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<p>Comentarios Cabalista das Parashiot</p><p>Com : Michael Laitman PhD</p><p>Parasht Beresheet</p><p>(No Princípio)</p><p>(Génesis, 1:1 – 6:8)</p><p>Sumário da Porção:</p><p>Beresheet (No Princípio) é a primeira porção na Torá (Pentateuco). Ela conta</p><p>a história da criação do mundo em seis dias, e o resto no sétimo dia. Ela fala</p><p>sobre a criação do homem, sua chegada ao Jardim do Éden, e a criação da</p><p>mulher. Esta porção também narra as histórias do pecado da Árvore do</p><p>Conhecimento, Caim e Abel, as gerações de Caim a Lameque, as dez</p><p>gerações de Adão a Noé, a corrupção que engoliu suas gerações, e a</p><p>esperança renovada emergiu com o nascimento de Noé.</p><p>Comentário</p><p>Beresheet contém mais histórias que qualquer outra porção na Torá. De</p><p>muitas maneiras é também a mais profunda, pois ela discute a base do</p><p>nosso ser — a criação da alma. A alma comum foi criada a partir da vontade</p><p>de receber deleite e prazer, ou simplesmente, "a vontade de receber." Essa</p><p>vontade é o núcleo da alma, e é afectada por seis qualidades: Chesed,</p><p>Gevurá, Tifféret, Netzach, Hod, e Yesod. Estas qualidades penetraram a</p><p>substância — a vontade de receber — e a desenharam em sincronia com a</p><p>força superior, o Criador. A razão porque o homem é chamado "Adam" é que</p><p>a palavra vem de Adamah, do versículo, Adameh la Elyon ("Eu serei como o</p><p>mais alto," Isaías, 14:14). Isto se refere à similaridade de Adam ao Criador —</p><p>a doação sublime, amor sublime — a força superior que o deu à luz.</p><p>Adam é a estrutura da alma que é igual em forma ao Criador, e ela está em</p><p>Dvekut (adesão) com Ele no Jardim do Éden. Um jardim significa "desejo," e</p><p>o jardim é a parte da criatura, a substância de Adam — ele é a vontade de</p><p>receber. Éden marca o grau de doação, o grau de Biná. Adam, que está no</p><p>grau de Biná, está no Jardim do Éden.</p><p>Isto não pertence ao nosso mundo ou ao universo que conhecemos, mas em</p><p>vez disso à alma comum que o Criador criou. Bem desde o início, a alma</p><p>comum atravessou uma preparação especial, "o pecado," porque no seu</p><p>começo ela era parte da força superior. Isto significa que a alma não tinha</p><p>autoridade própria, nada em seu nome, ou qualquer sensação de existência</p><p>independente. Num sentido, a alma era como um embrião no ventre de sua</p><p>mãe — por um lado, ela existe, por outro lado, ela é parte de sua mãe e cada</p><p>uma das suas acções é governada por essa entidade superior.</p><p>Tal é a estrutura da alma. Enquanto ela existe no Jardim do Éden, o próprio</p><p>jardim não permite independência. "Independência" significa que uma</p><p>pessoa está além do controlo de outrem, num estado de se preparar para</p><p>assumir auto-controle. A estrutura da alma é a criatura, o ser criado.</p><p>A palavra, Nivrá (criatura), vem da palavra, Bar (fora). Em prol de permitir à</p><p>estrutura da alma na realidade se tornar uma criatura, ela deve ser retirada e</p><p>removida do Criador. Colocando-o diferentemente, ela deve ser tornada</p><p>oposta ao Criador, e esta oposição é obtida através do pecado.</p><p>Explicando o Pecado</p><p>A alma consiste de duas forças: Caim e Abel. Abel quer existir ao elevar o</p><p>Hével (sopro/vapor), ou seja a Luz Reflectida, ou doação, a força dadora.</p><p>Caim é o oposto, querendo atrair todos os prazeres, todas as luzes, para</p><p>dentro, para a alma.</p><p>Caim — a qualidade que atrai prazer, a luz para si mesmo, e não pelo bem do</p><p>Criador, atrai-a até que Abel, o desejo de doar, desaparece. Este acto é</p><p>chamado "Caim matando Abel.”</p><p>O Kli (vaso) da alma que recebe luz não pelo bem do Criador se quebra em</p><p>pedaços, pedacinhos de desejos egocêntricos. Cada tal desejo é uma alma</p><p>individual que se torna envolta num embrulho semelhante a uma Klipá</p><p>(casca/pele). Durante o processo de formação destas almas quebradas,</p><p>quedas e descidas adicionais ocorrem pelos graus espirituais. Elas</p><p>trazem-nos a aonde nos encontramos neste mundo, cada um de nós sendo</p><p>uma parte da alma comum e singular que foi criada.</p><p>É precisamente porque estamos desconexos uns dos outros pelos nossos</p><p>egos — imersos na vontade de receber em vez de na vontade de doar — que</p><p>temos uma oportunidade de corrigir. Porque já fomos corrigidos no</p><p>passado, podemos começar hoje a corrigir a ruína e pecado que tomou lugar</p><p>no passado. Embora não sejamos nós que tenhamos cometido o pecado,</p><p>nossas almas estão preparadas no interior para nos permitir levar a cabo a</p><p>correcção.</p><p>Esta correcção é chamada "arrependimento," constituindo um retorno a</p><p>precisamente o estado onde estávamos enquanto no Jardim do Éden.</p><p>Devemos nos apressar e alcançar esse estado, contudo, porque o mundo</p><p>inteiro já está a avançar para a conexão, um processo essencial de união e a</p><p>percepção de nós mesmos como uma única alma. E finalmente, quando</p><p>estamos todos em doação e amor mútuo, teremos sucesso em retornar à</p><p>estrutura, o estado que mantivemos antes do pecado. Ao assim fazer,</p><p>obteremos o estado em que estávamos enquanto no Jardim do Éden, e nos</p><p>elevaremos uma vez mais acima da realidade deste mundo.</p><p>Nossa presente realidade desaparecerá porque ela só existe enquanto</p><p>estamos imersos na vontade de receber em prol de receber. Quando temos a</p><p>intenção de doar, contudo, não podemos mais existir na nossa presente</p><p>realidade. Em vez disso, nossa existência se torna completamente espiritual</p><p>e nos conduz de volta ao estado em que antes estávamos antes da nossa</p><p>criação.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Qual é o sentido da Criação e o que a precedeu?</p><p>“Criação” refere-se à criação do homem e do mundo. A criação do mundo</p><p>precede à criação do homem por cinco dias. As qualidades, Chesed, Gevurá,</p><p>Tifferet, Netzach e Hod, são os primeiros cinco dias, e a qualidade chamada</p><p>Yesod, a colecção dos anteriores cinco, é o sexto dia, Yesod liga todos eles</p><p>juntos e se torna a Yesod (fundação) para a criação do homem.</p><p>A sabedoria da Cabala descreve muitas acções que precedem à criação do</p><p>mundo, tais como "existência a partir da existência" e "existência a partir da</p><p>ausência." Estas são duas forças que criam todos os estados: as quatro</p><p>fases de Luz Directa, os mundos, Adam Kadmon e Atzilut. Contudo, não</p><p>relacionamos estas acções ao nosso mundo porque a criação do nosso</p><p>mundo e do homem estão ligadas somente ao mundo de Atzilut.</p><p>Qual é o Significado de Beresheet (No Princípio/Génesis)?</p><p>Na Cabala, a palavra Beresheet (no princípio/Génesis) não indica o primeiro</p><p>acto que tomou lugar na Criação. Beresheet indica que a Criação começou</p><p>dos céus e da terra, ou seja de duas qualidades opostas. Céus é a qualidade</p><p>de doação, e terra é a qualidade de recepção. Todo outro estado das</p><p>criaturas deriva dessas duas qualidades.</p><p>Porque conta a Torá a história do meio e não do princípio?</p><p>A Torá conta-nos somente a parte que é relevante para nossa correcção. É</p><p>inútil aprender o que não pertence à nossa correcção porque não o sentimos</p><p>nem compreendemos, nem temos nós esses níveis ou qualidades. A</p><p>estrutura da Criação é vasta, todavia aprendemos somente uma fracção dela</p><p>— aquela que é necessária para que nos organizemos a nós mesmos para o</p><p>tempo presente. É exactamente assim que expomos crianças ao mundo,</p><p>como um processo gradual, lhes mostrando mais e mais do mundo</p><p>enquanto elas amadurecem para que possam perceber e usar seu</p><p>conhecimento para seu benefício.</p><p>O que é uma alma?</p><p>A alma é a vontade de receber que já está corrigida em doação. Embora sua</p><p>natureza, sua substância, seja a vontade de receber prazer, acima dessa</p><p>substância está uma correcção que o homem faz — trabalhar pelo bem dos</p><p>outros.</p><p>Se há somente duas forças na Natureza — a vontade de receber e a vontade</p><p>de doar — onde está tudo o resto?</p><p>Certamente, há somente duas forças, e graus das mesmas duas forças, ou</p><p>seja maneiras e níveis de conexão entre elas. Os graus relacionam-se aos</p><p>níveis inerte, vegetativo, animado e falante.</p><p>As duas forças no nosso mundo se manifestam como forças positivas e</p><p>negativas. Nós as conhecemos como "electrões" e "protões," e suas várias</p><p>combinações formam as diferentes substâncias. Estas substâncias não se</p><p>tornam sólidas,</p><p>espiritual, o Criador, o "eu" que se encontra no mundo espiritual, e devemos</p><p>fazê-lo aqui e agora, enquanto estamos neste mundo.</p><p>Contudo, para entrar no mundo vindouro devemos primeiro descobrir</p><p>nossas almas quebradas. Neste processo, nossas almas crescerão na linha</p><p>esquerda. Isto significa que durante as dez gerações de Adão até Noé,</p><p>grandes desejos da vontade de receber se desenvolveram na alma. Na fase</p><p>onde terminamos com a linha esquerda - seguindo a decisão do Criador - a</p><p>linha direita aparece e começa a corrigir a esquerda. A linha esquerda é a</p><p>Malchut corrupta e quebrada, enquanto que a linha direita é Biná, as</p><p>qualidades de doação, qualidades de amor, dar e misericórdia.</p><p>Subsequentemente, dez novas gerações chegam, as dez Sefirot de Noé até</p><p>Abraão - destinadas a corrigir as anteriores gerações de Adão até Noé - ou</p><p>seja dez Sefirot de Ohr Yashar e dez Sefirot de Ohr Chozer. Abraão vem</p><p>depois dessas vinte gerações e recebe o princípio de uma alma num nível</p><p>onde ele já consegue compreender e reconhecer seu propósito. É por isso</p><p>que ele quebra as estátuas e começa a combater seu próprio ego enorme,</p><p>que lhe aparece como Nimrod, como Babilónia. Com Nimrod na esquerda, e</p><p>Abraão na direita, podemos começar a combater pela correcção da alma.</p><p>Todos estes nomes e incidentes descrevem aquilo que acontece a nossas</p><p>almas. A Torá fala daquilo que cada um de nós deve atravessar, e</p><p>gradualmente descobriremos como podemos na realidade atravessar essas</p><p>fases.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>É um dilúvio uma coisa má? Hoje, palavras tais como "tsunami" e "dilúvio"</p><p>suscitam terror.</p><p>Sim, é uma coisa má na espiritualidade, também. Um dilúvio implica "más</p><p>águas," ou Gevurot. Água é essencialmente Chasadim, mas quando</p><p>conectada a um ego que a controla, ela torna-se água perigosa.</p><p>Nesta história, bem como na história da torre de Babel, aprendemos que o</p><p>Criador decidiu confundir as pessoas; Ele fez-as pecar, e então</p><p>aparentemente as puniu.</p><p>É claro, nada acontece sem Ele, pois "não há nenhum além d'Ele." O que</p><p>importa é como reagimos, aceitamos e participamos no que está a</p><p>acontecer. Em cada situação, devemos ser Seus parceiros e compreender</p><p>Suas obras. É como uma mãe que brinca com seu bebé. A mãe quer que o</p><p>bebé a compreenda e brinque com ela como ela brinca com seu filho. Deste</p><p>modo, é claro que o Criador está por trás do processo inteiro, mas a questão</p><p>é se sabemos como reagir a aquilo que se revela correctamente em cada</p><p>momento.</p><p>Podemos nós reagir como esse bebé?</p><p>Se olharmos para os bebés, veremos que eles nunca estão em repouso. Eles</p><p>se esforçam constantemente para perceber o mundo, examinando e</p><p>aprendendo dele. A infância é como o tempo de construir o homem, o tempo</p><p>das correcções do homem. Depois dos vinte anos de idade, todos começam</p><p>a envelhecer e a minguar.</p><p>As fases que um atravessa - as más águas, Noé, e Abraão - colocam-nos em</p><p>terrível inquietação. Mas no fim, todos nós temos de atravessar este</p><p>processo para corrigir nossas almas.</p><p>É por isso que a Torá inteira, desde o seu princípio até "Israel," foi escrita</p><p>para nós, para que a possamos experimentar no nosso trabalho interno.</p><p>Quando corrigimos a alma, entramos no mundo vindouro.</p><p>O que é a Arca de Noé, e como se entra nela?</p><p>A arca é a qualidade de Biná. É nos dito como Biná é feita, aprendemos de</p><p>suas qualidades e como as Sefirot, GAR de Biná e ZAT de Biná, se conectam</p><p>- ou seja as primeiras três Sefirot - Keter, Chochmá e Biná. Então</p><p>aprendemos das sete Sefirot inferiores - Chesed, Gevurá, Tiféret, Netzách,</p><p>Hod, Yesod e Malchut. Também nos é dito sobre as três partes de Biná - uma</p><p>que pertence ao superior, uma que pertence à própria Biná e uma que</p><p>pertence aos inferiores. Biná é uma qualidade que recebe do alto e se</p><p>constrói a si mesma em prol de passar para baixo, como uma mãe que</p><p>recebe do pai e transforma aquilo que ela recebeu em algo adequado para o</p><p>bebé.</p><p>O que significa "estar em Biná"?</p><p>"Estar em Biná" significa receber a iluminação superior.</p><p>Tudo vem da influência da luz superior, e nos não a conseguimos encontrar</p><p>sozinhos ou dentro de nós. Quando recebemos esta iluminação no interior,</p><p>sentimos que estamos dentro de uma força especial onde o ego não</p><p>consegue magoar ou nos desviar de nosso caminho. Somos completamente</p><p>protegidos lá, como se numa bolha ou numa caixa. Isso ainda não é</p><p>realização, uma vez que somos protegidos dentro da caixa como um bebé no</p><p>ventre, mas então o ventre se abre e o bebé emerge.</p><p>Assim que nascemos descobrimos que nossos egos cresceram</p><p>tremendamente, Isto já é o tempo da Babilónia, e neste estado Nimrod e</p><p>Abraão crescem no interior.</p><p>Inicialmente, Abraão é controlado por Nimrod. Mas quando ele vê que seu</p><p>ego trabalha contra ele e que ele se deve libertar, Abraão sai da autoridade</p><p>de Nimrod e tenta estabelecer sua qualidade de Chesed como governante do</p><p>ego. Embora não o consiga presentemente fazer, uma vez que ele se tem de</p><p>desconectar a si mesmo dele, ele finalmente escapa e se volta para a terra de</p><p>Canaã.</p><p>O que representava a torre da Babilónia então? E é diferente agora?</p><p>A torre de Babel é o ego que aparece em nós, nos sufocando e não nos</p><p>permitindo viver. Por um lado há Nimrod, que quer crescer tão alto como o</p><p>céu; por outro lado há Abraão, que vê que esta meta é impossível.</p><p>Nesse estado, eles separam seus caminhos. A maioria das qualidades</p><p>seguem o ego, com Nimrod. As qualidades que podem ser separadas da</p><p>tentação que reside na torre de Babel - e serem corrigidas por Abraão - são</p><p>aquelas que se devem começar a corrigir. Estas qualidades (de Abraão)</p><p>juntam-se à nossa jornada para a terra de Canaã, na correcção parcial da</p><p>alma.</p><p>Hoje, praticamente 4000 anos mais tarde, nós - os "descendentes de Abraão"</p><p>e os "descendentes de Nimrod" - estão a reunir-se para criar uma conexão</p><p>conjunta. Nós construímos a Torre de Babel novamente - nosso império</p><p>global financeiro e económico. Enquanto por um lado tudo se está a</p><p>desmoronar, por outro, nós, os "descendentes de Abraão," estamos a tentar</p><p>fazer algo para o corrigir. Contudo, até então ninguém está a escutar.</p><p>Hoje não temos escolha porque passámos o processo inteiro que O Livro do</p><p>Zohar detalha. Agora devemos completar a correcção para que Abraão</p><p>possa governar a Babilónia, o ego.</p><p>Os poderes mundiais de hoje não pensam em mudar o homem. Eles</p><p>concentram-se em mudar os sistemas financeiros e económicos para</p><p>satisfazer o ego ainda mais. Eles não pensam além disso, nem sequer como</p><p>no tempo de Noé - entrando na bolha de doação mútua e evitar contacto com</p><p>o ego.</p><p>Eles não pensam em cessar as guerras e a competição porque seu único</p><p>interesse é lucrar com isso. Até à data, nenhum dos poderes mundiais está</p><p>pronto para escutar, dado que o sistema financeiro é uma projecção de</p><p>nossas conexões egoístas, daí todas as crises no caminho. Tudo o que</p><p>podemos fazer é aprender imenso disso.</p><p>A presente crise é a última porque ela descreve a totalidade das conexões</p><p>egoístas entre nós, que estão prestes a quebrar. A mensagem da união pode</p><p>ser circulada quando muitas pessoas falam sobre a crise e sua causa. É</p><p>possível que este período acabe bem, mas também é possível que ele</p><p>decline para uma guerra; isso depende das pessoas do lado de Abraão.</p><p>Então nós somos a "soma" à torre de Babel?</p><p>Nós pertencemos ao grupo de Abraão, aquele que deixou a Babilónia e se</p><p>mudou com Abraão para a terra de Canaã. Os outros, os egoístas, pertencem</p><p>ao grupo que veio de Nimrod, da Babilónia. Devemos atravessar este</p><p>período do último reconhecimento do mal, que é a guerra de Gog uMagog,</p><p>após o qual alcançaremos a correcção final da alma comum.</p><p>Porque é que a confusão das línguas marca o colapso do sistema</p><p>financeiro?</p><p>A confusão das línguas tem estado aqui desde a Babilónia e durou até hoje.</p><p>Ela surgiu porque o grande ego singular se quebrou numa miríade de</p><p>pedaços para todas as suas inclinações e cada parte cada parte inclinava e</p><p>puxava para si mesma.</p><p>A manifestação externa disto é a confusão das</p><p>línguas.</p><p>De O Zohar: E o SENHOR Cheirou o Doce Gosto</p><p>“Depois do dilúvio, 'EU não novamente,' uma vez que agora a revelação do</p><p>mal foi completada, pois EU não mais preciso de acrescentar fogo para</p><p>divulgar o Din (juízo), pois o mal foi revelado suficientemente.</p><p>‘Pois a inclinação no coração do homem é má desde sua juventude,’ e ele</p><p>não deve ser repreendido, e todas as punições do Criador são senão</p><p>correcções.”</p><p>Zohar para Todos, Noé, item 243</p><p>“E todas as punições do Criador são senão correcções.” Se</p><p>verdadeiramente nos relacionarmos à vida deste modo e aceitarmos que</p><p>tudo acontece pelo propósito da correcção, devemos saber somente como</p><p>participar, como fazermos nós mesmos parte deste fluxo, até só um pouco,</p><p>para experimentar uma vida espiritual cheia de abundância.</p><p>Termos</p><p>Noé</p><p>“Noé era um homem justo, perfeito nas suas gerações," ou seja essa</p><p>qualidade de doação que agora aparece numa pessoa. Noé é justo, do lado</p><p>direito, Chesed, em relação a esse dilúvio, em relação a esses desejos</p><p>egoístas.</p><p>Dilúvio</p><p>Por um lado, o dilúvio é água. Por outro lado, ele é água com a força de</p><p>Gevurá, o poder do fogo, o poder destrutivo egoísta. Ele é uma conexão</p><p>incorrecta entre a esquerda e a direita, onde a esquerda, o ego, domina a</p><p>direita.</p><p>A Arca</p><p>A "arca" é a qualidade de Biná, doação, Chasadim (misericórdia). Ela é uma</p><p>mãe que precisa de atender a qualquer um que se junte a ela e esteja sob</p><p>sua influência.</p><p>Quarenta Dias e Quarenta Noites</p><p>Este período marca a diferença entre Malchut e Biná. Biná é chamada a</p><p>"Mem bloqueada" (a Mem final em Hebraico). Mem é quarenta em Gematria</p><p>(valores numéricos dados a cada letra do alfabeto Hebraico). A ascensão da</p><p>qualidade de recepção para a qualidade de doação, de Malchut para Biná, ou</p><p>seja ascender para um grau de quarenta.</p><p>O Corvo</p><p>O "corvo" é a parte da esquerda que requer correcção, em comparação com</p><p>a "pomba,” que é da direita. Deste modo, quando a pomba governa em vez</p><p>do corvo, quando ela regressa com uma folha de oliveira, está claro que a</p><p>correcção foi completada e o ego está inteiramente sob dominação da</p><p>doação.</p><p>Uma Folha de Oliveira</p><p>A azeitona é usada para muitas coisas, tais como óleo para lanternas. Óleo</p><p>em si mesmo é uma das fundações da vida. Ele é a luz de Chochmá que</p><p>pode estar dentro da luz de Chasadim, quando entrámos num estado que</p><p>nos permite continuar a desenvolver. Nosso desenvolvimento toma lugar</p><p>através da luz de Chasadim. Estas são sempre duas forças opostas.</p><p>Arco-Íris</p><p>O arco-íris marca a aliança. Se eu fizer uma aliança consigo, isso não será</p><p>porque gostamos de estar juntos, porque nesse estado não há necessidade</p><p>de assinar coisa alguma. Em vez disso, ela é uma garantia para amanhã.</p><p>Tememos ou antecipamos que nosso relacionamento se possa deteriorar;</p><p>deste modo, pela supracitada assinatura somos forçados a manter boas e</p><p>adequadas relações.</p><p>Em Hebraico, um arco-íris é chamado "um arco na nuvem." A nuvem não</p><p>simboliza uma boa situação, mas o arco, a conexão entre nós que está sobre</p><p>a nuvem, ata-nos de uma maneira que nos permite continuar. Precisamos</p><p>dessa aliança, que é uma caução interminável.</p><p>A Torre de Babel</p><p>Este é o ego gigantesco que se intensificou durante o tempo de Nimrod.</p><p>O ego que constantemente cresce: ele aprece na forma de más águas, em</p><p>Gevurot no tempo de Noé, então na Torre de Babel, e então Faraó, os</p><p>Romanos e os Gregos. O ego cresce constantemente e usa diferentes</p><p>fachadas.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, Noách [Noé]</p><p>Noách [Noé]</p><p>21) Quando o CRIADOR coroa SUAS coroas, ELE coroa de acima e de</p><p>abaixo. De acima é do mais profundo lugar, que é AVI. Ele também coroa de</p><p>abaixo, das almas dos justos. Então a vida é acrescentada de acima e de</p><p>abaixo, o lugar do Templo é incluído com todos os lados, o fosso é</p><p>preenchido, o mar completado, e ELE dá vida a tudo.</p><p>63) Se uma pessoa vem para ser purificada ela é ajudada com uma alma</p><p>sagrada, ela é purificada e ela é chamada “sagrada.” Se ela não é</p><p>recompensada e não vem para ser purificada, somente dois graus se abrem</p><p>para ela, Néfesh e Ruách, mas ela não tem alma sagrada [Neshamá]. Além do</p><p>mais, se ela vem para violar ela é violada e a ajuda superior e removida dela.</p><p>Doravante, cada de acordo com seus caminhos. Se ele se arrepende e vem</p><p>para ser purificado, ele é ajudado novamente.</p><p>110) Há uma alegoria sobre um rei que convidou seu amado para uma</p><p>refeição que ele tinha num certo dia, para que aquele que amava o rei</p><p>soubesse que o rei o favorece. O rei disse, “Agora eu quero jubilar somente</p><p>com aquele que me ama, todavia temo que quando estiver na refeição com</p><p>aquele que me ama, todos esses oficiais nomeados venham e se sentem</p><p>connosco na mesa e se juntem à refeição de alegria juntamente com aquele</p><p>que me ama.”</p><p>O que fez o amante? Primeiro, ele fez guisados, vegetais e carne de boi e</p><p>deu-a a esses nomeados oficiais para comerem, e então o rei se sentou</p><p>somente com seu amante para essa refeição sublime com todas as delícias</p><p>do mundo. E enquanto ele estava sozinho com o rei, ele pergunta-lhe todas</p><p>as suas necessidades, e ele dá-as a ele, e o rei jubila sozinho com aquele</p><p>que o ama, e nenhuns estrangeiros interferirão entre eles. Assim são Israel</p><p>com o CRIADOR.</p><p>123) Tal como à alma é dado vestuário, que é o corpo, para existir neste</p><p>mundo, à alma também é dado o vestuário da claridade superior na qual</p><p>existir no mundo vindouro, e para olhar dentro do espelho iluminador, que é</p><p>ZA, da terra dos vivos, a Nukva de ZA.</p><p>138) Quão obtusas são as pessoas, pois elas não sabem e não reparam nas</p><p>palavras da Torá, mas olham para questões mundanas e o espírito da</p><p>sabedoria é esquecido delas.</p><p>295) Rabbi Shimon disse, “Estivesse eu no mundo quando o CRIADOR</p><p>colocou o livro de Enoch [Chanôch] e o livro de Adam no mundo, eu me</p><p>esforçaria para que eles não estivessem entre as pessoas porque nesse</p><p>tempo, todos os sábios não estavam temerosos de olhar para eles,</p><p>errando—mal interpretando o sentido literal das palavras como outras</p><p>coisas—e os trouxeram fora do domínio do uno superior de Kedushá para</p><p>outro domínio, que não é sagrado. Mas agora, todos os sábios no mundo</p><p>sabem coisas e as escondem, não revelando os segredos, e se tornam mais</p><p>fortes na obra de seu MESTRE. É por isso que agora é permitido se envolver</p><p>nos segredos.”</p><p>304-306) Felizes são os justos porque o CRIADOR deseja sua glória e</p><p>revelou para eles os altos segredos da sabedoria.</p><p>“O SENHOR é meu DEUS; Eu VOS exaltarei; Eu darei gratidão por VOSSO</p><p>nome pois VOS haveis feito maravilhas, conselhos de longe, fé inabalável.”</p><p>As pessoas devem certamente considerar a glória do CRIADOR e louvar SUA</p><p>glória porque qualquer um que saiba como louvar adequadamente seu</p><p>MESTRE, o CRIADOR faz seu desejo. Além do mais, ELE multiplica bênçãos</p><p>acima e abaixo.</p><p>Por esta razão, aquele que sabe como louvar seu MESTRE e unificar SEU</p><p>nome é favorecido acima e cobiçado abaixo, e o CRIADOR é louvado por ele.</p><p>Está escrito sobre ele, “E dirão para mim, ‘vós sois MINHA serva, Israel, em</p><p>quem EU sou glorificado.’”</p><p>368) “E o SENHOR disse, ‘Vede, eles são um povo,’” uma vez que todos</p><p>eram como um, em unidade, eles farão e terão sucesso nas suas obras.</p><p>386-388) Pois eles estavam em uma vontade e em um coração, e falaram na</p><p>língua sagrada, está escrito, “Nada que eles pretendam fazer será impossível</p><p>para eles”; o Din superior não podia governar sobre eles.</p><p>Nós, ou os amigos que se envolvem na Torá, são de um coração e de uma</p><p>vontade. É tanto quanto o mais que nada que pretendamos fazer nos será</p><p>impossível. Isto significa que todos aqueles que disputam não têm</p><p>persistência, pois enquanto os povos do mundo forem de uma vontade e de</p><p>um coração, embora se tenham revoltado contra o CRIADOR, o Din superior,</p><p>não os governou como aconteceu durante a geração da separação [geração</p><p>de Babel]. E quando eles foram divididos, foi imediatamente escrito</p><p>sobre</p><p>eles, “E o SENHOR os espalhou no estrangeiro daqui.” Logo, aqueles que</p><p>disputam não têm persistência.</p><p>Significa isto que tudo depende das palavras da boca, pois sua linguagem</p><p>foi confundida, prontamente, “E o SENHOR os espalhou de lá.” Mas no</p><p>futuro, está escrito, “Pois então regressarei EU aos povos uma pura língua,</p><p>para que eles possam evocar o nome do SENHOR, para O servir com um</p><p>consentimento,” e o SENHOR será rei sobre todos.</p><p>Zohar Hadash, Noách</p><p>1) Felizes são Israel que o CRIADOR deseja e a quem ELE deu a sagrada</p><p>Torá, e os alertou, e lhes deu conselho para terem cautela dos</p><p>escarnecedores acima e os malfeitores abaixo para que somente o CRIADOR</p><p>governasse sobre eles. Eles saberiam como repelir deles todos os</p><p>escarnecedores e sabotadores para que eles sejam uma parte de SEU lote e</p><p>herança, como está escrito, “Pois a porção do SENHOR é SEU povo, Jacó, o</p><p>lote de SUA herança.”</p><p>24) Está escrito sobre o homem, “Não é bom que o homem esteja sozinho;</p><p>EU farei para ele uma ajuda contra ele.” Esta é a alma, que é uma ajuda</p><p>dentro dele para o guiar através dos caminhos de seu FAZEDOR. Isto é,</p><p>aquele que vem para ser purificado é ajudado. Quando uma pessoa caminha</p><p>nos caminhos de seu FAZEDOR, muitos a ajudam: sua alma a ajuda, os</p><p>anjos ministradores a ajudam, a Divindade do CRIADOR a ajuda, e todos</p><p>declaram sobre ela e dizem, “Quando caminhais, teu passo não será</p><p>endireitado; e se correres, não tropeçarás.” As almas dos justos a ajudam.</p><p>46) “E Noé gerou três filhos.” Estas são as três governanças no homem. A</p><p>governança da alma é ser uma assistência para ele na obra de seu</p><p>FAZEDOR. Esta é chamada Sém. A governança da cobiça e da inclinação do</p><p>mal, que guia e atordoa o corpo com transgressões é chamada Ham. E a</p><p>orientação da boa inclinação, que guia o homem com grande abundância,</p><p>para embelezar suas obras na Torá e no temor a DEUS, é chamada Jafé.</p><p>Essa orientação conduzirá o homem para o guiar pelo caminho da vida.</p><p>152) Miguel disse, “SENHOR do mundo, VÓS deverias ter sido</p><p>misericordioso para eles pois VÓS sois misericordioso e assim sois VÓS</p><p>chamado.” Ele lhe disse, “EU jurei um voto nesse dia em que a sentença foi</p><p>dada diante de MIM para não os redimir até que se arrependam. Se a</p><p>Assembleia de Israel se começar a arrepender até como um olho de uma</p><p>agulha, EU abrirei para eles grandes portões.”</p><p>153-155) Todos os exílios onde a Assembleia de Israel se exilou, o CRIADOR</p><p>lhe deu tempo e fim, e ela sempre despertou em arrependimento. O último</p><p>exílio não tem tempo ou fim. Em vez disso, tudo depende do</p><p>arrependimento, como foi dito, “E vós regressareis para o SENHOR vosso</p><p>DEUS, e obedecereis a SUA voz.” Está também escrito, “Se vosso exilado</p><p>estiver do fim dos céus, de lá o SENHOR vosso DEUS vos reunira, e de lá</p><p>ELE vos levará.”</p><p>Logo, como acontecerá que todos eles despertarão em arrependimento</p><p>juntos? Aquele que está no fim dos ceus e aquele que está no fim da terra,</p><p>como se juntarão eles para fazer o arrependimento? Se os cabeças da</p><p>sinagoga se arrependerem, para que ELE lhes possa fazero bem, como está</p><p>escrito, “E deste modo esperará o SENHOR, para vos perdoar.” Ele sempre</p><p>espera o tempo em que eles se arrependerão.</p><p>Parashat Lech Lechá</p><p>Lech Lecha (Ide em Diante)</p><p>(Génesis, 12:1-17:27)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, Ide em Diante, começa com Abraão sendo ordenado ir para a terra</p><p>de Canaã, a fome força-o a descer ao Egipto, onde os servos de Faraó levam</p><p>Sarai, sua esposa. Na casa de Faraó, Abraão apresenta-a como sua irmã,</p><p>temendo pela sua vida. O Criador pune Faraó com infecções e doenças, e ele</p><p>é forçado a devolver Sarai a Abraão.</p><p>Quando Abraão regressa à terra de Canaã, uma luta irrompe entre os</p><p>pastores do gado de Lot e os pastores do gado de Abraão, após a qual eles</p><p>separam seus caminhos.</p><p>Uma guerra irrompe entre quatro Reis de entre os governantes da Babilónia,</p><p>e cinco Reis da terra de Canaã. Lot é tomado como refém e Abraão parte</p><p>para o salvar.</p><p>O Criador faz uma aliança com Abraão—“a aliança dos pedaços” (ou</p><p>“aliança entre as partes”)—a promessa da continuação de seus</p><p>descendentes e a promessa que eles herdariam a terra.</p><p>Sarai não pode ter filhos, então ela oferece a Abraão sua criada, Hagar, e</p><p>eles têm um filho chamado Ismael.</p><p>Abraão faz a aliança da circuncisão com o Criador e é ordenado se</p><p>circuncidar a si mesmo e a todos os machos de seu agregado. Seu nome</p><p>muda de Abrão para Abraão, e o nome de sua esposa muda de Sarai para</p><p>Sara.</p><p>No fim da porção, o Criador promete a Sara que ela terá um filho cujo nome</p><p>será Isaac.</p><p>Comentário</p><p>Todas as histórias da porção que lemos acontecem realmente dentro de nós.</p><p>Na percepção correcta da realidade, este mundo não existe, nem a história,</p><p>geografia ou a história da porção. Todas elas são ocorrências que tomam</p><p>lugar dentro de nós.</p><p>A sabedoria da Cabala explica que a percepção da realidade é um assunto</p><p>profundo que se relaciona à nossa mais interna psicologia, nossos sentidos</p><p>e à nossa estrutura física.</p><p>A Torá descreve honestamente o modo como nos desenvolvemos. Todos e</p><p>tudo aquilo que é descrito reflecte nossas forças mentais. Abraão, por</p><p>exemplo, é a tendência de se desenvolver para a espiritualidade, o desejo de</p><p>se aproximar e descobrir o Criador.</p><p>A história de Abraão na Babilónia é na realidade a revelação da única força</p><p>que existe e conduz o mundo, e o desejo de descobrir essa força. Aqueles</p><p>de nós que descobrem quem gere nosso destino e porquê, ou que</p><p>questionam, "Qual é o sentido da minha vida?" todos começam no mesmo</p><p>ponto de partida como começou Abraão, e a força de Abraão está viva e</p><p>trabalha dentro deles.</p><p>Abraão percebeu que ele tinha de avançar para o próximo estado. De facto,</p><p>ele sentia a Natureza a empurrá-lo para a frente, lhe dizendo, "Ide em diante</p><p>de tua terra e de teus familiares, e da casa de teu pai, para a terra que EU te</p><p>mostrarei." Lá encontrarás o equilíbrio e serás capaz de te realizares a ti</p><p>mesmo.</p><p>Maimónides e outros Cabalistas escreveram que foi assim que Abraão se</p><p>mudou para a terra de Canaã com seu inteiro agregado, e milhares de</p><p>pessoas que deixaram a Babilónia junto com ele, e que ele havia</p><p>estabelecido como a "casa de Abraão." Quando Abraão alcançou a terra de</p><p>Canãa, ele havia chegado ao novo desejo, chamado "Canaã."</p><p>A palavra, Eretz (terra), vem da palavra, Ratzon (desejo).</p><p>Abraão descobriu que este desejo não o elevava suficientemente; ele tinha</p><p>fome e não sabia o que o sustentaria e o manteria neste ponto da terra de</p><p>Canaã. Porque esta era uma terra de doação, e ele ainda não estava num</p><p>estado onde ele conseguia concretizar doação, uma nova situação se</p><p>formou, o obrigando a se tornar apegado à vontade de receber. Foi isto o</p><p>que o fez descer ao Egipto.</p><p>Um grande desejo apareceu neste ponto, onde um sente que mais passos</p><p>com o ego intensificador são necessários, à medida que o ego alterna de um</p><p>estado de "Babilónia não é suficiente." À medida que o ego cresce, ele exige</p><p>satisfação. Mas isto suscita medo que se um trabalhe com o ego com a</p><p>intenção de doar ("Abraão"), ela não seja suficiente para se guardar a si</p><p>mesmo, e assim um pode arruinar a intenção.</p><p>É por isto que as pessoas não estão dispostas a trabalhar com seus egos, a</p><p>obstrução que cresce por dentro. O desejo por dentro conta a essa pessoa,</p><p>"Esta é minha irmã, não minha esposa." Uma pessoa fica pronta para se</p><p>abster completamente do todo do desejo, chamado "Sara," e permanecer</p><p>somente com a intenção de doar, chamada "Abraão."</p><p>Por causa de nossos egos crescentes, carecemos de uma sensação de</p><p>preenchimento. Em vez disso, sentimos-nos cada vez mais deficientes e</p><p>vazios. "Faraó" é o estado impresso dentro de nós que pergunta, "O que</p><p>ganho eu com isso?" Parece que o presente estado é pior que aquele em</p><p>que estivemos anteriormente, que é o porquê de Faraó dizer a Abraão para</p><p>levar o desejo de volta ("Sara") porque ele queria permanecer na</p><p>corporalidade como estava, enquanto esse</p><p>desejo, Sara, se prolongava da</p><p>espiritualidade.</p><p>Estas duas partes dentro de nós estão numa luta constante. Elas alternam:</p><p>primeiro, Abraão cresce e cai, e então Faraó cresce e cai. Isso assemelha-se</p><p>a como caminhamos, pisando com o pé direito, então o pé esquerdo. Faz</p><p>pouca diferença ao que chamamos a estas duas partes dentro de nós porque</p><p>elas adquirem diferentes nomes em graus diferentes.</p><p>Quando Abraão e sua comitiva regressaram à terra de Canaã, um problema</p><p>se ergueu entre os pastores do gado de Lot e os pastores do gado de</p><p>Abraão. A palavra, Lot, significa "maldição." A questão na realidade é, "Em</p><p>que direcção deve um avançar, na direcção da meta de receber, ou na</p><p>direcção da meta de doar?" Quando enfrentados com esta escolha, ficamos</p><p>perplexos e não sabemos o que fazer. Esta é a luta sobre o lugar e os poços</p><p>na história de Lot, descrevendo a escolha para distinguir entre as duas</p><p>forças - recepção e doação.</p><p>Esta história ensina-nos que durante nosso desenvolvimento espiritual há</p><p>muitos eventos onde devemos olhar para nossos egos e vermos como se</p><p>intensifica dentro de nós.</p><p>E todavia, embora não desejamos discordar com a direcção do mal,</p><p>devemos também nos abstemos de a destruir. Em vez disso, devemos</p><p>abster-nos dela, como Abraão se absteve de Lot, que mais tarde o salvou de</p><p>Sodoma.</p><p>Estas são as mudanças que acontecem dentro de nós. Nós usamos nossos</p><p>Kelim (vasos) maus, bem como os nossos bons, ou seja nossas qualidades</p><p>boas e nossas qualidades más, bem como todos os nossos pensamentos</p><p>porque aprendemos deles.</p><p>Quando Abraão conclui a luta com os pastores do gado de Lot, ele trava</p><p>guerra com os quatro reis que vivem no país. Novamente vemos que</p><p>enquanto nos desenvolvemos, estamos numa luta constante. Os reis são</p><p>nossas grandes forças, nossos grandes desejos. Eles não nos permitem</p><p>entrar na terra de Canaã e cercar Canaã. Desta forma, quando desejamos</p><p>alcançar certo grau espiritual no qual começamos a sentir o Criador, a força</p><p>comum da Natureza, e a eternidade e perfeição na Natureza, essas Malchuts,</p><p>esses "reis," encontram-se no nosso caminho, bloqueando-o.</p><p>Depois desta guerra, o Criador aparece a Abraão e diz para ele que ele faz</p><p>uma aliança com ele. Ele promete que esta terra verdadeiramente pertencerá</p><p>à qualidade de Abraão que cresce e se desenvolve por cima da qualidade de</p><p>Faraó, das guerras, e por cima de Lot.</p><p>Agora essa qualidade é poderosa o suficiente para permitir que um entre na</p><p>terra de Canaã. Esta é a qualidade que permite a um alcançar o propósito da</p><p>Criação, a revelação do Criador, e alcançar Dvekut (adesão) com o Criador.</p><p>Em prol de na realidade alcançar o próximo grau, o contacto com o Criador,</p><p>precisamos de uma força que "origine" o próximo grau. Somos nós que</p><p>geramos os novos estados, mas a vontade de receber, que é "Sara," ainda</p><p>não consegue ser a força que dá à luz sob a qualidade de Abraão. A</p><p>qualidade de Abraão é ainda fraca na sua intenção de doar, e não consegue</p><p>nos libertar da vontade de receber. Contudo, ela consegue fazê-lo com a</p><p>linha direita, a força da direita, mas somente com essa parte dela chamada</p><p>"Hagar." O descendente desse é "Ismael," uma força que pertence à direita</p><p>de Biná, chamada a Klipá (casca/pele)</p><p>da direita.</p><p>No fim, depois da aliança e as numerosas correcções, Abraão chega a um</p><p>estado onde ele também consegue trabalhar com Sara, a vontade de receber</p><p>geral. É então que Sara dá à luz, daí a grande alegria reflectida na porção.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>É dito a Abraão para ir da Babilónia para Canaã. O que significa se</p><p>movimentar de um desejo para o próximo, a que se parece estar na terra de</p><p>Canaã?</p><p>Nós estamos num processo de mudanças constantes, excepto que não</p><p>estamos conscientes dele. A Torá fala das mudanças pelas quais</p><p>atravessamos conscientemente, depois de termos decidido que queremos</p><p>realmente mudar nossos desejos. A vontade de receber tem sido nossa</p><p>inteira substância, e alternamos de um desejo para o próximo, de lugar para</p><p>lugar. Há uma máxima que diz, "Muda de lugar, muda de sorte." Um "lugar" é</p><p>o desejo que observamos no mundo, O desejo é todas as coisas; ele é a</p><p>fonte da qual embarcamos para cada acção.</p><p>Cada nome ou palavra mencionados na Torá na realidade detona um desejo.</p><p>Na sabedoria da Cabala, falamos de Aviut (densidade), Masach (tela), e</p><p>Reshimot (recordações) que determinam o estado da Neshamá (alma). Aqui,</p><p>também, estamos a falar das mesmas mudanças que atravessamos, excepto</p><p>que a terminologia é diferente.</p><p>“Ide em Diante” significa que devemos sempre sentir que no princípio do</p><p>caminho está Yesod (fundação), e devemos avançar precisamente de</p><p>alternar de estado para estado. Devemos levar a cabo estas instruções e</p><p>alternar de estado para estado até que cheguemos ao fim da nossa</p><p>correcção. Deste modo, "ide em diante" é o acto que o Criador espera que</p><p>nós executemos.</p><p>Isto significa que podemos avançar em frente somente se compreendermos</p><p>que mudança pode acontecer somente através da união. A inteira diferença</p><p>entre graus espirituais é o nível de conexão que conseguimos alcançar, que</p><p>nos permite conectar todos os elementos dentro de nós para alcançar nossa</p><p>meta.</p><p>Nada é criado sem uma razão. Precisamos de todos os nossos poderes</p><p>mentais, incluindo Faraó, Lot, o gado de Abraão, o gado de Lot, os reis que</p><p>estão na terra, Balaão, Balaque, Hamã, os ímpios, bem como os justos. No</p><p>fim, a Torá ensina-nos como conectar todos os nossos poderes mentais e</p><p>nos tornarmos um indivíduo inteiro.</p><p>Qual é o sentido da terra de Canaã em respeito a nossos desejos?</p><p>Canaã é a terra que existia antes da terra de Israel. Este é um dos graus,</p><p>aquele antes da terra de Israel.</p><p>Esta uma pessoa já no caminho para a espiritualidade se o ponto no seu</p><p>coração despertou?</p><p>Sim. Assim que o ponto desperta no coração de uma pessoa, ele ou ela não</p><p>conseguem permanecer na Babilónia. Tal pessoa deve abandonar a</p><p>Babilónia e ascender para o grau da terra de Canaã. Um progride juntamente</p><p>com aqueles que se juntam—aqueles desejos com os quais podemos</p><p>trabalhar—e sobe para outro grau, onde um pensa na direcção da doação e</p><p>Chésed</p><p>(misericórdia), na direcção que Abraão simboliza.</p><p>Do Zohar: Ide em Diante, para te Corrigires a Ti Mesmo</p><p>Assim que o CRIADOR viu seu despertar e seu desejo, ELE imediatamente</p><p>se revelou a SI MESMO para ele e disse-lhe, "Ide em diante," para te</p><p>conheceres a ti mesmo e para te corrigires a ti mesmo. Isto é, que ele deve</p><p>deixar de medir as forças superiores mas elevar MAN e prolongar um alto</p><p>Zivug sobre a Masach que lhe apareceu, com a qual ele será recompensado</p><p>ao prolongar Daat para si mesmo e se corrigir a si mesmo.</p><p>Zohar para Todos, Lech Lechá (Ide em Diante), item 28</p><p>Alcançar um grau superior é feito pela Aviut (densidade) do novo desejo, e</p><p>através da intenção sobre esse desejo. Se uma pessoa executa um Zivug</p><p>de Hakaá (acasalamento por golpe), ele ou ela alcança a revelação da luz</p><p>superior no grau em que o Zivug foi feito.</p><p>O que significa que o Criador "viu seu despertar”?</p><p>Uma pessoa recebe o despertar do plano geral da Criação. Cada um de nós</p><p>tem um tempo no qual começamos a despertar. O "motor" geral de todas as</p><p>almas gira como um contador e emite ordens para cada uma. Subitamente,</p><p>você desperta, você tem um desejo e está a ser conduzido\a. Você desperta</p><p>para a espiritualidade uma ou duas ou três vezes na vida, e você tem de</p><p>responder; você tem de assumir a iniciativa e começar a avançar por si</p><p>mesmo\a.</p><p>O que acontece quando uma pessoa descobre que ela não consegue</p><p>avançar mais?</p><p>Quando subitamente ela começa a sentir que não consegue avançar na</p><p>espiritualidade, isso significa que está novamente a cair no desejo egoísta</p><p>(“Faraó”). Você está a descer ao Egipto novamente.</p><p>Isto, contudo, é o que deve acontecer. Você precisa de intensificar seu ego</p><p>em prol de avançar, pois tudo isto é a sua matéria. Tudo é a substância da</p><p>criação-a grande vontade de receber. Sem Faraó,</p><p>você não será capaz de</p><p>alcançar Monte Sinai.</p><p>Você precisa de ter uma "montanha" de mal e ódio, que levou de Faraó.</p><p>Todo o desejo que apareceu em si se tornou uma montanha ao redor da qual</p><p>você sente seu ódio aos outros. Quando alcança este ponto, você diz para si</p><p>mesmo\a, "Eu preciso de ter a Torá; Não tenho escolha; Eu tenho de ter a</p><p>força que me corrigirá, que é chamada 'a luz que reforma.'"</p><p>Progresso é sempre feito em duas direcções: de um lado está o crescente</p><p>desejo egoísta; por outro lado está a intenção de doar.</p><p>O que é a Klipá da direita, e porque Abraão, a qualidade de Chésed, gerou</p><p>uma Klipá?</p><p>A qualidade de Abraão é só o princípio; ela não está inteiramente corrigida.</p><p>Isto é, ela é o desejo inicial duma pessoa, que está claro, carece de Aviut.</p><p>Quando um conecta Aviut a si mesmo em prol de avançar, a direita e</p><p>esquerda conectam-se através do escrutínio do desejo dele. Uma pessoa</p><p>precisa de examinar com que desejos ela pode trabalhar, e com que desejos</p><p>ainda não pode. Os últimos serão corrigidos quando ela alcançar graus mais</p><p>avançados.</p><p>Além do mais, ao gerar seu filho com seu desejo parcial, chamado Hagar, as</p><p>condições mudam. Sarai torna-se Sara, e Abrão torna-se Abraão. Estes não</p><p>são simplesmente nomes diferentes. Através destas correcções, chegamos</p><p>a um estado onde trabalhamos com um novo, desejo diferente conhecido</p><p>como "Sara," e uma nova, intenção diferente conhecida como "Abraão," que</p><p>juntas geram o princípio da nação.</p><p>É Isaac o princípio da nação?</p><p>Não só Isaac. Há três linhas ao todo: a linha esquerda, direita e a linha</p><p>média, que é Israel. Adicionalmente, há duas Klipot (cascas/peles): Ismael na</p><p>direita e Esau na esquerda. Isso não significa que elas sejam completamente</p><p>defeituosas, mas só que com o tempo elas, também, serão corrigidas.</p><p>A Klipá da direita, Ismael, ainda luta hoje contra todos, até hoje.</p><p>Assim permanecerá até ao fim da correcção, até que todos nos misturemos</p><p>juntos e nos unamos.</p><p>A circuncisão significa "cortar" no desejo?</p><p>Sim, mas circuncisão é mais que simplesmente cortar; ela é também as</p><p>Klipot, que são desejos com os quais não consegue trabalhar. Por agora,</p><p>eles são Klipot até que eles se tornem Kedushá (santidade). O problema está</p><p>em você; você não consegue trabalhar com desejos tão intensos com a meta</p><p>de doar, uma vez que se receber prazeres os receberá para si mesmo\a em</p><p>vez de os doar aos outros.</p><p>O que significa afazer uma aliança com o Criador?</p><p>Fazer uma aliança com o Criador significa que uma pessoa faz qualquer</p><p>apelo que seja necessário. A aliança é uma reorganização especial, interior,</p><p>que permite a um-juntamente com as suas forças-alcançar um estado onde</p><p>ele nunca cometerá erros, durante todos os graus futuros, desde que ele\a</p><p>mantenha um certo princípio.</p><p>O Criador vai ajudar-me por causa da aliança?</p><p>A aliança significa que o Criador o\a ajuda. O Criador = Natureza. “EU, o</p><p>SENHOR, não mudo" significa que de agora em diante você reconhece um</p><p>certo princípio. Se você se segurar a ele, está garantido evitar quaisquer</p><p>erros, quaisquer desvios e quaisquer pecados. Seu avanço espiritual é</p><p>sempre na direcção de um grau que ainda não conhece. Deste modo, deve</p><p>se certificar que quando avançar, não falhe. A aliança é a força que o\a leva</p><p>seguramente de um grau para o próximo.</p><p>Há duas alianças: a aliança dos pedaços e a aliança da circuncisão.</p><p>Circuncisão tornou-se uma conduta Judaica no mundo corpóreo, e ela é um</p><p>mandamento até este dia. Alguns dizem que é uma tradição cruel. Qual é a</p><p>raiz espiritual da circuncisão?</p><p>A raiz reside na necessidade de se livrar da vontade de receber que um não</p><p>consegue corrigir. É aquilo que fazemos a toda a hora, incluindo com Sara,</p><p>Hagar e assim por diante. Por um lado, examinamos a vontade de receber,</p><p>que está a crescer. Por outro lado, percebemos que devemos "Cortar"</p><p>alguma dela, semelhante ao fim da Partzuf (face). Precisamos de decidir que</p><p>não podemos lidar com esta parte por enquanto. Isto é também ao que se</p><p>referem os Mitsvot (mandamentos) positivos e negativos ("fazer" e "não</p><p>fazer"). "Porquê "fazer" e "não fazer?" Porque há uma vontade de receber</p><p>que não podemos usar.</p><p>Deste modo, em cada situação, devemos distinguir entre o desejo que</p><p>usamos e o desejo que não usamos. O "lugar" da examinação é chamado a</p><p>"Rosh (cabeça) do Partzuf," e este é o principal escrutínio que devemos</p><p>sempre fazer antes de cada decisão.</p><p>É o prepúcio o desejo que não podemos usar?</p><p>Sim, o prepúcio, a exposição, e a gota de sangue todos são as correcções</p><p>que envolvem a intensidade do desejo e sua natureza. Não conseguimos</p><p>presentemente trabalhar a favor dos outros, nem também a nosso favor, uma</p><p>vez que não estamos na espiritualidade e não os usamos. A decisão de nos</p><p>abstermos de os usarmos é chamada "circuncisão."</p><p>É mencionado que Lot é tomado como refém. Quem o capturou e o que é o</p><p>cativeiro?</p><p>Ele foi tomado como refém pelo desejo egoísta de Sodoma. Sodoma, em</p><p>comparação com o estado em que nos encontramos, é um estado de grande</p><p>rectidão, e até nos atrevemos dizer, de "regra Sodomita.”</p><p>O que significa que nós somos piores que a "regra Sodomita?"</p><p>Sim. A regra Sodomita é, "Deixa que o meu seja meu e o teu seja teu." Eu</p><p>não toco em ti, e tu não tocas em mim. Até se eu puder roubar alguma coisa</p><p>de ti, eu não o faço. Ou até se eu te puder usar, eu vou evitá-lo. Eu não te</p><p>vendo algo mau ou te manipulo através da publicidade. Abreviadamente, eu</p><p>não te exploro.</p><p>“Regra Sodomita" não soa assim tão mal!</p><p>É claro. Se estivessemos na regra Sodomita hoje, este seria um passo em</p><p>frente para nós. É por uma boa razão que Lot foi incluido nela. Afinal, ele era</p><p>próximo de Abraão; estas qualidades não são tão longínquas uma da outra.</p><p>Abraão veio para o salvar porque a qualidade de Sodoma era necessária em</p><p>prol de suscitar qualquer coisa para a correcção. Foi por isso que quando</p><p>Abraão chegou a Sodoma, ele examinou os desejos que podiam ser salvos</p><p>deles enquanto que o resto, que não podiam ser examinados, tiveram de</p><p>atravessar a revolta de Sodoma.</p><p>Termos</p><p>Ide em Diante</p><p>Ir em diante do seu desejo, independentemente de quão bom ele lhe possa</p><p>parecer.</p><p>Você deve chegar a um novo estado, um novo grau. Cada vez "Ide em</p><p>diante" indica que você deve estar constantemente em movimento,</p><p>avançando para cima.</p><p>Canãa</p><p>Canãa é a terra de Israel antes dela ser inteiramente corrigida.</p><p>Fome</p><p>"Fome" significa que eu não consigo satisfazer minha vontade de receber se</p><p>eu for um Egipcio, ou que eu não consigo satisfazer o meu desejo de doar se</p><p>eu for um Judeu, procurando unificação com o Criador.</p><p>Irmã</p><p>Há vários nomes que usamos para nos referirmos à vontade de receber.</p><p>Entre eles estão "irmã," "esposa," e "servo." A palavra, "irmã," refere-se à</p><p>vontade de receber que você consegue usar com o preenchimento de</p><p>Chochmá (sabedoria), como está escrito, "Dizei para a sabedoria, 'Vós sois</p><p>minha irmã’” (Provérbios 7:4).</p><p>Criada e mulher</p><p>Uma "criada" é quando uma pessoa usa o desejo de doar em prol de doar.</p><p>Uma "mulher" é quando a pessoa a preenche com receber em prol de doar,</p><p>do qual já é possível gerar filhos.</p><p>Fertilidade, Nascimento</p><p>As duas palavras acima referem-se a quando você gera o seu próximo grau,</p><p>o seu próximo estado.</p><p>Aliança</p><p>Uma aliança é quando você adquire a força de vontade, entendimento,</p><p>sensação e apoio, quando você é assistido para mudar de um estado para</p><p>estado sem falhar. Se há amor entre nós hoje, fazemos uma aliança para o</p><p>sustentar amanhã, também. A aliança ajuda-nos quando realmente</p><p>queremos que ele aconteça amanhã. Ela é uma força da Natureza que nos</p><p>ajuda a manter nosso estado.</p><p>Sumário</p><p>A mensagem chave da porção é verdadeiramente, "ide em diante."</p><p>Avançamos de estado para estado somente através das mudanças nos</p><p>nossos desejos. Cada momento examinamos e escrutinamos nossos</p><p>desejos em prol de decidir que desejos podemos usar, e que desejos não</p><p>podemos,</p><p>que desejos devemos "matar," e que desejos devemos "cortar" de</p><p>nós mesmos.</p><p>Eu examino sempre como posso avançar através do amor aos outros e em</p><p>direcção ao amor ao Criador. "Ide em diante" é o caminho que me guia, e é o</p><p>único que eu posso percorrer.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, Léch Lechá</p><p>Léch Lechá [Ide Em Diante]</p><p>4) As pessoas devem observar a obra do CRIADOR. Afinal, todas as pessoas</p><p>não conhecem e não consideram sobre o que se apoia o mundo e sobre o</p><p>que elas mesmas se apoiam.</p><p>4-5) Todas as coisas de apoiam na Torá, uma vez que quando Israel se</p><p>envolvem na Torá, quando eles elevam MAN até ZON e prolongam a linha</p><p>média, que é a Torá, o mundo existe.</p><p>Quando a meia noite desperta e o CRIADOR entra no Jardim do Éden para</p><p>brincar com os justos, todas as árvores do Jardim do Éden cantam e louvam</p><p>diante DELE, como está escrito, “Então todas as árvores de madeira cantam</p><p>de alegria diante do SENHOR, pois ELE chegou.” A noite é a Nukva em</p><p>respeito ao seu domínio. Ela é essencialmente a iluminação da linha</p><p>esquerda, da iluminação de Chochmá que se prolonga do ponto de Shuruk</p><p>em Ima. Também, Chochmá brilha somente do Chazéh para baixo porque o</p><p>Man’ula [cadeado] governa do Chazéh e acima de cada Partzuf, e a</p><p>iluminação de Chochmá não pode aparecer lá. Esta é a divisão da noite em</p><p>duas metades, uma vez que o ponto da meia noite é o ponto de Chazéh.</p><p>À meia noite, a Nukva, desperta para receber a mitigação de Biná, para</p><p>brilhar do Chazéh para baixo nela, que é o Jardim do Éden, o CRIADOR entra</p><p>no Jardim do Éden para brincar com os justos. Por outras palavras, os</p><p>justos elevam MAN e prolongam iluminação da linha média lá, que é o</p><p>CRIADOR que brilha no Jardim do Éden.</p><p>Todas as árvores no Jardim do Éden cantam e louvam diante DELE, como</p><p>está escrito, “Então todas as árvores no Jardim do Éden cantam e louvam</p><p>diante DELE, como está escrito, “Então todas as árvores de madeira</p><p>cantarão de alegria.” “As árvores de madeira” são árvores inférteis, que não</p><p>dão fruto. Antes da chegada do CRIADOR, as Sefirot de Nukva foram</p><p>consideradas as árvores de madeira, que não têm frutos nelas. Depois da</p><p>iluminação do CRIADOR entrar lá através dos justos, “As árvores de madeira</p><p>cantam de alegria diante do SENHOR, pois ELE chegou,” e dão fruto.</p><p>9) A existência de todas as pessoas é na linha média, que é prolongada</p><p>somente pelo envolvimento na Torá. Não fosse a linha média, elas não</p><p>teriam existência ou que se pareça.</p><p>18-19) Qualquer um que venha para ser purificado é ajudado …Logo, aquele</p><p>que vem e se desperta a si mesmo de baixo é ajudado do alto. Mas sem o</p><p>despertar de baixo, não há despertar do alto.</p><p>Nada acima desperta se a coisa sobre a qual a coisa do alto está colocada</p><p>não desperta abaixo primeiro. Este é o sentido da luz negra na vela, a Nukva,</p><p>que não agarra a luz branca na vela, ZA, antes que ela primeiro desperte.</p><p>Quando ela primeiro desperta, a luz branca imediatamente vem sobre ela</p><p>pois o inferior deve despertar primeiro.</p><p>116) Ai dos ímpios do mundo que não sabem e não procuram compreender</p><p>que tudo o que há no mundo é do CRIADOR, que somente ELE fez, faz, e fará</p><p>todas as acções no mundo. ELE sabe em avançado tudo o que se</p><p>desdobrará no fim, como está escrito, “Declarando o fim desde o início.” E</p><p>ELE observa e faz coisas no princípio em prol de as repetir e as fazer</p><p>perfeitamente passado algum tempo.</p><p>129) “E um rio saiu do Éden para regar o jardim,” Yesod de ZA, que sai de</p><p>Biná que regressou a Chochmá, que é chamada “Éden.” Este é o pilar sobre</p><p>o qual o mundo se apoia, e é ele que rega o jardim, a Nukva, e o jardim é</p><p>regado por ela e faz frutos dela, que são as almas das pessoas. Todos os</p><p>frutos rebentam no mundo, e eles são a persistência do mundo e a</p><p>manutenção da Torá. Estes frutos são as almas dos justos, que são os frutos</p><p>das acções do CRIADOR.</p><p>131) O mundo superior necessitava de despertar do mundo inferior. Quando</p><p>as almas dos justos abandonam este mundo e sobem ao Jardim do Éden,</p><p>todas elas vestem a luz superior de uma maneira preciosa. O CRIADOR</p><p>brinca com elas e anseia por elas, pois elas são o fruto de SUAS acções.</p><p>Esta é a razão pela qual Israel são chamados “Os filhos do CRIADOR,” Uma</p><p>vez que elas não têm almas sagradas, como está escrito, “Vós sois os filhos</p><p>do SENHOR vosso DEUS,” uma vez que as almas são filhos, o fruto das</p><p>acções do CRIADOR.</p><p>144) Não tivesse Abraão descido ao Egipto e não se tivesse lá purificado</p><p>primeiro, ele não teria quota e lote no CRIADOR. Foi semelhante com seus</p><p>filhos quando o CRIADOR desejou fazer deles uma nação, uma nação inteira,</p><p>e os aproximar DELE. Não tivessem eles descido ao Egipto primeiro e não</p><p>tivessem sido purificados lá, eles não teriam sido SUA uma nação.</p><p>Similarmente, tivesse a terra da santidade não sido dada primeiro a Canãa, e</p><p>eles não a tivessem governado, a terra não teria sido a quota e lote do</p><p>CRIADOR, e é tudo um.</p><p>163) Todos os amigos vieram e beijaram as mãos de Rabbi Shimon. Eles</p><p>choraram, “Ai, quando abandonares o mundo, quem acenderá a luz da</p><p>Torá?” Felizes são os amigos que escutaram estas palavras de Torá da tua</p><p>boca.</p><p>209-210) O CRIADOR disse para a assembleia de Israel, Divindade, “De MIM é</p><p>vosso fruto achado.” Lá não diz, “É MEU fruto achado,” mas “Vosso fruto,”</p><p>indicando que esse almejar da fêmea, que faz a alma feminina, que é incluida</p><p>na força da masculina. Também, a alma da fêmea é incluída na alma do</p><p>macho e elas se tornam um, misturados um no outro. Posteriormente, eles</p><p>são separados no mundo.</p><p>Certamente, pela força do macho está o fruto da fêmea presente no mundo.</p><p>As palavras, “Vosso fruto” apontam para os frutos da fêmea, para a alma</p><p>que se prolonga por seu almejar. O texto nos conta que até a alma da fêmea</p><p>não é de si mesma, mas do seu misturar com a alma do macho. É por isso</p><p>que ele diz, “De MIM é vosso fruto achado.”</p><p>“De MIM é vosso fruto achado.” Isto assim é porque depois do almejar da</p><p>própria fêmea, da qual a fêmea da alma vem, o fruto do macho é achado. Não</p><p>tivesse sido o anseio da fêmea pelo macho, não haveriam frutos no mundo,</p><p>ou seja que não haveria descendência.</p><p>225-227) Quando o CRIADOR criou o mundo, o mundo não se apoiou, mas</p><p>se desmoronou para este lado e para aquele lado. O CRIADOR disse para o</p><p>mundo, “Porque estais vós a cair?” Eu LHE contei, “Caro SENHOR, eu não</p><p>me consigo apoiar pois não tenho fundação [Yesod] sobre a qual me</p><p>apoiar.”</p><p>O CRIADOR contou-lhe, “Assim, EU colocarei um justo dentro de vós,</p><p>Abraão, que ME amará.” E o mundo imediatamente se apoiou e existiu. Está</p><p>escrito, “Estas são as gerações dos céus e da terra quando eles foram</p><p>criados.” Não o leia, BeHibar’am [quando eles foram criados], mas</p><p>BeAvraham [em Abraão, as mesmas letras em Hebraico], uma vez que o</p><p>mundo existiu em Abraão.</p><p>O mundo respondeu ao CRIADOR, “Abraão está destinado a gerar filhos que</p><p>destruirão o Templo e queimarão a Torá.” O CRIADOR lhe contou, “Um</p><p>homem sairá dele, Jacó, e doze tribos sairão dele, todas as quais são</p><p>justas.” Prontamente, o mundo existiu por ele.</p><p>231) O despertar do superior é somente através do despertar do inferior</p><p>porque o despertar do superior depende do anseio do inferior.</p><p>268-269) Está escrito, “Eu sou do meu amado, e seu desejo é por mim.” No</p><p>princípio, “Eu sou do meu amado,” e posteriormente, “E seu desejo é por</p><p>mim.” “Eu sou do meu amado,” é primeiro definir um lugar para ele com um</p><p>despertar de baixo, e então, “E seu desejo é por mim.”</p><p>Divindade não está presente com os ímpios. Quando uma pessoa se vem</p><p>para purificar e se aproximar a si mesma do CRIADOR, Divindade está sobre</p><p>ela. Está escrito sobre isso, “Eu sou do meu amado,” primeiro, e então, “E</p><p>seu desejo é por mim,” uma vez que quando um vem para ser purificado, ele</p><p>é purificado.</p><p>278-279) Quando o CRIADOR criou o mundo, isso foi sob a condição de que</p><p>se Israel viessem e recebessem a Torá, eles existiriam. E se não, então EU</p><p>vos retomarei ao caos. Certamente, o mundo não existia</p><p>até que Israel</p><p>estiveram no Monte Sinai e aceitaram a Torá, e então o mundo existiu.</p><p>Desse dia em diante, o CRIADOR cria mundos. E quem são eles? Eles são os</p><p>Zivugim [plural de Zivug] das pessoas.</p><p>310) “Quando o CRIADOR, Biná, desejou criar o mundo, ZON, que são</p><p>chamados “céus e a terra,” ELE olhou para o pensamento—Chochmá, a</p><p>Torá—inscreveu inscrições, e prolongou a luz de Chochmá até ZON, aos</p><p>céus e terra. Mas o mundo não conseguia se estabelecer pois eles não</p><p>receberam a luz devido à força da Tzimtzum [restrição] e Din que estava em</p><p>Malchut.</p><p>Então ELE criou a penitência, o escondido interior e alto Heichál [palácio].</p><p>“Até que ELE criou a penitência” significa que até ELE ter elevado Malchut</p><p>até Biná, tempo duranteo o qual Biná é chamada “penitência,” pois Biná foi</p><p>diminuida a um ponto no Heichál. Com isso, Midat ha Din [qualidade de</p><p>juízo] em Malchut foi mitigada em Biná e se tornou adequada para a</p><p>recepção da luz de Chochmá.</p><p>315-317) “Abençoai o SENHOR, vós SEUS anjos … escutando a voz da SUA</p><p>palavra.” Felizes são Israel que todas as outras nações do mundo, pois o</p><p>CRIADOR os escolheu de entre todas as nações, e os fez SUA quota e SEU</p><p>lote. Assim, ELE lhes deu a sagrada Torá, uma vez que todos eles estavam</p><p>em um desejo no Monte Sinai e precederam o fazer ao escutar, como eles</p><p>disseram, “Nós faremos e nós escutaremos.”</p><p>E uma vez que eles precederam o fazer ao escutar, o CRIADOR evocou os</p><p>anjos e lhes contou: “Até então, vós ereis os únicos diante de MIM no</p><p>mundo. Doravante, MEUS filhos na terra são vossos amigos de todas as</p><p>maneiras. Vós não tendes permissão para santificar MEU nome até que</p><p>Israel se conectem convosco na terra, e todos vós juntos se juntarão para</p><p>santificar MEU nome, uma vez que eles precederam o fazer ao escutar, como</p><p>os altos anjos fazem no firmamento,” como está escrito, “Abençoai o</p><p>SENHOR, vós SEUS anjos … Eles fazem SUA palavra,” primeiro. E então</p><p>está escrito, “Escutando a voz da SUA palavra.”</p><p>“Abençoai o SENHOR, vós SEUS anjos” são os justos na terra. Eles são tão</p><p>importantes perante o CRIADOR como os altos anjos no firmamento, dado</p><p>que eles são fortes e poderosos, pois eles superam sua inclinação como um</p><p>herói que triunfa sobre seus inimigos. “Escutar a voz da SUA palavra”</p><p>significa ser recompensado com escutar uma voz do alto todos os dias e em</p><p>qualquer altura em que o necessitem.</p><p>327-328) O rei David disse, “Pois quem é DEUS, senão o SENHOR? E quem é</p><p>uma Rocha, senão nosso DEUS?” “Quem é DEUS” significa quem é o</p><p>governante ou o nomeado que consegue fazer qualquer coisa, além do</p><p>CRIADOR? Em vez disso, eles fazem o que lhes é comandado pelo CRIADOR</p><p>porque nenhum deles está na sua própria autoridade e eles não conseguem</p><p>fazer coisa alguma. “E quem é uma rocha” significa quem é forte e consegue</p><p>fazer sua própria afirmação e poder, “Senão nosso DEUS”? Em vez disso,</p><p>todos eles estão nas mãos do CRIADOR e eles não conseguem fazer coisa</p><p>alguma excepto com SUA permissão.</p><p>“Pois quem é DEUS, senão o SENHOR?” Todas as coisas estão na</p><p>permissão do CRIADOR. Não é como parece nas estrelas e fortunas, que</p><p>mostram alguma coisa e o CRIADOR a muda doutra maneira. “E quem é uma</p><p>Rocha, senão nosso DEUS?” significa que não há tamanho pintor como o</p><p>CRIADOR. ELE é o pintor perfeito, que faz e pinta uma forma dentro de uma</p><p>forma, um feto nas entranhas de sua mãe, e completa esse quadro em todas</p><p>as suas correcções, e insta uma alta alma dentro dele, que é semelhante à</p><p>correcção superior.</p><p>330) Quão grandes são as acções do CRIADOR? A arte e pintura de um</p><p>homem são como o artesanato e o retrato do mundo. Por outras palavras, o</p><p>homem é compreendido da inteira acção do mundo, e ele é chamado “um</p><p>pequeno mundo.” Todo e cada dia, o CRIADOR cria um mundo que faz</p><p>Zivugim para todos como ele deve, e isto é considerado criar mundos. E ELE</p><p>retratou a forma de cada um deles antes que eles viessem ao mundo.</p><p>356) “A lei do SENHOR é perfeita” porque ela contém tudo. Felizes são</p><p>aqueles que se envolvem na Torá e não partem dela, pois qualquer um que</p><p>seja separado da Torá durante até uma hora, é como se ele tivesse partido</p><p>da vida no mundo. E está escrito, “Pois ela é a vossa vida e a duração de</p><p>vossos dias,” e está escrito, “Pois duração de dias, e anos de vida, e paz,</p><p>eles acrescentarão a vós.”</p><p>363-367) À meia noite, quando os galos despertam, o lado norte desperta em</p><p>Ruách [vento], ou seja a linha esquerda na iluminação de Shuruk, ou seja</p><p>iluminação de Chochmá com a ausência de Chasadim, GAR de Ruách. O</p><p>ceptro, o lado sul—linha direita, Chasadim—sobe e se mistura com essa</p><p>Ruách da linha esquerda, e eles se misturam um no outro. Nessa altura, os</p><p>Dinim da linha esquerda repousam e ela é mitigada em Chasadim. Então o</p><p>CRIADOR desperta no SEU costume de brincar com os justos no Jardim do</p><p>Éden.</p><p>Nessa altura, feliz é o homem que sobe para brincar na Torá, uma vez que o</p><p>CRIADOR e todos os justos no Jardim do Éden escutam a sua voz, como</p><p>está escrito, “Vós que habitais nos jardins, os amigos escutam vossa voz;</p><p>deixai-me escutá-la.”</p><p>Além do mais, o CRIADOR atrai sobre ele um cordel de graciosidade, para a</p><p>manter no mundo para que os superiores e inferiores a guardem, como está</p><p>escrito, “De dia o SENHOR ordenará SUA graciosidade; e à noite, SUA</p><p>canção está comigo.”</p><p>Qualquer um que se envolva na Torá nesse tempo certamente terá uma parte</p><p>permanente no mundo vindouro. O que é permanente? Estes Mochin se</p><p>prolongam de YESHSUT, cujo Zivug é intermitente e não permanente. Mas</p><p>toda a meia noite, quando o CRIADOR desperta no Jardim do Eden, todas</p><p>essas plantações—as Sefirot no Jardim do Éden, a Nukva—serão regadas</p><p>abundantemente e desse riacho, que e chamado “um riacho primordial,”</p><p>“um riacho de delicias,” “AVI superiores,“ cujas águas nunca param, ou seja</p><p>que o Zivug de AVI nunca pára. E aquele que sobe e se envolve na Torá, isso</p><p>e como se esse riacho derramasse água abaixo sobre sua cabeça e o rega</p><p>dentro das plantações no Jardim do Éden. Assim, ele tem uma quota</p><p>permanente nos Mochin do mundo vindouro, também, ou seja do mundo</p><p>vindouro, portanto YESHSUT, uma vez que os Mochin de AVI Contêm os</p><p>Mochin Mochin de YESHSUT dentro deles também.</p><p>Além do amis, uma vez que todos os justos no Jardim do Éden o escutam,</p><p>eles colocam uma parte por ele na poção do riacho, que são os Mochin dos</p><p>superiores AVI. Sucede-se que ele tem uma quota perpétua para o mundo</p><p>vindouro, que são estão incluídos nos Mochin de AVI.</p><p>445) ELE disse sobre Rashbi e seus discípulos: “ELE disse sobre Rashbi e</p><p>seus discípulos: “Felizes sois vós neste mundo e no mundo vindouro. Vós</p><p>sois sagrados; vós sois todos filhos do DEUS Sagrado…Cada um de vós</p><p>está atado e conectado ao Alto e Sagrado Rei.”</p><p>Zohar Hadash, Lech Lechá [Ide Em Diante]</p><p>1) Ó como se deve um qualificar às suas obras diante do seu CRIADOR e se</p><p>envolver na SUA Torá [lei] dia e noite, pois a virtude da Torá está acima de</p><p>todas as virtudes.</p><p>5-6) Todas as almas dos justos foram cortadas de debaixo do trono para</p><p>conduzir o corpo como um pai conduz o filho, pois sem a alma, o corpo não</p><p>pode ser conduzido, nem conhece ou faz a vontade de seu CRIADOR. A alma</p><p>é um professor, ensinando ao homem e o educando em todo o caminho</p><p>recto.</p><p>Quando o CRIADOR a envia do lugar da santidade, ELE a abençoa com sete</p><p>bênçãos, como eestá escrito, “E o SENHOR disse para Abrão.” Esta é a</p><p>alma, chamada Av Ram [alto pai], pois ela é um pai ao ensinar ao corpo, e</p><p>mais alta que isso, pois ela vem de um lugar muito superior a esse, pois ela</p><p>vem de um alto e celeste lugar.</p><p>61) Ó quão afeiçoado é o CRIADOR da Torá, pela qual o homem é</p><p>recompensado com a vida do mundo vindouro, e pois qualquer um que</p><p>ensine aos outros a Torá—mais que qualquer um.</p><p>61-62) Aqueles que ensinam aos outros e a crianças a Torá são</p><p>indubitavelmente recompensados a dobrar. Aquele que ensina a crianças a</p><p>Torá, sua abadia está com a Divindade. Quando Rabbi Shimon vinha para ver</p><p>as crianças</p><p>no seminário, ele diria, “Vou para encontrar a face da</p><p>Divindade.”</p><p>Parashat VaErá</p><p>VaErá (E EU Apareci)</p><p>(Êxodo, 6:2-9:35)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, VaErá (E EU Apareci), o Criador aparece diante de Moisés e</p><p>promete libertar os filhos de Israel do Egipto para a terra de Canaã. Moisés</p><p>volta-se para os filhos de Israel, mas eles não escutam "por impaciência e</p><p>por árduo trabalho" (Êxodo 6:9).</p><p>O Criador instruiu Moisés a se voltar para Faraó e lhe pedir que os filhos de</p><p>Israel saiam do Egipto. Moisés teme que não tenha sucesso na sua missão e</p><p>pede ao Criador um sinal. O Criador diz a Moisés que ele será como Deus</p><p>para Faraó, enquanto Aarão será como o profeta que tratará de falar. O</p><p>Criador endurecerá o coração de Faraó e faz chover bastantes sinais e</p><p>símbolos sobre o Egipto. O Criador dá a Moisés e a Aarão uma vara, e</p><p>quando Moisés lança a vara para o chão, ela se torna uma serpente. Quando</p><p>Moisés e Aarão vão para Faraó, Moisés tem oitenta anos de idade e Aarão</p><p>tem oitenta e três. Há muitos magos e adivinhos à volta de Faraó. Quando</p><p>Moisés e Aarão chegam, eles jogam a vara e ela torna-se uma serpente. Os</p><p>magos de Faraó fazem o mesmo e suas varas também se tornam serpentes,</p><p>mas a serpente de Moisés engole as serpentes dos magos.</p><p>Apesar dessa representação, Faraó permanece desafiador e as dez pragas</p><p>do Egipto começam. Esta porção menciona sete das pragas: sangue, rãs,</p><p>piolhos, moscas, pestilência, sarna e saraiva. Depois de cada praga, Faraó</p><p>volta atrás na sua palavra e recusa deixar os filhos de Israel partirem.</p><p>Comentário</p><p>Embora esta descrição seja gráfica, ela na realidade transmite o interior da</p><p>Torá, a verdadeira lei que nos instruiu a como sair do Egipto dentro de nós.</p><p>A Torá não nos diz para abandonar um lugar físico em favor de outro, mas</p><p>em vez disso como nos podemos libertar a nós mesmos de nossos egos.</p><p>A porção é para aqueles de nós que trabalham duro e descobrem que</p><p>estamos no Egipto. Ela também lida com nosso desejo de não estar no</p><p>Egipto - o ego, a essência do mal. Deste modo, devemos escapar de lá</p><p>enquanto discutimos com nossos egos. Não podemos tolerar o ego nesta</p><p>situação, temendo que ele nos possa enterrar ou matar, então nos elevamos</p><p>acima dele e começamos a partir dele.</p><p>Há duas forças em nós. A primeira é o ego, que e Faraó e todo o Egipto. A</p><p>outra é um ponto "saliente" chamado "o ponto no coração." Todos nossos</p><p>desejos que estão no Egipto e são alimentados por ele enquanto há uma</p><p>"fome na terra de Canaã" (Génesis, 42:6) criam uma luta interior em nós.</p><p>Esta é a guerra da qual procuramos escapar, nos elevarmos acima do ego</p><p>com todos nossos desejos. De facto, somente Moisés, o ponto no coração,</p><p>escapa e se eleva acima do ego, fugindo do Egipto para Jétro e para tudo</p><p>aquilo que há em Midiã</p><p>Passados quarenta anos, durante os quais ficamos mais fortes em Midiã</p><p>trabalhando em aumentar a força de Moisés, o Criador aparece para nós na</p><p>sarça ardente. Através de nossa voz interior, escutamos e compreendemos</p><p>que devemos regressar, lutar contra o ego e sair dele, ou não seremos</p><p>capazes de alcançar a espiritualidade.</p><p>A espiritualidade é alcançada somente ao corrigir-mos nossos desejos, ao</p><p>corrigirmos nossas intenções de visarem receber - a forma egoísta - para</p><p>visarem dar, amar os outros. Devemos alcançar a regra, "Ama teu próximo</p><p>como a ti mesmo." Esta é a grande regra da Torá. O ponto no coração, o</p><p>Moisés em nós, sente que está na hora de fazer isto. A voz do Criador</p><p>diz-nos para começarmos a trabalhar com nossos desejos egoístas ao</p><p>enfrentarmos Faraó.</p><p>Neste estado, ficamos completamente atónitos. É muito difícil enfrentar</p><p>nossa natureza básica e o mundo literalmente mostra-nos que é impossível</p><p>o fazer. Parece que para onde quer que nos voltemos, estamos rodeados</p><p>pelos nossos egos. Estes são os adivinhos de Faraó, seus sábios,</p><p>começando a descobrir quão irrealista é o caminho espiritual de nos</p><p>elevarmos acima de nossos egos e alcançar o amor aos outros. Certamente,</p><p>onde encontramos amor aos outros no mundo? Alguém apoia isto?</p><p>A Israel em nós é uma força muito fraca e embora pareça que possamos</p><p>fazer qualquer coisa através de nossa espiritualidade, podemos também</p><p>fazê-lo - e até com mais "sucesso" - através das forças do ego.</p><p>Por vezes provamos a nós mesmos que nos elevamos através do grupo que</p><p>estamos a construir, através do bom e certo meio ambiente no qual nos</p><p>encontramos. Tal como Faraó concordou em deixar os filhos de Israel</p><p>partirem, mas mudou de opinião e capturou-os, nós também atravessamos</p><p>sobes e desces que nos previnem de sairmos de nossos egos.</p><p>Experimentamos sete golpes que nos purificam e corrigem. Estes são ZAT</p><p>do grau, e as sete Sefirot do fundo - Chésed, Gevurá, Tiféret, Netzách, Hod,</p><p>Yesod e Malchut - correspondendo às sete pragas do Egipto: sangue, rãs,</p><p>piolhos, moscas, pestilência, sarna e saraiva.</p><p>As últimas três pragas são como GAR do grau: as primeiras três pertencem</p><p>À Rosh (cabeça), não ao Guf (corpo) do grau. Aqueles que atravessam são</p><p>liberados.</p><p>No nosso trabalho interior, enfrentamos lutas duras entre o ego e o ponto no</p><p>coração. Estas atraem-nos para a liberdade, doação e até ao que Baal</p><p>HaSulam chama nos ensaios, Arvut ("Garantia Mútua") e Matan Torá ("A</p><p>Doação da Torá"), "do amor ao homem ao amor a Deus.") É assim que</p><p>emergimos de nossa natureza para a natureza do Criador.</p><p>Há somente duas forças na existência: a força da doação e a força da</p><p>recepção. Nós estamos imersos na força da recepção, que nos condena à</p><p>morte, torna nossas vidas amargas e limitadas e encurta-as até que não</p><p>façamos ideia do que nossas vidas eram suposto serem.</p><p>A espiritualidade fornece uma resposta a perguntas a respeito do sofrimento</p><p>no nosso mundo. Nós chegamos à espiritualidade devido às questões: "Qual</p><p>é o sentido da minha vida?" "Para que serve a vida?" Na espiritualidade,</p><p>constantemente examinamos estas questões e através delas emergimos</p><p>para o mundo eterno e iluminado. Fazemos isso apesar da garra do ego</p><p>sobre nós que não nos solta e nos puxa "pelos nossos pés" de volta para</p><p>dentro, não nos deixando escapar.</p><p>Os livros de Cabala discutem estas lutas prolongadamente. Este é nosso</p><p>trabalho interior, a razão pela qual estudamos sua sabedoria. A luz que</p><p>reforma que obtemos ajuda-nos através das pragas, de uma praga para a</p><p>próxima, de baixo para cima, em direcção a golpes até maiores. Quanto mais</p><p>avançamos, mais duro o trabalho e mais duros os golpes.</p><p>Embora sintamos como a força do mal em nós nos destrói, nos mantendo no</p><p>nível animal, não nos podemos livrar a nós mesmos dela. Finalmente,</p><p>chegamos a um estado onde sabemos que a menos que fujamos agora, com</p><p>a ajuda da força superior, vamos permanecer no ego porque não</p><p>conseguimos escapar a nós mesmos. O Criador deliberadamente o dificulta</p><p>para nós, como está escrito, "Vinde ao Faraó" (Êxodo 7:26) “pois EU</p><p>endureci seu coração” (Êxodo 10:1).</p><p>O Criador propositadamente endurece o coração de Faraó, nossos egos - o</p><p>coração com todos nossos desejos - para que precisássemos de Sua força,</p><p>para que sentíssemos crescentemente como precisamos Dele e como nos</p><p>apegamos a Ele, para que Ele nos liberte do Egipto.</p><p>Como foi acima dito, há somente duas forças na realidade: a força má, Faraó</p><p>e a força positiva do Criador, e devemos escolher a qual delas nos</p><p>apegamos. Através da guerra entre as forças, aprendemos que não temos</p><p>alternativa senão alcançar Dvekut (adesão) através da força do Criador. É</p><p>assim que saímos do Egipto.</p><p>Bem desde o início, vemos que Moisés foi para o povo de Israel e lhes disse</p><p>que o Criador havia aparecido diante dele, e foi por isso que ele sugeria que</p><p>eles saíssem do Egipto. Mas o povo recusou; eles não queriam escutar.</p><p>Sua recusa pode atingir-nos como estranha pois pareceria racional que o</p><p>povo de Israel quisesse sair do Egipto. Contudo, devemos recordar-nos que</p><p>este é o povo de Israel no exílio, debaixo do governo de Faraó. Tivesse o</p><p>povo de Israel</p><p>estado em Canaã, as questões seriam muito diferentes.</p><p>Mas em Canaã houveram problemas, também. Houveram contendas e fome</p><p>porque a vontade de receber crescia e não podia mais ser usada. Foi por</p><p>isso que foi dito que havia lá "fome." Deste modo, para usar o desejo, o povo</p><p>de Israel teve de descer ao Egipto, uma vez que somente ao acrescentar o</p><p>ego poderiam eles sair do Egipto com as qualidades de Israel neles, a</p><p>Yashar El (direito a Deus).</p><p>Devemos sair do desejo egoísta que anteriormente tínhamos, e com o qual</p><p>descobrimos o mundo espiritual. Nada temos senão nossa essência natural.</p><p>Depois da ruína, a quebra, o pecado da Árvore do Conhecimento e os outros</p><p>pecados, nossa natureza foi completamente arruinada. Ela foi</p><p>completamente quebrada, muito como o mundo de hoje, que gradualmente</p><p>descobre a crise em que nos encontramos. Este foi o começo do sistema</p><p>egoísta que se encontra entre nós.</p><p>Os filhos de Israel tiveram de descer ao Egipto para reanimar suas almas.</p><p>Todavia, por agora eles são ainda como José, como os filhos de Israel. Eles</p><p>viveram separados dos desejos egoístas até que começaram a se misturar</p><p>com o ego. São especificamente aqueles que estudam a sabedoria da Cabala</p><p>- que fazem aquilo que está escrito nos ensaios e seguem o conselho dos</p><p>Cabalistas em prol de descobrir o mundo espiritual - que se sentem cada vez</p><p>mais baixos, à medida que almejam ascender. Este estado é chamado "os</p><p>filhos de Israel no Egipto."</p><p>Os filhos de Israel tiveram de estar no Egipto durante quatrocentos anos,</p><p>como foi dito a Abraão. Os quatrocentos anos são quatro graus desde a raiz</p><p>- um, dois, três, quatro - ou Yod-Hey-Vav-Hey. Também nós devemos estar</p><p>no exílio em prol de revelar o Kli inteiro (vaso) e alcançar redenção com ele</p><p>num Kli corrigido. Por outras palavras, todas nossas almas se conectarão e</p><p>descobrirão nessa conexão com a luz superior, o Criador. É assim que a</p><p>alma se une com a força superior, com a luz; esta é a redenção completa.</p><p>Primeiro, devemos nos misturar com nossos quatro níveis de Aviut (vontade</p><p>de receber, egoísmo). Passámos somente 210 anos no Egipto, então há</p><p>exílio adicionais depois do Egipto, até à medida de quatrocentos anos estar</p><p>cheia. Presentemente encontramo-nos na conclusão desse período.</p><p>Devemos descer ao Egipto e absorver estes quatrocentos graus, que são</p><p>como quatrocentos shekels de prata, o preço com o qual a Gruta de</p><p>Machpelá foi vendida. Esta é uma medida especial de nossos egos, que</p><p>Faraó simboliza de uma maneira quebrada na alma corrigida. No final,</p><p>trazemos estes Kelim (vasos) do Egipto porque saímos com grande</p><p>substância, os corrigimos e descobrimos neles a terra de Israel.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Porque nos quer o Criador fora do Egipto, por um lado, e então endurece o</p><p>coração do Faraó, o tornando mais difícil para que os filhos de Israel saiam?</p><p>Quando as pessoas vêm estudar a Cabala, elas chegam com um grande</p><p>desejo de aprender, então percebem quão difícil é e não têm sucesso. Elas</p><p>começam a "adormecer." Seus egos crescem, elas rendem-se para ele, e</p><p>afundam-se nele. Elas não conseguem compreender que o que lhes</p><p>aconteceu foi que elas entraram no Egipto. Nós precisamos de continuar a</p><p>trabalhar, até quando nos afundamos no ego; não devemos permanecer</p><p>nele.</p><p>Há também aqueles que se separam a si mesmos das correcções e da</p><p>sabedoria da Cabala por completo. Eles fluem com a vida e podem até</p><p>adoptar novos hábitos. Mas se eles não continuarem e avançarem pela</p><p>quebra, os golpes internos, até que sintam que têm de sair do Egipto, como</p><p>está escrito, "E os filhos de Israel suspiraram da obra" (Êxodo, 2:23), e</p><p>gritarem para a força superior os puxar para fora, eles serão puxados para</p><p>fora.</p><p>A sabedoria da Cabala lida com factos, com leis naturais. Todavia são</p><p>mostrados sinais aos filhos de Israel, tais como uma vara que se torna uma</p><p>serpente. Isso simboliza algo sobrenatural?</p><p>Esse é um estado interno que frequentemente experimentamos. A vara se</p><p>tornar na serpente representa incidentes onde a espiritualidade e perfeição</p><p>aparecem diante nós. Sentimos que verdadeiramente compreendemos</p><p>alguma coisa da qualidade de doação, que estamos prontos para nos</p><p>conectar com os outros e que estamos com eles com mente e coração,</p><p>"como um homem com um coração." Então, pouco depois vem a descida,</p><p>como uma nuvem negra desce sobre uma pessoa. Muito da mesma forma, a</p><p>vara e a serpente alternam.</p><p>Pode ser dito que a atitude de um para a espiritualidade é chamada uma</p><p>"vara" ou uma "serpente"?</p><p>Sim, e nós somos jogados entre elas.</p><p>Como os magos do Egipto fazem o mesmo que Moisés com as suas varas?</p><p>Nossos egos criam coisas para nos mostrar quem tem razão. Na história de</p><p>Ester, quando eles não sabiam quem tinha razão, tiveram de decidir acima</p><p>da razão. O mesmo se aplica a nós. Nós não queremos deixar o Egipto para</p><p>nosso ganho, mas também não queremos permanecer no Egipto para nosso</p><p>ganho. Isto é, não vem do lado da recepção nem do lado da doação.</p><p>Cada um gostaria de se conectar à espiritualidade e alcançar o mundo</p><p>espiritual e assim ter tudo. Contudo, nos é feito entender que tanto na</p><p>recepção e doação não receberemos ganho pessoal nos nossos egos.</p><p>Quando avançamos, como os magos do Egipto, avançamos para a Klipá</p><p>(casca/pele) para doar em prol de receber, para recebermos para nós</p><p>mesmos o próximo mundo, também. Mas a doação significa que nos</p><p>elevamos acima de qualquer recompensa que se pareça.</p><p>O que significa que a serpente de Moisés e Aarão engole as serpentes dos</p><p>magos Egípcios?</p><p>Isso significa que no fim teremos de avançar em fé acima da razão. Isto é</p><p>chamado uma "vara," e com ela nossa importância da doação aumenta em</p><p>vez de diminuir, nos fazendo descer aos vasos de recepção.</p><p>Todos nós experimentamos estes golpes, cada um de nós, até agora?</p><p>A Torá fala de tudo aquilo que acontece a aqueles que estudam a Cabala. A</p><p>crise na qual o mundo hoje está está a preparar-nos para que</p><p>compreendamos que não temos alternativas; devemos avançar.</p><p>Com a excepção dos filhos de Israel, o mundo não avançará através dos</p><p>passos que aprendemos na Torá. O mundo avança ao se juntar aos filhos de</p><p>Israel, como está escrito, "E os povos os levarão, e os trarão ao seu lugar; e</p><p>a casa de Israel os possuirá na terra do SENHOR" (Isaías, 14:2). O mundo</p><p>inteiro precisará de o apoiar.</p><p>O que fazemos de modo a sair agora do Egipto?</p><p>A Torá conta-nos que até que tenhamos sofrido todos os golpes, não</p><p>gritaremos tão alto que o Criador nos salve. Quando isso acontecer, a força</p><p>superior, a luz que reforma, nos influenciará tão fortemente que seremos</p><p>capazes de nos separar do ego.</p><p>De O Zohar: EU Trarei, EU Libertarei, EU Redimirei, EU Tomarei</p><p>O Criador desejou primeiro lhes contar do mais belo - o êxodo do Egipto. O</p><p>mais belo de tudo é, "E EU vos tomarei por MEU povo, e serei vosso Deus.”</p><p>Mas ELE lhes disse isto depois. Na altura, não havia nada mais belo para</p><p>eles senão saírem pois pensaram que nunca sairiam de sua escravidão,</p><p>dado que viram que todos os prisioneiros entre eles estavam atados por</p><p>laços mágicos dos quais nunca sairiam. Foi por isso que primeiro lhes foi</p><p>dito o que lhes era mais favorável.</p><p>Zohar para Todos, VaErá (E EU Apareci), itens 52-3</p><p>É a obra do Criador. Não somos nós que fazemos o trabalho, e não é o</p><p>trabalho que o Criador faz quando nos corrige. Em vez disso, é o trabalho</p><p>que o Criador faz "nos bastidores." Ele é "as traseiras do pescoço." Isto é,</p><p>endurecer o coração de Faraó é o trabalho que o Criador faz para que</p><p>precisemos Dele.</p><p>É então que queremos sair do Egipto?</p><p>É então que queremos sair do Egipto e é também então que definimos o que</p><p>significa sair correctamente. Se questionar uma pessoa vulgar, "Porque está</p><p>você a orar?" "O que é redenção?" "O que ou quem é o Messias?" você</p><p>escutará muitas respostas. Todos temos nossos próprios Messias. Mas aqui,</p><p>falamos de uma pessoa que precisa de alcançar um estado de Messias. Isto</p><p>trás um ao amor aos outros, um estado</p><p>de "Ama teu próximo como a ti</p><p>mesmo," a regra que inclui todos nós, uma vez que todos nós devemos estar</p><p>mutuamente contidos nela, em garantia mútua.</p><p>É por isso que a garantia mútua é tão importante para nós; ela é como o</p><p>êxodo do Egipto, como a redenção. Enquanto não há garantia mútua, não</p><p>haverá redenção. É por isso que todos precisam de trabalhar para o fazer</p><p>acontecer e explicar a todos que quanto mais perto nos aproximamos deste</p><p>ideal, maiores nossas chances de sair do Egipto em breve.</p><p>Termos</p><p>Profeta</p><p>Um "profeta" é uma pessoa que fala com o Criador, a força superior. Ele é</p><p>aquele que está num nível de falar. "Falante" é uma divulgação, a emissão de</p><p>Hével (fumo, nevoeiro) da boca. Hével da boca é a Ohr Chozer (Luz</p><p>Reflectida) emitida do Partzuf, da alma, como a luz de doação.</p><p>Também, há um profeta que vê, que está num nível mais alto. Alguns</p><p>profetas dizem, "Eu vi," e alguns profetas dizem, "Eu escutei." Este é um</p><p>grau de um Cabalista que está em dois graus - um grau de falar ou um grau</p><p>de ver.</p><p>Moisés</p><p>"Moisés" é a força superior em nós, que nos puxa em frente para a doação.</p><p>amor aos outros, e assim para o amor ao Criador. Ele é uma força que não</p><p>nos dá repouso. Esta força vem até nós do sopro da alma como uma</p><p>centelha de luz dentro de nós. Se a centelha desperta em nós, isso é</p><p>considerado que recebemos um convite. Isso nada garante, senão um</p><p>convite que foi dado a na realidade começarmos o nosso trabalho sagrado.</p><p>"Sagrado" significa doação. "Subir a montanha da santidade" significa que</p><p>subimos acima de nossos egos com nosso ponto de Moisés, e assim nos</p><p>actualizamos a nós mesmos.</p><p>Aarão</p><p>"Aarão" é a força oposta a Moisés. As duas forças têm de trabalhar juntas.</p><p>Depois delas há os sacerdotes, Levitas e Israel. Há Abraão, Isaac e Jacó.</p><p>Nosso trabalho é sempre na linha média.</p><p>Quando vemos as duas forças, Aarão e Moisés, até antes do todo da linha</p><p>média emergir. Estas duas forças trabalham juntas: Aarão organiza-nos e</p><p>Moisés dá-nos direcção.</p><p>Símbolo/Sinal</p><p>Um "símbolo" (ou um "sinal") é uma iluminação de um grau mais alto. Ele é</p><p>uma força adicional pela qual avançamos em cada grau. Ele é uma distinção</p><p>em todos aqueles estados que ocorrem em nós de forma desnatural, num</p><p>estado pouco familiar para nós em termos de poder e intenção no presente</p><p>grau. Esse estado ocorre quando um grau aparece do alto e revela o</p><p>símbolo. O grau superior pode vir da direita ou da esquerda.</p><p>A Klipá (casca/pele) está também na espiritualidade. Klipá e Kedushá</p><p>(santidade) são duas linhas entre as quais nos construímos a nós mesmos.</p><p>Pegamos um pouco da Klipá, a corrigimos usando a Kedushá e no meio</p><p>alcançamos progresso na linha média, no caminho dourado. A mesma coisa</p><p>acontece no próximo grau, e no próximo, até que subimos todos os 125</p><p>graus.</p><p>De O Zohar: Levai Tua Vara</p><p>Era claro para o Criador que esses magos fariam serpentes. Assim, qual é a</p><p>importância de fazer serpentes diante de Faraó? É porque houve um começo</p><p>de todas as punições, isto é a serpente primordial que falhou a Adão e Eva.</p><p>A dominação de Faraó começa desde o princípio da serpente, do lado</p><p>esquerdo. Então, quando eles viram a vara de Aarão se tornar uma serpente,</p><p>todos os magos ficaram felizes pois assim foi o começo da sabedoria de</p><p>suas serpentes.</p><p>Zohar para Todos, VaErá (E EU Apareci), itens 118</p><p>A serpente de Aarão consumiu as serpentes dos magos. Há uma diferença</p><p>entre uma serpente, um crocodilo e uma baleia. Há muitas apelações para a</p><p>mesma vontade de receber porque no caminho da correcção, atravessamos</p><p>diferentes estados que exprimimos diferentemente na nossa linguagem.</p><p>A "serpente" é a serpente primordial, a força do mal, a força da recepção que</p><p>nos falha a todos. Precisamos de compreender que todos esses fracassos</p><p>não são realmente fracassos. Em vez disso, nos são mostrados nossos</p><p>defeitos, nos é dada uma chance de pedir a luz que reforma para os corrigir.</p><p>Há opostos escondidos aqui: do alto, há sempre algo com o qual lidar, algo</p><p>que nos é adequado e pelo qual podemos pedir ajuda. Este é um estado que</p><p>podemos corrigir. É dada a uma pessoa um estado que a falhará a ele ou a</p><p>ela.</p><p>Os magos e o tornar da serpente numa vara e o inverso acontece para que</p><p>aprendamos como caminhar entre as linhas, na linha média. Devemos</p><p>aprender como virar o ego, nossa vontade de receber - que nos destrói e</p><p>agarra pelos nossos pés até que não possamos tomar outro passo em frente</p><p>- num desejo de doar. Esta é uma luta interna, trabalho interior muito duro.</p><p>Isto acontece para que gritemos por ajuda. Sem pedir ajuda, nunca</p><p>descobriremos o Criador. Enfrentamos uma barreira tentando descobrir o</p><p>Criador; é como se disséssemos, "Não precisamos de Ti. Estamos bem,"</p><p>porque estamos separados da sensação do Criador. É por isso que</p><p>precisamos desta experiência; ela é feita como ajuda contra nós.</p><p>Não fosse a serpente, Eva, o lado esquerdo inteiro, e Faraó, cujo coração se</p><p>endurece, não precisaria da luz que reforma. Como resultado, nunca</p><p>avançaríamos para o Criador. Deste modo, a ajuda de Faraó é necessária,</p><p>como se diz que Faraó trouxe os filhos de Israel mais perto de seu pai nos</p><p>céus.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYerá [E O SENHOR Apareceu]</p><p>VaYerá [O SENHOR Apareceu]</p><p>1-3) Está escrito, “Os rebentos aparecem na terra.” Quando o CRIADOR</p><p>criou o mundo, ELE colocou na terra todos os poder que ela merece, mas ela</p><p>não deu fruto até que o homem fosse criado. Quando o homem foi criado,</p><p>todas as coisas apareceram no mundo e a terra revelou os frutos e forças</p><p>que foram depositadas nela. E então foi dito, “Os rebentos aparecem na</p><p>terra.”</p><p>Similarmente, os céus não dotaram a terra com força até que o homem</p><p>viesse, como está escrito, “Nenhum arbusto do campo estava ainda na terra</p><p>… pois o SENHOR DEUS não havia enviado chuva sobre a terra.” Logo,</p><p>todas estas ramificações não foram reveladas nela e os céus pausaram e</p><p>não derramaram chuva sobre a terra uma vez que o homem estava ausente,</p><p>pois ele ainda não havia sido achado e criado. Logo, tudo foi atrasado de</p><p>aparecer devido a ele. Quando o homem apareceu, os rebentos</p><p>imediatamente apareceram na terra e as forças escondidas apareceram e</p><p>foram colocadas nela.</p><p>“O tempo de cantar [em Hebraico significa também podar] chegou,” pois a</p><p>correcção da meia noite foi corrigida, para cantar diante do CRIADOR. Isto</p><p>não existia antes da criação do homem. “E a voz da rola foi escutada na</p><p>nossa terra.” Esta é a fala do CRIADOR, que não estava presente no mundo</p><p>antes da criação do mundo. Quando o homem estava presente, tudo estava</p><p>presente.</p><p>76-78) “Quem ascenderá para a montanha do SENHOR, e quem se</p><p>encontrará no SEU sagrado lugar?” Todas as pessoas no mundo não vêem</p><p>porque elas estão no mundo. Elas não observem de modo a saber para que</p><p>propósito vivem no mundo, e os dias passam e nunca regressam. E todos</p><p>aqueles dias que as pessoas vivem neste mundo sobem e se encontram</p><p>diante do CRIADOR, pois todos eles foram criados e eles são reais.</p><p>Quando uma pessoa neste mundo não observa e não considera porque ela</p><p>está viva, mas considera cada dia como caminhar num vazio, quando a alma</p><p>abandona este mundo, ela não sabe por que caminho está ela a ser</p><p>levantada. Isto assim é porque o caminho acima para onde as iluminações</p><p>das altas almas brilham—o Jardim do Éden—não é dado a todas as almas.</p><p>Em vez disso, tal como um o atrai sobre si mesmo neste mundo, a alma</p><p>continua a caminhar depois dela o abandonar.</p><p>79) Se essa pessoa segue o CRIADOR e O deseja neste mundo, mais tarde,</p><p>quando ela falece neste mundo, ela segue o CRIADOR, também, e é dado um</p><p>caminho para subir ao lugar onde as almas brilham devido ao anseio que</p><p>seu desejo perseguiu todos os dias neste mundo.</p><p>81-82) “De acordo com a direcção do desejo de uma pessoa neste mundo,</p><p>ela atrai sobre si mesma o espírito do alto, semelhante ao desejo que se</p><p>tornou anexo a ela. Se seu desejo aponta para uma coisa sublime e sagrada,</p><p>ela prolonga sobre si mesma essa</p><p>ou seja "imóveis"; elas também se tornam plantas, ou</p><p>"vegetativas."</p><p>Plantas possuem uma estrutura de absorção, emissão, metabolismo, e</p><p>assim por diante. O próximo nível o nível "animado," demonstra uma</p><p>estrutura que se percepciona a si mesma como existindo, movendo e</p><p>crescendo.</p><p>Posteriormente se desenvolve o nível "falante," a estrutura do ser humano,</p><p>único na história da Criação. Todavia, no fim, tudo é composto, nos vários</p><p>estados de desenvolvimento, de electrões e protões.</p><p>O que é uma mulher e o que é um homem?</p><p>A vontade de receber dentro da alma é chamada "uma mulher," e a vontade</p><p>de doar dentro da alma é chamada um "homem" (Gever), da palavra</p><p>Hebraica, Hitgabrut (superar), porque ela supera a vontade de receber.</p><p>Qual é o sentido e propósito das histórias de Beresheet?</p><p>As histórias de Beresheet não devem ser tomadas literalmente, como contos</p><p>de um homem e mulher que pecaram, histórias de serpentes e maçãs, e</p><p>assim por diante. Na realidade, as histórias descrevem as qualidades da</p><p>vontade de receber e a vontade de doar.</p><p>Todas as qualidades de doação e recepção sobre que lemos nesta porção da</p><p>Torá são nossas fundações. Inicialmente, nossa alma é uma alma, um desejo</p><p>preenchido até à borda com luz. Ela estão em perfeita congruência com a</p><p>luz, a vontade de doar, e está desta forma no grau de Jardim do Éden — o</p><p>grau de Elokim (Deus).</p><p>Isto nada tem a ver com nosso mundo, nem com coisa alguma que vemos e</p><p>sentimos aqui e agora. Todas as qualidades descritas na porção são forças</p><p>da dimensão superior, da qual a alma declina em qualidade, todavia não tão</p><p>baixo como o mundo corpóreo.</p><p>Todas as quedas da alma são preparações para nossa presente situação.</p><p>Nós, juntamente com o universo, desenvolvemo-nos do estado no qual a</p><p>alma quebrou e recebeu a vontade de receber, quando o ego começou a se</p><p>desenvolver. Nos temos desenvolvido desse ponto em diante. Contudo,</p><p>parece que nos temos desenvolvido somente numa dimensão. Agora, de</p><p>nossa geração em diante estamos a começar a evoluir numa maneira mais</p><p>qualitativa, ascendendo no nosso desenvolvimento mental.</p><p>À medida que descobrimos a negatividade nas nossas vidas, estamos a</p><p>começar a sentir que a vida podia e devia ser melhor, que nosso</p><p>desenvolvimento está a conduzir-nos para um beco sem saída. Hoje quando</p><p>estudamos a Torá, não a estudamos como um documento histórico, mas em</p><p>vez disso visamos usá-la para nos ajudar a avançar para nossa designada</p><p>meta. Isto é, temos de nos elevar uma vez mais ao nível, ao estado, e às</p><p>qualidades que tivemos no Jardim do Éden. Esta é na realidade nossa meta.</p><p>Hoje, estamos a experimentar muitas crises porque estas forças se divulgam</p><p>a nós da depravação da nossa situação, e que nos devemos corrigir a nós</p><p>mesmos e nos elevar. Esta porção da Torá, Beresheet, partilha luz nas</p><p>nossas vidas, no mundo, e no processo irreversível que estamos a</p><p>atravessar.</p><p>Qual é a diferença entre o nosso tempo e o tempo de Noach?</p><p>No tempo de Noach, as pessoas não estavam conectadas como estão hoje.</p><p>É verdade que sempre fomos egoístas, procurando ter sucesso e lucrarmos</p><p>para nós mesmos. Contudo, no passado, a Natureza não nos pressionou</p><p>como agora faz, e podíamos fazer o que quiséssemos.</p><p>A sabedoria da Cabala ensina-nos que temos avançado muito bem usando</p><p>nossos egos para construir nossa sociedade. Contudo, agora alcançámos o</p><p>fim da estrada, embora maioria de nós estão por o reconhecer. Os recursos</p><p>do nosso planeta estão a diminuir, e nós estamos entrelaçados numa rede</p><p>que nos liga juntos contra nossa vontade. Reconhecemos que algo está a</p><p>impedir nosso progresso e a nos prevenir de fazer o que queremos. E</p><p>quando não podemos continuar a nossa abordagem habitual para a vida,</p><p>ficamos alarmados, e chamamos-lhe uma "crise."</p><p>Hoje sentimos estas crises nos laços familiares, na nossa cultura, ciência e a</p><p>economia. Temos o sentido de que não estamos mais em controlo do mundo</p><p>em que vivemos. Sempre corremos de acordo com os caprichos de nossos</p><p>egos, mas agora não podemos. O mundo está a cercar-nos, a nos forçar a</p><p>nos tornarmos congruentes uns com os outros. Pouco a pouco, o estado</p><p>que existia no Jardim do Éden está a manifestar-se a si mesmo — um estado</p><p>no qual estamos ligados uns aos outros em garantia mútua. No Jardim do</p><p>Éden estávamos conectados "como um homem com um coração," como</p><p>uma única família, uma única alma. Agora devemos alcançar esse estado,</p><p>mas não estamos equipados para ele; estamos quebrados.</p><p>Como pode tal história como aquela de Caim e Abel dar um exemplo?</p><p>A história de Caim e Abel não serve como exemplo de boas coisas. Desde o</p><p>momento em que forças contraditórias apareceram em Adam, ele foi</p><p>conduzido a pecar. Agora devemos regressar ao estado em que estávamos</p><p>antes do seu pecado. Os estados que estamos a experimentar hoje estão a</p><p>obrigar-nos a fazê-lo. Não seremos capazes de o escapar. A vida nos</p><p>pressionará até que procuremos uma solução, e a solução será nos</p><p>adaptarmos a nós mesmos ao estado do infinito que existia quando todos</p><p>estávamos conectados como um.</p><p>De O Zohar: O Mundo Foi Dividido em 45 Tipos de Cor e Luz</p><p>“Adam HaRishon seguiu a serpente abaixo, e desceu para conhecer tudo o</p><p>que há abaixo. Isto é, ele desceu para estender a iluminação da esquerda do</p><p>alto a tudo o que está abaixo, ao lugar da Malchut ausente, como a serpente,</p><p>dado que a extensão da iluminação do Zivug (acasalamento) de cima para</p><p>baixo é a proibição da árvore do conhecimento. Desta forma, porque ele veio</p><p>para atrair de cima para baixo, ele foi prontamente anexo às Klipot</p><p>(cascas/peles).”</p><p>Zohar para Todos, Beresheet, 2, item 287</p><p>É a serpente a causa de todos os problemas?</p><p>A serpente é certamente a causa de todos os nossos problemas. A serpente</p><p>representa todo e cada nosso pensamento e desejo de usar os outros ao</p><p>máximo. Ela está sempre em nós, quer estejamos conscientes disso ou não.</p><p>Não é nossa culpa que sejamos assim. Estamos em falta somente com uma</p><p>coisa: por sermos passivos. Sofremos não porque nascemos egoístas ou</p><p>indelicados, mas porque somos preguiçosos em nos corrigirmos a nós</p><p>mesmos. É como se fossemos crianças que receberam certas qualidades à</p><p>nascença e não podem ser culpadas por isso. Contudo, se uma criança pode</p><p>fazer alguma coisa acerca desses traços mas o evita fazer, a atitude da</p><p>sociedade para ela muda.</p><p>O que podemos fazer hoje?</p><p>Podemos começar a aprender sobre o novo mundo em que vivemos, onde</p><p>nada funciona como antes: isto inclui a economia, indústria, comércio,</p><p>família e educação.</p><p>Os jovens de hoje não sabem o que estudar — ou se devem estudar de todo.</p><p>Eles não conseguem sequer decidir se devem ter filhos!</p><p>As pessoas estão face a um meio ambiente pouco claro, onde as coisas</p><p>parecem enevoadas e imprevisíveis. Devemos examinar e aprender da</p><p>Natureza o que nos está a acontecer, mas maioria das pessoas preferem não</p><p>ouvir falar disso. Essa relutância deriva do ego — a serpente.</p><p>Enfrentamos um problema enorme. As pessoas ainda não são sérias o</p><p>suficiente para que as pessoas compreendam que grandes problemas nos</p><p>esperam se não mudarmos. Desta forma, devemos circular a informação</p><p>sobre o novo mundo e tornar as pessoas conscientes em prol de fazer as</p><p>coisas mais fáceis para elas, antes que sofram as consequências.</p><p>Além do mais, se avançarmos antes de enfrentarmos esses golpes, seremos</p><p>como crianças inteligentes que compreendem que inversamente vão sofrer.</p><p>Logo, precisamos de estudar mais e nos melhorarmos a nós mesmos, ou</p><p>seremos forçados a estudar e melhorar, independentemente de nossa</p><p>escolha.</p><p>O desafio é para todos nós, à medida que esta rede continua a se fechar</p><p>sobre nós, e quanto mais apertada se torna, mais dificuldades vamos</p><p>experimentar. Economistas serão incapazes de afectar a crise económica</p><p>mundial — somente se todos nós nos unirmos podemos nós trazer mudança</p><p>ao mundo. Se conseguirmos fazer isto, o sistema monetário, desemprego,</p><p>indústria, saúde, e o resto dos sistemas</p><p>mesma coisa de cima para baixo.</p><p>“E se seu desejo é de se apegar ao Sitra Achra, e ela aponta para ele, ela</p><p>prolonga essa coisa sobre si mesma de cima para baixo.” E eles dizem que</p><p>prolongar alguma coisa do alto depende principalmente do discurso, a acção</p><p>e o desejo de aderir. Isto atrai do alto esse mesmo lado que se havia</p><p>apegado a ela.”</p><p>84-87) Similarmente, quando um deseja aderir ao espírito sagrado no alto,</p><p>isso depende do acto, do discurso e de apontar o coração para essa coisa,</p><p>para que um seja capaz de a atrair de cima para baixo e aderir a ela.</p><p>E eles disseram que essa pessoa é puxada para fora quando ela abandona</p><p>este mundo pelo que a atrai neste mundo; e ela está anexa e atraida no</p><p>mundo da verdade para aquilo ao qual ela esteve anexa e atraida neste</p><p>mundo. Se for santidade—santidade; e se for impureza—impureza.</p><p>Se for santidade, ela é puxada para o lado da santidade. Ela apega-se a ela</p><p>no alto e ela se torna nomeada como um servo, para servir diante do</p><p>CRIADOR entre todos os anjos. Também, ela adere no alto e se encontra</p><p>entre esses sagrados, como está escrito, “E EU vos concederei acesso entre</p><p>aqueles que lá se encontram.”</p><p>Similarmente, se ela se apega à impureza neste mundo, ela é puxada para o</p><p>lado da impureza e se torna uma deles, aderindo a eles. Estes são</p><p>chamados, “prejudicadores de pessoas,” e quando um falece deste mundo,</p><p>ele é levado e submergido no inferno, nesse mesmo lugar onde os impuros</p><p>se violaram a si mesmos e seus espiritos e então os apegados a eles são</p><p>julgados. E ela se torna um prejudicador, tal como um desses</p><p>prejudicadores do mundo.</p><p>114) Quando Adam ha Rishon pecou, ele pecou com a árvore do</p><p>conhecimento do bem e do mal, como está escrito, “menos da árvore do</p><p>conhecimento.” E ele pecou nela e causou a morte ao mundo inteiro. Está</p><p>escrito, “E agora, ele pode alcançar com sua mão e retirar da árvore da vida,</p><p>também, e comer, e viver para sempre.” E quando chegou Abraão, ele</p><p>corrigiu o mundo com a outra árvore, a árvore da vida, e anunciou a fé a</p><p>todas as pessoas do mundo.</p><p>151-154) “Seu marido é conhecido nos portões.” O CRIADOR subiu na SUA</p><p>honra, dado que ELE está escondido e ocultado em grande transcendência.</p><p>Não há nenhum, nem nunca houve qualquer um no mundo que pudesse</p><p>percepcionar SUA sabedoria. Assim, nenhum consegue percepcionar SUA</p><p>sabedoria porque ele está escondido e ocultado e é transcendido acima e</p><p>além. E todos os superiores e inferiores não O conseguem alcançar até que</p><p>eles digam, "Abençoada seja a glória do SENHOR no SEU lugar.”</p><p>Os inferiores dizem que a Divindade está no alto, como está escrito, “SUA</p><p>glória está acima dos céus.” E os superiores dizem que a Divindade está</p><p>abaixo, como está escrito, “TUA glória está acima de toda a terra.” Até que</p><p>todos os superiores e inferiores digam, “Abençoada seja a glória do</p><p>SENHOR no SEU lugar” porque ELE é desconhecido e nunca houve</p><p>qualquer um que O pudesse percepcionar. E vós direis, “Seu marido é</p><p>conhecido nos portões.”</p><p>“Seu marido é conhecido nos portões” é o CRIADOR, que é conhecido e</p><p>alcançado por aquilo que cada um assume no seu coração, à extensão que</p><p>ele consegue alcançar pelo espírito da sabedoria. Logo, correspondendo a</p><p>aquilo que um assume no seu coração, ELE é conhecido no seu coração. É</p><p>por isso que está escrito, “Conhecido nos portões,” nessas medidas [a</p><p>mesma palavra para “portões” em Hebraico] que cada um assume no seu</p><p>coração. Mas deve ser adequadamente sabido que não há nenhum que O</p><p>consiga alcançar e conhecer.</p><p>“Seu marido é conhecido nos portões.” O que são portões? Está escrito,</p><p>“Levantai vossas cabeças, Ó portões.” Por estes portões, que são altos</p><p>graus, por eles é o CRIADOR conhecido. Não fossem estes portões, eles não</p><p>seriam capazes de O alcançar.</p><p>155) Não há nenhum que consiga conhecer a alma do homem, excepto por</p><p>esses órgãos do corpo e esses graus do corpo que divulgam as acções da</p><p>alma. Por esta razão, a alma e conhecida e desconhecida—conhecida</p><p>através dos órgãos do corpo, e desconhecida na sua própria essência.</p><p>Similarmente, o CRIADOR é conhecido e desconhecido, pois ELE é uma</p><p>alma para uma alma, um espírito para o espírito, escondido e oculto de</p><p>todos. Mas aquele que é recompensado com estes portões, os graus</p><p>superiores que são portas para a alma, para ele o CRIADOR é conhecido.</p><p>Logo, ELE é conhecido através dos graus superiores, que são SUAS acções,</p><p>e é desconhecido na SUA própria essência.</p><p>156-158) Há uma porta para uma porta e um grau para um grau, e deles é a</p><p>glória do CRIADOR conhecida. E a porta da tenda é a porta da Tzedek</p><p>[justiça], que é Malchut, como está escrito, “Abre para mim os portões da</p><p>justiça.” Esta é a primeira porta pela qual entrar em realização. Através desta</p><p>porta, todas as outras portas superiores são vistas, e aquele que é</p><p>recompensado com esta porta é recompensado com alcançá-la e a todas as</p><p>outras portas com ela, uma vez que todas elas estão nela.</p><p>E agora que a porta do fundo, chamada “A porta da tenda” e a “porta da</p><p>justiça”, é desconhecida porque Israel está em exílio, todas as portas partem</p><p>dela e eles não conseguem conhecer e alcançar. Mas quando Israel saem do</p><p>exílio, todos os graus superiores estarão na porta de Tzedek como devem.</p><p>E então o mundo conhecerá a sublime e preciosa sabedoria que nunca</p><p>conheceram anteriormente, como está escrito, “E o espírito do SENHOR</p><p>repousará sobre ele, o espírito de Chochmá [sabedoria] e Biná</p><p>[entendimento].” Todos eles estão destinados a estar sobre essa porta do</p><p>fundo, que é a porta da tenda, Malchut, e todas estão destinadas a estar no</p><p>Rei Messias para sentenciar o mundo, como está escrito, “Mas com justiça</p><p>julgará ele os pobres.”</p><p>169) Aquele que é recompensado com rectidão com o povo quando há Din</p><p>no mundo, o CRIADOR recorda-se dessa rectidão que ele executou porque</p><p>em qualquer tempo em que uma pessoa é recompensada, isso é registado</p><p>para ela acima. Assim, até enquanto há Din no mundo, o CRIADOR</p><p>recorda-se do bem que ele havia feito e foi recompensado com o povo, como</p><p>está escrito, “Rectidão liberta da morte.”</p><p>230) As pessoas devem considerar as acções do CRIADOR e se envolverem</p><p>na Torá dia e noite. Qualquer um que se envolva na Torá, o CRIADOR é</p><p>louvado por ele acima e louvado por ele abaixo, pois a Torá é uma árvore da</p><p>vida para todos aqueles que se envolvem nela, para lhes dar vida neste</p><p>mundo e lhes dar vida no mundo vindouro.</p><p>239) “E estas são as nações que o SENHOR deixou, para testar Israel por</p><p>elas.” Olhava EU para esse mundo eterno, e o mundo permaneceu firmou-se</p><p>somente naqueles justos que reinam o desejo dos seus corações. Diz-se,</p><p>“ELE nomeou-o em José como testemunho.” Porque foi José recompensado</p><p>com essa virtude e realeza? Pois ele havia conquistado sua inclinação. Isto</p><p>assim é porque aprendemos que todos aqueles que reinam sua inclinação, o</p><p>reino dos céus espera por eles.</p><p>296-297) “ELE vira as razões nas SUAS tácticas para que eles as possam</p><p>fazer.” O CRIADOR causa razões no mundo e trás luzes destruidoras para</p><p>fazer SUAS acções, e então as vira ao contrário e as faz de uma maneira</p><p>diferente. É da conduta do CRIADOR primeiro trazer luzes destruidoras que</p><p>destróem e então as virar ao contrário e as corrigir.</p><p>Como as vira ELE? O CRIADOR executa tácticas e causa razões para as virar</p><p>até que elas não sejam como as anteriores. “Para que eles as possam fazer”</p><p>significa de acordo com o que as pessoas possam fazer. Ele vira essas</p><p>acções de acordo com as acções que elas fazem. Logo, as acções das</p><p>pessoas induzem a viragem dessas acções em tudo aquilo que o CRIADOR</p><p>as ordena na terra, para que elas recebam todos os tipos de formas no</p><p>mundo pelo mérito das acções das pessoas.</p><p>304) O CRIADOR causou as razões e as acções no mundo para que tudo seja</p><p>feito adequadamente, e tudo sai e se prolonga abaixo no mundo a partir da</p><p>essência e a raiz acima.</p><p>430) Enquanto um se envolver na Torá, Divindade vem e junta-se. Isso tanto</p><p>o quanto mais é quando viajando no caminho—a Divindade vem e</p><p>coloca-se</p><p>a si mesma à frente, caminhando diante das pessoas que foram</p><p>recompensadas com a fé do CRIADOR.</p><p>453) O homem é criado em absoluta impiosidade e baixeza, como está</p><p>escrito, “Quando um potro de um asno selvagem nasce um homem.” E</p><p>todos os vasos no corpo de um—os sentidos e as qualidades, e</p><p>especialmente o pensamento—servem-lhe somente impiosidade e</p><p>insignificância o dia inteiro. E aquele que é recompensado com aderir a ELE,</p><p>o CRIADOR não cria outras ferramentas no seu lugar, para ser digno e</p><p>adequado à recepção da abundância espiritual eterna destinadas a ele. Em</p><p>vez disso, os mesmos baixos vasos que até então foram usados de uma</p><p>maneira imunda e desprezível são invertidos para se tornarem vasos de</p><p>recepção de toda a agradabilidade e gentileza eterna.</p><p>Além do mais, cada Kli cujas carências haviam sido as maiores agora se</p><p>tornou o mais importante. Por outras palavras, a medida que elas revelam é</p><p>a maior. Tanto quanto o mais é se ele teve um Kli no seu corpo que não teve</p><p>carências, ele agora se tornou aparentemente redundante, pois ele não o</p><p>serve de maneira alguma. Isso é como um vaso de madeira ou barro: quanto</p><p>maior sua carência, isto é sua cavidade, maior sua capacidade e maior sua</p><p>importância.</p><p>453) E isto se aplica aos mundos superiores, também, uma vez que nenhuma</p><p>revelação é dispensada sobre os mundos excepto através de discernimentos</p><p>ocultos. E pela medida da ocultação num grau, assim é a medida das</p><p>revelações nele, que é dado ao mundo. Se não há ocultação nele, ele não</p><p>consegue doar uma única coisa.</p><p>460) Quando os dias do Messias se aproximarem, até crianças no mundo</p><p>encontrarão os segredos da sabedoria, para conhecer neles os fins e os</p><p>cálculos da redenção. Nesse tempo será revelado a todos.</p><p>Zohar Hadash, VaYerá [O SENHOR Apareceu]</p><p>1-4) “E Abraão foi e será.” “Será” é 30 em Gematria. Um dia, Rabbi Shimon</p><p>saiu e viu o mundo escuro e lamacento com sua luz oculta. Ele disse para</p><p>Rabbi Elazar, “Vinde vejamos o que quer o CRIADOR.”</p><p>Eles foram e acharam um anjo que era como uma alta montanha, emitindo 30</p><p>chamas de fogo da sua boca. Rabbi Shimon disse para ele, “O que desejais</p><p>fazer?” Ele respondeu, “Eu quero destruir o mundo porque não há 30 justos</p><p>na geração, pois assim o CRIADOR decretou sobre Abraão, ‘E Abraão foi e</p><p>será,’ e ‘Será’ são 30 em Gematria.” Rabbi Shimon disse para ele, “Por favor</p><p>ide ao CRIADOR e contai-LHE, ‘Rabbi Shimon está no mundo, cujo mérito é</p><p>tão grande como o de 30 justos.’” O anjo foi ao CRIADOR e contou-LHE,</p><p>“SENHOR do mundo, é revelado diante de VÓS aquilo que Rabbi Shimon</p><p>disse para mim.” O CRIADOR respondeu para ele, “Ide, destrói o mundo e</p><p>não olhais para Rabbi Shimon.”</p><p>Quando ele veio, Rabbi Shimon viu o anjo. Ele lhe contou, “Se não ides ao</p><p>CRIADOR da minha parte, eu sentenciarei que não entrarás nos céus e</p><p>estarás no lugar de Aza e Azael, que o CRIADOR jogou dos céus para a terra.</p><p>Quando chegais diante do CRIADOR, contai-LHE, ‘E se não há trinta justos</p><p>no mundo, haverão vinte,’ pois assim está escrito, ‘EU não o destruirei pelo</p><p>bem dos vinte.’ E se não há vinte, haverão dez, pois posteriormente está</p><p>escrito, ‘EU não o destruirei pelo bem dos dez.’ E se não há dez, haverão</p><p>dois, que ou eu e meu filho, pois assim está escrito, ‘Pela boca de duas</p><p>testemunhas ... será uma matéria estabelecida,’ e não há matéria senão o</p><p>mundo, como está escrito, ‘Pela palavra do SENHOR foram os céus feitos.’ E</p><p>se não há dois há um, e eu sou ele, como está escrito, ‘E um justo é a</p><p>fundação do mundo.’” Nessa altura, uma voz veio em diante dos céus e</p><p>disse, “Feliz sois vós Rabbi Shimon que o CRIADOR sentencia acima vós</p><p>revogais abaixo. Está escrito sobre vós, “ELE fará a vontade daqueles que O</p><p>tem."</p><p>Parashat Chayiei Sarah(A Vida de Sara)</p><p>Chayei Sarah</p><p>(Génesis, 23:1-25:18)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, Chayei Sarah (A Vida de Sara), Abraão dá um louvor depois da</p><p>morte de Sara aos 127 anos de idade. Ele compra um lote para sua sepultura</p><p>a Efrom o Hitita por quatrocentos shekels de prata e enterra-a na gruta de</p><p>Machpelá, em Hebrom.</p><p>Abraão reprova o casamento de Isaac com uma mulher dos Cananitas, e</p><p>envia Eliezer, seu servo, a Aram Naharaim para encontrar uma esposa para</p><p>seu filho. Quando Eliezer se aproxima de um poço ele encontra Rebeca e lhe</p><p>pede que lhe dê água. Ela dá-lhe água e oferece água aos seus camelos,</p><p>também. Eliezer leva sua oferta como um sinal de que ela é a mulher certa</p><p>para Isaac, e então ele a leva a Canaã.</p><p>Depois da morte de Sara, Abraão casa com Ketura, que gera seis filhos, que</p><p>Abraão envia para o oriente. Abraão morre aos 175 anos de idade e lega tudo</p><p>aquilo que ele tinha a Isaac. O fim da porção elabora sobre as gerações de</p><p>Ismael, e sobre seu falecimento aos 175 anos de idade.</p><p>Comentário</p><p>Precisamos de nos recordar que a Torá descreve o que acontece no interior</p><p>à medida que revelamos nossas almas, nossa parte mais interna. A</p><p>revelação da alma é gradual e manifesta-se a si mesma nas histórias da</p><p>Torá. Abraão é a força inicial com a qual revelamos nossas almas, e abre a</p><p>interioridade para descobrir o mundo superior. Ele é a primeira força de</p><p>superação, a força de doação, juntamente com a fêmea dessa força, Sara,</p><p>que é adequada para o grau de Abraão.</p><p>Para saber com que desejos podemos trabalhar, devemos separar nossos</p><p>desejos egocêntricos, deixando aqueles com que não podemos trabalhar</p><p>para os próximos graus onde o desejo é mais forte. Para examinar o desejo</p><p>chamado "Isaac," primeiro devemos remover o desejo com o qual não</p><p>podemos trabalhar e separá-lo com outra fêmea, com Hagar, de quem vem</p><p>Ismael, a Klipá (casca/pele) da direita.</p><p>O grau Isaac dentro de nós emerge só posteriormente, e ele é uma extensão</p><p>do grau de Abraão. Está escrito sobre Isaac, "Pois em Isaac será vossa</p><p>semente chamada” (Génesis, 21:12). Isto significa que a subida de Abraão a</p><p>um grau mais alto é chamada Isaac. No grau Isaac, devemos examinar</p><p>novamente nossos desejos e separar com que desejos podemos trabalhar, e</p><p>com quais não podemos.</p><p>Não podemos examinar sozinhos, pois essa pessoa (Abraão) vem somente</p><p>de uma força, um lado, da força de Chesed (misericórdia). Abraão ainda está</p><p>sem Gevurá, e primeiro deve adquirir o grau de Isaac, a fundação de Gevurá.</p><p>Este é o ponto onde a força de Eliezer chega para nossa ajuda. Eliezer é</p><p>como a luz superior - examinando nossos desejos e trazendo-nos ao grau</p><p>onde podemos separar a próxima fase da correcção de todos nossos</p><p>desejos. Essa fase é chamada "Rebeca."</p><p>Julgando pelos sinais superficiais, tais como o incidente com os camelos,</p><p>parece que Rebeca tem a força de Biná. Sua força não são somente Kelim</p><p>(vasos) de Galgalta Eynaim, mas são também Kelim de ACHP,</p><p>vasos de recepção, para que ela possa regar os camelos. Assim, é possível</p><p>continuar a progredir com ela e continuar a correcção e abrir nossas almas.</p><p>É por isso que se diz que através da força de Eliezer, Abraão conseguiu</p><p>encontrar a força apropriada de superação para Isaac, e essa força é a força</p><p>de recepção, chamada "Rebeca." Ela é aquela de quem a próxima fase, o</p><p>próximo grau, será construído.</p><p>Depois de Abraão e Sara, a próxima fase é Isaac e Rebeca. Isaac, também,</p><p>leva Rebeca para a terra de Canaã e não a deixa em Aram Naharaim.</p><p>Depois de Isaac, Abraão faz escrutínios adicionais com Ketura e os seis</p><p>filhos que ele envia para a terra do oriente.</p><p>Cada vez que examinamos os desejos, o escrutínio toma lugar em vários</p><p>graus. Podemos usar alguns dos desejos em prol de doar e alcançar o amor</p><p>aos outros. Outros desejos são "colocados em espera" e evitamos usá-los.</p><p>Em vez disso, usamos outra parte dos desejos de tal modo que sua</p><p>correcção preceda as próprias correcções. Tais são os "filhos das</p><p>concubinas."</p><p>No fim dos dias, ou seja estes dias, podemos ver que tudo está a regressar</p><p>para essa força chamada "Abraão," que desperta novamente em nós. Nós</p><p>estamos a corrigir na humanidade os Kelim que foram quebrados dos filhos</p><p>de Israel e os</p><p>Kelim das nações do mundo. Entre estes estão as dez tribos</p><p>(que também têm sua influência) e os filhos das concubinas. Vamos também</p><p>ver que no decorrer da história, o mundo tem atravessado um processo de</p><p>correcções.</p><p>Começamos a reparar que os desejos que despertam pela correcção nas</p><p>nossas almas são senão uma semente que foi semeada em gerações</p><p>anteriores, em estados anteriores, e que agora estão a ser corrigidos.</p><p>Experimentamos eventos na vida que nos recordam de estados passados e</p><p>que nos ajudam a compreender a novidade e singularidade do presente</p><p>tempo e como nos devemos relacionar a ele.</p><p>O grau de Abraão vive no desejo conhecido como "Sara" (segundo o nome</p><p>da porção) e examina-o. Assim que o grau de Abraão é separado, o fim do</p><p>grau — a morte de Abraão, a morte de Sara, e a Gruta de Machpelá —</p><p>chegou.</p><p>Estes são os elementos mais importantes porque todas nossas correcções</p><p>estão incluídas numa correcção especial conhecida como Tzimtzum Bet</p><p>(segunda restrição). Há duas restrições sobre nossa vontade de receber, nos</p><p>prevenindo de a usar em prol de receber para nós mesmos, mas somente em</p><p>prol de doar sobre os outros.</p><p>Devemos viver de tal maneira que conduziremos vidas normais enquanto</p><p>vendo o além. Hoje, as pessoas vivem diferentemente. Há cem ou duzentos</p><p>anos atrás, as pessoas trabalhavam e ganhavam suas vidas em proporção</p><p>com seu trabalho. É por isso que poucas eram ricas.</p><p>Contudo, hoje, na era dos desenvolvimentos tecnológicos, produzimos e</p><p>ganhamos de longe mais do necessário para nosso sustento. É por isso que</p><p>tantas coisas, tais como o turismo e actividades de lazer, são desenvolvidas.</p><p>Compramos, desperdiçando o que ganhámos naquilo que não é necessário</p><p>para nosso sustento.</p><p>Há duas restrições sobre a vontade de receber, que é o porquê de</p><p>presentemente experimentarmos a quebra e ruina de nossa existência</p><p>anterior. Chamamos-lhe "crise global económica e financeira." Primeiro,</p><p>precisamos de entender que devemos deixar para nós mesmos somente</p><p>aquilo que é necessário para nosso sustento, dando o resto à tesouraria</p><p>comum, à nação, à correcção do mundo inteiro. É assim que cada pessoa</p><p>alcançará Tzimtzum Bet (segunda restrição).</p><p>Em vez de tirarmos para nós mesmos, devemos almejar dar aos outros. A</p><p>presente crise nos obrigará a compreendê-lo e assim progredirmos, e deste</p><p>modo atravessaremos a crise fácil, agradável e rapidamente.</p><p>Se não desejarmos compreendê-lo, vamos experimentar a transição para o</p><p>próximo grau como dolorosa, do mesmo modo que estamos a começar a</p><p>sentir sobre a presente crise, com todos os problemas que ela nos causa.</p><p>A Gruta de Machpelá simboliza a abordagem de conectar Malchut com Biná.</p><p>A Malchut inteira, a totalidade da vontade de receber, está incluída em Biná,</p><p>no desejo de doar, que trabalha somente desta maneira. Malchut recebe de</p><p>Biná somente aquilo que ela necessita em prol de existir e trabalhar em</p><p>semelhança a Biná, ou seja em doação. Esta é a correcção que teremos de</p><p>fazer pela humanidade — alcançar a qualidade da Gruta de Machpelá.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>O que é uma gruta e qual é o sentido da palavra, Machpelá, da palavra, Kaful</p><p>(duplicar)?</p><p>Uma gruta é um buraco na terra. A palavra, Eretz (terra), vem da palavra,</p><p>Ratzon (desejo). Inicialmente, nosso desejo é como está escrito, "A</p><p>inclinação no coração do homem é má desde sua juventude" (Génesis, 8:21)</p><p>porque "EU criei a inclinação do mal" (Talmude de Jerusalém, Masechet</p><p>Berachot, 27b), enquanto as correcções são feitas através do tempero da</p><p>Torá, através da luz que reforma. Se sentimos uma corrupção, uma má</p><p>vontade, um estado onde cada um só quer para si mesmo e não se importa</p><p>com os outros, isso é oposto à nossa meta inicial - de alcançar doação sobre</p><p>os outros. Isto verdadeiramente nos enterra, então sentimo-nos obrigados a</p><p>nos corrigirmos.</p><p>A correcção é feita através do estudo adequado da sabedoria da Cabala.</p><p>Com a orientação dos Cabalistas, atraímos a luz que reforma do estudo, que</p><p>é o porquê da sabedoria da Cabala ser chamada a "Lei da Luz," bem como a</p><p>"Interioridade da Torá," e a "Torá da Verdade."</p><p>Através do adequado estudo da sabedoria da Cabala, uma força desperta em</p><p>nós e começa a nos ajudar a separar nossos desejos, nossa interioridade.</p><p>Removemos tudo de todos os desejos, paixões, e qualidades com as quais</p><p>nascemos, em prol de construir uma alma, um Kli (vaso) para a sensação do</p><p>mundo superior.</p><p>Essa gota de sémen existe em cada um de nós, e podemos abri-la, nutri-la e</p><p>educar nossas próprias almas dela. A alma é a parte de Deus no alto dentro</p><p>de nós. Contudo, ela está enterrada debaixo de todos os desejos,</p><p>pensamentos e problemas nos quais estamos devido a nossos egos.</p><p>A "Gruta de Machpelá” significa que fazemos duas grandes correcções na</p><p>transição de receber para nós próprios até receber somente pelo benefício</p><p>dos outros. Por outras palavras, nossas vidas inteiras devem estar num</p><p>estado de "Ama teu próximo como a ti mesmo."</p><p>Este estado é chamado Machpelá (multiplicação) porque o processo de</p><p>correcção é feito em duas fases. Primeiro, corrigimos Malchut, dado que</p><p>primeiro recebemos para nós mesmos somente aquilo que precisamos em</p><p>prol de sobreviver. Subsequentemente, recebemos tudo o resto, somente em</p><p>prol de doar. Essencialmente, esta é a correcção inteira até que acabemos</p><p>de abrir nossas almas e as construir. Abraão realizou a primeira correcção,</p><p>que o trouxe ao grau de Adam HaRishon.</p><p>É por isso que ele é chamado o "Pai da Nação."</p><p>Podem pessoas que não estudam a Cabala se acomodar só com</p><p>necessidades básicas?</p><p>Não, isso as estragaria porque isso as faria pensar que são justas e não</p><p>precisariam de estudar. O problema é que pensamos que agora</p><p>compreendemos como realizar as correcções. Mas para corrigir, precisamos</p><p>da luz que reforma, que é o que separa nossos desejos e nos direcciona</p><p>para aquilo que devemos fazer.</p><p>A luz é o que nos ensina e nos conduz no nosso caminho. Se não</p><p>evocarmos a força interior chamada Torá, (as instruções para o que</p><p>fazermos connosco) não saberemos como avançar. Logo, não teremos</p><p>escolha senão estudar a sabedoria da Cabala, através da qual avançaremos</p><p>favoravelmente. Foi por isso que ela esteve escondida durante séculos e</p><p>porque ela está a ser revelada especificamente agora.</p><p>Alguma vez descobrirei estas forças, Sara, Abraão e Eliezer?</p><p>É claro que descobrirá todas estas forças dentro de si! A Nukva (fêmea)</p><p>certa, a mais corrigida, é Sara.</p><p>O que é um enterro, e se importa onde enterramos o desejo?</p><p>Nós enterramos o desejo e deixamos de o usar ao o elevarmos ao grau de</p><p>Biná. Está escrito, "Estes são os justos, que na sua morte foram chamados</p><p>'vivos'" (Talmude Babilónio, Masechet Berachot, 18a).</p><p>Isto é, quando você enterra um desejo, você enterra sua intenção de receber</p><p>e você usa o desejo em prol de doar. Você eleva-o ao grau da Gruta de</p><p>Machpelá, que é um grau muito alto.</p><p>Até quando este desejo está no solo, como numa gruta, você usa-o para</p><p>doar. Estas são correcções muito grandes porque o desejo não está morto,</p><p>mas vivo. São as intenções que morrem, mas o desejo em si mesmo nunca</p><p>morre.</p><p>Deste modo, "enterro" não se refere aos desejos em si mesmos, mas a como</p><p>os usamos.</p><p>Quando Abraão alcança um grau onde ele sabe como corrigir todos seus</p><p>desejos - sua Nukva, chamada "Sara" — ele alcança o grau de "associar</p><p>Rachamim (misericórdia) com Din (juízo).” Nesse estado ele entra na Gruta</p><p>de Machpelá. A Machpelá significa que o nível deste mundo ascende ao nível</p><p>do mundo vindouro.</p><p>Diz-se que Sara viveu 127 anos, e que Abraão viveu 175 anos; qual é o</p><p>significado da idade?</p><p>Estes números não se referem à idade mas a graus. Estes são os graus onde</p><p>podemos corrigir nossas almas deste modo.</p><p>O grau de Abraão é 175?</p><p>Sim, mas nós não sabemos como contar esses graus, tal como na história</p><p>de Matusalém ou de Adão, que viveu tantos anos.</p><p>Também não sabemos o que significa que Abraão comprou a gruta por</p><p>quatrocentos</p><p>shekels de prata. Kesef (prata/dinheiro) significa Masach (tela),</p><p>e os quatrocentos shekels são a quantia total que Abraão pagou pelo campo</p><p>que ele comprou de Efrom.</p><p>Abraão insistiu em comprar em vez de receber; qual é o sentido de comprar?</p><p>Comprou ele um desejo?</p><p>"Comprar" é expresso em pagamento. Abraão pagou com seu dinheiro e</p><p>com seu trabalho para que ele pudesse adquirir a vontade de receber de</p><p>modo a fazê-lo trabalhar em prol de doar. Trabalho é o único modo de abrir a</p><p>vontade de receber e usá-la para alcançar a revelação do superior.</p><p>No nosso universo inteiro, usamos somente um por cento da nossa vontade</p><p>de receber. É por isso que só percepcionamos este mundo. Vamos</p><p>percepcionar o mundo superior somente quando abrirmos a vontade de</p><p>receber em 2 por cento, então três e assim por diante até aos 100 por cento.</p><p>Quanto mais você abre o desejo, mais da realidade consegue percepcionar.</p><p>Há uma realidade escondida, e à medida que nossos desejos crescem de dia</p><p>para dia e de ano para ano, vamos descobrir o mundo e descobrir mais</p><p>fenómenos e mais revelações no mundo. Cada dia fazemos novas</p><p>descobertas; a ciência desenvolve-se e também nós. Contudo, estas</p><p>descobertas e desenvolvimentos são muito estreitos e bastante</p><p>insignificantes.</p><p>Nós não percepcionamos o mundo em si mesmo, mas somente aquilo que</p><p>está no nosso interesse, uma vez que esta é nossa natureza. Se desejarmos</p><p>adquirir o grande desejo, devemos pagar com grande trabalho. Esse desejo</p><p>contém imóvel, vegetativo, animal e humano, ou seja falante. Estas são as</p><p>quatro fases, e cada uma delas está num nível de cem, que somam até 400</p><p>(shekels de prata). Kesef (prata/dinheiro) significa trabalho.</p><p>Nós teremos de comprar o desejo inteiro por quatrocentos shekels de prata.</p><p>Por outras palavras, primeiro precisamos de adquirir Masachim (telas) para</p><p>trabalhar com aquilo que se manifesta somente em prol de doar. É por isso</p><p>que crescemos até certo nível, até certa saciedade no nosso</p><p>desenvolvimento, e alcançamos uma crise. Não nos desenvolveremos além</p><p>disso; vamos parar aqui até que compreendamos que podemos ora descer,</p><p>ou continuar a nos desenvolver num novo Kli em direcção ao mundo</p><p>superior, que está inteiramente direccionado para a doação sobre os outros.</p><p>Há uma diferença no nível de ego entre uma pessoa que deseja poder, e</p><p>líderes tais como o Primeiro Ministro?</p><p>Não, porque esse ego está no mesmo nível. Aqui, contudo estamos a falar de</p><p>um ego completamente diferente, um que precisa de ser um governante e</p><p>compreender o que acontece acima da sua vida, acima da vida e da morte.</p><p>Este é um ego que nós não compreendemos; ele é a linha esquerda, Klipot</p><p>(cascas/peles), que na realidade é contra a Divindade.</p><p>As duas forças começam a manifestar-se em nós. A força superior, o</p><p>Criador, aparece do lado direito, e a força oposta aparece na esquerda, com</p><p>você no meio, contendo ambas. É por isso que ela é chamada a "Gruta de</p><p>Machpelá" (multiplicação), uma vez que estamos a conectar as duas forças,</p><p>a boa bem como a má.</p><p>É a vontade de receber eterna?</p><p>Ela é eterna como o Criador; ela nunca é cancelada. Sem ela, não haveria</p><p>criatura. A palavra Hebraica, Nivrá (criatura), vem da palavra, Bar (exterior),</p><p>ou seja exterior ao grau. O desejo é aquilo que nos separa do Criador. Mas</p><p>quando o usamos com a intenção de doar, assemelhamo-nos ao Criador e</p><p>alcançamos Dvekut (adesão) com Ele, que é o propósito da Criação.</p><p>Algumas pessoas dizem ser dos filhos de Ketura e algumas dizem ser dos</p><p>filhos de Abraão; há alguma verdade nestes dizeres?</p><p>Sim, há. O mundo veio dos Babilónios, que não quiseram receber o</p><p>ensinamento de Abraão através de Nimrod porque eles atravessavam</p><p>correcções que os faziam rejeitá-lo, que é uma correcção, também. Uma</p><p>pessoa que rejeita algo tem um certo ponto de vista; ela atravessa um certo</p><p>"filtro." Deste modo, uma pessoa que avança da Babilónia através das</p><p>guerras em Canaã, Egipto, e em outros lugares, é ora dos filhos de Ketura ou</p><p>das dez tribos que se dispersaram pelo mundo e que fazem nosso trabalho</p><p>lá, embora nós não saibamos como isso é feito.</p><p>Se conduzirmos testes de ADN veremos que todos se misturaram com</p><p>todos, e cada um de nós contém um pouco de todos os outros. É por isso</p><p>que agora alcançamos o fim da mistura, quando cada um de nós tem a</p><p>habilidade de pertencer à correcção nos nossos próprios níveis, avançamos</p><p>para uma crise que nos conduz a escrutinar nossa situação espiritual. Este é</p><p>o presente grau da humanidade.</p><p>Por um lado, diz-se que tudo está a acontecer dentro de nós. Por outro lado,</p><p>estamos a viver neste mundo, e é isto que percepcionamos. Há uma formula</p><p>pela qual possamos agir nas nossas experiências do dia-a-dia?</p><p>Sim há. Algumas pessoas sentem que estão a viver num filme que está a ser</p><p>"projectado" dentro delas. Elas relacionam-se ao mundo fora delas mas</p><p>sentem-o por dentro. É como ver um filme e entrar nele, vivendo-o como o</p><p>resto dos personagens, incapazes de passar juízo sobre ele.</p><p>Nós conseguimos até dizer a nós mesmos que este é um filme que está a ser</p><p>projectado diante de nós, que nós estamos nele, e que nos conseguimos ver</p><p>a nós mesmos do alto e ver como estamos a lidar com tudo o que está a</p><p>acontecer.</p><p>Podemos também dizer que a imagem que vemos realmente se está a revelar</p><p>dentro de nós, e que precisamos de reagir a ela. É então que ascendemos do</p><p>grau do filme para o grau de compreender o filme, de compreender aquele</p><p>que projecta o filme dentro de nós, de acordo com nossas reacções para ele.</p><p>Por outras palavras, depende de como nos relacionamos ao mundo, e é</p><p>melhor nos relacionarmos a ele tão realisticamente quanto possível.</p><p>De O Zohar: Quatrocentos Shekels de Prata</p><p>“Quando Abraão entrou na gruta ... ele viu uma luz lá, a poeira era jogada</p><p>diante dele, e duas sepulturas lhe foram reveladas. Então um homem de sua</p><p>forma se levantou de sua sepultura, e viu Abraão e riu-se. Com isso, Abraão</p><p>soube que ele estava destinado a ali ser enterrado.</p><p>...Adão disse-lhe, ‘O Criador escondeu-me aqui, e eu me tenho escondido</p><p>desde então.’ Até Abraão chegar, Adão e o mundo eram incompletos. Foi por</p><p>isso que ele precisou de se esconder a si mesmo, para que as Klipot não o</p><p>pudessem agarrar. Mas quando Abraão veio ao mundo, ele corrigiu-o e ao</p><p>mundo, e ele não mais precisou de se esconder a si mesmo.”</p><p>Zohar para Todos, A Vida de Sara, itens 105-106</p><p>Termos</p><p>Anos</p><p>As palavras, Shanim (anos) ou Shaná (ano), vêm da palavra, Shonê (repetir),</p><p>quando repetimos as correcções mas num nível superior. Há uma escada de</p><p>125 degraus. Há cinco mundos, com cinco Partzufim (faces) em cada mundo,</p><p>e cinco Sefirot em cada Partzuf.</p><p>5x5x5 são os 125 degraus, ou graus onde precisamos de repetir as</p><p>correcções, cada vez num degrau mais avançado. É assim que avançamos</p><p>de fase em fase, de degrau para degrau, até ao fim de todas as correcções,</p><p>onde somos incluídos no mundo de Ein Sof (infinito), em Dvekut (adesão)</p><p>com a força superior e em completa similaridade com ela.</p><p>A Gruta de Machpelá</p><p>A "Gruta de Machpelá" é o grande Tikun (correcção) de Malchut que é</p><p>incluída em Biná. É assim que ela se consegue corrigir a si mesma em</p><p>equivalência de forma com Biná. Biná é a vontade de receber, e Biná é o</p><p>desejo de doar. Quando Malchut e Biná se igualam uma à outra, então</p><p>inserimos a força de Biná até à terra, o desejo, abaixo até ao estado</p><p>chamado uma "gruta."</p><p>Local de Enterro</p><p>Um "local de enterro" é um lugar onde enterramos nossos egos. Não</p><p>enterramos a vontade de receber, mas somente a intenção de receber, as</p><p>qualidades que trabalham a nosso favor e contra os outros. Quando</p><p>enterramos as qualidades que nos fazem sentir bem, como o desejo de</p><p>explorar, derrotar, ou ver os outros como inferiores, enterramos a vontade</p><p>de receber. Logo, não enterramos o desejo, mas somente sua forma egoísta</p><p>que se manifesta em nós.</p><p>Casamento</p><p>"Casamento" é uma fase na qual podemos repetidamente assumir várias</p><p>qualidades egoístas da</p><p>nossa vontade de receber, as corrigir, e assim as</p><p>cobrir. Este é o sentido da cerimónia matrimonial, com a Huppá (dossel</p><p>matrimonial) sendo a Masach (tela). O Zohar explica-o muito claramente no</p><p>ensaio, "A Noite da Noiva."</p><p>De O Zohar: E Isaac Trouxe-a para a Tenda</p><p>“‘E ele levou Rebeca, e ela se tornou sua esposa, ele a amou.' Mas uma vez</p><p>que todas as pessoas no mundo amam suas esposas; qual é a diferença</p><p>pela qual lá escreve especificamente de Isaac, ‘E ele a amou’?</p><p>O despertar do amor masculino para a Nukva é somente da linha esquerda,</p><p>como está escrito, 'Deixai sua mão esquerda estar debaixo de minha</p><p>cabeça.' E trevas - linha esquerda, noite - e Nukva são como uma, dado que a</p><p>esquerda sempre desperta o amor para a Nukva e a agarra."</p><p>Zohar para Todos, A Vida de Sara, itens 251-252</p><p>Intenções de doar são masculinas. Se, perto do lado masculino - o lado que</p><p>supera, há fortes intenções de doar sobre a mão esquerda — ele leva o lado</p><p>inteiro da mulher, a vontade de receber, e ele a consegue usar em prol de</p><p>doar. Isto é chamado o "princípio do Zivug (acasalamento) adequado,”</p><p>“Deixai sua mão esquerda estar debaixo de minha cabeça, e sua mão direita</p><p>me abraçará” (Cântico dos Cânticos, 8:3). O próprio Zivug é sobre o que</p><p>lemos em Simchat Torá (a Alegria da Torá).</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, Chayiei Sarah</p><p>Chayei Sarah [A Vida de Sara]</p><p>40) A forma de Adam ha Rishon e sua beleza eram como a claridade do</p><p>firmamento superior sobre todos os firmamentos, e como essa luz que o</p><p>CRIADOR havia ocultado para os justos para o mundo vindouro.</p><p>94) Felizes são os justos no mundo vindouro, pois a Torá nos seus corações</p><p>é uma grande fonte—até quando ela está bloqueada, a abundância de água</p><p>irrompe e abre nascentes para todas as direcções.</p><p>119-120) Abraão foi atraído para o CRIADOR. Todos os seus dias, este foi</p><p>seu desejo—se aproximar DELE. Abraão não se aproximou num dia e ou</p><p>noutra altura, mas suas boas acções o aproximaram todo e cada dia, de grau</p><p>em grau, até que ele ascendeu no seu grau.</p><p>Quando ele era velho, ele entrou adequadamente nos altos graus, como está</p><p>escrito, “E Abraão era velho.” Então ele era “Avançado em dias,” nesses</p><p>altos dias, esses dias que são conhecidos como fé. “E o SENHOR havia</p><p>abençoado Abraão em tudo,” ou seja Yesod dos superiores AVI, chamados</p><p>“tudo,” do qual todas as bênçãos e o bem emergem, pois sua abundância</p><p>nunca cessa.</p><p>121-122) Felizes são os penitentes, pois numa hora, num dia, num momento,</p><p>eles se aproximam do CRIADOR. Isto assim não foi até com os justos</p><p>completos, pois eles se aproximam do CRIADOR durante vários anos.</p><p>Abraão não entrou nesses altos dias até que fosse velho. E assim foi David,</p><p>como está escrito, “Agora o Rei David era velho e avançado em dias.” Mas</p><p>um penitente imediatamente entra e adere ao CRIADOR.</p><p>Onde se firmam os penitentes, nesse mundo, os justos completos não têm</p><p>permissão para se firmar, uma vez que eles são mais próximos do Rei que</p><p>qualquer um e eles atraem a abundância do alto com mais intenção no</p><p>coração e com maior força para se aproximarem do Rei.</p><p>123) O CRIADOR tem vários lugares corrigidos nesse mundo, e em todos</p><p>eles há abadias para os justos, para cada um de acordo com seu grau</p><p>adequado.</p><p>136-137) Felizes são os justos, pois muito bem os espera nesse mundo. E</p><p>não há lugar mais intrinseco para todos esses justos como aqueles que</p><p>conhecem seu MESTRE e sabem como aderir a ELE todos os dias.</p><p>E aqueles que estão afastados de percepcionar uma palavra de sabedoria e</p><p>esperam por isso, por compreender o cerne da questão e conhecer seu</p><p>MESTRE, esses são aqueles em quem o CRIADOR é louvado todos os dias.</p><p>Eles são aqueles que vêm entre os sagrados superiores, e são eles que</p><p>entram em todos os portões superiores, e não há nenhum que proteste</p><p>contra eles. Felizes são eles neste mundo e no próximo.</p><p>171) Qualquer um que conheça seu verdadeiro nome sabe que ELE é um e</p><p>SEU nome um. ELE é o CRIADOR, e “SEU nome um” refere-se à Divindade,</p><p>como está escrito, “Nesse dia será o SENHOR UM, e SEU nome um,” ou seja</p><p>o nome, Divindade, e ELE, ZA, são um.</p><p>188) Quando os sábios da verdade clarificam os segredos dos escritos, os</p><p>próprios graus de que os escritos falam vêm até esses sábios nessa altura e</p><p>se apresentam a si mesmos de modo a serem revelados. Não tivesse sido</p><p>sua assistência, eles não teriam o poder para revelar qualquer segredo.</p><p>212) Quando o CRIADOR ressuscita os mortos, todas essas almas que</p><p>despertarão diante DELE se firmarão diante DELE, formas sobre formas, na</p><p>precisa mesma forma que elas tinham neste mundo. E o CRIADOR as</p><p>chamará pelos nomes, como está escrito, “ELE as chama a todas pelo</p><p>nome,” e cada alma virá para o seu lugar no corpo e eles serão</p><p>ressuscitados no mundo como deve ser. Então será o mundo completo.</p><p>219) “Abre meus olhos, para que eu possa ver maravilhas da TUA lei.” Quão</p><p>tolas são as pessoas, pois elas não sabem e não consideram se envolver na</p><p>Torá. Mas a Torá é o todo da vida, e toda a liberdade e toda a bondade neste</p><p>mundo e no mundo vindouro. Vida neste mundo é ser recompensado com</p><p>todos os seus dias neste mundo, como está escrito, “O número de vossos</p><p>dias preencherei EU.” E ele será recompensado com longos dias no mundo</p><p>vindouro, pois essa é a vida perfeita, uma vida de alegria, vida sem tristeza,</p><p>vida que é vida—liberdade neste mundo e libertação de todas as</p><p>coisas—pois qualquer um que se envolva na Torá, todas as nações do</p><p>mundo não conseguem governar sobre ele.</p><p>270) E quando o CRIADOR visita SUA nação para os libertar do exílio, a</p><p>assembleia de Israel, Divindade, regressará do exílio primeiro, e irá para o</p><p>Templo, uma vez que primeiro, o Templo será construído para a reunião das</p><p>nações, onde está a presença da Divindade. É por isso que a Divindade sai</p><p>do exílio primeiro. E o CRIADOR lhe dirá, “Levantai-vos da poeira.” E a</p><p>Divindade responderá, “Para onde irei eu? Minha casa está arruinada, meu</p><p>palácio consumido pelo fogo.” E o CRIADOR construirá o Templo desde o</p><p>início. ELE erguerá o palácio e construirá a cidade de Jerusalém, e então</p><p>ELE levantará a Divindade da poeira.</p><p>Parashat Toldot</p><p>Toldot(Estas São as Gerações)</p><p>(Génesis, 25:19-28:9)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, Toldot (Estas São as Gerações), começa com o casamento de</p><p>Isaac e Rebeca. Passados vinte anos de infertilidade, Rebeca concebe e o</p><p>Criador diz-lhe que ela terá dois filhos. O primeiro é Esau, e o segundo, que</p><p>segura o calcanhar de seu irmão, é Jacó. Esau torna-se um caçador e Jacó</p><p>estuda Torá.</p><p>A primeira confrontação entre os gémeos surge pela venda do direito de</p><p>primogenitura. Esau regressa de mãos vazias de uma caça, e Jacó</p><p>oferece-lhe um guisado de lentilhas em troca da primogenitura. Esau</p><p>concorda. Passado algum tempo, Esau descobre que Jacó o enganou. Mais</p><p>tarde na porção, Isaac cava dois poços, ambos os quais são levados pelos</p><p>Filisteus. Um terceiro poço permanece nas mãos de Jacó, e ele chama-lhe</p><p>"Rehovot." Finalmente, Abimeleque e Isaac fazem uma aliança entre eles.</p><p>A segunda confrontação entre os gémeos acontece quando seu pai os</p><p>deseja abençoar. Isaac quer abençoar Esau, seu primogénito e Rebeca pede</p><p>a Jacó que se vista como Esau de modo a receber a bênção do primogénito.</p><p>Quando Esau descobre que Jacó recebeu sua bênção, ele quer matá-lo,</p><p>então Rebeca envia Jacó para Haran, para seu irmão, Labão.</p><p>Comentário</p><p>O drama diante de nós é, de facto, o processo do desenvolvimento espiritual</p><p>do homem. A história lida com as forças mais fundamentais do homem,</p><p>embora ela tenha sido transformada num romance.</p><p>O Criador criou a vontade de receber. Esse desejo é a totalidade da</p><p>substância da Criação. É possível usar a vontade de receber ao nosso</p><p>próprio favor ou em favor dos outros. De facto, toda a Criação é propensa a</p><p>usar o desejo a favor dos outros, como está escrito no Talmude de</p><p>Jerusalém, “Ama teu próximo como a ti mesmo; esta é uma grande regra na</p><p>Torá” (Masechet Nedarim, Capítulo</p><p>9, 30b). Esta é a lei do todo da realidade,</p><p>do todo da Natureza.</p><p>Por um lado, devemos usar a vontade de receber e a satisfazer como</p><p>pudermos. Por outro lado, a acção de satisfazer, na qual atraímos tudo para</p><p>nós mesmos, deve ser pelo benefício dos outros. Isto parece contraditório,</p><p>mas é vital para usar o ego, a vontade de receber, somente numa direcção</p><p>que é boa para todos. Não conseguimos compreender essa contradição, que</p><p>é o porquê de não conseguirmos compreender a Torá, tornando seu</p><p>significado oculto de nós.</p><p>A porção aparentemente explica esta contradição ao dizer que embora</p><p>Abraão amasse Ismael, ele o mandou embora. Isaac, que amava Esau - a</p><p>vontade de receber, toda a substância da Criação - agiu similarmente,</p><p>embora Esau seja nossa inteira natureza, a qual necessitamos e usamos em</p><p>todas as coisas que fazemos na vida.</p><p>Devemos aprender a usar Esau com a meta de doar, um estado onde nossos</p><p>egos se voltam da inclinação do mal para a boa inclinação. "Ama teu</p><p>próximo como a ti mesmo" significa que inicialmente actua somente de</p><p>acordo com o "como a ti mesmo," ou seja como você se ama a si mesmo.</p><p>Subsequentemente, você vira a intenção para o amor aos outros.</p><p>Esta inversão não acontece através de acções porque uma acção no nosso</p><p>desejo é receber. Em vez disso, ela é feita ao receber em prol de doar aos</p><p>outros. Então, tudo aquilo que existe no no mundo, todas as luzes e tesouro</p><p>atravessam todo e cada um de nós e fluem para o resto do mundo. Desta</p><p>maneira, todos são nutridos..</p><p>Hoje, enquanto descobrimos quão interconectados todos estamos, temos</p><p>uma oportunidade de compreender que somente através de boas conexões</p><p>entre nós receberemos nós todas as satisfações que tanto desejamos. Isso</p><p>acontecerá somente quando satisfizermos os outros; é então que</p><p>desfrutamos.</p><p>Este é o sentido do direito de primogenitura. O primogénito é aquele por</p><p>cima, na Rosh (cabeça). A cabeça deve ter a intenção de doar, de beneficiar</p><p>os outros, de amar, que é chamada "Jacó," que está a estudar Torá, que é</p><p>doação.</p><p>A porção discute nossa necessidade dos Kelim (vasos) de Esau, tal como</p><p>em Purim falamos das luzes de Hamã que recebemos vestidas por</p><p>Marduqueu, que é o fim da correcção. É como os bolsos de Hamã, onde os</p><p>bolsos são seus Kelim. Esau, o caçador trás todo o desejo egoísta debaixo</p><p>do reino da doação, a Torá de Jaco. Esta é a maneira certa de usarmos</p><p>nossos egos, nossa vontade de receber.</p><p>Isto torna a combinação de Esau e Jacó adequada. Isaac, o mais velho, o</p><p>grau maior, na realidade adora o próximo grau, que é inteiramente como</p><p>Esau, uma vontade de receber que está a vir à superfície. Em cada novo</p><p>grau, sua forte vontade de receber aparece primeiro, e subsequentemente a</p><p>correcção toma lugar. Por outras palavras, quando "Esau" nasce em você,</p><p>você gradualmente corrige-o através de Jacó até que o possa usar.</p><p>Um exemplo da combinação certa são os "três poços." Dois poços, direita e</p><p>esquerda, não são uma boa combinação. O terceiro poço é verdadeiramente</p><p>Rehovot (amplo/largo), "Pois agora o SENHOR fez espaço para nós"</p><p>(Génesis, 26:22), que nos permite atrair grande benefício dele.</p><p>Jacó recebe toda a luz que vem do grau superior, dos patriarcas, uma vez</p><p>que Esau não consegue receber a bênção. De facto, Esau abdica dela caso</p><p>contrário ele morreria à fome. Somente através de Jacó - que opera</p><p>correctamente os Kelim de Esau, nossos desejos - podem todos ser</p><p>saciados porque Jacó direcciona todos seus desejos pelo benefício dos</p><p>outros.</p><p>Depois do roubo da primogenitura, uma guerra irrompe entre Jacó e Esau</p><p>porque eles são completamente diferentes. Finalmente, eles encontram o</p><p>terceiro poço, a terceira linha, fundada por ambos.</p><p>Temos os mesmos problemas no nosso mundo. Por um lago, o sistema</p><p>emergente global, integral nos obriga a estarmos atados uns aos outros.</p><p>Contudo, não sabemos como conectar as duas extremidades. Cada um de</p><p>nós quer tudo para seu eu, mas a natureza integral emergente não o permite;</p><p>ela "argumenta" que todos estamos conectados.</p><p>Logo, todos somos como Esau, enfrentando a natureza emergente que é</p><p>como Jacó. Agora devemos complementar as duas, precisamos de construir</p><p>o poço bem através do superior, Isaac, em prol de resolver a crise.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Sara foi estéril durante muitos anos, e também foi Rebeca. Subitamente, elas</p><p>ficaram grávidas. Qual é o sentido da esterilidade e gravidez, e a transição</p><p>entre elas?</p><p>No mundo espiritual, o nascimento implica o advento de um novo grau. Por</p><p>outras palavras, pegamos na parte de nossos desejos que conseguimos</p><p>direccionar para doar sobre os outros e os corrigir no amor aos outros. Os</p><p>"descendentes" desta operação são chamados um "filho."</p><p>É por isso que passamos tantos anos a procurar como separar nossos</p><p>desejos egoístas, como retirar deles somente aqueles com os quais</p><p>podemos construir nosso próximo grau. Logo, a esterilidade de Rebeca</p><p>durante vinte anos representa dez Sefirot de Ohr Yashar (Luz Directa) e dez</p><p>Sefirot de Ohr Chozer (Luz Reflectida), até que todas elas abrangem uma</p><p>estrutura completa que se torna um nascimento.</p><p>No nascimento de um novo grau, sempre geramos tanto Esau como Jacó.</p><p>Jacó não pode nascer sem Esau porque não pode haver uma intenção de</p><p>doar sem algo sobre o qual o estabelecer. Em semelhança, Esau não pode</p><p>nascer sem Jacó porque não há nada que possamos fazer somente com</p><p>nossos egos. Logo, ambos têm de nascer juntos.</p><p>É por isso que "pecado rasteja à porta" (Génesis, 4:7): primeiro, a vontade</p><p>de receber egocêntrica que primeiro deve crescer nasce, e</p><p>subsequentemente o desejo de doar surge. Ambos desejos, ou ambos os</p><p>filhos, crescem. Um torna-se um caçador, estando com animais, com nada</p><p>senão vitalidade egoísta. O caçador trabalha com o ego, a vontade de</p><p>receber, e aumenta-a. O outro desejo tem a meta de doar e trás-nos a</p><p>contemplar como usarmos nossa natureza para ascender a concretizações</p><p>maiores além desta vida, para um grau mais alto.</p><p>Quando os desejos crescem e alcançam o grau superior, uma luta se revela</p><p>entre eles, dentro de nós, entre a direita e esquerda. Ela é tratada pelo meio</p><p>do terceiro poço. Esau deve vender sua primogenitura a Jacó ou ele morrerá</p><p>à fome e nunca será capaz de receber a luz superior. Em semelhança, Jacó</p><p>não consegue passar sem Esau pois sem ele, ele não tem Kelim com os</p><p>quais receber a luz superior. Logo, eles precisam um do outro.</p><p>Assim que Esau nasce - nosso ego, como está escrito, "EU criei a inclinação</p><p>do mal" - o segundo nasce, Jacó, e corrige-a, como está escrito, "EU Criei</p><p>para ela a Torá como tempero." Tanto Jacó como Esau eventualmente</p><p>alcançam a correcção completa. Eles usam todos os Kelim de Esau e todas</p><p>as intenções de Jacó, em semelhança a Hamã e Marduqueu. Deste modo,</p><p>todos alcançam completude na terceira linha, o terceiro poço.</p><p>O que é a "primogenitura" e como pode ela ser transferida ou vendida?</p><p>"Primogenitura" significa ser o líder. Quem conduz, a intenção ou o desejo?</p><p>De acordo com a Torá, o primogénito herda tudo aquilo que o pai tem. Não</p><p>há sentido ser o primogénito senão nisso. Pode muito bem acontecer que o</p><p>segundo ou terceiro filho tenha mais sucesso porque eles aprenderam das</p><p>experiências do ancião.</p><p>Claramente, a inclinação do mal vem primeiro, ou seja o desejo que o</p><p>Criador criou, como está escrito, "EU criei a inclinação do mal.” Inicialmente,</p><p>todos somos maus; todos nós emergimos da quebra dos vasos; todos</p><p>somos egoístas. Só posteriormente nos corrigimos a nós mesmos de acordo</p><p>com nosso livre arbítrio.</p><p>O primogénito é sempre Esau. Contudo, vemos que não conseguimos ter</p><p>sucesso com nosso Esau. Podemos ver através da crise de hoje que</p><p>estamos numa situação impossível; não há para onde ir. Não levará muito</p><p>tempo até que não tenhamos mais nada no mundo, nem sequer comida.</p><p>Estamos em "modo de busca," no campo de Esau, mas não conseguimos</p><p>achar qualquer preenchimento nisso.</p><p>A sabedoria da Cabala ensina-nos como compreender</p><p>coisas antes que elas</p><p>aconteçam. Não tendo escolha, devemos voltar-nos para Jacó e pedir-lhe</p><p>que assuma controlo, nos acompanhe, e faça gestão de nós, uma vez que</p><p>Jacó conhece os caminhos do Criador. Ele estuda Torá e ele está na luz.</p><p>Jacó revelou o Criador e sabe como alcançar o amor aos outros. Num</p><p>mundo global e integral temos de estabelecer conexões tais, também, mas</p><p>não sabemos como fazer isto correctamente em prol de nos sustentarmos a</p><p>nós mesmos. É por isso que, eventualmente, o Jacó em nós dá um passo em</p><p>frente e nos gere, ou seja ele torna-se o ancião.</p><p>Então porque Esau se sentiu enganado e procurou vingança?</p><p>Esau é a inclinação do mal. Até que ela seja corrigida, ela sempre aparece</p><p>assim, mais e mais cruel. Estas são as "dores do Messias," onde nossos</p><p>egos, nossos desejos de receber, aparecem de modo a que os possamos</p><p>corrigir gradualmente.</p><p>De O Zohar: E os Meninos Cresceram – pois ELE tinha um Sabor pelo Jogo</p><p>“Isto assim foi até enquanto nos intestinos de Rebeca; cada um foi para seu</p><p>lado, uma vez que quando ela se envolvia em boas acções ou quando ela</p><p>passava o lugar onde é bom realizar os Mitsvot da Torá, Jacó jubilaria e se</p><p>agitava para sair. E quando ela passou perto de um lugar de idolatria, esse</p><p>ímpio se agitaria para sair. Por esta razão quando eles foram criados e</p><p>saíram para o mundo, cada um deles foi separado e foi e foi atraído ao seu</p><p>lugar adequado.”</p><p>Zohar para Todos, Toldot (Estas São as Gerações), item 74</p><p>O homem nasce querendo nada senão devorar todas as coisas à vista. Até</p><p>quando somos pequenos, cada um de nós quer todas as coisas. Quanto</p><p>mais crescemos e expandimos nossos campos de visão, mais nós queremos</p><p>dominar e governar sobre todas as coisas. É natural e bom porque nosso</p><p>ego tem de crescer.</p><p>Na nossa evolução enquanto seres humanos, nós crescemos durante</p><p>milénios usando nosso desejo de Esau. Este desejo cresceu e atraiu-nos</p><p>para a frente, mas agora o mundo nos obriga a continuar a avançar, mas</p><p>com nosso desejo de Jacó, não o de Esau.</p><p>Nós somos a vontade de receber e sempre perseguimos prazeres, mas não</p><p>somos ainda felizes. Pior ainda, afundamo-nos na depressão e ansiedade.</p><p>Durante milhares de anos pensámos que obtínhamos o melhor, que</p><p>construíamos o "Sonho Americano." Agora descobrimos que não somos</p><p>felizes porque Esau já não nos conduz. Por todo o mundo estamos a</p><p>descobrir que o Esau em nós não consegue mais caçar coisa alguma. Isso</p><p>não aconteceu no primeiro dia quando ele saiu para o campo porque o</p><p>mundo se havia desenvolvido e se tornou um caçador bem sucedido</p><p>enquanto Jacó estudava Torá.</p><p>Mas desde o dia em que os Cabalistas chegaram, as questões mudaram.</p><p>Eles estavam sentados sossegadamente se envolvendo em nada senão</p><p>conexão com a fonte superior da luz que reforma, que nos corrige, enquanto</p><p>o resto do mundo continuava a se desenvolver com a tecnologia, que só</p><p>causou que as pessoas quisessem tudo numa corrida interminável de</p><p>adquirir.</p><p>Hoje Esau regressa do campo, cansado e esfomeado, e pede para ser</p><p>alimentado. Não levará muito tempo até que os decisores compreendam a</p><p>gravidade de nossa situação e procurem conselho. Eles o procurarão até na</p><p>sabedoria da Cabala, e é então que trabalharemos juntos.</p><p>Esta não é uma questão simples pois falamos sobre astúcia. Até Jacó é</p><p>considerado uma fraude porque ele enganou Esau duas vezes.</p><p>Não é verdadeiro engano pois Esau tinha fome. Hoje, não temos escolha;</p><p>completámos a fase de Esau e devemos começar o período em que Jacó</p><p>está na frente. Esau não desapareceu; ele só trabalha com o método de</p><p>Jacó, e é especificamente com esse método que ele encontra</p><p>preenchimento.</p><p>Se você tiver fome e se quiser preencher a si mesmo, o modo é se conectar</p><p>à natureza que agora emerge. Todos estamos conectados; não temos</p><p>escolha. O mundo e a Natureza estão a mostrar-se a si mesmos como</p><p>reciprocamente conectados. Devemos trabalhar em concordância e parar</p><p>nosso egocentrismo e preconceitos. Precisamos verdadeiramente de nos</p><p>construirmos a nós mesmos diferentemente através da educação, e</p><p>devemos explicar a toda a pessoa no mundo quanto somos</p><p>interdependentes, e que somente através de nossas conexões seremos</p><p>capazes de nos sustentar a nós mesmos.</p><p>Porque roubou Jacó a primogenitura?</p><p>Jacó fez isto porque Esau não conseguia compreender; ele é a inclinação do</p><p>mal. Esau não é meramente a vontade de receber em prol de atrair, de se</p><p>satisfazer a si mesma. Esau vê que ele não tem escolha, que ele não tem</p><p>mais que comer, então ele é obrigado a pedir o guisado de lentilhas. Seu</p><p>consentimento de comer o guisado exprime a transformação de seu</p><p>preenchimento.</p><p>Qual é o sentido do guisado de lentilhas?</p><p>Ele significa receber prazer em dar, em satisfazer os outros, e então todas as</p><p>luzes passarão através de nós. Viveremos de tal maneira que recebemos</p><p>para nós mesmos somente o que precisamos para a vida comum e</p><p>concentraremos nossas mentes e corações em conectar-nos aos outros e</p><p>satisfazer todos.</p><p>Cada um de nós se ata a si mesmo a outro, e esta é a garantia mútua. Ela é</p><p>uma grande mudança psicológica. Se nos conectarmos deste modo uns aos</p><p>outros, cada um de nós será preenchido tanto no corpo como mente. Mas</p><p>para isso, devemos alterar nossas estruturas internas.</p><p>É como se nos tivéssemos de nos enganar a nós mesmos. Devemos</p><p>escolher por que caminho queremos avançar. Podemos tomar o caminho do</p><p>sofrimento; isto nos deixará esfomeados e de mãos vazias mental e</p><p>fisicamente, e eventualmente nos forçará a mudar. A Natureza, também, nos</p><p>forçará porque tudo foi disposto desta maneira para nós, deliberadamente,</p><p>para que compreendêssemos.</p><p>Alternativamente, podemos escolher o outro caminho - mudar</p><p>voluntariamente. No minuto em que colocamos Jacó a conduzir e Esau atrás,</p><p>tudo harmoniosa e perfeitamente cairá no lugar em todos os níveis: na</p><p>economia, água, ecologia, e assim por diante.</p><p>No fim, Esau ainda quer matar Jacó. Ele não se acalma, mas só se</p><p>intensifica.</p><p>Tem de ser deste modo. O ego deve crescer constantemente dentro de nós.</p><p>No próximo grau subiremos para um nível ainda maior de egoísmo e</p><p>descobriremos que devemos travar guerras adicionais.</p><p>Por outras palavras, estamos a aprender um método aqui.</p><p>Estas duas forças, direita e esquerda, encontram-se em graus mais altos</p><p>cada vez. Toda a vez, elas alcançam um acordo temporário até ao fim da</p><p>correcção, quando todos usarmos o ego singular e enorme que o Criador</p><p>criou. Então, o tornaremos em doação.</p><p>Nada mudou durante a história; as mesmas duas forças continuam a lutar</p><p>uma com a outra.</p><p>É claro as coisas não mudam em qualquer um de nós, ou em todos nós</p><p>juntos. Contudo, devemos desfrutar desta revelação. Devemos querer que</p><p>esta situação apareça ainda mais. É verdadeiramente um grande deleite</p><p>quando sabemos o que está a acontecer e assim estamos num estado de</p><p>conexão, procurando e implementando estas duas forças. Logo, um constrói</p><p>a linha média cada vez e aprende a usar a sua natureza correctamente, na</p><p>direcção da conexão com o mundo, com os outros. Nesta solução,</p><p>encontramos a conexão com a força superior.</p><p>De O Zohar: As Bênçãos</p><p>“Bênçãos significam dar força para o fim da correcção, como está escrito, 'E</p><p>ide para o campo de jogo e caçai para mim,' com uma Hey (na palavra</p><p>"caçai" em Hebraico). Isto implica a correcção da Malchut de Tzimtzum Alef,</p><p>seja no caminho de Esau ou no caminho de Jacó, para perpetuar esse</p><p>caminho para sempre.</p><p>É sabido que por causa da quebra dos vasos, 320 centelhas cairam da</p><p>santidade para as Klipot (cascas), e que posteriormente o Emanador corrigiu</p><p>algumas delas. E por causa do pecado da Árvore do Conhecimento, elas</p><p>cairam para as Klipot uma vez mais, e nosso inteiro trabalho em Torá e</p><p>Mitsvot é levar essas 320 centelhas das Klipot e as trazer de volta para a</p><p>santidade. Elas são o MAN que nós elevamos.”</p><p>Zohar para Todos, Toldot (Estas São as Gerações), item 147</p><p>Nós elevamos MAN através das 288 centelhas. Não podemos corrigir</p><p>o</p><p>coração de pedra (32 desejos), e ele é corrigido somente no fim da</p><p>correcção.</p><p>O que significa elevar MAN?</p><p>Elevar MAN significa aumentar a conexão entre nós. Somente através de um</p><p>pedido chamado "oração por muitos" - vem a força conhecida como "A Luz</p><p>que Reforma" do alto e nos conecta. Nesta conexão entre nós, no novo e</p><p>corrigido Kli (vaso), descobrimos o mundo superior, nossa vida eterna e</p><p>espiritual aqui e agora.</p><p>Parece da história que Rebeca favorece Jacó, e Isaac favorece Esau. Porque</p><p>assim é isto? Em muitas famílias nós descobrimos que os pais favorecem o</p><p>filho, e as mães favorecem a filha; qual é a raiz espiritual deste fenómeno?</p><p>A raiz dele é que primeiro revelamos a inclinação do mal, o ego, que é</p><p>chamado "o filho," "o primogénito." Em cada novo grau, a inclinação do mal</p><p>cresce primeiro, e o pai está feliz com isso porque ele quer que seu filho</p><p>inicialmente cresça sem as correcções, para ser forte, para querer "devorar"</p><p>o mundo. Esta é a fundação, a vontade de receber que está pronta para a</p><p>correcção, embora esta vontade não esteja ainda pronta para ser usada.</p><p>Doravante, a correcção virá de Rebeca, a mãe.</p><p>Isso é como nós aprendemos dos Partzufim (plural de Partzuf) superiores,</p><p>Aba ve Ima (Pai e Mãe) superiores de quem as forças de correcção emergem.</p><p>Ima vem do lado de Chesed (misericórdia); assim, seu filho favorecido é</p><p>Jacó, a qualidade de Jacó. Ela mantém-o do modo que Biná dá à luz a ZON.</p><p>Reciprocamente, dentro do pai esta a força de Chochmá, que actua contra os</p><p>vasos de recepção. Isto vem do lado de Isaac, o pai. A mãe, o poder de</p><p>Chasadim (misericórdias), a força de Biná, corrige estes Kelim.</p><p>Também precisamos de manter em mente que Isaac é o lado esquerdo de</p><p>Abraão, que emergiu como a linha esquerda, em relação a Abraão. Isto</p><p>significa que sua própria essência é trazer ao mundo a força chamada</p><p>"Isaac," a força de nossos egos, para a descobrir, então ele é certamente</p><p>mais próximo de Esau.</p><p>Termos</p><p>Esterilidade</p><p>“Esterilidade” é a incapacidade de dar à luz o próximo grau. É possível dar à</p><p>luz somente com a combinação certa de ego e a intenção de doar sobre os</p><p>outros.</p><p>Gravidez</p><p>“Gravidez” é um estado onde estamos prontos para dar à luz o próximo</p><p>grau. Isso inclui nove meses de concepção, bem como outras coisas. Estas</p><p>abrangem nove Sefirot de Ohr Yashar (Luz Directa) e Malchut, onde na</p><p>décima nós damos à luz.</p><p>Nascimento</p><p>“Nascimento” é admissão para um novo grau, nova doação. Ele é a</p><p>habilidade de se conectar com todos num novo nível. Em concordância,</p><p>recebemos a revelação da Divindade no próximo nível.</p><p>O Direito da Bênção</p><p>“Ter um direito" significa ser purificado. Quando mais pudermos trabalhar</p><p>com nossos egos em prol de doar, mais purificados podemos ser. Nossos</p><p>egos podem ser mais densos, mas nós os superamos e nos tornarmos mais</p><p>puros. Logo, um se desenvolve em oposição ao outro.</p><p>Vender a Primogenitura</p><p>Saber que nossos egos são desadequados para serem usados poupa-nos</p><p>grandes dores. Isso também nos trás à voluntariedade de sacrificar nossos</p><p>egos em prol de trabalhar sob a intenção de doar.</p><p>Por outras palavras, a inclinação do mal também se torna a boa inclinação. A</p><p>diferença entre elas está somente na questão, "Para quem trabalho eu, a</p><p>favor de quem? É a meu próprio favor, ou é a favor dos outros?" Este é um</p><p>problema psicológico. Se estivermos a trabalhar a favor dos outros,</p><p>podemos ter sucesso somente através da influência do meio ambiente,</p><p>através de educação especial. Então, subitamente descobrimos que tudo se</p><p>abriu diante de nós; os canais da abundância se abriram e o mundo se</p><p>preenche de abundância.</p><p>Guisado de Lentilhas</p><p>O "preenchimento pela luz superior" significa ser preenchido com a intenção</p><p>de doar. Esau, que não consegue alcançar isso, está disposto a se dobrar, a</p><p>ser pequeno em prol de receber preenchimento de Jacó. Ele não tem escolha</p><p>porque tem fome. Por outras palavras, os vasos de recepção estão todos</p><p>vazios; não há modo de receber sustento deles.</p><p>Rehovot (amplo/largo)</p><p>“Pois agora fez o SENHOR espaço para nós” (Génesis, 26:22). Nós</p><p>recebemos luz de Chochmá vestida na luz de Chasadim sem quaisquer</p><p>limitações. Isto é chamado "luz de Chasadim na iluminação de Chochmá." É</p><p>assim que a recebemos até ao fim da correcção. Posteriormente, a luz de</p><p>Chochmá é recebida na totalidade porque nós despertamos o coração de</p><p>pedra.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, Toldot [Gerações]</p><p>Toldot [Gerações]</p><p>1-2) Quando o CRIADOR desejou criar o mundo, ELE olhou na Torá e</p><p>criou-o. E todo e cada acto pelo qual o CRIADOR criou o mundo, ELE olharia</p><p>na Torá e o criaria, como está escrito, “Então estava eu por trás DELE, como</p><p>um cadete, e era eu diariamente SEU deleite.” Não o leia Amon [aprendiz],</p><p>mas como Oman [mestre artesão], pois essa era sua ferramenta de</p><p>artesanato.</p><p>Quando ELE desejou criar o homem, a Torá disse para ELE, “Se o homem</p><p>for criado e mais tarde pecar, e VOS o sentenciares, porque devem TUAS</p><p>acções ser em vão? Afinal, ele nunca será capaz de tolerar TEUS juízos.” O</p><p>CRIADOR contou-lhe, “Mas EU criei o arrependimento antes de ter criado o</p><p>mundo. Se ele pecar, ele será capaz de se arrepender e EU o perdoarei.”</p><p>O CRIADOR disse para o mundo quando ELE o criou e criou o homem,</p><p>“Mundo, vós e vossa natureza persistem somente pela Torá. Foi por isso que</p><p>eu criei o homem dentro de vós, para se envolver na Torá. Se ele não se</p><p>envolver na Torá, eu vos retomarei ao caos.” Assim, tudo é pelo homem, e a</p><p>Torá se firma e evoca diante das pessoas a se envolverem e esforçarem na</p><p>Torá, mas nenhuma dá ouvidos.</p><p>3-4) Qualquer um que se envolva na Torá sustenta o mundo e toda e cada</p><p>operação no mundo na sua maneira adequada. Também, não há um órgão</p><p>no corpo do homem que não tenha uma criação correspondente no mundo.</p><p>Isto assim é porque como o corpo do homem se divide em órgãos e todos</p><p>eles se firmam grau após grau, estabelecidos uns em cima dos outros e são</p><p>todos um corpo, similarmente, o mundo, ou seja todas as criações no</p><p>mundo são muitos órgãos se encontrando um em cima do outro, e eles são</p><p>todos um corpo. E quando todos eles forem corrigidos eles na realidade</p><p>serão um corpo. E todas as coisas, homem e o mundo serão como a Torá</p><p>pois a Torá inteira são órgãos e junções se encontrando uns em cima dos</p><p>outros. E quando o mundo for corrigido eles se tornarão um corpo.</p><p>A Torá contem todos os escondidos, sublimes e inatingíveis segredos. A</p><p>Torá contém, todas as sublimes, reveladas e não reveladas matérias, isto, é,</p><p>que pela sua profundidade, elas aparecem ao olho daquele que as observa e</p><p>pouco depois desaparecem. Então elas brevemente reaparecem e</p><p>desaparecem, e assim por diante e consecutivamente diante daqueles as</p><p>examinam. A Torá contém todas as coisas que estão acima no Mundo</p><p>Superior e que estão em baixo. E tudo neste mundo e tudo no mundo</p><p>vindouro está na Torá.</p><p>14) Abençoai o SENHOR todos os servos do SENHOR. Quem são aqueles</p><p>que são dignos de abençoar o CRIADOR? Todos os servos do CRIADOR.</p><p>Embora todas as pessoas no mundo sejam de Israel, todas elas são dignas</p><p>de abençoar o CRIADOR.</p><p>Mas bênçãos pelas quais superiores e inferiores são abençoados, quem são</p><p>aqueles que O abençoam? São os servos do CRIADOR. E quem são aqueles</p><p>cuja bênção é uma bênção? São aqueles que se encontram na casa de DEUS</p><p>à noite, que se levantam à meia noite e despertam para ler na Torá. Eles são</p><p>aqueles que se encontram na casa de DEUS à noite. E eles precisam de</p><p>ambos: de serem servos do CRIADOR, bem como se levantarem à meia</p><p>noite, pois então o CRIADOR vem para se entreter com os justos no Jardim</p><p>do Éden.</p><p>21) Durante vinte anos, Isaac esperou sua esposa e ela não pariu, até que ele</p><p>orou sua oração. Isto assim foi porque o CRIADOR deseja a oração dos</p><p>justos, quando eles pedem diante DELE suas necessidades. E qual é a</p><p>razão? É para que uma unção de santidade cresça e prolifére através da</p><p>oração dos justos por qualquer um em necessidade,</p><p>pois os justos abrem a</p><p>mangueira superior com sua oração, e até aqueles que são indignos de</p><p>serem concedidos são concedidos.</p><p>40) Nesse dia quando o SENHOR jubila com SUAS acções, os justos estão</p><p>destinados a alcançar CRIADOR nos seus corações. Então, sabedoria</p><p>aumentará nos seus corações como se a vissem com seus olhos.</p><p>44-45) A refeição dos justos no futuro consistirá de touro selvagem e baleia.</p><p>Nossos sábios para a maioria do mundo que eles estão convidados para</p><p>essa refeição. Eles estão destinados a comer e jubilar num grande festim</p><p>que o CRIADOR fará para eles. Assim, a maioria do mundo sofre do exílio</p><p>por esse festim.</p><p>57) A inclinação do mal é necessária no mundo como a chuva é necessária</p><p>no mundo. Sem a inclinação do mal não haveria alegria de estudar no</p><p>mundo.</p><p>86-87) O CRIADOR não julga uma pessoa de acordo com suas más acções,</p><p>que ela sempre faz. Tivesse ELE assim feito, o mundo não seria capaz de</p><p>existir. Em vez disso, o CRIADOR é paciente com os justos e com os ímpios.</p><p>ELE é ainda mais paciente com os impios que com os justos, para que eles</p><p>regressem em completo arrependimento e existam neste mundo e no mundo</p><p>vindouro. Isto assim é porque quando um ímpio regressa do seu caminho,</p><p>ele vive neste mundo e no mundo vindouro, e é por isso que ELE é sempre</p><p>paciente com eles. Ou, porque uma boa haste emergirá no mundo deles,</p><p>como Abraão emergiu de Térach, que inferiu uma boa haste e raiz no mundo.</p><p>Porém, o CRIADOR é sempre meticuloso com os justos em todas as coisas</p><p>que eles fazem porque ELE sabe que eles não se desviarão para a direita ou</p><p>para a esquerda, e deste modo ELE tenta-os. Mas o CRIADOR não os tenta</p><p>por SI, uma vez que ELE conhece sua inclinação e o poder de sua fé, e não</p><p>os precisa de tentar. Em vez disso, ELE os tenta de modo a levantar suas</p><p>cabeças através das provações.</p><p>124) Contudo, um não deve confiar e dizer, “O CRIADOR me salvará” ou “O</p><p>CRIADOR fará isto e aquilo a mim.” Em vez disso, um deve colocar a sua</p><p>confiança para que o CRIADOR o ajude, como deve ser quando ele se</p><p>esforça nos Mitsvot da Torá e tenta caminhar no caminho da verdade. E</p><p>quando o homem vem para se purificar, ele é certamente assistido. Nisso,</p><p>ele deve confiar no CRIADOR—que ELE o ajudará. Ele deve colocar sua</p><p>confiança NELE e confiar em nenhum outro senão ELE. Um deve estabelecer</p><p>o seu coração adequadamente, para que nenhum pensamento estranho</p><p>entre nele. Em vez disso, seu coração será como um trilho que é feito para</p><p>passar através dele para todo o lugar que é necessário, para a direita e para</p><p>a esquerda. Isto significa que quer o CRIADOR lhe faça bem ou o o contrário,</p><p>seu coração estará pronto e corrigido para nunca questionar o CRIADOR</p><p>sob nenhumas circunstâncias.</p><p>147) É sabido que por causa da quebra dos vasos, 320 centelhas cairam da</p><p>santidade para as Klipot [cascas], e que posteriormente o EMANADOR</p><p>corrigiu algumas delas. E devido ao pecado da árvore do conhecimento, elas</p><p>cairam para as Klipot uma vez mais, e nosso inteiro trabalho na Torá e</p><p>Mitsvot é retirar essas 320 centelhas fora das Klipot e as trazermos de volta</p><p>à santidade. Elas são as MAN que elevamos, que atraém todos os Mochin</p><p>durante os 6000 anos da existência do mundo. E quando todas as 320</p><p>centelhas são seleccionadas através dos Mochin que se prolongam delas, o</p><p>fim da correcção virá.</p><p>170-171) “Quando os caminhos de um homem agradam ao SENHOR, ELE faz</p><p>até seus inimigos estarem em paz com ele.” Há dois anjos para uma pessoa,</p><p>emissários do alto para se unirem com ela, um para a direita e um para a</p><p>esquerda. E eles testemunham para uma pessoa, e eles estão presentes em</p><p>todas as coisas que ela faz. Seus nomes são “a boa inclinação” e a “má</p><p>inclinação.”</p><p>Quando um homem vem para ser purificado e se esforçar nos Mitsvot da</p><p>Torá, essa boa inclinação que ficou conectada a ele já prevaleceu sobre a má</p><p>inclinação e se reconciliou com ela, e a má inclinação se tornou uma serva</p><p>da boa inclinação. E quando uma pessoa vem para ser violada, essa</p><p>inclinação do mal se intensifica e supera a inclinação do mal.</p><p>Quando essa pessoa vem para ser purificada, ela precisa de superar várias</p><p>intensificações. E quando a boa inclinação prevalece, seus inimigos,</p><p>também fazem paz com ele, uma vez que a inclinação do mal, que é sua</p><p>inimiga, se rende diante da boa inclinação. Quando uma pessoa avança</p><p>pelos Mitsvot da Torá, seus inimigos fazem a paz com ela, ou seja que a</p><p>inclinação do mal e todos aqueles que vêm do seu lado fazem a paz com ele.</p><p>189) Todas as coisas que o CRIADOR faz na terra é com sabedoria e tudo é</p><p>em prol de ensinar às pessoas a sabedoria superior, para que elas aprendam</p><p>os segredos da sabedoria dessas acções. E tudo é como deve ser, e todas</p><p>as SUAS acções são os caminhos da Torá, uma vez que os caminhos da</p><p>Torá são os caminhos do CRIADOR, e não há coisa pequena que não tenha</p><p>vários caminhos e rotas e segredos da sabedoria superior.</p><p>190) Há vários segredos da Torá em toda e cada acção que está escrita na</p><p>Torá, e há sabedoria e verdadeira lei em toda e cada palavra. Assim, as</p><p>palavras da Torá são palavras sagradas, para mostrar maravilhas delas,</p><p>como está escrito, “Abre meus olhos para que eu possa vislumbrar</p><p>maravilhosas coisas da TUA lei.”</p><p>Parashat VaYetzé</p><p>VaYetzé(E Jacó Saiu)</p><p>(Génesis, 28:10-32:3)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, VaYetzé (E Jacó Saiu), começa com Jacó deixando Berseba e</p><p>dirigir-se para Haran. Ele pára para passar a noite e sonha de uma escada</p><p>"montada na terra, com seu topo alcançando os céus; e eis os anjos de</p><p>DEUS subindo e descendo nela" (Génesis, 28:12). O Criador aparece diante</p><p>dele e promete-lhe que a terra sobre a qual ele está deitado será sua, e ele</p><p>terá muitos filhos, e que ELE zelará por ele. Na manhã seguinte, Jacó monta</p><p>um monumento naquele lugar e chama-lhe "Beit El" (Casa de Deus).</p><p>Jacó chega a um poço perto de Haran, onde ele encontra Raquel e seu pai,</p><p>Labão o Arameu . Ele oferece-se trabalhar para Labão durante sete anos em</p><p>retorno de sua permissão para casar com Raquel. No fim dos sete anos</p><p>Labão engana Jacó e dá-lhe sua irmã, Lea, no seu lugar. Ele obriga Jacó a</p><p>trabalhar para ele durante mais sete anos, após os quais ele lhe dá Raquel.</p><p>Jacó casa com ela.</p><p>Lea tem quatro filhos de Jacó, enquanto Raquel é estéril. Raquel dá a Jacó</p><p>suas filhas, que dão à luz a quatro mais filhos dele. Lea dá à luz a mais dois</p><p>filhos, até que finalmente Raquel concebe e dá à luz a José.</p><p>Jacó pede a Labão que lhe pague pelo seu trabalho e Labão dá-lhe algum do</p><p>rebanho, embora eles tivessem um acordo diferente. Jacó mostra ao</p><p>rebanho os cochos e eles concebem e dão à luz. Alguns dos cordeiros</p><p>nascem listrados, alguns são salpicados e alguns são manchados.</p><p>Jacó sente que Labão não o trata como antes. Ao mesmo tempo, um anjo</p><p>aparece diante de Jacó e pede-lhe que regresse à terra de Israel. Ele parte</p><p>sem notificar Labão e Raquel rouba os ídolos. Labão persegue-o em busca</p><p>dos ídolos e apanha-os no Monte Gileade, onde ele o repreende por fugir e</p><p>roubar os ídolos.</p><p>Finalmente, os homens fazem uma aliança na montanha. Jacó prepara-se</p><p>para entrar na terra de Israel, vê que anjos o acompanham, e chama a ao</p><p>lugar, Mahanaim (dois acampamentos).</p><p>Comentário</p><p>A Cabala interpreta sempre as histórias como fases no crescimento interno</p><p>de uma pessoa, de acordo com o propósito de um homem neste mundo: de</p><p>descobrir o Criador e alcançar Seu grau, ou seja alcançar Dvekut (adesão).</p><p>Até então, todas as porções se relacionam ao ponto inicial do homem,</p><p>Abraão, que é escrutinado através do estudo, o grupo, conexão com o</p><p>professor e livros de Cabala. Subsequentemente, descobrimos a próxima</p><p>fase, Isaac, seguido de Ismael, e então Esau.</p><p>A porção, VaYetzé (E Jacó Saiu), fala de Jacó, que é a linha média. Abraão é</p><p>a linha direita, e Isaac é a linha esquerda. Jacó é especial no sentido que a</p><p>linha média contém todas as qualidades - as boas bem como as más. Na</p><p>linha média, a inclinação do mal</p><p>e a boa inclinação se fundem em prol de</p><p>alcançar o grau do Criador, nossa meta.</p><p>O trabalho na linha média é feito inteiramente em fé acima da razão, em</p><p>doação, acima do ego, esta é a qualidade de Jacó em nós, e é assim que ela</p><p>se desenvolve. Jacó deixa Berseba, ou seja um certo lugar, um estado</p><p>interior, e dirige-se para Haran, outra fase no caminho. No caminho para lá,</p><p>ele tem de alternar de estado para estado durante o dia e a noite. Por outras</p><p>palavras, Jacó experimenta ascensões e descidas espirituais.</p><p>Cada ascensão significa que subimos acima de nossos corações de pedra,</p><p>acima da pedra que Jacó havia colocado debaixo de sua cabeça, e</p><p>realizamos uma operação especial conhecida como "sono," que significa</p><p>elevar MAN. Subsequentemente, num sonho - ao nos conectarmos ao nosso</p><p>grau superior - nós descobrimos a "escada de Jacó," que é a escada de</p><p>graus. A escada consiste de 125 graus que nós subimos até à casa de Deus.</p><p>Enquanto ainda não conseguimos ver a escada inteira, vemos que ela</p><p>alcança os céus. Esta é a descoberta do princípio do caminho, obtido na</p><p>linha média. É por isso que o Criador aparece diante de Jacó e lhe diz que</p><p>Ele lhe dá uma Eretz (terra), ou seja Ratzon (desejo), com o qual ele agora</p><p>começará a trabalhar.</p><p>Por outras palavras, o desejo inteiro será santificado, trabalhará em prol de</p><p>doar, se aproximar do Criador, e Jacó está garantido de o alcançar. Foi por</p><p>isso que Jacó montou um monumento desse lugar no pé da escada e</p><p>determina que esta é a casa de Deus (Beit El). Doravante, ele ascende</p><p>directamente para o propósito da Criação.</p><p>Como sempre, quando começamos a trabalhar com o desejo, começamos a</p><p>mudar. Por um lado, mais inclinação do mal aparece. Por outro lado, nós</p><p>corrigimos-a através da boa inclinação.</p><p>Um desejo vazio é chamado um "fosso." Quando ele está cheio, ele é</p><p>chamado um "poço." Nós vemos nas histórias na Torá que estados</p><p>especiais de ascensão de um estado para outro tomam lugar perto de poços.</p><p>Isto acontece com Abraão, Isaac, Eliezer, Moisés e Zípora.</p><p>De O Zohar: E ELE Olhou, e Eis um Poço no Campo</p><p>“Quando Jacó se sentou perto do poço e viu que as águas subiam para ele,</p><p>ele sabia que sua esposa sairia de lá. Isto é o mesmo com Moisés: quando</p><p>ele se sentou perto do poço e viu que as águas subiam para ele, ele sabia</p><p>que sua esposa sairia de lá. E assim foi: A esposa de Jacó havia vindo de lá,</p><p>como está escrito, 'Enquanto ele falava com eles, Raquel chegou com as</p><p>ovelhas de seu pai. ... E veio a passar-se, quando Jacó viu...’</p><p>“E assim foi com Moisés, como está escrito, 'E os pastores chegaram e os</p><p>conduziram para longe,' e sua esposa, Zípora, lá chegou, uma vez que o</p><p>poço lhes havia causado isso. O poço é a Nukva superior. E como eles se</p><p>encontraram com a Nukva superior, eles se encontraram com a Nukva neste</p><p>mundo.”</p><p>Zohar para Todos, VaYetzé (E Jacó saiu), item 95</p><p>O Zohar coloca uma ênfase especial sobre os paralelos entre Jacó e Moisés</p><p>pois aqui, um prolongamento da linha média foi construído. Nos poços</p><p>anteriores que nossos pais cavaram, eles ainda estavam nas linhas direita e</p><p>esquerda. Aqui, contudo, eles estão na linha média.</p><p>De acordo com a sabedoria da Cabala, a chegada de Jacó a Labão (Lavan em</p><p>Hebraico significa branco) indica a brancura superior, uma luz muito</p><p>poderosa, a luz de Ein Sof (infinito). Embora esteja escrito que Labão era</p><p>ímpio, isto assim foi porque ele apareceu oposto à inteira vontade de receber</p><p>antes dele ser corrigido. É por isso que ele é chamado corrigido "ímpio."</p><p>Obviamente, Labão está muito interessado em Jacó. Ele concorda, e fica</p><p>muito agradado porque é na realidade o governo do Criador a aparecer do</p><p>alto, tanto da inclinação boa e inclinação do mal. Esta governança actua em</p><p>todos.</p><p>Labão, a luz superior, o governo oposto ao desejo inteiro que o Criador</p><p>criou, deseja que o inteiro desejo seja corrigido em nós, não meramente</p><p>como uma pequena parte conhecida como Raquel, a pequena Nukva (fêmea),</p><p>mas também Lea, a grande Nukva. É por isso que Labão imediatamente vai</p><p>pelo desejo inteiro, oposto a sua brancura superior. Este é o desejo pelo</p><p>qual ele procura correcção.</p><p>É por isso que ele engana; esse é o governo do Criador. É assim que Ele nos</p><p>engana em toda e cada altura, nos manipulando e compreendemos que é</p><p>precisamente assim que somos endireitados: através de enganos</p><p>ostensivos. O "engano" é porque nós mesmos somos retorcidos.</p><p>O resultado é que somos obrigados a pegar no que quer que esteja</p><p>disponível, ou seja que até se esta não for a amada Nukva, ainda assim</p><p>devemos pegar nela e elevar-nos a ela, apesar da dificuldade e</p><p>desfasamento de nossos graus.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>A Nukva é uma deficiência, um grande desejo?</p><p>Sim, Nukva é uma deficiência. Está escrito* que a esposa de um homem é</p><p>como seu próprio corpo. O corpo é chamado uma Nukva, o desejo (na alma)</p><p>com o qual trabalhamos.</p><p>Na história sobre os listrados, salpicados e manchados, parece que Jacó</p><p>sabia como definir o processo genético. O trabalho aqui está nas três linhas</p><p>— listrados, salpicados e manchados - que são os três mundos.</p><p>“Listrados” refere-se ao mundo de Adam Kadmon, o mundo mais alto, onde</p><p>Labão é mais dominante. Então vêm os "Salpicados" (mundo de Nekudim),</p><p>onde a quebra tomou lugar. É daqui que os pontos negros sobre o fundo</p><p>branco vêm. É especificamente através destes que recebemos a revelação. O</p><p>mundo dos "Manchados" é aquele de Atzilut, oposto à alma de Adam.</p><p>Através dele, nos corrigimos a nós mesmos e descobrimos a Divindade</p><p>inteira.</p><p>Jacó, a linha média, definiu seu trabalho de tal maneira que a inclinação do</p><p>mal e a inclinação do bem se conjuntam, ou seja que a intenção de doar se</p><p>funde com o desejo egoísta de receber. Jacó consegue trabalhar sobre a</p><p>pedra, sobre o coração de pedra; ele consegue conectar dentro dele todos</p><p>os três mundos - listrados, salpicados e manchados. Através deste trabalho</p><p>na linha média, verdadeiramente ascendemos a Beit El, a casa de Deus.</p><p>Está claro que desta maneira, Raquel não consegue dar filhos devido à falta</p><p>de Chasadim, a falta da vestimenta para a luz de Chochmá. A luz de</p><p>Chochmá não consegue alcançar a pequena Nukva, somente a grande, Lea.</p><p>Todavia, podemos ainda avançar. Dando à luz mais e mais Kelim (vasos) no</p><p>presente grau, podemos corrigir nossa vontade de receber para os próximos</p><p>graus, chamados nossos "filhos."</p><p>Logo, Jacó tem quatro filhos de Lea, então mais filhos das filhas de Raquel,</p><p>e finalmente Raquel dá-lhe José.</p><p>Quando Jacó pede o pagamento que ele merece, ele quer receber a luz</p><p>superior em prol de doar nos seus Kelim, mas Labão insiste que tudo lhe</p><p>pertence. Certamente, a inteira vontade de receber que foi criada, foi criada</p><p>oposta à luz superior, que é Labão. Jacó ainda não está pronto para isso</p><p>porque ele ainda é chamado "pequeno Jacó"; logo, ele deve lutar e ascender</p><p>muitos graus antes de se tornar grande e merecer o nome, "Israel."</p><p>Deste modo, é inevitável que Jacó e Labão partam. Jacó e Labão se</p><p>separem. Jacó aparentemente escapa de Labão e Raquel rouba os ídolos</p><p>pois eles são seus poderes, seus Kelim, que têm de ser corrigidos.</p><p>Qual é o sentido do roubo de Raquel?</p><p>Na espiritualidade, "roubar" significa receber aquilo que não nos pertence</p><p>(em relação ao nosso presente estado), mas aquilo pelo qual pagaremos</p><p>mais tarde. Não podemos receber aquilo que não merecemos. Não há viés na</p><p>espiritualidade; tudo trabalha de acordo com a regra, "Eles levaram</p><p>emprestado de MIM e EU colecto" (Talmude Babilónio, Masechet Beitzá,</p><p>15b). Por outras palavras, podemos receber agora e pagar mais tarde porque</p><p>não o conseguimos fazer com nossa presente força. É assim que</p><p>crescemos.</p><p>As crianças merecem receber tudo da família, embora elas não tragam</p><p>qualquer vencimento. No próximo grau, quando as crianças se tornarem</p><p>pais, elas vão reembolsar.</p><p>Jacó foge e Labão apanha-o perto do Monte Gileade, onde eventualmente</p><p>fazem uma aliança. No caminho, Jacó</p><p>serão reorganizados e melhorados.</p><p>Sem essa mentalidade, nenhum sistema avançará favoravelmente.</p><p>Termos</p><p>Beresheet</p><p>Beresheet (no princípio) significa que o Criador criou seis qualidades e o</p><p>homem. Dentro do homem estão todas as qualidades pelas quais se tornar</p><p>semelhante ao Criador. Na realidade, esta é a obra da Criação — construir a</p><p>substância, a vontade de receber. Estas qualidades permeiam a vontade de</p><p>receber para que a estrutura bem como a alma alcancem o estado do</p><p>Criador.</p><p>O Shabat (Sabat)</p><p>Esta é a correcção final do Homem, quando ele retorna ao Jardim do Éden. É</p><p>um estado no qual nos reunimos numa única alma.</p><p>O Jardim do Éden</p><p>No Jardim do Éden, estamos todos em doação mútua, em completa garantia</p><p>mútua.</p><p>A Mulher</p><p>A "mulher" é a vontade de receber dentro de nós, que devemos conectar</p><p>com o homem dentro de nós para que a vontade de receber tenha a intenção</p><p>de doar. Estamos imersos na nossa vontade de receber, um desejo que é</p><p>inicialmente egoísta e que se destina a se assemelhar ao Criador, a doar</p><p>sobre Ele.</p><p>A Serpente</p><p>A "serpente" é a inclinação do mal, o anjo da morte. A serpente se tornará</p><p>um anjo sagrado quando toda a vontade de receber for corrigida.*</p><p>A Árvore do Conhecimento</p><p>A “Árvore do Conhecimento” é a maior luz. Ela foi inicialmente recebida em</p><p>prol de receber, assim causando a quebra da alma. No futuro, vamos receber</p><p>essa luz, mas com a intenção de doar.</p><p>Sumário</p><p>Estamos verdadeiramente em Beresheet, no princípio. A humanidade está</p><p>finalmente a começar a compreender onde estamos, como estudos de</p><p>sociólogos e outros cientistas sociais indicam. Esperemos que em breve</p><p>percebamos que simplesmente nos devemos unir, que esta é a única</p><p>maneira de construir um novo mundo corrigido. Ao assim fazermos,</p><p>ganharemos benefícios físicos bem como espirituais.</p><p>É por isso que o ano começa com Beresheet, "no princípio," pois ele contém</p><p>tanto o fim como o princípio. Dentro desta porção, codificada na palavra</p><p>Beresheet, está o inteiro processo que devemos, e vamos, experimentar.</p><p>* “A serpente é a inclinação do mal; ela é o anjo da morte” (Beresheet, 440).</p><p>“O Criador provê Suas correcções a todos até que até o anjo da morte</p><p>retorne a ser muito bom” (Zohar para Todos, Mishpatim (Ordenanças), 165).</p><p>Haja Luz - Beresheet, Beresheet Alef [Génesis, Primeiro]</p><p>Beresheet Alef [Génesis 1]</p><p>1) “Antes que as emanações fossem emanadas e as criaturas fossem</p><p>criadas, a simples luz superior havia preenchido a realidade inteira. E não</p><p>havia vacuidade” para a existência dos emanados e dos criados. “E não</p><p>havia tal parte como Rosh ou Sof, mas tudo era luz simples, igual em uma</p><p>semelhança, e ela é chamada “a luz de Ein Sof.” E quando sobre SUA</p><p>simples vontade veio o desejo de criar os mundos e emanar as emanações,”</p><p>a dura centelha saiu, a força de Din que foi divulgada em Malchut, emergindo</p><p>de Ein Sof, e cravou uma cavidade na luz superior. Logo, a luz foi restringida</p><p>e partiu de dentro do Kli de Malchut e ao seu redor. A partida da luz é</p><p>chamada “cravando a luz superior,” pois um espaço desprovido de luz ali foi</p><p>feito. E nesse espaço vazio, todos os mundos e tudo aquilo que está neles</p><p>subsequentemente emergiu.</p><p>3) E deste modo, assim que as pessoas neste mundo elevam MAN através de</p><p>Mitsvot e boas acções, elas prolongam uma nova iluminação do alto, que</p><p>baixa a Malchut e o lugar do Zivug de volta ao seu lugar, abaixo de Tiféret, e</p><p>um grau completo sai, NRNCHY, recebidas nas Sefirot Biná e Tiféret que</p><p>estavam anteriormente incluídas em Malchut, e as quais são adequadas para</p><p>a recepção da luz superior. Então as almas dos justos, também, recebem os</p><p>Mochin superiores de ZON de Atzilut porque eles estão incluídos na Malchut</p><p>superior.</p><p>Logo, todos os Mochin são somente porque a Malchut que subiu a Biná, lá</p><p>faz um novo Sium, chamado um “firmamento.” Não fosse o firmamento, ZON</p><p>não seria capaz de receber qualquer da luz superior. É por isso que o texto</p><p>chama a esses Mochin “A claridade do firmamento,” ou seja a luz que</p><p>aparece no fim da associação de Rachamim com Din. Está escrito, “E os</p><p>educados,” ou seja ZON e as almas dos justos, “Brilharão como a claridade</p><p>do firmamento,” recebem Mochin que iluminam como a claridade do</p><p>firmamento, uma vez que todos os seus Mochin vêm da claridade do</p><p>firmamento.</p><p>82) Um homem é macho e fêmea, e somente eles são chamados “homem.”</p><p>Malchut em e por si mesma, quando ela não está num Zivug com ZA, não é</p><p>chamada “homem,” uma vez que ela está sem um macho. Somente quando</p><p>ela acasala com ZA são ambos chamados “homem,” como está escrito,</p><p>“ELE os criou macho e fêmea, e os abençoou, e chamou ao seu nome Adam</p><p>[homem], no dia em que foram criados.” Logo, ambos juntos são chamados</p><p>“homem,” mas cada um por si mesmo é como meio corpo, e ele não é</p><p>chamado “homem.”</p><p>110) Felizes são aqueles que observam seus desejos, matérias de sublimes</p><p>segredos, para percorrer o caminho da verdade, para serem recompensados</p><p>neste mundo e para iluminar para eles no mundo vindouro. Está escrito</p><p>sobre eles, “E os iluminados brilharão como a claridade do firmamento, e</p><p>aqueles que justificam os muitos, como as estrelas para todo o sempre” e</p><p>felizes neste mundo e no mundo vindouro.</p><p>121) O homem é chamado “um pequeno mundo” porque todos os detalhes</p><p>do mundo estão incluídos nele.</p><p>159) No versículo, “E DEUS disse, ‘Façamos o homem,’” há um segredo</p><p>revelado somente a aqueles que O temem. Esse ancião dos anciões</p><p>começou e disse, “Shimon, Shimon, quem foi que disse, ‘Façamos o</p><p>homem,’ e de quem está escrito, ‘E DEUS disse’? Quem é esse nome ‘DEUS’</p><p>aqui?” Como Rabbi Shimon escutou que ele o chamava Shimon e não Rabbi</p><p>Shimon, ele disse aos seus amigos, “Este deve ser o CRIADOR, de quem</p><p>está escrito, ‘E o antigo dos dias [Atik Yomin] está sentado.’ Deste modo,</p><p>agora é o tempo de divulgar esse segredo, pois há um segredo aqui que não</p><p>foi permitido ser divulgado, e agora isso signfica que permissão para</p><p>divulgar foi dada.”</p><p>É sabido que os segredos que foram revelados aos sábios de O Zohar foram</p><p>pelo alcançar das luzes dos graus superiores pelo instar. Há Panim e</p><p>Achoraim [anterior e posterior respectivamente] neles, ou seja ocultação e</p><p>divulgação. De acordo com a extensão das Panim do grau, assim é a</p><p>extensão de suas Achoraim. O instar das Achoraim é um chamamento e um</p><p>convite para instar as Panim. É por isso que pela medida de ocultação das</p><p>Achoraim que eles alcançaram, eles sabiam a medida de divulgação que</p><p>estavam prestes a alcançar.</p><p>Como Rabbi Shimon escutou, ele o chamava de Shimon e não Rabbi</p><p>Shimon. Isto significa que o instar das Achoraim, que é um chamamento, foi</p><p>tão forte que ele perdeu todos os seus graus e se tornou uma pessoa</p><p>simples, Shimon do mercado. Com isso, ele reconheceu que foi um</p><p>chamamento e um convite para uma realização muito elevada de Panim.</p><p>Foi por isso que ele prontamente disse aos seus amigos, “Este deve ser o</p><p>CRIADOR, de quem está escrito, ‘E o antigo dos dias [Atik Yomin] está</p><p>sentado,’” de cujo grau não há mais alto. E ele disse, “E agora isso signfica</p><p>que permissão para divulgar foi dada,” significando que agora foi visto que</p><p>ele obteve permissão para divulgar esse alto segredo.</p><p>169) O versículo, “Façamos o homem” certamente se relaciona a dois, pois</p><p>cada inferior disse ao superior acima dele, “Façamos o homem.” O inferior</p><p>não faz coisa alguma sem receber permissão e dizer que esse Partzuf se</p><p>encontra acima dele. Em semelhança, seu superior não faz coisa alguma até</p><p>que ele receba um conselho do seu amigo acima dele, de modo que todo e</p><p>cada Partzuf dos Partzufim de Atzilut disse, “Façamos o homem” ao seu</p><p>superior, e o superior ao superior do superior, pois toda a novidade e</p><p>emanação vem de Ein Sof e cascateia pelos graus até que ela chegue ao seu</p><p>lugar. O cascatear é considerado aqui que cada inferior diz, “Façamos o</p><p>homem” ao seu superior quando ele recebe dele a alma do homem, para a</p><p>passar aos inferiores abaixo dele.</p><p>175) As palavras, “EU,</p><p>segue a linha media, que</p><p>aparentemente é inconveniente para Labão porque ele quer divulgação em</p><p>todos seus Kelim. Contudo, está claro que a divulgação deve ser limitada,</p><p>em pequenas porções. Foi por isso que houve um conflito entre Jacó e</p><p>Labão, e porque eles fizeram a aliança. O homem e a força superior formam</p><p>um sistema especial no qual gradualmente avançamos até que alcançamos</p><p>congruência com a força superior.</p><p>Quem são os anjos que aparecem na porção quando eles sobem e descem a</p><p>escada, e quando eles acompanham Jacó?</p><p>"Anjos" são forças em nós no caminho para a revelação do Criador nos</p><p>Kelim corrigidos, de acordo com a Lei de Equivalência de forma.</p><p>Constantemente adquirimos novas forças sobre a vontade de receber,</p><p>correspondendo ao ego, até que sejamos corrigidos para nos direccionar</p><p>para doar, avançando do ódio ao amor.</p><p>O caminho para alcançar o Criador é através de "Ama teu próximo como a ti</p><p>mesmo." Esta é a grande regra; nossa inteira correcção - o amor aos outros.</p><p>Quando avançamos neste caminho e constantemente ascendemos, temos</p><p>forças de assistência. Na Véspera de Shabat dizemos (como está escrito no</p><p>texto do serviço de Shabat), "Vinde em paz, anjos da paz, anjos do superior.)</p><p>Isto simboliza o fim da correcção.</p><p>É uma força de dentro ou são estas forças que o Criador ópera?</p><p>Estas são forças que o criador ópera, que é o porquê de serem chamadas</p><p>"anjos." Anjos são como o imóvel, vegetativo e animal deste mundo que nos</p><p>ajudam a nos sustentarmos. Um anjo pode ser um cavalo ou um burro,</p><p>forças que nos acompanham e ajudam a levar a cabo nossas tarefas, mas</p><p>que são geridas pelo grau humano em nós.</p><p>Quando uma pessoa descobre um anjo, essa é uma descoberta da força que</p><p>opera sobre a pessoa?</p><p>Ela é uma descoberta de forças pelas quais continuamos a subir de grau em</p><p>grau.</p><p>O Criador parece aparecer sempre nos sonhos. O que é um sonho?</p><p>Um "sonho" é um grau superior ao qual presentemente não conseguimos</p><p>subir. Contudo, podemos corrigi-lo ao anularmos nossos Kelim: nossas</p><p>mentes, nossos cérebros e nossas emoções. É como se entrássemos num</p><p>estado de Katnut (pequenez/infância), frequentemente deitados, em prol de</p><p>alcançar um grau superior.</p><p>Quando colocamos uma pedra debaixo de nossas cabeças, assim</p><p>cancelamos todas nossas percepções e desejos e caminhamos para um</p><p>sonho. Isto é, entramos num estado de Katnut especificamente em prol de</p><p>obter um grau superior, uma vez que todas as coisas que adquirimos no</p><p>grau anterior são desadequadas para o grau superior.</p><p>Na espiritualidade há uma diferença entre graus. Cada grau superior é o</p><p>completo oposto do seu predecessor. É por isso que há o conceito de</p><p>atravessar a noite, atravessar um sonho, e lutar com os anjos, especialmente</p><p>com o anjo de Esau. Cada vez, devemos superar o ego e separar aquilo com</p><p>que devemos continuar para o próximo grau, e aquilo que nos devemos</p><p>abster de usar entretanto.</p><p>Podemos ver muitas ligações daqui para o grau superior: um sonho é uma</p><p>conexão; os ídolos roubados são um empréstimo para o próximo grau;</p><p>Labão é um grau que é ainda inatingível. É tudo um tipo de ligação aqui?</p><p>A conexão acontece especificamente agora, quando Jacó quer entrar na</p><p>terra de Israel, quando Malchut se conecta com Biná, quando a vontade de</p><p>receber se conecta com a intenção de doar, quando correcção tão grande se</p><p>revela no desejo. Está deste modo claro porque ele chama ao lugar</p><p>Mahanaim (dois acampamentos), um lugar onde o Criador já se encontra</p><p>presente. Ele é o próprio começo da escada, que um alcança através dos</p><p>"anjos do superior."</p><p>De O Zohar: E Eis uma Escada Estava Posta Sobre a Terra</p><p>“Uma escada implica que ele viu que seus filhos estavam destinados a</p><p>receber a Torá no Monte Sinai, uma vez que Sulam (Escada) é Sinai porque</p><p>Monte Sinai está, como está escrito, 'Disposto sobre a terra com seu topo,'</p><p>seu mérito, 'Alcançando os céus.' Todas as Merkavot (estruturas/carruagens)</p><p>e os acampamentos dos altos anjos desciam lá juntamente com o Criador</p><p>quando ELE lhes deu a Torá, como está escrito, 'E eis os anjos de DEUS</p><p>subiam e desciam nela.'"</p><p>Zohar para Todos, VaYetzé (E Jacó Saiu), item 70</p><p>Nós subimos a escada de graus somente ao usar o ego, a vontade de</p><p>receber, o ódio, Monte Sinai. A escada é construída de acordo com</p><p>exactamente o mesmo princípio que aquele da Torre de Babel. É o todo do</p><p>ego que o Criador criou porque "EU criei a inclinação do mal." Quando a</p><p>corrigimos, nos elevamos acima dela através do "tempero da Torá," usando</p><p>toda a Torá, toda a luz, Labão, ou seja a brancura superior. Nós usamos</p><p>estes para nos corrigirmos até alcançarmos os Céus, um estado onde nossa</p><p>inteira vontade de receber é como a doação, amor.</p><p>Esta porção relaciona-se ao que está hoje a acontecer? Estamos nós,</p><p>também, face a um grau que não compreendemos?</p><p>Hoje, todos nós pelo mundo devemos compreender que primeiro e antes de</p><p>mais, estamos conectados; não há saída disso. Porque estamos conectados,</p><p>devemos compreender que é impossível continuar a usar somente a linha</p><p>esquerda, a linha egoísta pela qual temos crescido até então, e pela qual o</p><p>mundo inteiro tem progredido. Em vez disso, agora devemos também</p><p>encontrar a linha direita dentro de nós e construir a linha média a partir das</p><p>duas. É por isso que a situação em que nos encontramos neste momento é</p><p>semelhante a nos encontramos no pé da escada.</p><p>Coação, por um lado, e a disseminação da sabedoria da Cabala, pelo outro</p><p>lado, por fim nos trarão a um estado onde sentiremos que temos dois anjos,</p><p>um na direita e um na esquerda. É então que pediremos, "Vinde em paz,</p><p>anjos da paz." Pediremos que eles venham, façam a paz, e coloquem alguma</p><p>ordem entre nós, bem como tornar as qualidades egoístas em cada um de</p><p>nós nas qualidades de doação. Hoje, seremos capazes de nos conectar uns</p><p>aos outros através destes anjos. Todas as correcções são do alto. Quando</p><p>elas chegarem, nosso desejo torna-se a casa de DEUS, Beit El.</p><p>De acordo com a história da porção, parece que as coisas eram mais fáceis</p><p>no passado. Haviam somente Jacó e seu pai. Hoje, há muitas pessoas e é</p><p>muito difícil comunicar.</p><p>A Torá parece apresentar nada senão uma história, mas é uma que devemos</p><p>actualizar no nosso mundo. A Torá narra-a como uma alegoria, e nós</p><p>precisamos de conhecer e saber como a usar.</p><p>Temos nós um lugar onde possamos actuar?</p><p>Hoje o mundo inteiro é um grande Esau. Para contrariar isto, devemos</p><p>"extrair" essas pessoas que se envolvem na parte interior da Torá, que são</p><p>do lado direito. Diz-se sobre eles, "Pois vós sois os menores de todas as</p><p>nações” (Deuteronómio, 7:7). Contudo, são elas que têm o método.</p><p>Aquelas da esquerda também devem ser extraídas, e das duas juntas, a linha</p><p>média precisa de ser construída, "pois todos eles me conhecerão dos</p><p>maiores aos menores deles" (Jeremias 31:33). Cada um de nós, e o mundo</p><p>inteiro devem subir até Beit El.</p><p>Nós vemos que há outra falsidade aqui. Como pode um Cabalista saber que</p><p>não está a ser enganado para o próximo grau? É assim que deve ser?</p><p>Porque não? Jacó coloca sua inteira razão como uma pedra debaixo de sua</p><p>cabeça e quer subir a uma escada num sonho. Ele não quer subir a escada</p><p>senão no seu sonho.</p><p>Significa isto que inversamente o ego não o deixará acontecer?</p><p>Devemos dedicar-nos a nós mesmos a esta ascensão; é assim que</p><p>subiremos ao grau superior; Caso contrário, não seremos capazes de</p><p>abandonar o anterior. Acontece sempre debaixo da força de doação do alto,</p><p>da força de doação é conhecido como "fé acima da razão."</p><p>Quando estudamos, parece por vezes que somos verdadeiramente</p><p>operados, é muito difícil sentir isto nas nossas vidas do dia-a-dia.</p><p>É por isso que temos um meio chamado um "grupo," onde aprendemos a</p><p>nos anular a nós mesmos diante dos outros no grupo, diante do amor de</p><p>amigos, amor aos outros. Desta maneira, aprendemos a deixar nossas</p><p>mentes e corações, e nos conectarmos aos outros "como um homem com</p><p>um coração," literalmente em um desejo,</p><p>até que não consigamos distinguir</p><p>o nosso do dos outros. Simplesmente nos tornamos um com todos.</p><p>Pode esse estado existir numa família ou entre conjugues?</p><p>Pode, desde que o mundo inteiro seja atraído para isso. Nós aprendemos a</p><p>agir desta maneira num grupo porque para o grupo, conseguimos medir este</p><p>estado. Conseguimos avançar com as pessoas com as quais estudamos e</p><p>trabalhamos em trabalho espiritual recíproco. Quando todos no grupo se</p><p>esforçam por isso, cada membro adquire todos os poderes que existem no</p><p>grupo e consegue ascender. Qualquer outro meio é impossível.</p><p>Termos</p><p>Escada de Jacó</p><p>“Escada de Jacó” é a linha média pela qual um deve caminhar; ela é o</p><p>caminho dourado. Ela é a linha pela na qual um conecta todos os seus</p><p>elementos, os bons e os maus.</p><p>De facto, nada é mau. Se soubermos como usar o mau correctamente,</p><p>tornamos-o em bom e útil. É por isso que a Escada de Jacó são nossos</p><p>desejos, que inicialmente são a inclinação do mal, como está escrito, "EU</p><p>criei a inclinação do mal." Contudo, se conectarmos estes desejos a "EU</p><p>criei para ela a Torá como tempero," esta combinação cria a linha média.</p><p>Por um lado, constantemente corrigimos piores e piores desejos, uma vez</p><p>que "aquele que é maior que seu amigo, seu desejo é maior que o</p><p>dele"(Masechet Sucá, 52a). Quanto mais avançamos, mais descobrimos</p><p>quão maus somos. Uma força maior vem até nós, a força da luz que</p><p>descobrimos, que devemos expor e com a qual nos corrigimos a nós</p><p>mesmos. Quando as duas se conectam nos graus, nos tornamos mais</p><p>"ricos," tanto do desejo como da luz que corrige o desejo.</p><p>Logo, a soma total da nossa alma cresce (na conexão entre eles), e nela, o</p><p>Criador aparece cada vez mais. É assim que alcançamos a linha média, até</p><p>que alcançarmos na realidade Beit El.</p><p>Amor</p><p>"Amor" significa que em vez do meu próprio desejo de desfrutar, eu uso os</p><p>desejos dos outros e os satisfaço. Amor significa usar todas as minhas</p><p>capacidades para satisfazer os outros. Amor é auto-anulação; eu não tenho</p><p>desejos meus, nem coisa alguma que eu queira fazer para mim mesmo. Eu</p><p>sou somente pelos outros.</p><p>Quando nos conectamos uns com os outros desta maneira de amor,</p><p>adquirimos todas as almas, todos os outros desejos, que então se tornam</p><p>nossa alma. Quando os satisfazemos, obtemos o infinito (Ein Sof).</p><p>Sete Anos</p><p>“Sete anos” significa sete graus: há seis graus de Zeir Anpin, chamado "o</p><p>SAGRADO, ABENÇOADO seja ELE," e o sétimo é Malchut. Juntos eles são</p><p>sete graus que devem alcançar a união. Sete é sempre um número completo.</p><p>Há também o número dez, que é Gadlut (maturidade), mas normalmente, a</p><p>estrutura consiste de sete.</p><p>Recompensa</p><p>No nosso mundo, "recompensa" significa que me satisfaço a mim mesmo.</p><p>Na espiritualidade "recompensa" significa que eu tenho uma oportunidade</p><p>de satisfazer os outros.</p><p>De O Zohar: Seu Pensamento era de Raquel</p><p>“Se ELE dispôs SEU coração sobre o homem, ELE reunirá seu espírito e</p><p>soprará para SI MESMO." A vontade e o pensamento atraem a extensão e</p><p>fazem a acção com tudo o que é necessário. É por siso que na oração, um</p><p>desejo e um pensamento para direccionar são necessários. Similarmente,</p><p>em todas as obras do Criador, o pensamento e a contemplação fazem a</p><p>acção e atraem as extensões a tudo o que é necessário.”</p><p>Zohar para Todos, VaYetzé (E Jacó Saiu), item 189</p><p>Não podemos evitar pensamentos, quedas, desilusões e erros ao todo. Isso</p><p>é introspecção, semelhante ao que fazemos no começo de cada ano.</p><p>Precisamos sempre de a fazer e ela é boa agora que atravessamos tal</p><p>processo pelo mundo. A humanidade está finalmente a começar a</p><p>compreender quão errados seus caminhos têm sido. É possível que deste</p><p>estado todos subamos até Beit El.</p><p>* Talmude Babilónio, Masechet Bechorot, 35b</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYetzé</p><p>VaYetzé [E Jacó Saiu]</p><p>109) Felizes são aqueles que mantêm justiça” significa felizes são Israel que</p><p>o CRIADOR lhes deu uma verdadeira lei [Torá] para se envolverem dia e</p><p>noite, pois qualquer um que se envolva na Torá é liberado de todas as</p><p>coisas. Ele é liberto da morte pois ela não o consegue governar. Isto assim é</p><p>porque qualquer um que se envolva na Torá e se apegue a ela, se apega à</p><p>árvore da vida. E se ele se solta da árvore da vida, a árvore da morte estará</p><p>sobre ele e se apegará a ele.</p><p>111) Quando uma pessoa se apega aos caminhos da Torá, ela é amada</p><p>acima e amada abaixo, e ela se torna a amada do CRIADOR. Ela é amada</p><p>pelo CRIADOR e o CRIADOR ama-a. Mas quando uma pessoa se desvia dos</p><p>caminhos da Torá, o poder da Koh, Divindade, diminui e ela se torna seu</p><p>adversário e inimigo. Então, esse mal, a inclinação do mal, a governa até que</p><p>ela a escarneça neste mundo e no mundo vindouro.</p><p>118) “Felizes são aqueles que mantêm justiça,” que mantêm a fé do</p><p>CRIADOR. O CRIADOR é chamado “Justiça,” e o homem se deve impedir a si</p><p>mesmo de desviar para outro caminho, mas manter a justiça, uma vez que o</p><p>CRIADOR é justiça, pois todos SEUS caminhos são justos.</p><p>O nome, “Justiça,” indica decidir sobre as matérias. Isto vem depois de</p><p>escutar dois lados opostos. É como um juiz: assim que ele cuidadosamente</p><p>escutou os argumentos dos dois lados da disputa, ele dá sua sentença e diz,</p><p>“Fulano, vós sois inocente. E cicrano, vós sois culpado.” Esta sentença é</p><p>chamada “justiça,” e esta é a linha média, que decide entre as duas</p><p>linhas—direita e esquerda—que são opostas uma à outra de uma maneira</p><p>que ambas brilham para o lado da santidade. Devido a este SEU</p><p>sentenciamento, ELE é chamado “Justiça.”</p><p>119) “Que fazem rectidão em todos os tempos.” Mas pode o homem fazer</p><p>rectidão em todos os tempos? Aquele que caminha nos caminhos da Torá e</p><p>faz rectidão com aqueles que necessitam de rectidão é considerado como</p><p>aquele que faz rectidão em todos os tempos, dado que qualquer um que faça</p><p>rectidão com os pobres aumenta a rectidão, a Nukva, acima e abaixo, ou seja</p><p>causa um Zivug de ZON acima, e bênçãos bastantes abaixo.</p><p>139) Mas O Zohar nada fala de incidentes corpóreos, mas dos mundos</p><p>superiores, onde não há sequência de tempos como é na corporalidade.</p><p>Tempo espiritual é suscitado pela mudança de formas e graus que estão</p><p>acima do tempo e lugar.</p><p>167) “Eu darei graças ao SENHOR com todo o meu coração, no conselho</p><p>dos rectos, e na congregação.” David, o superior do NOME SAGRADO,</p><p>HaVaYaH, desejou agradecer ao CRIADOR. “Eu darei graças ao SENHOR</p><p>com todo o meu coração” significa com a inclinação do bem e com a</p><p>inclinação do mal, que são dois corações, nas duas inclinações que residem</p><p>dentro do coração, nos dois lados, direita e esquerda.</p><p>176-177) Filhos do superior, altos e sagrados, abençoados do mundo com</p><p>um cérebro de aveleira, se reunem para saber que um pássaro desce cada</p><p>dia e desperta no jardim com uma chama de fogo nas suas asas. Na sua mão</p><p>estão três ancinhos e pás tão afiados como uma espada, e as chaves para os</p><p>tesouros estão na sua mão direita.</p><p>Ela evoca os justos no Jardim do Éden, “Quem entre vós cuja face brilhe</p><p>(que tenha sido recompensado com sabedoria [Chochmá], como foi dito, ‘A</p><p>sabedoria do homem faz sua face brilhar’), que sairam e entraram e se</p><p>fortaleceram na árvore da vida (quem foi recompensado com as três linhas)</p><p>entrou (na linha direita) e saiu (na linha esquerda), e se fortaleceu na árvore</p><p>da vida (a linha média), que alcançou seus ramos (CHGT NCHY de ZA, que</p><p>são a árvore da vida e seus ramos), e se apegou às suas raízes (GAR de ZA),</p><p>que come seus frutos que são mais doces que o mel (a iluminação de</p><p>Chochmá na Nukva de ZA, que é seu doce fruto), que dá vida à alma e</p><p>curativo a si mesmo (ao seu corpo), ela declara e diz, ‘Quem é aquele que é</p><p>recompensado com tudo isso?’ É aquele que é guardado dos maus</p><p>pensamentos, de um pensamento que é enganador na árvore da vida, de um</p><p>pensamento que viole o rio e o riacho, a fonte de Israel, de uma fonte que dá</p><p>morte à alma e estilhaçar a si mesmo; ele não tem existência que se pareça.”</p><p>181-182) Um bom pensamento sobe para</p><p>cima se apega à árvore da vida, a</p><p>linha média, se segura a seus ramos, e come seus frutos. Todas as</p><p>santidades e todas as bênçãos vêm dele, e ele herda a vida para sua alma e</p><p>curativo para si mesmo. Diz-se sobre ele, “Pois ele será como uma árvore</p><p>plantada pelas águas, e ... pelo rio.”</p><p>Todas as palavras do mundo seguem o pensamento e a contemplação. Está</p><p>escrito, “Santificai-vos e sêde sagrados.” Isto assim é pois ELE extrai e</p><p>prolonga todas as santidades no mundo com um bom pensamento.</p><p>189) “Se ELE dispôs SEU Coração sobre o homem, ELE reunirá seu espírito</p><p>e seu sopro para SI MESMO.” A vontade e o pensamento atraém o</p><p>prolongamento e fazem a acção com tudo o que é necessário. É por isso que</p><p>na oração, um desejo e um pensamento no qual se direccionar são</p><p>necessários. Similarmente, em todas as obras do CRIADOR, o pensamento e</p><p>a contemplação fazem a acção e atraém o prolongamento a tudo o que é</p><p>necessário.</p><p>276) Mas na Torá, até dois que se sentam e se envolvem na Torá, dão</p><p>grandeza, força e a glória da Torá ao CRIADOR.</p><p>284-285) Quando quer que uma pessoa ore sua oração, ela se deve</p><p>incorporar a si mesma no público, no multiplo público, como está escrito</p><p>sobre Sunamita quando Elishá lhe contou, “Sereis falada pelo rei ou pelo</p><p>capitão do exército?” “Sereis falada pelo rei,” uma vez que esse dia era o</p><p>festival do primeiro dia do ano, e o dia em que Malchut do firmamento</p><p>governa e sentencia o mundo. Nessa altura, o CRIADOR é chamado “O rei da</p><p>sentença,” e foi por isso que ele lhe contou, “Sereis falada pelo rei,” uma vez</p><p>que ele chamdou ao CRIADOR “Rei.”</p><p>E ela disse, “Eu habito entre meu próprio povo.” Por outras palavras, ela</p><p>disse, “Eu não tenho desejo de ser mencionada no alto, mas de colocar</p><p>minha cabeça entre as massas e não abandonar o público. Similarmente, o</p><p>homem deve ser incluído no público e não sobressair como único, para que</p><p>os escarnecedores não olhem para ele e mencionem seus pecados.</p><p>340) Está escrito sobre a Nukva, “E ela se arrependeu pelo SENHOR ... e</p><p>pesou por ELE,” uma vez que Dinim e tristeza estão neste lugar. Contudo,</p><p>em todas as coisas que estão acima, em Biná, tudo está em luz e vida para</p><p>todas as direcções, e não há tristeza diante do lugar, que indica à interior,</p><p>Biná, que é a única em quem não há tristeza. Mas para a exterior, a Nukva, há</p><p>tristeza nela. É por isso que está escrito, “Serve o SENHOR com alegria;</p><p>vinde diante SUA presença com cantar.” “Serve o SENHOR com alegria”</p><p>corresponde ao mundo superior. “Vinde diante SUA presença com cantar”</p><p>corresponde ao mundo inferior.</p><p>341-343) Ai dos ímpios do mundo que não sabem e não olham para as</p><p>palavras da Torá. E quando eles olham para ela, porque não há sabedoria</p><p>neles, as palavras da Torá parece-lhes como se fossem palavras vazias e</p><p>inúteis. Tudo isso é porque eles são desprovidos de conhecimento e</p><p>sabedoria, uma vez que todas as palavras da Torá são sublimes e preciosas</p><p>palavras, e toda e cada palavra que está escrita lá é mais preciosa que</p><p>pérolas, e nenhum objecto se consegue comparar com ela.</p><p>Quando todos os tolos cujo coração está bloqueado vêem as palavras da</p><p>Torá, não só não sabem eles, mas eles até dizem que as palavras são</p><p>mimadas e inúteis palavras, ai deles. Quando o CRIADOR os procura pela</p><p>desgraça da Torá, eles serão punidos com uma punição adequada para</p><p>aquele que se revolta contra seu MESTRE.</p><p>Está escrito na Torá, “Pois ela não é coisa vã.” E se ela é vã, ela é somente</p><p>para vós, uma vez que a Torá está preenchida com toda a boa pedra e jóia</p><p>preciosa, com toda a abundância do mundo.</p><p>344) O Rei Salomão disse, “Se vós sois sábios, vós sois sábios para vós</p><p>mesmos.” Isto assim é porque quando um se torna sábio na Torá, isso é</p><p>para seu benefício, não para a Torá, uma vez que ele não consegue</p><p>acrescentar sequer uma única letra à Torá. “E se desprezais, somente vós o</p><p>tolerarais,” pois nada pode ser subtraido do louvor da Torá devido a isso.</p><p>Seu desprezo é somente seu e ele permanecerá com ele, para o aniquilar</p><p>deste mundo e do próximo mundo.</p><p>350-352) O Rei David sempre se anexou a si mesmo ao CRIADOR. Ele não se</p><p>preocupou com qualquer outra coisa no mundo senão se apegar a ELE com</p><p>sua alma e sua vontade, como está escrito, “Minha alma se apega a VÓS.” E</p><p>dado que ele se apegou ao CRIADOR, ELE o apoiou e ELE não o abandonou,</p><p>como está escrito, “TUA mão direita me segura bem.” Aprendemos disto que</p><p>quando uma pessoa vem para se apegar ao CRIADOR, o CRIADOR segura-a</p><p>bem e não a deixa.</p><p>“Minha alma se apega a VÓS,” para que seu grau seja coroado no alto. Isto</p><p>assim é porque quando seu grau se apega aos graus superiores, para subir</p><p>seguindo-os, o lado direito, Chasadim, segura-o de modo a elevá-lo e o</p><p>conectar à direita numa conexão, como deve ser. Está escrito sobre isso,</p><p>“TUA mão direita me seguraria,” e está escrito, “E sua mão direita me</p><p>abraça.” É por isso que “TUA mão direita me segura bem.”</p><p>Quando ele se agarra ao CRIADOR, está escrito, “Deixai sua mão esquerda</p><p>estar debaixo de minha cabeça e sua mão direita me abraçar.” Esta é uma</p><p>unificação e uma conexão com o CRIADOR. E quando há uma conexão com</p><p>ELE, seu grau é preenchido e abençoado.</p><p>361) A Divindade conecta-se com aqueles que caminham sobre caminhos,</p><p>para os manterem. Qualquer um que se envolva nas palavras da Torá e se</p><p>esforçe nela é recompensado com prolongá-la, ou seja ZA, que é a Torá.</p><p>Então ZA e Nukva, ou seja a Divinity, estarão conectados neles em uma</p><p>unificação.</p><p>Zohar Hadash, VaYetzé [E Jacó Saiu]</p><p>25) Felizes são Israel, a quem o CRIADOR deu a Torá, para divulgar-lhes</p><p>altos segredos.</p><p>Aquele que se agarra à Torá, a Torá agarra e apoia-o nas suas ancas,</p><p>Netzách e Hod, para que ele não se desvie para a direita ou esquerda, mas</p><p>para a linha média, que é a Torá. Felizes são Israel, a quem o CRIADOR deu a</p><p>Torá, para lhes divulgar altos segredos. Está escrito sobre eles, “E vós que</p><p>se apegam ao SENHOR vosso DEUS estais vivos todo e cada um de vós este</p><p>dia.”</p><p>40) Rabbi diz, “Todas as coisas perecerão, mas a Torá não perecerá. Nada é</p><p>tão favorável ao CRIADOR como a Torá e aqueles que a aprendem. Qualquer</p><p>um que se envolva na Torá cada dia, os segredos do alto serão renovados</p><p>para ele.”</p><p>42-43) Os segredos da Torá foram dados aos sábios, a aqueles que sempre</p><p>se envolvem na Torá.</p><p>Qualquer um que se envolva na Torá suficientemente, sua alma é elevada</p><p>enquanto ele dorme e ele é ensinado das profundezas da Torá. E daí, seus</p><p>lábios proferem e sussuram durante o dia, como está escrito, “Movendo</p><p>gentilmente os lábios daqueles que estão adormecidos.” Quando um que se</p><p>envolve em Torá Lishmá [pelo SEU bem] dorme de noite, sua alma sobe e lhe</p><p>são mostradas essas coisas que estão para ser no mundo.</p><p>44-47) Rabbi Aba e Rabbi Yosi se sentaram e envolveram na Torá até à meia</p><p>noite. Rabbi Aba adormeceu, e Rabbi Yosi estava sentado. Ele viu que a face</p><p>de Rabbi Aba ficava vermelha e que ele ria, e ele viu uma grande luz na casa.</p><p>Rabbi Yosi disse, “Isto significa que a Divindade aqui está.” Ele baixou seus</p><p>olhos, se sentou lá até que auróra subiu se levantou no amanhecer e a luz</p><p>iluminava a casa. Enquanto ele levantava seus olhos, ele viu a auróra e a</p><p>casa estava escurecida.</p><p>Rabbi Aba despertou, sua face brilhava e seus olhos riam. Rabbi Yosi</p><p>segurou-o. Rabbi Aba disse, “Eu sei o que quereis. Certamente, eu vi altos</p><p>segredos. Quando Matat, ministro da face segurava minha alma, ele elevou-a</p><p>a grandes e altas salas e eu vi as almas do resto dos justos lá em cima. O</p><p>ministro da face lhes contou, ‘Felizes sois vós, Ó justos, pois graças a vós</p><p>eu sou edificado num sagrado edifício do NOME honrável, a quem as luzes</p><p>do sagrado NOME são prolongadas, para responder e para doar sobre os</p><p>exércitos do alto REI.” Eu vi minha Torá que eu havia ensinado repousada lá</p><p>em pilhas sobre pilhas, como uma grande torre, e foi por isso que estava</p><p>deleitado com meu lote e meus olhos riam.”</p><p>Parashat VaYishlách</p><p>VaYishlách (E Jacó Foi)</p><p>(Génesis, 32:4-36:43)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, VaYishlách (E Jacó Foi), Jacó quer fazer paz com Esau depois de</p><p>fugir dele e estar com Labão durante muitos anos. Esau envia anjos a Jacó,</p><p>que o informam que Esau se dirige para ele com quatrocentos homens.</p><p>Jacó fica alarmado com o encontro iminente, e à noite um anjo aparece</p><p>diante dele. Jacó luta com ele e derrota-o, mas é magoado no tendão da sua</p><p>coxa. Os anjos alertam Jacó que seu nome mudou a partir desse momento</p><p>de Jacó para Israel. Quando Esau chega, eles abraçam-se e fazem a paz, e</p><p>Jacó muda-se para a área de Siquém.</p><p>Mais tarde, a porção fala de Diná, a filha de Jacó, que é raptada por Siquém</p><p>— o filho de Hamor, o Hivita — que se quer casar com ela. Os filhos de Jacó</p><p>permitem o casamento sob a condição que todos os homens na cidade se</p><p>circuncisem a si mesmos. Assim que eles realizam a circuncisão, os filhos</p><p>de Jacó matam todos os homens, trazem Diná de volta e pilham a cidade.</p><p>O Criador instruiu a Jacó que se mude para Beit El, onde ELE abençoa Jacó</p><p>com muitos descendentes e a herança da terra. No fim da porção Raquel</p><p>morre quando ela dá à luz seu segundo filho, Benjamim. Isaac também morre</p><p>e é enterrado pelos seus filhos, Esau e Jacó.</p><p>Comentário</p><p>Esta porção lida com escrutínios muito profundos que fazemos dentro de</p><p>nossas almas para nos corrigirmos a nós mesmos da intenção de receber,</p><p>da forma egoísta da alma. Precisamos destes escrutínios para a alma pois</p><p>ela foi quebrada num processo conhecido como "a quebra dos vasos," a</p><p>ruína.</p><p>Assim que alcançamos o grau de Jacó, que é ainda um grau de Katnut</p><p>(infância), descobrimos que é impossível avançar em frente. Tendo se</p><p>elevado acima do ego, acima da vontade de receber, e tendo alcançado um</p><p>estado de Katnut, chamado Galgalta e Eynaim, não tendo nada com o qual</p><p>avançar.</p><p>Em prol de avançar, temos de encontrar dentro de nós inclinações</p><p>adicionais, Kelim (vasos) quebrados adicionais. Sob sua correcção,</p><p>podemos elevar-nos junto com eles. Por outras palavras, quando quer que</p><p>estejamos num certo estado, primeiro devemos descer e nos misturar com o</p><p>negativo, e somente então subir até ao positivo.</p><p>A porção fala precisamente desse estado. Isto é, aqueles que alcançam o</p><p>estado de Jacó não conseguem avançar mais e devem se conectar</p><p>novamente com a inclinação do mal que ainda não está corrigida.</p><p>Avançamos para o Esau no interior apesar de temermos que o desejo</p><p>egoísta nos possa subjugar, que talvez não sejamos capazes de sair desse</p><p>estado.</p><p>Isto requer uma preparação especial. A Torá narra que Jacó dividiu todas as</p><p>coisas, as mulheres, as crianças, e todas as pessoas com ele. Por outras</p><p>palavras, vamos clarificar nossos desejos, ordenando todas nossas</p><p>qualidades em preparação para a divulgação dos defeitos no interior. Assim</p><p>podemos lidar adequadamente com eles.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Está escrito que Jacó sai com um presente, uma oração e com uma guerra.</p><p>Ele prepara toda a táctica.</p><p>Verdade, ele divide seu inteiro agregado. É lhe dito que Esau se dirige para</p><p>ele com quatrocentos homens. Quatrocentos é uma medida completa, quatro</p><p>Behinot (discernimentos), e cada Behina (singular de Behinot) é</p><p>quatrocentas vezes seu poder.</p><p>Por um lado, Jacó teme tal poder. Por outro lado, ele sabe que não tem</p><p>escolha. Para avançar para a Dvekut (adesão) com o Criador, ele deve</p><p>atravessar essas fases.</p><p>À noite, Jacó luta com o ministro de Esau e atravessa uma correcção</p><p>especial, que aparece nele como um defeito no tendão da coxa. Mas ele</p><p>descobre que esse defeito na realidade o guarda. Por esta razão, ele recebe</p><p>uma bênção que todas as revelações que ele terá da parte de Esau nele -</p><p>simbolizando suas qualidades negativas - aparecerão somente num modo de</p><p>causa e consequência, à extensão e na forma que ele consiga corrigir sem</p><p>falhar. Embora fracassos adicionais o esperem pela frente, tais como com</p><p>Diná, ele está garantido que no final é precisamente o grande ego que o</p><p>Criador criou nele que o assiste no seu progresso.</p><p>Deste modo, depois de seu encontro com Esau, Jacó muda-se para Siquém</p><p>equipado com forças maiores, e está agora prestes a subir do grau de Jacó,</p><p>que é a Katnut da alma, tendo somente vasos de doação, para Gadlut</p><p>(maturidade), para Israel.</p><p>“Israel” significa que todos os desejos de um, todas as qualidades que</p><p>apareceram até então, estão direccionadas para o Criador. Aquele que visa</p><p>se assemelhar ao Criador, se apegar ao Criador, e deste modo executa</p><p>acções na Escada de Jacó, alcançando um estado chamado Yashar El</p><p>(direito a Deus), Ysrael (Israel). Avançar noutra direcção, será como está</p><p>escrito, "Todos eles são como bestas" (Salmos, 49:13). Se não nos</p><p>envolvermos em corrigir a alma usando a sabedoria da Cabala, todos somos</p><p>como as "nações do mundo," como Esau, não corrigidos.</p><p>Diná, filha de Jacó, já se encontra no próximo grau. É por isso que Siquém a</p><p>acha tão atraente. Há violação aqui e coação, que significa que os vasos de</p><p>doação ficam debaixo dos vasos de recepção. Embora ela esteja em Din</p><p>(juízo), como seu nome, Diná, implica, uma grande vontade de receber chega</p><p>sobre ela. É por isso que só há duas correcções que os filhos de Jacó</p><p>podem realizar: a primeira é a circuncisão dos filhos de Siquém; a segunda é</p><p>matá-los. Isto indica a partida da luz superior de dentro desses Kelim, que os</p><p>produz como mortos.</p><p>O que implica a pilhagem da cidade?</p><p>Uma "cidade" é um lugar da vontade de receber nos Kelim que o obriga a</p><p>separar a vontade de receber da luz da vida. Inversamente, você não mudará</p><p>para a correcção da vontade de receber. No nosso mundo, se você matar</p><p>alguém isso é considerado um crime. No mundo espiritual, quando a força</p><p>superior recebe todos os prazeres dos nossos desejos, dos nossos Kelim,</p><p>removendo a sensação de vida e vitalidade, e nos sentimos como se</p><p>estivéssemos mortos, essa sensação de morte ajuda-nos a alcançar a vida.</p><p>Nesta vida, conectamos-nos à luz superior e nos preenchemos a nós</p><p>mesmos com prazeres eternos na realização da Divindade, e sentimos nossa</p><p>vida eterna, completa.</p><p>A matança mencionada na porção relaciona-se à questão de porque estamos</p><p>nós a matar. É semelhante a uma pessoa com cancro. Essa pessoa luta para</p><p>matar o tumor. Deste modo, isso depende do tipo de matança de que</p><p>falamos, a que discernimentos dentro de nós nos relacionamos. Neste caso,</p><p>a matança da cidade é no nosso melhor interesse; ela é uma correcção.</p><p>Não seria suficiente ficarmos pela circuncisão?</p><p>Não. Circuncisão é quando você divide os seus desejos em bons e maus. Se</p><p>depois da circuncisão ainda há desejos que não podem ser corrigidos, você</p><p>os deve separar por enquanto da luz, e esta é a matança. Com isso você</p><p>salva Diná, que deve estar conectada à linha média por enquanto e a Jacó,</p><p>pelo qual ele ascende até Beit El (a casa de Deus).</p><p>O Criador diz para Jacó, "Agora estás pronto para subir ao próximo grau,</p><p>chamado "Beit El." Quando Jacó chega ele recebe a bênção, vasos de</p><p>doação, as forças com as quais ele consegue manter o grau e alcançar a</p><p>revelação da espiritualidade nesse nível.</p><p>Jacó recebe a bênção que a terra inteira, o desejo inteiro, será seu. Isto é, no</p><p>fim ele será gradualmente corrigido, e então "a terra inteira está diante de</p><p>vós” (Génesis, 13:9). Logo, até se os desejos são dominados pelas outras</p><p>nações, ou seja que eles não estejam conectados à doação e amor aos</p><p>outros, um os consegue corrigir para terem a direcção de doar.</p><p>O fim da porção fala da morte de Raquel e Isaac.</p><p>Tanto Esau e Jacó participam no enterro de Isaac. Esta será a correcção do</p><p>grau anterior, que deve ser enterrado. "Enterro" é a construção do próximo</p><p>grau por cima do anterior.</p><p>Jacó e Esau são qualidades conflituosas. O que significa que eles se</p><p>abraçam?</p><p>Há muitos níveis de conexão entre as qualidades, até entre qualidades</p><p>conflituosas. "Aproximar" significa um abraço da direita, um abraço da</p><p>esquerda, um beijo, um alto Zivug (acasalamento), e um baixo Zivug,</p><p>tal</p><p>como "Sua esquerda debaixo de minha cabeça, e sua direita me abraçará"</p><p>(Cântico dos Cânticos, 2:6). Por outras palavras, há muitas espécies de</p><p>correcções da inclinação do mal.</p><p>Jacó está disposto a abraçar Esau, a entrar em contacto com ele depois das</p><p>correcções que ele atravessou à noite. Aquele que atravessa estas</p><p>correcções - em situações muito complicadas, à noite, com o ministro de</p><p>Esau - está pronto para lidar com a inclinação do mal, para a separar, e para</p><p>corrigir essas partes que um consegue agora corrigir e subir a um novo</p><p>nível.</p><p>Há sempre saídas e entradas, como Jacó, que deixa e retorna à terra de</p><p>Israel, que escapa a Esau, tem experiências, e agora é forte o suficiente para</p><p>lidar.</p><p>O que atravessou Jacó na casa de Labão?</p><p>É assim que nos saímos, grau a grau. Se estamos num certo grau e</p><p>precisamos de subir até ao próximo grau espiritual, devemos pegar em mais</p><p>algum do ego, da vontade de receber, e o corrigir para trabalhar em prol de</p><p>doar. O desejo recentemente corrigido junta-se à alma, e assim ascendemos</p><p>um grau. No grau que agora cresceu, recebemos revelação adicional da</p><p>Divindade, uma conexão maior com a Divindade, e a ascensão continua até</p><p>que alcançamos o estado final, onde nossa alma inteira está corrigida.</p><p>Porque está Jacó certo agora que ele terá a força para lidar com Esau?</p><p>Jacó recebe uma bênção do ministro de Esau e conecta-se a essa força de</p><p>uma maneira semelhante à história com Labão. Ele recebe essa força da</p><p>esquerda e consegue corrigi-la para trabalhar em prol de doar. Isso é</p><p>chamado uma "bênção." Uma bênção significa que juntamente com a</p><p>revelação do ego vem a luz superior, que nos ajuda a separar a vontade de</p><p>receber e o novo, desejo corrupto. Podemos então examinar que parte do</p><p>desejo pode ser somada ao novo estado e que parte não pode. Então, com a</p><p>nova soma, uma pessoa alcança um novo grau.</p><p>O Criador abençoa Jacó com muitos filhos. O que significa isto</p><p>espiritualmente?</p><p>"Muitos filhos" significa que o Criador nos abençoa com corrigir todos</p><p>nossos desejos, que subirão da grande Malchut de Ein Sof (infinito), da</p><p>Criação inteira, para que os possamos corrigir para trabalharem em prol de</p><p>doar. É por isso que ele é chamado "Israel," Yashar El (direito a Deus). Ele</p><p>domina o todo da Criação numa tendência para a doação recíproca.</p><p>De O Zohar: Não Lavrareis com um Boi e com um Burro</p><p>“O único desejo dos graus de impureza é de atacar os graus sagrados.</p><p>Todos eles espreitaram e atacaram Jacó, que era sagrado, como está</p><p>escrito, 'e Jacó chegou inteiro.' Primeiro, a serpente o mordeu, como está</p><p>escrito, 'ele tocou no buraco de sua coxa.' Diz-se sobre o ministro de Esau</p><p>que ele montava uma serpente. Agora o Hamor (burro) o mordeu, Shéchem,</p><p>o filho de Hamor, que é a Klipá da direita.”</p><p>Zohar para Todos, VaYishlách (E Jacó Foi), item 146</p><p>Devemos sempre considerar as forças negativas como uma oportunidade</p><p>para subir ao próximo grau. Não há mal no mundo, nem sequer agora com</p><p>todos os apuros e problemas que emergem. A coisa importante é saber</p><p>como usar estas forças correctamente, como a Torá nos ensina. Nosso</p><p>problema é que não trabalhamos de acordo com a Torá. Se agíssemos de</p><p>acordo com a sabedoria da Cabala, que nos explica como realizar estas</p><p>correcções, veríamos o mundo como nada senão oportunidades para</p><p>melhores condições.</p><p>Quem faz a correcção, o Criador ou a luz circundante?</p><p>A luz circundante faz a correcção, mas a pessoa precisa de a atrair. Como</p><p>recebe ela esta instrução? (Afinal, Torá significa instrução.) Embora a luz</p><p>nela reforme, ela também segue nosso desígnio, de acordo com nosso</p><p>entendimento de como precisamos de ser corrigidos. Devemos fazer todas</p><p>as acções de escrutínio, divisão, e separação dentro de nós mesmos e com</p><p>a realidade geral, e então pedir a correcção. Embora não tenhamos o poder</p><p>da correcção, nós como pequenas crianças, devemos constantemente</p><p>trabalhar para compreender e perceber as coisas como elas devem ser. Este</p><p>é o nosso trabalho.</p><p>Se os anjos são forças, o que significa lutar com um anjo? É uma pessoa</p><p>que luta com a gravidade ou magnetismo?</p><p>É nos dito - como está escrito no supracitado excerto de O Zohar - que um</p><p>anjo vem ora da direita ora da esquerda.</p><p>Há diferentes anjos com os quais devemos lidar de uma certa maneira em</p><p>prol de os somar à linha média, chamada Adam (homem).</p><p>A coisa importante é saber como nos relacionarmos aos estados, correcto?</p><p>O que mais é necessário? Nós estamos na Natureza, que em Gematria é</p><p>Elokim (Deus). As leis da Natureza e os mandamentos do Criador são um e o</p><p>mesmo. A Torá ensina-nos como usar todas as coisas dentro de nós, todos</p><p>os elementos, e suas qualidades internas, bem como externas.</p><p>Especialmente agora estamos num mundo tão confuso que ninguém sabe o</p><p>que fazer; não fazemos ideia do que o amanhã trará e a vida parece vaga e</p><p>ameaçadora. Se as pessoas soubessem o que está escrito sobre a vida na</p><p>Torá, elas compreenderiam que temos uma oportunidade de subir a um novo</p><p>grau, a um nível completamente novo, para a revelação da Divindade. O</p><p>mundo está já bastaste próximo de uma grande e especial correcção.</p><p>A correcção depende de nós ou do Criador?</p><p>A correcção depende de nós. Há uma meta diante de nós e dois caminhos</p><p>para lá chegar. O caminho esquerdo é o caminho do sofrimento. O (lado)</p><p>direito é o caminho da Torá, o caminho da luz que corrige. O caminho</p><p>esquerdo significa avançar com a vara que nos desenvolve e nos obriga a</p><p>avançar. O caminho direito significa atrair a luz que reforma.</p><p>Em tal caso, nossos egos, a vontade de receber, a inclinação do mal em nós,</p><p>deve ser corrigida. Como isso vai acontecer depende da nossa abordagem</p><p>para a correcção, e do nosso entendimento de que todas as coisas que</p><p>aparecem diante de nos só são assim para que nos possamos corrigir a nós</p><p>mesmos, ou seja para nos fazer atrair a luz que reforma.</p><p>Isto trás-nos de volta à sabedoria da Cabala, que devemos usar porque ela é</p><p>o interior da Torá, a lei da verdade, a lei da luz. E precisamente ao usá-la</p><p>correctamente, podemos atrair a luz que reforma. Este caminho nos poupará</p><p>de golpes pois avançaremos agradável e facilmente de grau em grau acima</p><p>pela escada de Jacó.</p><p>De O Zohar: E Jacó Enviou Anjos</p><p>“‘Pois ELE dará a posse de SEUS anjos sobre vós, para vos guardar.'</p><p>Quando uma pessoa chega ao mundo, a inclinação do mal imediatamente</p><p>vem junto com ela e sempre se queixa dela, como está escrito, 'pecado</p><p>rasteja à porta.' Pecado rasteja - esta é a inclinação do mal. 'À porta' - a porta</p><p>do ventre, ou seja assim que um nasce.”</p><p>Zohar para Todos, VaYishlách (E Jacó Foi), item 1</p><p>É assim que nós nascemos, com uma pequena, egocêntrica vontade de</p><p>receber.</p><p>Até depois de nos desenvolvermos, ainda somos pequenos animais, como</p><p>está escrito, "Todos eles são como bestas" (Salmos, 49:13). Embora nos</p><p>pareça que há pessoas muito ímpias no mundo, isto não é considerado</p><p>impiedade. "Impiedade" aparece quando uma pessoa verdadeiramente quer</p><p>prejudicar o público, prejudicar a humanidade. Uma pessoa vulgar não é boa</p><p>nem má; ela é inconsequente. Tal pessoa é operada pela Natureza, e nada há</p><p>que venha inerentemente da pessoa.</p><p>Hoje a inclinação para o mal aparece pelo mundo porque Elokim (Deus), que</p><p>em Gematria é Natureza, nos está a mostrar que o mundo inteiro está</p><p>interconectado. Deste modo, nós, também, devemos estar conectados.</p><p>Através desta conexão alcançaremos equivalência de forma, Dvekut</p><p>(adesão) com o Criador. Se resistirmos a essa conexão e agirmos ao</p><p>contrário, egoisticamente, nos tornando mais fechados por dentro e</p><p>removidos dos outros, é precisamente assim como nos podemos tornar</p><p>ímpios.</p><p>A inclinação do mal primeiro aparece quando o mundo se começa a</p><p>manifestar a si mesmo como circular, conectado, integral e global. Todavia,</p><p>nós ainda não "saltamos nisso"; ainda não nos unimos e não nos</p><p>conectámos. Ainda estamos imersos nos nossos egos, na inclinação do mal,</p><p>o exacto oposto da condição</p><p>que o Criador apresenta diante de nós.</p><p>Estamos no limiar da destruição, ainda assim as pessoas não mudam as</p><p>suas visões.</p><p>Este é o problema. É por isso que a sabedoria da Cabala está a vir à</p><p>superfície passados milhares de anos de ocultação. A ideia é que através da</p><p>Cabala, o povo de Israel venha a entender que ele tem um papel muito</p><p>importante a desempenhar, sendo "uma luz para as nações" (Isaías, 42:6), e</p><p>que tem de se corrigir a si mesmo. Nós somos meramente uma transição</p><p>para a correcção do mundo inteiro. Se não realizarmos a correcção a tempo,</p><p>o mundo inteiro a exigirá dos Judeus sem sequer saberem porquê, e ódio</p><p>para os Judeus se intensificará. Deste modo, devemos agir depressa.</p><p>O que exactamente precisamos de corrigir?</p><p>Nós precisamos de ser uma sociedade que é conduzida em garantia mútua,</p><p>vivendo pelas condições que existiam no pé do Monte Sinai, onde todos já</p><p>estão prontos para se unir "como um homem com um coração." Assim nos</p><p>tornaremos uma nação, e somente sob essa condição continuaremos a</p><p>existir.</p><p>Por agora, existimos verdadeiramente pela graça de Deus "em provação" até</p><p>que implementemos a garantia mútua, como mencionado no ensaio de Baal</p><p>HaSulam, "Um Discurso para a Conclusão de O Zohar." Mas nosso tempo</p><p>pode se esgotar, e podemos não receber mais extensões. Então não</p><p>seremos capazes de viver na terra de Israel; teremos de fugir pois esta terra</p><p>nos rejeitará uma vez mais, como está escrito na Torá, em O Zohar, e em</p><p>muitos outros lugares.*</p><p>Hoje temos uma grande oportunidade quando nos juntamos para exigir a</p><p>correcção no mundo. Embora não saibamos o que é, nós, enquanto donos</p><p>do método e estando em posse da Torá, devemos revelá-lo a todos, mas</p><p>primeiro e antes de mais, a nós mesmos. É por isso que precisamos de nos</p><p>unir, sermos como "um homem com um coração," nos conectarmos juntos</p><p>como uma nação, conectar-nos a Yashar El, e sermos "a nação de Israel."</p><p>Precisamos de nos segurar à linha média e começar a subir com ela para</p><p>Dvekut com o Criador, para maior e maior conexão entre nós em "ama teu</p><p>próximo como a ti mesmo," ou seja em amor fraterno. Uma vez perdemos</p><p>esse amor e o Templo foi arruinado, então devemos regressar a esse estado</p><p>e puxar connosco o resto da humanidade.</p><p>Então é Jacó conexão e Esau é separação? E nossa tarefa é superar a</p><p>separação através da conexão?</p><p>Precisamente. Estas são as duas forças conflituosas, e precisamos de</p><p>"empossar” o Jacó em nós sobre o Esau em nós, e fazer o mesmo na nossa</p><p>sociedade. As pessoas precisam de compreender a mensagem, a essência,</p><p>o sentido deste conflito, e agir em correspondência.</p><p>Termos</p><p>Luta</p><p>A "Luta" é uma interior entre o ego, que nos puxa para os prazeres</p><p>corpóreos tais como a comida, sexo, família, dinheiro, respeito,</p><p>conhecimento, poder e o sentido da vida, que é descobrir o reino superior,</p><p>ao qual precisamos de subir, para uma vida eterna e completa.</p><p>Também, precisamos de o fazer agora, como está escrito, “Vereis o teu</p><p>mundo na tua vida” (Masechet Berachot, 17a). Aqui nas nossas vidas é onde</p><p>descobrimos a vida eterna da alma, que é o porquê de vivermos em dois</p><p>mundos. Precisamos de chegar a um estado onde a morte do corpo não a</p><p>sentimos como morte de todo. Não é como se tivéssemos perdido qualquer</p><p>coisa de nós próprios; em vez disso, permanecemos porque descobrimos</p><p>que o grau superior da vida é várias vezes maior que as sensações da vida</p><p>física.</p><p>Esta é a meta que devemos alcançar, e podemos somente alcançá-la através</p><p>de uma luta com um grupo e uma sociedade, e ao estudar as fontes certas.</p><p>Para nos elevarmos acima da vida física e corpórea, não devemos a</p><p>devemos menosprezar, mas usá-la em prol de subir.</p><p>Reconciliação e Paz</p><p>“Reconciliação e paz" significam que por agora, não conseguimos lidar com</p><p>a inclinação do mal e a tornar numa boa inclinação, a usando em prol de</p><p>doar. Primeiro, devemos transformar as qualidades que existiam em nós</p><p>como negativas - pelas quais as usávamos somente para nosso próprio</p><p>prazer e contra os outros — em qualidades de doação sobre os outros.</p><p>Não há conflito entre as duas qualidades?</p><p>Não há conflito. Está escrito que o anjo da morte se torna um anjo sagrado.**</p><p>Não matamos, nem menosprezamos ou eliminamos coisa alguma em nós.</p><p>Só corrigimos o modo como usamos nossas qualidades.</p><p>Israel</p><p>Ysrael (Israel) significa Yashar El (direito a Deus). Isso significa que nos</p><p>direccionamos directamente para a qualidade do Criador. A qualidade do</p><p>Criador é amor e doação, e constantemente procuramos alcançá-la. Temos</p><p>vários meios para fazer isso: professores, livros, grupos e amigos. Se os</p><p>usarmos adequadamente, de acordo com o método explicado nos livros,</p><p>aquele do qual Abraão foi o primeiro a falar e a escrever, podemos executar</p><p>as correcções muito facilmente.</p><p>Deste modo cada um de nós - e todos nós juntos - nos tornaremos Israel.</p><p>Uma pessoa de Israel em cada um de nós, e todos nós juntos são o povo (ou</p><p>nação) de Israel.</p><p>Circuncisão</p><p>Uma "circuncisão" é como uma aliança. Quando executamos uma correcção</p><p>na nossa vontade de receber, devemos sempre colocar de parte esses</p><p>desejos que ainda não se conseguem corrigir, e lidar somente com aqueles</p><p>que podemos acrescentar a Biná, à doação. Deste modo, de todos nossos</p><p>desejos (que estão divididos em 620 desejos), podemos cortar a parte que é</p><p>em prol de receber. Aquela que existe em nós por agora, e que não</p><p>conseguimos corrigir, é colocada na poeira.</p><p>Esta acção simboliza nossa incapacidade de corrigir essa parte. Contudo,</p><p>ela será corrigida no fim da correcção. Ela é o coração de pedra, que deve</p><p>ser corrigido, como está escrito que devemos na realidade executar a</p><p>correcção do coração.</p><p>De O Zohar: Se Desanimares no Dia da Adversidade</p><p>“Mas um entre mil é a inclinação do mal, que é uma daqueles 1000</p><p>prejudicadores, que se encontram na direita, porque ela sobe e recebe</p><p>permissão, e subsequentemente desce e condena à morte.</p><p>Assim, se um homem caminhar no caminho da verdade, essa inclinação do</p><p>mal se torna sua escrava, como está escrito, 'Melhor é aquele que tem um</p><p>escravo que um inferior.' Nessa altura, ela sobe e se torna uma advogada e</p><p>fala diante do Criador a favor do homem.”</p><p>Zohar para Todos, VaYishlách (E Jacó Foi), item 185</p><p>* “Quando Israel não se envolvem na Torá, a esquerda se intensifica e o</p><p>poder das nações idolatras cresce. Elas sugam da esquerda, governam</p><p>sobre Israel, e infligem sobre eles leis. Devido a isso, Israel foram exilados e</p><p>dispersos entre as nações” (Zohar para Todos, BeShalách (Quando Faraó</p><p>Foi), item 306).</p><p>** Zohar para Todos, Mishpatim (Ordenanças), item 165; Zohar para Todos,</p><p>Beresheet (Génesis), item 440.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYishlách</p><p>VaYishlách [E Jacó Enviou]</p><p>1-2) Quando uma pessoa chega ao mundo, a inclinação do mal</p><p>imediatamente vem junto com ela e sempre se queixa dela, como está</p><p>escrito “pecado rasteja à porta.” Pecado rasteja—esta é a inclinação do mal.</p><p>“À porta”—a porta do ventre, ou seja assim que um nasce.</p><p>David chamou à inclinação do mal pelo nome, “pecado,” como está escrito,</p><p>“e meu pecado está sempre diante de mim,” porque ele faz o homem pecar</p><p>diante do seu MESTRE todos os dias. E esta inclinação do mal não</p><p>abandona o homem desde o dia em que ele nasce e para todo o tempo. E a</p><p>inclinação boa vem até uma pessoa desde o tempo em que ela vem para ser</p><p>purificada.</p><p>17) Aquele que não segue a inclinação do mal e não é orgulhoso de todo,</p><p>que baixa seu espírito, seu coração e sua vontade para com o CRIADOR, a</p><p>inclinação do mal é derrubada e se torna sua escrava, dado que ela não o</p><p>consegue controlar. Pelo contrário, esse homem controla-a, como está</p><p>escrito, “e vós podeis governar sobre ela.”</p><p>45) Uma oração de muitos sobe diante do CRIADOR e o CRIADOR coroa-se a</p><p>SI MESMO com essa oração, uma vez que ela sobe de várias maneiras. Isto</p><p>assim é porque um pede Chasadim, o outro Gevurot, e um terceiro</p><p>Rachamim. E ela consiste de vários lados: o lado direito,</p><p>o esquerdo, e o</p><p>médio. Isto assim é porque Chasadim se prolongam do lado direito, Gevurot</p><p>do lado esquerdo, e Rachamim da o lado médio. E porque ela consiste de</p><p>vários caminhos e lados, ela se torna uma coroa sobre a cabeça do JUSTO</p><p>QUE VIVE PARA SEMPRE, Yesod, que concede todas as salvações à Nukva,</p><p>e dela ao público inteiro.</p><p>Mas uma oração daquele que não abrange todos os lados; ela é somente de</p><p>uma maneira. Ora um pede Chasadim ou Gevurot ou Rachamim. Assim, uma</p><p>oração de um não é erguida para ser recebida como a oração de muitos, pois</p><p>ela não inclui todas as três linhas como a oração de muitos.</p><p>46) Felizes são Israel, pois o CRIADOR os deseja e lhes dá a verdadeira lei,</p><p>para serem recompensados por ela com a vida interminável. O CRIADOR</p><p>atrai a vida superior sobre qualquer um que se envolva na Torá, e o trás à</p><p>vida do mundo vindouro, como está escrito, “pois ELE é vossa vida, e a</p><p>duração de vossos dias.”</p><p>65) A oração de todo o homem é uma oração. Mas a oração do pobre é a</p><p>oração que se firma diante do CRIADOR, pois ela quebra portões e portas, e</p><p>entra e é admitida diante DELE. “…e derrama seu queixume diante do</p><p>SENHOR.”</p><p>69) Um deve primeiro louvar seu MESTRE e então orar sua oração.</p><p>90-91) Quando o CRIADOR ergue Israel e os livra do exílio, uma abertura</p><p>muito pequena e fina de luz se abrirá para eles, até que o CRIADOR abra</p><p>para eles os portões superiores que são abertos para as quatro direcções do</p><p>mundo. Isto asim é para que sua salvação não apareça de uma vez, mas</p><p>como a auróra, que brilha gradualmente mais clara até que o dia se ponha.</p><p>E tudo o que o CRIADOR faz a Israel e aos justos entre eles, quando ELE os</p><p>liberta pouco a pouco e não de uma vez, é como uma pessoa que está no</p><p>escuro e sempre esteve no escuro. Quando lhe quer dar luz, primeiro precisa</p><p>de acender uma pequena luz, como o olho de uma agulha, e então um pouco</p><p>maior. Assim, cada vez um pouco mais até que a luz adequadamente brilhe</p><p>para ela.</p><p>121) Há sublimes segredos nas palavras da Torá, que são diferentes umas</p><p>das outras, mas todas são uma.</p><p>126) Pois tudo no mundo depende do ALTO: quando eles primeiro decidiram</p><p>no acima, assim são decididos abaixo. E também, não há governo abaixo até</p><p>que o governo seja dado do alto. E também, todas as coisas dependem uma</p><p>da outra, pois tudo o que é feito neste mundo depende do que é feito acima.</p><p>164) Quão favorecidos são Israel diante do CRIADOR, pois vós não tendes</p><p>uma nação ou uma língua entre todas as nações idolatras no mundo que</p><p>tenha deuses que respondam a suas orações como o CRIADOR está</p><p>destinado a responder às orações e pedidos de Israel em qualquer tempo</p><p>que necessitem que a oração seja respondida. Isto assim é porque eles oram</p><p>somente pelo seu grau, que é Divindade. Isto é, cada vez que oram, é pela</p><p>correcção da Divindade.</p><p>250-253) O CRIADOR colocou todas as nações idolatras no mundo sob</p><p>certos ministros nomeados, e elas seguem seus deuses. Todas derramam</p><p>sangue e fazem a guerra, roubam, cometem adultério, se misturam entre</p><p>todos aqueles que agem para prejudicar e sempre aumentam sua força para</p><p>prejudicar.</p><p>Israel não têm a força e poder para as derrotar, senão com suas bocas, com</p><p>oração, como um verme, cuja única força e poder está na sua boca. Mas com</p><p>a boca, ele quebra todas as coisas, e é por isso que Israel são chamados</p><p>“um verme.”</p><p>“Não temeis, vós verme de Jacó.” Nenhuma outra criatura no mundo é como</p><p>esse verme tecedor de seda, de onde todas as vestes de honra vêm, o</p><p>vestuário dos reis. E depois de tecer, ele semeia e morre. Posteriormente,</p><p>dessa mesma semente, ele é reanimado como antes de morrer e vive</p><p>novamente. Tais são Israel. Tal como esse verme, até quando morrem, eles</p><p>regressam e vivem no mundo como antes.</p><p>Também se diz, “como o barro nas mãos do oleiro, assim vós, a casa de</p><p>Israel, estais nas MINHAS mãos.” O material é esse vidro; embora ele</p><p>quebre, ele é corrigido como anteriormente. Tais são Israel: embora eles</p><p>morram, eles vivem novamente.</p><p>254) Israel é a árvore da vida, ZA. E porque os filhos de Israel se apegaram à</p><p>árvore da vida, eles terão vida, e eles se levantarão da poeira e viverão no</p><p>mundo, eles se tornarão uma nação, servindo o CRIADOR.</p><p>Parashat VaYéshev</p><p>VaYéshev (E Jacó Se Sentou)</p><p>(Génesis, 37:1-40:23)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, VaYéshev (E Jacó Se Sentou), Jacó mora na terra de Canaã. O</p><p>protagonista desta porção é José, o filho mais novo de Jacó. José foi dotado</p><p>com uma aptidão para sonhos proféticos. Ele conta-lhes sobre isso e trás</p><p>sua inveja contra ele.</p><p>Seus irmãos conduzem o gado até Shéchem (Siquém) para lá pastar, e seu</p><p>pai o envia até eles. No seu caminho ele encontra um homem e pergunta-lhe</p><p>sobre seus irmãos: "Procuro meus irmãos" (Génesis 37:16). Na altura em</p><p>que José encontra seus irmãos, eles já conspiram matá-lo devido a sua</p><p>inveja. Rúben consegue preveni-los de cometerem o assassinato. Em vez</p><p>disso, os irmãos decidem jogar José para um fosso, planeando vendê-lo aos</p><p>Ismaelitas. Uma escolta de Midianitas que está de passagem leva José com</p><p>eles até ao Egipto.</p><p>Quando José chega ao Egipto, ele esconde-se na casa do capitão da guarda</p><p>de Faraó, Potifar. A esposa de Potifar tenta seduzir José mas ele recusa-a.</p><p>Ela vinga-se ao reclamar que José se tentou forçar nela. José é jogado para</p><p>a masmorra como resultado.</p><p>No fosso, José encontra dois oficiais de Faraó, o copeiro chefe e o padeiro</p><p>chefe. Ele interpreta seus sonhos e prevê que dentro de três semanas o</p><p>chefe copeiro será libertado, e o chefe padeiro será enforcado. José pede ao</p><p>chefe copeiro que assim que seja liberto, vá até ao Faraó e lhe diga que José</p><p>está preso sem razão e que peça sua libertação.</p><p>Comentário</p><p>Esta porção contém uma mensagem espiritual profunda. Ela narra a</p><p>correcção da alma, que é o propósito na vida do homem, e a razão pela qual</p><p>a Torá foi dada. Inicialmente, a inclinação do mal aparece, como está escrito,</p><p>"EU criei a inclinação do mal, EU Criei para ela a Torá como tempero”</p><p>(Masechet Kidushin, 30b), pois “a luz nela a reforma” (Eichá, “Introdução,”</p><p>Parágrafo 2).</p><p>“Reformar” significa regressar a um estado de "ama teu próximo como a ti</p><p>mesmo." Isto é, ela trás-nos de volta à qualidade de doação, à semelhança</p><p>com o Criador. É isso que devemos concretizar, como está escrito,</p><p>"Regressai, Ó Israel para o SENHOR vosso DEUS” (Oseias 14:2).</p><p>A Torá demonstra como o ego, a vontade de receber, continua a mudar até</p><p>que seja corrigida. No exemplo demonstrado nesta porção, vemos como</p><p>todas as nossas qualidades se conectam, então se separam, manifestando</p><p>desequilibro entre elas até que produzam qualidades mais avançadas que</p><p>sejam mais próximas da doação.</p><p>Jacó é o princípio da qualidade de doação dentro de nós.</p><p>Abraão, Isaac e Jacó são os três patriarcas. Jacó é na realidade o sénior,</p><p>contendo tanto o desejo de receber e o desejo de doar dentro de nós, pois</p><p>podemos somente suscitar a linha média usando ambos. A linha média,</p><p>Jacó, ainda não é atribuído ao nível de implementação em nós, mas ao nível</p><p>de tomada de decisões.</p><p>A expressão do nível de Jacó da implementação é seus filhos, desde Rúben,</p><p>o mais velho, a José, o mais novo. E precisamente nesta hierarquia que</p><p>pendem as qualidades dentro de nós. É assim que o ego, em todas as suas</p><p>formas (ainda incorrectas), é corrigido. Aquele que as completa é José, o</p><p>justo. Ele reune todas as qualidades anteriores na qualidade de Yesod</p><p>(fundação), que se chama "o justo José.") ou "um justo, a fundação do</p><p>mundo.”</p><p>(Provérbios 10:25).</p><p>Por um lado, José usa todas suas qualidades anteriores - Kéter, Chochmá,</p><p>Biná, Chésed, Gevurá, Tiféret, Netzách, Hod e Yesod - mas por outro lado,</p><p>ele precisa de os conduzir até Malchut. Malchut é a vontade de receber</p><p>egoísta, Faraó, Egipto, simbolizando a totalidade de nossos egos.</p><p>Assim que tenhamos alcançado um estado de descobrir no interior estas</p><p>qualidades de doação - desde Abraão, a qualidade de Chésed, passando por</p><p>Gevurá, Tiféret, Netzách, Hod e até Yesod, que é José — está na hora de</p><p>abandonarmos os pais e pertencermos à vontade de receber. Primeiro,</p><p>precisamos de permear a vontade de receber, e então a vontade de receber</p><p>nos permeará.</p><p>Assim que sejamos permeados por ambas as qualidades - recepção e</p><p>doação - e devemos ver que primeiro, a qualidade de doação entra na</p><p>qualidade de recepção e começa a corrigi-la. Somente então começa ela a</p><p>remover a parte da vontade de receber que pode ser corrigida.</p><p>Isso é semelhante a um educador que trabalha com um bando de</p><p>criminosos.</p><p>Ele consegue levar os membros mais avançados do grupo que estão</p><p>dispostos a trabalhar com ele, e os trazer à correcção. Por outras palavras,</p><p>quando entramos na vontade de receber, entramos no exílio. E quando</p><p>saindo dele, saímos com "grande substância," ou seja com vários "vilões"</p><p>que desejaram correcção e a consideram redenção. Assim que eles são</p><p>corrigidos, eles têm "grande substância" porque eles adquiriram poder</p><p>adicional na qualidade geral de doação.</p><p>Assim, através de todos esses exílios e redenções, corrigimos a inteira</p><p>inclinação do mal. É assim também como compreendemos o inteiro</p><p>processo, como chegamos a conhecer o plano da Criação, e como nos</p><p>tornamos similares ao Criador. José, a última das qualidades de doação,</p><p>atravessa muitos processos em prol de se separar da qualidade de doação e</p><p>se preparar para entrar na qualidade de recepção, vulgo, Egipto.</p><p>Esta é também a razão para sua contenção com seus irmãos. Eles odeiam-o</p><p>porque eles não conseguem compreender o que ele quer. Eles não</p><p>compreendem como o filho mais novo pode ser o maior. Mas José é</p><p>diferente deles.</p><p>Banim (filhos) é três vezes Yod-Hey-Vav-Hey, em três linhas. Estes são os</p><p>doze filhos. Não só José é o maior porque ele está disposto a se conectar</p><p>com eles, mas os outros também se dobram para ele, se rendem para ele.</p><p>Enquanto não entrarem na Malchut, enquanto ele se encontrar misturado já</p><p>com o Egipto, eles aceitam-o porque podem ver como essa situação pode</p><p>ser mais tarde realizada na vontade de receber pelo propósito da correcção.</p><p>Sucede-se que atravessamos fases que nos parecem completamente</p><p>incorrectas e más, tal como não compreendemos a conduta de seus irmãos</p><p>com José. Jacó sofre e está desamparado. Os irmãos desejam matar José e</p><p>mentem a Jacó, mas estranhos salvam José do fosso, embora sua intenção</p><p>seja vendê-lo.</p><p>É assim que nos tornamos separados de nossas anteriores qualidades.</p><p>Acumulamos essas qualidades anteriores dentro das qualidades de Yesod, a</p><p>qualidade de José, e nos separamos a nós mesmos de as usar. Colocando-o</p><p>diferentemente, deixamos a terra de Canaã e entramos no Egipto.</p><p>No Egipto, quando entramos em contacto com a vontade de receber, quando</p><p>a qualidade de doação entra na qualidade de receber, a vontade de receber</p><p>imediatamente sente quanto pode ela ganhar e lucrar disso. Se fosse só</p><p>outra forma de recepção, não importaria assim tanto. Mas se podemos doar</p><p>em prol de receber, então somos como comerciantes. Calculamos toda a</p><p>maneira de doação que podemos somar à vontade de receber ao nos</p><p>conectarmos a todas as coisas e através da negociação podemos ganhar</p><p>lucros delas para nós mesmos.</p><p>Desta maneira, descobrimos que a qualidade de José pode ser muito</p><p>lucrativa para a vontade de receber. Um se sente mais retorcido, mais</p><p>poderoso e mais bem sucedido que os outros. Um não se comporta tão</p><p>agressivamente em prol de receber, mas em vez disso obtém pela</p><p>deliberação: "Vos venderei isto e me vendereis aquilo." Este é um</p><p>desenvolvimento do ego.</p><p>É por isso que, quando a qualidade de José se mistura com nossa vontade</p><p>de receber, como José se misturou no Egipto, ela trás grandes lucros para</p><p>aqueles que estão com ele no Egipto, ou seja para nossas formas</p><p>egocêntricas.</p><p>De facto, o lucro é tão grande que desenvolvemos um desejo de o usar em</p><p>prol de receber, mas o humano em nós não consegue concordar com isso.</p><p>Foi isto que aconteceu quando José chegou à casa de Potifar. Quando ele</p><p>chegou, ele estava bem, mas com sua esposa passou o limite. Aqui, o</p><p>humano em nós vê que há um desejo de o explorar em prol de receber, ou</p><p>seja para nos separar de nossa fundação, e isto é algo com o qual não</p><p>conseguimos concordar. Quando discordamos disso, sentimo-nos</p><p>desamparados, aprisionados e encarcerados.</p><p>Essa sensação dura muito tempo e cresce durante as "forças" estranhas, o</p><p>chefe copeiro e o chefe padeiro, no estado de estar na prisão. Estas</p><p>qualidades dentro de nós estão em contacto com o José dentro de nós. Elas</p><p>trazem-nos a Faraó e acompanham-nos.</p><p>A qualidade do chefe padeiro é destruído porque ele pertence às forças de</p><p>doação do ego, com as quais José compreende que não consegue trabalhar.</p><p>Mas as forças do ego de recepção - o chefe copeiro, que é equivalente ao</p><p>vinho - são aqueles que despertam. O chefe copeiro não salva José</p><p>imediatamente, mas somente depois de despertarmos da queda, da descida.</p><p>Em prol de subirmos de um grau para o próximo, sonhamos. Um sonho é um</p><p>estado de perder o estado anterior e alcançar um novo. Precisamos de ser</p><p>invertidos para renascermos.</p><p>Experimentamos três estados: deitar-nos, sentar-nos e levantar-nos.</p><p>"Deitar-nos" é o estado de sonhar. Quando nesse estado, nossa cabeça,</p><p>corpo e pernas estão todos no mesmo nível, indicando que não temos nem</p><p>intelecto nem sabedoria. Mas é precisamente nesta forma que adquirimos os</p><p>Kelim (vasos) do próximo grau e nos tornamos invertidos, tal como um bebé</p><p>recém-nascido emerge do ventre de sua mãe. Enquanto no ventre, ele está</p><p>com sua cabeça para cima, mas perto do nascimento ele vira-se ao</p><p>contrário, e assim que está fora, ele vira-se para cima novamente.</p><p>"Deitar-nos" significa perder todas nossas Mochin (luz de Chochmá,</p><p>sabedoria). É assim que devemos transferir de um estado para o próximo.</p><p>Por um lado, perdemos nosso grau anterior, e por outro lado, começamos a</p><p>adquirir o próximo grau, que se torna um inteiro novo mundo para nós. Esta</p><p>é a visão interior com a qual começamos a compreender o sentido de</p><p>"amanhã," o próximo grau no qual entramos.</p><p>Este grau nada se assemelha aos sonhos no nosso mundo. Em vez disso,</p><p>aqui a Torá conta-nos sobre a entrada para um nível mais alto. No estado de</p><p>sonho, vemo-nos a nós mesmos em formas mais avançadas, sabendo como</p><p>usar tais qualidades como o chefe copeiro, o chefe padeiro e Faraó, e</p><p>podemos avançar com elas pois elas já estão formadas no interior.</p><p>No fim, quando José é encarcerado devido à esposa de Potifar, ele descobre</p><p>dentro dele as qualidades do chefe copeiro e o chefe padeiro. Precisamente</p><p>porque ele mata o chefe padeiro e nutre a qualidade do chefe copeiro, ele</p><p>chega à casa de Faraó.</p><p>Pela evolução das gerações há ódio entre irmãos - entre Caim e Abel, entre</p><p>Isaac e Ismael e entre Jacó e Esau. Este ódio é definido como Klipa</p><p>(casca/pele) e Kedushá (santidade). Nesta porção, há doze irmãos, os filhos</p><p>de Jacó, que são as qualidades do homem, mas não há ódio tal entre eles</p><p>que estejam dispostos a matar a qualidade chamada "José."</p><p>Contudo, o ódio é somente para José. Os irmãos compreendem-se uns aos</p><p>outros. Cada um deles representa uma qualidade diferente dentro de nós.</p><p>Nós temos muitas qualidades, mas nenhum conhecimento de como as</p><p>integrar na linha média. Não compreendemos como trabalhar com as várias</p><p>qualidades juntas, ou seja com nossos egos, nossa vontade de receber.</p><p>A coisa interessante sobre José é que ele conta a seus irmãos, "Uma pessoa</p><p>tem um desejo egoísta, não as qualidades de doação que vós tendes. Isto é,</p><p>eu posso conectar vossas qualidades ao desejo egoísta; Eu sei como o</p><p>fazer." Deste modo, cada um que representa uma certa qualidade sabe que</p><p>através da doação ele alcançará alguma coisa, da direita ou da esquerda -</p><p>para Chésed, para Gevurá, para Tiféret, para Netzách, para Hod, excepto</p><p>Yesod.</p><p>A inteira estrutura dos doze irmãos, doze filhos de Jacó, é que todos eles</p><p>trabalhem acima do ego, acima</p><p>da vontade de receber, doando em prol de</p><p>doar. Isto assim é porque a linha média, Jacó, que ainda pertence à cabeça,</p><p>ao grau dos patriarcas, gera todas as qualidades dos irmãos excepto aquela</p><p>de José, e todos eles estão também, em doação, de baixo para cima.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Então porque Jacó o compreendeu e até amou José?</p><p>Jacó amou José pois ele era uma continuação de si mesmo; ambos estavam</p><p>na linha média — Jacó em Tiféret e José em Yesod.</p><p>O que significa que cada irmão representa uma certa qualidade?</p><p>Os doze filhos de Jacó são qualidades que se relacionam à doação. Na</p><p>realidade, eles são onze, porque José não tem qualidade; ele é uma colecção</p><p>de qualidades.</p><p>A ideia por trás da qualidade de José em nós é que podemos pegar em todas</p><p>essas qualidades, as fundi-las com diferentes combinações, e as usarmos</p><p>com nossos egos. Por outras palavras, podemos começar a trabalhar com o</p><p>ego para que ele trabalhe com essas qualidades e as apoie. Desta maneira,</p><p>podemos nos corrigir a nós mesmos. Estas qualidades não compreendem</p><p>como é possível roubar em prol de doar.</p><p>O que é uma qualidade? É roubar uma qualidade? São a ira e preguiça</p><p>qualidades?</p><p>Chésed, por exemplo, é a qualidade de doação. Num estado de Chésed, uma</p><p>pessoa está em Chasadim (misericórdia). Tal pessoa dá, contribui e faz tudo</p><p>aquilo que ele ou ela possa. Isto pede a pergunta, "Como se pode juntar</p><p>nosso ego à nossa Chésed?" Uma pessoa pode dar, mas somente se for em</p><p>prol de ganhar lucros. De facto, é assim que José é usado no Egipto,</p><p>primeiro na casa de Potifar, então com Faraó.</p><p>José trás-lhes a qualidade de Chasadim e eles usam-a. O Egipto torna-se</p><p>rico e próspero através de José porque todos os egoístas compreendem que</p><p>a doação faz todos beneficiarem egosticamente.</p><p>Contudo, as qualidades de doação em si mesmas não compreendem como é</p><p>possível usar o ego em prol de as apoiar. Esta é a essência do contraste</p><p>entre Abraão e Isaac, que amou Ismael porque a qualidade pura não</p><p>consegue manter sua forma limpa e ao mesmo tempo se conectar com</p><p>Malchut, a vontade de receber.</p><p>Há um processo muito especial e complicado aqui de ódio e</p><p>desentendimentos entre eles. Mas José consegue conectar as qualidades da</p><p>doação à vontade de receber para que, eventualmente, isso beneficie as</p><p>qualidades de doação. Os irmãos - qualidades de doação dentro de nós - não</p><p>compreendem como é isto possível, então eles protestam. Nós, também, não</p><p>compreendemos como é isto possível.</p><p>A sabedoria da Cabala ensina-nos como usarmos as qualidades de doação</p><p>em prol de corrigirmos nossos egos. Além da Cabala, ninguém lida com isso</p><p>porque ninguém tem o médo das três linhas. Todas as religiões, fés, e</p><p>métodos estão aparentemente acima do ego; nós subimos ostensivamente</p><p>acima do ego como se não fossemos egoístas, e estamos todos em doação.</p><p>Significa isso que o "eu" vive entre as duas linhas?</p><p>Sim, mas somente as qualidades de José e Jacó. Jacó está nesta qualidade</p><p>na linha média na cabeça, e José está no fim da linha média, na entrada para</p><p>Malchut, pois ele é Yesod. Em José há contacto com a casa de Faraó desde</p><p>o início, e então com o próprio Faraó. Foi isto o que ele entendeu mal; os</p><p>irmãos não conseguem compreender o que ele quer fazer. Eles pensam que</p><p>seu contacto com o ego, a vontade de receber, os prejudicará.</p><p>Nós somos o mesmo por dentro, como na sociedade humana. Podemos ver</p><p>que todos odeiam a sabedoria da Cabala. Ninguém entende o que ela faz,</p><p>nem sequer sabe para que serve porque a Cabala lida com coisas estranhas</p><p>- a correcção do homem, a correcção da alma. Parece irracional pegar</p><p>nessas qualidades sublimes - doação e Divindade - e as conectar ao ego,</p><p>aos desejos de roubar, violar, os piores níveis do ego. Mas é por esta razão</p><p>que este método é chamado "a sabedoria da Cabala (Hebraico: recepção)":</p><p>ela ensina como usar a pior vontade de receber em prol de alcançar o amor</p><p>precisamente através dela.</p><p>Nenhuns outros métodos podem alcançar a correcção do homem, um estado</p><p>de "Ama teu próximo como a ti mesmo." É por isso que todos se esquecem</p><p>desta regra da Torá e não roubam dela. Somente a sabedoria da Cabala nos</p><p>corrige. Devemos recordar-nos que todos aqueles que trabalham "acima" do</p><p>ego, toda a religião e fé, não compreendem como é possível corrigir o ego</p><p>do homem, então eles realizam gestos superficiais sem mergulhar no ego e</p><p>genuinamente atender a ele. Eles não lidam com a essência: "EU criei a</p><p>inclinação do mal; EU criei para ela a Torá como tempero."</p><p>Nesta porção, vemos pela primeira vez quão difícil é lidar com isso.</p><p>Doravante, haverá uma razão para todas as ruínas, transgressões, os</p><p>problemas no deserto e todas as guerras. O problema que ainda permanece</p><p>é como juntar adequadamente as qualidades de doação com as qualidades</p><p>de recepção em nós, para corrigir nossos egos.</p><p>Como podemos deduzir disso a respeito do que hoje acontece no mundo?</p><p>Afinal, hoje o mundo está escravizado aos nossos egos. Quem é o José de</p><p>hoje?</p><p>Os Josés de hoje são aqueles que têm o método para corrigir o ego, que</p><p>está a aparecer no mundo através da força superior. Por outras palavras, são</p><p>aqueles que estudam a sabedoria da Cabala, como está escrito, "EU criei</p><p>para ela a Torá como tempero," pois "a luz nela a reforma." O método da luz</p><p>é a sabedoria da Cabala, e é muito difícil explicá-la ao mundo. E também</p><p>difícil aceitar que há uma maneira de corrigir o ego, o ódio reciproco, as</p><p>crises que experimentamos, que são os resultados dos nossos egos.</p><p>José não tentava explicar coisa nenhuma; ele foi simplesmente vendido à</p><p>escravidão, foi para o Egipto e lá se misturou. Porque precisamos de a</p><p>explicar hoje?</p><p>Hoje é o que precisamos de fazer: explicar ao disseminar a sabedoria da</p><p>Cabala, que é chamada "o Shofar (chifre) do Messias." Devemos circulá-la e</p><p>espalhá-la pelo mundo porque ao assim fazer nos tornamos incluídos nas</p><p>nações do mundo, como foi José no Egipto. Desta maneira, plantamos as</p><p>sementes da doação que farão todos começarem a compreender a razão</p><p>para todos os problemas até que eles, também, possam subir.</p><p>Estes problemas estão a intensificar-se e não há modo de os evitar devido a</p><p>nossa descida, nossa evolução, é contínua. O presente estado das coisas é</p><p>uma causa para a guerra. A guerra de Gog uMagog deriva da mesma razão,</p><p>como todas nossas guerras. Nós encontramo-nos no ponto de ruptura, e</p><p>esta porção é muito pertinente e significativa.</p><p>O ponto focal do problema é ódio sem fundamento entre irmãos, e este é o</p><p>estado em que nos encontramos hoje. Por um lado, parece que não há nada</p><p>que possamos fazer; o ódio existe entre as pessoas, bem como para a</p><p>sabedoria da Cabala. Além do mais, ele é esperado se intensificar, pois é</p><p>difícil para as pessoas entenderem a sabedoria da Cabala apesar de todas as</p><p>explicações. Por outro lado, este mesmo ponto revela os dois opostos</p><p>dentro de nós: a alma e o corpo. É impossível os desconectar, e José é o</p><p>ponto que os conecta.</p><p>Termos</p><p>José</p><p>Yosef (José) é Yesod, uma qualidade que inclui todas nossas boas</p><p>qualidades, as qualidades de doação. Ele é uma colecção de todas as</p><p>qualidades de doação e porque ele não tem nada seu mas a colecção de</p><p>prévias qualidades, ele consegue conectar-se com a qualidade de recepção.</p><p>Esta qualidade consegue conectar dentro dela todas as qualidades de</p><p>doação na sua parte superior, e todas as qualidades de recepção na sua</p><p>parte inferior. Isso é José pois ele colecta todas as qualidades dentro dele..*</p><p>Yosef é também chamado "a fundação do mundo," uma vez que o mundo</p><p>verdadeiramente aparece nesta qualidade, uma colecção de duas forças -</p><p>doação e recepção - onde o Criador e a criatura se encontram.</p><p>A Túnica Listrada</p><p>A túnica listrada são três listras, que na realidade são duas, aparentemente</p><p>brancas e pretas, pois ela é feita de lã, que é tanto preta como branca.</p><p>Contudo, a partir do preto e branco emerge uma linha média que não existe</p><p>na realidade. Ela não existe na túnica, mas</p><p>é o humano que a faz. Quando</p><p>usando a túnica listrada, uma pessoa torna-se a linha média entre as duas</p><p>listras.</p><p>Eu Procuro Meus Irmãos</p><p>José compreende que sem o poder de todas as qualidades acima dele - seus</p><p>irmãos - ele não será capaz de lidar com o Egipto. É aqui que ele os encontra</p><p>no Egipto ele diz, "Quão bom e quão agradável é que irmãos se sentem</p><p>juntos" (Salmos, 133:1). Isso significa que agora realmente se torna aparente</p><p>de quão bom é que eles estejam misturados no Egipto, e que haja uma</p><p>abertura para a correcção do Egipto, uma porta para a correcção do ego do</p><p>homem.</p><p>De O Zohar: E um Homem o Achou</p><p>“Yosef foi a aliança superior, Yesod de ZA. Enquanto a aliança, que é Yosef,</p><p>existiu, a Divindade existiu como devia, pacificamente em Israel. Desde que</p><p>Yosef, a aliança superior, deixou o mundo, pois ele foi vendido para a</p><p>escravidão, a aliança e Divindade e Israel todos foram exilados."</p><p>Zohar para Todos, VaYéshev (E Jacó Se Sentou), item 104</p><p>* O nome José (Yosef) vem da palavra Osef (colectar/reunir).</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYeshév</p><p>VaYeshév [E Jacó Se Sentou]</p><p>1-2) Quantos escarnecedores há para uma pessoa desde o dia em que o</p><p>CRIADOR lhe dá uma alma neste mundo? E porque ela veio para o mundo, a</p><p>inclinação do mal imediatamente aparece para participar com ela, como está</p><p>escrito, “Pecato rasteja à porta,” pois então a inclinação do mal participa</p><p>com ela.</p><p>Uma besta olha por si mesma desde o dia em que ela nasce, e foge do fogo e</p><p>de qualquer mau lugar. Quando um homem nasce, ele imediatamente se joga</p><p>a si mesmo para o fogo, dado que a inclinação do mal está dentro dele e</p><p>prontamente o incita para o mau caminho.</p><p>10-11) Um homem justo é uma pessoa que não acredita nessa astuta ímpia, a</p><p>inclinação do mal, uma vez que ela fez seus argumentos antes da chegada</p><p>da sua amiga, a boa inclinação. Em vez disso, ele mantém a outra, e sua</p><p>amiga chegou e questionou-o. É nisto que as pessoas falham de serem</p><p>recompensadas com o mundo vindouro.</p><p>Mas um justo, que teme seu MESTRE, quanto mal sofre ele neste mundo de</p><p>modo a não acreditar e participar com a inclinação do mal? Mas o CRIADOR</p><p>salva-o de todos eles, como está escrito, “Muitos são os males do justo, mas</p><p>o SENHOR o liberta de todos eles.” O texto [em Hebraico] não diz, “Muitos</p><p>são os males do justo, “ mas “Muitos males, justo.” Assim, aquele que sofre</p><p>muitos males é justo porque o CRIADOR o quer. Isto assim é porque os</p><p>males que ele sofre o removem da inclinação do mal, e por esta razão o</p><p>CRIADOR quer essa pessoa e a liberta de todos eles. E ela é feliz neste</p><p>mundo e no mundo vindouro.</p><p>26-28) Quando há juizo sobre o homem, e ele é justo, isso é devido ao amor</p><p>do CRIADOR por ele. É como nós aprendemos, que quando o CRIADOR é</p><p>misericordioso para o homem com amor, que o aproxima DELE, ELE quebra</p><p>o corpo de modo a ordenar a alma. E então o homem se aproxima DELE com</p><p>amor, como deve ser—a alma governa o homem e o corpo enfraquece.</p><p>O homem necessita de um corpo fraco e uma alma forte, uma que prevaleça</p><p>com força. E então o CRIADOR ama-o. O CRIADOR dá tristeza ao justo neste</p><p>mundo de modo a purificá-lo para o mundo vindouro.</p><p>E quando a alma é fraca e o corpo é forte, ele é um inimigo do CRIADOR,</p><p>pois ELE não o deseja e não lhe dá tristeza neste mundo. Em vez disso, seu</p><p>caminho é directo e ele está em completa inteireza. Isto assim é porque se</p><p>ele age justamente ou se suas acções são boas, o CRIADOR paga sua</p><p>recompensa neste mundo, e ele não terá quota no mundo vindouro. Por esta</p><p>razão, o justo que está sempre quebrado é amado pelo CRIADOR. Estas</p><p>palavras se aplicam somente se um tiver testado e não tiver achado dentro</p><p>dele um pecado pelo qual ser punido.</p><p>29) A Divindade não mora num lugar de tristeza, mas num lugar de alegria. E</p><p>se um não tiver alegria, Divindade não estará nesse lugar.</p><p>38) Isto assim é porque assim que o corpo quebra através do defeito e da</p><p>Katnut da alma, pela qual o Kli de receber a Gadlut da alma foi criado, então</p><p>o CRIADOR os quer. Mas antes do corpo quebrar devido a este defeito na</p><p>alma, o CRIADOR não os quer porque eles são desadequados para receber a</p><p>luz de Neshamá.</p><p>60) Cada uma das almas no mundo, que existiram neste mundo e tentaram</p><p>conhecer seu MESTRE com a sublime sabedoria, sobem e existem num</p><p>grau mais alto que todas essas almas que não alcançaram e não</p><p>conheceram. E elas serão reanimadas primeiro. E esta é a questão que esse</p><p>servo estava prestes a questionar e a conhecer, “No que esteve a alma</p><p>envolvida, neste mundo?” para saber se ela é digna de ser reanimada</p><p>primeiro.</p><p>120) “A lei do SENHOR é perfeita, restaurando a alma.” As pessoas devem</p><p>mergulhar na Torá abundantemente, pois qualquer um que mergulhe na Torá</p><p>terá vida neste mundo e no mundo vindouro, e ele será recompensado com</p><p>ambos os mundos. E até aquele que mergulha nela, mas não mergulha nela</p><p>adequadamente, ainda assim lhe é concedida uma boa recompensa neste</p><p>mundo e não é julgado no mundo da verdade.</p><p>155) Quão tolas são as pessoas, pois elas não sabem e não observam os</p><p>caminhos do CRIADOR. Elas estão todas adormecidas, a menos que o sono</p><p>abandone os buracos dos seus olhos.</p><p>156) O CRIADOR fez o homem como ele e no alto, todo em sabedoria. E não</p><p>há um órgão num homem que não se firme em sublime sabedoria, pois cada</p><p>órgão implica um grau único. E depois do corpo inteiro estar</p><p>adequadamente corrigido em todos os seus órgãos, o CRIADOR participa</p><p>com ele, e insta uma sagrada alma dentro dele, para ensinar ao homem os</p><p>caminhos da Torá e para manter SEUS mandamentos para que o homem</p><p>seja adequadamente corrigido, como está escrito, “a alma do homem o</p><p>ensinará.”</p><p>157) Um deve aumentar a similaridade com o REI SUPERIOR no mundo. É</p><p>por isso que as águas desse rio que se prolonga e para fora flui (que é a</p><p>Yesod superior) nunca param. Assim, o homem, também, nunca deve</p><p>impedir o rio e sua fonte neste mundo, mas deve dar filhos.</p><p>223-224) Quando um vê que maus pensamentos vêm sobre ele, ele se deve</p><p>envolver na Torá, e eles partirão. Quando essa inclinação do mal vem para</p><p>tentar uma pessoa, ele deve atrai-la para a Torá, e ela o abandonará.</p><p>Aprendemos que quando o lado mau se encontra diante do CRIADOR para</p><p>acusar o mundo pelas más acções que ele fez, o CRIADOR tem misericórdia</p><p>do mundo e aconselha as pessoas a como serem salvas dele de modo a que</p><p>ele não as controle nem a suas acções. E qual é o conselho? É mergulhar na</p><p>Torá, e elas serão salvas dele, como está escrito, “Pois o mandamento é</p><p>uma vela e o ensinamento é luz,” “Para vos guardar da má mulher.” Assim, a</p><p>Torá guarda um da inclinação do mal.</p><p>228) Felizes são Israel, pois eles aderem ao CRIADOR como deve ser, e ELE</p><p>dá-lhes o conselho pelo qual serem salvos de todos os outros lados no</p><p>mundo, uma vez que eles são uma nação sagrada para SUA quota e para</p><p>SEU lote. Assim, ELE lhes dá conselho sobre toda e cada coisa. Felizes são</p><p>eles neste mundo e no próximo.</p><p>252) E aquele que mergulha na Torá e boas acções causa à assembleia de</p><p>Israel, Divindade, a levantar sua cabeça enquanto no exílio. Felizes são</p><p>aqueles que mergulham na Torá durante o dia e à noite.</p><p>Zohar Hadash, VaYeshév [E Jacó Se Sentou]</p><p>9) Quando uma pessoa se aproxima da Torá, que é chamada “boa,” ela se</p><p>aproxima do CRIADOR, que é chamado “bom.” Então ela se aproxima de ser</p><p>justa, que é chamado “bem.” e quando ela é justa, Divindade está sobre ela,</p><p>lhe ensinando os altos segredos da Torá pois a Divindade acasala somente</p><p>com o bem, que é justo. E o justo e justiça [Tzadik e Tzedek</p><p>respectivamente], que é a Divindade, andam juntos.</p><p>11-12) “Os olhos de tudo VOS aguardam,” aguardando o alto óleo de unção</p><p>que flui de Moach que está mais escondido que todos aqueles que estão</p><p>escondidos, de AA, iluminação de GAR, para todos, Yesod. E então “Lhes</p><p>dais seu alimento a seu tempo,” em Malchut, chamada “Seu tempo,” uma</p><p>vez que quando “tudo,” Yesod, desperta a noiva, a Assembleia de</p><p>Israel—Malchut,</p><p>EU sou ELE” aplicam-se ao CRIADOR e SUA</p><p>Divindade, ZA e sua Nukva. “EU” é a Divindade. “ELE” é o CRIADOR. No</p><p>futuro, no fim da correcção, a Nukva dirá, “Vede que EU,” Vav-Hey-Vav</p><p>somos um, como está escrito, “E a luz da lua será como a luz do sol,” ou</p><p>seja que a Nukva é igual a ZA.</p><p>“E não há DEUS em MIM” refere-se a outros deuses, SAM e a serpente, pois</p><p>então será revelado que SAM e a serpente nunca separaram entre o</p><p>CRIADOR e SUA Divindade, como está escrito, “Pela boca de duas</p><p>testemunhas ... será aquele que vai morrer condenado à morte,”</p><p>relacionando-se a SAM, que estava morto desde seu princípio e era senão</p><p>um servo para apressar a redenção de nossas almas.</p><p>Este é o sentido de “EU condenarei à morte e trarei à vida.” EU condenarei à</p><p>morte com MINHA Divindade aquele que é culpado, e EU trarei à vida com</p><p>minha Divinadde aquele que é inocente. A orientação do CRIADOR desde o</p><p>início aparecerá pelo mundo, e então, como está escrito, “Pecadores</p><p>cessarão da terra, e os ímpios não mais serão.” Isto é, inversamente ao que</p><p>nos parece durante os 6000 anos, que há um governo que contraria a</p><p>Kedushá, que são SAM e a serpente, como está escrito, “Quando o homem</p><p>governa sobre o homem isso é para seu prejudício,” então aparecerá para</p><p>todos—“EU condenarei à morte e trarei à vida” com MINHA Divindade, e não</p><p>há ninguém além d’ELE.</p><p>180-181) Os amigos lhe responderam: “Porque então é tudo isso? Ou seja,</p><p>se a razão inteira para a criação do homem é que ele se possa arrepender e</p><p>corrigir sua corrupção, então de que serve tudo isso? Teria sido melhor não</p><p>criar as trevas na Nukva, e que o homem não pecásse para começar.”</p><p>Rabbi Shimon respondeu aos amigos: “Se assim não fosse, que o CRIADOR</p><p>criou a boa inclinação e a má inclinação, que são luz e trevas, não haveriam</p><p>Mitsvot e transgressões para Adam de Beriá. Mas Adam [o homem] foi</p><p>criado de ambas, da luz e trevas, que é porque o escrito diz, “Vede, EU</p><p>coloquei perante vós neste dia vida e bem, e morte e mal,” portanto que é</p><p>por isto que há Mitsvot e transgressões no homem, e a escolha foi preparada</p><p>para ele, para escolher entre o bem e mal.”</p><p>Eles lhe responderam: “Para que serve tudo isso? Teria sido melhor se as</p><p>trevas não fossem criadas e não houvesse recompensa e punição para o</p><p>homem, em vez de ser criado, pecar, e causar todas essas muitas</p><p>corrupções que ele causou pelo seu pecado.”</p><p>Ele disse para eles, “Foi certo o criar na luz e nas trevas porque a Torá foi</p><p>criada para o homem, pois punição aos ímpios e recompensa aos justos</p><p>estão escritas nela, e não pode haver recompensa e punição senão em Adam</p><p>de Beriá, que consiste das luz e trevas, como está escrito, ‘ELE não o criou</p><p>um desperdício, ELE o formou para ser habitado.’ Isto é, o mundo não foi</p><p>criado para estar em caos, nas trevas, para os ímpios. Em vez disso, ‘ELE o</p><p>formou para ser habitado,’ para dar uma boa recompensa aos justos.</p><p>“A recompensa é o alcançar da Torá, como está escrito, ‘Pois a terra estará</p><p>cheia do conhecimento do SENHOR,’ uma vez que a Torá e o CRIADOR são</p><p>um. E se o homem não fosse criado na luz e trevas, nos quais escolher entre</p><p>o bem e mal e recompensa e punição são possíveis, não seria possível que</p><p>essa boa recompensa que é recebida na Torá, e pela qual ela foi criada, ser</p><p>revelada aos justos.”</p><p>Os amigos lhe contam: “Certamente, escutámos agora aquilo que até então</p><p>não escutámos. Agora está claro que o CRIADOR não criou qualquer coisa</p><p>que ELE não necessite.”</p><p>198) Filhos, vida e nutrições se prolongam aos inferiores somente do pilar</p><p>médio, chamado “MEU filho, MEU primogénito, Israel.” ELE é chamado “a</p><p>árvore da vida,” ou seja que o pilar médio, Israel, doa sobre a Divindade para</p><p>os inferiores. Doações de vida à Divindade são os filhos de Israel inferiores</p><p>que prolongam suas vidas a partir da Divindade e a doação dos segredos da</p><p>Torá aos inferiores é considerado as nutrições da Divindade. A oração, que é</p><p>seu Zivug com ZA, prolonga filhos, que são almas, aos inferiores. Diz-se</p><p>sobre ela que ele diz, “Dai-me filhos.”</p><p>200) Rabbi Shimon começou e disse, “Escutai, Ó superiroes, e reuni-de-vos,</p><p>Ó inferiores, moradores do seminário do alto e de baixo. Elias, conjuro-vos,</p><p>tomai permissão do CRIADOR e descei aqui abaixo, pois uma grande guerra</p><p>chegou até vós. Chanôch, Matat, descei aqui, vós e todos os habitantes do</p><p>seminário abaixo de vós, pois não é por minha glória que isto fiz, mas pela</p><p>glória da Divindade.”</p><p>Aqueles justos, os autores de O Zohar, e especialmente Rabbi Shimon, seus</p><p>pensamentos e palavras foram em acções reais, pois de acordo com a</p><p>qualidade das inovações na Torá que eles descobriram, os graus superiores</p><p>foram prontamente dispostos e ordenados segundo eles na realidade, pois o</p><p>justo constrói mundos com suas inovações na Torá. E Rabbi Shimon se</p><p>preparou a si mesmo aqui para combater com a serpente primordial e a</p><p>subjugar através da unificação de uma pedra e funda, e para abrir uma porta</p><p>para as pessoas do mundo, para que elas também soubessem subjugar a</p><p>serpente.</p><p>É sabido que um não consegue corrigir num lugar onde ele não se encontra</p><p>presente. Logo, Rabbi Shimon tinha de estar nesse tempo no lugar onde a</p><p>serpente estava para que ele fosse capaz de a subjugar. Para ser certificasse</p><p>que ele não corresse risco nesse lugar baixo, ele pediu assistência de Elias,</p><p>Matat, moradores do seminário superior e do inferior.</p><p>201) A oração deve ser elevada a um certo lugar. Como uma funda e pedra</p><p>arremessadas para um certo alvo, e um é cauteloso de modo a não falhar o</p><p>alvo então ele deve elevar seu pensamento e alvo na oração.</p><p>218) Está escrito, “Que as águas debaixo dos céus se reúnam.” “Que as</p><p>águas ... reúnam” é a Torá, chamada “água.” “Em um lugar” é Israel. Isso</p><p>assim é porque as almas de Israel se prolongam desse lugar, do qual foi</p><p>dito, “Abênçoada seja a glória do SENHOR do SEU lugar.” “A glória do</p><p>SENHOR” significa a Divindade inferior, Malchut. “Do SEU lugar” significa a</p><p>Divindade superior, Biná. Logo, Biná é chamada “um lugar,” e porque suas</p><p>almas são de Biná, que é chamada “um lugar,” o nome HaVaYaH está</p><p>certamente sobre elas. Diz-se sobre elas, “Pois a porção do SENHOR é SEU</p><p>povo,” como está escrito, “Que as águas se reúnam num lugar,” onde água</p><p>significa Torá, e “Um lugar” significa Israel, os receptores da Torá. Para</p><p>suscitar as nações do mundo, que não desejaram receber a Torá, e pelas</p><p>quais a terra permaneceu desolada e seca.</p><p>255) A Torá é chamada água, como está escrito, “Não há água senão a Torá.”</p><p>A origem da Torá são as duas tábuas do testemunho, que são Biná e</p><p>Malchut. É por isso que elas são chamadas “Duas tábuas de pedra,” pois</p><p>são nascentes de água, a Torá. Israel receberam as primeiras tábuas na</p><p>totalidade, como será no fim da correcção, como está escrito, “‘Está Charut</p><p>[gravado] nas tábuas,’ não o pronúnciais Charut, mas Cherut [liberdade], que</p><p>eles serão libertos do anjo da morte,” como será no fim da correcção.</p><p>Todavia, através do pecado do bezerro, eles corromperam a correcção e o</p><p>dominio do anjo da morte regressou sobre eles, as tábuas quebraram e lhes</p><p>foram dadas segundas tábuas—da vida e da morte.</p><p>A correcção inteira é somente ao prolongar a luz da Torá, uma vez que</p><p>através das MAN que Israel elevam ao manter os Mitsvot e boas acções, eles</p><p>causam Zivugim superiores que gradualmente revelam a luz da Torá a Israel</p><p>até que sejam recompensados através dela com o fim da correcção.</p><p>255) No fim da correcção, quando SAM é revogado, aparentará que SAM</p><p>nunca viveu. Em vez disso, unificação foi sempre o governador, como está</p><p>escrito, “Não há ninguém além d’ELE.”</p><p>260) Como com Adam HaRishon que ELE elevou em Gadlut dos BYA</p><p>separados ao Jardim do Éden de Atzilut, também o CRIADOR fará a uma</p><p>pessoa que se arrependa e se envolva na Torá.</p><p>280) É sabido que o Emanador iniciou a criação e a estabeleceu de um modo</p><p>que os filhos de Israel a pudessem terminar, como está escrito, “Vós estais</p><p>em parceria comigo,” EU comecei</p><p>chamada “O todo do SENHOR”—então ELE tem piedade do</p><p>mundo e todos os mundos estão em alegria e brincadeira da iluminação de</p><p>GAR.</p><p>Então está escrito, “VÓS abris VOSSA mão e satisfazeis a vontade de toda a</p><p>coisa viva.” Este é o desejo dos desejos, que desce de Mocha Stimaá de AA</p><p>a tudo, Yesod. E quando tudo é abençoado, todos os mundos são</p><p>abençoados, como está escrito, “O SENHOR é justo em tudo,” “O SENHOR é</p><p>proximo de tudo.”</p><p>Parashat Mikétz</p><p>Mikétz (No Final)</p><p>(Génesis, 41:1-44:17)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, Miketz (No Final), começa com o sonho de Faraó com sete vacas</p><p>saudáveis e bem alimentadas que vêm do Nilo, seguidas de sete vacas</p><p>magras e desnutridas. Num segundo sonho, Faraó vê sete espigas de trigo</p><p>saudáveis e cheias, seguidas de sete espigas que eram finas e</p><p>chamuscadas. Como com as vacas, as espigas finas comem as cheias.</p><p>Nenhum dos conselheiros do Faraó conseguiu interpretar seus sonhos. O</p><p>chefe copeiro, que foi salvo, recordou-se de José e seu presente de decifrar</p><p>sonhos. Ele tomou a oportunidade e pediu para tirar José da prisão. José</p><p>veio e solucionou o sonho de Faraó. Ele disse que haveriam sete anos de</p><p>prosperidade e fartura no Egipto, imediatamente seguidos de sete anos de</p><p>fome, e que Faraó se deveria preparar para eles. José também sugeriu como</p><p>Faraó se deveria preparar para eles. Faraó nomeou José como encarregado,</p><p>segundo somente ao rei, para que ele montasse os armazéns.</p><p>Certamente, os sete anos de fartura foram seguidos de sete anos de fome, e</p><p>a nação inteira se voltou para José para aliviar sua fome e os ajudar através</p><p>disso. Cada um, incluindo os filhos de Jacó, que estavam na terra de Israel,</p><p>vieram para o Egipto para evitar a fome. Os filhos de Jacó vieram até José,</p><p>mas eles não reconheceram seu próprio irmão. Inicialmente, José pensava</p><p>que eram espiões. Posteriormente, ele enviou Simeão para a prisão e disse</p><p>para seus irmãos, "Regressai, mas sem Simeão." José escondeu uma taça</p><p>nos pertences de Benjamin e declarou que se o ladrão que roubou a taça</p><p>fosse apanhado, ele seria condenado à morte, e todos seriam punidos.</p><p>Os irmãos regressaram para Jacó e contaram-lhe do pedido de José que seu</p><p>irmão, Benjamin, deveria descer ao Egipto com eles. Inicialmente, Jacó</p><p>recusou enviar Benjamin de volta a Faraó pois ele já havia perdido José e</p><p>Simeão, mas ele finalmente concordou em libertá-lo.</p><p>A porção descreve os diferentes apuros que José fez seus irmãos</p><p>atravessar, os fazendo se separarem, mas os irmãos reforçaram sua</p><p>unidade.</p><p>A porção termina com todos estarem no Egipto. Benjamin é acusado de</p><p>roubar a taça, e José decide mantê-lo como escravo.</p><p>Comentário</p><p>Estas histórias representam diferentes estados que devemos atravessar à</p><p>medida que avançamos na correcção de nossas almas. A Torá conta-nos</p><p>como devemos executar a correcção.</p><p>Não há necessidade de corrigir-mos nossos corpos porque eles são parte do</p><p>reino animal e existem como todos os outros animais. Devemos obter</p><p>nossas almas, contudo, a partir do presente estado, e esta porção narra</p><p>como devemos abordar a correcção e alcançar o nascimento de nossas</p><p>almas.</p><p>Está escrito, "EU criei a inclinação do mal; EU criei para ela a Torá como</p><p>tempero" (Masechet Kidushin, 30b). Por outras palavras, nossa fundação é a</p><p>inclinação do mal, nosso ego. Quando reconhecemos o ego e começamos a</p><p>trabalhar com ele, experimentamos em primeira mão o processo inteiro que</p><p>a Torá descreve.</p><p>As anteriores porções lidaram com o ponto no coração que desperta e se</p><p>desenvolve numa pessoa. Todos nós viemos de um Kli (vaso) quebrado, que</p><p>deve ser corrigido e conectado. Esta é a correcção através da qual</p><p>alcançamos a regra, "Ama teu próximo como a ti mesmo; é a grande regra da</p><p>Torá,"* se referindo à conexão de todos nós em um único Kli, quando todas</p><p>as pessoas são como um.</p><p>Primeiro, o povo de Israel alcançará a unidade. Subsequentemente, eles</p><p>servirão como "uma luz para as nações" e conectarão todos a esse Kli.</p><p>Logo, "Todos eles ME conhecerão do menor deles ao maior deles" (Jeremias</p><p>31:33). Conhecer significa alcançar, como está escrito, "E o homem</p><p>conheceu Eva, sua esposa" (Génesis 4:1). É esta a meta que devemos</p><p>alcançar, e ela é alcançável somente através de união.</p><p>Quando nos conectarmos, descobriremos quão perversos nós somos, quão</p><p>indesejável a conexão é para nós, e como preferimos evitá-la. Aqueles entre</p><p>nós pensam nestes dias sobre amor fraterno, sobre "ama teu próximo como</p><p>a ti mesmo"? Embora esteja escrito na Torá, embora seja uma grande regra</p><p>sobre a qual a inteira Torá se apoia, ninguém se envolve na verdadeira</p><p>implementação desta ideia.</p><p>Virtualmente nos esquecemos dessa única regra, sem a qual a inteira Torá é</p><p>insignificante. A porção explica como devemos abordar a correcção fase</p><p>após fase. Todos os Mitsvot (mandamentos) na Torá são senão correcções</p><p>interiores de nós mesmos para alcançar este princípio - a grande regra da</p><p>Torá, e mudar do amor ao homem para o amor a Deus, como Baal HaSulam</p><p>escreveu em Matan Torá (A Doação da Torá), e A Arvut (A Garantia Mútua).</p><p>O amor ao homem é o Kli dentro do qual aparece a luz superior do Criador e</p><p>a revelação do Criador às criaturas é o propósito da Criação, como está</p><p>escrito, "E todos eles ME conhecerão do menor deles ao maior deles."</p><p>Quer queiramos ou não, atravessamos fases nas quais descemos a um</p><p>estado chamado Faraó. Nesse estado, o ego aparece. Faraó, o ego, aparece</p><p>precisamente quando nos queremos unir, quando compreendemos que o</p><p>propósito da Criação é obter conexão, união. Quanto mais tentamos</p><p>concretizá-la entre nós, mais descobrimos Faraó dentro de nós. Faraó é um</p><p>grau grande e importante no nosso progresso para a realização do grau</p><p>espiritual, o nível humano.</p><p>A vida como a conhecemos é no nível animal. Para alcançar o nível humano,</p><p>precisamos de estar conectados como Adam HaRishon (Adão, o primeiro</p><p>homem), que incluía a inteira humanidade dentro dele. A alma de Adão</p><p>dividiu-se em 600,000 almas, que então se multiplicaram de modo em que em</p><p>cada um de nós haja uma centelha de Adam HaRishon. O nível humano é o</p><p>nível de colectar essas centelhas em cada um de nós. Contudo, estamos</p><p>ainda no nível animal e devemos nos elevar do nível animal ao nível falante.</p><p>A porção explica que podemos subir ao nível falante somente ao reconhecer</p><p>Faraó dentro de nós, com o desejo egoísta que quer somente receber nada</p><p>dar. Aproximamos-o e chegamos a conhecê-lo precisamente quando</p><p>estamos num estado que ele nos "alimenta," e nós estamos desamparados</p><p>contra ele.</p><p>É o mesmo nas nossas vidas hoje: se deixarmos nossos egos, nada teremos</p><p>para comer. Se, por exemplo, abolirmos toda a competitividade entre nós, a</p><p>inveja, cobiça e perseguição de poder e respeito, o mundo deixará de se</p><p>desenvolver. Deste modo, precisamos destas forças, como está escrito,</p><p>"Inveja, cobiça e honra libertam o homem do mundo."**</p><p>Estas forças libertam-nos deste mundo, e para um mundo mais alto e mais</p><p>espiritual.</p><p>Devemos chegar a conhecer Faraó, nosso ego, num sentido mais profundo.</p><p>Devemos trazer-nos a querê-lo, embora naturalmente não queiramos. Esse</p><p>desejo contradiz nossa inclinação natural.</p><p>Se nos direccionarmos para a conexão com as pessoas, compreendendo</p><p>que o propósito da Criação é alcançar amor e conexão, aparentemente nos</p><p>opomos a ele. Deste modo, o ego necessariamente aparece em nós. Por</p><p>outro lado, o ego compreende que devemos usar todas nossas boas</p><p>qualidades.</p><p>Esta situação instiga uma divisão em duas forças - a força de Jacó e a força</p><p>de Faraó, ou a força de José e a força de Faraó. Gradualmente, aprendemos</p><p>a discernir entre essas duas forças em nós e compreendemos como elas se</p><p>complementam uma à outra, como José se mistura com Faraó, e como Faraó</p><p>se mistura com José.</p><p>José é "o justo José." Ele é Yesod, que colecta todas nossas qualidades de</p><p>doação - dar e o amor. Faraó é a correcção de todas as más qualidades</p><p>egoístas. Estas duas qualidades devem se unir em prol</p><p>de se</p><p>complementarem uma à outra, para que as qualidades más se tornam boas,</p><p>para que a inclinação do mal se torna a boa inclinação do bem, como está</p><p>escrito, "O anjo da morte está destinado a se tornar o sagrado anjo.”***</p><p>Estes processos acontecem dentro de nós. Reparamos que estamos</p><p>confusos, como Faraó, que está confuso pelo seu sonho. Um sonho é uma</p><p>indicação muito elevada do nosso progresso. Ele ocorre quando estamos</p><p>confusos e desorientados. Na transição de estado para estado, não</p><p>compreendemos o que se está a passar, tendo abandonado o estado</p><p>anterior, mas ainda não alcançámos o reconhecimento, o novo entendimento</p><p>e deste modo estamos confusos.</p><p>Quando nos envolvemos em auto-examinação, ou em pesquisa ainda mais</p><p>superficial, experimentamos períodos onde ainda não estamos em controlo</p><p>da nova percepção. Ao mesmo tempo, devemos abandonar a percepção</p><p>antiga ou não seremos capazes de subir para o novo nível. É por isso que</p><p>esse estado é chamado "um sonho." Similarmente, no nosso mundo, entre</p><p>cada dois dias deve haver a noite, trevas, abandono do intelecto, razão. O</p><p>sonho ajuda-nos a preparar para percepcionar o que o novo dia nos reserva.</p><p>Aqui podemos ver a mistura que existe entre qualidades espirituais, as</p><p>qualidades do Criador e as qualidades da pessoa, a criatura. As qualidades</p><p>do Criador, que visa doar somente, são chamadas "o lado direito." As</p><p>qualidades da criatura, que visa inteiramente receber, são o "lado esquerdo."</p><p>A conexão entre elas ocorre quando Jacó e seu agregado inteiro desce para</p><p>o Egipto.</p><p>Jacó está no Egipto e se mistura com os Egípcios em prol de mais tarde</p><p>suscitar todos os Kelim, para suscitar todo o poder do ego, excepto o</p><p>próprio ego. Este estado é chamado "E posteriormente eles sairão com</p><p>grande substância" (Génesis 15:14).</p><p>A inteira porção lida com a descida para esse estado. Podemos ter bons</p><p>desejos, mas ainda somos incapazes de progredir com eles porque estes</p><p>desejos são demasiado magros.</p><p>Quando começamos a estudar, descobrimos um desejo de avançar e nos</p><p>compreendermos a nós mesmos, de conhecer a realidade que nos governa,</p><p>a realidade superior. Por outro lado, sentimos que não temos este poder. Por</p><p>outro lado, sentimos que o processo que estamos a atravessar está</p><p>pré-instalado em nós, então é inevitável que descubramos a inclinação do</p><p>mal, Faraó, dentro de nós. Nossas boas qualidades estão incluídas nas</p><p>qualidades egoístas e isto é chamado "pois a fome estava na terra de Canaã"</p><p>(Génesis 42:5). Deste modo, não temos escolha senão descermos ao Egipto.</p><p>Quando não vemos a espiritualidade como uma forte base, nos tornamos</p><p>incluídos na nossa vontade de receber. A vontade de receber então cresce e</p><p>torna-se mais cruel e mais intensa, até ao ponto que parece que ela está</p><p>prestes a nos engolir. Mas quando avançamos na direcção certa,</p><p>descobrimos que José já existe dentro de nossa vontade de receber.</p><p>José está já no Egipto, e através disso nos tornamos incluídos no ego. É por</p><p>isso que há sempre uma espécie de partição entre as qualidades de doação</p><p>e as qualidades de recepção.</p><p>José diz para Simeão que os irmãos são espiões, e envia o resto dos irmãos</p><p>para sua pátria. Contudo, eles não têm escolha senão regressar ao Egipto</p><p>porque não temos escolha senão trabalhar com o ego, a vontade de receber,</p><p>ou não haverá progresso de todo.</p><p>O ego foi criado contra nós, e se não o invertermos em prol de doar, não</p><p>seremos capazes de entrar na Criação e descobrir o mundo superior.</p><p>De facto, trabalhamos somente com nossas próprias qualidades. É por isso</p><p>que esta sabedoria é chamada Chochmat HaKabalah (a sabedoria da</p><p>recepção) uma vez que recebemos dentro dos vasos de recepção os Kelim</p><p>que foram cruéis. Sentimos o mundo espiritual somente depois de</p><p>corrigirmos nossos Kelim.</p><p>Como acaba de ser dito, os irmãos regressaram a José pela segunda vez.</p><p>Contudo, desta vez José deu-lhes um Kli, uma taça que ele recebeu do</p><p>Egipto. Ele entregou-a para a casa de Jacó, assim puxando todos eles de</p><p>volta e todos os filhos de Israel desceram para o Egipto. José está</p><p>conectado ao Egipto de uma maneira especial - na qualidade de Yesod que o</p><p>caracterizou. Esta qualidade concentra dentro dela todas as qualidades</p><p>superiores que entram em Malchut - nossa vontade de receber - através dela.</p><p>José casou com a filha de um dos conselheiros espirituais de Faraó, Osnat,</p><p>e tiveram dois filhos, Efraim e Manassés (Menashê). Isto significou que com</p><p>a entrada dos filhos de Israel no Egipto, Faraó começou a mudar. Parece que</p><p>embora uma conexão tivesse sido feita que funcionou a favor de Faraó, uma</p><p>vez que o mundo inteiro vinha até ele, até Malchut - a única que pode</p><p>fornecer nutrição. Mas esta nutrição foi na realidade recebida das primeiras</p><p>nove Sefirot, não de Malchut.</p><p>As primeiras nove Sefirot estão incluídas em Malchut porque primeiro elas</p><p>têm de ser incluídas em Faraó, Malchut. Absorvemos estas qualidades e</p><p>usamos-as em prol de receber. Usamos aquilo que adquirimos para nosso</p><p>próprio benefício - enganando as pessoas, corrompendo bons meios e</p><p>roubando quando quer que possível.</p><p>Devemos atravessar tal período em que nossas boas qualidades são</p><p>"cativas." embora as usemos para nosso próprio prazer, elas ainda</p><p>trabalham gradualmente sobre nós, tal como com os filhos de Israel no</p><p>Egipto. Quando os filhos de Israel desceram ao Egipto, eles se conectaram a</p><p>Faraó para que posteriormente, quando as pragas descessem sobre Faraó,</p><p>eles ainda sentiriam que não podiam permanecer mais com a vontade geral</p><p>de receber e trabalharem a favor de seus egos, e então eles correriam com</p><p>grande substância.</p><p>A conexão entre as qualidades do Criador e as qualidades da criatura. As</p><p>nove Sefirot do Criador entram na décima Sefirá (singular de Sefirot),</p><p>Malchut, a qualidade da criatura, nosso ego, mas isso não acontece</p><p>instantânea mas gradualmente.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>Nesta porção, José testa seus irmãos, separando-os. Eles superam-o e se</p><p>reúnem, então ele separa-os novamente. Parece que presentemente o</p><p>mundo está em semelhante situação: compreendemos que temos de nos</p><p>conectar, mas não conseguimos, devido a nossos egos. O que podemos</p><p>aprender desta porção sobre a direcção que o mundo deve tomar?</p><p>Esta porção serve como um grande sinal de aviso, especialmente para o</p><p>povo de Israel. O povo de Israel tem de descer a Faraó. Isto é, devemos ir</p><p>para o mundo e ajudá-lo a subir. Se falharmos fazer isso, será mau pois esse</p><p>não é o caminho da Torá.</p><p>Devemos direccionar todos nosso ensinamento, toda a luz para disseminar a</p><p>sabedoria da Cabala pelo mundo. Ela é chamada o "chifre do Messias."</p><p>Está escrito em O Zohar que somente através do poder de O Livro do Zohar</p><p>sairão os filhos de Israel do exílio. Contudo, ainda não estamos no exílio;</p><p>primeiro devemos entrar nele. Exílio é quando nos queremos conectar mas</p><p>não sabemos como o fazer pois há algo que nos impede. Procuramos o ego,</p><p>que nos impede, e devemos encontrar Faraó dentro de nós e entre nós. É</p><p>por isso que primeiro nos devemos conectar entre nós tanto quanto</p><p>pudermos, como em "todos de Israel são amigos.”****</p><p>Devemos circular a Educação Integral de "Ama teu próximo como a ti</p><p>mesmo" pela nação e explicar de uma maneira cientifica tudo aquilo que a</p><p>Cabala divulga - que devemos obter unidade e garantia mútua, ou nossa</p><p>situação será desesperante. Devemos transmitir ao mundo a mesma</p><p>mensagem, também, ou o mundo inteiro virá até nós com exigências. Eles</p><p>não saberão sequer porquê, mas estarão certos pois isso é de acordo com</p><p>as leis da Natureza. Esta exigência do mundo é "a guerra de Gog uMagog," a</p><p>guerra do fim dos dias.</p><p>É por isso que a casa de Jacó desce ao Egipto, e é isso o que nós, também,</p><p>devemos fazer. Devemos começar a nos conectar entre nós, sentindo</p><p>nossos Faraós internos, e devemos começar a cuidar deles. Devemos</p><p>estudar a Torá de tal modo que ela se torne para nós uma luz reformadora.</p><p>Por outras palavras, vamos atrair luz para nós através do</p><p>desejo de nos</p><p>unirmos.</p><p>Quando estudamos Torá, direcciona-mo-nos somente para a conexão. Não</p><p>aspiramos ao conhecimento ou esperteza, mas somente à união entre nós.</p><p>Esta é a regra que a Torá exige de nós: "Ama teu próximo como a ti mesmo;</p><p>ela é a grande regra da Torá." Essa é a única razão pela qual a Torá foi dada.</p><p>"EU criei a inclinação do mal; EU criei a Torá como tempero pois a luz nela a</p><p>reforma." Devemos observá-la e hoje o mundo inteiro exige-o de nós.</p><p>Logo, finalmente organizaremos nossa nação. Nossa nação foi fundada</p><p>sobre a unidade dos exílios desde a Babilónia ao redor de Abraão.</p><p>Maimónides escreve que eles estavam conectados baseando-se na regra,</p><p>"Ama teu próximo como a ti mesmo," e foi por isso que se tornaram uma</p><p>nação. Assim que perdemos esse princípio, deixámos de ser uma nação. Em</p><p>vez disso, nos tornámos uma colecção de exílios. Estamos ainda no exílio,</p><p>numa espécie de colecção, então devemos circular estas palavras e notificar</p><p>todos tão rápido quanto pudermos.</p><p>Se circularmos por todas as nações o método para conectar todos em</p><p>mutualismo, como a Natureza o exige, como a presente crise o exige, de</p><p>acordo com a sabedoria da Cabala, veremos diferentemente como todos se</p><p>relacionam para nós. Eles exigirão se conectar e pedirão ajuda.</p><p>O que significam os anos de fartura e os anos de fome, e porque é o número</p><p>sete mencionado duas vezes?</p><p>Esse é um processo pelo qual devemos passar, em ascensões e descidas,</p><p>uma vez no nível animal e uma vez no nível vegetativo. É semelhante à</p><p>quebra dos dois Templos. Numa descida do alto, do grau de Jacó,</p><p>precisamos de descer uma vez mais ao nível de Mochin de Chayiá e uma vez</p><p>no nível de Mochin de Neshamá. É o mesmo com os dois Templos, o</p><p>Primeiro Templo e o Segundo Templo, o mesmo como a ruína que nos</p><p>aconteceu no mundo espiritual, o mundo de Nekudim.</p><p>Cada pessoa terá de o experimentar pessoalmente?</p><p>A uma extensão, todo e cada um de nós experimenta este processo.</p><p>Mas quando avançamos juntos para a conexão, esse não é um problema;</p><p>podemos atravessar o processo inteiro com alegria.</p><p>Se disseminarmos a sabedoria e o mundo escutar e compreender, será</p><p>necessário que o mundo atravesse este processo?</p><p>Ele é o reconhecimento do mal. É assim que chegamos a conhecer nossa</p><p>doença. Tal como um médico usa o diagnóstico para examinar a</p><p>enfermidade de uma pessoa e prescreve o remédio adequado, nós</p><p>"diagnosticamos o mal" e subimos a um grau mais alto. Deste modo, não</p><p>devemos ter medo. Se todos marcharmos para a garantia mútua e unidade,</p><p>não teremos problemas pois até as coisas que parecem indesejáveis</p><p>funcionarão para nossa realização do grau que foi preparado para nós -</p><p>Yashar El (direito a Deus), direito à união.</p><p>Termos</p><p>Anos de Fartura e Anos de Fome</p><p>“Anos de fartura e anos de fome" são os sobes e desces que devemos</p><p>atravessar, que se dividem em anos. O número sete representa as Sefirot</p><p>Chésed, Gevurá, Tiféret, Netzách, Hod, Yesod e Malchut.</p><p>Estes anos conectam-se a Zeir Anpin, que contém seis Sefirot, com Malchut.</p><p>Esta conexão cria um novo Kli entre as qualidades do Criador e as</p><p>qualidades da criatura.</p><p>A sabedoria da Cabala refere-se às seis qualidades como "o SAGRADO</p><p>ABENÇOADO seja ELE (Kadosh Baruch Hu)." A sétima qualidade é a</p><p>Shechiná (Divindade), que é presentemente Faraó, também conhecido como</p><p>"Divindade em exílio." Depois da correcção, Faraó torna-se um lugar</p><p>sagrado - em prol de doar - o lugar de nossas almas, o lugar da conexão</p><p>entre nós.</p><p>Os Sábios do Egipto</p><p>A sagacidade do Egipto é chamada "sabedoria externa." Ela afirma que você</p><p>não precisa de mudar por dentro em prol de obter todo o bem nesta vida e</p><p>na vida espiritual, e que se pode acomodar com o intelecto. Estudar sem</p><p>mudar; não pensar sobre a correcção do coração, no seu ego, que você</p><p>precisa de mudar; estude algumas páginas e ficará feliz. Isto, em essência, é</p><p>a sabedoria do Egipto, tal como está escrito, "há sabedoria nas nações -</p><p>acredita."*****</p><p>Grão e Fome</p><p>"Fome" é uma sensação da vontade de receber que não se consegue</p><p>satisfazer a si mesma. O grão corresponde ao grau de fome no qual você</p><p>sofre. Isto refere-se a dois graus - o grau de Mochin de Chayiá e o grau de</p><p>Mochin de Neshamá.</p><p>Irmãos</p><p>"Irmãos" significa conexão. Quando os desejos de receber se conectam em</p><p>intenções comuns e Masachim (telas) comuns, quando todos se desejam</p><p>unir em prol de obter a meta sublime, eles são chamados "irmãos." É por</p><p>isso que há Malchut, Egipto, Faraó e no alto há a inteira casa de Jacó.</p><p>(Yod-Hey-Vav-Hey) vezes três linhas, quatro letras vezes três linhas, que são</p><p>os doze irmãos.</p><p>Uma Refeição</p><p>O preenchimento do Kli acontece quando há comida e bebida. Como em</p><p>Purim, isso exige duas porções. Esta é toda a luz, os sabores que se</p><p>espalham da Péh (boca) do Partzuf para baixo. A luz interna que se espalha</p><p>pelo Partzuf é chamada "uma refeição." Se o fazemos em Partzufim que</p><p>estão integrados juntos, isso é como a lei dos vasos que se comunicam,</p><p>onde todos se preenchem com o mesmo nível, que é chamado "uma refeição</p><p>de irmãos." É por isso que essa é a única condição onde o termo, "Quando</p><p>irmãos também se sentam juntos” (Salmos 133:1) é verdadeira.</p><p>De O Zohar: E os Homens Tinham Medo pois Eles Foram Trazidos para a</p><p>Casa de José</p><p>“A boa inclinação precisa da alegria da Torá, e a inclinação do mal precisa</p><p>da alegria do vinho, adultério e orgulho. É por isso que o homem precisa</p><p>sempre de a enfurecer desse grande dia, o dia do juízo, o dia da contagem,</p><p>quando tudo o que protege uma pessoa são as boas acções que ela faz</p><p>neste mundo para que elas o protejam a partir desse tempo."</p><p>Zohar para Todos, Mikétz (No Final), item 198</p><p>* “Ama teu próximo como a ti mesmo. Rabbi Akiva diz, 'É uma grande regra</p><p>na Torá’” (Talmude de Jerusalém, Seder Nashim, Masechet Nedarim,</p><p>Capítulo 9, p 30b).</p><p>** Mishná, Seder Nezikin, Masechet Avot, Capítulo 4, p 27.</p><p>*** Mencionado em Os Escritos de Rabash, Vol 1, “O que é Torá e Trabalho</p><p>no Caminho do Criador?”</p><p>**** Mishná, Shekalim, Ikar Tosfot Yom Tov, Capítulo 8, Mishná 1.</p><p>***** “Se um vos disser, 'há sabedoria nas nações, acreditai; há Torá nas</p><p>nações, não acrediteis” (Midrash Rába, Eichá, Parashá 2, Parágrafo 13).</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, Mikétz</p><p>Mikétz [No Final]</p><p>3-6) Vede como as pessoas devem considerar a obra do CRIADOR e</p><p>mergulhar em Torá dia e noite, de modo a conhecer e observar SUA obra,</p><p>pois a Torá declara diante do homem todo o dia e diz, “Quem que seja</p><p>ingénuo, deixai-o virar aqui.”</p><p>E quando uma pessoa se envolve na Torá e se apega a ela, ela é</p><p>recompensada com o fortalecimento na árvore da vida, ZA. E quando uma</p><p>pessoa é fortalecida na árvore da vida neste mundo, ela fortalece-a para o</p><p>mundo vindouro. E quando as almas abandonam este mundo, os graus do</p><p>mundo vindouro serão corrigidos para elas.</p><p>A árvore da vida divide-se em vários graus, e todos eles são um. Isto assim é</p><p>pois há graus na árvore da vida, um em cima do outro—ramos, folhas,</p><p>cascas, tronco, raízes e tudo é a árvore. Similarmente, aquele que mergulha</p><p>na Torá é corrigido e se fortalece na árvore da vida, o tronco da árvore.</p><p>E todos os filhos de Israel são fortalecidos pela árvore da vida; todos eles</p><p>literalmente se apegam à árvore mas alguns ao seu tronco, alguns aos</p><p>ramos, alguns às folhas e alguns às raízes. Sucede-se que todos eles se</p><p>apegam à árvore da vida, e todos aqueles que se envolvem na Torá se</p><p>agarram ao tronco da árvore. Por esta razão, aquele que se envolve na Torá</p><p>se agarra à árvore inteira, pois o tronco da árvore contém toda ela.</p><p>10) Quando o CRIADOR criou o mundo superior, Biná, ELE estabeleceu</p><p>todas as coisas como devem ser e suscitou luzes que brilham de todos os</p><p>lados, que são as três linhas, e todas são uma. ELE criou os céus acima, ZA,</p><p>e a terra acima, a Nukva, para que todos eles fossem estabelecidos como</p><p>um, Biná e ZON, em favor dos inferiores.</p><p>32) “O SENHOR favorece aqueles que O temem.” Ó como deseja o CRIADOR</p><p>os justos, uma vez que os justos fazem a paz acima, em AVI, e fazem a paz</p><p>abaixo, em ZON, e trazem a noiva a seu marido. E por esta razão, o CRIADOR</p><p>deseja aqueles que O temem e que fazem SUA vontade. Através dos MAN</p><p>que eles elevam a ZON, ZON, também, elevam MAN a AVI, e um Zivug ocorre</p><p>acima, em AVI, e abaixo, em ZON. E eles trazem a noiva, Nukva, ao seu</p><p>marido, ZA, para acasalar. Por esta razão, o CRIADOR, ZA, somente a eles os</p><p>deseja, pois sem eles não haveria paz, que é um Zivug, em acima em AVI</p><p>nem abaixo em ZON.</p><p>51) Todas as acções no mundo dependem de alguns nomeados, pois vós</p><p>não tendes uma lamina de grama abaixo que não tenha um nomeado acima,</p><p>que a golpeie e lhe diga, “Cresce.” E todas as pessoas no mundo não sabem</p><p>e não zelam pela sua raiz—a razão pela qual elas estão no mundo.</p><p>52) Felizes são aqueles que se envolvem na Torá e que sabem como</p><p>observar o espírito da sabedoria. “ELE fez toda a coisa bela a seu tempo,”</p><p>portanto em todas as acções que o CRIADOR fez no mundo, há um grau que</p><p>é nomeado sobre essa acção nesse mundo, tanto para o melhor como para o</p><p>pior.</p><p>53) Pois o mundo inteiro e todas as acções no mundo estão conectadas à</p><p>santidade somente pelo desejo do coração, quando ele entra na vontade do</p><p>homem. Está escrito, “Conhecei este dia, e repousai-o no vosso coração.”</p><p>Felizes são os justos que atraem boas acções pela vontade de seus</p><p>corações, para fazerem o bem a si mesmos e ao mundo inteiro. Eles sabem</p><p>como aderir num tempo de paz, quando há um Zivug do superior, chamado</p><p>“paz.”</p><p>55) Porque deve um jubilar com o mal? Se a acção que ele fez o prejudicou</p><p>devido ao grau que foi nomeado sobre ela da esquerda, ele deve estar feliz e</p><p>grato por este mal que chegou a ele, pois ele mesmo o causou, uma vez que</p><p>ele avançou sem conhecimento, como um pássaro aprisionado. E agora,</p><p>dado que ele obteve conhecimento através da punição, ele sabera como</p><p>fazer o bem na sua vida. Assim, ele deve ser feliz e grato pela punição.</p><p>56) Felizes são aqueles que se envolvem na Torá, que conhecem os</p><p>caminhos e trilhos da lei do ALTO REI, para caminhar nele no caminho da</p><p>verdade.</p><p>57) Um nunca deve abrir a sua boca para o mal, pois ele não sabe quem</p><p>recebe a palavra. E quando uma pessoa não sabe, ela falha nisso. E quando</p><p>os justos abrem suas bocas, tudo é paz.</p><p>177-178) Não há uma palavra na Torá que não possua sublimes e sagrados</p><p>segredos, e caminhos para as pessoas se fortalecerem a si mesmas.</p><p>O CRIADOR fez-o para que o homem se fortalecesse a si mesmo na Torá e</p><p>para caminhar no caminho da verdade e em direcção ao lado direito, e não</p><p>para o lado esquerdo. E porque as pessoas necessitam de caminhar no lado</p><p>direito, elas devem aumentar o amor de um com o outro. Isto assim é porque</p><p>amor é considerado “direita,” e não havera ódio de um com o outro, que é</p><p>considerado esquerda, de modo a não enfraquecer a direita—o lugar ao qual</p><p>Israel se apegam.</p><p>179) É por isso que há uma boa inclinação e uma má inclinação. E Israel</p><p>precisam de fazer a boa inclinação prevalecer sobre a má inclinação através</p><p>de boas acções. Se uma pessoa se encosta à esquerda, a inclinação do mal</p><p>supera a boa inclinação. E naquele que é defeituoso, a má inclinação</p><p>complementa seu pecado, dado que este vilão é complementado somente</p><p>através dos pecados das pessoas.</p><p>180) Por esta razão, o homem deve ser cauteloso para que a inclinação do</p><p>mal não seja complementada pelos seus pecados. E ele deve ser vigilante,</p><p>para que a boa inclinação seja complementada com sua contínua inteireza, e</p><p>não a inclinação do mal. Assim, “Não digais, ‘Eu pagarei com o mal,’” dado</p><p>que através do ódio intensificais a esquerda e complementais a inclinação</p><p>do mal. Em vez disso, “Esperai pelo SENHOR e sereis salvos.”</p><p>195) Um sempre deve irar a boa inclinação sobre a má inclinação e se</p><p>esforçar por isso. Se ela o abandonar, bom. Se não, deixai-o se envolver na</p><p>Torá, dado que nada quebra a inclinação senão a Torá.</p><p>209) Quando um ora ao CRIADOR, ele não deve olhar se sua salvação</p><p>chegou ou não, pois quando ele olha, vários litigantes vêm para olhar para</p><p>suas acções.</p><p>266) O CRIADOR fez a direita, e ELE fez a esquerda, para conduzir o mundo.</p><p>Uma é chamada “bem,” “direita,” e a outra é chamada “mal,” “esquerda.” O</p><p>homem inclui ambas se aproxima do CRIADOR com tudo, como está escrito,</p><p>“Em ambas tuas inclinações—a boa inclinação e a inclinação do mal.”</p><p>Parashat VaYigásh</p><p>VaYigásh (Judá Se Aproximou)</p><p>(Génesis, 44:18-47:27)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, VaYigásh (Judá Se Aproximou), José pede a seus irmãos para</p><p>deixarem Benjamin, tendo descoberto a taça de prata que ele mesmo</p><p>escondeu nos seus pertences. Judá explica a José que ele não pode deixar</p><p>Benjamin para trás pois é responsável por ele, e ele prometeu a seu pai o</p><p>trazer de volta em segurança. Judá diz a José que ele já havia perdido um</p><p>irmão, desconhecedor que José é aquele que gere o evento por trás das</p><p>cenas.</p><p>José decide se expor a si mesmo a seus irmãos. Ele conta-lhes como ele ser</p><p>vendido à escravidão se tornou o melhor, e que agora ele pode apoiar sua</p><p>família pois ele é o encarregado de todo o Egipto. Depois da reconciliação,</p><p>José envia os irmãos a Jacó com carroças e bens e pede a Jacó para vir</p><p>para o Egipto.</p><p>Inicialmente, Jacó não consegue acreditar na historia. Mas assim que os</p><p>irmãos o presenteiam com o presente de José, ele fica deleitado e quer ir</p><p>para o Egipto para ver José antes que morra. No caminho para o Egipto,</p><p>Jacó pára e oferece sacrifícios. O Criador aparece a Jacó e promete-lhe que</p><p>seus descendentes serão uma grande nação no Egipto e que eventualmente</p><p>todos eles regressarão à terra de Israel.</p><p>Jacó e seus filhos chegam ao Egipto, na terra de Gósen (Goshen), onde José</p><p>os encontra. Ele irrompe em lágrimas quando vê seu pai passados todos</p><p>esses anos. José conta-lhes que Faraó os quer encontrar.</p><p>Para preparar o encontro, José diz à família para dizer que são pastores e</p><p>desejam viver num lugar separado dos Egípcios, na terra de Gosén. José</p><p>apresenta seu pai e irmãos a Faraó, que concorda que eles viverão na terra</p><p>de Gósen.</p><p>A fome continua e José provê para todos. Os Egípcios e todos os outros que</p><p>abdicam de seu dinheiro e eventualmente de si mesmos como escravos de</p><p>Faraó.</p><p>No fim da porção, José estabelece um sistema de taxação pelo qual Faraó</p><p>guarda todos os bens; ele fornece aos Egípcios sementes para suas</p><p>colheitas, e eles lhe dão um quinto da colheita.</p><p>Comentário</p><p>A porção descreve tanto os processos internos do desenvolvimento do</p><p>homem como o processo geral da correcção do mundo. O homem e o</p><p>mundo são um; particular e geral são iguais.</p><p>Esta é uma porção especial, que é ainda pertinente. Ela lida com a força</p><p>espiritual que entra numa pessoa e a corrige.</p><p>Para o propósito da conexão, uma pessoa precisa tanto da força física como</p><p>da força espiritual, tal como os céus e a terra. As duas forças - do Criador e</p><p>da criatura - se juntam, e a vontade humana cresce delas. Este é</p><p>verdadeiramente o propósito de nosso desenvolvimento, de conectar a</p><p>substância material com a forma humana, que é semelhante ao Criador.</p><p>Não é simples fazer estas duas forças se encontrarem. A Criação consiste</p><p>somente destas duas forças - a força de dar, o Criador e a força de receber, a</p><p>criatura, que o Criador criou propositadamente como uma réplica de Si</p><p>Mesmo.</p><p>As duas forças têm de se juntar, então a criatura se torna incluída no</p><p>Criador, e o Criador se torna incluído na criatura, onde há entendimento,</p><p>uma conexão entre eles. Nessa conexão, a criatura pode apresentar pedidos</p><p>ao Criador, que os compreende e doa sobre a criatura através de sua</p><p>conexão mútua, através da parte do Criador que está na criatura, para que a</p><p>criatura, também, possa compreender o Criador.</p><p>Isso é semelhante aos relacionamentos entre as pessoas. Assumamos que</p><p>não temos conexão entre nós e simpatizamos com os sentimentos uns dos</p><p>outros, cada um de nós recebe uma parte do outro. A conexão</p><p>entre nós é</p><p>feita através das partes que temos em comum.</p><p>No mundo material, também, devemos regular instrumentos para os fazer</p><p>trabalhar no mesmo comprimento de onda, para que se possam</p><p>"compreender" uns aos outros. Por exemplo, para um computador</p><p>"compreender" outro, precisa de haver um modem com certas limitações,</p><p>certos registos, e assim por diante.</p><p>Isso é semelhante com a conexão entre o Criador e a criatura. O propósito</p><p>inteiro da Criação é para a criatura ascender em Dvekut (adesão) ao grau do</p><p>Criador. Eles alcançam Dvekut de acordo com sua equivalência de forma,</p><p>equivalência de suas qualidades. No fim, o humano deve ter as qualidades</p><p>do Criador.</p><p>"A inclinação no coração do homem é ma desde sua juventude” (Génesis</p><p>8:21). Nós somos Faraó; essa é nossa natureza, nosso "eu." A primeira</p><p>qualidade do Criador que aparece em nós é chamada Abraão. É por isso que</p><p>ele é chamado "o pai da nação," ou seja a qualidade de doação em nós.</p><p>Subsequentemente, a partir da linha de Abraão, a linha direita, a linha de</p><p>Chésed, emerge da qualidade de Gevurá, Isaac. Finalmente, a qualidade de</p><p>Tiféret - que é Jacó - sai.</p><p>Jacó é o princípio da formação da conexão certa entre Abraão e Isaac; é isto</p><p>que faz dele o patriarca mais especial, o sénior. Ele consegue combinar as</p><p>duas forças, doação e recepção, e as organizar dentro dele na linha média.</p><p>Contudo, isso não é suficiente. Precisamos de aprender nós mesmos como</p><p>implementar estas três linhas, que chegam até nós do alto, do Criador. A</p><p>porção descreve como a força superior gradualmente nos permeia, tal como</p><p>a água coa para o solo para chegar ao lugar onde está seco, ao Egipto.</p><p>O cerne do problema reside nas qualidades de Jacó, que também são seus</p><p>filhos. Com a exclusão de José, eles não compreendem o que devem fazer.</p><p>José compreende que há necessidade de unir todos os filhos. Ele diz-lhes</p><p>"Todos vós vos dobrareis para mim pois eu sou a Yesod, a fundação que</p><p>une todos vós." Mas eles não compreendem.</p><p>Embora contenhamos todas as qualidades e comecemos a conectá-las</p><p>juntas, não compreendemos como o fazer. É por isso que vender e comprar</p><p>nos ensina como trabalhar com essas qualidades dentro de nós.</p><p>A sabedoria da Cabala não lida com eventos históricos, ela lida com a</p><p>correcção do homem por dentro. Nosso inteiro processo de trabalho trata-se</p><p>da correcção. Inicialmente, absorvemos a qualidade de doação, amor, e</p><p>afinidade aos outros. Correspondentemente, nos aproximamos do Criador,</p><p>mudamos e nos corrigimos a nós mesmos.</p><p>A porção conta-nos como as coisas se revelam, começando com a venda de</p><p>José no Egipto. José é a força de doação, enquanto o Egipto é nosso vaso</p><p>de recepção, o desejo de receber. O desejo de receber só pode trabalhar</p><p>como simples agricultores, mas José é uma qualidade que já sabe como</p><p>trocar ferramentas com os outros, como comprar e vender. Ele dá colheitas</p><p>e recebe do exterior em troca, das pessoas, tais instrumentos.</p><p>Através da negociação, dar e receber, é possível conectar, para ganhar</p><p>riqueza e ascender em graus. A qualidade de José permite-o porque ela sabe</p><p>como conectar partes egoístas que não conseguem inversamente se</p><p>conectar. É isto que acontece no Egipto dentro de nós; é também o que</p><p>acontece no Egipto físico.</p><p>Podemos vê-lo pela história. Os judeus que viveram entre as nações</p><p>trabalharam e operaram na educação e cultura, mas especialmente no</p><p>comércio, que é uma conexão de todas as nações. Assim que se</p><p>desenvolveram no comércio, começaram a desenvolver a industria, tal como</p><p>aconteceu no Egipto, que subitamente começou a prosperar. Juntamente</p><p>com a prosperidade veio um problema - quanto mais se cultiva, mas é</p><p>provável declinar, cair, revelar o novo mal.</p><p>É daqui que os anos de fartura e os anos de fome vêm. Somente a força de</p><p>doação dentro de nós os consegue gerir. Quanto mais avançamos na nossa</p><p>correcção, mais atravessamos o processo de uma maneira boa e adequada.</p><p>Deste modo, todas as anteriores qualidades de doação, a casa de Jacó, se</p><p>mudam para o Egipto, para a vontade de receber. Esta é enriquecida por elas</p><p>ao ponto que quando Jacó vem com sua família para o Egipto, Faraó</p><p>compreende quanto ele ganha com isso.</p><p>Quando começamos a trabalhar com os vasos de doação - eu ajudo-te e tu</p><p>ajudas-me - nossos egos se desenvolvem. Aquele que sabe como se</p><p>conectar com os outros e cambiar com eles, semelhante ao que acontece</p><p>dentro de nós, sabe trabalhar com as forças de recepção e doação juntas.</p><p>Inicialmente, este trabalho é chamado Lo Lishmá ("não em Seu nome"), uma</p><p>vez que uma pessoa ainda lucra e pensa que tudo corre bem, e deste modo</p><p>trabalha com ambas as forças. Quando as forças superiores são incluídas</p><p>em nós, começamos a descobrir o desenvolvimento do processo, que</p><p>conduz à sensação do exílio e ao êxodo do Egipto.</p><p>Isto acontece apesar do facto de que, por enquanto, as duas forças - a força</p><p>de doação e a força de recepção - trabalham em nós a favor do ego, e Faraó</p><p>ganha riquezas. Por outras palavras, a parte de Malchut, a quinta parte de</p><p>Keter, Chochmá, Biná, Zeir Anpin e Malchut, está verdadeiramente a ser</p><p>preenchida.</p><p>Nosso ego recebe vinte por cento do lucro geral, e assim cresce. É o mesmo</p><p>para todos os Egípcios, nossas qualidades egoístas - eles vivem e crescem.</p><p>A casa de Jacó cresce, também, se multiplicando ao se acrescentar a si</p><p>mesma mais do ego dos Egípcios, a vontade de receber.</p><p>Nós acrescentamos ao ego, crescendo e avançando, como preparação para</p><p>o processo da correcção. Aquele que estuda a sabedoria da Cabala</p><p>enquanto esta neste mundo desfruta deste mundo bem como do mundo</p><p>espiritual, ganhando de ambos. Enquanto neste mundo, o estudante chega a</p><p>compreender e a sentir o que lhe está a acontecer a ele ou ela, e</p><p>aparentemente sobe acima dos outros. Tal pessoa também ganha da</p><p>sabedoria da Cabala, assim sentindo que ela lucrou de ambos os mundos.</p><p>Contudo, isso muda passado algum tempo.</p><p>Por agora, contudo, tanto a casa de Faraó e a casa de Jacó ganham</p><p>riquezas. O lucro vai para as qualidades do Criador e para as qualidades da</p><p>criatura; a vontade de receber e o desejo de doar misturam-se e trabalham</p><p>juntos. Há uma grande conexão entre eles até que se cruzem com um ponto</p><p>de crise que não os deixe continuar.</p><p>É aqui que o mundo inteiro actualmente se encontra. Até agora, temos usado</p><p>a força de doação para desenvolver tecnologias, técnicas, instrumentos e</p><p>assim por diante. Estamos numa rede global de indústria e comércio em</p><p>praticamente todo o reino. E todavia, alcançámos o reconhecimento do mal -</p><p>o entendimento de que devemos estar conectados melhor para avançar</p><p>mais. Mas nossos egos nos previnem de conectar.</p><p>Foi isto o que os filhos de Israel descobriram no Egipto - o ponto foi para os</p><p>empurrar além, para um nível mais alto, para a terra de Israel. Nosso mundo,</p><p>também, terá de emergir desta crise para o nível da terra geral de Israel, para</p><p>todos.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>O mundo está agora a avançar para os anos de fome, todavia a maioria das</p><p>pessoas recusam reconhecê-lo. Onde está a qualidade de José de hoje, a</p><p>qualidade que diz que ele deve colectar durante os bons anos para que</p><p>tenhamos alguma coisa que nos faça avançar pelos anos de fome?</p><p>No tempo de abundância, tudo era óptimo. José estava em Malchut, no</p><p>Egipto. Mas quando a fome começa, também começa a segunda metade do</p><p>exílio no Egipto e estamos a sentir o exílio. É então que José completa seu</p><p>papel; ele não está mais aqui.</p><p>As nove Sefirot - Keter, Chochmá, Biná, Chésed, Tiféret, Netzách, Hod e</p><p>Yesod - são a descida da abundância de cima para baixo. José é a nona; ele</p><p>colecta as anteriores oito Sefirot e trás-as a Malchut. É por isso que ele é</p><p>chamado "José" (da palavra Hebraica Osef [colectar]). Malchut é nosso</p><p>inteiro ego, a vontade de receber, a qualidade da criatura, nós. José inclui</p><p>todas as anteriores qualidades, as qualidades do Criador: abundância e luz</p><p>para todos.</p><p>O que significa que "um novo rei se levantou sobre</p><p>o Egipto, que não</p><p>conhecia José" (Êxodo 1:8)?</p><p>Este é o princípio do processo na direcção de Moisés. Há várias fases no</p><p>processo: primeiro, os filhos de Israel descobrem que estão no Egipto. Há</p><p>uma diferença entre o trabalho pessoal de um e o processo geral no mundo;</p><p>eles são muito diferentes.</p><p>O que está hoje a acontecer no mundo?</p><p>A presente situação no mundo é que estamos no ponto de ruptura. Devemos</p><p>compreender que doravante Faraó assume controlo, então vamos</p><p>experimentar estados de fome e estados de fartura. José vem e diz para</p><p>Faraó que ele não tem escolha senão estabelecer uma nova ordem no</p><p>Egipto, onde tudo esteja sob seu completo controlo.</p><p>Todavia, ele deve dar-lhes sementes e receber vinte por cento em impostos</p><p>deles e o dividi-lo de modo que Israel é pobre.</p><p>Por outras palavras, nossos desejos egoístas precisam de se sentir pobres,</p><p>que nada têm senão pertencer ao ego, para sua mera sobrevivência e o que</p><p>os mantém é a conexão com José. José dá-lhes sementes, sustento, vida e</p><p>recebe deles o imposto. É assim que nós, também, nos devemos sentir - que</p><p>somente nossa força de conexão pelo mundo nos une em um e nos permite</p><p>avançar, viver, reanimar nossas almas e que inversamente, estamos</p><p>condenados.</p><p>Primeiro, devemos estudar estas coisas. Devemos atravessar este processo</p><p>inteiro e avançar na direcção da revelação que nos devemos corrigir a nós</p><p>mesmos, incluindo o Faraó em nós. Devemos subir acima dele e escapar ao</p><p>Egipto. O processo inteiro nos direcciona para a fuga.</p><p>A correcção do Egipto envolve dois estados: se queremos corrigir certa</p><p>qualidade em nós, devemos primeiro deixar de trabalhar com ela</p><p>completamente. Posteriormente, avançamos para ela e trabalhamos com ela</p><p>de uma nova maneira, talvez menos que antes. Por exemplo, se estamos</p><p>proibidos de comer sal por razões de saúde, primeiro devemos evitar o sal</p><p>por completo, então retomar comendo pequenas quantidades dele.</p><p>Devemos escapar ao Egipto para que possamos verdadeira e finalmente nos</p><p>unir. Não nos podemos unir enquanto no Egipto. Dentro do Egipto, somente</p><p>os filhos de Israel se podem unir, e somente de uma certa maneira. Quando</p><p>estamos nos nossos egos e tentamos nos construir a nós mesmos</p><p>adequadamente, para estar de acordo com a Natureza, subitamente</p><p>descobrimos que estamos a construir Pitom e Ramsés.</p><p>Tudo o que construímos é engolido no ego, na vontade de receber, então</p><p>nunca ganhamos coisa alguma. Hoje estamos a ver como tudo o que</p><p>construímos pelo mundo está sob ameaça de tsunamis que não deixarão</p><p>rasto de nosso trabalho e não temos garantia para o futuro de nossos filhos</p><p>e netos.</p><p>José deu um tratamento especial a sua família. Ele planeou o que eles</p><p>deveriam dizer e como. Isto demonstra que ele se preocupava com eles</p><p>pessoalmente. No mundo espiritual, há tal coisa como ser "o favorecido"?</p><p>O Egipto não pode existir e o mundo não pode existir sem os filhos de Israel.</p><p>Similarmente, pessoalmente não podemos existir sem contacto com a</p><p>abundância superior e estamos verdadeiramente prestes a senti-lo. Somente</p><p>ao juntarmos todos juntos, incluindo os Egípcios, ou seja o mundo inteiro,</p><p>seremos capazes de avançar.</p><p>José diz que os filhos de Israel devem viver somente fora do Egipto, na terra</p><p>de Gósen. Isso assim é porque para avançar, precisamos de separar nossos</p><p>vasos de recepção dos vasos de doação. Inversamente, podemos descobrir</p><p>que estamos a trabalhar somente para o ego e nunca seremos capazes de</p><p>sair dele.</p><p>Para gerir adequadamente o Egipto, as qualidades de doação devem estar</p><p>fora do Egipto. É por isso que os filhos de Israel, que estão na terra de</p><p>Gósen, fora do Egipto, trabalham em empregos que parecem indignos aos</p><p>olhos dos Egípcios, tais como pastores, dado que com eles, eles nutrem</p><p>aparentemente as qualidades de doação nas qualidades de recepção. Os</p><p>Egípcios trabalham de tal maneira que todas as qualidades de doação são</p><p>boas para preencher as qualidades de recepção neles, o ego. Para os</p><p>Judeus, o trabalho é diferente; seus egos inteiros, as qualidades de</p><p>recepção, trabalham para desenvolver as qualidades de doação.</p><p>Parece que José favoreceu sua família, como se ele lhes desse preferência.</p><p>Isto está correcto, mas até Faraó compreendeu que isso era para seu próprio</p><p>bem, até ao momento em que eles se separaram. Enquanto ambos estavam</p><p>na vontade de receber, isso era vantajoso. Esse é um período chamado Lo</p><p>Lishmá. Tens uma parte e eu tenho uma parte. Podes ter mais e eu posso ter</p><p>menos, ou ao contrário, mas nos damos bem. Não podemos passar um sem</p><p>o outro.</p><p>É assim que avançamos até que alcançamos uma crise, uma barreira que</p><p>devemos cruzar com esforço. Essa transição acontecerá no pé do Monte</p><p>Sinai, onde o humano nasce.</p><p>De O Zohar: Néfesh, Ruách, Neshamá</p><p>“Então ... o aproximou" este é o aproximar do mundo num mundo, o</p><p>aproximar do mundo inferior, Nukva, Néfesh, Judá, do mundo superior,</p><p>Yesod de ZA, Ruách, José, para que todas as coisas sejam uma. Porque</p><p>Judá era um rei e José era um rei, eles se aproximaram um do outro e se</p><p>uniram um no outro.</p><p>Zohar para Todos, VaYigásh (Judá Se Aproximou), item 22</p><p>Há muitos discernimentos pelo processo de José, começando com ele ser</p><p>vendido, sua chegada ao Egipto, o enviar de seus irmãos e sua recepção,</p><p>aquilo do Criador e aquilo da criatura.</p><p>O problema com conectar as qualidades de doação com as qualidades de</p><p>recepção numa pessoa não é assim tão simples. Vemos-o nos nossos</p><p>amigos, especialmente entre principiantes. Vemos quão difícil é para eles</p><p>aceitarem estas qualidades espirituais, que nunca sentiram anteriormente.</p><p>Eles começam a sentir que há doação, amor e conexão aqui, um novo modo</p><p>de ver o mundo através de novos "óculos," e não é assim tão fácil.</p><p>Termos</p><p>Colheita</p><p>Uma "colheita" é uma planta que cresce a partir do inerte. Ela é a habilidade</p><p>de se elevar da vontade de receber, nosso desejo egoísta, que é o inerte. Se</p><p>há uma semente no inerte e você lhe dá água, minerais e o cultivo adequado,</p><p>uma planta crescerá a partir dele - o próximo grau na sua evolução</p><p>Todas as coisas emergem do inerte. A vontade de receber é a substância</p><p>geral, e as formas que saem dele - vegetativo, animal e falante - são as</p><p>formas do desejo de doar juntas com a vontade de receber. A vontade de</p><p>receber dá toda a substância. Se, por exemplo a forma é vegetativa, sua</p><p>próxima forma será um animal, seguido pela forma falante.</p><p>Bênção</p><p>A "bênção" é a força superior que vem de Biná. Bet é Berachá (bênção". Sem</p><p>esta força superior não há crescimento. É semelhante à água, que</p><p>representa a força de Biná no nosso mundo.</p><p>Promessa</p><p>Esta é a promessa que foi dada a José que ele seria capaz de sair do Egipto.</p><p>O grande problema é como trabalhar com nossos egos e estar certo que ele</p><p>não nos "engole" por aí abaixo. Foi por isso que foi dito a José, "Ide para o</p><p>Egipto um certo tempo, então regressai para a terra de Israel com grande</p><p>substância.”</p><p>Chorar</p><p>"Chorar" é um estado de Katnut (pequenêz/infância), onde um alterna de</p><p>estado para estado. Entretanto, um deve ser "pequeno," como um embrião</p><p>ou como um bebé recém-nascido que chora. Estes são os sinais de Katnut.</p><p>Nessa fase uma pessoa ainda não tem Mochin (Luz da Sabedoria); um ainda</p><p>não compreende onde ele existe. Tal pessoa está em arrependimento, em</p><p>apuros, num lugar estreito onde não há Chasadim suficientes, daí o choro.</p><p>Escravo</p><p>Um "escravo" é nosso desejo. Em geral falamos sempre somente do desejo.</p><p>O todo da Criação é senão uma vontade de receber dividida em 613 desejos.</p><p>Um escravo é um daqueles desejos, que está sob completo controlo de</p><p>baixo. Ele está abaixo ora do lado de Faraó ou do lado do Criador. Isto é, ora</p><p>é um servo do Criador ou um servo de Faraó, ele não pode estar no meio.</p><p>De O Zohar: Levai Carruagens ... para Teus Pequenos</p><p>Israel estiveram sob a regra desta novilha durante 210 anos quando eles</p><p>estavam no Egipto. ...Foi somente em prol de examinar essa carruagem, que</p><p>é VAK da esquerda,</p><p>que Israel estavam debaixo da Klipá do Egipto durante</p><p>vários anos e várias vezes, enquanto mais desta medida, chamada</p><p>"carruagem," é proibida retirar do Egipto.</p><p>Zohar para Todos, VaYigásh (Judá se aproximou), item 112</p><p>Nosso Exílio foi para durar 400 anos, como quatro Behinot (discernimentos),</p><p>mas passámos somente 210 anos de exílio. Esta é a raiz de todos os exílios.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYigásh</p><p>VaYigásh [Então Judá Se Aproximou]</p><p>10-11) Quando o CRIADOR criou o mundo, ELE fez o mundo inferior como o</p><p>mundo superior. ELE fez tudo num oposto ao outro, onde cada detalhe no</p><p>mundo inferior tem sua raiz correspondente no mundo superior, e esta é</p><p>SUA glória acima e abaixo.</p><p>E ELE criou o homem sobre todas as coisas, para conter e complementar</p><p>todos os detalhes da criação.</p><p>11) Uma vez que o homem é o propósito do mundo inteiro e sua perfeição.</p><p>16-17) E estes três graus—Néfesh, Ruách, Neshamá—estão incluídos</p><p>naqueles que foram recompensados com a obra de seu MESTRE. Isto assim</p><p>é porque primeiro, um tem Néfesh. Esta é uma sagrada correcção na qual as</p><p>pessoas serem corrigidas. Uma vez que quando o homem vem para ser</p><p>purificado nesse grau, ele é corrigido para ser coroado com Ruách. Este é</p><p>um grau sagrado que está no Néfesh, para esse homem que foi</p><p>recompensado com se coroar a si mesmo com ele.</p><p>Quando ele ascende em Néfesh e Ruách e vem para ser corrigido na obra do</p><p>seu MESTRE adequadamente, então Neshamá está sobre ele, um grau</p><p>superior e sagrado que governa todas as coisas, para que ele fosse coroado</p><p>num grau de sublime santidade. E então ele será inteiro em todas as coisas,</p><p>inteiro de todos os lados, recompensado com o mundo vindouro e o amado</p><p>do CRIADOR, como está escrito, “Para dotar aqueles que me amam com</p><p>substância.” “Aqueles que me amam” são aqueles com uma sagrada</p><p>Neshamá neles.</p><p>27) Aqui, fé é Nukva pois quando o desejo é revelado e a unificação é</p><p>coroada em ZON como um, os dois mundos, ZON, se conectam juntos e são</p><p>assemblados juntos. ZA é para abrir o tesouro e doar, e a Nukva reúne e</p><p>coleta a abundância dentro dela.</p><p>41) “Pela sabedoria estabeleceu o SENHOR a terra.” Quando o CRIADOR</p><p>criou o mundo, ELE viu que ele não podia existir porque o mundo foi criado</p><p>sob a dominação da linha esquerda, Chochmá sem Chasadim, e Chochmá</p><p>não brilha sem Chasadim. Assim, ele não podia existir até que ELE criasse a</p><p>Torá, a linha média. ZA é chamado “Torá”; ele inclui as duas linhas—direita e</p><p>esquerda—uma na outra, então Chochmá foi incluída em Chasadim e então</p><p>Chochmá illuminou.</p><p>Dele, da linha média, chegam todas as condutas superiores e inferiores, nas</p><p>quais os superiores e inferiores persistem. É por isso que está escrito que</p><p>HaVaYaH, ou seja ZA, linha média, estabelece a terra pela sabedoria, ou seja</p><p>que ELE estabeleceu a terra com sabedoria porque ELE vestiu a Chochmá</p><p>em Chasadim e a iluminação de Chochmá podia existir no mundo. Toda a</p><p>existência no mundo existe em Chochmá e tudo deriva dela, como está</p><p>escrito, “Em sabedoria VOS os fizeste a todos.”</p><p>61) Felizes são os justos, cuja proximidade de uns aos outros trás paz ao</p><p>mundo porque eles sabem como unir a unificação e fazer proximidade, para</p><p>aumentar a paz no mundo. Enquanto José e Judá não eram próximos um do</p><p>outro, não houve paz. Quando José e Juda se aproximaram, paz aumentou</p><p>no mundo e alegria foi acrescentada acima e abaixo enquanto José e Judá</p><p>foram aproximados.</p><p>62-63) O CRIADOR criou o mundo e fez o homem seu governante, para ser</p><p>rei sobre todas as coisas.</p><p>E deste homem, várias espécies partem no mundo—algumas são justas,</p><p>algumas ímpias, algumas são tolas e algumas são sábias. Todas as quatro</p><p>espécies existem no mundo, ricos e pobres, para que sejam purificados e</p><p>façam o bem uns aos outros. Os justos farão o bem aos ímpios e os</p><p>reformarão; os sábios farão bem aos tolos e lhes ensinarão sabedoria; e os</p><p>ricos farão o bem aos pobres e preencherão suas necessidades. Isto assim é</p><p>porque com isso, o homem é recompensado com a vida interminável e se</p><p>conecta à árvore da vida.</p><p>Parashat VaYechi</p><p>VaYechi (Jacó Viveu)</p><p>(Génesis, 47:28-50:26)</p><p>Sumário da Porção</p><p>Na porção, VaYechi (Jacó Viveu), Jacó e seus filhos se juntam a José no</p><p>Egipto. Quando o tempo da morte de Jacó se aproxima, ele chama José e</p><p>faz-o jurar o enterrar na terra de Israel e não no Egipto. José pede-lhe que</p><p>abençoe seus dois filhos, Efraim e Manassés (Menashe), antes que morra.</p><p>Jacó abençoa-os e diz que eles serão como seus filhos, Rubén e Simeão.</p><p>Subsequentemente, Jacó abençoa o resto de seus filhos e ordena-os que o</p><p>enterrem na Gruta de Machpelá na terra de Israel.</p><p>Depois da morte de Jacó, José recebe permissão especial de Faraó para ir e</p><p>enterrar seu pai na terra de Israel. Jacó vai para Canaã com seus irmãos e</p><p>todos os anciãos do Egipto, chega à Gruta de Machpelá, enterra Jacó lá e</p><p>então regressa ao Egipto.</p><p>No caminho, seus irmãos temem que ele tome vingança contra eles por o</p><p>venderem à escravidão, mas José acalma seus medos. Ele promete-lhes que</p><p>sempre permanecerá seu irmão e não seu inimigo.</p><p>As bênçãos de Jacó tornam-se realidade e Manassés e Efraim têm muitos</p><p>filhos. Perto do fim da porção, José está prestes a morrer. Ele evoca seus</p><p>irmãos e conta-lhes que o Criador os trará e a seus filhos para fora do</p><p>Egipto, e ordena que eles levem seus ossos e os enterrem na terra de Israel.</p><p>Comentário</p><p>A Torá ensina-nos como desenvolvermos nossas almas, nós temos somente</p><p>o ponto no coração. Ele aparece quando começamos a questionar sobre a</p><p>razão e o sentido da vida. Através desta pergunta, começamos a ver que a</p><p>vida não serve somente para aqui viver neste mundo durante setenta anos.</p><p>Em vez disso, esta vida foi dada como uma oportunidade para nós</p><p>desenvolvermos a alma.</p><p>A alma desenvolve-se a partir da inclinação do mal, oposta à qual se</p><p>encontra a "luz que reforma." Por outras palavras, se corrigirmos a</p><p>inclinação do mal usando a luz que reforma, desenvolveremos então a alma.</p><p>É assim que a inclinação do mal se torna a boa inclinação.</p><p>Esta correcção não se relaciona meramente a ter boas relações humanas.</p><p>Em vez disso, através da luz também começamos a experimentar o mundo</p><p>espiritual, Divindade, como está escrito, "Vereis o teu mundo na tua vida."*</p><p>A porção lida com as três forças principais: Abraão, Isaac e Jacó, que são</p><p>Chésed, Gevurá e Tiféret. Estas forças existem na alma de cada um de nós,</p><p>ou na alma geral chamada "Adam." Abraão e Isaac são duas linhas opostas -</p><p>direita e esquerda, Chésed e Gevurá - enquanto a qualidade Jacó em nós, o</p><p>patriarca sénior, inclui Abraão e Isaac dentro dela e é a linha média,</p><p>chamada Tiféret. Usando a qualidade de Jacó, ou seja as duas forças que</p><p>existem nela, somos direccionados pela primeira vez para a maneira</p><p>adequada de corrigir a alma.</p><p>Os "filhos de Jacó" são as qualidades que emergem da qualidade de Jacó, a</p><p>qualidade média que usa as forças todas da natureza para desenvolver a</p><p>alma dentro de nós, a parte Divina, superior dentro de nós. A estrutura de</p><p>Sefirot termina com a qualidade de José - a fundação que colecta todas as</p><p>qualidades precedentes: Chésed, Gevurá, Tiféret, Netzách e Hod.</p><p>O justo José é chamado Yesod (fundação) porque ele é "justo, a fundação do</p><p>mundo" (Provérbios, 10:25). O mundo é a estrutura que opera na relação de</p><p>Malchut e o todo de Israel, para todos nossos desejos.</p><p>Nossos desejos são o Egipto, o ego dentro de nós. Se posicionarmos</p><p>adequadamente esta estrutura superior, que contém Chésed, Gevurá, Tiféret,</p><p>Netzách, Hod e Yesod, podemos agir adequadamente para o Egipto em nós,</p><p>para com Faraó, a inclinação do mal, nosso ego.</p><p>A porção descreve o princípio do trabalho recíproco com nossa parte Divina,</p><p>que inclui os patriarcas acima e inclui José. O trabalho recíproco inclui todas</p><p>as qualidades de Israel, que descem até ao ego e operam nele. Deste modo,</p><p>a Torá ensina-nos como trabalharmos com nós mesmos, como encontrar</p><p>dentro de nós todas as qualidades</p><p>sublimes das nove Sefirot superiores,</p><p>que terminam em Yesod - José - doando sobre Malchut, a décima Sefirá -</p><p>Faraó.</p><p>Jacó é a parte superior nas qualidades do Criador - Abraão, Isaac e Jacó -</p><p>que são o triângulo superior: Chésed, Gevurá, Tiféret. As qualidades de</p><p>Netzách, Hod e Yesod, todavia, são o triângulo inferior. Estas são as</p><p>qualidades da casa de Jacó e os filhos de Jacó, incluindo José. Quando</p><p>estas qualidades operam adequadamente dentro do Egipto, ao Egipto é</p><p>concedida abundância e todos estão felizes e a se desenvolver.</p><p>O falecimento de Jacó marca a conclusão da tarefa da parte superior da</p><p>estrutura da alma, que foi levada a cabo através de José no Egipto, através</p><p>de José ela atende aos Egípcios, o Egipto é enriquecido e todos, incluindo</p><p>Faraó, estão contentes.</p><p>Enquanto isto toma lugar, forças de doação entram no Egipto e</p><p>gradualmente se desenvolvem na vontade de receber egoísta e a força de</p><p>doação compreende que ela pode ganhar disso, por exemplo, ao negociar</p><p>com os outros ou ao ter consideração pelos outros. Isso é semelhante ao</p><p>comercio internacional de hoje, que é conduzido pelo incentivo de que</p><p>podemos beneficiar uns dos outros. Este é um desenvolvimento das</p><p>qualidades de doação, que ainda trabalham com as qualidades de recepção.</p><p>Deste modo, a qualidade de Jacó desce até Malchut, Egipto, a vontade de</p><p>receber geral. Esta qualidade é como um cavalo de Tróia que entra no nosso</p><p>ego. A vontade de receber fornece ao ego tudo para seu deleite. O ego</p><p>desfruta da qualidade de doar trabalhando nele para seu benefício e a</p><p>sensação de que tudo funciona suavemente. Mas isto continua até</p><p>chegarmos a hoje e estarmos num estado onde sentimos que alguma coisa</p><p>terminou.</p><p>Uma coisa semelhante aconteceu no Egipto: Jacó faleceu e os anciãos do</p><p>Egipto, com a bênção de Faraó, conduziram-o para a terra de Canaã, a Gruta</p><p>de Machpelá, onde ele foi enterrado pelos seus filhos. O nome, Gruta de</p><p>Machpelá, significa Chachpalá (duplicar), uma vez que há dois mundos</p><p>nessa gruta - Biná e Malchut - juntos unidos.</p><p>Passado um pouco, quando os filhos de Jacó regressarem ao Egipto, a</p><p>narrativa repetiu-se a si mesma com José. Mas ao contrário de Jacó, Jose</p><p>permaneceu no Egipto e somente passado algum tempo foram seus ossos</p><p>trazidos de lá.</p><p>Assim, o osso, a fundação instada no Egipto - as qualidades de doação que</p><p>trabalham com a vontade de receber egoísta - eventualmente nos trás a um</p><p>estado de desespero, aos sete anos de fome. Depois de todos estes</p><p>problemas, percebemos que devemos abandonar o ego. É assim que o</p><p>processo de sair do ego começa.</p><p>Duas forças emergem da qualidade de José: Efraim e Manassés. Elas</p><p>recebem a bênção de Jacó, emergem do triângulo superior para o inferior, e</p><p>operam no Egipto. Antes de sua morte, José diz às pessoas ao seu redor</p><p>que a seu tempo todas elas sairão do Egipto e que a razão pela qual elas</p><p>haviam entrado nele fora para retirar dele tudo o que podia ser corrigido,</p><p>excepto o coração de pedra.</p><p>Tudo pode ser trazido do Egipto excepto a Yesod do último mal, que não</p><p>podemos corrigir até ao fim da correcção. É por isso que está escrito que</p><p>eles sairão com grande substância (Génesis, 15:14).</p><p>José faleceu para que possamos alcançar o reconhecimento do mal. Quando</p><p>nos desenvolvemos egoisticamente, ficamos separados de qualquer coisa</p><p>boa que as qualidades de doação e as qualidades de recepção possam</p><p>produzir. Chegamos a um estado de desespero, secura e finalmente a um</p><p>estado de "E os filhos de Israel suspiraram por razão da obra" (Êxodo, 2:23).</p><p>É então que nosso êxodo começa.</p><p>Perguntas e Respostas</p><p>A porção contém um elemento repetitivo - a bênção antes da morte. José</p><p>pede a Jacó que abençoe seus filhos, então José abençoa seus próprios</p><p>filhos. A conclusão de um grau significa morte. Qual é o sentido da bênção</p><p>dos filhos e netos?</p><p>Um grau que terminou torna-se o próximo grau, que segue no seu lugar. O</p><p>novo grau é muito mais denso, com maior desejo e maiores concretizações.</p><p>Os patriarcas foram grandes - eles sobressaiam na sua pureza. Nós somos</p><p>os últimos, contudo, e agora estamos a fazer o maior trabalho.</p><p>Cada grau abençoa o grau seguinte, dando todos seus Reshimot</p><p>(recordações), todos seus poderes e apoia-o por dentro, de baixo. Isto é</p><p>chamado "o enterro dos ossos" do grau. Dentro da alma estão Moach</p><p>(medula), Atzamot (ossos), Gidim (tendões), Bassar (carne), e Or (pele), que</p><p>são cinco discernimentos. Nós enterramos os Atzamot do grau, e é assim</p><p>que o próximo grau é construído e continua.</p><p>A bênção é na realidade a luz de Chasadim que o grau inferior transmite para</p><p>o superior. Por outras palavras, é Ohr Chozér (Luz Reflectida), Masach (tela),</p><p>e Ohr Chozér. Todas as qualidades de doação que são obtidas no grau</p><p>anterior avançam connosco para o próximo. De facto, não há nada mais para</p><p>levar de um estado para outro estado, mas somente a força de doação que</p><p>foi obtida, a força do amor, de abdicação.</p><p>Mas isto não ajuda com a nova Aviut (densidade, vontade de receber), uma</p><p>vez que os filhos têm uma Aviut muito maior. Então como é que a bênção do</p><p>pai, que é de um nível inferior de Aviut, ajuda com novo desejo?</p><p>Isto depende dos filhos. Há muito mais no pai que há nos filhos, mas o pai</p><p>não consegue actualizar sua Aviut. Deste modo, ele dá aquilo que ele tem</p><p>aos seus filhos, e se eles sabem como trabalhar com ela eles usarão aquilo</p><p>que eles receberam em prol de avançar.</p><p>Os filhos não têm mais que a Aviut que eles receberam dos seus pais.</p><p>Contudo, precisamente devido a sua Aviut maior - sua maior vontade de</p><p>receber, seus egos - eles podem atualizar uma força potencial de doação a</p><p>partir dessa bênção de acordo com quem eles são.</p><p>Como sabe um que ele está prestes a morrer, tal como com Jacó e José?</p><p>Quando um grau termina. Na corporalidade, o estado espiritual afecta o</p><p>corpóreo. Mas na espiritualidade, há um processo num grau chamado</p><p>TANTA (Taamim, Nekudot, Tagin, Otiot). A expansão da luz e sua partida são</p><p>graduais. Primeiro há o Bitush (golpear) da interna e externa no Partzuf da</p><p>alma, dentro da alma.</p><p>Nesse estado, um sente que ele deixou de trabalhar devido à sua</p><p>incapacidade de se continuar a corrigir a si mesmo. Para avançar com a</p><p>correcção, ele deve começar de novo, começar um novo período, reentrar na</p><p>vontade de receber egoísta, mas mais profundamente e com mais força.</p><p>Todos nós consistimos de quatro Behinot (discernimentos) de Ohr Yashar</p><p>(Luz Directa), ou do nome HaVaYaH (Yod-Hey-Vav-Hey). Todas as coisas na</p><p>realidade se dividem em cinco discernimentos: raiz, então as quatro Behinot</p><p>de HaVaYaH. É por isso que temos de continuar a recomeçar de novo, e</p><p>porque há vida e morte - um processo da expansão e partida da luz, uma</p><p>vez que não podemos fazer a correcção toda de uma vez, em "um dia," mas</p><p>exige muitas acções (dias) para alcançar a correcção geral.</p><p>Somos nós que realizamos a correcção ou é a luz que faz a mudança em</p><p>nós?</p><p>A luz faz a correcção em nós, mas isso acontece de acordo com nosso</p><p>pedido e exigência. Isto é chamado "trabalho" da nossa parte. Não temos a</p><p>força, mas temos o poder de decidir e reconhecer e querer que aconteça.</p><p>De O Zohar: Vede, Vosso Pai Está Doente</p><p>Está escrito, "A José foi dito, 'Vede, teu pai,'" pertencendo ao mundo</p><p>vindouro, ZA em Mochin de Biná superior, que é chamado "o mundo</p><p>vindouro," querendo fazer o bem a Seus filhos para que eles saíssem de seu</p><p>exílio. E se, na Tua veracidade, não quiseres, ou seja "HaVaYaH é um" ("O</p><p>SENHOR é um") te corrigirá e a Divindade regressará para seu lugar. Isto</p><p>assim é porque se os filhos não são dignos de sua própria redenção, ZA os</p><p>corrigirá para os elevar para o mundo vindouro, que é Biná, e com isso, a</p><p>unificação de Um HaVaYaH será estabelecida.</p><p>Zohar para Todos, VaYechi (Jacó Viveu), item 37</p><p>Tudo o que precisamos de fazer da Gruta de Machpelá - a conexão entre</p><p>Biná e Malchut - é duplicar. Devemos elevar todas as coisas que estão</p><p>dentro da Malchut, santificá-lo em Biná,</p><p>ou seja a bênção, então combinar os</p><p>elementos de tal maneira que Biná e Malchut sejam como um. Este é o</p><p>sentido de conectar os céus e a terra. Através destes actos que realizamos</p><p>entre Biná e Malchut, nos corrigimos a nós mesmos. Finalmente, quando</p><p>todas essas acções são feitas, todo o mal em nós será corrigido em bem.</p><p>Esta porção contém muitas entradas e saídas do Egipto para Israel. José</p><p>entrou no Egipto; os irmãos partiram dele e então regressaram; José foi</p><p>enterrar Jacó em Israel, então regressou ao Egipto. É assim que as</p><p>qualidades do superior se conectam ao inferior?</p><p>É claro. Em todo e cada momento, estamos a realizar minúsculas correcções</p><p>entre nove Sefirot, as qualidades do Criador e a décima Sefirá, Malchut, a</p><p>qualidade da criatura, o homem, o ego. Até a pessoa mais vulgar ainda</p><p>atravessa correcções através dos estados passageiros. É por isso que há</p><p>"tempo" no nosso mundo. Contudo, estas correcções ocorrem sem nossa</p><p>consciência.</p><p>Devido ao desespero e frustração pelo que está a acontecer no mundo,</p><p>começando desta geração para a frente, gradualmente perceberemos que</p><p>devemos fazer mudanças. Neste mundo, estas mudanças se manifestarão</p><p>em como nos relacionamos uns para os outros. Devemos implementar o</p><p>amor aos outros, nos corrigirmos e às relações entre nós, e servirmos como</p><p>exemplo para o mundo, ser uma luz para as nações.**</p><p>Se tratarmos bem os outros, assim activaremos a força de Biná, a força de</p><p>José, ou até a força de Jacó e os patriarcas para com a Malchut, ou seja para</p><p>com o resto do mundo.</p><p>Mas a vontade de receber não muda, então ela sempre permanecerá nosso</p><p>"motor"?</p><p>A vontade de receber não muda, somente como a usamos muda. Ela sempre</p><p>permanece nosso motor. Usando a vontade de receber, podemos fazer tanto</p><p>bem como mal, dependendo de como a usamos.</p><p>Mas a vontade de receber é sempre motivada pelo pensamento de que uma</p><p>recompensa espera no final, enquanto que no desejo de doar é o oposto.</p><p>A doação é a recompensa. Anteriormente, pensávamos que podíamos</p><p>alcançar qualquer coisa, que conquistaríamos o espaço e faríamos grandes</p><p>concretizações em todo o reino. Hoje vemos que temos "tudo," mas que</p><p>tudo é vazio. Do ponto de inverter o uso do desejo, encontramos um</p><p>caminho para progredir favoravelmente. Simplesmente alteramos a forma</p><p>como usamos nossos egos da inclinação do mal para a inclinação do bem</p><p>usando a luz que reforma.</p><p>Por outras palavras, tudo o que precisamos é mudar nossos valores?</p><p>Correcto, só precisamos de mudar nossos valores. Então, quando nos</p><p>conectarmos a todos como um, com um coração, amando nossos próximos</p><p>como a nós mesmos, descobriremos a vida espiritual.</p><p>Parece que há tal processo no mundo hoje. Há calma, então um golpe, então</p><p>alguns tentam reverter como aconteceu enquanto outros estão a tactear no</p><p>escuro, questionando-se com o futuro. É esta a conexão com o que está a</p><p>acontecer hoje?</p><p>Sim, porque não conseguimos conter todas as mudanças de uma vez. Isso</p><p>acontece para que possamos compreender nos acostumarmos de como era,</p><p>e então avançarmos. Nosso presente pensamento e modo de vida em</p><p>comparação com o que éramos há milhares de anos atrás é radicalmente</p><p>diferente. Não conseguimos perceber como as pessoas viviam então. Não é</p><p>como viajar para uma parte diferente do mundo; elas eram pessoas</p><p>completamente diferentes. É por isso que o processo de desenvolvimento</p><p>leva milhares de anos. Embora hoje nos desenvolvamos muito mais rápido,</p><p>é ainda impossível agir rapidamente.</p><p>É o mesmo na mecânica; se queremos transmitir grandes quantidades de</p><p>dados, precisamos de frequências altas, muitos impulsos. É por isso que é</p><p>claro que a crise não terminará de uma só vez, mas se prolongará, nos</p><p>desgastará e regressará. Mas com cada regresso, vamos compreendê-la</p><p>mais profundamente.</p><p>Frequentemente, os golpes não vêm como um único golpe que seja</p><p>experimentado durante muito tempo. Se assim fosse, nos habituaríamos a</p><p>isso. A vontade de receber fica habituada a todas as coisas, até à pressão</p><p>constante. Ela começa a proteger-se a si mesma e deixa de sentir os golpes.</p><p>Somente porque há intermissões podemos nós contemplar e compreender a</p><p>razão, e da próxima vez nos relacionamos à realidade de uma maneira</p><p>completamente diferente. Cada vez, nosso reconhecimento de nosso mal se</p><p>aprofunda, e quando o compreendemos melhor, o conectamos à causa, bem</p><p>como à possível consequência, ou ao desejável, e isto dá-nos livre arbítrio.</p><p>Termos</p><p>Morte</p><p>“Morte” é um estado de partida da luz da alma. Isto não se refere à alma. Isto</p><p>não se refere ao corpo proteico, dado que a Torá não lida com a vida do</p><p>corpo físico, mas com a alma, com o preenchimento da alma. Nosso desejo é</p><p>preenchido com a luz superior, chamada "vida." a partida da luz é chamada</p><p>"morte." Pessoas no nosso mundo estão separadas da vida. É por isso que</p><p>está escrito que os ímpios nas suas vidas são chamados "mortos."***</p><p>Contudo, aqueles que obtêm a alma usando a sabedoria da Cabala, que</p><p>atraem a luz que reforma, são aqueles que alcançam Arvut (garantia mútua),</p><p>o amor aos outros. Eles têm um Kli (vaso), um receptáculo no qual descobrir</p><p>a luz superior, Divindade, que é vida.</p><p>Bênção</p><p>Uma "bênção" é a força que recebemos através da qual começamos a sentir</p><p>o mundo superior. O mundo superior é todo bênção, todo Bet (a primeira</p><p>letra da palavra Berachá [bênção]), todo Biná. É por isso que a Torá começa</p><p>com a letra Bet, com Berachá.</p><p>Cama</p><p>Uma "cama" é um estado onde um deixa de trabalhar com seus Rosh, Toch e</p><p>Sof (cabeça, interior e fim, respectivamente), ou seja numa posição erecta,</p><p>onde um não tem luzes que se desenvolvam de cima para baixo. Onde Rosh,</p><p>Toch e Sof estão no mesmo nível e as luzes NRNHY partem, o que sobra é</p><p>somente "Um bolso de vida."</p><p>A Gruta de Machpelá</p><p>A conexão entre Biná e Malchut é chamada Machpelá. A vontade de receber</p><p>e o desejo de doar encontram-se juntos no grau de Malchut e lá está a</p><p>entrada para o mundo superior e por outro lado ela é a porta para a</p><p>eternidade.</p><p>Temor (da vingança)</p><p>O medo é que se José usa adequadamente as qualidades para corrigir o</p><p>Egipto, ele pode subestimá-los e ser incapaz de utilizar seu potencial inteiro.</p><p>Cada um dos filhos de Jacó é uma forma de doaçãomas não está conectado</p><p>ao Egipto, Malchut.</p><p>Somente José, que completa as nove Sefirot, os pode conectar a todos a</p><p>Malchut. Sem ele eles têm medo pois eles dependem dele, sem ele, é como</p><p>se não se realizassem a si mesmos. Eles temem que não haja uma conexão</p><p>adequada sem Jacó, que partiu porque ele era o guardião da linha média.</p><p>Eles também temem que José tenha poder suficiente para levar todos os</p><p>filhos entre ele e Jacó. O superior é Jacó e o inferior é José e as qualidades</p><p>todas entram no ego do homem, Egipto. É assim que eles operam.</p><p>De O Zohar: O Egipto Chora</p><p>Enquanto Jacó estava no Egipto, a terra fora abençoada por causa dele, o rio</p><p>Nilo fluiria e regaria a terra, e a forme parou devido a Jacó. Assim, os</p><p>Egípcios choraram e ele é chamado segundo eles.</p><p>Zohar para Todos, VaYechi (Jacó Viveu), item 816</p><p>Jacó e José trouxeram bênção ao Egipto. Quando eles faleceram - quando</p><p>esse grau terminou - o reconhecimento do mal chegou, os sete anos de</p><p>fome. Embora houvesse abundância, ela não preenchia e tudo o que sobrou</p><p>foi uma coisa: um novo desejo mais alto, que mandava o êxodo do Egipto.</p><p>* Talmude Babilónio, Masechet Berachot, 17a</p><p>** "EU o SENHOR vos chamei em rectidão, e eu segurei firmemente vossa</p><p>mão, e vos guardei, e fiz para vós uma aliança para o povo, uma luz para as</p><p>nações” (Isaías, 42:6).</p><p>*** Talmude de Jerusalém, Masechet Berachot, página 15b.</p><p>Faça-se A Luz - Beresheet, VaYéchi</p><p>VaYéchi [Jacó Viveu]</p><p>22) “De longe o SENHOR me apareceu; ‘EU te amei com um amor</p><p>interminável.’” “De longe” significa em exílio. Isto foi por causa do grande</p><p>amor que aparece somente durante o exílio. Exiilio é a correcção; quando os</p><p>filhos de Israel são liberados do exílio, o amor do criador</p><p>CRIADOR por nós</p><p>será revelado.</p><p>58) Rabbi Shimon disse, “Assim que me levantei e desci para iluminar no</p><p>lugar dos rios.” Por outras palavras, ele elevou MAN e trouxe para baixo</p><p>MAD para a Malchut da fonte dos rios, Biná. Está escrito, “Todos os rios</p><p>fluem para o mar, todavia o mar não está cheio.” Todos os ministros no</p><p>mundo foram criados da luz de Biná, e todos os rios no mundo derivam da</p><p>SUA luz, ou seja que “Todos os rios fluem para o mar, todavia o mar não</p><p>está cheio.”</p><p>“O mar não está cheio” é Malchut neste exílio, uma vez que as trevas e</p><p>tristeza foram feitas pelo amor de Ima, Biná. Se as trevas não tivessem sido</p><p>feitas, o rio que brilha para a filha, Malchut, não teria sido feito. Também, o</p><p>mar não estará cheio e completo até que o outro lado chegue, aquele que</p><p>não estava no exílio, o lado direito, que nenhuma Klipá governa, e então o</p><p>mar, Malchut, se encherá.</p><p>116-117) Divindade está presente somente num lugar inteiro, e não num</p><p>lugar deficiente ou num lugar defeituoso ou num lugar de tristeza, mas num</p><p>lugar adequado—um lugar de alegria.</p><p>“Serve o SENHOR com alegria; vinde diante DELE com cantar.” Não há</p><p>serviço ao CRIADOR senão por alegria.</p><p>120) Desde o dia em que Rabbi Shimon saiu da gruta, nada foi escondido</p><p>dos amigos. Eles olharam para os altos segredos e foram revelados neles</p><p>como se lhes fossem dados no tempo do Monte Sinai. Depois de Rabbi</p><p>Shimon ter morrido, as fontes do abismo e as janelas dos céus foram</p><p>fechadas. As fontes de sabedoria foram impedidas. Os amigos</p><p>contemplavam as matérias, mas eles não se firmaram nelas, para conhecer</p><p>seu significado.</p><p>156) Não temos realização em GAR, até nos GAR das dez Sefirot do mundo</p><p>de Assiyá, mas somente em ZAT. Em ZAT, uns poucos escolhidos</p><p>conseguem alcançar até em ZAT de GAR do mundo de Atzilut. O pai de</p><p>Rabbi Yitzhak conta-nos que Rabbi Shimon segurava os ZAT de todos os</p><p>Partzufim de Atzilut, até os ZAT de GAR de Atzilut.</p><p>157) Quanto mais é dado a um para viver neste mundo? Não há permissão</p><p>para informar isto, e um não é informado disto. Mas Rabbi Shimon estava em</p><p>grande alegria no dia de seu falecimento, e houve grande alegria em todos</p><p>os mundos por causa dos muitos segredos que ele havia revelado então.</p><p>210) Quão importantes são as obras do REI SAGRADO. Nas acções que são</p><p>feitas abaixo, eles atam-as às altas coisas no alto, na sua raiz, uma vez que</p><p>qualquer coisa abaixo neste mundo tem sua raiz acima nos mundos</p><p>superiores. E quando elas são trazidas abaixo e trabalhadas, o acto acima</p><p>desperta correspondendo a elas, nas raízes nos mundos superiores.</p><p>212) “Todo e cada um que é chamado pelo MEU nome ... por MINHA glória,”</p><p>para que EU seja respeitado. “Quem EU criei,” para ME unificar. “EU o</p><p>formei” para fazer boas acções para MIM, e “EU o fiz” para evocar a força</p><p>superior através disso.</p><p>237) As pessoas não olham, não sabem, e não observam que quando o</p><p>CRIADOR criou o homem e o acarinhou com os Mochin superiores, ELE</p><p>pediu que ele aderisse a ELE para que ele fosse único e tivesse um coração,</p><p>e aderisse a um único lugar de Dvekut [adesão], que não muda—em ZA.</p><p>Diz-se sobre isso, “EU o SENHOR não mudo,” e nunca se inverte, e tudo se</p><p>ata a ele num nó de unificação.</p><p>295) “Os surdos escutaram e os cegos olharam, de modo a ver.” “Os cegos</p><p>escutaram” são aquelas pessoas que não escutam as palavras da Torá e não</p><p>abrem suas orelhas para escutar os mandamentos de seu MESTRE. “Os</p><p>cegos” são aqueles que não olham para saber porque estão a viver cada dia,</p><p>um arauto sai e chama, e não há nenhum que repare nele.</p><p>408) Quando as bênçãos se prolongam do alto, desta profundeza, Biná,</p><p>todos os céus as recebem, ou seja ZA, e dele, elas se prolongam abaixo até</p><p>que alcançem os justos, Tzadik e Tzedek, aliança interminável, a Nukva, e</p><p>dela, todos os exércitos e todos os acampamentos, que são os inferiores em</p><p>BYA, são abençoados.</p><p>414) Qualquer um que venha para servir o CRIADOR deve servir o CRIADOR</p><p>na manhã e na noite.</p><p>426) Quando um homem sai para a estrada, ele deve definir sua oração</p><p>diante de seu MESTRE, para prolongar a luz da Divindade sobre si mesmo, e</p><p>então partir. Sucede-se que o Zivug da Divindade é redimi-lo no caminho e</p><p>salvá-lo como quer que seja necessário.</p><p>495) Mulheres são abençoadas somente por machos, quando elas são</p><p>abençoadas primeiro. E quando elas são abençoadas desta benção dos</p><p>machos. Elas não necessitam de uma bênção especial sua. Então porque diz</p><p>o versículo, “Abençoará a casa de Israel,” se a mulher não necessita de uma</p><p>bênção especial? Certamente, o CRIADOR dá uma bênção adicional a um</p><p>macho que é casado com uma mulher para que sua esposa seja abençoada</p><p>por ele.</p><p>Similarmente, em todos os lugares, o CRIADOR dá bênção adicional a um</p><p>macho que casou com uma mulher para que ela seja abençoada por esta</p><p>soma. E uma vez que um homem casa com uma mulher, ELE lhe dá duas</p><p>quotas, uma para si mesmo e uma para sua esposa. E ele recebe tudo, sua</p><p>própria quota e a da sua esposa. É por isso que uma bênção especial está</p><p>escrita para as mulheres, “Abençoará a casa de Israel,” pois esta é sua</p><p>quota. Contudo, os machos recebem sua quota, também, e dão-a a elas mais</p><p>tarde.</p><p>497-498) Todas essas almas que houveram desde o dia em que o mundo foi</p><p>criado se encontram diante do CRIADOR antes de elas descerem para o</p><p>mundo da precisa mesma maneira que mais tarde serão vistas no mundo. Na</p><p>mesma aparência como o corpo de um homem que se encontra neste</p><p>mundo, assim ele se encontra no alto.</p><p>Quando a alma está pronta para descer ao mundo, ela se encontra diante do</p><p>CRIADOR na exacta mesma forma que ela se encontra neste mundo, e o</p><p>CRIADOR conjura-a para manter os Mitsvot [mandamentos] da Torá e não</p><p>romper as leis da Torá.</p><p>507) O som da roda rolante rola de baixo para cima. Escondidas Merkavot</p><p>[estruturas/carruagens] vão e rolam. O som de melodias sobe e cai, e</p><p>vagueia deambula pelo mundo; o som do Shofar [chifre de carneiro] se</p><p>estica pela profundeza dos graus e orbita à volta da roda.</p><p>513-515) “ELE considerou a oração dos desamparados e não desprezou sua</p><p>oração.” Deveria dizer, “ouviu” ou “escutou,” mas o que é “considerou”?</p><p>Certamente, todas as orações no mundo, orações de muitos, são orações.</p><p>Mas uma oração solitária não entra diante do REI SAGRADO, senão com</p><p>grande força. Isto assim é porque antes que a oração entre para ser coroada</p><p>no seu lugar, o CRIADOR observa-a, e observa os pecados e méritos dessa</p><p>pessoa, que ELE não faz com uma oração de muitos, onde várias das</p><p>orações não são dos justos, e todas elas entram diante do CRIADOR e ELE</p><p>não repara nas suas iniquidades.</p><p>“ELE considerou a oração dos desamparados.” ELE vira a oração e</p><p>examina-a de todos os lados, e considera com que desejo a oração foi feita,</p><p>quem é a pessoa que orou essa oração, e quais são suas acções. Assim, um</p><p>deve orar sua oração no colectivo, uma vez que ELE não despreza sua</p><p>oração, embora eles não estejam todos com a intenção e a vontade do</p><p>coração, como está escrito, “ELE considerou a oração do desamparado.”</p><p>Logo, ELE observa somente a oração de um indivíduo, mas com uma oração</p><p>de muitos, ELE não despreza sua oração, embora eles sejam indignos.</p><p>678) É obrigação do homem unir o NOME sagrado, Nukva, com ZA, na boca,</p><p>coração e alma, e conectar-se inteiramente em ZON, elevar MAN para eles</p><p>como uma chama atada a uma brasa. E nessa unificação que isso faz, isso</p><p>causa o REI a ser apaziguado com a rainha e alertar o REI de seu amor por</p><p>ELE. Pela ascensão da alma por MAN até ZA, ela se torna uma linha média</p><p>entre eles, faz paz e os une um com o outro.</p><p>688) Felizes são as pessoas no mundo que se envolvem na Torá, porque</p><p>qualquer um que se envolva na Torá é amado acima e amado abaixo, e cada</p><p>dia ele herda a herança do mundo vindouro, como está escrito, “Para dotar</p><p>aqueles que me amam com substância.” A substância do mundo vindouro,</p><p>Biná, cujas águas—sua abundância—nunca param, dado que aquele que se</p><p>envolve na Torá recebe uma boa</p><p>a criação e vós a terminais.</p><p>O Emanador corrigiu Malchut somente nas primeiras nove nela, e ELE deu a</p><p>correcção de Malchut de Malchut a Israel, para que eles a corrigissem</p><p>através de trabalho e manutenção das nove superiores. Deste modo o</p><p>trabalho inteiro de Israel antes do fim da correcção é somente nas primeiras</p><p>nove de Malchut, considerado seleccionar as 288 centelhas que foram</p><p>corrigidas através do Emanador.</p><p>Os dois Templos foram construídos acima nesse respeito—a primeira Hey e</p><p>a Hey do fundo—e similarmente abaixo. Por esta razão, eles têm sido</p><p>construídos por pessoas, através do trabalho de pessoas que foram</p><p>nomeadas para completar a criação. E porque as últimas 32 centelhas que</p><p>pertencem a Malchut de Malchut ainda não foram corrigidas, o Sitra Achra e</p><p>a multidão misturada estão entre eles, fazendo Israel pecar. Foi por isso que</p><p>os dois Templos foram arruinados.</p><p>Contudo, depois dos filhos de Israel seleccionarem todas as 288 centelhas</p><p>devido à quebra dos vasos, o Próprio CRIADOR seleccionara as últimas 32</p><p>centelhas de Malchut de Malchut, que são chamadas “O coração de pedra,”</p><p>como está escrito, “E EU removerei o coração de pedra de vossa carne.”</p><p>Então Malchut de Malchut, o último Templo, será corrigido, como está</p><p>escrito, “A menos que o SENHOR construa a casa,” ou seja antes do fim da</p><p>correcção, quando a obra foi dada às pessoas e pelas quais os dois Templos</p><p>foram construídos, “Aqueles que o constrõem trabalham em vão,” pois eles</p><p>foram arruinados. Mas depois pessoas completarem a correcção que lhes foi</p><p>dada, o CRIADOR baixará a Jerusalém construída, ou seja Malchut de</p><p>Malchut, bem como o Templo construído, a interioridade de Malchut de</p><p>Malchut, e então será um edifício eterno para a eternidade.</p><p>294-295) Até que o CRIADOR criasse o mundo, SEU nome estava escondido</p><p>NELE, e ELE e SEU oculto nome dentro DELE eram um. SEU nome é</p><p>Malchut. Antes da criação, ela estava incluída e escondida em Ein Sof sem</p><p>qualquer divulgação e reconhecimento. Nessa altura, ELE e SEU escondido</p><p>nome dentro DELE eram um, e nada foi revelado até que ELE desejasse criar</p><p>o mundo. ELE inscreveria e construiria mundos, mas eles eram</p><p>insustentáveis e foram arruinados. Os mundos que emergiram de Malchut</p><p>durante Tzimtzum Alef são chamados “mundos de Tohu [caos],” e a quebra</p><p>dos vasos foi neles, que são as ruínas desses mundos.</p><p>Foi dito sobre eles, “No princípio, o mundo foi criado em Midat ha Din,”</p><p>Malchut de Tzimtzum Alef, chamada Midat ha Din. “ELE viu que o mundo não</p><p>podia existir,” que eles eram arruinados, “ELE associou Midat ha Rachamim</p><p>com ele,” ou seja que o CRIADOR, Biná, embrulhou o embrulho da luz e</p><p>criou o mundo, elevando Malchut até ela, e sua luz foi diminuida devido a ela</p><p>até VAK, chamados “luz envolvida.” Nessa altura Midat ha Din, Malchut,</p><p>participou com Midat ha Rachamim, Biná, e com isso o mundo existiu.</p><p>ELE suscitou os grandes e altos cedros de fora dessa luz envolvida, da</p><p>claridade superior, que posteriormente prolongou GAR até à supracitada luz</p><p>envolvida uma vez mais, e colocou SUA Merkavá sobre 22 letras inscritas.</p><p>Estas são ZON, uma vez que as letras ELEH de Biná—que descem dela até</p><p>ZON durante Katnut, e durante a Gadlut de Biná, ela as trás de volta para</p><p>ela—são consideradas uma Merkavá [carruagem/assembleia] que viaja para</p><p>trás e diante. ELE colocou SUA Merkavá sobre 22 letras, ou seja ZON em</p><p>Katnut, e posteriormente, em Gadlut, ZON foram cravados em dez</p><p>proferimentos, que significam Mochin de GAR. Então eles se estabilizaram e</p><p>foram adequadamente corrigidos.</p><p>309) A Nukva é nutrida pelo macho, uma vez que a Nukva nada tem de si</p><p>mesma, e recebe do macho as nutrições, a abundância para seu sustento,</p><p>bem como para o gerar das almas.</p><p>348) “E DEUS disse, ‘Faça-se luz.’” Esta é a luz que o CRIADOR criou no</p><p>princípio, a luz dos olhos, a luz que o CRIADOR mostrou a Adam HaRishon,</p><p>na qual ele viu da extremidade do mundo à sua extremidade. Esta é a luz que</p><p>o CRIADOR mostrou a David, que ele louvaria e diria, “Quão abundante é</p><p>VOSSA bondade, que VÓS haveis escondido daqueles que VOS temem.” Ela</p><p>é também a luz que o CRIADOR mostrou a Moisés, e na qual ele viu de Gilad</p><p>a Dan, o todo da terra de Israel.</p><p>424) O despertar sempre começa do inferior para o superior, e então tudo é</p><p>completado. Acima, também, cada grau inferior eleva man MAN ao seu</p><p>adjacente superior, e o superior ao supra-superior, todos elevando MAN,</p><p>primeiro acima até ao mais alto de todos, e então a abundância derrama de</p><p>Ein Sof de cima para baixo, descendo grau após grau, de cada superior ao</p><p>seu inferior até que eles cheguem ao fundo. Logo, em respeito aos MAN,</p><p>cada inferior precede o seu superior. E em respeito a MAD—os Mochin</p><p>derramaram abaixo do alto—cada superior precede o seu inferior. Se a</p><p>Assembleia de Israel, a Nukva, não fosse inicialmente despertada, ZA não</p><p>teria despertado no alto frente a ela. Pelo almejar abaixo, ele é completado</p><p>no alto.</p><p>424) Enquanto a Nukva não elevar MAN a ZA, ZA não tem necessidade de</p><p>prolongar Mochin de AA. Mas depois da Nukva elevar MAN ele prolonga os</p><p>Mochin da iluminação de Chochmá de AA para ela e eles obtêm os Mochin</p><p>de PBP [face-a-face].</p><p>472-473) Um livro foi baixado a Adam HaRishon. Nele, ele conheceu e</p><p>alcançou a sabedoria celeste. O escrito diz sobre isso, “Este é o livro das</p><p>gerações de Adam.” Este livro vem aos filhos de DEUS, os sábios da</p><p>geração. Qualquer um que seja recompensado com olhar nele conhece a</p><p>sabedoria celeste nele, e eles olham nele e alcançam nele. Aquele com os</p><p>segredos, Anjo Raziel, o baixou a Adam HaRishon no Jardim do Éden, e três</p><p>anjos nomeados perante ele guardavam o livro caso os exteriores o</p><p>agarrassem.</p><p>Quando Adam deixou o Jardim do Éden ele ainda segurava esse livro.</p><p>Quando saiu para fora, o livro o deixou. Ele orou e chorou perante seu</p><p>MESTRE e ELE o devolveu a ele como antes para que a sabedoria não fosse</p><p>esquecida das pessoas e elas se envolvessem de modo a conhecerem seu</p><p>MESTRE.</p><p>482) O CRIADOR está destinado a corrigir o mundo e corrigir o espírito da</p><p>vida nas pessoas de uma maneira que elas vivem para sempre, está escrito,</p><p>“ELE engolirá a morte para sempre.”</p><p>Zohar Hadásh, Beresheet Alef [Génesis 1]</p><p>110) Aqueles que se apegam ao CRIADOR em verdade, seu desejo os guia</p><p>para avançar na sua obra como é estabelecido no alto, nos mundos</p><p>superiores, como está escrito, “E Abrão foi como o SENHOR o havia</p><p>comandado.” Assim, mais tarde, quando eles observam seu desejo, eles</p><p>conhecem os sublimes segredos, pois eles olham para as tendências no seu</p><p>próprio desejo e sabem como os sublimes segredos são determinados no</p><p>alto.</p><p>771) Felizes são os justos, que são chamados “Vida para o mundo</p><p>vindouro.” É isso porque a alma continua a existir que o justo é considerado</p><p>vivo? Mas o corpo apodrece na terra embora ele seja completo e justo? A</p><p>alma sempre existe. Morte e vida não se aplicam a ela. Somente no corpo há</p><p>morte e vida.</p><p>VaYechi Ohr - Beresheet, Beresheet Bet [Génesis Segundo]</p><p>Beresheet Bet [Génesis 2]</p><p>2-3) O CRIADOR coroou Adam HaRishon com altas coroas, com Mochin de</p><p>GAR, e criou-o nas seis extremidades do mundo, em Mochin de VAK, para</p><p>que ele fosse completo em todas as coisas. Todos os animais se</p><p>aterrorizavam e o temiam porque quando Adam HaRishon foi criado, ele foi</p><p>criado na forma elevada, e as pessoas olhariam para essa forma e se</p><p>aterrorizavam e o temiam.</p><p>Posteriormente, o CRIADOR admitiu-o para o Jardim do Éden para ser</p><p>refinado lá nos sublimes deleites. Altos anjos o rodearam, o serviram e o</p><p>informaram dos segredos de seu MESTRE. Quando o CRIADOR o admitiu no</p><p>Jardim do Éden, ele viu e vislumbrou de la todos os altos segredos e toda a</p><p>sabedoria para que ele fosse capaz de conhecer e vislumbrar a glória do seu</p><p>MESTRE. Tudo isso chegou a Adam HaRishon porque ele foi criado na forma</p><p>superior, aquela de Biná.</p><p>7) Aqueles que alcançam a Malchut nos palácios são os justos que não</p><p>substituiram a glória de seu MESTRE</p><p>alta recompensa, com a qual outra pessoa</p><p>não é recompensada, ou seja a substância, Biná. Por esta razão, este nome,</p><p>Issachár, que se envolveu na Torá, implica que Yesh Sachár [há</p><p>recompensa], e a recompensa daqueles que se envolvem na Torá é</p><p>substância, Biná.</p><p>713-714) “Um sempre deve louvar seu MESTRE e então orar sua oração.”</p><p>Aquele cujo coração é puro e deseja orar sua oração, ou está em apuros e</p><p>não consegue louvar seu MESTRE, o que é ele?</p><p>Embora ele não consiga direccionar seu coração e vontade, porque deve ele</p><p>diminuir o louvor de seu MESTRE? Em vez disso, ele louvará seu MESTRE</p><p>embora ele não consiga apontar, e então ele orará sua oração. Como está</p><p>escrito, “Uma oração por David. Escutai uma justa causa, Ó SENHOR,</p><p>escutai meu cantar, escutai minha oração.” Aquele que consegue louvar seu</p><p>MESTRE e não o assim faz, está escrito sobre ele, “Até se orais</p><p>profusamente, EU não escuto.”</p><p>715) Isto assim é porque os inferiores no mundo de Assiyá não conseguem</p><p>elevar MAN directamente a ZON de Atzilut, mas somente ao garu adjacente</p><p>acima. Por sua vez, esse grau sobe mais alto, a aquele adjacente a ele de</p><p>acima, e assim as MAN sobem de grau em grau até que as MAN alcançam</p><p>ZON de Atzilut. É por isso que se diz que sob o despertar de baixo através da</p><p>oferenda que os inferiores oferecem no mundo de Assiyá, acima desperta,</p><p>também, ou seja que os graus no mundo de Yetzirá despertam para elevar as</p><p>MAN que eles receberam de Assiyá ao mundo de Beriá. E sob o despertar</p><p>dos graus de Beriá acima para aquele acima dele, o mundo de Atzilut, seu</p><p>próprio superior adjacente desperta até que as MAN alcancem a Nukva e</p><p>eleve as MAN até ZA, e ela dele. Acender a vela significa unir a Nukva, que é</p><p>chamada “uma vela,” em ZA, para receber luz dele. Isto é considerado que</p><p>ela é acesa com isso.</p><p>716) Como é isto feito? O fumo da oferenda começa a subir—essas formas</p><p>sagradas nomeadas sobre o mundo de Assiyá. Elas são estabelecidas para</p><p>surgir para elevar MAN, e elas despertam para graus acima delas no mundo</p><p>de Yetzirá, em alto anseio, como está escrito, “Os jovens leões rosnam pela</p><p>presa.” Aqueles no mundo de Yetzirá despertam para graus acima deles no</p><p>mundo de Beriá até que o despertar alcança o lugar onde eles devem</p><p>acender a vela, ou seja até ao rei, ZA, se desejar unir com a rainha, a Nukva.</p><p>717) O que são MAN? No anseio abaixo, águas inferiores sobem, ou seja</p><p>MAN, para receber águas superiores, MAD, do grau acima delas. Isto assim é</p><p>porque águas inferiores, MAN, nascem somente por um despertar do desejo</p><p>do inferior. Nessa altura, o anseio do inferior e do superior se tornam</p><p>anexos, e as águas inferiores nascem face às águas superiores</p><p>descendentes, o Zivug termina e os mundos são abençoados, todas as velas</p><p>se acendem, e os superiores e os inferiores estão em bênçãos.</p><p>717) Cada grau inferior é considerado uma fêmea em respeito ao grau acima</p><p>dele. Logo, Assiyá é considerado uma fêmea em respeito ao grau do mundo</p><p>de Yetzirá, e Yetzirá é considerado uma fêmea em respeito ao mundo de</p><p>Beriá. Similarmente, o grau superior é considerado um macho em respeito a</p><p>aquele abaixo dele, tal como Yetzirá ser considerado um macho em respeito</p><p>ao mundo de Assiyá e Beriá é considerado um macho em respeito ao mundo</p><p>de Yetzirá. Isto assim é porque a regra é que o dador é um macho e o</p><p>receptor é uma fêmea.</p><p>E uma vez que um grau não consegue receber coisa alguma de um grau que</p><p>seja mais que um grau acima dele, e recebe somente do seu grau superior</p><p>adjacente, sucede-se que cada grau superior que dá é um macho, e cada</p><p>grau inferior que recebe dele é uma fêmea. E através do anseio, quando cada</p><p>inferior anseia receber abundância daquele acima, ele eleva MAN até ele de</p><p>uma maneira que cada inferior eleva MAN a aquele acima dele, adjacente a</p><p>ele, até que alcance Ein Sof. Nessa altura, Ein Sof faz descer abundância,</p><p>MAD, e cada grau superior dá a abundância que ele recebeu ao grau abaixo</p><p>dele, uma vez que as MAD cascateiam de um grau para o próximo, até aos</p><p>inferiores no mundo de Assiyá.</p><p>Parashat Shêmot</p><p>Shêmot (Êxodo)</p><p>(Êxodo, 1:1-6:1)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, Shêmot (Êxodo), começa com o falecimento de José e todos os</p><p>seus contemporâneos: "E um novo rei se levantou sobre o Egipto, que não</p><p>conhecia José” (Êxodo, 1:8). Subsequentemente, Moisés nasceu no Egipto e</p><p>sua irmã o escondeu numa arca. Ela colocou a arca no Nilo e seguiu-a. A</p><p>irmã de Faraó desceu para se banhar no rio, encontrou a arca, e levou o</p><p>bebé. A irmã de Moisés ofereceu-se a ajudar a encontrar uma ama Hebraica e</p><p>levou a mãe de Moisés para cuidar do bebé.</p><p>Moisés cresceu e viveu no lar de Faraó durante quarenta anos. Um dia, ele</p><p>viu um homem Egípcio a bater num Hebreu. Ele golpeou e matou o Egípcio e</p><p>enterrou-o na areia. Quando ele percebeu que um dos seus irmãos Hebreus</p><p>o havia visto na acção, ele temeu ser relatado e fugiu para o deserto. No</p><p>deserto, ele encontrou Jétro (Yitrô), sacerdote de Midiã. Moisés casou-se</p><p>com sua filha. Quando ele viu a sarça ardente, lhe foi dito que ele deveria</p><p>regressar para Faraó e para o povo de Israel, e lhes dizer que era tempo de</p><p>sair do Egipto.</p><p>A porção termina com os filhos de Israel se queixarem sobre sua situação</p><p>infeliz. Moisés se voltou para o Criador, que disse para ele, "Agora, portanto,</p><p>verás o que hei de fazer ao Faraó, pois é pela intervenção de minha mão</p><p>poderosa que os fará partir, e por minha mão poderosa os expulsará do seu</p><p>país!” (Êxodo, 6:1).</p><p>Comentário</p><p>Estas histórias lidam com a alma do homem. A Torá conta-nos como nos</p><p>corrigirmos de modo a desenvolver a alma dentro de nós, como a abrirmos</p><p>para a luz superior, para a revelação do Criador e como sentir dentro dela o</p><p>mundo espiritual superior.</p><p>O processo começa com um desejo especial, chamado "Abraão," que</p><p>desperta e se questiona sobre o sentido de nossas vidas, nos conduzindo a</p><p>abrir nossas almas. Nosso desejo em desenvolvimento deve escapar à</p><p>Babilónia, a soma de nosso grande ego.</p><p>Subsequentemente, esse desejo cria outro desejo, Isaac, que gera todavia</p><p>outro desejo, Jacó. Estes três desejos formam a fundação da alma.</p><p>Jacó, que é um desejo especial, tem doze filhos. Ele é um desenvolvimento</p><p>do terceiro desejo, que alcança equivalência com a força superior - o Criador</p><p>- que é doação pura. O êxodo da Babilónia simboliza nosso desejo de</p><p>alcançar esse mesmo nível de doação. Jacó é o primeiro a actualizar esse</p><p>desejo através de seus filhos, particularmente através de José, que reúne</p><p>todas as qualidades de doação da correcção que Abraão, Isaac, Jacó e o</p><p>resto dos filhos fizeram.</p><p>José é o único que consegue descer ao seu ego com todas as correcções e</p><p>começar a trabalhar com o ego, que é chamado "Egipto."</p><p>O todo da casa de Jacó desce ao Egipto. Lá, eles completam suas</p><p>correcções e morrem. Passado um pouco, uma criança nasce na tribo de</p><p>Levi. Ao contrário do resto das crianças Hebraicas que Faraó condenou à</p><p>morte, esta sobrevive. Em termos espirituais, Faraó "engoliu" todos os</p><p>desejos que foram corrigidos direccionados para doar.</p><p>Ele condena-os à morte pelo ego tomar posse de todos os desejos. Assim,</p><p>até se uma pessoa quiser avançar para a espiritualidade, o ego, a vida e o</p><p>meio ambiente o tornariam impossível.</p><p>No período que precede ao nascimento do desejo chamado "Moisés," um</p><p>não conseguia avançar para a espiritualidade. Ele tinha de esperar até que o</p><p>desejo Moisés aparecesse e crescesse, graças a sua mãe, que cuidava dele</p><p>e a Bátia, a filha de Faraó, que o recebeu posteriormente.</p><p>Bátia é Bat Yáh (Filha do Criador); ela é uma parte da qualidade de Faraó</p><p>dentro de nós, uma parte especial do nosso ego, a vontade de receber. Esta</p><p>parte consegue conectar-se com o desejo de doar e crescer.</p><p>Moisés cresceu na casa de Faraó como neto, o filho da filha de Faraó, Bátia.</p><p>Ele foi criado como um príncipe que foi educado em toda a sabedoria do</p><p>Egipto até que tivesse quarenta anos.</p><p>Quarenta anos de idade é a idade de Biná</p><p>com outros deuses, que alcançam a</p><p>Malchut, como está escrito, “Uma mulher virtuosa é a coroa de seu marido.”</p><p>Isto assim é porque o poder da fé de Malchut é que aquele que o alcança é</p><p>recompensado com Dvekut [adesão] com seu FAZEDOR, com sempre O</p><p>temer e nunca se desviar para a direita ou para a esquerda.</p><p>24) O palácio dos Chasidim [pios] cuja qualidade é “O que é meu é vosso e o</p><p>que é vosso é vosso,” ou seja doar e não receber.</p><p>Esse palácio é superior a todos os palácios porque o grau de Chésed é o</p><p>mais alto das seis Sefirot CHGT NCHY. Ele é um palácio que se encontra</p><p>acima de todos os palácios. É impossível ser recompensado com esse</p><p>palácio a menos que um tenha sido completado em todos os graus nos</p><p>palácios abaixo. Isso é considerado que ele dependia e se apoiava sobre</p><p>seus graus. Ele é o palácio da direita porque o grau de Chésed é</p><p>considerado a linha direita e não há nenhum que o alcance senão esses</p><p>sagrados Chasidim e aqueles que amam seu MESTRE com grande amor. Na</p><p>porta do palácio se encontram todos aqueles que unificaram para seu</p><p>FAZEDOR cada dia, que prolongam cada dia a divulgação da união do</p><p>CRIADOR Desde Ein Sof às Sefirot e a todos os mundos. Eles são os</p><p>primeiros a subir de lá a palácio mais altos.</p><p>60) Rabbi Shimon diz, “Eu descobri nos livros dos anciões a ordem pela qual</p><p>atar os graus, que são os segredos dos segredos, numa conexão, ou seja as</p><p>explicações dos sete palácios.”</p><p>Uma conexão significa unificação de dois graus ou mais uns nos outros para</p><p>que possam iluminar juntos numa iluminação conjunta para os inferiores.</p><p>Por vezes, a oração deve ser ordenada adequadamente e unificar</p><p>unificações para mitigar e agradar ao seu MESTRE adequadamente, para</p><p>rasgar os firmamentos e abrir os portões e as portas, e não haverá ninguém</p><p>que proteste contra ele, ou seja que os escarnecedores não serão capazes</p><p>de escarnecê-lo.</p><p>Firmamentos significam fins de Tzimtzum Bet que dividem os graus e os</p><p>deixam em VAK sem GAR. Os três mundos BYA sairam de Atzilut e se</p><p>tornaram os mundos da separação, bem como o constante, excepto quando</p><p>os justos elevam MAN através de trabalho e boas acções, prolongando</p><p>iluminação de Tzimtzum Alef do alto, de Tabur de AK. Nessa altura essa</p><p>iluminação baixa o firmamento do lugar de Biná de volta ao lugar de Malchut,</p><p>Pois ela está em Tzimtzum Alef, e Biná e TM de Kelim regressam ao seu</p><p>lugar, complementando as dez Sefirot de Kelim e GAR de luzes. Em</p><p>semelhança, os três mundos BYA se tornam Atzilut uma vez mais.</p><p>Logo, através de sua obra, os justos cancelam as fronteiras de Katnut,</p><p>chamadas “firmamentos,” e prolongam Mochin de Gadlut. Essa questão é</p><p>considerada que eles rasgam os firmamentos, como foi dito, “Para rasgar os</p><p>firmamentos,” ou seja que eles rasgam e cancelam as fronteiras de Katnut,</p><p>que suscitam os três mundos BYA de separação de Atzilut e os retornam a</p><p>Atzilut.</p><p>96-97) Todos os graus necessitam uns dos outros para se complementarem</p><p>uns aos outros e iluminarm uns nos outros até que eles subam ao lugar que</p><p>exige completude.</p><p>Primeiro, eles sobem de baixo para complementar o lugar superior, então</p><p>eles descem de cima para baixo para complementar os inferiores, então</p><p>completude é feita de todos os lados e todos são completados como deve</p><p>ser.</p><p>Aquele que conhece estes segredos e faz a completude acima e abaixo se</p><p>apega ao seu MESTRE e revoga todos os duros decretos. Ele coroa seu</p><p>MESTRE, prolongando GAR até ZA, e prorlonga bençãos ao mundo. Este é o</p><p>homem que é chamado “justo,” o pilar do mundo.” Isto é, o mundo está de</p><p>pé e existe por causa dele. Sua oração não é devolvida vazia; ele é</p><p>correspondido em todas suas orações, sua porção está no mundo vindouro</p><p>e ele é contado entre aqueles com fé. Isto é, ele é contado entre aqueles com</p><p>fé que estão no mundo.</p><p>103) Está escrito, “Não havia alegria diante DELE como no dia em que os</p><p>céus e a terra foram criados.” Isto significa que todas as pessoas do mundo</p><p>estão em absoluta completude, a tal extensão que nunca houve tamanha</p><p>alegria diante DELE. Contudo, uma pessoa não consegue participar nessa</p><p>grande alegria a menos que ela tenha feito completo arrependimento por</p><p>amor. Antes disso, ela não jubilará de todo consigo mesma ou com as</p><p>pessoas do mundo. Pelo contrário, ela sente diante de si um mundo cheio de</p><p>tristeza e dor, e tudo isso chegou até ela porque ela avança contra a</p><p>natureza da criação, uma vez que o mundo foi criado somente em doação,</p><p>para se envolver em Torá e boas acções em prol de doar contentamento ao</p><p>seu FAZEDOR, e não para o seu próprio prazer. Está escrito, “Todas as</p><p>obras do CRIADOR são para ELE,” para que as pessoas doassem</p><p>contentamento sobre ELE. Mas no princípio, “Um homem nasce o potro de</p><p>um asno selvagem,” cujo único interesse é seu próprio deleite e que não tem</p><p>nenhum do desejo de doar. Ela argumenta, “Todas as obras do CRIADOR</p><p>são para mim, para meu próprio deleite,” uma vez que ela deseja devorar o</p><p>mundo inteiro para seu próprio bem e benefício.</p><p>Assim, o CRIADOR imprimiu as amargas e duras aflições na auto-recepção,</p><p>instadas no homem desde o momento de seu nascimento—dores corpóreas</p><p>e dores emocionais—para que se ele se envolver em Torá e Mitsvot até para</p><p>seu próprio prazer, através da luz nela ele ainda sinta a baixeza e terrível</p><p>corrupção na natureza de receber para o eu. Nessa altura ele decidirá se</p><p>retirar dessa natureza da recepção e se tornará completamente devoto a</p><p>trabalhar somente em prol de doar contentamento sobre seu FAZEDOR.</p><p>Então o CRIADOR abrirá seus olhos e ele verá diante dele um mundo</p><p>preenchido de perfeição absoluta na qual não há carências ou que se</p><p>pareça. Então ele participa na alegria do CRIADOR como no tempo da</p><p>criação do mundo foi dito, “Se ele é recompensado, ele sentencia-se a si</p><p>mesmo e ao mundo inteiro favoravelmente,” pois para onde quer que jogue</p><p>seus olhos, ele vê somente bem e somente perfeição, e ele não vê quaisquer</p><p>dos defeitos de todo nas obras do CRIADOR, somente méritos.</p><p>103) Há dois caminhos nas aflições corpóreas e espirituais que o homem</p><p>sofre antes que ele se arrependa:</p><p>Tudo o que o CRIADOR faz, ELE faz para o melhor. ELE vê que se não</p><p>fossem as terríveis dores que ele sofrera por estar imerso na natureza da</p><p>recepção para si mesmo, ele nunca teria sido recompensado com o</p><p>arrependimento. Deste modo, ele abençoa pelo mau como ele abençoa pelo</p><p>bom, uma vez que sem o mau ele não seria recompensado com o bom,</p><p>também. Sucede-se que todos causam o bem.</p><p>Isso, também, é pelo melhor. Não só os males que foram feitos causam o</p><p>bem, mas até os próprios males se tornaram bem através das próprias</p><p>grandes luzes que o CRIADOR ilumina através de todos esses males até que</p><p>eles sejam invertidos em bens—tanto as aflições corpóreas e as aflições</p><p>emocionais, que são as transgressões. Logo, os deméritos foram invertidos</p><p>e assumiram a forma de méritos.</p><p>124-125) O sexto palácio é o espírito, chamado “o fio escarlate.”</p><p>O espírito é a vontade que todos esses espíritos inferiores perseguem em</p><p>prol de obter e se agarrarem a ela com um beijo de amor. Esse palácio é o</p><p>palácio do desejo, uma vez que ele é o desejo de todos, aquele que ata ata,</p><p>que une unificações e eleva os palácios inferiores a esse palácio. É aquele</p><p>que produz boa vontade do CRIADOR com amor.</p><p>140) Aquele que sabe como atar essa unificação é feliz. Ele é amado acima e</p><p>amado abaixo; o CRIADOR sentencia e ele revoga.</p><p>É concebível que o justo escarnecesse a vontade de seu MESTRE, que ele</p><p>revogasse a vontade do CRIADOR? Não é. Em vez disso, quando o justo ata</p><p>ata e sabe como unificar unificações, todas as faces se iluminam e a</p><p>completude é descoberta e todas as coisas são abençoadas</p><p>adequadamente, todos os Dinim são removidos e cancelados e não há Din</p><p>no mundo. Feliz é ele neste mundo e no mundo vindouro. Sucede-se que o</p><p>significado do CRIADOR sentenciar e o justo o revogar através de muitas</p><p>luzes que o justo prolonga através das unificações que ele faz e essas luzes</p><p>cancelam os decretos e Dinim do mundo. Tudo o que dizemos sobre o justo</p><p>é aquilo que ele faz abaixo neste mundo. É por isso que está escrito sobre</p><p>ele, “Um justo é a fundação do mundo,” uma vez que o justo é a existência</p><p>do mundo.</p><p>141-143) Os sacerdotes prolongam direita e os Levitas prolongam esquerda.</p><p>Uma sem a outra é incompleta. Um palácio entra num palácio, espírito no</p><p>espírito, até que todos se conectem nos seus lugares apropriados, órgão no</p><p>órgão, subindo até Atzilut, até ZON, e cada Behiná de ZA se conecta com sua</p><p>Behiná correspondente nos palácios, e eles se complementam um ao outro</p><p>através de Zivug de Yesodot. Eles se unem um ao outro até que se tornem</p><p>um através de Zivug de Neshikin [um acoplamento de beijos] e iluminem um</p><p>no outro através do abraço.</p><p>Então a mais alta alma de todas vem do alto e ilumina sobre eles, e todas as</p><p>velas, as Sefirot, brilham na totalidade como deve ser, até que a luz superior</p><p>desperte e todos os palácios entrem no santo dos santos, o sétimo palácio,</p><p>num Zivug de sétimo no sétimo. O sétimo palácio é abençoado e preenchido</p><p>como um poço de águas nascentes que não param, e todos os palácios são</p><p>abençoados acima e abaixo.</p><p>Aqui está o segredo dos segredos, uma luz que não é conhecida e não entra</p><p>na contagem das dez Sefirot, o desejo que nunca é capturado, ou seja a luz</p><p>de Yechidá. Isso assim é porque as dez Sefirot começando com Chochmá,</p><p>CHBD CHGT NCHYM, se mitigaram completamente, e esse desejo não é</p><p>conhecido ou percepcionado até no pensamento de o conhecer. Então todos</p><p>os graus se unem e se tornam um desejo através de Ein Sof, uma vez que</p><p>quando a luz de Yechidá mitiga e veste completamente os graus, todos os</p><p>graus se unem na sua iluminação e se tornam um desejo, unido, até de Ein</p><p>Sof, e tudo está em completude de cima e de baixo, desde o preciso interior,</p><p>até que se tornem um.</p><p>151) “E houve noite e houve manhã.” “E houve noite” se prolonga do lado</p><p>das trevas, a Nukva. “E houve manhã” se prolonga do lado da luz, ZA. Uma</p><p>vez que ZA e Nukva participam juntos num Zivug, está escrito sobre eles,</p><p>“Um dia,” indicando que a noite e manhã são como um corpo, e ambos</p><p>fazem o dia, ou seja que a luz do dia vem do Zivug de ZA e Nukva juntos.</p><p>Cada dia está escrito, “E houve noite e houve manhã,” dado que indica Zivug</p><p>ZON, que a luz do dia vem de ambos. Logo, depois do texto o ter notificado</p><p>no primeiro dia, qual é o sentido de em cada dia, está escrito, “E houve noite</p><p>e houve manhã”?</p><p>O texto anuncia-o para nós repetidamente cada dia para indicar que é</p><p>impossível que alguma vez aconteça que haja luz do dia sem prévias trevas</p><p>da noite. E em semelhança, não haverão trevas da noite que não tragam</p><p>depois delas a luz do dia, dado que elas nunca partem uma da outra.</p><p>174) “E DEUS viu tudo o que ELE havia feito.” Não viu ELE o que ELE havia</p><p>feito anteriormente? Mas está escrito, “E DEUS viu tudo o que ELE havia</p><p>feito,” que significa que ELE viu somente depois de ELE o ter feito. Contudo,</p><p>o CRIADOR viu tudo—tanto o que ELE havia já feito, e antes que fosse feito.</p><p>Mas o versículo vem para acrescentar que ELE viu todas as futuras gerações</p><p>e tudo o que estava para ser inovado no mundo em cada geração, até antes</p><p>que elas viessem ao mundo. O versículo, “Que ELE havia feito” significa a</p><p>obra inteira da criação pois a obra da criação, a fundação e raiz de tudo o</p><p>que viria e seria inovado no mundo fora criada. Foi por isso que o CRIADOR</p><p>viu até antes que viesse a ser, e colocou tudo na obra da criação, uma vez</p><p>que a obra da criação é a fundação e raiz de tudo o que viria a ser. Por esta</p><p>razão, o CRIADOR incluiu nelas todo o futuro que viria ao mundo durante as</p><p>gerações.</p><p>Nossos sábios disseram sobre o versículo, “E dizei para Sião, ‘Vós sois MEU</p><p>povo,’” COMIGO em parceria; EU comecei os mundos e vós os terminareis,</p><p>uma vez que o CRIADOR estabeleceu o todo da realidade de uma maneira</p><p>que as pessoas poderiam completar a correcção. E uma vez que o fim da</p><p>correcção foi deixado às pessoas, elas são parceiras na criação.</p><p>É por isso que há dois discernimentos nos céus e na terra: 1) Aquilo que o</p><p>EMANADOR já corrigiu. Isto é chamado “a obra da criação.” 2) Os novos</p><p>céus e terra, que estão por aparecer depois do fim da correcção, como está</p><p>escrito, “Os novos céus e a nova terra.”</p><p>176-177) O CRIADOR criou o homem no mundo e os corrigiu para que ele</p><p>fosse inteiro na sua obra e corrigisse suas condutas para que ele fosse</p><p>recompensado com a luz superior que o CRIADOR havia ocultado para os</p><p>justos. Está escrito sobre issso, “Nem o olho viu um DEUS além de VÓS,” ou</p><p>seja a luz escondida, “Fará por aquele que O espera,” ou seja o justo.</p><p>Com o que será recompensado o homem com essa luz escondida? Ele será</p><p>recompensado com ela através do envolvimento na Torá, uma vez que</p><p>qualquer um que se envolva na Torá cada dia será recompensado com uma</p><p>parte no mundo vindouro. Isso será considerado para ele como se ele</p><p>construísse mundos, uma vez que o mundo foi construído e aperfeiçoado</p><p>com a Torá, como está escrito, “O SENHOR estabeleceu a terra com</p><p>sabedoria, dispôs os céus com inteligência,” a sabedoria e inteligência da</p><p>Torá. Está também escrito, “E EU estava com ELE como com um mestre</p><p>artesão,” portanto que a Torá foi SEU artesão para criar o mundo. O</p><p>CRIADOR fez o mundo com espírito, e o mundo persiste com espírito, pelo</p><p>espirito daqueles que estudam a Torá.</p><p>189-190) Na leitura da Shemá, uma pessoa deve unificar seu MESTRE e atar</p><p>os laços da fé no desejo do coração. Quando ela alcança Echad [um], ela</p><p>deve apontar para a Alef de Echad, que é escondida e mais antiga que todas,</p><p>a Sefirá Kéter de ZA. Na Het de Echad ela deve apontar com os oito graus</p><p>superiores, que são da Chochmá superior até Tzadik [justo], Yesod. Na</p><p>grande Dalet de Echad, ela deve apontar e se segurar à Assembleia de Israel,</p><p>Malchut, porção de David, que é chamada “pobre e magra,” quando Malchut</p><p>não está anexa a ZA, quando ela está agora anexa a esses graus superiores</p><p>implicitos nas Alef-Het de Echad, que são de Kéter até Yesod de ZA. Nessa</p><p>altura Malchut é grande, e isto é implicito pela grande Dalet em Echad, e a</p><p>palavra inteira nutre dela. E os seios são como torres porque o mundo</p><p>inteiro se nutre deles quando a Divindade diz, “Eu sou um muro e meus</p><p>seios são como torres. Então estava eu nos SEUS olhos como aquela que</p><p>encontrou a paz.”</p><p>Quando a Assembleia de Israel, Malchut, está no exílio com seus filhos entre</p><p>as nações do mundo, ela é chamada “pequena,” como está escrito, “Temos</p><p>uma pequena irmã.” Quando Israel se seguram à Torá e percorrem o</p><p>caminho da verdade, Malchut é preenchida de abundância, paz, Yesod se</p><p>conecta com Malchut, e ela responde e diz, “Eu sou um muro e meus seios</p><p>são como torres,” ou seja que eles são grandes e cheios de abundância para</p><p>o mundo. Nessa altura, quando ELE se conecta comigo, então, “E paz.” Ele</p><p>interpreta a Alef de Az [então] como o mais sagrado Atik. Kéter, a Zayin de</p><p>Az, é sete graus de Chochmá até Hod, e “paz” é chamada Tzadik, Yesod.</p><p>Porque esses graus se conectam comigo, eu estava nos SEUS olhos como</p><p>aquela que encontrou a paz. Os olhos são sete graus, ZAT de Chochmá,</p><p>chamados “olhos do SENHOR,” “Face do SENHOR,” e então há paz para o</p><p>mundo e Chésed de Atik está no lugar de macho e fêmea, ZA e Malchut. Foi</p><p>por isso que Moisés comandou na Torá e disse, “Escutai Ó Israel, o SENHOR</p><p>nosso DEUS, o SENHOR é um,” atando todos os laços da fé.</p><p>205) “Aquele que casa sua filha.” Enquanto ela não entrou no seu marido,</p><p>seu pai e mãe concertam-a e dão-lhe tudo o que ela necessita. Assim que ela</p><p>se conectou com seu marido, o marido nutre-a e dá-lhe o que ela necessita.</p><p>No princípio, está escrito, “E o SENHOR construiu,” quando AVI a</p><p>estabeleceram. Então está escrito “E a trouxeram ao homem,” para se</p><p>conectarem um com o outro para que o marido lhe desse o que ela</p><p>necessita.</p><p>217-219) “E o homem disse, ‘Desta vez.’” Estas são palavras de doçura, para</p><p>prolongar amor com ela</p><p>e a atrair à sua vontade, para evocar amor nela.</p><p>Vede quão agradáveis são estas palavras, como elas evocam amor. Estas</p><p>palavras—“Um osso de meus ossos, carne da minha carne”—para lhe</p><p>mostrar que eles são um e que não há separação que se pareça entre eles.</p><p>Agora ele começou a louvá-la, “Ela será chamada ‘uma mulher,’ pois não há</p><p>outra como ela, a glória da casa. Todas as mulheres comparadas a ela são</p><p>como um macaco perante um homem, mas ela será chamada ‘uma mulher,’</p><p>ela e não outra. O nome “mulher” indica o fogo do SENHOR, a completude</p><p>da iluminação da esquerda, chamada “fogo,” que está conectada à letra Hey,</p><p>a Nukva. Foi por isso que ele a louvou, “Ela será chamada ‘uma mulher,’”</p><p>pois devido à iluminação de Chochmá que ilumina nela depois de ela ser</p><p>incluída nas Chasadim de seu marido, lhe é dado o nome “mulher,” que é</p><p>iluminação de Chochmá, chamada “fogo,” como está escrito, “E a luz do</p><p>SENHOR se tornará fogo.”</p><p>Foi dito, “Mulher” porque fogo está conectado à Hey [Esh (fogo) + Hey</p><p>perfazem Ishá (mulher)]. É ela, e não há nenhuma outra como ela, uma vez</p><p>que a iluminação de Chochmá não é revelado em nenhum outro grau senão</p><p>o seu.</p><p>“Deste modo um homem abandonará seu pai e sua mãe, e se apegará a sua</p><p>esposa, e eles se tornarão uma carne,” para a prolongar com amor e se</p><p>apegar a ela, uma vez que ele foi desperto para ela com todas essas coisas.</p><p>226) Quando ele chega ao seu lar, ele deve fazer sua esposa feliz porque foi</p><p>sua esposa que o causou esse Zivug superior. Isto assim é pois através da</p><p>oração da estrada que ele orou enquanto ainda estava no seu lar, quando ele</p><p>estava em completude pois ele estava em macho e fêmea, ele foi</p><p>recompensado com o alto Zivug na estrada. Logo, sua esposa o causou o</p><p>alto Zivug na estrada—o instar da Divindade. Quando ele vem até ela, ele</p><p>deve fazê-la feliz por duas razões: devido à alegria do Zivug, pois esse Zivug</p><p>é uma alegria de Mitsvá, e a alegria de Mitsvá é a alegria da Divindade.</p><p>229) Discípulos dos sábios abandonam suas esposas todos os dias da</p><p>semana para que não se abstraiam do envolvimento na Torá. O alto Zivug</p><p>acasala neles e a Divindade não parte deles para que eles sejam macho e</p><p>fêmea. Quando o Shabat começa, os discípulos dos sábios devem fazer suas</p><p>esposas felizes pela gloria do Zivug superior, pois eles causam um alto</p><p>Zivug pela concessão de almas e devem apontar seus corações com a</p><p>vontade de seu MESTRE.</p><p>230) Vinde e vede. Quando uma pessoa está no seu lar, a essência da casa é</p><p>sua esposa, uma vez que a Divindade está na casa graças a sua esposa.</p><p>259-266) O segredo da sabedoria da sagrada unificação—a Hey do fundo do</p><p>nome sagrado, a Nukva—é a luz do azul e preto que se conecta em</p><p>Yod-Hey-Vav, ZA, a luz branca iluminadora.</p><p>Por vezes a luz azul é Dalet, por vezes ela é Hey. Quando Israel não aderem a</p><p>ela abaixo, para a iluminar e a conectar à luz branca, ela é considerada a</p><p>letra Dalet. Quando Israel a despertam, elevando MAN para se conectarem</p><p>com a luz branca, ela é chamada Hey.</p><p>Está escrito, “Se houver uma virgem donzela,” mas lá escreve “donzela”</p><p>sem uma Hey dado que ela não se conectou ao macho, e onde quer que não</p><p>hajam macho e fêmea, não há Hey lá. É por isso que está escrito “donzela”</p><p>sem uma Hey, e a Hey subiu de lá, deixando a Nukva na letra Dalet,</p><p>indicando magreza e pobreza.</p><p>Quando ela se une com a luz branca iluminadora, ela é chamada Hey, uma</p><p>vez que então todas as coisas estão conectadas como uma—a Nukva se</p><p>apega à luz branca, e Israel se apegam a ela, se encontrando por baixo dela</p><p>para a acender através das MAN que ELEH elevam. Então, tudo é um porque</p><p>ZA e Nukva se juntaram e Israel elevam MAN à Nukva para a acender e a</p><p>conectar com ZA, pois sem suas MAN ela não se conectaria. Então eles se</p><p>conectam com eles também pois toda a medida que o inferior causa no</p><p>superior, ele é recompensado com ela, também, e então o CRIADOR, SUA</p><p>Divindade, e Israel se tornam um.</p><p>Esta é a oferenda, o fumo que sobe do fogo, evocando a luz azul a ser acesa.</p><p>Quando ela se acende, ela se conecta à luz branca. A vela, Divindade, é</p><p>acesa em uma unificação, se apegando à luz branca e ao fumo, e esses três</p><p>se tornam um.</p><p>E porque essa é a conduta desta luz asul consumir e queimar tudo o que se</p><p>apega abaixo dela, quando há um tempo de boa vontade e a vela arde em</p><p>uma unificação, está escrito, “Então o fogo do SENHOR caiu e consumiu o</p><p>holocausto.” E então, quando tudo ardeu por baixo dela, é sabido que a vela,</p><p>Divindade, arde em uma conexão e uma unificação, dado que a luz azul se</p><p>apegou à luz branca e ela é uma. Como são eles um? A luz azul, a Nukva, se</p><p>conectou com a luz branca, ZA, e ambos se tornaram um. Em semelhança, a</p><p>luz azul arde e consome por baixo dela suas gorduras e oferendas. Isto</p><p>significa que ela é consumida e arde por baixo dela, mas em vez disso sobe</p><p>à luz branca. Sucede-se que tudo—o fumo e a luz azul—estavam conectados</p><p>e unidos com a luz branca, e então paz se prolongou por todos os mundos, e</p><p>tudo estava conectado em uma unificação.</p><p>E assim que a luz azul completou o arder e consumiu todas as coisas abaixo</p><p>dela, sacerdotes e Levitas e Israelitas vêm e se apegam a ela com a alegria</p><p>das canções—o poeta Levitas—com a direcção do coração—os</p><p>sacerdotes—e com oração—Israel. E a vela, Divindade, arde sobre eles e</p><p>ilumina, as luzes se apegam como uma, os mundos se iluminam, e os</p><p>superiroes e inferiores são abençoados.</p><p>Então se diz sobre Israel, “E vos que vos apegais ao SENHOR vosso DEUS</p><p>estais todo e cada um de vós neste dia.”</p><p>318) Quando uma pessoa camina, e nesso caminho ao qual ela se apegou,</p><p>para que ela prolonge sobre si mesma uma força nomeada que caminha à</p><p>sua frente. Se ela caminhar num bom caminho, ela prolonga sobre ela uma</p><p>força nomeada do lado de Kedushá que a assiste. Se ela caminhar num</p><p>caminho mau, ela prolonga sobre si mesma uma força má do lado de Tuma’a</p><p>que a magoa.</p><p>326-327) Quando um homem caminha no caminho da verdade, ele vai para a</p><p>direita e prolonga sobre si mesmo o espírito superior da santidade do alto.</p><p>Esse espírito torna-se para ele um desejo sagrado de se unir acima e se</p><p>apegar à Kedushá superior para que ele nunca cesse dele. Quando uma</p><p>pessoa caminha no mau caminho e seus caminhos se desviam do caminho</p><p>recto, ela prolonga sobre si o espírito de Tuma’a da esquerda, que a viola e</p><p>ela é violada nele, como está escrito, “E vós não fareis de vós mesmos</p><p>impuros com eles e vós haveis sido violados neles.” Aquele que vem para</p><p>violar é violado.</p><p>368-369) “Ele os criou macho e fêmea.” Isto significa que qualquer forma na</p><p>qual não hajam macho e fêmea não é uma forma superior como deve ser.</p><p>Onde quer que não acheis um macho e fêmea juntos, a abadia do CRIADOR</p><p>não lá se encontra. Ha bênçãos somente num lugar onde há macho e fêmea,</p><p>como está escrito, “E ELE os abençoou e chamou ao seu nome “homem” no</p><p>dia em que foram criados.” Não está escrito, “E ELE o abençoou e chamou a</p><p>seu nome ‘homem,’” vos ensinando que ele não é sequer chamado até pelo</p><p>nome “homem” senão um macho e fêmea juntos.</p><p>445-446) Qualquer homem que tema o CRIADOR, fé está com ele</p><p>adequadamente pois esse homem é completo na obra do seu MESTRE.</p><p>Aquele em quem não há temor de seu MESTRE, fé não está nele e ele não é</p><p>digno de ter uma porção no mundo vindouro.</p><p>Felizes são os justos neste mundo e no mundo vindouro porque o CRIADOR</p><p>deseja sua glória. “O caminho dos justos é como a luz da auróra.” O que é</p><p>“como a luz da auróra”? É como essa luz que ilumina, que o CRIADOR criou</p><p>na obra da criação. Ela é a luz que o Criador escondeu para os justos para o</p><p>mundo vindouro. Ela brilha mais e mais forte pois ela sempre brilha na sua</p><p>luz e nunca é carente.</p><p>Zohar Hadash, Beresheet Bet [Génesis 2]</p><p>5) Está escrito, “Quão abundante é VOSSA bondade, que VOS haveis</p><p>escondido para aqueles que VOS temem.” Esta é a primeira luz que o</p><p>CRIADOR escondeu para os justos, para aqueles que temem o pecado, como</p><p>está escrito, “E houve noite,”</p><p>da parte das trevas, “E houve manhã,” da parte</p><p>da luz. E quando eles se juntam, “Um dia.”</p><p>Embora a primeira luz fosse ocultada através da linha média, ELE ainda</p><p>assim não pretendeu escondê-la por completo. Pelo contrário, ELE</p><p>pretendeu que ao ocultar, essa luz pudesse iluminar aos justos que temem o</p><p>pecado. Uma vez que eles são cautelosos para receber essa luz de baixo</p><p>para cima—pois há completude somente pela iluminação de Chasadim na</p><p>direita juntamente com a Chochmá na esquerda—então a alegria de tudo</p><p>está na linha média que as une. É por isso que termina, “E houve noite,” da</p><p>parte das trevas, a linha esquerda, “E houve manhã,” da parte da luz, a linha</p><p>direita, e quando elas se juntam através da linha média, está escrito, “Um</p><p>dia,” que é toda a completude e unidade.</p><p>Parashat Noach (Noé)</p><p>(Génesis, 6:9-11:32)</p><p>Sumário da Porção</p><p>A porção, Noé, fala de pessoas pecadoras e o Criador, que envia um grande</p><p>dilúvio para o mundo. "Noé era um homem justo, perfeito nas suas</p><p>gerações" (Génesis, 6:9). Foi por isso que ele foi escolhido para sobreviver</p><p>ao dilúvio.</p><p>Mas ele não sobreviveu sozinho. Em vez disso, ele foi comandado construir</p><p>uma arca e se mudar para ela com seus familiares e um par de cada animal.</p><p>Eles permaneceriam na arca durante quarenta dias e quarenta noites até que</p><p>o dilúvio parou.</p><p>O Criador fez uma aliança com Noé e sua família que o dilúvio nunca</p><p>regressaria. Como símbolo da aliança, ELE colocou o arco-íris no céu.</p><p>O fim da porção fala da torre de Babel, sobre as pessoas que decidiram</p><p>construir uma torre cuja cabeça alcança os céus. O Criador respondeu ao</p><p>confundir sua língua para que eles não se compreendessem uns aos outros,</p><p>e finalmente os dispersando pelo país.</p><p>Comentário</p><p>A porção, Noé, é longa, intensa, e contém mais detalhes e eventos que</p><p>outras porções. Como esta porção toma lugar no começo da Torá, ela</p><p>também marca o princípio de nosso caminho espiritual, o tempo mais</p><p>importante no nosso desenvolvimento espiritual.</p><p>Estas fases iniciais desdobram-se muito rapidamente, ao contrário de</p><p>eventos subsequentes, quando começamos a na realidade corrigir nossas</p><p>qualidades meticulosamente.</p><p>Mais tarde, os eventos descritos são de longe mais detalhados, como</p><p>veremos naqueles que mais tarde se revelam na Torá.</p><p>Nosso desenvolvimento toma lugar inteiramente sob nossa vontade de</p><p>receber egoísta, que devemos tornar em doação. Hoje estamos ainda no</p><p>meio de um processo onde toda a humanidade deve começar a trabalhar</p><p>com seus egos para forjar as conexões certas entre as pessoas. A Luta para</p><p>superar o ego é sempre o maior problema, e aparece como ondas de um</p><p>grande mar, chamado Malchut de Ein Sof (Malchut do Infinito).</p><p>Cada vez, o ego se levanta e não sabemos o que fazer, então nossa única</p><p>opção é nos escondermos numa caixa, numa arca. Esta não é meramente</p><p>uma fuga; mas é na realidade uma correcção. Construímos à volta de nós</p><p>mesmos uma espécie de bolha, a qualidade de doação, e escondemo-nos</p><p>nela de todas as nossas terríveis qualidades egoístas. É assim que</p><p>avançamos.</p><p>Quando o ego se manifesta, caminhamos para a arca, ajustamos nossas</p><p>correcções em prol de nos elevarmos acima do ego e evitarmos usá-lo. Na</p><p>arca, desconectamo-nos do mundo circundante, onde terríveis coisas estão</p><p>a acontecer. Quando assim fazemos, os desejos egocêntricos ferozmente</p><p>batem no casco de nossa arca, tentando puxar-nos para muitos lugares e</p><p>direcções, para as profundezas do mar. E todavia, permanecemos no interior</p><p>da arca, concentrados no desejo de permanecer na qualidade de doação.</p><p>A permanência na arca dura quarenta dias e quarenta noites. Esta é a</p><p>diferença entre Malchut e Biná, porque toda a Malchut, todos os desejos,</p><p>estão incluídos em Biná. Verificamo-nos a nós mesmos ao questionar o</p><p>corvo, mas o corvo não responde. A pomba, contudo, realmente responde</p><p>porque ela é do lado de Rachamim (misericórdia), da direita, do lado da paz.</p><p>Quando recebemos a resposta que todos os nossos desejos são</p><p>controlados pela qualidade de doação, isso é um sinal de que sobrevivemos</p><p>ao dilúvio. Essa é uma indicação de que todos nossos desejos e qualidades,</p><p>que são chamadas "nossos familiares" (a família que está na arca),</p><p>passaram a primeira fase da correcção e agora somos capazes de continuar</p><p>as correcções. O propósito do processo inteiro, este fluxo, é para que nós</p><p>corrijamos nossas almas egoístas quebradas e as tragamos para um estado</p><p>onde elas estejam em doação pura, e assim em completa equivalência de</p><p>forma, em Dvekut (adesão) com o Criador.</p><p>Quando saímos para o ar, para a terra seca, o Criador diz que ELE fará uma</p><p>aliança connosco a respeito de todas as coisas que estamos prestes a</p><p>atravessar. A aliança é pelo futuro, quando eventos semelhantes possam</p><p>ocorrer, para que saibamos que podemos usar as forças que usámos no</p><p>passado.</p><p>A aliança testemunha que não nos conseguimos corrigir a nós mesmos e</p><p>que somos obrigados a usar as mesmas forças que usámos no passado. É</p><p>por isso que não gostamos do símbolo do arco-íris no céu.</p><p>Aqui está um exemplo: Assumamos que estamos numa discussão e que nos</p><p>recordamos que costumávamos ser amigos. Então, pelo bem do passado</p><p>relacionamento fazemos a paz novamente. Logo, o arco-íris - a aliança - não</p><p>é um bom sinal porque ele marca nossa entrada para um tempo de fraqueza,</p><p>onde maiores problemas estão pela frente, para os quais precisaremos desta</p><p>aliança.</p><p>O tempo de Noé marca o começo de um novo desenvolvimento. Há dez</p><p>gerações de Adão a Noé. Estas são as dez Sefirot, e há mais dez gerações</p><p>(Sefirot) de Noé a Abraão. Há muitas qualidades em nós que crescem dentro</p><p>de nós e então aparecem, até que novamente reconheçamos nossas</p><p>qualidades egoístas. Aparentemente, esquecemos as qualidades da doação</p><p>que tínhamos quando na Arca, então não podemos mais cobri-las com</p><p>Chasadim, a qualidade de Chesed (misericórdia), e com o amor aos outros,</p><p>para sermos como uma família, como foi com Noé na arca quando o mundo</p><p>inteiro era como uma família. Nessa altura todos estavam debaixo do dossel</p><p>de Chasadim, debaixo de um dossel de amor, colaborando em garantia</p><p>mútua.</p><p>Agora nossos desejos egoístas crescem uma vez mais, eles conduzem-nos</p><p>de volta para Babel - um estado onde vemos nossos egos pairar, tentando</p><p>ter e controlar tudo. O grande egoísta que controla a pessoa é Nimrod. Esta</p><p>é uma força que está disposta a fazer qualquer coisa.</p><p>Nimrod quer controlar nossas vidas. Ele não quer estar acima, na qualidade</p><p>de doação, mas somente na qualidade de recepção, como podemos ver ao</p><p>nosso redor no mundo de hoje.</p><p>Tudo aquilo que aconteceu no tempo de Noé tinha de acontecer por causa</p><p>da regra, "EU criei a inclinação do mal; EU criei para ela a Torá como</p><p>tempero" (Kidushin, 30b), porque "a luz nela os reforma." Por outras</p><p>palavras, precisamos de descobrir o mal em nós, e dessa revelação do mal</p><p>descobriremos seu antídoto, uma vez que não quereremos permanecer no</p><p>mal. É por isso que precisamos de obter a luz que reforma, a luz especial</p><p>que a sabedoria da Cabala nos conta como obter para que nos possamos</p><p>corrigir a nós mesmos com ela.</p><p>Todas as histórias da Torá antes de Noé, tais como a de Caim e Abel,</p><p>descrevem como o ego se intensificou. Aprendemos sobre isso de O Zohar,</p><p>que nos conta o verdadeiro sentido das histórias da Torá. O Zohar diz-nos</p><p>abertamente o que está simplesmente implícito na Torá. Ele revela-nos</p><p>aquilo que se esconde por trás de cada história humana e o que nos está a</p><p>Torá na realidade a contar nas suas narrativas. É por uma boa razão que a</p><p>sabedoria da Cabala é chamada a "sabedoria da verdade."</p><p>A Torá fala de nossas almas, sobre como devemos retirar essa alma do</p><p>esconderijo. Devemos descobrir a alma em cada grau de sua Aviut, em cada</p><p>fase de sua quebra, e devemos corrigi-la. Dentro da alma corrigida, devemos</p><p>sentir nossas vidas espirituais e permanecer nelas, como está escrito,</p><p>“Verás teu mundo na tua vida” (Berachot, 17a). Devemos descobrir o mundo</p>