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<p>RESUMO 1⁰ BIMESTRE PROCESSOSRESUMO 1⁰ BIMESTRE PROCESSOS</p><p>FISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIAFISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIA</p><p>Terceiro Semestre- Enfermagem</p><p>Conteúdo visto:</p><p>Introdução a imunologia; Elementos do sistema</p><p>imune; Imunidade inata; Inflamação e</p><p>Conceitos gerais de Imunologia Básica;</p><p>Desenvolvimento e ativação de linfócitos;</p><p>Antígenos e anticorpos ; Resposta imune das</p><p>infecções; Vacinas; Reações de</p><p>hipersensibilidade; Imunologia da</p><p>Transplantação; Autoimunidade.</p><p>feito por: Helen Silva</p><p>INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIAINTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA</p><p>O sistema imune é uma interação entre</p><p>diversos componentes do sistema</p><p>imunológico protegendo de agentes</p><p>invasores, como vírus, bactérias, fungos,</p><p>parasitas ou substâncias estranhas ao corpo,</p><p>como alérgenos. Essencial para a defesa do</p><p>organismo contra doenças e infecções.</p><p>Processo fisiopatológico do sistema imune</p><p>Reconhecimento do Antígeno: O sistema</p><p>imunológico é capaz de reconhecer e distinguir</p><p>entre células e substâncias do próprio corpo e</p><p>as que são estranhas. As células do sistema</p><p>imunológico expressam receptores específicos</p><p>que reconhecem antígenos, que são moléculas</p><p>presentes na superfície dos patógenos ou em</p><p>substâncias estranhas.</p><p>Resposta Inata: A resposta imune inata é a</p><p>primeira linha de defesa do corpo contra</p><p>infecções. Ela é rápida e não específica,</p><p>envolvendo células como neutrófilos,</p><p>macrófagos e células natural killer (NK), que</p><p>atacam os invasores diretamente ou liberam</p><p>substâncias químicas para combatê-los.</p><p>Resposta Adaptativa: Se a resposta inata não</p><p>for suficiente para eliminar o patógeno, a</p><p>resposta adaptativa é acionada. Essa resposta</p><p>é mais lenta, mas altamente específica para o</p><p>antígeno. Envolve a ativação de células T e</p><p>células B. As células T podem ser subdivididas</p><p>em células T auxiliares (Th) e células T</p><p>citotóxicas (Tc), enquanto as células B se</p><p>diferenciam em plasmócitos que produzem</p><p>anticorpos.</p><p>Produção de Anticorpos: As células B</p><p>ativadas se diferenciam em plasmócitos, que</p><p>são células especializadas na produção de</p><p>anticorpos. Os anticorpos são proteínas que se</p><p>ligam aos antígenos específicos e marcam os</p><p>invasores para destruição por outras células do</p><p>sistema imune ou para inativação direta.</p><p>Memória Imunológica: Após o combate inicial</p><p>a um patógeno, algumas células do sistema</p><p>imunológico permanecem no organismo como</p><p>células de memória. Essas células são capazes</p><p>de reconhecer rapidamente o mesmo antígeno</p><p>se ele entrar novamente no corpo,</p><p>proporcionando uma resposta imune mais</p><p>rápida e eficaz, conferindo imunidade a longo</p><p>prazo contra a doença.</p><p>Regulação e Tolerância Imunológica: O</p><p>sistema imunológico também precisa ser</p><p>regulado para evitar respostas inadequadas,</p><p>como alergias ou doenças autoimunes.</p><p>Mecanismos de regulação, como células</p><p>supressoras e citocinas anti-inflamatórias,</p><p>ajudam a manter o equilíbrio entre uma</p><p>resposta imune eficaz e a prevenção de danos</p><p>ao próprio organismo.</p><p>ELEMENTOS DO SISTEMA IMUNEELEMENTOS DO SISTEMA IMUNE</p><p>Anatomia funcional das respostas imunes</p><p>Órgãos Linfoides Primários: São</p><p>responsáveis pela produção e maturação</p><p>das células do sistema imunológico. A</p><p>medula óssea é o principal órgão linfóide</p><p>primário, onde os linfócitos B são</p><p>produzidos e amadurecem. O timo também</p><p>é um órgão linfóide primário, onde os</p><p>linfócitos T amadurecem.</p><p>Órgãos Linfoides Secundários: Os locais</p><p>onde as células do sistema imunológico se</p><p>encontram e interagem com antígenos</p><p>(substâncias estranhas). Isso inclui os</p><p>linfonodos, que são pequenos órgãos em</p><p>todo o corpo, o baço, localizado no</p><p>abdômen, e tecidos linfoides associados às</p><p>mucosas, encontrados em órgãos como o</p><p>intestino. Nestes órgãos, as células imunes</p><p>encontram e respondem aos invasores,</p><p>montando uma resposta imune</p><p>adaptativa.</p><p>Circulação entre Sangue e Linfa: As</p><p>células do sistema imunológico podem</p><p>circular entre o sangue e a linfa através</p><p>de vasos sanguíneos e linfáticos. Isso</p><p>permite que as células imunes migrem para</p><p>os locais onde são necessárias, como</p><p>tecidos inflamados ou infectados, para</p><p>combater os invasores.</p><p>Migração e Interação Celular: As células</p><p>do sistema imunológico, como linfócitos,</p><p>macrófagos e células dendríticas, podem</p><p>migrar entre os órgãos linfoides e os</p><p>tecidos periféricos para interagir com</p><p>antígenos e outras células imunes. Esta</p><p>migração é essencial para coordenar uma</p><p>resposta imune eficaz.</p><p>Ativação e Resposta Imune: Quando as</p><p>células do sistema imunológico encontram</p><p>um antígeno, elas se ativam e iniciam uma</p><p>resposta imune específica. Os linfócitos B</p><p>produzem anticorpos que se ligam aos</p><p>antígenos, marcando-os para destruição</p><p>por outras células imunes. Os linfócitos T</p><p>podem destruir células infectadas pelo</p><p>antígeno.</p><p>Memória Imunológica: Após uma infecção,</p><p>algumas células do sistema imunológico</p><p>permanecem no corpo e mantêm uma</p><p>memória do antígeno. Isso permite que o</p><p>sistema imunológico responda mais</p><p>rapidamente se encontrar o mesmo</p><p>antígeno novamente, fornecendo</p><p>imunidade de longo prazo.</p><p>Células do sistema imune</p><p>Linfócitos B:</p><p>Produzem anticorpos.</p><p>Neutralizam antígenos e marcam para</p><p>destruição.</p><p>Linfócitos T:</p><p>Destroem células infectadas por vírus ou</p><p>outras ameaças.</p><p>Existem linfócitos T citotóxicos (CD8+) e</p><p>auxiliares (CD4+).</p><p>Natural Killer (NK):</p><p>Identificam e matam células infectadas por</p><p>vírus ou cancerosas.</p><p>Parte do sistema imunológico inato.</p><p>Fagócitos:</p><p>Englobam e digerem invasores, como</p><p>bactérias e células mortas.</p><p>Exemplos incluem neutrófilos, eosinófilos,</p><p>monócitos e macrófagos.</p><p>Neutrófilos:</p><p>São os fagócitos mais abundantes e</p><p>respondem rapidamente a infecções</p><p>bacterianas.</p><p>Atuam na primeira linha de defesa.</p><p>Eosinófilos:</p><p>São importantes na resposta contra</p><p>parasitas e também estão envolvidos em</p><p>alergias e doenças autoimunes.</p><p>Mastócitos:</p><p>Encontrados em tecidos, especialmente</p><p>próximos a vasos sanguíneos e superfícies</p><p>mucosas.</p><p>Liberação de histamina e outras</p><p>substâncias que desencadeiam inflamação</p><p>e respostas alérgicas.</p><p>Células acessórias</p><p>Monócitos:</p><p>Circulam no sangue e se transformam em</p><p>macrófagos quando entram nos tecidos</p><p>Fagocitam patógenos e ajudam na</p><p>cicatrização de feridas.</p><p>Macrófagos:</p><p>Fagocitam e digerem invasores.</p><p>Também atuam na apresentação de</p><p>antígenos às células T para iniciar a</p><p>resposta imune adaptativa.</p><p>Células Dendríticas:</p><p>Encontradas em tecidos periféricos, como</p><p>pele e mucosas, onde capturam antígenos.</p><p>Migram para os órgãos linfoides para</p><p>apresentar os antígenos às células T e</p><p>iniciar a resposta imune adaptativa.</p><p>Basófilos:</p><p>Células sanguíneas raras envolvidas em</p><p>reações alérgicas e respostas inflamatórias.</p><p>Hematopoiése</p><p>A hematopoiese é o processo pelo qual as</p><p>células sanguíneas são produzidas e</p><p>desenvolvidas na medula óssea. Começa</p><p>com as células-tronco hematopoiéticas, que</p><p>têm a capacidade de se diferenciar em uma</p><p>variedade de tipos celulares. Essas células-</p><p>tronco se dividem e se diferenciam em</p><p>células progenitoras multipotentes, que são</p><p>capazes de se desenvolver em diferentes</p><p>linhagens celulares sanguíneas, incluindo a</p><p>mieloide, linfoide e eritroide.</p><p>Linhagem mieloide: as células</p><p>progenitoras se diferenciam em vários tipos</p><p>de células sanguíneas, como eritrócitos</p><p>(glóbulos vermelhos), leucócitos granulares</p><p>(neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e</p><p>plaquetas.</p><p>Linhagem linfoide: As células progenitoras</p><p>dão origem aos linfócitos B, linfócitos T e</p><p>células natural killer (NK), que</p><p>desempenham papéis fundamentais no</p><p>sistema imunológico.</p><p>Linhagem eritroide: As células</p><p>progenitoras se diferenciam em eritrócitos</p><p>(hemácias), que transportam oxigênio no</p><p>sangue.</p><p>Sistema linfático</p><p>O sistema linfático é uma rede de vasos,</p><p>gânglios e órgãos que auxilia na defesa do</p><p>corpo contra infecções, no transporte de</p><p>fluidos e na absorção de nutrientes. Os vasos</p><p>linfáticos coletam e filtram a linfa, um líquido</p><p>que circula pelos tecidos corporais, enquanto</p><p>os gânglios linfáticos e órgãos como o baço e o</p><p>timo ajudam na produção de células</p><p>imunológicas e na eliminação de agentes</p><p>patogênicos. Assim, o sistema linfático atua na</p><p>imunidade e na manutenção do equilíbrio</p><p>interno do organismo.</p><p>Sistema imune cutâneo</p><p>O sistema imune cutâneo refere-se</p><p>às defesas</p><p>presentes na pele contra microrganismos</p><p>invasores. Isso inclui células de defesa como</p><p>as células de Langerhans na epiderme,</p><p>secreções antimicrobianas de glândulas</p><p>sudoríparas e sebáceas, além da resposta</p><p>inflamatória em caso de lesões. Essas defesas</p><p>protegem a pele contra infecções e contribuem</p><p>para a cicatrização de feridas.</p><p>Sistema imune mucoso</p><p>O sistema imune mucoso é um conjunto de</p><p>defesas presentes nas membranas mucosas</p><p>do corpo, como as do trato respiratório e</p><p>gastrointestinal. Ele protege contra infecções</p><p>por meio da produção de muco, que prende e</p><p>remove patógenos, e da ação de células</p><p>imunes especializadas, como linfócitos e</p><p>células dendríticas, que combatem os</p><p>invasores. Além disso, as membranas mucosas</p><p>contêm anticorpos como a IgA, que</p><p>neutralizam patógenos.</p><p>IMUNIDADE INATAIMUNIDADE INATA</p><p>A imunidade inata ou resposta inata é o</p><p>sistema de defesa natural do corpo contra</p><p>patógenos. Esse sistema está sempre pronto</p><p>para nos proteger contra doenças.</p><p>Características: A imunidade inata é</p><p>constituída por mecanismos de defesa</p><p>presentes desde o nascimento e não requerem</p><p>exposição prévia aos agentes patogênicos para</p><p>serem eficazes. Ela atua de forma rápida, logo</p><p>após a entrada do patógeno no corpo.</p><p>Barreiras físicas: Incluem a pele, que é uma</p><p>barreira física que impede a entrada de</p><p>microrganismos, e as membranas mucosas,</p><p>que revestem cavidades do corpo, como o trato</p><p>respiratório e gastrointestinal, e produzem</p><p>muco para capturar e eliminar patógenos.</p><p>Componentes celulares: Envolve células</p><p>especializadas, como macrófagos, neutrófilos,</p><p>células dendríticas e células natural killer (NK),</p><p>que patrulham o corpo em busca de</p><p>patógenos. Os macrófagos e neutrófilos, por</p><p>exemplo, engolfam e destroem os invasores,</p><p>enquanto as células dendríticas apresentam</p><p>fragmentos dos patógenos às células T para</p><p>iniciar uma resposta imune adaptativa.</p><p>Componentes moleculares: Incluem proteínas</p><p>antimicrobianas, como a lisozima, que</p><p>destroem a parede celular bacteriana, e o</p><p>complemento, um conjunto de proteínas que</p><p>atuam em cascata para marcar e destruir</p><p>patógenos. Além disso, a imunidade inata</p><p>envolve receptores de reconhecimento de</p><p>padrões (PRRs), que reconhecem padrões</p><p>moleculares associados a patógenos (PAMPs) e</p><p>desencadeiam respostas imunes.</p><p>Resposta inflamatória: A imunidade inata</p><p>desencadeia uma resposta inflamatória em</p><p>caso de infecção ou lesão, que visa eliminar</p><p>patógenos, limpar detritos celulares e iniciar</p><p>o processo de cicatrização.</p><p>Processo fisiopatológico imunidade inata</p><p>Detecção do patógeno: Receptores</p><p>especiais nas células imunes reconhecem</p><p>padrões moleculares associados a</p><p>patógenos.</p><p>Produção de citocinas: A detecção dos</p><p>patógenos desencadeia a produção de</p><p>citocinas, que sinalizam para outras células</p><p>imunes e promovem uma resposta</p><p>inflamatória.</p><p>Recrutamento de células de defesa: As</p><p>citocinas recrutam células de defesa</p><p>adicionais para o local da infecção.</p><p>Fagocitose: Macrófagos e neutrófilos são</p><p>ativados para engolfar e destruir os</p><p>patógenos por meio de fagocitose.</p><p>Resposta inflamatória: Uma resposta</p><p>inflamatória localizada ocorre, envolvendo</p><p>a dilatação dos vasos sanguíneos e a</p><p>migração de células imunes para o local da</p><p>infecção.</p><p>Ativação do sistema complemento: O</p><p>sistema complemento é ativado para</p><p>auxiliar na eliminação dos patógenos.</p><p>Sistema complemeto</p><p>O sistema complemento é uma parte</p><p>importante do sistema imunológico, composto</p><p>por uma série de proteínas plasmáticas que</p><p>atuam em conjunto para ajudar a combater</p><p>infecções e promover a inflamação.</p><p>O sistema complemento pode ser ativado de</p><p>diversas maneiras, incluindo a via clássica, a via</p><p>alternativa e a via das lectinas. Uma vez ativado,</p><p>ele desencadeia uma cascata de eventos</p><p>bioquímicos que levam à opsonização</p><p>(marcação de patógenos para facilitar a sua</p><p>fagocitose), inflamação, lise celular direta e</p><p>modulação da resposta imune adaptativa.</p><p>Além de seu papel na resposta imune, o</p><p>sistema complemento também desempenha</p><p>funções em processos fisiológicos normais,</p><p>como a remoção de células apoptóticas</p><p>(programadas para morrer) e a regulação do</p><p>desenvolvimento e da diferenciação celular.</p><p>Disfunção no sistema imunológico</p><p>A disfunção no sistema imunológico pode</p><p>acontecer de várias formas e pode ser causada</p><p>por uma variedade de fatores, incluindo</p><p>genética, infecções, doenças autoimunes,</p><p>uso de medicamentos, estresse e estilo de</p><p>vida:</p><p>Doenças autoimunes: Nestas condições, o</p><p>sistema imunológico ataca erroneamente</p><p>células saudáveis do corpo. Exemplos</p><p>incluem artrite reumatoide, lúpus</p><p>eritematoso sistêmico, doença de Crohn,</p><p>psoríase e esclerose múltipla.</p><p>Imunodeficiências primárias: Estas são</p><p>doenças genéticas que afetam a</p><p>capacidade do sistema imunológico de</p><p>combater infecções, tornando os indivíduos</p><p>mais suscetíveis a doenças infecciosas.</p><p>Exemplos incluem a síndrome de</p><p>imunodeficiência combinada grave (SCID)</p><p>e a síndrome de Wiskott-Aldrich.</p><p>Imunodeficiências adquiridas: Estas são</p><p>condições em que o sistema imunológico</p><p>se torna enfraquecido devido a fatores</p><p>externos, como infecções virais (por</p><p>exemplo, HIV/AIDS), quimioterapia,</p><p>radioterapia ou uso prolongado de certos</p><p>medicamentos imunossupressores.</p><p>Alergia: Em alergias, o sistema imunológico</p><p>reage de forma exagerada a substâncias</p><p>inofensivas, desencadeando uma resposta</p><p>alérgica. Exemplos incluem alergias a</p><p>alimentos, pólen, mofo, pelos de animais e</p><p>picadas de insetos.</p><p>Reações autoimunes: São respostas</p><p>imunológicas dirigidas contra tecidos ou</p><p>órgãos específicos do próprio corpo, como</p><p>ocorre na diabetes tipo 1 e na tireoidite de</p><p>Hashimoto.</p><p>Hipersensibilidade: Esta é uma resposta</p><p>imunológica exagerada a substâncias</p><p>estranhas ou a certos estímulos ambientais.</p><p>Exemplos incluem dermatite de contato e</p><p>rinite alérgica.</p><p>Imunoterapia: Em alguns casos, o sistema</p><p>imunológico pode ser modificado ou</p><p>estimulado para tratar doenças, como é o</p><p>caso da imunoterapia contra o câncer.</p><p>INFLAMAÇÃO E CONCEITOSINFLAMAÇÃO E CONCEITOS</p><p>GERAIS DE IMUNOLOGIA BÁSICAGERAIS DE IMUNOLOGIA BÁSICA</p><p>Inflamação</p><p>Inflamação é uma resposta benéfica e</p><p>essencial para a proteção do corpo contra</p><p>danos e infecções a estímulos prejudiciais,</p><p>como lesões, infecções ou irritações.</p><p>Agentes físicos: Ferimentos, calor, frio e</p><p>radiação podem causar danos diretos aos</p><p>tecidos, levando à inflamação como parte</p><p>da resposta de reparo do corpo.</p><p>Agentes químicos: Ácidos, álcoois e</p><p>substâncias corrosivas podem irritar os</p><p>tecidos, desencadeando uma resposta</p><p>inflamatória.</p><p>Infecção: Infecções por vírus, bactérias,</p><p>fungos e outros organismos patogênicos</p><p>são uma causa comum de inflamação. O</p><p>sistema imunológico responde à presença</p><p>desses organismos, desencadeando uma</p><p>resposta inflamatória para combatê-los.</p><p>Causas da inflamação</p><p>Exposição a antígenos: Antígenos são</p><p>substâncias que o sistema imunológico</p><p>reconhece como estranhas e</p><p>potencialmente prejudiciais. Exposição a</p><p>substâncias como urtiga, níquel e látex</p><p>pode desencadear uma resposta</p><p>inflamatória em pessoas sensíveis a esses</p><p>antígenos.</p><p>Reações aos tecidos próprios: Algumas</p><p>condições autoimunes, como artrite,</p><p>esclerose múltipla e psoríase, ocorrem</p><p>quando o sistema imunológico ataca</p><p>erroneamente os tecidos do próprio corpo,</p><p>desencadeando uma resposta inflamatória</p><p>crônica.</p><p>Combinação de qualquer uma das</p><p>causas acima: Muitas vezes, a inflamação</p><p>pode ser desencadeada por uma</p><p>combinação de fatores, como lesão física</p><p>seguida de infecção secundária.</p><p>Características da inflamação</p><p>Resposta biológica aos danos teciduais</p><p>(localizada): A inflamação é uma resposta do</p><p>sistema imunológico a danos nos tecidos,</p><p>podendo ser causada por lesões, infecções,</p><p>agentes químicos, entre outros.</p><p>Primariamente, é uma resposta protetora: A</p><p>inflamação é uma reação do corpo para</p><p>proteger o tecido danificado ou combatendo a</p><p>invasão de agentes patogênicos.</p><p>Favorece a eliminação dos tecidos lesados: A</p><p>inflamação pode ajudar a limpar os tecidos</p><p>danificados, removendo células mortas e</p><p>detritos celulares.</p><p>Favorece a eliminação de microrganismos e</p><p>substâncias estranhas: Ela ajuda o sistema</p><p>imunológico a combater e eliminar</p><p>microrganismos invasores, como bactérias,</p><p>vírus e fungos, além de auxiliar na remoção de</p><p>substâncias estranhas ao organismo.</p><p>Favorece a restauração dos tecidos</p><p>injuriados: A inflamação desencadeia</p><p>processos que promovem a cicatrização e a</p><p>regeneração dos tecidos danificados, ajudando</p><p>na sua recuperação.</p><p>Além disso, a inflamação também pode</p><p>apresentar características patológicas,</p><p>como:</p><p>Inflamação crônica: Quando a resposta</p><p>inflamatória persiste por um longo período</p><p>de tempo, podendo causar danos aos</p><p>tecidos saudáveis.</p><p>Autoimunidade: Quando o sistema</p><p>imunológico ataca erroneamente tecidos</p><p>saudáveis do próprio corpo,</p><p>desencadeando uma resposta inflamatória.</p><p>Alergia, hipersensibilidade: Resposta</p><p>inflamatória exagerada a substâncias</p><p>geralmente inofensivas, como pólen,</p><p>alimentos ou medicamentos.</p><p>Respostas locais à injúria</p><p>As respostas locais à injúria são os formas que</p><p>o corpo utiliza para lidar com danos teciduais</p><p>em uma área específica do organismo. Essas</p><p>respostas visam proteger o tecido danificado,</p><p>promover sua reparação e restaurar a função</p><p>normal.</p><p>A inflamação envolve uma série de eventos,</p><p>como vasodilatação, aumento da</p><p>permeabilidade vascular, migração de</p><p>leucócitos para o local da lesão e liberação</p><p>de mediadores inflamatórios.</p><p>Além da inflamação, o corpo ativa o sistema de</p><p>coagulação para evitar a perda excessiva de</p><p>sangue, promove a proliferação celular e a</p><p>regeneração do tecido danificado, inicia o</p><p>processo de cicatrização com a deposição de</p><p>tecido de granulação e forma uma cicatriz para</p><p>fortalecer o tecido.</p><p>Durante esse processo, células fagocíticas,</p><p>como os macrófagos, são responsáveis por</p><p>remover detritos celulares, microrganismos</p><p>mortos e outros materiais estranhos do local</p><p>da lesão. Essas respostas são coordenadas e</p><p>integradas para promover a recuperação do</p><p>tecido danificado e restaurar sua função</p><p>normal.</p><p>Sinais da inflamação:</p><p>Mediadores da inflamação</p><p>Fatores da Coagulação:</p><p>Proteínas do plasma sanguíneo que</p><p>participam da cascata de coagulação.</p><p>Contribuem para a formação do coágulo</p><p>sanguíneo no local da lesão, ajudando a</p><p>interromper o sangramento.</p><p>Plaquetas:</p><p>Pequenos fragmentos celulares presentes</p><p>no sangue.</p><p>Participam da formação do coágulo</p><p>sanguíneo, agregando-se e liberando</p><p>fatores de crescimento e mediadores</p><p>químicos que estimulam a inflamação e a</p><p>reparação tecidual.</p><p>Moléculas Inflamatórias:</p><p>Incluem citocinas, quimiocinas e</p><p>prostaglandinas, entre outros.</p><p>São liberadas por células danificadas,</p><p>células imunes e tecidos inflamados.</p><p>Desencadeiam e amplificam a resposta</p><p>inflamatória, aumentando a permeabilidade</p><p>vascular, a migração de leucócitos e a</p><p>produção de mediadores inflamatórios</p><p>adicionais.</p><p>Células Imunes:</p><p>Neutrófilos, macrófagos, mastócitos,</p><p>linfócitos, entre outros.</p><p>Participam ativamente da resposta</p><p>inflamatória, combatendo agentes</p><p>infecciosos, removendo detritos celulares e</p><p>modulando a inflamação.</p><p>Produzem e respondem a mediadores</p><p>inflamatórios, amplificando a resposta</p><p>inflamatória local.</p><p>Formação de coágulo (Hemostase)</p><p>Hemostase é o processo para interromper a</p><p>perda de sangue após uma lesão. Este</p><p>processo é seguido pela cascata da inflamação,</p><p>que é desencadeada pela formação do</p><p>coágulo.</p><p>Formação de coágulo e as fases iniciais da</p><p>inflamação:</p><p>Formação de Coágulo (Hemostase):</p><p>A prioridade é interromper a perda de</p><p>sangue.</p><p>Vasoconstrição inicial dos vasos</p><p>danificados ocorre nos primeiros 5 a 10</p><p>minutos.</p><p>As etapas seguintes incluem a agregação e</p><p>ativação de plaquetas, desencadeando as</p><p>cascatas intrínseca e extrínseca da</p><p>coagulação.</p><p>Isso leva à conversão de protrombina em</p><p>trombina e fibrinogênio em fibrina,</p><p>resultando na polimerização da fibrina para</p><p>formar o coágulo.</p><p>O coágulo serve como uma matriz</p><p>provisória que consiste principalmente de</p><p>fibrina e fibronectina, favorecendo a</p><p>infiltração de leucócitos e fibroblastos.</p><p>Além disso, o coágulo serve como um</p><p>reservatório de fatores quimiotáticos e de</p><p>crescimento, protegendo-os de inibidores</p><p>como prostaciclinas, antitrombinas III e</p><p>proteína C.</p><p>Fases da Inflamação:</p><p>I. Mudanças Vasculares:</p><p>Os vasos intactos dilatam, aumentando o</p><p>fluxo sanguíneo para o local da lesão,</p><p>resultando em rubor e calor.</p><p>Aumento da permeabilidade do endotélio</p><p>vascular permite que proteínas do plasma</p><p>entrem nos tecidos extravasculares,</p><p>formando coágulos extravasculares.</p><p>Isso é mediado por vários fatores</p><p>vasoativos, incluindo fator de Hageman,</p><p>bradicinina, C3a, C5a, histamina e</p><p>leucotrienos, resultando em dor e</p><p>desconforto.</p><p>II. Recrutamento de Leucócitos:</p><p>A infiltração de leucócitos ocorre em várias</p><p>etapas, começando com neutrófilos,</p><p>seguidos por monócitos e linfócitos.</p><p>O tráfego de leucócitos é um processo</p><p>complexo e multipasso.</p><p>Fatores importantes para a migração de</p><p>leucócitos:</p><p>Moléculas de Adesão: São proteínas presentes</p><p>na superfície das células endoteliais dos vasos</p><p>sanguíneos e nos leucócitos, que atuam na</p><p>adesão e na migração dos leucócitos para os</p><p>tecidos inflamados. Exemplos de moléculas</p><p>de adesão incluem as selectinas e as integrinas.</p><p>Fatores Quimiotáticos: São substâncias</p><p>químicas produzidas por células do tecido</p><p>inflamado, como macrófagos, mastócitos e</p><p>células endoteliais, que atraem os leucócitos</p><p>para o local da inflamação. Os fatores</p><p>quimiotáticos podem ser proteínas, como as</p><p>quimiocinas, ou lipídios, como os leucotrienos.</p><p>Consequências da inflamação:</p><p>Integração Imunidade inata e adaptativa</p><p>Imunidade Inata:</p><p>Ativada inicialmente em resposta a padrões</p><p>moleculares associados a patógenos</p><p>(PAMPs) ou danos teciduais (DAMPs).</p><p>Envolve células como neutrófilos,</p><p>macrófagos e células dendríticas.</p><p>Reconhece e responde de forma rápida e</p><p>não específica aos agentes agressores.</p><p>Libera mediadores inflamatórios, como</p><p>citocinas e quimiocinas, que recrutam</p><p>outras células imunes e promovem a</p><p>resposta inflamatória.</p><p>Desempenha um papel central na defesa</p><p>imediata contra infecções e na resposta</p><p>inicial à lesão tecidual.</p><p>Imunidade Adaptativa:</p><p>Ativada posteriormente, após a imunidade</p><p>inata, em resposta à apresentação de</p><p>antígenos específicos.</p><p>Envolve linfócitos T e B.</p><p>Reconhece e responde de forma específica</p><p>a antígenos específicos.</p><p>Produz uma resposta imune mais lenta,</p><p>porém mais potente e direcionada.</p><p>Contribui para a resolução da inflamação e</p><p>a cicatrização tecidual através da produção</p><p>de anticorpos, supressão da resposta</p><p>inflamatória e ativação de células efetoras.</p><p>Encerramento da resposta inflamatória</p><p>Remoção do Estímulo Incitador: A primeira</p><p>etapa é a remoção da causa da inflamação, seja</p><p>ela uma infecção, lesão ou agente irritante</p><p>Morte e Fagocitose de Leucócitos: Os</p><p>leucócitos, como os neutrófilos, que migraram</p><p>para o local da inflamação, passam por</p><p>apoptose (morte programada) e são</p><p>fagocitados pelos macrófagos para remover</p><p>células mortas e detritos.</p><p>Dissipação dos Mediadores Pro-</p><p>inflamatórios: Os mediadores inflamatórios,</p><p>como citocinas e quimiocinas, têm uma meia-</p><p>vida curta e são naturalmente degradados ou</p><p>clivados para reduzir a resposta inflamatória.</p><p>Remoção de Neutrófilos Ativados: Os</p><p>neutrófilos ativados podem ser removidos por</p><p>interrupção da migração, apoptose ou</p><p>fagocitose pelos próprios macrófagos.</p><p>Restauração da Barreira Vascular: Os</p><p>processos que aumentaram a permeabilidade</p><p>vascular durante a inflamação são revertidos</p><p>para restaurar a integridade da barreira</p><p>vascular.</p><p>Remoção de Detritos e Fluidos Extravasados:</p><p>Os macrófagos fagocitam detritos celulares,</p><p>proteínas e fluidos extravasados dos tecidos</p><p>inflamados.</p><p>Inativação e Saída dos Macrófagos Ativados:</p><p>Os macrófagos ativados retornam a um estado</p><p>quiescente ou migram para fora do local da</p><p>inflamação após completar suas funções.</p><p>Sepse</p><p>A sepse é uma condição médica grave e</p><p>potencialmente fatal que ocorre como</p><p>resultado de uma resposta exagerada do</p><p>organismo a uma infecção. Quando o sistema</p><p>imunológico responde a uma infecção, podem</p><p>ser liberadas substâncias químicas no sangue</p><p>para combater o agente infeccioso. No entanto,</p><p>em alguns casos, essa resposta imunológica</p><p>pode ser desregulada, levando a uma</p><p>inflamação generalizada em todo o corpo,</p><p>resultando em danos aos</p><p>tecidos e órgãos.</p><p>A sepse é frequentemente associada a sinais e</p><p>sintomas de infecção, como febre, frequência</p><p>cardíaca elevada, frequência respiratória</p><p>aumentada e confusão mental. Nos casos</p><p>mais graves, a sepse pode levar ao choque</p><p>séptico, uma condição em que a pressão</p><p>arterial cai drasticamente, colocando em risco a</p><p>vida do paciente.</p><p>A sepse pode causar danos aos tecidos e</p><p>órgãos devido à inflamação generalizada e à</p><p>resposta imunológica desregulada. Além</p><p>disso, o tratamento agressivo necessário para</p><p>controlar a sepse, como o uso de</p><p>medicamentos vasoativos para manter a</p><p>pressão arterial, pode ter efeitos colaterais ou</p><p>complicações.</p><p>O tratamento da sepse geralmente envolve</p><p>administração de antibióticos para tratar a</p><p>infecção subjacente, bem como terapia de</p><p>suporte para manter a função dos órgãos vitais.</p><p>O diagnóstico precoce e o tratamento</p><p>agressivo são necessários para melhorar as</p><p>chances de sobrevivência em pacientes com</p><p>sepse.</p><p>DESENVOLVIMENTO E ATIVAÇÃODESENVOLVIMENTO E ATIVAÇÃO</p><p>DE LINFÓCITOSDE LINFÓCITOS</p><p>Desenvolvimento dos Linfócitos:</p><p>Linfócitos B:</p><p>Originam-se na medula óssea.</p><p>Passam por processos de maturação,</p><p>incluindo rearranjos genéticos para a</p><p>produção de anticorpos específicos.</p><p>Após maturação, alguns linfócitos B migram</p><p>para os órgãos linfoides secundários, como</p><p>os linfonodos, onde esperam por encontros</p><p>com antígenos.</p><p>Linfócitos T:</p><p>Originam-se na medula óssea, mas migram</p><p>para o timo, onde passam por maturação.</p><p>No timo, os linfócitos T são educados para</p><p>reconhecerem e responderem a antígenos,</p><p>mas sem atacar as próprias células do</p><p>corpo (tolerância imunológica).</p><p>Após a maturação, os linfócitos T migram</p><p>para os órgãos linfoides periféricos, como</p><p>os linfonodos e o baço.</p><p>O desenvolvimento e a ativação de linfócitos</p><p>são processos fundamentais no sistema</p><p>imunológico, responsáveis por defender o</p><p>organismo contra agentes patogênicos,</p><p>como vírus, bactérias, e outros</p><p>microrganismos invasores. Os linfócitos são</p><p>um tipo de glóbulo branco (leucócito) que</p><p>desempenha um papel central na resposta</p><p>imune adaptativa.</p><p>Ativação dos Linfócitos:</p><p>Ativação de Linfócitos B:</p><p>Os linfócitos B são ativados quando seus</p><p>receptores de antígenos reconhecem</p><p>antígenos específicos.</p><p>Isso geralmente ocorre em órgãos linfoides</p><p>secundários, como os linfonodos.</p><p>A ativação dos linfócitos B leva à sua</p><p>proliferação e diferenciação em células</p><p>produtoras de anticorpos, chamadas de</p><p>plasmócitos.</p><p>Disfunções que podem ocorrer nos processos de</p><p>desenvolvimento e ativação dos linfócitos:</p><p>Imunodeficiências Primárias: Essas são</p><p>doenças genéticas que afetam o</p><p>desenvolvimento ou a função dos linfócitos,</p><p>resultando em um sistema imunológico</p><p>comprometido. Exemplos incluem a síndrome</p><p>da imunodeficiência combinada grave (SCID) e</p><p>a agamaglobulinemia ligada ao cromossomo X.</p><p>Autoimunidade: Neste distúrbio, o sistema</p><p>imunológico ataca erroneamente as próprias</p><p>células e tecidos do corpo. Isso pode ocorrer</p><p>devido a uma falha na tolerância imunológica,</p><p>levando à ativação de linfócitos autoreativos.</p><p>Exemplos incluem artrite reumatoide, lúpus</p><p>eritematoso sistêmico e doença de Hashimoto.</p><p>Hipersensibilidade: Algumas condições</p><p>envolvem respostas imunes exageradas a</p><p>substâncias geralmente inofensivas. As reações</p><p>de hipersensibilidade são classificadas em</p><p>quatro tipos, com base nos mecanismos</p><p>imunológicos envolvidos. Exemplos incluem</p><p>asma, alergias alimentares e dermatite de</p><p>contato.</p><p>Neoplasias Linfoides: Estes são cânceres que</p><p>se originam dos linfócitos. Eles podem surgir</p><p>devido a mutações genéticas que afetam o</p><p>processo de desenvolvimento ou regulação</p><p>dos linfócitos. Exemplos incluem linfomas</p><p>(câncer dos linfócitos) e leucemia linfocítica</p><p>crônica (câncer das células B maduras).</p><p>Desordens Proliferativas: Estas são</p><p>caracterizadas por uma proliferação</p><p>descontrolada de linfócitos, levando à</p><p>formação de massas ou tumores. Um exemplo é</p><p>a doença de Castleman, um distúrbio raro do</p><p>sistema linfático que resulta em hiperplasia dos</p><p>linfonodos.</p><p>Imunossenescência: Este é o processo de</p><p>envelhecimento do sistema imunológico,</p><p>caracterizado por uma diminuição na função</p><p>dos linfócitos e uma maior susceptibilidade a</p><p>infecções e doenças autoimunes.</p><p>Ativação de Linfócitos T:</p><p>Os linfócitos T são ativados principalmente</p><p>através da apresentação de antígenos por</p><p>células apresentadoras de antígenos, como</p><p>macrófagos ou células dendríticas.</p><p>O complexo antígeno-apresentador de</p><p>antígeno é reconhecido pelo receptor de</p><p>células T (TCR) nos linfócitos T.</p><p>Isso leva à ativação dos linfócitos T, que</p><p>podem se diferenciar em diferentes</p><p>subtipos, como células T auxiliares (CD4+)</p><p>ou células T citotóxicas (CD8+),</p><p>dependendo das citocinas e sinais</p><p>recebidos.</p><p>As células T ativadas podem então se</p><p>multiplicar e realizar suas funções efetoras,</p><p>como ativar células B, ajudar na ativação de</p><p>outras células do sistema imunológico ou</p><p>matar células infectadas por patógenos.</p><p>Imunodeficiências Secundárias:</p><p>Estas ocorrem devido a fatores externos, como</p><p>infecções, medicamentos imunossupressores</p><p>ou condições médicas subjacentes, que</p><p>prejudicam a produção ou função dos</p><p>linfócitos. Um exemplo é a AIDS (síndrome da</p><p>imunodeficiência adquirida), causada pelo</p><p>vírus HIV, que ataca e destrói os linfócitos T.</p><p>Antígenos são moléculas reconhecidas pelo</p><p>sistema imunológico como estranhas,</p><p>desencadeando uma resposta imune. Essas</p><p>moléculas podem ser proteínas,</p><p>polissacarídeos, lipídios, ou até mesmo células</p><p>ou fragmentos de células. Já os Anticorpos,</p><p>também conhecidos como imunoglobulinas,</p><p>são proteínas produzidas pelo sistema</p><p>imunológico em resposta à presença de</p><p>antígenos. Eles se ligam aos antígenos</p><p>específicos e os neutralizam ou marcam para</p><p>destruição por outras células do sistema</p><p>imunológico.</p><p>Estruturas antigênicas</p><p>ANTÍGENOS E ANTICORPOSANTÍGENOS E ANTICORPOS</p><p>As estruturas antigênicas referem-se aos</p><p>componentes moleculares de um organismo,</p><p>como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, que</p><p>são reconhecidos pelo sistema imunológico</p><p>como estranhos ou "não-self". Esses</p><p>componentes desencadeiam uma resposta</p><p>imune adaptativa, na qual o sistema</p><p>imunológico produz anticorpos específicos e</p><p>células T para combater o patógeno.</p><p>Classes de estruturas antigênicas:</p><p>Antígenos Proteicos: São proteínas presentes</p><p>na superfície de um organismo, como proteínas</p><p>de membrana ou enzimas. Exemplos incluem a</p><p>proteína spike do vírus SARS-CoV-2, que é</p><p>reconhecida pelo sistema imunológico durante</p><p>a infecção pelo COVID-19.</p><p>Antígenos Polissacarídicos: São carboidratos</p><p>complexos encontrados na superfície de</p><p>muitos patógenos bacterianos. Por exemplo, a</p><p>cápsula de polissacarídeo de algumas</p><p>bactérias, como Streptococcus pneumoniae, é</p><p>um importante alvo para a vacinação.</p><p>Antígenos Lipídicos: São lipídios específicos</p><p>presentes em membranas celulares de alguns</p><p>microrganismos. Exemplos incluem</p><p>lipopolissacarídeos (LPS) encontrados na</p><p>parede celular de algumas bactérias gram-</p><p>negativas.</p><p>Antígenos de Ácidos Nucleicos: São ácidos</p><p>nucleicos (DNA ou RNA) presentes em vírus e</p><p>em alguns microrganismos. Durante a infecção</p><p>viral, os ácidos nucleicos virais são</p><p>reconhecidos pelo sistema imunológico como</p><p>antígenos, desencadeando uma resposta</p><p>imune.</p><p>Antígenos de Superfície Celular: Além das</p><p>proteínas e carboidratos mencionados acima,</p><p>outras moléculas presentes na superfície</p><p>celular, como glicoproteínas e glicolipídios,</p><p>também podem atuar como antígenos.</p><p>Reações cruzadas</p><p>Reação Cruzada: Ocorre quando</p><p>anticorpos reagem com duas moléculas</p><p>diferentes, compartilhando epítopos</p><p>(regiões reconhecidas pelo sistema</p><p>imunológico).</p><p>Toxóide para Imunizações: Toxinas</p><p>tratadas para serem não tóxicas, usadas em</p><p>vacinas para criar imunidade contra toxinas.</p><p>Reatividade Cruzada: Anticorpos podem</p><p>ligar-se a epítopos não idênticos, além de</p><p>reconhecerem epítopos compartilhados.</p><p>Antígenos Heterófilos: Reação cruzada</p><p>entre espécies diferentes devido a áreas</p><p>estruturais semelhantes em antígenos.</p><p>Imunoglobulinas</p><p>Imunoglobulinas (Ig) São proteínas produzidas</p><p>pelos linfócitos B do sistema imunológico em</p><p>resposta à presença de antígenos (substâncias</p><p>estranhas ao corpo). As imunoglobulinas atuam</p><p>na resposta imunológica, reconhecendo e</p><p>neutralizando antígenos, ou marcando-os para</p><p>destruição por outras células do sistema</p><p>imunológico.</p><p>Estrutura: As imunoglobulinas têm uma</p><p>estrutura básica composta por duas cadeias</p><p>pesadas e duas cadeias leves, que se</p><p>combinam para formar uma forma Y. Existem</p><p>diferentes classes de imunoglobulinas, como</p><p>IgG, IgM, IgA, IgD e IgE, cada uma com funções</p><p>e distribuições específicas no corpo.</p><p>Funções:</p><p>Neutralização: Inibem a atividade de</p><p>antígenos, impedindo que infectem as</p><p>células hospedeiras.</p><p>Opsonização: Marcam os antígenos para</p><p>reconhecimento e destruição por células</p><p>fagocíticas.</p><p>Ativação do Complemento: Iniciam uma</p><p>cascata de reações que levam à destruição</p><p>do antígeno.</p><p>Ativação de Células Assassinas:</p><p>Estimulam células NK (células assassinas</p><p>naturais) a destruir células infectadas.</p><p>Resposta Alérgica: Estão envolvidas na</p><p>resposta alérgica, principalmente a classe</p><p>IgE.</p><p>Produção Artificial: Além de serem produzidas</p><p>naturalmente pelo corpo, as imunoglobulinas</p><p>também podem ser produzidas artificialmente e</p><p>administradas como tratamento em casos de</p><p>imunodeficiência, alergias graves, e outras</p><p>condições.</p><p>Resposta imunológica humoral</p><p>É uma parte da resposta imune adaptativa que</p><p>envolve a produção e ação de anticorpos,</p><p>também conhecidos como imunoglobulinas,</p><p>para combater infecções causadas por</p><p>patógenos como bactérias, vírus, fungos e</p><p>parasitas.</p><p>Antígeno Reconhecimento: Quando um</p><p>patógeno invade o corpo, o sistema</p><p>imunológico reconhece seus componentes</p><p>específicos, chamados antígenos, como</p><p>estranhos.</p><p>Ativação de Linfócitos B: Os linfócitos B, um</p><p>tipo de glóbulo branco, são ativados em</p><p>resposta à presença do antígeno. Esses</p><p>linfócitos começam a se multiplicar e</p><p>diferenciar-se em células chamadas células</p><p>plasmáticas.</p><p>Produção de Anticorpos: As células</p><p>plasmáticas são responsáveis pela produção e</p><p>secreção de anticorpos específicos para o</p><p>antígeno invasor. Cada anticorpo é projetado</p><p>para se ligar especificamente ao antígeno que</p><p>o desencadeou.</p><p>Ação dos Anticorpos: Os anticorpos circulam</p><p>no sangue e nos fluidos corporais, procurando</p><p>e se ligando aos antígenos correspondentes.</p><p>Uma vez ligados, os anticorpos podem</p><p>neutralizar o patógeno diretamente, marcá-lo</p><p>para destruição por outras células do sistema</p><p>imunológico (opsonização), ou desencadear a</p><p>ativação do sistema complemento, que pode</p><p>resultar na destruição do patógeno por meio da</p><p>formação de MAC (Complexo de Ataque à</p><p>Membrana).</p><p>Memória Imunológica: Após a resolução da</p><p>infecção, alguns linfócitos B diferenciados em</p><p>células de memória permanecem no</p><p>organismo. Essas células de memória</p><p>"lembram" do antígeno e permitem que o</p><p>sistema imunológico responda mais</p><p>rapidamente e de forma mais eficaz se o</p><p>mesmo patógeno invadir novamente.</p><p>RESPOSTAS IMUNES ÀSRESPOSTAS IMUNES ÀS</p><p>INFECÇÕESINFECÇÕES</p><p>As respostas imunes às infecções referem-se</p><p>aos processos pelo qual o sistema</p><p>imunológico do corpo humano reconhece,</p><p>reage e combate os organismos patogênicos</p><p>(como vírus, bactérias, fungos, parasitas) que</p><p>invadem o organismo e causam doenças.</p><p>Essas respostas são mediadas por uma</p><p>complexa rede de células, moléculas e órgãos</p><p>do sistema imunológico, e são essenciais para</p><p>proteger o corpo contra infecções.</p><p>Bactérias</p><p>Bactérias Extracelulares - Resposta Imune:</p><p>Ativação do sistema imunológico inato e</p><p>adaptativo.</p><p>Fagocitose por macrófagos e neutrófilos.</p><p>Produção de anticorpos pelas células B.</p><p>Produção de citocinas pró-inflamatórias</p><p>para recrutamento de células imunes.</p><p>Bactérias Extracelulares - Evasão Imune:</p><p>Produção de cápsulas ou estruturas que</p><p>dificultam a fagocitose.</p><p>Secreção de toxinas que prejudicam as</p><p>células imunes.</p><p>Manipulação da sinalização do sistema</p><p>imune.</p><p>Bactérias Intracelulares - Resposta Imune:</p><p>Ativação de células imunes específicas,</p><p>como linfócitos T citotóxicos (CD8+) e</p><p>linfócitos T auxiliares (CD4+).</p><p>Destruição de células infectadas por</p><p>linfócitos T CD8+.</p><p>Coordenação da resposta imune por</p><p>linfócitos T CD4+.</p><p>Cooperação na Resposta Imune Celular:</p><p>Interações entre diferentes tipos de células</p><p>imunes, como linfócitos T, macrófagos e</p><p>células dendríticas.</p><p>Apresentação de antígenos às células T por</p><p>macrófagos e células dendríticas.</p><p>Regulação e amplificação da resposta</p><p>imune por linfócitos T.</p><p>Bactérias Intracelulares - Evasão Imune:</p><p>- Modificação de proteínas de superfície para</p><p>evitar o reconhecimento pelas células imunes.</p><p>- Interferência na fusão de fagossomos com</p><p>lisossomos para evitar a destruição bacteriana.</p><p>- Manipulação das células hospedeiras para a</p><p>sobrevivência bacteriana.</p><p>Vírus</p><p>Vírus - Resposta Imune:</p><p>A resposta imune contra vírus envolve a</p><p>ativação do sistema imunológico inato e</p><p>adaptativo.</p><p>No sistema imunológico inato, os</p><p>interferons são produzidos para impedir a</p><p>replicação viral e alertar outras células</p><p>imunes.</p><p>As células natural killer (NK) são ativadas</p><p>para destruir células infectadas pelo vírus.</p><p>O sistema imune adaptativo é acionado</p><p>quando as células apresentadoras de</p><p>antígenos, como células dendríticas,</p><p>apresentam fragmentos virais às células T e</p><p>B.</p><p>As células T citotóxicas (CD8+) destroem</p><p>células infectadas, enquanto as células B</p><p>produzem anticorpos específicos contra o</p><p>vírus.</p><p>Vírus e Evasão Imune:</p><p>Os vírus têm diversas estratégias para</p><p>evadir a resposta imune do hospedeiro.</p><p>Isso pode incluir mutação frequente,</p><p>tornando-se difícil de ser reconhecido pelo</p><p>sistema imune.</p><p>Alguns vírus podem suprimir a resposta</p><p>imune, interferindo na produção de</p><p>interferons ou na apresentação de</p><p>antígenos.</p><p>Outras estratégias incluem a capacidade de</p><p>evitar a detecção pelas células imunes,</p><p>como se escondendo dentro de células</p><p>hospedeiras.</p><p>Certos vírus podem causar infecções</p><p>latentes, onde permanecem inativos por</p><p>longos períodos, evitando a resposta imune</p><p>até reativarem sua replicação.</p><p>Parasitas - Resposta Imune:</p><p>A resposta imune contra parasitas varia</p><p>dependendo do tipo de parasita e da fase</p><p>da infecção.</p><p>A resposta imune inclui componentes do</p><p>sistema imunológico inato e adaptativo.</p><p>O sistema imunológico inato pode envolver</p><p>a ativação de células fagocíticas, como</p><p>macrófagos e neutrófilos, para fagocitar o</p><p>parasita.</p><p>A resposta imune adaptativa inclui a</p><p>ativação de células T e B específicas para o</p><p>parasita.</p><p>As células T podem ajudar na eliminação</p><p>do parasita e também na modulação da</p><p>resposta imune.</p><p>As células B produzem anticorpos</p><p>específicos contra o parasita, que podem</p><p>ajudar na opsonização e na neutralização</p><p>do parasita.</p><p>Parasitas - Resposta Imune - Leishmania:</p><p>A resposta imune contra Leishmania é</p><p>complexa e pode variar dependendo da</p><p>espécie do parasita e do hospedeiro.</p><p>Em infecções cutâneas, as células T</p><p>desempenham um papel importante na</p><p>resolução da infecção, especialmente as</p><p>células T citotóxicas (CD8+).</p><p>No entanto, em casos de infecção visceral,</p><p>a resposta imune pode ser desregulada,</p><p>levando a uma replicação descontrolada do</p><p>parasita.</p><p>A resposta imune humoral, envolvendo</p><p>anticorpos, parece ter um papel limitado na</p><p>eliminação de Leishmania.</p><p>Parasitas - Resposta Imune - Schistosoma:</p><p>A resposta imune contra Schistosoma</p><p>envolve uma mistura de respostas imunes</p><p>inatas e adaptativas.</p><p>Macrófagos e células dendríticas são</p><p>ativados para fagocitar os ovos do parasita.</p><p>Parasitas</p><p>Fungos</p><p>A resposta imune adaptativa,</p><p>particularmente células T helper (CD4+), é</p><p>crucial para controlar a infecção.</p><p>A produção de citocinas pró-inflamatórias,</p><p>como interferon-gama, é importante para</p><p>combater o parasita.</p><p>Fungos - Resposta Imune:</p><p>A resposta imune contra fungos é</p><p>desencadeada quando o sistema</p><p>imunológico detecta a presença de</p><p>componentes fúngicos, como os beta-</p><p>glucanos da parede celular dos fungos.</p><p>O sistema imune inato desempenha um</p><p>papel inicial na defesa contra fungos,</p><p>incluindo a ativação de células fagocíticas,</p><p>como os neutrófilos e macrófagos, que</p><p>fagocitam os fungos.</p><p>Os padrões moleculares associados a</p><p>patógenos (PAMPs) dos fungos são</p><p>reconhecidos pelos receptores de</p><p>reconhecimento de padrões (PRRs) das</p><p>células do sistema imunológico, como os</p><p>receptores Toll-like (TLRs) e os receptores</p><p>tipo lectina (CLR).</p><p>As células dendríticas desempenham um</p><p>papel crucial na apresentação de antígenos</p><p>fúngicos às células T, ativando uma</p><p>resposta imune adaptativa específica.</p><p>As células T, especialmente as células T</p><p>helper (CD4+), secretam citocinas que</p><p>ajudam a coordenar a resposta imune,</p><p>incluindo a ativação de outras células</p><p>imunes e a promoção da fagocitose de</p><p>fungos.</p><p>As células B também são ativadas e</p><p>produzem anticorpos específicos contra</p><p>antígenos fúngicos, que podem ajudar na</p><p>opsonização e na neutralização dos fungos.</p><p>Uma resposta imune robusta e coordenada</p><p>é crucial para controlar infecções fúngicas,</p><p>especialmente em indivíduos</p><p>imunocomprometidos, onde infecções</p><p>fúngicas podem ser mais graves e</p><p>persistentes.</p><p>Ativação do sistema imunológico:</p><p>As células imunes capturam os</p><p>componentes da vacina.</p><p>As células dendríticas e macrófagos</p><p>apresentam esses componentes às células</p><p>T e B do sistema imunológico.</p><p>Resposta celular:</p><p>As células T identificam e destroem as</p><p>células infectadas pelo patógeno.</p><p>Impede a propagação do patógeno no</p><p>organismo.</p><p>Resposta humoral:</p><p>As células B são ativadas e produzem</p><p>anticorpos específicos contra os</p><p>componentes do patógeno na vacina.</p><p>Os anticorpos circulam no sangue,</p><p>marcando o patógeno real para destruição</p><p>pelas células imunes ou neutralizando sua</p><p>capacidade de causar doença.</p><p>Memória imunológica:</p><p>Após a exposição à vacina, o sistema</p><p>imunológico cria uma "memória" das</p><p>características do patógeno.</p><p>Permite uma resposta rápida e eficaz se a</p><p>pessoa for exposta ao patógeno real no</p><p>futuro.</p><p>Resposta imune as vacinas</p><p>As vacinas podem ser classificadas de acordo</p><p>com sua composição e método de preparação:</p><p>Vivas Atenuadas: Feitas com formas vivas</p><p>enfraquecidas do patógeno. Ex: vacina</p><p>MMR (sarampo, caxumba, rubéola,</p><p>dengue).</p><p>Inativadas ou Mortas: Contêm formas</p><p>mortas do patógeno ou seus componentes.</p><p>Ex: vacina contra gripe sazonal.</p><p>Subunidades: Contêm apenas partes</p><p>específicas do patógeno, como proteínas.</p><p>Ex: vacina contra HPV.</p><p>Toxoides: Feitas a partir de toxinas tratadas</p><p>para torná-las não tóxicas. Ex: vacina contra</p><p>tétano.</p><p>Conjugadas: Uma forma de vacina de</p><p>subunidades onde o antígeno é conjugado</p><p>a uma proteína. Ex: vacina contra Hib.</p><p>VACINASVACINAS</p><p>As vacinas representam uma das maiores</p><p>conquistas da história da saúde pública, sendo</p><p>importante na redução da mortalidade</p><p>infantil e no aumento da expectativa de vida</p><p>em todo o mundo. Elas têm sido essenciais</p><p>para controlar e, em alguns casos, erradicar</p><p>doenças graves.</p><p>Além da erradicação de doenças, as vacinas</p><p>também têm sido eficazes na prevenção de</p><p>infecções virais e bacterianas. Essas doenças,</p><p>que costumavam ser comuns e causavam</p><p>grande sofrimento e mortes, foram controladas</p><p>em grande parte devido à ampla</p><p>disponibilidade de vacinas.</p><p>Classificação vacinas</p><p>Por que repetir as vacinas?</p><p>Repetir vacinas é necessário para manter a</p><p>imunidade ao longo do tempo, garantir</p><p>proteção duradoura e fortalecer a resposta</p><p>imunológica. As doses de reforço, conhecidas</p><p>como efeito "booster", são essenciais para</p><p>estimular o sistema imunológico a produzir</p><p>mais anticorpos e células de defesa,</p><p>aumentando a proteção contra doenças</p><p>infecciosas.</p><p>Sarampo:</p><p>Doença viral altamente contagiosa</p><p>Sintomas iniciais incluem congestão nasal,</p><p>conjuntivite e febre.</p><p>Desenvolve-se um exantema característico</p><p>após alguns dias.</p><p>Complicações possíveis incluem</p><p>pneumonia e encefalite.</p><p>Prevenção através da vacina tríplice viral</p><p>(sarampo, caxumba e rubéola).</p><p>Tétano:</p><p>Causado pela toxina da bactéria</p><p>Clostridium tetani.</p><p>Sintomas incluem espasmos musculares</p><p>dolorosos.</p><p>As fraturas podem ocorrer devido à rigidez</p><p>muscular.</p><p>Complicações incluem pneumonia devido</p><p>a dificuldades respiratórias.</p><p>Prevenção através da vacinação contra o</p><p>tétano, geralmente administrada em</p><p>combinação com a vacina contra difteria e</p><p>coqueluche.</p><p>Difteria:</p><p>Causada pela bactéria Corynebacterium</p><p>diphtheriae.</p><p>Sintomas incluem febre, dor de garganta e</p><p>formação de membrana acinzentada na</p><p>garganta.</p><p>Complicações podem incluir obstrução das</p><p>vias respiratórias e insuficiência cardíaca.</p><p>Prevenção através da vacinação contra</p><p>difteria.</p><p>Tratamento geralmente envolve</p><p>antibióticos e suporte médico em casos</p><p>graves.</p><p>Patologias que podem ser previnidas com</p><p>vacina</p><p>REAÇÕES DEREAÇÕES DE</p><p>HIPERSENSIBILIDADEHIPERSENSIBILIDADE</p><p>As reações de hipersensibilidade são</p><p>respostas exageradas do sistema</p><p>imunológico a substâncias normalmente</p><p>inofensivas, conhecidas como alérgenos.</p><p>Essas reações podem variar de leves, como</p><p>uma erupção cutânea ou coceira, a graves,</p><p>como anafilaxia, uma reação alérgica</p><p>potencialmente fatal que pode causar</p><p>dificuldade respiratória e queda da pressão</p><p>arterial.</p><p>Existem quatro tipos principais de reações</p><p>de hipersensibilidade:</p><p>Hipersensibilidade Tipo I (Reações</p><p>Imediatas): São reações alérgicas rápidas e</p><p>graves, envolvendo a liberação de histamina e</p><p>outros mediadores inflamatórios. Exemplos</p><p>incluem alergias a alimentos, medicamentos,</p><p>picadas de insetos e pólen.</p><p>Sensibilização Inicial: Ocorre após a</p><p>exposição inicial ao alérgeno. O sistema</p><p>imunológico produz IgE (imunoglobulina E)</p><p>específica para o alérgeno.</p><p>Reexposição: Quando ocorre uma nova</p><p>exposição ao mesmo alérgeno, as IgE</p><p>ligam-se aos mastócitos e basófilos.</p><p>Desgranulação: A ligação do alérgeno às</p><p>IgE desencadeia a liberação rápida de</p><p>histamina e outros mediadores</p><p>inflamatórios.</p><p>Resposta Inflamatória: Os mediadores</p><p>inflamatórios causam sintomas alérgicos,</p><p>como coceira, inchaço, broncoconstrição e</p><p>aumento da permeabilidade vascular.</p><p>Hipersensibilidade Tipo IV (Tardia ou</p><p>Celular): É uma resposta imune mediada por</p><p>células T que pode ocorrer horas ou dias após a</p><p>exposição ao alérgeno. Exemplos incluem</p><p>dermatite de contato e reações de</p><p>hipersensibilidade a medicamentos.</p><p>Sensibilização Inicial: Ocorre após a</p><p>exposição inicial ao alérgeno. Células T</p><p>específicas para o antígeno são ativadas e</p><p>se diferenciam em células T efetoras.</p><p>Reexposição: Na reexposição ao alérgeno,</p><p>as células T efetoras liberam citocinas,</p><p>como interferon-gama e interleucinas, que</p><p>recrutam e ativam células inflamatórias,</p><p>como macrófagos e linfócitos.</p><p>Resposta Inflamatória Celular: A ativação</p><p>das células inflamatórias leva à inflamação</p><p>localizada, recrutamento de mais células</p><p>imunes e dano tecidual. Os sintomas</p><p>podem ser observados após várias horas ou</p><p>dias da exposição ao alérgeno.</p><p>Hipersensibilidade Tipo III (Reações de</p><p>Complexo Imune): Caracterizadas pela</p><p>formação de complexos imunes que depositam</p><p>nos tecidos e desencadeiam inflamação.</p><p>Exemplos incluem vasculite, glomerulonefrite e</p><p>artrite reumatoide.</p><p>Formação de Complexos Imunes: Os</p><p>antígenos solúveis se ligam aos anticorpos</p><p>(geralmente IgG) e formam complexos</p><p>imunes.</p><p>Deposição nos Tecidos: Os complexos</p><p>imunes circulam e podem se depositar nos</p><p>tecidos, principalmente em áreas com</p><p>circulação sanguínea lenta, como os rins,</p><p>articulações e pele.</p><p>Inflamação e Lesão Tecidual: A deposição</p><p>dos complexos imunes desencadeia uma</p><p>reação inflamatória, levando a danos</p><p>teciduais e sintomas característicos.</p><p>Hipersensibilidade Tipo II (Citotóxica):</p><p>Envolve a destruição de células pelo sistema</p><p>imunológico. Exemplos incluem anemia</p><p>hemolítica autoimune e doença hemolítica do</p><p>recém-nascido.</p><p>Ativação de Complemento: A IgG ou IgM</p><p>se liga ao antígeno na superfície celular,</p><p>ativando o complemento.</p><p>Destruição Celular: O complemento ativa o</p><p>sistema de ataque à membrana (MAC),</p><p>levando à lise celular. Além disso, as células</p><p>fagocíticas podem ser atraídas para</p><p>eliminar células marcadas pelos anticorpos.</p><p>IMUNOLOGIA DAIMUNOLOGIA DA</p><p>TRANSPLANTAÇÃOTRANSPLANTAÇÃO</p><p>A imunologia da transplantação são os</p><p>processos envolvidos na aceitação ou rejeição</p><p>de órgãos transplantados.</p><p>Quando um órgão é transplantado de um</p><p>doador para um receptor, o sistema</p><p>imunológico do receptor identifica o órgão</p><p>como estranho e potencialmente perigoso,</p><p>desencadeando uma resposta imunológica.</p><p>Essa resposta pode levar à rejeição do órgão</p><p>transplantado.</p><p>Antígenos de histocompatibilidade</p><p>Os Antígenos de Histocompatibilidade</p><p>(também conhecidos como Antígenos</p><p>Leucocitários</p><p>Humanos - HLA) atuam na</p><p>imunologia da transplantação.</p><p>Como eles se relacionam com o processo</p><p>fisiopatológico da rejeição do transplante:</p><p>Reconhecimento do Antígeno: Os HLA são</p><p>proteínas presentes na superfície das células</p><p>que ajudam o sistema imunológico a</p><p>diferenciar entre células próprias e</p><p>estranhas. Quando um tecido ou órgão é</p><p>transplantado, o sistema imunológico do</p><p>receptor reconhece os HLA do doador como</p><p>estranhos se eles não forem compatíveis</p><p>com os próprios antígenos do receptor.</p><p>Ativação do Sistema Imunológico: A</p><p>incompatibilidade entre os HLA do doador e do</p><p>receptor desencadeia uma resposta</p><p>imunológica. Os linfócitos T reconhecem os</p><p>HLA como estranhos e são ativados para</p><p>atacar o tecido ou órgão transplantado.</p><p>Resposta Imune: Os linfócitos T,</p><p>especialmente os linfócitos T citotóxicos</p><p>(CD8+), atuam na resposta imune contra HLA</p><p>estranhos. Eles reconhecem as células do</p><p>tecido transplantado que apresentam HLA</p><p>do doador e as destroem.</p><p>Imunossupressão: Para prevenir a rejeição do</p><p>transplante, os receptores de transplantes</p><p>frequentemente recebem imunossupressores</p><p>que visam reduzir a resposta imune contra os</p><p>HLA do doador. No entanto, como os HLA</p><p>também atuam defesa imunológica normal, a</p><p>supressão excessiva do sistema imunológico</p><p>pode aumentar o risco de infecções e outros</p><p>problemas de saúde.</p><p>Rejeição do Transplante: A incompatibilidade</p><p>nos HLA pode levar à rejeição do transplante.</p><p>Se os HLA do doador forem reconhecidos</p><p>como estranhos pelo sistema imunológico do</p><p>receptor, isso pode desencadear uma</p><p>resposta imune direcionada ao tecido ou</p><p>órgão transplantado, resultando em rejeição.</p><p>Rejeição Hiperaguda: Acontece poucas</p><p>horas após o transplante. É caracterizada</p><p>pela presença de anticorpos pré-existentes</p><p>no receptor que reconhecem os antígenos</p><p>do doador, desencadeando uma resposta</p><p>imune rápida e grave. Esses anticorpos</p><p>podem ativar o complemento e</p><p>desencadear a cascata de coagulação,</p><p>resultando em danos rápidos ao tecido ou</p><p>órgão transplantado.</p><p>Rejeição Aguda Acelerada: Acontece</p><p>entre o terceiro e o quarto dia após o</p><p>transplante. É mediada por anticorpos</p><p>induzidos pelo transplante, que são</p><p>produzidos pelo sistema imunológico do</p><p>receptor em resposta aos antígenos do</p><p>doador. Nesse caso, os imunossupressores</p><p>que visam células T têm pouco efeito na</p><p>prevenção da rejeição. Assim como na</p><p>rejeição hiperaguda, a ativação do</p><p>complemento e da cascata de coagulação</p><p>pode ocorrer.</p><p>Rejeição Crônica: Este tipo de rejeição é</p><p>mediado por células T e é uma resposta</p><p>imune mais prolongada. Caracteriza-se por</p><p>uma resposta de hipersensibilidade</p><p>retardada, que envolve linfócitos TCD4+ e</p><p>TCD8+, macrófagos, neutrófilos e células</p><p>NK (células assassinas naturais). A rejeição</p><p>crônica pode se desenvolver ao longo de</p><p>meses ou anos após o transplante e é</p><p>uma causa comum de falha do enxerto a</p><p>longo prazo.</p><p>tipos de rejeição alográfica em transplantes</p><p>Ações que podem prolongar o orgão</p><p>transplantado</p><p>Depleção de APCs do doador: Remover as</p><p>células apresentadoras de antígenos</p><p>(APCs) do doador pode reduzir a resposta</p><p>imune do receptor contra o órgão</p><p>transplantado.</p><p>Transfusão sanguínea do doador para o</p><p>receptor: Expor gradualmente o sistema</p><p>imunológico do receptor aos antígenos do</p><p>doador, promovendo a tolerância</p><p>imunológica.</p><p>Modificação das APCs do receptor:</p><p>Bloquear moléculas coestimulatórias nas</p><p>APCs do receptor pode interromper a</p><p>ativação completa das células T, induzindo</p><p>tolerância ao transplante.</p><p>Bloqueio da função de T helper: Inibir a</p><p>função dos linfócitos T auxiliares antes do</p><p>transplante reduz a resposta imune</p><p>adaptativa contra o órgão transplantado.</p><p>Drogas anti-rejeição: Imunossupressores</p><p>são cruciais para prevenir a rejeição do</p><p>órgão transplantado, suprimindo a resposta</p><p>imune do receptor e promovendo a</p><p>tolerância ao transplante.</p><p>Os orgãos vem de duas fontes principais:</p><p>Doação de Órgãos de Cadáver: Nesse caso, os</p><p>órgãos são doados por pessoas que faleceram</p><p>e consentiram em doar seus órgãos para</p><p>transplante antes de morrerem. Geralmente</p><p>após a morte cerebral, onde os órgãos podem</p><p>ser mantidos viáveis através de suporte vital</p><p>artificial até serem removidos para o</p><p>transplante. A doação cadavérica é uma fonte</p><p>importante de órgãos para transplante em</p><p>muitos países.</p><p>Doação de Órgãos de Vivo: Alguns órgãos,</p><p>como um rim ou parte do fígado, podem ser</p><p>doados por pessoas vivas. Nesse caso, o</p><p>doador é submetido a uma cirurgia para</p><p>remover o órgão ou parte dele, que é então</p><p>transplantado para o receptor. A doação de</p><p>órgãos de seres vivos é possível porque muitos</p><p>órgãos são duplicados pelo corpo humano,</p><p>como os rins e partes do fígado, e o doador</p><p>pode levar uma vida saudável com apenas um</p><p>órgão funcional.</p><p>Doações possíveis em vida</p><p>Um Rim: Um indivíduo pode doar um dos</p><p>rins, pois o corpo humano pode funcionar</p><p>adequadamente com apenas um rim.</p><p>Parte do Fígado: Uma parte do fígado</p><p>pode ser doada por uma pessoa viva, pois o</p><p>fígado tem capacidade de regeneração e a</p><p>parte doada pode se regenerar tanto no</p><p>doador quanto no receptor.</p><p>Medula Óssea: As células-tronco da</p><p>medula óssea podem ser doadas por uma</p><p>pessoa viva para transplantes de medula</p><p>óssea.</p><p>Córneas: As córneas dos olhos podem ser</p><p>doadas por pessoas vivas ou falecidas para</p><p>restaurar a visão em pacientes que sofrem</p><p>de problemas de visão.</p><p>Doações impossíveis em vida</p><p>Coração: A doação de um coração por uma</p><p>pessoa viva é impossível, pois o coração é</p><p>um órgão vital e não pode ser removido de</p><p>uma pessoa viva sem causar a morte.</p><p>Outros órgãos vitais: Além do coração,</p><p>outros órgãos vitais como pulmões,</p><p>pâncreas e intestinos não podem ser</p><p>doados por uma pessoa viva, pois sua</p><p>remoção resultaria em morte imediata ou</p><p>incapacidade permanente.</p>