Catarino Filho, SAS,</p><p>Medeiros, PHLF, Barreto, KL, Silva Júnior, RR, Costa, AV, e Cardoso, GA (2023). Prevalência de</p><p>acometimentos na articulação do ombro em praticantes de voleibol. Lecturas: Educación</p><p>Física y Deportes, 28(303), 75-87. https://doi.org/10.46642/efd.v28i303.3895</p><p>Resumo</p><p>Introdução: O voleibol é amplamente popular e praticado em todo o mundo, com adeptos</p><p>de ambos os sexos, diferentes idades e níveis competitivos. É um esporte visto como de</p><p>grande dificuldade. Nota-se que, assim como outros esportes que dependem ou exigem</p><p>fortemente da realização de gestos com os membros superiores, tais gestos são os</p><p>responsáveis pela prevalência de lesão dessa região, tornando o ombro a parte mais</p><p>acometida. Objetivo: Analisar a prevalência de lesões na articulação do ombro em praticantes</p><p>de voleibol. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, observacional, descritivo e com</p><p>método quantitativo, com praticantes de voleibol com idade igual ou superior a 18 anos, de</p><p>ambos os sexos, do município de Limoeiro do Norte, no estado do Ceará. Os dados da</p><p>pesquisa foram coletados por um questionário eletrônico elaborado pelos autores da pesquisa</p><p>e pelo questionário DASH avaliando a incapacidade funcional de membros superiores.</p><p>Resultados: O surgimento de lesões e limitações no complexo do ombro em praticantes de</p><p>voleibol está ligado aos gestos esportivos feitos repetidamente, gerando uma sobrecarga</p><p>nessa articulação. Além disso, fatores como idade, sexo e tempo de prática influenciam para</p><p>a maior prevalência de lesão. No entanto, não é possível identificar se existe correlação direta</p><p>com a função desempenhada em quadra pelo desportista. Conclusão: É explícito o</p><p>comprometimento da articulação do ombro nessa modalidade esportiva, ocasionando</p><p>impactos na capacidade funcional, tanto durante sua prática esportiva, quanto nas atividades</p><p>de vida diária.</p><p>Unitermos: Lesões do ombro. Voleibol. Dor de ombro.</p><p>https://www.w3.org/WAI/WCAG2A-Conformance</p><p>https://doi.org/10.46642/efd.v28i303.3895</p><p>Abstract</p><p>Introduction: Volleyball enjoys widespread popularity and global participation, captivating</p><p>fans of all genders, ages, and skill levels. It is regarded as a sport of immense difficulty,</p><p>particularly due to its reliance on upper limb movements. These repetitive gestures</p><p>significantly contribute to the prevalence of injuries in the shoulder region, making it the most</p><p>affected area. Objective: The objective of this study is to analyze the prevalence of shoulder</p><p>joint injuries among volleyball players. Methodology: This research employed a cross-</p><p>sectional, observational, descriptive, and quantitative approach, focusing on volleyball players</p><p>aged 18 years or older, of both sexes, in the municipality of Limoeiro do Norte, in the state of</p><p>Ceará. Data collection was conducted through an electronic questionnaire prepared by the</p><p>researchers and by utilizing the DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand)</p><p>questionnaire to assess the functional incapacity of the upper limbs. Results: The occurrence</p><p>of injuries and limitations in the shoulder complex among volleyball players is primarily</p><p>associated with the repetitive execution of sports-related gestures, leading to overloading of</p><p>this joint. Furthermore, factors such as age, gender, and years of practice contribute to a</p><p>higher prevalence of injuries. However, it remains uncertain whether there is a direct</p><p>correlation between the specific position played by the athlete on the court and the</p><p>occurrence of injuries. Conclusion: The involvement of the shoulder joint in volleyball is</p><p>evident, exerting a significant impact on the functional capacity of players during both</p><p>sporting activities and daily life.</p><p>Keywords: Shoulder injuries. Volleyball. Shoulder pain.</p><p>Resumen</p><p>Introducción: El voleibol es muy popular y practicado en todo el mundo, con aficionados de</p><p>ambos sexos, diferentes edades y niveles</p><p>competitivos. Es un deporte considerado de gran</p><p>dificultad. Así como otros deportes dependen o requieren fuertemente la realización de gestos</p><p>con los miembros superiores, tales gestos son responsables por la prevalencia de lesiones en</p><p>esta región, siendo el hombro la parte más afectada. Objetivo: Analizar la prevalencia de</p><p>lesiones en la articulación del hombro en jugadores de voleibol. Metodología: Se realizó un</p><p>estudio transversal, observacional, descriptivo y cuantitativo con jugadores de voleibol de 18</p><p>años o más, de ambos sexos, en el estado de Ceará. Los datos de la investigación fueron</p><p>recolectados a través de un cuestionario electrónico elaborado por los autores de la</p><p>investigación y a través del cuestionario DASH que evalúa la incapacidad funcional de los</p><p>miembros superiores. Resultados: La aparición de lesiones y limitaciones en el complejo del</p><p>hombro en los jugadores de voleibol está ligada a los gestos deportivos realizados de forma</p><p>reiterada, generando una sobrecarga sobre esta articulación. Además, factores como la edad,</p><p>el sexo y el tiempo de práctica influyen en la mayor prevalencia de lesiones. Sin embargo, no</p><p>es posible identificar si existe una correlación directa con la función desempeñada en la</p><p>cancha por el jugador. Conclusión: El compromiso de la articulación del hombro en este</p><p>deporte es explícito, provocando impactos en la capacidad funcional, tanto durante la práctica</p><p>deportiva como en las actividades de la vida diaria.</p><p>Palabras clave: Lesiones de hombro. Vóleibol. Dolor de hombro.</p><p>Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 303, Ago. (2023)</p><p>Introdução</p><p>O voleibol é amplamente popular e praticado em todo o mundo, com adeptos de ambos os sexos,</p><p>diferentes idades e níveis competitivos (Shih, e Wang, 2019). Diferentemente de outros esportes</p><p>importantes de prática coletiva, não existe um contato corporal direto entre os praticantes, sendo</p><p>considerado um exercício seguro. (Cuñado-González, Martín-Pintado-Zugasti e Rodríguez-Fernández, 2019)</p><p>Imagem 1. As ações de saque e ataque no voleibol geram cargas importantes no ombro</p><p>Fonte: Gerador de imagens de Bing (#Efdeportes)</p><p>Salienta-se que o complexo do ombro nos esportes aéreos é a região mais acometida por lesões</p><p>esportivas. O ombro é composto por várias articulações com notória complexidade anatômica em suas</p><p>estruturas, sendo necessário atuar sincronizadamente para realização de um movimento de qualidade</p><p>http://www.efdeportes.com/</p><p>(Asker et al., 2018). Além disso, torna-se o principal elemento biomecânico para promover a execução de</p><p>gestos esportivos, passando repetidas vezes por estresses específicos, principalmente de hipermobilidade.</p><p>(Mizoguchi et al., 2022)</p><p>A exemplo desses movimentos repetitivos no voleibol que geram cargas significativas ao ombro, temos o</p><p>saque e o ataque. Ambos são movimentos aéreos de grande complexidade técnica e efetuados</p><p>constantemente, no entanto, o movimento de ataque pode ser realizado com maior frequência por algumas</p><p>posições (Zwierzchowska, Gaweł, e Rosołek, 2022). Dentre os modos de saques, o saque flutuante quanto</p><p>a biomecânica do ombro consiste em uma menor aplicação de força para bater na bola e uma maior</p><p>direção, já o saque ‘pulo’ ou viagem o praticante de voleibol precisa atingir a bola no ponto mais alto e com</p><p>a maior potência possível semelhante ao gesto do ataque. (Challoumas, Stavrou, e Dimitrakakis 2017)</p><p>Decerto, a maioria das lesões de ombro associadas a essa modalidade esportiva está ligada ao</p><p>movimento de ataque, tendo como principal causa o uso excessivo, podendo provocar como consequência</p><p>instabilidade articular e síndrome de colisão do ombro (Cuñado-González, Martín-Pintado-Zugasti e</p><p>Rodríguez-Fernández, 2019). Logo, sabe-se que alguns fatores podem influenciar no aparecimento dessas</p><p>patologias como: alterações na amplitude de movimento (ADM) existindo o ganho de ADM para rotação</p><p>externa e déficit na rotação interna (GIRD), alterações na cinemática escapular e na função muscular no</p><p>membro dominante. (Challoumas, Stavrou, e Dimitrakakis 2017)</p><p>Apesar de a prática do voleibol ser bastante popular em todo o mundo, ainda existe carência de estudos</p><p>que relatem sobre a cinemática desse esporte. No entanto, sabe-se da grande prevalência de lesões no</p><p>ombro, principalmente, devido às adaptações que o ombro do praticante de voleibol de overhead sports</p><p>possui, sendo um importante fator para o afastamento das atividades ou até mesmo a execução dos</p><p>treinamentos, ou campeonatos com a presença de dor.</p><p>O presente estudo torna-se relevante para os praticantes da modalidade de voleibol, pois a partir disso</p><p>será possível compreender se os possíveis fatores de risco para lesão no complexo do ombro também</p><p>poderão ser associados a função que o desportista desempenha em quadra. Além disso, servirá como</p><p>subsídio para novos estudos que forneçam mais informações sobre essa relação e possíveis formas</p><p>preventivas de lesão para serem desenvolvidas com os atacantes.</p><p>Diante disso, a presente pesquisa visa analisar a prevalência de dor e incapacidade na articulação do</p><p>ombro em praticantes de voleibol.</p><p>Metodologia</p><p>O presente trabalho trata-se de um estudo transversal, observacional, descritivo e com método</p><p>quantitativo.</p><p>A pesquisa foi realizada durante o mês de maio de 2022 com os praticantes de voleibol no município de</p><p>Limoeiro do Norte, sendo esse localizado na região Vale do Jaguaribe no estado do Ceará. Foi realizada</p><p>uma reunião em que aconteceu a explicação de como decorrerá a pesquisa e seus objetivos e possuiu um</p><p>momento para esclarecimento de dúvidas e ao fim assinatura um termo de consentimento livre e</p><p>esclarecido (TCLE), deixando claro para os participantes todas as condições expostas e pesquisa.</p><p>Após serem alinhadas as formas de interação com os praticantes de voleibol foi enviado o primeiro</p><p>questionário para os jogadores de voleibol responderem remotamente para a coleta de dados pessoais e</p><p>em relação à prática esportiva para a realização da primeira triagem. Após isso, foi imediatamente</p><p>agendado dias e horários para a aplicação do questionário Disabilities of the Arm, Shouder and Hand</p><p>(Orfale et al., 2005); os praticantes foram chamados para uma sala em seus locais de treino para realizar a</p><p>coleta de dados.</p><p>A pesquisa teve como critérios de inclusão: os praticantes de voleibol de ambos os sexos, com idade</p><p>igual ou superior a 18 anos. E os critérios de exclusão foram: tempo de prática inferior a 2 anos, frequência</p><p>em competições inferior a 2 por ano, lesões traumáticas fora da prática esportiva do vôlei.</p><p>O instrumento de coleta de dados deu-se por um questionário eletrônico, através do Google Forms,</p><p>elaborado pelos pesquisadores. Além disso, realizou-se a aplicação do questionário Disabilities of the Arm,</p><p>Shouder and Hand (Orfale et al., 2005) cujo objetivo é avaliar a incapacidade funcional e sintomas devido</p><p>patologia única ou múltiplas dos membros superiores. Esse instrumento consiste em 30 questões e dois</p><p>módulos opcionais, um para atividades esportivas e musicais e outro para atividades de trabalho. Os itens</p><p>avaliados devem ter como referência a semana anterior ou estimando qual seria a resposta mais próxima à</p><p>correta, visando identificar os sintomas e o desempenho para a realização de determinadas habilidades.</p><p>Após a coleta e observação dos dados, estes serão organizados por tabelas e gráficos realizados no</p><p>Microsoft Excel para a realização de comparativos de resultados entre os participantes incluídos na</p><p>pesquisa.</p><p>Este estudo atendeu às normas e parâmetros éticos em estudos com seres humanos, com aprovação no</p><p>Comitê de Ética em pesquisas humanas da Faculdade do Vale do Jaguaribe - FVJ, sob o número de CAAE</p><p>55298822.6.0000.9431 e com parecer 5.363.976, com status de aprovado no dia 24 de abril de 2022.</p><p>Resultados</p><p>Em relação ao sexo, cerca de 42,9% eram do sexo masculino, apresentando como média de</p><p>idade e</p><p>desvio padrão 25,7±5,7, enquanto as participantes do sexo feminino representam 57,1% dos participantes</p><p>com média de idade e desvio padrão 28,5±10,7.</p><p>No que diz respeito a função que os praticantes desempenham em quadra em maior número estão os</p><p>atacantes, dentre os participantes 12 são ponteiros que representa 42,8%, já os opostos e os meios são 5</p><p>cada, cada um representa 17,9%. Os levantadores representam 14,3% sendo 4 praticantes dessa função e</p><p>os líberos foram apenas 2, sendo 7,1% da população pesquisada.</p><p>A maioria dos jogadores participa em média de mais de duas competições por ano, representando o</p><p>quantitativo de 78,6%. Diante dos dados referentes à lesão de ombro diagnosticada, apenas 17,9%</p><p>relataram, dentre elas estão a Bursite/tendinite e a Distensão muscular, apenas 1 participante relatou que</p><p>já sofreu alguma lesão de ombro fora da prática esportiva, conforme a Tabela 1.</p><p>Tabela 1. Perfil dos praticantes de voleibol que participaram da pesquisa</p><p>Variáveis</p><p>Média ± Desvio</p><p>Padrão</p><p>Número de indivíduos</p><p>(Percentual %)</p><p>Sexo</p><p>Feminino 28.5 ±10.7 16 (57,1%)</p><p>Masculino 25.7 ±5.7 12 (42,9%)</p><p>Função em Quadra?</p><p>Ponteiro(a) 12 (42,9%)</p><p>Libero 2 (7,1%)</p><p>Oposto(a) 5 (17,9%)</p><p>Meio 5 (17,9%)</p><p>Levantador(a) 4 (14,3%)</p><p>Número de Competições por ano?</p><p>> 2 Competições 22 (78,6%)</p><p>dos músculos do ombro, periescapulares e do tronco,</p><p>tempo de resistência dos músculos do tronco e desempenho funcional do membro superior utilizando o</p><p>teste Upper Quarter Y-Balance Test (UQYBT). Os resultados mostraram uma correlação significativa entre o</p><p>desempenho do UQYBT e a dor no ombro devido à sobrecarga. Além disso, sugere-se que a avaliação da</p><p>função musculoesquelética e a intervenção terapêutica nesses grupos musculares podem ser relevantes no</p><p>tratamento e reabilitação desses atletas.</p><p>Quantos aos índices do DASH que tem o intuito de avaliar a incapacidade funcional do ombro.</p><p>Observamos em nossa pesquisa que a incapacidade de ombro voltado para o esporte se apresentou de</p><p>forma moderada com score de 41±30, já quanto o DASH relacionado ao trabalho observamos uma</p><p>incapacidade leve com score de 19±25. Ratificando as informações, nos estudos observacionais conduzidos</p><p>por Miranda et al. (2022) o objetivo foi avaliar e correlacionar a presença de dor e incapacidade funcional</p><p>do membro superior em atletas de voleibol feminino. Participaram do estudo 30 atletas de voleibol</p><p>feminino. A incapacidade funcional foi avaliada utilizando o Questionário de Incapacidades do Braço, Ombro</p><p>e Mão (DASH), enquanto a intensidade da dor foi avaliada por meio da Escala Numérica Visual (VNS). Os</p><p>resultados mostraram que 19 atletas relataram dor leve a moderada ao realizar atividades trabalho,</p><p>enquanto 21 atletas relataram dor nas atividades esportivos. A dor foi significativamente mais intensa no</p><p>ombro dominante. Em relação à incapacidade funcional, o DASH apresentou limitações leves a moderada</p><p>na subdivisão de esporte. Os resultados indicaram a presença de dor no ombro em atletas de voleibol</p><p>feminino, com maior incapacidade funcional relacionada à prática esportiva. Além disso, observou-se uma</p><p>correlação positiva entre a intensidade da dor e a incapacidade funcional.</p><p>Conclusões</p><p>A presente pesquisa apresentou que os praticantes da modalidade de voleibol estão mais suscetíveis ao</p><p>aparecimento de dor e incapacidade no complexo do ombro durante a prática esportiva, podendo se</p><p>perdurar após a prática. Portanto, ainda é notório a escassez de literatura relacionada a modalidade de</p><p>voleibol, sendo necessário acompanhamento mais próximo para os praticantes dessa modalidade. Pois, é</p><p>explicito os comprometimentos da articulação do ombro em praticantes dessa modalidade esportiva,</p><p>ocasionando impactos na capacidade funcional tanto durante a sua prática esportiva quanto nas atividades</p><p>de vida diária.</p><p>Referências</p><p>Asker, M., Brooke, HL, Waldén, M., Tranaeus, U., Johansson, F., Skillgate, E., e Holm, L. W. (2018). Risk</p><p>factors for, and prevention of, shoulder injuries in overhead sports: a systematic review with best-</p><p>evidence synthesis. British journal of sports medicine, 52(20), 1312-1319.</p><p>https://doi.org/10.1136/bjsports-2017-098254</p><p>Barros, B.R.S., Cavalcanti, I.B.S., Júnior, N.S, e Sousa, C. de O. (2022). Correlation between upper limb</p><p>function and clinical measures of shoulder and trunk mobility and strength in overhead athletes with</p><p>shoulder pain. Physical Therapy in Sport, 55(1), 12-20. https://doi.org/10.1016/j.ptsp.2022.02.001</p><p>Challoumas, D., Stavrou, A., e Dimitrakakis, G. (2017). The volleyball athlete’s shoulder: biomechanical</p><p>adaptations and injury associations. Sports Biomechanics, 16(2), 220-237.</p><p>https://doi.org/10.1080/14763141.2016.1222629</p><p>Cuñado-González, Á., Martín-Pintado-Zugasti, A., e Rodríguez-Fernández, Á.L. (2019). Prevalence and</p><p>Factors Associated With Injuries in Elite Spanish Volleyball. 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