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<p>Angelo Tomás Chipe</p><p>Delfeu Samussone Quive</p><p>Mecanismos de regulação e Manutenção da Temperatura Corporal</p><p>Linceciatura em Ensino de Biologia</p><p>2º Ano Laboral</p><p>Universidade Pedagógica de Maputo</p><p>Maputo</p><p>2023</p><p>Angelo Tomás Chipe</p><p>Delfeu Samussone Quive</p><p>Mecanismos de regulação e Manutenção da Temperatura Corporal</p><p>Trabalho da disciplina de AFAH a ser entrege aos docentes da mesma para efeitos de avaliação</p><p>Docentes: Marina Jerónimo e Kátia Marques</p><p>Universidade Pedagógica de Maputo</p><p>Maputo</p><p>2023</p><p>Índice</p><p>1. Introdução 5</p><p>1.1. Objetivos 6</p><p>1.1.1. Objetivo geral 6</p><p>1.1.2. Objetivos específicos 6</p><p>1.2. Metodologia 6</p><p>2. Conceitos básicos 6</p><p>3. Fundamentação teórica 8</p><p>3.1. Termorregulação 8</p><p>3.1.1. Mamíferos 11</p><p>3.1.2. Aves 11</p><p>3.1.3. Répteis 11</p><p>3.1.4. Anfíbios 12</p><p>3.1.5. Peixes 12</p><p>3.2. O papel do Hipotálamo no processo de Termorregulação 12</p><p>3.3. Mecanismos de troca de calor entre o corpo e o ambiente 14</p><p>3.4. Mecanismos fisiológicos para regulação da temperatura 14</p><p>3.4.1. Mecanismos fisiológicos para regulação da temperatura nalguns animais domésticos 15</p><p>3.5. Termogênse: produção de calor pelo organismo 18</p><p>3.5.1. Termoreceptores: 19</p><p>3.6. Hipotálamo como centro integrador da termoregulação 20</p><p>3.6.1. Mecanismo de regulação da temperatura corporal 20</p><p>3.7. O fenômeno da febre 21</p><p>3.7.1. Características clínicas das síndromes febris 22</p><p>3.8. Hipotermia 24</p><p>3.9 Hipertemia 24</p><p>3.9.1. Causas da hipertermia 25</p><p>3.9.2. Sintomas de hipertermia 25</p><p>4. Conclusão 27</p><p>5. Referências bibliográficas 28</p><p>Índice de figuras</p><p>1. Introdução</p><p>A regulação da temperatura corporal é uma das inúmeras funções inter-relacionadas essenciais para a manutenção da homeostase que são controladas pelo sistema nervoso central (SNC). Assim como a maioria dos mamíferos (homotérmicos) , controlamos a produção e a perda de calor, de modo que a temperatura corporal interna (Tc) permaneça relativamente constante, apesar de variações amplas da temperatura ambiente, diferentemente dos animais pecilotérmicos, que a sua temperatura varia dependendo do meio em que estiverem inseridos. Esta capacidade de sentir e regular a Tc é uma característica fundamental para a sobrevivência humana, pois desvios de Mais ou menos de 3,5°C na Tc, a partir da temperatura de repouso de 37°C, podem representar séria ameaça ao indivíduo. O controle da Tc depende de estruturas hipotalâmicas que integram impulsos nervosos aferentes de termorreceptores centrais (localizados no próprio SNC) e periféricos, determinando o grau de atividade dos efetores termorregulatórios. O conhecimento sobre esse sistema de controle sedimentou-se a partir de evidências experimentais obtidas ao longo de mais de 200 anos (AIRES, 2018).</p><p>1.1. Objetivos</p><p>1.1.1. Objetivo geral</p><p>· Explicar o processo de Termorregulação nos Animais.</p><p>1.1.2. Objetivos específicos</p><p>· Descrever o papel do hipotálamo no processo de Termorregulação;</p><p>· Descrever as diferentes formas de produção do calor (Termogênese);</p><p>· Descrever as diferentes formas de conservação do calor;</p><p>· Explicar os processos de perda de calor;</p><p>· Mencionar as consequências da alteração do ponto de ajuste.</p><p>1.2. Metodologia</p><p>Para a elaboração deste trabalho, usou-se a o método de análise bibliográfica. Onde recorremos a alguns livros presentes na Biblioteca da Universidade Pedagógica de Maputo, precisamente na Faculdade de Ciências Naturais e Matemática (FCNM). Também recorremos a Biblioteca da Universidade Eduardo Mondlane. Fora esse método usamos ainda a Internet, donde extraímos algumas informações e imagens presentes neste trabalho.</p><p>2. Conceitos básicos</p><p>Reunindo e homogeneizando os principais conceitos relativos à temperatura corporal adotamos as seguintes definições:</p><p>· Temperatura: é um índice de calor relativo.</p><p>· Tc: temperatura corporal</p><p>· Temperatura corporal: é o balanço entre o calor gerado e o perdido pelo corpo humano.</p><p>Medida ou verificação da temperatura corporal: é um método de estimativa da temperatura central do corpo. Todo mecanismo de regulação da temperatura diz respeito à temperatura central ou interior e não à temperatura superficial. Esta aumenta ou diminui de acordo com o meio ambiente e é importante no que se refere à capacidade da pele perder calor para o meio ambiente (AIRES, 2018).</p><p>· Temperatura corporal normal: nenhum nível isolado de temperatura pode ser considerado normal porque pessoas saudáveis, do mesmo sexo, idade e compleição, apresentam variações entre si. Um mesmo Indivíduo sofre variações ao longo do dia e em diferentes locais do corpo. Desta forma as pessoas devem ter seu padrão individual de avaliação da temperatura corporal. A temperatura corporal habitual do adulto humano assume os valores médios de T .axilar: 36°C; T. oral: 37°C e T. retal: 37°C (AIRES, 2018).</p><p>· Hipertemia: é a temperatura corporal com uma elevação habitual não patológica, a níveis superiores que 37°C (axilar), geralmente após exercícios físicos ou emoções intensas, nos humanos (KNOCHEL, 1993).</p><p>· Febre: é a elevação da temperatura corporal acima da habitual e causada por doença. Considerada um dos mais antigos sinais de doença que se conhece (KNOCHEL, 1993).</p><p>· Hipotermia: é a temperatura corporal com uma variação a níveis inferiores que 35°C (axilar). Esta denominação, quando se refere a criança e idosos é interpretada como a incapacidade para manter a temperatura corporal adequada à manutenção das funções biológicas diante de ambientes frios (KNOCHEL, 1993).</p><p>· Estado febril: é pelo menos uma medida de temperatura (oral, axilar ou retal) acima dos limites habituais de hipertermia do indivíduo.</p><p>Temperatura central do corpo: é um índice do estado do metabolismo corporal, controlado pelo termostato hipotalâmico. A artéria pulmonar tem sido o local preferido para medir a temperatura central porque ela representa o “pool” de sangue das regiões do corpo (AIRES, 2018). O reto tem a temperatura mais elevada em relação às temperaturas oral e axilar, considerada mais próxima da temperatura central. Na verdade, as temperaturas mais próximas da central são a esofageana e a timpánica, medidas por sondas com procedimentos específicos. Há experimentos visando a medida da temperatura central do corpo feitos no estômago e bexiga urinaria.</p><p>3. Fundamentação teórica</p><p>3.1. Termorregulação</p><p>A capacidade de controlar a temperatura corporal média independente da temperatura ambiental é chamada de termorregulação. No reino animal, observa-se diferentes estratégias em relação ao controle de temperatura do organismo, sendo as principais a endotermia e a ectotermia (MACHADO, 2007).</p><p>De acordo com MACHADO (2007), animais endotermos (endo – interno, termo – calor) geram a maior parte de seu calor através de processos metabólicos, como o consumo de açúcares e gorduras. Assim, sua temperatura corporal tende a ser controlada e praticamente independente da temperatura do meio ambiente, exemplo : Aves e Mamíferos. Os ectotermos dependem de fontes externas ao seu corpo para regular sua temperatura, exemplo: Peixes e Répteis. Isto porque eles apresentam um valor muito reduzido de mitocôndrias por célula, quando comparados aos endotermos, fazendo com que a quantidade de calor advinda de seu metabolismo seja insuficiente. Deste modo, eles expressam comportamentos que lhes permitem manter uma temperatura ideal para sua sobrevivência, como exposição contínua ao sol para se aquecer ou abrigo da luz solar em tocas para se resfriar. Visto que os ectotermos conseguem manter a temperatura de seu corpo tão elevada quanto a do ambiente e bem próximas dos valores encontrados nos endotermos, os termos sangue frio e sangue quente são considerados errôneos e vem caindo em desuso (MACHADO, 2007).</p><p>Figura 1: imagem mostrando alguns exemplos de animais endotérmicos e ectotérmicos. Fonte: MACHADO, 2007.</p><p>Além da endo e ectotermia, existem também as classificações em homeotermo e pecilotermo (MACHADO, 2007). Estas variam em relação a manutenção constante ou não da temperatura,</p><p>sendo que os organismos que produzem seu próprio calor (endotermos) geralmente são homeotermos (mantem valores constantes de temperatura corporal) e os que regulam seu calor através do ambiente (ectotermos) costumam ser pecilotermos, como picos de variação de temperatura consideráveis.</p><p>De acordo com GUYTON (2006), existem diversas estruturas especializadas que estão associadas a termorregulação nos animais. As glândulas sudoríparas, por exemplo, auxiliam no resfriamento corporal através da perda de água. A superfície da língua e da cavidade oral também podem auxiliar no resfriamento do corpo, especialmente em animais cobertos de pelo como os cachorros no qual a sudorese pode não ser efetiva. As penas nas aves e os pelos dos mamíferos atuam como isolantes térmicos auxiliando na manutenção do calor corporal frente a ambientes mais frios. Adicionalmente, em baixas temperaturas, aves e mamíferos apresentam espasmos musculares que excitam suas penas e pelos, alterando a movimentação do ar na proximidade da pele. Caudas longas e outras estruturas alongadas e vascularizadas também tem função termorreguladora através da condução de calor para fora do corpo, uma adaptação importante para animais que vivem nos trópicos ou em ambientes desérticos.</p><p>Nos seres humanos, a maior fonte de calor vem dos órgãos internos e da contração da musculatura esquelética (GUYTON, 2006). O hipotálamo tem o papel central de termostato corporal, coletando dados acerca da temperatura sistêmica por uma rede de sensores térmicos conectados às células nervosas. Quando a temperatura do ar fica mais alta que a do corpo, sinais nervosos induzem a transpiração e a vasodilatação nas células superficiais da pele, reduzindo nossa temperatura corporal. No cenário oposto, em que o ar está mais frio, o sistema nervoso induz a vasoconstrição dos vasos sanguíneos da pele e estimula a contração dos músculos esqueléticos, acelerando o metabolismo para produzir calor, aumentando a temperatura corporal (GUYTON 2006).</p><p>Todos os animais têm a capacidade de regular a temperatura corporal por si só (incluídos os humanos), a diferença encontra-se em se este ato realiza-se de forma ativa ou passiva. Os cães, por exemplo, ofegam e expulsam o calor pela almofada plantar das suas patas, Isso por apresentarem poucas glândulas sudorípas , e as pessoas transpiraram, mas esses não são os únicos métodos para regular a temperatura do corpo. Por exemplo, outros animais como os lagartos, tumbam-se ao sol para regular a sua temperatura. Cada animal tem os seus próprios mecanismos (MACHADO, 2007).</p><p>Figura 2: Desenho esquemático, evidenciando algumas estruturas do sistema tegumentar, que auxiliam o hipotálamo no processo de regulação da temperatura corporal. Fonte: GUYTON, 2006.</p><p>3.1.1. Mamíferos</p><p>Com os mamíferos ocorre um fato curioso, o nosso corpo pode produzir, se for necessário, o calor suficiente para que todo o nosso organismo funcione corretamente. Este processo é feito de forma autónoma pelo próprio organismo, independentemente da temperatura que houver no entorno no qual se encontra. Devido a este processo, os mamíferos são considerados animais endotérmicos (MACHADO, 2007).</p><p>3.1.2. Aves</p><p>No caso das aves, ainda que também podem regular por si sós a sua temperatura corporal (são endotérmicos), a sua capacidade para realizá-lo não é tão eficaz como acontece com os mamíferos (MACHADO, 2007).</p><p>3.1.3. Répteis</p><p>Este grupo de animais são ectotérmicos, isto é, o seu corpo não é capaz de produzir calor. Por isso devem buscar outros métodos alheios para regular a sua temperatura, como expor-se instintivamente ao calor da luz do sol. Trata-se de um mecanismo comportamental (MACHADO, 2007).</p><p>3.1.4. Anfíbios</p><p>Os anfíbios também são ectotérmicos, o seu metabolismo também não consegue regular a sua temperatura. Dependem então, da temperatura que faz no lugar onde se encontram (MACHADO, 2007).</p><p>3.1.5. Peixes</p><p>Este grupo também pertence aos ectotérmicos, e a sua termorregulação consiste em adaptar-se à temperatura da água na qual se encontram. Este mecanismo responde a uma termorregulação conductual (MACHADO, 2007).</p><p>Figura 3: gráfico de comparação dos animais pecilotérmicos em relação aos animais homotérmicos, esses que mantém a sua temperatura constante, independentemente das variações da temperatura do meio externo. Fonte: MACHADO, 2007.</p><p>3.2. O papel do Hipotálamo no processo de Termorregulação</p><p>Segundo AIRES (2018), a capacidade de regular a temperatura corporal, característica especial dos animais homeotérmicos, é exercida pelo hipotálamo. Este é informado da temperatura corporal, não só por termorreceptores periféricos, mas principalmente por neurônios que funcionam como termorreceptores. A termorregulação está associada à homeostase da temperatura corporal do organismo, e o controle da temperatura é exercido através de mecanismos do SNA Simpático. Os seres humanos são homeotérmicos, ou seja, mesmo sob grandes variações de temperatura ambiental, a nossa temperatura central (interna) sofre variação mínima. A temperatura ideal do corpo humano é de 36,5 à 37 graus Celsius. A temperatura ambiente confortável para o ser humano gira em torno de 20 à 35 graus.</p><p>Existe um ponto de ajuste interno, no qual o corpo estabelece como sendo o ideal. Temos receptores, que são sensores que percebem as variações da temperatura, comparam isso com o ponto de ajuste hipotalâmico e ativam vias efetoras para corrigir os parâmetros. Para que consigamos manter a temperatura corporal estável, temos que produzir ou ganhar tanto calor quanto perder (AIRES, 2018).</p><p>Figura 4: desenho esquemático do hipotálamo, mostrando as partes que o compõem. Essas estruturas que são essenciais no processo de regulação da Tc. É importante salientar que o hipotálamo não trabalha sozinho nesse processo de Termorregulação, ele trabalha em coordenação com o SNA simpático e com o Sistema Endócrino. Fonte : GUYTON, 2006).</p><p>Nos seres humanos, a maior fonte de calor vem dos órgãos internos e da contração da musculatura esquelética. O hipotálamo tem o papel central de termostato corporal, coletando dados acerca da temperatura sistêmica por uma rede de sensores térmicos conectados às células nervosas (GUYTON, 2006). Quando a temperatura do ar fica mais alta que a do corpo, sinais nervosos induzem a transpiração e a vasodilatação nas células superficiais da pele, reduzindo nossa temperatura corporal. No cenário oposto, em que o ar está mais frio, o sistema nervoso induz a vasoconstrição dos vasos sanguíneos da pele e estimula a contração dos músculos esqueléticos, acelerando o metabolismo para produzir calor, aumentando a temperatura corporal (GUYTON, 2006).</p><p>3.3. Mecanismos de troca de calor entre o corpo e o ambiente</p><p>Segundo GUYTON (1992), existem vários processos pelos quais os animais perdem calor para o ambiente, contribuindo assim para a regulação da temperatura corporal. Alguns desses processos incluem:</p><p>· Radiação: A transferência de calor na forma de ondas eletromagnéticas. Os animais podem perder calor para o ambiente se a temperatura do ar ao redor for menor que a sua.</p><p>· Condução: A transferência de calor através do contato direto com uma superfície mais fria. Por exemplo, um animal em contato com o solo ou água mais fria perderá calor por condução.</p><p>· Convecção: A transferência de calor através do movimento de ar ou água. Por exemplo, o vento pode remover o ar aquecido em torno de um animal, levando à perda de calor por convecção.</p><p>· Evaporação: Quando a água se transforma em vapor, ocorre uma absorção de calor do corpo do animal. Isso pode acontecer através da transpiração (suor) ou da respiração.</p><p>Esses processos combinados ajudam os animais a regular sua temperatura corporal, permitindo que dissipem o excesso de calor quando necessário para evitar o superaquecimento.</p><p>3.4. Mecanismos fisiológicos para regulação da temperatura</p><p>I. Controle Vasomotor: A pele sofre maior variação de temperatura. A irrigação da derme altamente variável e controlada pelo SNA Simpático. Os capilares superficiais são regulados através da constrição</p><p>das arteríolas aferentes que chegam nesse leito capilar cutâneo. Numa vasoconstrição, chega menos sangue ao leito capilar. E no caso de uma vasodilatação, chega mais sangue no leito. Desse modo, como o sangue é aquecido nas regiões mais internas do corpo, quando ele passar nas regiões mais próximas à pele, ele libera esse calor para o meio. Ou seja, em ambientes quentes, temos vasodilatação, e isso favorece a troca de calor entre o corpo e o meio. Em ambientes frios, ocorre o inverso, ocorre a vasoconstrição, o que impede que o corpo perca calor para o ambiente (GUYTON, 1992).</p><p>II. Piloereção: O mecanismo de arrepio, com os pelos eriçados é uma forma de tentar aprisionar o ar quente próximo a superfície da pele, evitando que esse ar seja deslocado, a fim de permitir o aquecimento daquela região. Quando a convecção desse ar é impedida, não existe substituição dessa camada de ar “quente” por uma camada de ar “fria” que possivelmente poderia se deslocar para essa área da pele. Esse mecanismo é obtido através da inervação simpática que chega até os músculos piloeretores (GUYTON, 1992).</p><p>III. Glândulas Sudoríparas e Sudorese: Estimulação das glândulas sudoríparas pelo Sistema Nervoso Simpático colinérgico e também pela adrenalina circulante. As células que formam a parede do túbulo na base secretam Na+, que por ser um íon carregado positivamente, atrai Cl- para a luz dessa glândula. Por meio da osmose, a água também passa do meio intracelular para o extracelular, e se encontra na luz do túbulo. Esse líquido preenche o túbulo e vai subindo em direção ao poro da glândula voltado para o meio externo. No ducto dessa glândula ocorre reabsorção dos íons, entretanto, essas células são impermeáveis à agua. E a água não sofre osmose para dentro das células de volta. Dessa forma, esse líquido vai ser escoado até o poro, e liberado no meio externo. Em ambientes muito quentes, o ritmo da sudorese é aumentado, e na maioria das vezes, por se tratar de um ritmo rápido, a reabsorção iônica no ducto da glândula fica prejudicado. Desse modo, o líquido expelido pelo canal é isosmótico devido ao aumento acentuado da sudorese (GUYTON, 1992).</p><p>3.4.1. Mecanismos fisiológicos para regulação da temperatura nalguns animais domésticos</p><p>Em aves, como possuem um metabolismo mais acelerado, a regulação da temperatura ocorre principalmente pela respiração e pela regulação da circulação sanguínea próxima à superfície da pele(GUYTON, 1992).</p><p>Nas galinhas, a termorregulação ocorre principalmente pelo controle da respiração e pelo comportamento de se abrigar em locais sombreados (GUYTON, 1992).</p><p>Já nos gatos, a termorregulação é feita através do controle da respiração, transpiração pelas almofadas das patas e pelo comportamento de buscar locais mais quentes ou mais frescos (GUYTON, 1992).</p><p>Nos porcos, a regulação da temperatura é feita principalmente através do comportamento de procurar sombra ou lama para se refrescar, já que eles não possuem glândulas sudoríparas eficientes (GUYTON, 1992).</p><p>Nos cães, a regulação da temperatura acontece através da respiração ofegante, transpiração pelas almofadas das patas e também pelo comportamento de buscar sombra ou água fresca. Cada espécie tem suas próprias estratégias para manter a temperatura corporal dentro de limites saudáveis (GUYTON, 1992).</p><p>Figura 5: Temperatura normal de alguns animais domésticos. (GUYTON, 1992).</p><p>Figura 6: desenho esquemático mostrando o processo de regulação da temperatura corporal, onde o hipotálamo interage com o SNA simpático, juntamente S. Circulatório e tegumentar, com vista a perder ou conservar o calor. Fonte: GUYTON, 1992.</p><p>3.5. Termogênse: produção de calor pelo organismo</p><p>Energia em forma de calor gerada pelo organismo e é diretamente proporcional à taxa de metabolismo corporal. O metabolismo basal produz calor de forma contínua, e o metabolismo adicional pode ser por meio de: atividade muscular; efeito da Tiroxina; efeito da estimulação simpática (adrenalina e noradrenalina); aumento da atividade química celular. Produção interna do calor proveniente do metabolismo celular e da contração muscular (GUYTON,2006).</p><p>3.5.1. Termoreceptores:</p><p>De acordo com GUYTON (2006), termoreceptores são neurônios especializados em distinguir às variações na temperatura tanto ambientais quanto corporais internas. Podem ser sensíveis ao calor ou ao frio.</p><p>· Termoreceptores periféricos: Na superfície externa (pele): são adaptativos, possuem maior grau de disparos conforme maior for a variação da temperatura. Na superfície interna: (mucosas digestória e respiratória).</p><p>· Receptores para o calor: Apesar de serem demonstradas por testes psicológicos, essas fibras ainda não foram identificadas histologicamente. Supõe-se que elas são terminações nervosas livres, pois os sinais de calor são transmitidos principalmente por fibras do tipo C, com velocidades de transmissões de cerca de 0,4 a 2 m/s.</p><p>· Receptores para o frio: Tipo especial de terminação nervosa mielinizada do tipo A δ que se ramifica diversas vezes. Os sinais são transmitidos por essas fibras a uma velocidade de aproximadamente 20m/s.</p><p>Os receptores de frio, embora respondam a uma faixa ampla de temperaturas (entre 10°C e 40°C), exibem uma atividade máxima para temperaturas situadas em torno dos 25°C. Uma fibra para dor estimulada pelo frio: essas são estimuladas em temperaturas que variam de 5 a 15 graus Celsius. A medida que a temperatura aumenta para 15 graus, os impulsos nessas fibras para dor/frio são interrompidos. A partir desse ponto os receptores apenas para o frio começam a ser estimulados, atingindo um pico de estimulação em 25 graus e diminuindo levemente acima de 40 graus (GUYTON, 2006).</p><p>Já os receptores de calor apresentam uma atividade máxima para temperaturas ao redor dos 40°C, embora respondam a temperaturas situadas entre 30°C e 45°C. Algumas terminações nervosas associadas a receptores de frio começam a descarregar novamente quando a temperatura ultrapassa os 40°C, aumentando a frequência dessa descarga em paralelo ao aumento da temperatura. Esse fenômeno é denominado resposta paradoxal, e é responsável por uma eventual sensação de frio provocada por temperaturas altas e potencialmente lesivas (GUYTON, 2006).</p><p>Segundo GUYTON (2006), o caminho da sensibilidade térmica até chegar à consciência no córtex descreve o seguinte percurso:</p><p>1. Receptores térmicos são ativados, e a transdução do sinal é iniciada por canais iônicos presentes na membrana de terminações nervosas livres através e uma família de proteínas chamadas de “termoTRP”, que compõe canais iônicos sensíveis à temperatura. A partir daí um potencial de ação é iniciado no neurônio primário. O corpo desse neurônio encontra-se no gânglio da raiz dorsal da medula espinal, e esse neurônio do tipo pseudo unipolar penetra na medula e vai fazer sinapse homo lateralmente com um segundo neurônio situado no corno posterior da medula.</p><p>2. O segundo neurônio dessa via cruza para o lado oposto na comissura branca da própria medula e ascende por meio do trato espinotalâmico lateral para o tálamo.</p><p>3. No tálamo esse segundo neurônio faz uma sinapse com um terceiro neurônio presente no núcleo ventral póstero lateral do tálamo, que emite fibras direcionadas ao córtex.</p><p>4. A mensagem então, chega até o córtex sensorial, mais precisamente no giro pós central onde essa sensação de frio vai ser processada e identificada.</p><p>4.6. Hipotálamo como centro integrador da termoregulação</p><p>· Termoreceptores centrais: Alteração da temperatura percebidas diretamente no sistema nervoso. Temperatura sanguínea chegando ao encéfalo: região pré-optica e hipotálamo anterior (GUYTON, 2006).</p><p>4.6.1. Mecanismo de regulação da temperatura corporal</p><p>Segundo GUYTON (1992), o hipotálamo funciona como um termostato capaz de detectar as variações de temperatura do sangue que por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal. Existem no hipotálamo dois centros frequentemente denominados:</p><p>Centro da perda do calor, situado no hipotálamo</p><p>anterior (ou pré-óptico): Estimulações nesse desencadeiam fenômenos de vasodilatação periférica e sudorese, que resultam em perda de calor e o centro da conservação do calor, situado no hipotálamo posterior: estimulações no segundo resultam em vasoconstrição periférica, tremores musculares (calafrios) e até mesmo liberação do hormônio tireoidiano, que aumentam o metabolismo o qual gera calor (GUYTON, 1992).</p><p>O hipotálamo é a região onde está determinado qual o ponto de ajuste corporal. O hipotálamo é o grande centralizador do controle termo regulatório do corpo. Na área pré-óptica localiza-se o órgão vascular da lâmina terminal, no qual não existe barreira hematoencefálica, e que funciona como um sensor especializado em detectar sinais químicos para termorregulação (GUYTON, 1992).</p><p>O hipotálamo anterior ativa mecanismos de dissipação de calor: vasodilatação cutânea; sudorese; respiração ofegante. O hipotálamo posterior ativa mecanismos de conservação de calor: vasoconstrição cutânea; tremor muscular; sensação de calafrio e tremor involuntário com a finalidade de produzir calor (GUYTON, 1992).</p><p>a) Resposta ao aumento da temperatura: precisamos dissipar calor</p><p>Ativamos neurônios simpáticos pós ganglionares colinérgicos. Os neurônios pós ganglionares simpáticos liberam noradrenalina, só que nesse caso de resposta ao aumento da temperatura, nós ativamos os colinérgicos. Eles vão provocar secreção de suor e vasodilatação sanguínea cutânea (GUYTON, 1992).</p><p>b) Resposta à diminuição da temperatua: precisamos reter/gerar calor</p><p>Ativamos os neurônios simpático adrenérgicos. Provocando vaso constrição dos vasos superficiais da pele e acionamento da gordura castanha, capaz de promover a termogênese. Além disso ativamos a divisão somática motora, o que irá promover a produção de calor através do tremor (GUYTON, 1992).</p><p>4.7. O fenômeno da febre</p><p>A febre ou pirexia é um incremento da temperatura devido a uma resposta do mecanismo de termorregulação a um estímulo de produtos bacterianos, vírus, antígenos não bacterianos e fungos (KNOCHEL, 1993), além de outros fatores de ativação como: liberação de linfocinas, de prostaglandinas e de AMP (mediador hormonal intracelular)</p><p>Estes estímulos ativam a produção do pirogênio endógeno que é de natureza proteica e também fator de ativação dos linfócitos. O pirogênio é produzido principalmente pelas células de Kupffer (macrófagos teciduais do fígado), monócitos, histiócitos, macrófagos e, em menor quantidade, pelos neutrófilos e eosinófilos; algumas células tumorals também podem sintetizá-lo. Após duas horas de ativação ou a partir de minutos, começa a liberação do pirogênio endógeno pelas células produtoras caindo na corrente sanguínea e indo agir nos neurônios termossensitivos da área pré-óptica do hipotálamo anterior (KNOCHEL, 1993).</p><p>Anormalidades no cérebro como tumores cerebrais ou hemorragias intracranianas também podem ser estímulos ao descontrole do sistema termorregulador, ocasionando febre.</p><p>Segundo KNOCHEL (1933), existem algumas febres elevadas de início súbito, estimuladas por agentes bacterianos e virais, que merecem atendimento imediato, principalmente em pacientes internados que estão afebris e subitamente apresentam febre. Este quadro pode ser sugestivo de: pneumonia pneumocócica; infecções agudas do aparelho urinario; amigdalite purulenta; Infecções de pele; infecções de ferida; algumas viroses (influenza); estafilococcías; septicemias e gastrenterites.</p><p>Introdução de material descartável endógeno, soros e sangue no organismo também são fatores de ativação do pirogênio como substâncias estranhas ao organismo.</p><p>A febre é, então, uma entidade nosológica diferente do fenômeno da hipertermia e caracteriza-se como uma síndrome (KNOCHEL, 1993).</p><p>4.7.1. Características clínicas das síndromes febris</p><p>(1) Fase Fria — é caracterizada por: pele fria; sensação de frio, palidez; contrações musculares (calafrios); piloereção (arrepios); aumento da freqüência de pulso periférico (taquicardia); mialgias, artralgias, mal estar geral e adinamia.</p><p>Interpretação -1.</p><p>Segundo KNOCHEL (1933), o termostato hipotalâmico, após estimulação, começa a fazer o ajuste térmico para elevar a temperatura mas esta, nos receptores térmicos do corpo, ainda é a habitual para o indivíduo e, então, ocorre a vasoconstrição para evitar perda de calor. Para o termostato hipotalâmico conseguir elevar a temperatura, ele estimula as contrações musculares e os arrepios para gerarem calor. Quando a temperatura corporal se iguala ao ajuste hipotalâmico (aproximadamente 38°C — axilar), o indivíduo não experimenta mais arrepios. A presença de calafrios guarda relação com a intensidade da febre e principalmente com a rapidez da elevação térmica, variando de arrepios a tremores intensos.</p><p>(2) Fase Quente — é caracterizada por: aumento do padrão respiratório; rubor, calor, pele quente; hipotensão; anorexia, náuseas, vômitos; irritabilidade do sistema nervoso central (fotofobia, cefaléia); desidratação de pele e mucosas particularmente em bebês, crianças pequenas e idosos. Em temperaturas elevadas observa-se desorientação nos adultos com delírios ou confusão mental e convulsão nas crianças (KNOCHEL, 1993).</p><p>Interpretação-2.</p><p>A temperatura corporal está se elevando e o termostato hipotalâmico está se ajustando. Ao estabilizar o ajuste hipotalâmico começa a vasodilatação periférica para a perda de calor, onde o afluxo de sangue para a pele pode chegar a 30% do débito cardíaco total.</p><p>A intermação, que ocorre a uma temperatura de 41-42°C, ocasiona hemorragias e degeneração celular, principalmente em órgãos vitais, havendo perigo de morte (KNOCHEL, 1993).</p><p>(3) Fase húmida, tem como características: sudorese intensa que permite diminuição da temperatura através da evaporação; pele húmida e pastosa, próxima à temperatura habitual; vasodilatação; aumento do risco de desidratação e eventualmente oliguria (KNOCHEL, 1993).</p><p>Interpretação-3.</p><p>Nesta fase a vasodilatação cutânea já se completou, possibilitando a irradiação, a condução e a evaporação. A sudorese contribui com metade da perda da evaporação.</p><p>(1) Para cada 1 litro de água que se evapora são necessárias 580 calorias que são retiradas do organismo, com o conseqüente resfriamento do mesmo (KNOCHEL, 1933). A evaporação da sudorese é a forma mais eficaz que o indivíduo tem de perder calor quando está com temperatura elevada. O suor produzido adere-se à pele com grande desconforto térmico, o paciente sente sede e muito cansaço.</p><p>4.8. Hipotermia</p><p>Segundo BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT (2006), quando a temperatura corporal está abaixo de 35°C. A hipotermia ocorre quando a perda de calor do corpo excede sua produção. Embora seja mais comum durante clima frio ou imersão em água fria, pode ocorrer em climas quentes quando as pessoas ficam imóveis em uma superfície fria (p. ex., quando estão intoxicadas) ou após imersão muito prolongada na água com temperatura de 20 a 24 °C. Roupas molhadas e vento frio aumentam o risco de hipotermia.</p><p>De acordo com BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT (2006), perda de consciência, imobilidade, ou ambas (p. ex., trauma, hipoglicemia, convulsões, choque, intoxicação por álcool ou drogas) são fatores predisponentes comuns. O risco é maior para idosos e pessoas muito jovens:</p><p>· Idosos costumam ter diminuição da sensação térmica e comprometimento da mobilidade e comunicação e, assim, tendem a permanecer em um ambiente excessivamente frio. Tais danos associados à diminuição do tecido subcutâneo contribuem para causar hipotermia no idoso — às vezes dentro de casa, em quartos frios.</p><p>· Os muito jovens, por sua vez, têm similarmente mobilidade e comunicação diminuídas e maior relação da área superfície/massa, o que aumenta a perda de calor.</p><p>E isso pode levar a redução do metabolismo, pressão alta, alterações respiratórias, arritmias cardíacas, alterações hormonais.</p><p>4.9. Hipertemia</p><p>A hipertermia é uma situação que acontece quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que normal, sendo desencadeada por outros fatores que não estão relacionados ao combate</p><p>de agentes infecciosos, algo que é característico da febre.</p><p>Na hipertermia, a temperatura corporal pode ultrapassar os 40 °C, e se ela não for tratada da forma correta, o paciente pode vir a óbito. Diferentemente da febre, em que o corpo luta para combater o aumento da temperatura de acordo com os indicadores de temperatura normais para o corpo do paciente, na hipertermia isso não acontece. É como se o corpo não conseguisse dissipar seu calor de forma natural, quanto na febre, o corpo deseja e almeja o aumento da temperatura para conseguir combater os micro-organismos (como vírus e bactérias) que estão afetando seu corpo (BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT, 2006).</p><p>4.9.1. Causas da hipertermia</p><p>A hipertermia é dividida em três tipos diferentes, que estão relacionados às causas desse aumento na temperatura corporal.</p><p>Na hipertermia clássica, o aumento da temperatura corporal do paciente é causado devido à exposição excessiva ao sol e ao calor. É especialmente comum nos locais onde as temperaturas são mais amenas e há uma onda de calor, como na Europa durante o período do verão. Afeta mais idosos e crianças (BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT, 2006).</p><p>Já a hipertermia por esforço físico acontece quando um paciente realiza atividade física, aumentando sua temperatura corporal. Quando após o esforço o corpo não consegue voltar à temperatura normal, o paciente é diagnosticado com hipotermia (BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT, 2006).</p><p>Por fim, a hipertermia maligna é resultado de um efeito colateral de certos medicamentos, como analgésicos.</p><p>Ainda, tumores que podem surgir no hipotálamo podem fazer com que o cérebro do paciente perca a capacidade de regular a temperatura corporal, resultando na hipertermia nos casos em que o paciente é exposto a temperaturas elevadas (BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT, 2006).</p><p>4.9.2. Sintomas de hipertermia</p><p>Entre os principais Sintomas de hipertermia, podemos destacar:</p><p>· Transpiração excessiva;</p><p>· Dores de cabeça;</p><p>· Tontura;</p><p>· Fraqueza;</p><p>· Cãibras;</p><p>· Alucinações;</p><p>· Convulsões;</p><p>· Pressão arterial baixa;</p><p>· Respiração curta e acelerada;</p><p>· Desmaios;</p><p>· Náuseas e vômitos.</p><p>A Hipertemia pode levar a desnaturação de proteínas, causando lesões nos tecidos e órgãos vitais, como o cérebro e o coração. E algumas dessas lesões são irreversíveis.</p><p>Figura 7: desenho esquemático de um termostato, mostrando o ponto de ajuste (36’5 a 37,5) nos humanos e a redução ou elevação desse ponto de ajuste, levando a casos de febre, hipotermia e até hipertermia crônica a maligna. Fonte: BIAZZOTTO, BRUDNIEWSKI e SCHMIDT, 2006.</p><p>5. Conclusão</p><p>A regulação da temperatura corporal dos animais é crucial para garantir o funcionamento adequado de seus sistemas fisiológicos. Em geral, os animais possuem mecanismos para manter a temperatura interna dentro de limites específicos, mesmo quando há variações na temperatura do ambiente. Isso pode ocorrer por meio de processos como a termorregulação, que envolve a capacidade de dissipar ou conservar calor conforme necessário. Além disso, diferentes espécies podem ter adaptações específicas para lidar com variações térmicas, como alterações na pelagem, comportamentos de busca de sombra ou exposição ao sol, e até mesmo a capacidade de entrar em estado de hibernação.</p><p>Esses mecanismos variam amplamente entre os diferentes grupos de animais, refletindo as demandas específicas de seus ambientes e estilos de vida. Em resumo, a regulação da temperatura corporal é uma característica fundamental para a sobrevivência e bem-estar dos animais em geral (AIRES, 2018).</p><p>6. Referências bibliográficas</p><p>1. AIRES, Margarida M. Fisiologia, 5°edição, 2018, Guanabara Koogan-RJ.</p><p>2. BIAZZOTTO, C.B., BRUDNIEWSKI, M., SCHMIDT, A.P., Auler Jr, J.O.C., Hipotermia no período peri-operatório, Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 56, n. 1, 2006.</p><p>3. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.</p><p>4. GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica. 8.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1992.</p><p>5. KNOCHEL, J.P. Distúrbios causados pelo calor e pelo frio. In: WYNGAARDEN, J.B.; SMITH, L.H.; BENNET, J.C. CECIL Tratado de medicina interna. 19.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1993. V.2, p.2413-16.</p><p>8. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p>