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CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC– UNISOCIESC CAMPUS ANITA GARIBALDI GABRIELI RODRIGUES FRANCO RAISSA JULIA DA SILVA VICTOR ALEHANDRO FRANÇA Prevenção de lesão dos músculos isquiotibiais atletas de futebol - uma revisão da literatura JOINVILLE 2022 SOCIEDADE EDUCACIONAL SANTA CATARINA – UNISOCIESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO GABRIELI RODRIGUES FRANCO RAISSA JULIA DA SILVA VICTOR ALEHANDRO FRANÇA Prevenção de lesão dos músculos isquiotibiais em atletas de futebol – uma revisão da literatura Trabalho de Conclusão de Curso Submetido a Sociedade Educacional Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Dr. Lucas Maciel Rabello. Joinville, SC 2022 GABRIELI RODRIGUES FRANCO RAISSA JULIA DA SILVA VICTOR ALEHANDRO FRANÇA PREVENÇÃO DE LESÃO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM ATLETAS DE FUTEBOL Este trabalho foi julgado e aprovado em sua forma final, sendo examinado pelos professores da Banca Examinadora. Joinville, 08 de dezembro de 2022. ________________________________ Prof. Lucas Maciel Rabello, Dr. ________________________________ Prof. Andreia Cristina Sandrini, Esp. ______________________________ Prof. Lucas de Assis Voltolini, Me. DEDICATÓRIA Acadêmico: Gabrieli Rodrigues Franco Dedico primeiramente a Deus, aos meus pais, irmão e familiares que sempre me deram forças para que meu sonho se tornasse realidade. A minha conquista é de vocês também. Acadêmico: Raissa Julia da Silva Dedico primeiramente a Deus e a minha família por todo suporte e apoio, sem vocês nada disso seria possível, mais uma vitória de muitas. Acadêmico: Victor Alehandro França Dedico primeiramente a Deus, e a minha família que sempre me apoiaram e deram forças para esse sonho se tornar realidade, sem vocês nada seria possível, primeira conquista de muitas que virão. AGRADECIMENTOS Acadêmico: Gabrieli Rodrigues Franco A Deus primeiramente, por me sustentar em todos esses anos de estudos. A minha mãe, meu padrasto, meus familiares e amigos, que me incentivaram em todos os momentos para que esse sonho se tornasse realidade. Ao meu orientador nos direcionou durante todo o trabalho, com paciência e dedicação. Obrigada a todos que contribuíram diretamente ao meu aprendizado. Acadêmico: Raissa Julia da Silva Em primeiro lugar, agradeço a Deus, por tudo que ele faz na minha vida, concluindo mais essa etapa de muitas outras. Aos meus pais e meu irmão e amigos, que me incentivaram nos momentos difíceis, ao meu orientador pela paciência e dedicação. Por fim, a todos que participaram direta ou indiretamente, enriquecendo meu processo de aprendizagem. Acadêmico: Victor Alehandro França Gratidão a Deus primeiramente por tudo que faz em minha vida, por todos esses anos de estudos e aprendizado. Aos meus pais que sempre acreditaram em mim e me deram forças para que esse sonho se tornasse realidade. Ao meu orientador que sempre deu todo o suporte e dedicação. Obrigado a todos que de alguma forma contribuíram para meu crescimento profissional e pessoal. “A vida é tão sutil as vezes que, de repente nos notamos caminhando pelas portas que um dia oramos para que se abrissem”. Scarllat Morais. RESUMO O futebol se caracteriza pelo intenso contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos como aceleração, desaceleração e mudanças abruptas de direção. Por se tratar de uma modalidade em que os membros inferiores são utilizados a todo momento para alcançar a bola e chutar, as lesões musculoesqueléticas são frequentes, principalmente nos isquiotibiais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão literária por meio de artigos científicos a respeito da prevenção de lesões musculares, como foco nos isquiotibiais, em atletas de futebol de campo. Foi realizado um estudo de revisão de literatura de artigos publicados de janeiro de 2012 a janeiro de 2022 nas bases de dados eletrônicas Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library of Medicine (Pubmed), nos idiomas português e inglês. Foram selecionados 10 artigos que correspondiam aos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos na metodologia. De acordo com os autores incluídos do presente estudo, foi possível concluir que a principal modalidade para prevenir tais lesões são os exercícios nórdicos. Contudo, os exercícios de fortalecimento de membros inferiores levando em conta o grau de força individual dos isquiotibiais também apresenta resultados satisfatórios na prevenção das lesões desse grupo muscular. Palavras-chave: Atletas. Futebol. Prevenção. Lesão. Isquiotibiais. ABSTRACT Soccer is characterized by intense physical contact, short, fast and non-continuous movements such as acceleration, deceleration and abrupt changes in direction. Because it is a modality in which the lower limbs are used at all times to reach the ball and kick, musculoskeletal injuries are frequent, especially in the hamstrings. Therefore, the present study aimed to carry out a literary review through scientific articles regarding the prevention of muscle injuries, with a focus on the hamstrings, in field soccer athletes. A literature review study of articles published from January 2012 to January 2022 in the Scientific Electronic Library Online (Scielo) and National Library of Medicine (Pubmed) electronic databases. 10 articles were selected that corresponded to the pre-established inclusion and exclusion criteria in the methodology. According to the authors included in the present study, it was possible to conclude that the main modality to prevent such injuries are Nordic exercises. However, lower limb strengthening exercises taking into account the degree of individual strength of the hamstrings also show satisfactory results in preventing injuries to this muscle group. Keywords: Athletes. Soccer. Prevention. Lesion. Hamstrings. LISTA DE TABELA Tabela 1 - Características dos artigos incluídos na revisão de literaturas (autor, ano, metodologia, resultados) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CBF Confederação Brasileira de Futebol CNMEBOL Confederação Sul-Americana de Futebol GC Grupo controle GI Grupo intervenção GT Grupo Treinamento NHE Nordic hamstring exercise PubMed National Library of Medicine Scielo Scientific Electronic Library Online PREVENÇÃO DE LESÃO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM ATLETAS DE FUTEBOL - UMA REVISÃO DA LITERATURA Gabrieli Rodrigues Franco¹, Raissa Julia da Silva¹, Victor Alejandro França¹ Unisociesc Campus Anita Garibaldi, Joinville - SC, Curso de fisioterapia¹ Lucas Maciel Rabello, Rua Inácio Bastos, 1455 AP13, bloco 10. Bairro Bucarein, Joinville – SC lucas.maciel@unisociesc.com.br Revista inspirar movimento e saúde mailto:lucas.maciel@unisociesc.com.br SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 12 2 MÉTODOS 14 3 RESULTADOS 15 4 DISCUSSÃO 24 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27 REFERÊNCIAS 28 ANEXO A - NORMAS REVISTA INSPIRAR MOVIMENTO E SAÚDE 31 12 1 INTRODUÇÃO O futebol é a prática esportiva com maior visibilidade do mundo, representando grande influência na sociedade na perspectiva do entretenimento e da prática esportiva¹. É caracterizado por ser um esporte de esforço intermitente de alta intensidade, sendo o jogo que contém tempo de 90 minutos mais acréscimos. Na sua prática, são executados movimentos multiplanares e de capacidade física como potência, força e capacidade aeróbica². Este esporte se caracteriza pelo intenso contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos como aceleração, desaceleração e mudanças abruptas de direção, que são realizados frequentemente durante os treinos¹. Além da grande quantidade de treinamentos, os jogadores também são expostos a uma grande quantidade de jogos, o que requer desenvolvimento de habilidades/qualidades, como resistência, velocidade, força e agilidade³. Todas essas habilidades são necessárias para que os atletas possam realizar tarefas específicas relacionadasao futebol, como por exemplo, corrida lenta, velocidade submáxima, velocidade máxima e corrida para trás, além dos movimentos de passes e chutes³. A prática esportiva no futebol tem exigência bastante específica, tendo em vista o fato de jogar com os pés. Portanto, por se tratar de uma modalidade em que os membros inferiores são utilizados a todo momento para alcançar a bola e chutar, as lesões musculoesqueléticas são frequentes5. As lesões que ocorrem durante a prática do futebol são comuns em todas as populações, tanto nos atletas amadores quanto profissionais, assim como nas mulheres e nos homens. A categoria profissional acaba tendo maior índice de lesões devido à demanda de treinos e competições e alta exigência física desses atletas, principalmente nos períodos de finais de campeonatos6. Entretanto, os atletas apresentam lesões relacionadas ao esporte como distensões musculares, principalmente na região da coxa envolvendo quadríceps e isquiotibiais7. A lesão muscular é uma carga que a estrutura muscular não consegue absorver e, portanto, ultrapassa seus limites. A ruptura muscular pode ocorrer quando um atleta realiza mudanças repentinas de velocidade, como aceleração e desaceleração, ou até mesmo desempenho8,9. 13 As lesões musculares em sua grande maioria ocorrem durante a prática esportiva, equivalente de 10 a 50% de todas as lesões. Os músculos isquiotibiais, quadríceps e gastrocnêmio são mais acometidos de lesões por serem músculos biarticulares estão mais propensos às forças de aceleração e desaceleração10. As lesões dos isquiotibiais são mais recorrentes em atletas praticantes de futebol e podem variar de distensões, tendinopatias a rupturas11. O grupo muscular denominado isquiotibiais é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso e tem a função de flexão de joelho e extensão do quadril. O músculo bíceps femoral demonstra maior índice de lesão, sendo superior à dos músculos semitendinoso e semimembranoso. Devido a modificações anatomofuncionais durante a prática esportiva pode ocorrer o aumento da tensão fisiológica das fibras musculares que vem a ultrapassar os limites da sua resistência elástica. Isso pode ocasionar, em casos mais severos, rupturas de estruturas do músculo esquelético12. Devido ao alto índice de lesões de isquiotibiais no futebol, por meio dos movimentos de aceleração, desaceleração e chute durante sua prática, e a grande exigência da melhor preparação física para garantir ótimo desempenho, há uma grande necessidade de investimentos tanto na parte preventiva quanto na parte de tratamento de possíveis lesões. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão literária por meio de artigos científicos a respeito da prevenção de lesões musculares, como foco nos isquiotibiais, em atletas de futebol de campo. 14 2 MÉTODOS Trata-se de um estudo de revisão de literatura de artigos publicados de janeiro de 2012 a janeiro de 2022 nas bases de dados eletrônicas Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Pubmed (National Library of Medicine), nos idiomas português e inglês, por meio dos descritores: atletas, futebol, prevenção, lesão, isquiotibiais e seus correspondentes na língua inglesa : athletes, soccer, prevention, lesion, hamstrings. Foram incluídos estudos randomizados, casos-controle com amostras de ambos os sexos, praticantes de futebol de campo (amador ou profissional) onde foram avaliados e descritos os protocolos de intervenção para prevenir lesão de isquiotibiais. Já os artigos excluídos envolveram amostras que praticavam qualquer outra modalidade esportiva, estudos não concluídos e bem como revisões da literatura. 15 3 RESULTADOS Para esta revisão bibliográfica foram selecionados 10 artigos. As informações sobre os artigos incluídos nesta revisão da literatura encontram-se detalhadas na Tabela 1. Foram incluídos o total de 1.710 sujeitos participantes, 1060 atletas profissionais, sendo dentre eles 17 jogadoras do sexo feminino profissional de futebol. Já os atletas amadores foram um total de 650, dentre eles 16 atletas do sexo feminino. Com relação a idade dos jogadores investigados nos estudos, esta variou entre 17 anos e 40 anos. Tabela 1. Dados retirados dos artigos. Autores Ano Metodologia Resultados Ribeiro-Alvar es, J. B.; Marques, V. B.; Vaz, M. A.; Baroni, B. M.13 2018 Sujeitos: 20 jogadores de futebol amador (idade entre 18 e 35 anos) Grupos: Grupo treinamento e grupo controle. Intervenção: O grupo de treinamento recebeu o programa NHE de 4 semanas, duas vezes por semana, 3 séries de 6-10 repetições; enquanto o GC não recebeu intervenção de exercício. Desfechos avaliados: Foi avaliada a força flexora e extensora de joelho por meio de dinamometria isocinética, a arquitetura do músculo da cabeça longa do bíceps femoral por meio de imagens ultrassonográficas, e a flexibilidade dos isquiotibiais através do teste de sentar e alcançar. Os resultados mostraram que os indivíduos do GC não tiveram nenhuma mudança significativa em nenhum resultado. O GT apresentou mudanças significativas maiores do que o GC para pico de torque isométrico, pico de torque excêntrico, trabalho excêntrico e funcional razão de torque isquiotibiais para 16 quadríceps. O programa NHE levou também ao aumento do comprimento do fascículo (22%) e redução do ângulo de penação (−17%;) na cabeça longa do bíceps femoral do GT, sem alterações significativas na espessura muscular. Ishoi, L.; Holmich, P.; Aagaard, P.; Thorborg, K.; Bandholm, T.; Serner, A14 2018 Sujeitos: 35 jogadores amadores do sexo masculino (idade: 17-26 anos). Grupos: Grupo controle e grupo treinamento. Intervenção: Foram randomizados para um grupo de controle (GC; n = 17) prática habitual de futebol, e (GI; n = 18) para 10 semanas de treinamento de força supervisionado usando o NHE durante a temporada. Um teste de sprint repetido, consistindo de 4 × 6 sprints de 10 m, com período de recuperação de 15 s entre os sprints e 180 s entre as séries. Desfechos avaliados: Avaliar o O protocolo realizado com NHE mostrou melhorias no desempenho de sprint e grandes aumentos no pico de força e capacidade dos isquiotibiais. Sendo uma alternativa na prevenção de lesões nesse grupo muscular. 17 tempo total do sprint como resultado primário. Além disso, o pico de força excêntrica dos isquiotibiais foram medidos durante o NHE. Oliveira NT, Medeiros TM, Vianna KB, Oliveira GDS, de Araujo Ribeiro-Alvar es JB, Baroni BM.15 2020 Sujeitos: 25 jogadores de futebol masculino sub-20 de um clube da primeira divisão. Grupos: Grupo intervenção Intervenção: Eles realizaram oito sessões de NHE (3 séries de 6-10 repetições, duas vezes por semana) durante o período de pré-temporada de quatro semanas. Desfechos avaliados: Foi avaliada a força excêntrica dos flexores do joelho durante a execução da NHE em um aparelho customizado, antes e após o programa de treinamento. O programa de treinamento NHE aumentou significativamente a força excêntrica do flexor do joelho dos jogadores. Elerian, A. E.; El-Sayyad, M. M.; Dorgham, H. A. A.16 2019 Sujeitos: 34 jogadores profissionais de futebol com idades entre 21 e 35 anos. Grupos: Grupo 1 e Grupo 2 Intervenção: Foram divididos aleatoriamente em dois grupos (17 jogadores cada). Para o grupo 1, o exercício nórdico dos isquiotibiais (NHE) foi realizado pré-treinamento e pós-treinamento. Para o grupo 2, o O uso do NHE como protocolo de prevenção foi eficaz na redução de todas as lesões dos isquiotibiais com o uso do NHE durante o pré e pós-treinamento, tendo o maior 18 NHE foi realizado apenas pré-treinamento. A duração do protocolo foi de 12 semanas, NHE foi realizada duas vezes por semana. Desfechos avaliados: A força excêntrica dos isquiotibiais. O formulário de lesão da associação de futebol australiano foi usado para coletar a incidênciade lesões para cada indivíduo em ambos os grupos. efeito, comparado com o pré-treinamento. Inácio, M. P.17 2020 Sujeitos: 10 jogadores profissionais de futebol do sexo masculino Grupos: Grupo intervenção Intervenção: Os atletas foram divididos em baixo nível de força e alto nível de força de membros inferiores. Programa de treinamento na mesa flexora durante 8 semanas com ênfase na fase excêntrica, grupo com déficit de força (n=6) realizou 2 repetições a mais por série. Desfechos avaliados: Foram avaliados pico de torque excêntrico de extensão e flexão concêntrica do joelho e desequilíbrio contralateral, pico de torque excêntrico de flexão de joelho e desequilíbrio contralateral, e razão isquiotibiais:quadríceps. O estudo mostrou que o treinamento utilizado ajustado ao desequilíbrio de força excêntrica contralateral dos isquiotibiais foi eficaz na prevenção dos riscos de lesão desse grupo muscular. Mendiguchia 2020 Sujeitos: 32 jogadores profissionais Programa focado 19 J, Conceição F, Edouard P, Fonseca M, Pereira R, Lopes H, Morin JB, Jiménez-Rey es P.18 de futebol do sexo masculino Grupos: Grupo futebol, grupo nordico e grupo sprint. Intervenção: Três grupos diferentes de pares aleatórios de jogadores de futebol: "Grupo de futebol " (n = 10), "Grupo Nórdico" (n = 12) e "Grupo Sprint" (n = 10). pré-temporada em três grupos diferentes de jogadores de futebol. O “grupo de futebol” (controles) continuou sua prática habitual de futebol, os jogadores do “grupo nórdico” realizaram um programa NHE além da prática habitual de futebol e o “grupo Sprint” realizou um programa abrangente de aceleração de sprint além da prática habitual de futebol. Durante 6 semanas. Desfechos avaliados: Neste estudo foram avaliados, as variáveis de desempenho de sprint, mecânica de sprint e arquitetura BFlh. em sprint ao treinamento regular de futebol induziu maiores aumentos no comprimento do fascículo do bíceps femoral do que a incorporação do exercício nórdico dos isquiotibiais como intervenção complementar durante as primeiras 6 semanas do período de pré-temporada, em comparação com a prática de futebol sozinho. No entanto, apenas o treinamento abrangente de sprint forneceu esse estímulo potencialmente preventivo (aumento do comprimento do fascículo) e, ao mesmo tempo, 20 induziu melhor desempenho de sprint e resultados mecânicos. Vianna KB, Rodrigues LG, Oliveira NT, Ribeiro-Alvar es JB, Baroni BM.19 2021 Sujeitos: 33 jogadoras de futebol do sexo feminino, sendo 16 jogadoras de futebol amador e 17 jogadoras de futebol profissional (idade entre 18 e 40 anos). Grupos: Grupo controle (amador) e grupo intervenção (profissionais). Intervenção: O Grupo intervenção realizou um programa de treinamento de 8 semanas com o NHE durante a pré-temporada, enquanto o Grupo controle continuou realizando exercícios habituais (sem uma rotina de treinamento NHE). Desfechos avaliados: Foi avaliado força excêntrica do flexor do joelho e medidas do comprimento do fascículo do bíceps femoral. Os dados do grupo não treinado demonstraram que as medidas de força e comprimento do fascículo eram confiáveis. No grupo de treinamento NHE, ambos os membros aumentaram a força flexora excêntrica do joelho e o comprimento do fascículo do bíceps femoral. Schache, A.20 2012 Sujeitos: 942 jogadores profissionais do sexo masculino. Grupos: 54 equipes, Grupo intervenção 26 equipes e grupo controle 28 equipes. Intervenção: Ambos os grupos 50 times com 942 jogadores completaram o estudo. No final da temporada, houve 15 lesões nos isquiotibiais (12 21 seguiram seu programa de treinamento usual , grupo intervenção realizou 27 sessões de treinamento muscular excêntrico dos isquiotibiais, em um período de 10 semanas. O exercício dos isquiotibiais (a rosca nórdica) em um período de 10 semanas, 2-3 séries de 5-12 repetições do exercício por 1-3 sessões por semana. Desfecho avaliado: Foram avaliados número de lesões agudas gerais, novas e recorrentes dos isquiotibiais durante uma temporada completa de futebol. novas, 3 recorrentes) no grupo de exercícios excêntricos e 52 lesões (32 novas, 20 recorrentes) no grupo controle. Van Der Horst, Nick et al.21 2015 Sujeitos: 579 jogadores amadores Grupos: Grupo intervenção (n=20 times, 292 jogadores) e grupo controle (n=20 times, 287 jogadores) Intervenção: Os grupos de intervenção e controle realizaram treinamento regular de futebol. O grupo de intervenção foi instruído a realizar 25 sessões de NHE em um período de 13 semanas. Desfechos avaliados: O desfecho primário avaliado foi a incidência de lesões. Os desfechos secundários foram a gravidade da lesão e a adesão ao protocolo de intervenção. As taxas de incidência de lesões foram significativamente menores no grupo intervenção comparado ao grupo controle. O risco de lesões nos isquiotibiais foi reduzido no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle e foi estatisticamente significativo. Não 22 foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos intervenção e controle em relação à gravidade da lesão. A adesão ao protocolo de intervenção foi de 91%. Suarez-Arro nes L, Nakamura FY, Maldonado RA, Torreno N, Di Salvo V, Mendez-Villa nueva A.22 2020 Sujeitos: Jogadores profissionais do sexo masculino Grupos: 10 temporadas (GC) e 2 temporadas (GI) Intervenção: O programa de prevenção complexa multicomponente consistiu principalmente em seis componentes: i) treino de força incluindo exercícios específicos para a cadeia posterior; ii) controle do treinamento em campo; iii) tratamento fisioterapêutico; iv) gerenciamento da carga de treinamento; v) treinamento individual (pontos fracos); e vi) clube VS GC não teve intervenção de prevenção claramente definida e estruturada. Desfechos avaliados: Lesões nos O estudo mostrou que a incidência de lesões nos isquiotibiais foi reduzida três vezes após o treinamento de prevenção multicomponente e complexo durante duas temporadas de futebol, quando comparado às 10 temporadas anteriores sem qualquer intervenção 23 isquiotibiais, absenteísmo, taxas de lesões e carga de lesões entre as temporadas de controle e intervenção foram comparadas usando uma razão de taxa (RR) com IC de 95%. sistemática para promover a prevenção de lesões NHE: nordic hamstring exercise (exercício nórdico); GC: grupo controle; GI:grupo intervenção; GT: grupo treinamento; n: (números). 24 4 DISCUSSÃO A presente revisão de literatura teve como objetivo realizar uma revisão literária por meio de artigos científicos a respeito da prevenção de lesões musculares, como foco nos isquiotibiais, em atletas de futebol de campo, visto que a estudos epidemiológicos ressaltam que esses jogadores são muito acometidos por lesão nesse grupo muscular13. Além disso, os prejuízos para o atleta e para o time tem impacto significativo nos campeonatos e patrocínios, sendo assim a prevenção dessas lesões é tão importante7.Os estudos incluídos nesta revisão tiveram como população principal homens praticantes de futebol de campo e utilizaram, principalmente, o exercício nórdico (demonstrado na figura 1) para fortalecimento dos isquiotibiais visando a prevenção das lesões. Isso pode sugerir que na prática, esse tipo de exercício apresenta resultados satisfatórios na maioria dos jogadores e por isso foi tão utilizado na amostra. Mesmo assim, foi possível encontrar estudos que não utilizaram exercícios nórdicos, mas tiveram resultados positivos também. Figura 1. Demonstração de exercício nórdico Fonte: Revista Camboriú 25 Nesse contexto, os exercícios propostos para os atletas de futebol seguem uma evolução de carga e repetições para garantir força muscular e resistência, a partir da adaptação e sobrecarga durante a realização das repetições. Assim, a propostade exercícios deve ser individualizada de modo a considerar as características biológicas de cada jogador17. A respeito da população investigada nos estudos, os presentes autores observaram que a grande maioria dos artigos incluíam homens praticantes de futebol de campo. Porém, é importante destacar que o número de mulheres praticantes de futebol de campo vem crescendo a cada ano. Essa restrição inicial das mulheres na prática esportiva é explicada através da história. Foi decretado no ano de 1940 a limitação à prática esportiva por mulheres, posicionando que não era permitida a prática feminina de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de praia, futebol de salão, polo entre outros esportes. Porém, mesmo com a proibição, algumas mulheres realizavam algumas práticas esportivas escondidas. A proibição persistiu por mais de três décadas, quando em 1979 houve sua revogação19. Em 1984 a modalidade de futebol feminino foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Desportos (hoje extinto). O que se observou desde então, foi crescimento lento e gradual da participação feminina na modalidade futebol. Para o futebol feminino brasileiro, na década de 2000 referiu-se uma mudança importante, com a conquista do 4° lugar nas olimpíadas de Sydney na Austrália. Logo em seguida, em 2002 no Sul-Americano Sub-19 o país foi campeão. Já em 2003 foi campeão invicto na categoria adulto do torneio Sul-Americano, também se consagrando campeão nos Jogos Pan-Americanos na República Dominicana. Embora as conquistas fossem extremamente positivas, não tinha motivo para comemoração diante a dura realidade vivenciada pelas atletas, sem salário, ajuda de custo, sem reconhecimento6. A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), buscando integrar e dar maior visibilidade ao futebol feminino, aprovaram adoção de medidas de governanças que busquem dentre outras questões a igualdade de gêneros. Tendo em vista 26 que todos os clubes do futebol masculino, teriam que ter um time feminino, sendo assim quem não mantivesse um time feminino, seriam proibidos de disputar campeonatos. Sendo assim, o futebol profissional feminino foi ganhando mais visibilidade. Portanto, o futebol feminino comparado com o masculino, precisa de muito mais reconhecimento, investimento, igualdade salarial23. Nesse sentido, com o crescimento da prática esportiva pelas mulheres, há uma urgência na inserção desta população nos estudos que tem por objetivos a realização de condutas visando a prevenção de lesões dos isquiotibiais10. Já em relação a intervenção proposta pelos autores visando a prevenção de lesão dos isquiotibiais em atletas de futebol, o exercício resistido foi a principal opção na maioria dos estudos incluídos nesta revisão. Por volta de 1980, a comunidade científica reconheceu que os exercícios de força eram importantes para melhora da capacidade funcional, metabolismo basal, controle de peso, saúde do esqueleto, ganho de massa muscular, prevenção e reabilitação de lesões ortopédicas. A partir da evolução dos estudos e com o passar do tempo, o treinamento resistido passou a fazer parte e a ser recomendado para atletas profissionais e amadores de qualquer modalidade esportiva, além de ser importante para o condicionamento físico da população em geral23. O uso de peso durante as atividades físicas causa aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos, o que leva a maiores quantidades de oxigênio. Com o passar do tempo e o aumento progressivo de carga, ocorre uma adaptação da musculatura que se apresenta como hipertrofia. Quanto maior a carga de exercício por um tempo determinado, maior será o ganho de massa muscular24,25. Com os dados encontrados podemos observar que quando é realizado exercícios nórdicos tem eficácia de redução de lesões em isquiotibiais. O exercício nórdico aumenta a força excêntrica dos isquiotibiais com um objetivo 27 de prevenção, um exercício de cadeia cinética aberta onde necessita da utilização do peso corporal para exercer uma força nos isquiotibiais. Este exercício exige que o indivíduo abaixe sua parte superior do corpo em direção ao solo com uma posição ajoelhada com outro indivíduo ou dispositivo para segurar os tornozelos para baixo. O indivíduo é orientado a deixar seu corpo cair para frente e resistir a queda contra o solo com seu maior tempo possível, realizando uma força excêntrica dos isquiotibiais. Usando a parte superior do seu corpo para fornecer uma propulsão para retornar sua posição inicial, onde diminui sua carga concêntrica25. 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados encontrados na literatura mostraram que jogadores de futebol estão sujeitos a lesões musculares, principalmente em membros inferiores, onde os isquiotibiais são muito acometidos. Isso causa prejuízos tanto para o atleta, quanto para o time que fica desfalcado por um período relativamente longo, dependendo do grau da lesão. Por isso, é de suma importância estratégias para a prevenção dessas lesões. De acordo com os autores incluídos do presente estudo, foi possível concluir que a principal modalidade para prevenir tais lesões são os exercícios nórdicos. Contudo, os exercícios de fortalecimento de membros inferiores levando em conta o grau de força individual dos isquiotibiais também apresenta resultados satisfatórios na prevenção das lesões desse grupo muscular. 29 REFERÊNCIAS 1. Cavalcante KHS. 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Prevenção e Reabilitação de Lesões dos Músculos Isquiotibiais e do Ligamento Cruzado Anterior em Contexto Desportivo. 2018. Dissertação de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento Desportivo, apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2018. 30 13. Ribeiro-Alvares JB, Marques BB, Vaz MA, et al. Four Weeks of Nordic Hamstring Exercise Reduce Muscle Injury Risk Factors in Young Adults. Journal of Strength and Conditioning Research, 2018;32(5):1254-62. 14. Ishoi L, Holmich P, Aagaard P, et al. Effects of the Nordic Hamstringexercise on sprint capacity in male football players: a randomized controlled trial. J Sports Sci, 2018:36(14):1663-72. 15. Oliveira NT, Medeiros TM, Vianna KB, et al. A four-week training program with the nordic hamstring exercise during preseason increases eccentric strength of male soccer players. Int J Sports Phys Ther, 2020;15(4):571-8. 16. Elerian AE, El-Sayyad MM, Dorgham HAA. Effect of Pre-training and Post-training Nordic Exercise on Hamstring Injury Prevention, Recurrence, and Severity in Soccer Players. Ann Rehabil Med, 2019;43(4):465-73. 17. Inácio MP. Efeitos do treinamento muscular na mesa flexora com ênfase excêntrica sobre o desequilíbrio de força dos flexores do joelho em atletas profissionais de futebol durante a pré-temporada. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Porto Alegre, 40 f, 2020 18. Mendiguchia J, Conceição F, Edouard P, et al. Sprint versus isolated eccentric training: Comparative effects on hamstring architecture and performance in soccer players. Plos One, 2020;15(2):e0228283. 19. Vianna KB, Rodrigues LG, Oliveira NT, et al. A Preseason Training Program With the Nordic Hamstring Exercise Increases Eccentric Knee Flexor Strength and Fascicle Length in Professional Female Soccer Players. Int J Sports Phys Ther, 2021;16(2):459-67. 20. Schache, A. Eccentric hamstring muscle training can prevent hamstring injuries in soccer players. J Physiother, 2012;58(1):58. 21. Van Der Horst, Nick et al. O efeito preventivo do exercício isquiotibiais nórdico em lesões isquiotibiais em jogadores de futebol amador: um estudo controlado randomizado. The American Journal of Sports Medicine, 2015;43(6):1316-23. 22. Suarez-Arrones L, Nakamura FY, Maldonado RA, et al. Applying a holistic hamstring injury prevention approach in elite football: 12 seasons, single club study. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 2021;31(4):861-4. 23. Souza GLP et al. Futebol feminino: espaço em construção. Acta jurídica peruana, 2020;3(1):75-91. 24. Mohammadi M, Naderi A, Asadi F. Os efeitos da resistência da pirâmide dupla e do treinamento de velocidade da pirâmide em algumas adaptações fisiológicas de jovens jogadores de futebol de elite. RBFF-Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 2021;13(53):266-74. 31 25. Almeida, AXP. A importância do exercício nórdico na prevenção de lesões nos isquiotibiais no futebol masculino: revisão de literatura. 2018. Universidade Fernando Pessoa FCS/ESS Licenciatura Em Fisioterapia, 16f, 2018. 26. Internet. Revista Camboriú. Disponível em <https://revistacamboriu.com.br/voce-conhece-o-exercicio-flexao-nordica/amp/> Acesso em 14 de dezembro de 2022. https://revistacamboriu.com.br/voce-conhece-o-exercicio-flexao-nordica/amp/ 32 ANEXO A - NORMAS REVISTA INSPIRAR MOVIMENTO E SAÚDE 1 Página de Identificação A primeira página do manuscrito deve conter os seguintes dados: 1) Título do manuscrito em português em letras maiúsculas; 2) Título do manuscrito em inglês em letras minúsculas (somente a primeira letra maiúscula); 3) Autoria: nome e sobrenome de cada autor em letras minúsculas, sem titulação, seguidos por número sobrescrito (expoente), identificando a filiação institucional/vínculo (Unidade/ Instituição/ Cidade/ Estado/ País); para mais de um autor, separar por vírgula; 4) Nome e endereço completo (com e-mail) do autor correspondente. 2 Resumo/Abstract Logo após o item 5 da página de identificação deve aparecer uma descrição concisa e estruturada do trabalho, de no máximo 250 palavras em um único parágrafo, em português (Resumo) e em Inglês (Abstract). Notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas. O Resumo e o Abstract devem ser apresentados em formato estruturado, contemplando os seguintes itens: Contextualização, Objetivo, Métodos, Resultados e Conclusão (o título dos itens não devem aparecer no resumo/abstract). As Palavraschave/Keywords (máximo seis) devem aparecer logo após o Resumo/Abstract. A Rev Inspirar Mov Saúde recomenda o uso do DeCS – Descritores em Ciências da Saúde para consulta aos termos de indexação (palavras-chave) a serem utilizados no artigo. 3 Corpo do texto O corpo do texto dos artigos deve obrigatoriamente conter os seguintes itens: 1) Introdução: deve caracterizar a importância do tema e a necessidade de se realizar a pesquisa e apresentar os objetivos do trabalho. 33 2) Materiais e Métodos: descrever de maneira detalha todos os procedimentos operacionais do estudo de modo a permitir que o trabalho possa ser inteiramente repetido por outros pesquisadores. Incluir todas as informações necessárias – ou fazer referências a artigos publicados em outras revistas científicas – para permitir a replicabilidade dos dados coletados. Deverá conter neste item a menção a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, ou pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Animais, ligados a Instituição onde o projeto/pesquisa foi desenvolvido. 3) Resultados: somente devem ser apresentadas as informações novas encontradas pelo pesquisador isentas de qualquer discussão ou interpretação pessoal. Recomenda-se que os resultados sejam expressos em forma de gráficos, tabelas, quadros e números. Todos os dados apresentados através dos elementos gráficos (tabelas, quadros, gráficos, figuras, etc.), não devem ser repetidos no texto. 4) Discussão: devem-se interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis, principalmente àqueles que foram indicados na Introdução do trabalho. As informações dadas anteriormente no texto podem ser citadas, mas não devem ser repetidas em detalhes na discussão. Os estudos de caso devem ser restritos às doenças ou procedimentos incomuns onde a produção de um artigo original não seja possível. Os relatos de casos clínicos não necessitam seguir a estrutura dos artigos originais, mas devem apresentar um delineamento metodológico que permita a reprodutibilidade das intervenções ou procedimentos relatados. Recomenda-se muito cuidado ao propor generalizações de resultados a partir desses estudos. Desenhos experimentais de caso único serão tratados como artigos originais. 4 Agradecimentos Quando for o caso, agradecimentos poderão ser incluídos de forma concisa no final do texto antes das Referências Bibliográficas. 5 Referências Bibliográficas 34 O número recomendado de referências é de 30 para os artigos originais, 15 para os relatos de caso e 50 para as revisões. As referências bibliográficas devem ser organizadas em sequência numérica, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo o estilo Vancouver (Vancouver Style, atualizado em outubro de 2004). Os títulos dos periódicos citados devem ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela ListofJournalIndexed in Index Medicus, da National Library of Medicine disponibilizados no endereço https://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog?db=journals Para todas as referências, cite todos os autores até seis. Acima desse número, cite os seis primeiros autores seguidos da expressão et al. Citações de Artigos Originais: Neder JA, Nery LE, Castelo A, Andreoni S, Lerario MC, Sachs AC et al. Predictionofmetabolicandcardiopulmonary responses tomaximumcycleergometry: a randomizedstudy. EurRespir J. 1999; 14(6):1204-13. Citações de Resumos: Singer M, Lefort J, Lapa e Silva JR, Vargaftig BB. Failureofgranulocytedepletiontosuppressmucinproduction in a murinemodelofallergy [abstract]. Am J RespirCritCare Med. 2000; 161: A863. Citações de Capítulos de Livros: Queluz T, Andres G. Goodpasture’ssyndrome. In: Roitt IM, Delves PJ, editors. EncyclopediaofImmunology. 1st ed. London: Academic Press; 1992. p. 621-3. Citações de Publicações Oficiais: World Health Organization. Guidelines for surveillanceofdrugresistance in tuberculosis. WHO/Tb, 1994; 178:1-24. Citações de Teses: Martinez TY. Impacto dadispnéia e parâmetros funcionais respiratórios em medidas de qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com fibrose pulmonar idiopática [Tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1998. Citações de Artigos Publicados na Internet: Abood S. Qualityimprovementinitiative in nursing homes: the ANA acts in anadvisory role. Am J Nurs [online]. 2002 Jun [citado 12/8/2002]; 102(6): [cerca de 3pp.]. Disponível em . Citações de Homepages/Endereços Eletrônicos: Cancer-Pain.org [homepage]. New York: AssociationofCancer Online Resources, Inc.; c2000-01 [atualizado em 16/5/2002, citado em 9/7/2002]. 35 Disponível em. 6 Tabelas e Figuras As figuras e tabelas devem aparecer no corpo do texto próximo ao local onde foram citadas. O número de tabelas e/ou figuras é limitado a 6. As tabelas devem conter apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas (tamanho máximo permitido: uma página em espaço duplo), respeitando as margens do texto. As Tabelas devem estar formatadas de modo a ocupar o centro da página de uma margem a outra no máximo ou metade da página (1 coluna). Não devem ser formatadas com marcadores horizontais nem verticais, nem cores ou tons de cinza, apenas necessitam de linhas horizontais para a separação de suas seções principais. Devem ser usados parágrafos ou recuos e espaços verticais e horizontais para agrupar os dados. As figuras devem ser formatadas em preto e branco. Usar letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) para identificar as partes individuais de figuras múltiplas. As figuras e tabelas e devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos com título descritivo e legendas que as tornem compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto do artigo. Digitar os títulos e legendas em espaçamento simples e negrito e explicar todos os símbolos e abreviações. As figuras e tabelas não devem conter legendas ou elementos em outra língua diferente da Língua Portuguesa. Todas as Figuras devem estar em alta resolução (no mínimo 300 dpi). A equipe de editoração gráfica da revista poderá solicitar aos autores o envio de figuras com maior resolução. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS Evitar o uso de iniciais, nomes ou números de registros hospitalares dos pacientes. Um paciente não poderá ser identificado em fotografias, exceto com consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original. Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido consentimento livre e esclarecido dos participantes (reporte-se à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos).