Prévia do material em texto
<p>P E D I A T R I A</p><p>Caro Revalidando,</p><p>Olá. Tudo bem? Venho aqui te apresentar o tal caderninho da aprovação!</p><p>Resolvemos dar este nome para elevar a moral da tropa! Afinal, levantava o nosso!</p><p>Pois bem, antes que você comece a folheá-lo, empolgado, te explicarei para que serve e quando utilizar</p><p>essa ferramenta. Para isso, vou citar algumas características dele:</p><p>O caderno de aprovação não é um resumo de temas, muito longe disso! É um apanhado sintetizado (e</p><p>põe sintetizado nisso) das informações mais prevalentes de cada tema. Estarão em forma de frases,</p><p>tópicos, mensagens simples, para que a partir da leitura, possa abrir sua mente um leque de</p><p>informações sobre aquele tema, ou seja, ele só funciona se você ralou e estudou com bastante afinco e</p><p>dedicação sobre os assuntos ali presentes. Lembre-se: não existem milagres.</p><p>O ideal é que você construa seu próprio caderno à medida que vá estudando os temas, analisando as</p><p>questões e buscando os pontos chave durante sua preparação, mas deixo aqui uma amostra do que fiz.</p><p>Sendo assim, você pode completá-lo com suas informações ou tomá-lo como base para construir um do</p><p>zero, por que não?</p><p>Quando ele deve ser utilizado?</p><p>Nos últimos sessenta dias se você for complementar ou iniciar seu próprio caderno da aprovação do</p><p>zero. Mas ele será realmente essencial nos últimos dias antes da prova (5 a 4 dias), para que possa viajar</p><p>de forma rápida sobre cada tema prevalente,com visita as informações essenciais, linkando com todo</p><p>trabalho feito durante sua preparação.</p><p>Então, se dedique muito!!! Se esforce, e nos momentos finais venha fazer uma visitinha a tudo que</p><p>estudou em forma de pequenos gatilhos (do bem!)</p><p>Um cordial abraço.</p><p>ICTERÍCIA NEONATAL</p><p>MOTIVOS:</p><p>Vida médica das hemáticas é de 70 a 90 dias com uma massa maior de hemoglobina</p><p>Circulação enterohepática de BI aumentada no RN (flora intestinal é limitada beta-glucoronidase degrada BD em BI</p><p>sobrecarga do hepatócito.</p><p>Icterícia fisiológica: Após as primeiras 24h de vida, pico entre 3º e 5 dia, resolve na 1ª semana, não passa da zona 3 de</p><p>Kramer, BT não ultrapassa 12mg/dL</p><p>Icterícia patológica: Que aparece nas primeiras 24h de vida, ou BT >12mg/dLindependente da idade pós natal, ou icterícia</p><p>que atinge zona 4 ou 5 de Kramer, ou não se resolveu após 1ª ou 2ª semana de nascido</p><p>CAUSAS IMPORTANTES</p><p>Doenças hemolíticas (sobrecarga do hepatócito): incompatibilidade ABO ou Rh</p><p>o Mãe O, produz Anti-A e Anti-B se RN for A ou B geralmente produz quadros de hemólise leve</p><p>o Mãe Rh – e RN Rh+ hemólise importante, hidropsia, choque anemia, macrocitose</p><p>Deficiência de G6PD, sepse neonatal, cefalohematomas</p><p>Oferta insuficiência de leite materno</p><p>Colestase neonatal (por atresia de vias biliares, é uma urgência pediátrica) icterícia após 14 dias com acolia, colúria</p><p>cirurgia em 2 meses de vida: portoenterostomia de Kasai após esse período: transplante hepático</p><p>Estenose hipertrófica do piloro</p><p>Hipotireoidismo congênito</p><p>OBS: icterícia visível nas primeiras 24h, BT de 6 mg/dL, ou após 24h e BT >18mg/dL indicação de fototerapia (risco de</p><p>encefalopatia ictérica – Kernicterus)</p><p>MAUS TRATOS NA INFÂNCIA</p><p>SÍNDROME DE MUNCHAUSEN POR PROCURAÇÃO</p><p>Causa ou simula lesões ou doenças na criança com a consequência de submetê-la a explorações e tratamentos</p><p>desnecessários</p><p>Lesões de dentes anteriores e palato</p><p>Notificação compulsória e acionar o conselho tutelar</p><p>TRÍADE DO BEBE SACUDIDO (SHAKEN BABY)</p><p>Em menores de 2 meses, agitação vigorosa provocando acelerações e desacelerações da cabeça</p><p>Hematoma subdural</p><p>Hemorragias retinianas</p><p>Encefalopatia</p><p>ABUSO SEXUAL</p><p>Ato ou jogo sexual para estimular a criança ou adolescente (avaliar necessidade de profilaxias para hepatite B, HIV, outras</p><p>DST, contracepção de emergência em meninas)</p><p>História incompatível com a lesão ou contraditória</p><p>Demora em procurar atendimento após injúria</p><p>Suspeitar de maus tratos durante o exame físico: lesões que parecem ser causadas por objetos, marca de dente,</p><p>circulares ou bilaterais, lesões orais, incompatíveis com mecanismo do trauma, queimaduras em “luva ou bota” (envolve</p><p>toda extremidade)</p><p>Conduta</p><p>o Inventário ósseo por radiografia em 2 anos</p><p>o Tomar medidas curativas (tratar as injurias), jurídicas (notificação imediata ao SINAN, ao Conselho Tutelar ou Vara</p><p>da Infância) e preventivas (centrada na família, oferecer apoio psicológico, educacional)</p><p>ITU NA INFANCIA</p><p>CLÍNICA</p><p>Em RN e lactentes é inespecífico (geralmente quadro febril, irritabilidade, vômito, distensão abdominal</p><p>o RN e lactentes</p><p>mesmo após introdução de outros alimentos</p><p>Em caso de mastalgia: fazer uma pausa de 24 a 48h, porém ordenhando a mama acometida</p><p>Armazenamento: 2 horas em ambiente, 12 horas na geladeira ou 2 semanas no freezer (DDD)</p><p>DIARREIA E DESIDRATAÇÃO</p><p>Definir se a criança está hidratada, desidratada ou desidratada grave (para definir depois o plano de hidratação)</p><p>Avaliar boca, mucosas, olhos, sede, tempo de enchimento capilar (TEC), pulsos, sinal da prega</p><p>1º Estado geral bom, olhos com lágrimas, brilhante, boca húmida, saliva fluida, bebe liquido sem dificuldade, sinal de</p><p>prega desaparece rapidamente, TEC até 3 segundos, pulsos de amplitude normal ESTÁ HIDRATADA</p><p>Plano A: objetivo é prevenir a desidratação, é domiciliar</p><p>o SRO: até 1 ano 50 a 100ml após cada evacuação; 1 a 10 anos 100 a 200ml após cada evacuação; > 10</p><p>anos conforme aceitação</p><p>2º Criança irritada bebe com avidez, olhos fundos, lágrima ausente, boca seca, TEC 3 a 5 segundos, pulso rápido e débil,</p><p>sinal da prega desaparece lentamente 2 desses é sinal de DESIDRATAÇÃO</p><p>Plano B: SRO na própria unidade, sob observação</p><p>o 50 a 100ml/kg em 4 horas se melhorar os sinais de desidratação e boa diurese passar a Plano A</p><p>3º Criança de olhos muito fundos, lágrima ausente, boca muito seca, sinal da prega desaparece muito lentamente 2</p><p>desses é DESIDRATAÇÃO GRAVE</p><p>OBS: criança comatosa, hipotônica, não consegue beber ou bebe com muita dificuldade, TEC >6 segundos, pulsos muito</p><p>débeis ou ausentes se tiver 1 desses é DESIDRATAÇÃO GRAVE</p><p>Plano C: hidratação parenteral</p><p>o SF a 0,9% 20ml/kg em 30 minutos em 5 anos = 30ml/kg em 30 minutos</p><p>o Nas 2 ½ horas seguintes Ringer Lactato 70ml/kg</p><p>Não está recomendado antiemético e probiótico</p><p>Diarreia com moco e/ou sangue – ATB (Shiguelose)</p><p>Zinco para todos (10 a 14 dias)!!! Nos planos A, B e C! Diminui os episódios e evita recorrência em 3 meses.</p><p>DISTURBIO DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO</p><p>Fatores genéticos, ambientais, nutricionais, psicológicos</p><p>Quando considerar déficit de crescimento?</p><p>o Curva E/I abaixo do escore Z-2, Z-3</p><p>o Doenças relacionadas: hipotireoidismo, nefropatia, doença celíaca, deficiência de GH (maioria dos casos é variação da</p><p>normalidade)</p><p>AVALIAR 03 PONTOS:</p><p>Velocidade de crescimento em 1 ano</p><p>Qual estatura alvo</p><p>Solicitar radiografia de punho esquerdo</p><p>Baixa estatura familiar: comparar o canal familiar, idade óssea igual a cronológica e velocidade de crescimento normal</p><p>Retardo constitucional do crescimento: menor que os colegas, sem estirão, taxa de crescimento normal porém abaixo</p><p>de dois devios-padrão (abaixo da curva, porém paralela a ela).</p><p>ATRASO PUBERAL</p><p>Menino: ausência do volume testicular até 14 anos</p><p>Menina: ausência de telarca até 13 anos</p><p>PUBERDADE PRECOCE</p><p>Menino: se aparece antes dos 9 anos</p><p>Menina: se aparece antes dos 8 anos</p><p>o Em meninas pode haver telarca precoce isolada (sem outros caracteres secundários) entre 6 meses a 2 anos</p><p>conduta expectante.</p><p>OBESIDADE: PRINCIPAL PARÂMETRO É IMC/I</p><p>Em 2 marcos referenciar para neuropediatria</p><p>12 meses: anda com apoio, faz pinça, fala 1 a 2 palavras</p><p>15 meses: forma torre de 3 cubos, anda, nomeia objetos</p><p>18 meses: forma torre de 4 cubos, corre com dificuldade, come sozinha, fala em média 10 palavras</p><p>24 meses: corre, sobe escada, forma frases com 3 palavras</p><p>REFLEXOS PRIMITIVOS: QUANDO DESAPARECEM</p><p>Tonico-cervical assimétrico, preensão palmar: até 3-4 meses</p><p>Moro: até 6 meses completamente</p><p>Cutâneo-plantar e preensão plantar: até 12 a 15 meses</p><p>Consulta de puericultura C E V A D A</p><p>(crescimento, estado nutricional, vacinas, alimentação, desenvolvimento, ambiente familiar)</p><p>DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN</p><p>DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA</p><p>Síndrome do desconforto respiratório, mais frequente no RN pré-termo (surfactante faz seu pico em 35 semanas)</p><p>o Aumento da tensão superficial colaba os alvéolos</p><p>o Fatores de risco: prematuridade, sexo masculino, diabetes materna</p><p>RX: infiltrado reticulo-granular difuso (vidro fosco), broncograma aéreo</p><p>Tratamento: suporte ventilatório, sufarctante exógeno (CPAP imediato pode reduzir necessidade de surfactante)</p><p>RN com desconforto pensar em pneumonia neonatal, hiperóxia, barotrauma</p><p>Dicas: o que pedir para o RN com SDR + infecção</p><p>o Hemograma, PCR, hemocultura, urina simples e urocultura, eletrólitos, glicemia, gasometria</p><p>Profilaxia: corticoide antinatal 24 a 34 semanas</p><p>TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN</p><p>É mais comum no RN pré-termo tardio e termo</p><p>Pacientes de cesárea eletiva</p><p>Desconforto leve, autolimitado (até 48h)</p><p>No RX: sinais de congestão, estrias linearesperihilares, hiperinsuflação pulmonar</p><p>Conduta: suporte com O2</p><p>Para evitar: cesárea eletiva nas 39 semanas</p><p>SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO MECONIAL</p><p>RN a termo e pós termo (algum sofrimento fetal)</p><p>RX: atelectasias, aspecto granular grosseiro, enfisema intersticial</p><p>Conduta: suporte ventilatório</p><p>Profilaxia: induzir trabalho de parto após 41 semanas</p><p>INFECÇÕES CONGÊNITAS (ZIKA, TORCH E SÍFILIS)</p><p>Doença infecciosa transmissão hematogênica transplacentária</p><p>Manifestações inespecíficas: PIG, prematuro, microcefalia (37 semanas, na menina 30,24cm, no menino 30,54 cm</p><p>por parte da mãe, administrar Penicilina Benzatina50.000U/kg em</p><p>dose única (para não perder a oportunidade!)</p><p>TOXOPLASMOSE</p><p>Assintomática muitas vezes, coriorretinite, hepatomegalia, calcificações difusas</p><p>Tríade de Sabin: coriorretinite + hidrocefalia + calcificação difusas</p><p>Sulfadiazina + pirimetamina + acidofolinico (folinico em todo 1º ano da criança)</p><p>Prednisona em caso de coriorretinite em atividade ou proteína no LCR >1g/dL</p><p>CITOMEGALOVIRUS</p><p>Pode ser assintomática, microcefalia, exantemas, calcificação periventricular (regrinha do CMV = circunda meu ventrículo)</p><p>Predilação pelo aparelho auditivo – surdez neurossensorial</p><p>Diagnóstico: vírus na saliva ou na urina nas primeiras 3 semanas de vida</p><p>Tratamento: Ganciclovir ou Valganciclovir para evitar surdez</p><p>RUBÉOLA CONGÊNITA</p><p>Cardiopatia congênita, estenose da artéria pulmonar, catarata congênita, sopro +, ausência do reflexo vermelho, surdez</p><p>Conduta: manejo das sequelas</p><p>ZIKAVIRUS</p><p>Calcificações intracranianas corticais e subcorticais</p><p>Desproporção crânio-facial, microcefalia, artrogripose (contratura congênita de articulações)</p><p>TRIAGEM NEONATAL (UNIVERSAL)</p><p>AVALIAÇÃO DO REFLEXO VERMELHO</p><p>Teste do olhinho</p><p>Se as estruturas oculares forem transparentes não terá obstrução (normal) reflexo + bilateral</p><p>Deve ser realizado em toda consulta de puericultura no 1º ano de vida, e 2x por ano até os 3 anos</p><p>Exame de emissão otoacusticas evocadas – teste da orelhinha</p><p>Realizado na maternidade preferencialmente</p><p>Pode ser no 1º mês de vida se alterado revê-se repetir se mantém alterado potencial evocado auditivo de tronco</p><p>encefálico (é um teste neurossensorial) se alterado, referenciar para serviço especializado para avaliação de implante</p><p>coclear (1º semestre de vida)</p><p>TRIAGEM PARA CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CRÍTICAS</p><p>Teste do coraçãozinho</p><p>É feito na maternidade, após 24h de vida</p><p>São cardiopatias dependentes do canal arterial aberto</p><p>Oximetria de pulso em membro superior direito e em um dos membros inferiores</p><p>o Interpretação: se uma das medidas for 94%, ou ainda uma diferença de 3 % entre os membros repetir em</p><p>1h o teste se permanecer alterado, ecocardiograma nas próximas 24h cardiopediatria</p><p>TRIAGEM NEONATAL BIOLÓGICA</p><p>Teste do pezinho</p><p>Realizar do 3º ao 5º dia de vida</p><p>Coleta de sangue do calcâneo em papel filtro</p><p>Rastreio para: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística,</p><p>hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e IgM para antitoxoplasmagondi</p><p>1. Hipotireoidismo congênito: aumento da fontanela posterior, hipotermia transitória, hernia umbilical, constipação</p><p>intestinal (demora em eliminar mecônio), icterícia prolongada.</p><p>o Teste de triagem alterado dosagem de TSH se alterado iniciar levotiroxina ainda nas primeiras 4 semanas de</p><p>vida para evitar retardo do neurodesenvolvimento</p><p>2. Fibrose cística: Inicio – enzimas pancreáticas), gordura nas fezes (pode ter abdome obstrutivo na</p><p>primeira semana – íleo meconial)</p><p>o Na triagem se dosa o tripsinogênio imunorreativo (TIR) se alterado, repetir o teste até no máximo 30 dias de vida</p><p>se alterado Teste do suor</p><p>3. Hiperplasia adrenal congênita: Distúrbios hidroeletrolíticos</p><p>o Lactente jovem com alteração da síntese de cortisol ( -hidroxilase altera a via da aldosterona e de</p><p>andrógenos na menina pode haver genitália ambígua)</p><p>o Forma perdedora de sal é mais grave</p><p>4. Anemia falciforme</p><p>o É considerado normal quando a triagem traz padrão de HbFA</p><p>o Teste alterado se apresentar padrões de HbS (HbFS)</p><p>o Em caso de alteração da triagem espera-se de 4 a 6 semanas para fazer eletroforese de hemoglobina para</p><p>confirmação diagnóstica (que é o período que cai a Hb fetal)porém já pode encaminhar para centro especializado</p><p>TESTE DA LINGUINHA</p><p>Avalia o frênulo lingual</p><p>Dificulta a sucção, mastigação, deglutição conduta é frenotomia (dentista ou cirurgia pediátrica)</p><p>IVAS</p><p>RINOFARINGITE AGUDA</p><p>Autolimitado, resfriado comum (rinovírus, adenovírus, parainfluenza...)</p><p>Coriza, febre baixa, espirros, obstrução nasal (duração média de 7 dias)</p><p>OBS: tosse pode perdurar 15 dias e a secreção nasal pode tornar-se purulenta, porém isso não indica sobreinfecção</p><p>bacteriana (pode ocorrer por descamação da mucosa) o exame clínico e o estado geral da criança está preservado</p><p>A conduta é tratamento com sintomáticos, oferta hídrica e lavagem nasal com SF para fluidificar a secreção</p><p>(contraindicado AAS pelo risco de Sindrome de Reye)</p><p>SINUSITE AGUDA</p><p>Febre >72h ou resfriado comum que dura >10 dias ou piora súbita de um quadro que havia melhorado</p><p>Agentes: pneumococo, H. influenzae, M. catarralis</p><p>Diagnóstico é clinico (não é necessário RX de seios da face – baixa sensibilidade e especificidade)</p><p>Tratamento: amoxicilina VO</p><p>Complicações: celulite periorbitária e/ou orbitaria (esta ultima é pos-septal manifestações visuais como diplopia,</p><p>proptose, redução da acuidade visual internar e ATB parenteral), sinusite crônica (quando >90 dias), abscesso</p><p>cerebral, trombose de seios cavernosos, meningite</p><p>OTITE MÉDIA AGUDA (OMA)</p><p>Liquido inflamatório na orelha média</p><p>Sinais de inflamação: otalgia e hiperemia da membrana timpânica</p><p>Pode ser viral (os mesmos do resfriado comum) ou bacteriana (os mesmos da sinusite aguda)</p><p>Quando tratar com ATB (amoxicilina): 48h, febre e toxemia), criança com comorbidades, entre 6 meses a 2 anos com</p><p>OMA bilateral</p><p>>2 anos sem OMA grave: sintomáticos e reavaliar em 48h</p><p>FARINGOAMIGDALITE</p><p>Febre alta, dor de garganta, dor abdominal, náuseas e vômitos, prostração, linfonodomegalia cervical dolorosa, hiperemia e</p><p>hipertrofia tonsilar</p><p>Critérios de Centor: febre, exsudato faríngeo, adenopatia e ausência de tosse (se houver 3 de 4 teste rápido)</p><p>Teste rápido para detecção de Ag do estreptoe cultura de orofaringe (padrão ouro) se reagente, tratamento pode ser</p><p>com Amoxicilina VO ou Penicilina benzatina dose única</p><p>Critérios clínicos para estreptococos pyogenes: >3 anos, exudado faríngeo, ausência de tosse com linfonodomegalia.</p><p>o OBS: tratamento ATB feito até o 9º dia dos sintomas previne complicação não supurativa (febre reumática,</p><p>mas não a GNPE)</p><p>MONONUCLEOSE INFECCIOSA</p><p>Quadro clinico muito similar a faringoamigdalitepor estrepto, que pode cursar aparecer exantemas após o ATB neste</p><p>caso, suspender o ATB já que é viral (VEB)</p><p>Faringite, linfonodomegalia posterior, febre, associada a hepatoesplenomegalia, exantema e edema palpebral (sinal de</p><p>Hoagland) são característicos</p><p>O que chama atenção: linfocitose com linfócitos atípicos</p><p>CRUPE (LARINGITE VIRAL)</p><p>Após quadro de resfriado comum surge tosse ladrante, rouquidão e estridor inspiratório (característico)</p><p>Tratamento: quadro leve – dexametasona; quadros moderados (estridor em respouso) – agregar nebulização com</p><p>epinefrina; quadros graves (alteração da consciência)– internar em UTI, IOT + conduta do quadro moderado</p><p>TRAQUEITE BACTERIANA</p><p>GRAVE!!!</p><p>Febre alta, disfonia, estridor, muito cansada, a criança tem “fome por ar”</p><p>Exudado mucopurulento na traqueia</p><p>Conduta: internar em UTI, IOT, ATB (cefalosporina de 3ª geração)</p><p>BRONQUIOLITE</p><p>Lactente: pode apresentar 6 a 8 IVAS</p><p>Inicia com quadro de IVA (resfriado) dias após evolui com sibilos</p><p>o Transmissão: por contato direto, gotículas (de outono a inverno o VSR se dissemina mais – 70% dos casos é VSR)</p><p>Pode ter mais de um episódio até os 2 anos (a infecção não garante imunidade duradoura)</p><p>o Inicio: processo inflamatório da mucosa nasal/ conjuntival (tosse, coriza, febre baixa, obstrução nasal)</p><p>descente para o trato respiratório inferior causando edema, inflamação, acumulo de muco, necrose celular</p><p>leva a obstrução de bronquíolos ar entra e tem dificuldade para sair sibilos principalmente são</p><p>expiratórios</p><p>Diagnóstico é clínico, em casos graves se pode solicitar RX de tórax (hiperinsuflação, retificação de arcos costais,</p><p>infiltrado discreto).</p><p>Tratamento:</p><p>o Sem desconforto respiratório sintomáticos e lavagem nasal com SF 0.9%</p><p>o Com desconforto respiratório internar, suporte nutricional, hidratação de manutenção, O2 por cateter nasal</p><p>ou de alto fluxo se Sat 5 dias (critério obrigatório) + 4 dos 5 abaixo</p><p>o Exantema polimórfico</p><p>o Alterações de boca e lábios (língua em framboesa – hipertrofia de papilas)</p><p>o Conjuntivite bilateral não purulenta</p><p>o Edema de pés e mãos</p><p>o Linfadenopatia cervical unilateral não supurativa > 1,5cm</p><p>Conduta: Imunoglobulina EV + AAS em dose antiinflamatória (100mg/kg) realizar ecocardiograma para rastreio de</p><p>complicações (aneurisma de coronária é a principal)</p><p>DESNUTRIÇÃO E OBESIDADE</p><p>Desnutrição avalia na curva P/I abaixo do escore Z-2 = baixo peso para idade; abaixo do escore Z-3 = muito baixo peso</p><p>para idade. Quando é agravo crônico da desnutrição envolve estatura</p><p>MARASMO</p><p>Déficit importante de carboidrato</p><p>Causa importante: desmame precoce e o uso de leite de vaca muito cedo, mistura diluída (hipocalórica)</p><p>Aspecto: emagrecido, pele enrugada, tecido subcutâneo escasso, atrofia muscular, apatia, porém a criança apresenta</p><p>fome</p><p>KWARSHIORKOR</p><p>Déficit importante de proteínas</p><p>Criança irritada, não quer comer!</p><p>Presença de edema, esteatose, hipoalbuminemia importante, distensão abdominal, dermatose descamativa, alteração</p><p>do cabelo (sinal da bandeira)</p><p>CONDUTA PARA DESNUTRIÇÃO GRAVE</p><p>1ª fase: primariamente estabilização clínica, hidratação, corrigir hipoglicemia, tratar infecções/parasitoses, corrigir</p><p>distúrbios hidroeletrolíticos, administrar vitamina A</p><p>2ª Fase: conduta nutricional (suprir as demandas e os déficits de vitaminas e micronutrinentes – ferro após 7 dias)</p><p>3ª fase: manter o suporte nutricional e estimular odesenvolvimento</p><p>OUTRAS CONDIÇÕES</p><p>Hipovitaminose D: distúrbios da mineralização óssea, bossas frontais, alargamento dos punhos e joelhos, crânio tabis</p><p>(amolecimento da calota craneana), rosário raquítico (saliências palpáveis nas junções costocondrais)</p><p>Hipovitaminose A: provoca lesões nos epitélios, tem predomínio ocular</p><p>aparecem as manchas de Bitot, xeroftalmia e cegueira</p><p>OBESIDADE</p><p>IMC é o preditor de risco metabólico para diabetes, resistência insulínica, dislipidemia, HAS e doenças cardiovasculares.</p><p>Causas</p><p>o Exógenas: maioria dos casos inatividade física, consumo de alimentos ultraprocessados, tempo de tela</p><p>o Endógenas: hipotireoidismo, síndrome de Prader-Willi, corticoide</p><p>Parâmetro da PA na criança: 15 minutos investigar causa da</p><p>convulsão, não é febril</p><p>REFLUXO GASTROESOFÁGICO NA INFANCIA</p><p>Lactente regurgita e pode ser um fenômeno fisiológico por imaturidade da barreira antirrefluxo, decúbito dorsal a maior</p><p>parte do tempo – geralmente do 1º ao 6º mês e depois desaparece, em virtude da introdução da alimentação</p><p>complementar</p><p>o Tonus do EEI: normaliza por volta de 4 meses</p><p>CRITÉRIOS DE ROMA IV</p><p>o Criança entre 3 semanas até 1 ano de idade, 2 episódios diários por 3 semanas ou mais, na ausência de perda</p><p>de peso = regurgitação do lactente (“golfadores felizes”)</p><p>QUANDO PENSAR EM DRGE</p><p>o Vômitos logo na primeira 1ª ou 2ª</p><p>semana, as vezes biliosos, irritabilidade, choro constante</p><p>o Engasgos, aversão a alimentos, déficit ponderal</p><p>o Atentar para doenças de base, alergias, idade de inicio dos sintomas</p><p>o Baixo ganho ponderal, esofagite de refluxo conduta medicamentosa (IBP)</p><p>Evitar tabagismo passivo (contribui com refluxo)</p><p>Medidas posturais: posição vertical pós prandial por 20 minutos, crianças maiores, elevar a cabeceira da cama</p><p>VACINAÇÃO</p><p>Agentes vivos atenuados: BCG, Varicela, Febre Amarela, Triplice viral, Tetra viral, VORH (rotavírus oral), VOP (pólio oral)</p><p>o Contraindicadas: imunodeprimidos, neoplasias, corticoide sistêmico em altas doses por duas semanas ou mais</p><p>Reação alérgica grave: broncoespasmo, edema laríngeo, sincope, hipotonia, choque, anafilaxia</p><p>Vacinas orais: não realizar em crianças com mal formação gastrointestinal ou histórico de invaginação intestinal</p><p>o Poliomielite oral: cuidado com o comunicante imunodeprimido (vírus é eliminado pelas fezes)</p><p>BCG</p><p>02 semanas forma pápula/macula endurada em 4 semanas pústula ulcerada 6 a 12 semanas crosta cicatriza</p><p>Em caso de linfadenopatia regional supurativa ou não, asbcesso frio, ulcera grande notificação, isoniazida até o</p><p>desaparecimento das lesões</p><p>Outro evento adverso grave (lesão disseminada) ou óbito pós vacinal notificação compulsória, esquema triplo</p><p>(rifampicina, isoniazida e etambutol)</p><p>HEPATITE B</p><p>3 doses completas (para todos)</p><p>Mãe HBsAg + filho recebe vacina e imunoglobulina (grupos musculares diferentes)</p><p>DTP E PENTAVALENTE</p><p>Febre, sonolência, choro inconsolável observar durante as 24h seguintes não contraindica doses subsequentes</p><p>Episódio hipotônico-hiporresponsivo: transitório e autolimitado notificar e continuar o esquema com DTP acelular</p><p>Crise convulsiva: notificar e observar continuar esquema com DTP acelular</p><p>Encefalopatia: contraindica doses subsequentes, inclusive com DTP acelular continuar esquema com DT (dupla</p><p>infantil)</p><p>Não administrar pentavalente após 5 anos de idade, nem a DTP (inclusive acelular) e DT após 7 anos de idade</p><p>HPV – CASOS ESPECIAIS</p><p>HIV, neoplasia ativa, pós transplante de viscera maciça mulher, de 9 a 45 anos (3 doses), homem de 9 a 26 anos</p><p>MENINGOCÓCICA ACWY</p><p>Vacina de reforço preconizada para o adolescente (11 a 12 anos)</p><p>FEBRE AMARELA</p><p>09 meses e uma dose de reforço aos 4 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias)</p><p>>5 anos: se recebeu 1 dose antes dos 5 anos, fazer outra dose</p><p>>5 anos: nenhuma dose antes dos 5 anos, fazer apenas 1 dose</p><p>DUPLA DO ADULTO (DT)</p><p>03 doses</p><p>PNEUMO 23</p><p>A partir de 60 anos, acamados ou residentes em instituições fechadas (asilos, casa de repouso...)</p><p>PBLS E PALS</p><p>1º lugar: se está em ambiente extra-hospitalar, checar a segurança do local; se está em ambiente hospitalar, paramente-se</p><p>Checar responsividade ausente chamar ajuda/ segundo socorrista/ solicitar DEA/ pedir que acionem serviço de</p><p>emergência/ chegar pulso e respiração (em bebês – pulso braquial/femoral; em crianças maiores – pulso</p><p>carotídeo/femoral)</p><p>Considera-se PCR se pulso ausente ou presente numa frequência 1 ano: 100-120 compressões/minuto, aprofundando cerca de 5 cm do terço inferior do esterno, permitindo o retorno</p><p>completo aqui já usa região tenar e hipotênar relação compressão-ventilação se um socorrista – 30:2; se dois</p><p>socorristas – 15:2</p><p>CHECAR RITMOS</p><p>Ritmos chocáveis: FV e TV sem pulso desfibrilação (iniciar com 2J/kg) RCP imediatamente após o choque, providenciar</p><p>acesso venoso ou intraósseo após 5 ciclos ou 2 minutos, checar novamente o ritmo, se permanece desfibrilar (aumentar</p><p>de 2 em 2 os J/kg até chegar a 10J/kg) considerar drogas a partir do segundo choque (adrenalina, posteriormente</p><p>amiodarona se for necessário um terceiro choque)</p><p>Ritmos não chocáveis: assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP) devem receber RCP de qualidade e Adrenalina</p><p>OBS: Assistolia protocolo de linha reta (CAGADA) verificar CAbos, checar GAnho, alternar Dericações</p><p>do monitor se tudo ok, é realmente assistolia Adrenalina 0,01,g/kg EV a cada 3 a 5 minutos seguir com RCP (o</p><p>ritmo deve ser checado a cada 2 minutos)</p><p>Em caso de ritmos não chocáveis, buscar causas reversíveis 5Ps e 5Hs</p><p>Hipovolemia, hipoxia, hidrogênio (acidose), hipoglicemia, hipo/hipercalemia, hipotermia</p><p>Tensão no tórax (pneumotórax), tamponamento cardíaco, toxinas, trombose pulmonar (TEP), trombose</p><p>coronária (IAM), trauma</p>