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<p>Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA)</p><p>Curso: Odontologia</p><p>Data:14/03/2024</p><p>Disciplina: Projeto Integrador de Extensão I</p><p>Prof° Izabella Pasolini</p><p>FICHAMENTO</p><p>Beatriz Fiorido de Melo</p><p>Fundamentação teórica: Etiologia e epidemiologia da cárie dentária</p><p>UNIFESP. Etiologia dos Transtornos de Ansiedade. Disponível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade27/unidade27_ft_etiologia.pdf. Acesso em: 12//03/2024.</p><p>CITAÇÕES E COMENTÁRIOS</p><p>A cárie é uma doença que afeta os dentes e é causada por atividade bacteriana na superfície dos dentes. É uma deterioração dos tecidos dentários devido à ação de ácidos produzidos por bactérias na placa bacteriana. Além de causar lesões, a cárie pode levar a cavidades nos dentes, dor e eventualmente perda dentária se não for tratada.</p><p>“O conceito supracitado nos traz informações importantes que serão discutidas ao longo desta fundamentação teórica. O primeiro deles é compreendermos que a cárie dentária é uma doença resultante do desequilíbrio do binômio saúde-doença, podendo apresentar lesões-sinais na população. Esses sinais são erroneamente conhecidos pela população como “cáries”, mas, na verdade, são as lesões da doença propriamente dita. Essas lesões podem se apresentar em estágios iniciais visíveis clinicamente (lesões de mancha branca ativa em esmalte) ou em estágios mais avançados, como as cavitações dentárias, que são mais uma vez compreendidas pela população como “cáries”. ” (p.2)</p><p>“A diferenciação entre a doença e a manifestação (lesão) desta implica condutas diferenciadas na abordagem da prevenção e no tratamento da doença cárie. Se o tratamento for centralizado nas lesões pela restauração das cavidades, e não nos fatores etiológicos da doença, isso resultará em um “ciclo restaurador repetitivo”, ou seja, no fracasso do controle da doença. O paciente teve as manifestações e não a doença tratada e, portanto, poderá apresentar em um curto período de tempo novas lesões ou recidivas da lesão no mesmo elemento dentário” (p.2)</p><p>A diferenciação dos tipos de lesões que as cáries causam e suas mais diversas manifestações são cruciais para uma abordagem definitiva e não somente de tratamento da dor, afinal, o tratamento sem a determinação de fatores etiológicos pode tornar o processo repetitivo.</p><p>A determinação de fatores é essencial para o direcionamento da prevenção e o tratamento dessa doença.</p><p>Os principais fatores que contribuem para a cárie, citados pelos autores Keyes (1960) e Newbrun (1978) incluem hospedeiro, que é o local onde a doença se manifesta, e esse varia de acordo com a morfologia dental, a saliva nesse processo desempenha um papel protetor através de suas propriedades de ação antibacterianas. Os Microrganismos como Streptococcus mutans e Lactobacillus, bactérias cariogênicas que possuem a capacidade de produzir ácidos e participar do processo da doença, pois transformam carboidratos em açúcares e sobrevivem da fermentação, e ainda conseguem sobreviver em ambiente ácido. A dieta, principalmente o consumo frequente de carboidratos fermentáveis, roincipalmente quando o consumo é entre as refeições. O tempo tem grande influência, juntamente com os outros fatores, levam a desmineralização do esmalte, que é um dos processos centrais na formação da cárie.</p><p>“Além dos fatores determinantes para a doença (interação entre hospedeiro, dieta, biofilme e tempo), é sabido que fatores sociais, econômicos e comportamentais podem influenciar no desenvolvimento da doença cárie. Diversos estudos já demonstraram que as diferenças nos níveis de saúde podem ser explicadas pelas diferenças socioeconômicas (ANTUNES et al., 2004; KEYES, 1960). ” (p.3)</p><p>Compreender como a cárie se espalha é importante para criar programas de prevenção e tratamento, além de planejar serviços odontológicos.</p><p>“A cárie dentária é uma doença crônica e infecciosa que provoca a destruição dos tecidos dentários, podendo ser diagnosticada clinicamente em seus estágios iniciais (lesões em esmalte) ou estágios mais tardios (cavitação em dentina e/ou necrose da polpa dentária, órgão onde se localizam terminações nervosas e capilares sanguíneos). Além da detecção da doença, é de extrema importância avaliar a atividade dela: ativa ou inativa. A doença ativa significa que o indivíduo está experimentando um momento ativo da doença, enquanto as lesões inativas apontam para a ocorrência de um episódio da doença. Vale ressaltar que, para a realização do diagnóstico das lesões de cárie, é imprescindível que o dente esteja limpo, seco e bem iluminado. ” (p.4)</p><p>A identificação de grupos populacionais é de extrema importância para a definição de grupos de risco para a cárie dentária, pois é nesses grupos mais necessitados que as lesões progridem. A previsão baseada apenas em fatores biológicos, como a presença de bactérias cariogênicas, pode ser imprecisa. A história prévia da doença é um indicador valioso. Ações para promover fatores saudáveis são essenciais para reduzir desigualdades de saúde.</p><p>Na ESF, a abordagem para prevenir e tratar a cárie dentária é baseada na promoção, proteção e recuperação, isso envolve uma série de ações, como educação em saúde bucal, criação de hábitos de higiene e dieta saudáveis, além da aplicação de flúor para o fortalecimento do esmalte dentário.</p><p>“A busca da autonomia dos cidadãos é outro requisito das ações de promoção de saúde. A equipe de saúde deve fazer um esforço simultâneo para aumentar a autonomia e estimular práticas de autocuidado por pacientes, famílias e comunidades (BRASIL, 2004a).” (p.6)</p><p>Além disso, o Tratamento Restaurador Atraumático (ART) é uma opção menos invasiva para tratar a cárie, especialmente em comunidades onde recursos são limitados, pois é uma técnica conservadora.</p><p>“[...] uma vez que propõe a remoção somente do tecido cariado não passível de remineralização; possui boa aceitação pelos pacientes, pois exclui a necessidade de anestesia infiltrativa; é técnica de simples execução e baixo custo, não necessitando do consultório odontológico e todo o seu aparato; e ainda pode ser realizada em situações de campo, o que reduz seu custo operacional (FRENCKEN; HOLMGREN, 2001). [...]” (p.7)</p><p>“O tratamento oferecido nos CEOs é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de Atenção Básica e, no caso dos municípios que estão na Estratégia Saúde da Família, pelas equipes de saúde bucal. Os profissionais da Atenção Básica são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos centros especializados apenas casos mais complexos. ” (p.8)</p><p>Essa abordagem integrada visa melhorar a saúde bucal da população e reduzir as desigualdades e disparidades no acesso aos cuidados odontológicos.</p><p>4</p><p>image1.jpeg</p>

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