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<p>17</p><p>INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO – IFMA</p><p>CAMPUS SANTA QUITÉRIA DO MARANHÃO</p><p>DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO</p><p>DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO E RELAÇÕES EMPRESARIAIS</p><p>CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA</p><p>Relatório de Estágio no Setor de Agricultura, disciplina: Zootecnia na Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária</p><p>Discente: Carlos Felipe Sousa da Sila</p><p>Supervisor Técnico: Wlbiratan Ramos Moreira</p><p>Santa Quitéria do Maranhão – MA</p><p>2024</p><p>CARLOS FELIPE SOUSA DA SILVA</p><p>Relatório de Estágio no Setor de Agricultura, disciplina: Zootecnia na Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária</p><p>Relatório apresentado ao IFMA Campus Santa Quitéria do Maranhão, à disciplina de Estágio Supervisionado como pré-requisito para conclusão do Curso Técnico em Agropecuária – Modalidade Subsequente.</p><p>Supervisor Técnico: Wlbiratan Ramos Moreira</p><p>Santa Quitéria do Maranhão – MA</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. DADOS GERAIS 3</p><p>2. INTRODUÇÃO 4</p><p>3. DESCRIÇÃO DA UNIDADE CONCEDENTE E DO MUNICÍPIO/POLO 6</p><p>4. OBJETIVOS 8</p><p>4.1 Objetivo Geral 8</p><p>4.2 Objetivos Específicos 8</p><p>5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 9</p><p>5.1 Atividade I: Coleta de solo para análise 9</p><p>5.2 Atividade II: Estudo sobre grandes culturas (mandioca)......................................12</p><p>5.3 Atividade III: Inspeção sanitária na area animal 14</p><p>6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16</p><p>REFERÊNCIAS 18</p><p>DADOS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO NA UNIDADE CONCEDENTE</p><p>APÊNDICES 20</p><p>ANEXOS 24</p><p>1. DADOS GERAIS</p><p>I – IDENTIFICAÇÃO DA PARTE CONCEDENTE</p><p>PARTE CONCEDENTE: Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária</p><p>ENDEREÇO: Rua dos Pardais / Bairro Passarada</p><p>CNPJ: 06.232.615/0001-20</p><p>INSC. ESTADUAL:</p><p>TELEFONES: (98) 9 8446-0165</p><p>E-MAIL: secretariadeagriculturasqt@gmail.com</p><p>SUPERVISOR: Wlbiratan Ramos Moreira</p><p>FUNÇÃO: Técnico Agropecuário</p><p>Nº DO REG PROFISSIONAL OU CPF: 8318419820-0 CREA-MA</p><p>TELEFONES: (98) 9 8848-6578</p><p>E-MAIL: biratanmoreira@yahoo.com.br</p><p>II – IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDANTE ESTAGIÁRIO</p><p>NOME: Carlos Felipe Sousa da Silva</p><p>MAT. Nº 20221TAE.MAR1639</p><p>CURSO: Técnico em Agropecuária</p><p>FORMA: Subsequente</p><p>TELEFONES: (98) 9 8736-0782</p><p>E-MAIL: carlosfelipesousa156@gmail.com</p><p>ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA? ( X ) NÃO ( ) SIM</p><p>SE PcD , HÁ ATENDIMENTO ESPECIALIZADO? ( ) SIM; ( X ) NÃO; ( )NÃO HÁ NECESSIDADE</p><p>III – IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR ORIENTADOR</p><p>NOME: Wlbiratan Ramos Moreira</p><p>SIAPE: 8318419820-0 CREA-MA</p><p>DEPARTAMENTO: Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária</p><p>TELEF/E-MAIL: (98) 9 8848-6578/biratanmoreira@yahoo.com.br</p><p>2. INTRODUÇÃO</p><p>O estágio supervisionado, no âmbito do curso profissionalizante técnico, é uma forma do discente complementar, de modo prático, os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. É por meio desta prática que o estudante consegue aplicar conhecimentos teóricos e resolver situações problemas dentro das mais variadas áreas de estudo. Assim sendo, a fim de completar a formação do técnico em agropecuária, é necessário o investimento em um período de experimentação fora da sala de aula.</p><p>O estágio supervisionado realizado durante o curso de ensino técnico é uma forma de qualificar os estudantes de forma prática, o tornando mais preparado para o mercado de trabalho e mais convicto de sua escolha profissional (BRASIL, 2004).</p><p>O estágio cumprido está relacionado à Zootecnia, disciplina que compreende o núcleo de conteúdos profissionais dos campos do saber regulamentados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia de acordo com a Resolução CNE/CES nº1, de 2 de fevereiro de 2006.</p><p>A etimologia da palavra Zootecnia vem do grego, onde “zoon – animal” e “technê – arte”, ou seja, a arte de criar animais. Contudo, a Zootecnia pode ser definida como a área do conhecimento que visa desenvolver o estudo da criação, conservação e produção animal dos animais domésticos, silvestres e em domesticação de forma a conduzir suas atividades dentro de princípios que pautem o bem estar animal, equilíbrio ambiental e sustentável da biodiversidade.</p><p>A Zootecnia é a ciência que estuda a criação e o manejo de animais, com o objetivo de promover a produtividade e o bem-estar animal. Os profissionais de zootecnia aplicam conhecimentos em genética, nutrição e manejo para otimizar a produção animal.</p><p>Apesar de não existir um acordo geral entre os autores, professores e investigadores sobre a definição precisa de Zootecnia, são comuns às diferentes definições os seguintes aspetos (Sotillo e Vigil, 1978):</p><p>- A Zootecnia é uma ciência aplicada;</p><p>- Os animais são considerados produtivos e úteis ao Homem;</p><p>- A exploração dos animais segue objetivos económicos;</p><p>- Têm de se levar em consideração as condições higio-sanitárias em que os animais são explorados.</p><p>Com base nestes aspetos, Sotillo e Vigil (1978) definem Zootecnia como “a ciência que se ocupa da exploração economicamente ótima dos animais úteis ao Homem, em condições higio-sanitárias adequadas”.</p><p>Nos últimos anos, a definição de Zootecnia tem vindo a ser alterada, integrando conceitos e critérios que foram surgindo e que ampliaram a aperfeiçoaram o conceito original, entre os quais se destacam:</p><p>- O conceito de bem estar animal;</p><p>- A qualidade dos produtos finais obtidos;</p><p>- A necessidade de proteção do meio ambiente;</p><p>- A proteção da saúde dos consumidores.</p><p>Portanto, é notório que a zootecnia compreende muitos assuntos abordados pela matriz curricular do curso Curso Técnico em Agropecuária. O que permite que o aluno empregue de forma prática a fundamentação teórica aprendida na graduação, beneficiando também a procura por soluções e tomadas de decisões em sua futura vida profissional.</p><p>Compreendendo um período de 85 horas, chegou ao fim o período de estágio da primeira turma de Estágio Supervisionado Obrigatório do Curso Técnico em Agropecuária do IFMA. Durante um período de 30 dias o estagiário desenvolveu práticas diversas dentro da área de agricultura geral e zootecnia, como coleta de solo para análise química, além de atividades nos campos das grandes culturas (mandioca) e inspeção sanitária na área animal. O estagiário estive presente nesse tempo envolvidos ativamente na realização dessas práticas, as quais vão refletir no seu futuro profissional.</p><p>O estagiário sempre assíduo, contribuiu significativamente em diversos procedimentos como na elaboração de documentos administrativos e no acompanhamento de atividades em campo. Demonstrou criatividade e eficiência durante o período de estágio.</p><p>3. DESCRIÇÃO DA UNIDADE CONCEDENTE E DO MUNICÍPIO/POLO</p><p>A Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Pecuária em Santa Quitéria do Maranhão funciona como parte essencial para o desenvolvimento do setor agrário da cidade. A atual gestão (2021-presente) instituiu novas funções e objetivos, iniciando por contratar uma equipe técnica profissional e habilitada para trabalhar junto com o agricultor local. Estruturalmente, o prédio conta com três salas, (uma para setor administrativo e vegetal, outra para o setor pecuário e um banheiro, além de uma área externa para confecção de uma horta) sendo uma ocupada pelo secretário de agricultura, um engenheiro de produção, um engenheiro agrônomo e um técnico, os quais oferecem serviços de consultoria, elaboração de documentos administrativos e logística. Há outra sala ocupada por técnicos agropecuários e um médico veterinário, os quais se dedicam a assuntos do setor da pecuária.</p><p>Além das citadas, o local também conta com a presença de um banheiro, cozinha e uma área externa reservada para a construção de uma horta e/ou viveiro. Ao todo, a Secretária atua com um total de 20 funcionários, que inclui 4 técnicos, 1 engenheiro de produção, 1 engenheiro agrônomo, 1 médico veterinário, 1 secretário de agricultura, 1 recepcionista, além de profissionais de limpeza e vigilância. Com relação às atividades prestadas, o setor possui um cronograma de diversas atividades, tanto no ambiente urbano como no rural, dentre as quais se destacam a instalação de hortas comunitárias, acompanhamento e orientação de agricultores locais, vigilância sanitária e demais</p><p>serviços no âmbito rural.</p><p>Figura 1 – Quadro Demonstrativo da Secretária de Santa Quitéria</p><p>Fonte: Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária de Santa Quitéria</p><p>4. OBJETIVOS</p><p>4.1 Objetivo Geral</p><p>Conciliar a teoria adquirida durante o período de aulas do curso técnico em agropecuária com a prática vivenciada em campo, cumprindo a vista de acompanhar as principais atividades desenvolvidas nas grandes culturas (mandioca) no campo de estágio como inspeção sanitária, mais adiante contato direto com os produtores e técnicos envolvidos no sistema produtivo, agregando maior conhecimento para ambas as partes.</p><p>4.2 Objetivos Específicos</p><p>· Reconhecer principais culturas de importância para a economia local;</p><p>· Adquirir conhecimento prático a respeito das culturas da mandioca;</p><p>· Estabelecer diálogo com profissionais e agricultores;</p><p>· Elaborar receiturário agronômico;</p><p>· Elaborar relatórios de campo;</p><p>· Elaborar documentos de cunho administrativo.</p><p>5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS</p><p>Por meio do estágio desenvolvido, pôde-se ter uma boa dimensão do funcionamento de uma empresa do ramo agrícola cujo foco principal é a prestação de serviços para a comunidade local.</p><p>Pelo fato de a empresa atuar em um setor da agricultura que caracteriza-se pela diversidade, seja por conta da quantidade de espécies abrangidas ou pela ampla gama de práticas de manejo demandadas e passíveis de serem aplicadas em tais espécies, pôde-se presenciar o desenvolvimento de inúmeras diferentes atividades.</p><p>Neste sentido, a descrição das mesmas se dará de forma mais aprofundada apenas em relação àquelas que se destacaram ao longo do estágio, e relatando de maneira mais superficial aquelas acompanhadas com menor freqüência ou intensidade.</p><p>5.1 Atividade I: Coleta de solo para a análise</p><p>A análise de solo é o principal instrumento para o diagnóstico da fertilidade do solo, permitindo a recomendação das quantidades de adubos e calcário necessárias para obter rendimentos elevados das culturas.</p><p>A recomendação das quantidades corretas de adubos e calcário a serem adicionadas ao solo depende da adoção de procedimentos adequados de coleta de amostras de solo, de forma que estas sejam representativas da área a ser cultivada.</p><p>Os procedimentos de coleta de amostras de solo compreendem as etapas, descritas a seguir:</p><p>1. Plano de Amostragem</p><p>Consiste em separar a propriedade em glebas de solo uniformes quanto à posição no relevo (várzea, coxilha, encosta de morro, baixada ou terreno plano); cor (vermelha, amarela, clara, cinza ou preta); textura (argilosa ou arenosa); vegetação anterior (mato, capoeira, potreiro ou terra cultivada); e manejo (calagem e adubação anteriores).</p><p>De cada gleba de solo uniforme, deve ser retirada uma amostra composta.</p><p>A amostra composta é formada por amostras simples, retiradas de 15 a 20 locais, escolhidos ao acaso, ao percorrer em zigue-zague a gleba uniforme.</p><p>2. Local de Amostragem</p><p>Limpe a superfície do local de amostragem, retirando a vegetação, galhos e pedras, sem remover a camada superficial do solo.</p><p>3. Amostra Simples</p><p>Abra uma cova em forma de cunha, com cerca de 17 a 20 cm de profundidade. Após, retire toda a terra de dentro e deixe de lado.</p><p>Com uma pá, corte em um dos lados da cova uma fatia com espessura de 2 a 5 cm.</p><p>Mantenha a fatia de terra sobre a pá e corte-a em três partes, descartando as bordas. Coloque a porção central em um balde plástico limpo.</p><p>A amostra também pode ser tirada com um trado. Neste caso, para cada local de amostragem, introduza o trado no solo até a profundidade de 17 a 20 cm e retire-o do solo sem torcer. Coloque a terra contida em seu interior no balde.</p><p>Amostra Composta</p><p>Misture dentro do balde a terra proveniente dos diferentes locais de amostragem, retirando cerca de 500 gramas de terra (amostra composta).</p><p>4. Preparo e identificação</p><p>A amostra composta deve ser seca à sombra em local ventilado. Em seguida, deve ser colocada em um saco plástico limpo. Amarre na boca do plástico um cartão contendo seu nome e endereço completos e a identificação da gleba de onde foi retirada a amostra.</p><p>Preencha o questionário sobre a lavoura e envie-o, juntamente com a amostra de solo, ao Laboratório de Nutrição Vegetal da Embrapa Clima Temperado.</p><p>Figura 2 - Coleta para análise de solo</p><p>Fonte: O pesquisador</p><p>A amostra deve ser coletada, de preferência com trado, na profundidade de 20-40cm. Primeiro colete a amostra de 0-20cm; em seguida, retire a terra da superfície que caiu dentro do buraco e, depois, aprofunde o trado até 40cm.</p><p>Figura 3 - Coletagem de solo</p><p>Fonte: O pesquisador</p><p>5.2 Atividade II: Estudo sobre grandes culturas (mandioca)</p><p>Da família das Euphorbiaceae a mandioca é uma das culturas mais difundidas no Brasil e no mundo pela sua rusticidade, diversidade genética, resistência a pragas, capacidade de regeneração e adaptação ecológica (EMBRAPA, 2003).</p><p>A cultura possui bastante expressividade na mesa dos brasileiros e está presente, principalmente, em sistemas agrícolas familiares (PESTANA e CASTRO, 2015). Onde os tubérculos são utilizados para subsistência da família e os subprodutos como casca, parte aérea, dentre outros, na alimentação de animais.</p><p>É comumente cultivada na agricultura familiar, pois a atividade se configura como uma importante fonte de renda, além de relevada importância na conservação da espécie (CHISTÉ; COHEN, 2006; FARALDO et al., 2000). Onde mais de 70% do plantio é realizado em áreas inferiores a 10 hectares (IBGE, 2021). Isto implica em maior atividade de integração com outros sistemas agropecuários e proporciona redução de custos ao produtor, o que pode tornar o sistema agrícola sustentável (PESTANA e CASTRO, 2015).</p><p>Figura 4 - Plantio de mandioca.</p><p>Fonte: O pesquisador</p><p>O plantio é feito através de manivas com comprimentos de 15 a 20 cm em profundidade de 5 a 10 cm, o espaçamento entrelinhas pode variar dependendo do tipo de sistema utilizado (RÓS e SÃO JOÃO, 2016). Kristensen et al. (2014) comenta que o cultivo ocorre, principalmente, pela utilização de suas raízes usadas na alimentação humana e animal, uma fonte de amido industrial e matéria-prima de energia de biomassa.</p><p>Figura 5 - Raízes de mandioca, após arranquio, para produção de farinha.</p><p>Fonte: O pesquisador.</p><p>A principal matéria prima extraída da mandioca são os tubérculos de onde se processa a farinha de mesa, tapioca, puba, dentre outros. A parte aérea é bastante utilizada para forragem e alimentação animal (Figura 4 acima) (CASTRO e MOREIRA, 2016). Contudo, a maior produtividade de mandioca é destinada à indústria de fécula e derivados (CARDOSO et al., 2003).</p><p>Figura 6 - Raízes de mandioca.</p><p>Fonte: O pesquisador.</p><p>A mandioca (Manihot) comumente conhecida por macaxeira ou aipim, pertence à família das Euphorbiaceae, possui origem Sul Americana, sendo bastante cultivada no passado pelos indígenas os quais foram responsáveis por sua distribuição. Atualmente, se destaca na mesa e na economia brasileira, haja vista que é cultivada em diferentes regiões em virtude de sua rusticidade e tolerância às variadas condições edafoclimáticas (RIBEIRO et al., 2019).</p><p>Existem dois grandes grupos de Manihot, a Manihot esculenta e Manihot utilíssima, tais grupos também são conhecidos como de mandioca seca e mandioca d’água. A primeira popularmente chamada de mandioca brava ou amarga, e o segundo grupo se apresenta como mandioca mansa, macaxeira, aipim e mandioca doce (CHISTÉ et al., 2006). A mandioca mansa é denominada desta maneira por conter baixo teor de ácido cianídrico (HCN), ou seja, inferior a 100 mg kg-1. E a mandioca brava com teor de HCN superior a 100 mg kg-1, destina-se à produção industrial (SOUZA e LIMA-PRIMO, 2017).</p><p>5.3 Atividade III: Inspeção sanitária na area animal</p><p>Atualmente, o maior desafio para os produtores e consumidores de produtos de origem animal é acerca da qualidade dos mesmos, pois, a cada dia que passa, os sistemas de saúde e os órgãos ligados à saúde pública visam</p><p>estratégias e ações de combate e enfrentamento ao comércio ilegal desses produtos (AGUIRRE, 2019). O abate clandestino ainda é uma prática comum no país e acontece naturalmente pela ausência de uma inspeção atuante (AQUINO, 2017).</p><p>Segundo Tigre et al. (2012), os estados e municípios devem estreitar laços com a Vigilância Sanitária a fim de promoverem, melhorarem e protegerem a saúde da população intervindo, sempre que necessário, em condutas com problemas sanitários, ambientais, produtivos, entre outros. Na área da saúde, o principal objetivo é garantir o bem-estar físico e moral da população, proporcionando condições de vida para que as pessoas consigam usufruir com integridade e segurança (GALO; ARNS, 2016).</p><p>Segundo Aquino (2017), de forma geral, nos últimos anos, o comércio de produtos de origem animal no Brasil vem sofrendo grande ascensão pelo poder de produção e pelo avanço tecnológico da última década, com isso, a comercialização deve ter um olhar mais crítico a respeito das condições de manejo, alimentação e transporte do produto final. Animais vivos e ovos para incubação também são grandes vetores patológicos e merecem ser fiscalizados de acordo com as normas da OIE (NEVES, 2011).</p><p>No Maranhão, a inspeção sanitária de produtos de origem animal é realizada pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED/MA). A AGED/MA é responsável por:</p><p>· Fiscalizar e registrar os estabelecimentos que comercializam produtos e subprodutos de origem animal;</p><p>· Inspecionar todas as etapas de beneficiamento dos produtos;</p><p>· Verificar o cumprimento das boas práticas de fabricação;</p><p>· Instruir e orientar sobre os procedimentos necessários para a qualidade dos produtos.</p><p>A inspeção de produtos de origem animal tem como objetivo: Preservar a saúde pública, Garantir a inocuidade alimentar, Defender o consumidor, Assegurar a integridade dos produtos.</p><p>Segundo Neves (2011), as inspeções e a fiscalização visam ofertar ao consumidor final produtos de origem animal seguro para o consumo, atentando-se, especialmente, para fatores relacionados à qualidade higiênica, sanitária, tecnológica e produtiva. A cadeia produtiva fica pendente da avaliação de profissionais capacitados e da área que estarão observando e examinando todo o produto (PESSOA; DUARTE, 2011).</p><p>Para Marra et al. (2017), o intuito de capacitar os profissionais possibilita uma melhor identificação de irregularidades na cadeia produtiva que podem colocar asaúde da população em risco. As irregularidades podem estar relacionadas com perigos físicos, químicos ou biológicos, colocando em risco o aproveitamento dos alimentos. Fiscalizações e inspeções de rotinas contribuem para uma padronização no setor produtivo, evita fraudes nos produtos e aumentam a qualidade da produção (CALEMAN; ZYLBERSZTAJN, 2012).</p><p>Segundo Silva et al. (2018), a Vigilância Sanitária (VISA) acaba se tornando um órgão de fundamental importância para o bom funcionamento da saúde, sua importância é compreendida dentro de seus inúmeros segmentos de atuação e fiscalização, visando proporcionar sempre ambientes adequados, higiênicos e padronizados, com produtos dentro da validade, sem violação e com procedência (GALO; ARNS, 2016).</p><p>Para Cruz e Schneider (2010), o médico veterinário deve ser inserido em todas as fases da produção industrial, acompanhando as instalações e a forma demanejo desses animais, a qualidade e a segurança alimentar são um dos princípios dos abatedouros regularizados. Para receber o selo de inspeção, o produtor deve se atentar para as condições física e instrumental, que garantam o bem-estar e a comodidade dos animais, causando o menor impacto possível na saúde do animal (SINAN, 2014).</p><p>Conforme Marra et al. (2017), por estar ligada ao Ministério da Saúde, a VISA pode ser destinada a desenvolver atividades e ações que propaguem o gerenciamento, a promoção e a avaliação de fatores de riscos químicos, físicos, biológicos ou sanitários, controlando os bens de consumo que acabam estando ligados direta ou indiretamente com a saúde da população (MENDES; RIBEIRO, 2021).</p><p>6. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O estágio supervisionado é de grande valor para todo e qualquer estudante e uma forma de complementar a formação acadêmica, pelo aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante a graduação por meio de atividades práticas e situações reais de atuação profissional.</p><p>O estágio supervisionado é de enorme valor para todo e qualquer estudante, tendo em vista a experiência de campo, relacionamentos interpessoais e conhecimentos práticos que nós, estudantes, adquirimos ao passarmos uma temporada em propriedades rurais, empresas comerciais e até mesmo em grandes indústrias agrícolas.</p><p>As inspeções são realizadas na tentativa de obter alimentos de qualidade e evitar riscos aos consumidores, pois, quando esses consomem produtos sem controle, estão vulneráveis à contaminação física, química ou biológica e às fraudes de embalagem ou produto, sem contar com a possibilidade de intoxicação alimentar, doenças por zoonoses, raiva e parasitoses.</p><p>É importante trocar informações valiosas com os trabalhadores rurais, pois é a experiência deles nos ensina um pouco sobre a história da agricultura do nosso país, e mais importante ainda foi conhecer e aplicar novas tecnologias que nos proporciona o desenvolvimento cada vez maior do sistema de produção agrícola do país.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGUIRRE, Alberto Barros et al. Carne Orgânica e Convencional: um Comparativo de Custos. Desafio Online, v. 7, n. 3, 2019.</p><p>AQUINO, F.M. Prevalência e distribuição espacial da cisticercose e fasciolose bovina no estado de Goiás. 2017. 113 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB 35/2003: Normas para a organização e realização de estágio de alunos do Ensino Médio e da Educação</p><p>Profissional. Brasília: MEC, 2004.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº1/2006: Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia. Brasília: MEC, 2006.</p><p>CALEMAN, S.M.Q.; ZYLBERSZTAJN, D. Falta de garantias e falhas de</p><p>coordenação: evidências do sistema agroindustrial da carne bovina. Revista de</p><p>Economia e Sociologia Rural, v. 50, n. 2, p. 223-241, 2012.</p><p>CARDOSO, C. E. L. Competitividade e inovação tecnológica na cadeia agroindustrial de fécula de mandioca no Brasil, 2003. 188p. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2003.</p><p>CASTRO, J.E.G.; MOREIRA, C.A.L. Aspectos Econômicos e Sociais da Cadeia Produtiva da Mandioca no Brasil. Revista Científica FACPED, v. 2, n. 2, 2016.</p><p>CHISTÉ, R. C.; COHEN, K. O. Estudo do processo de fabricação da farinha de</p><p>mandioca Belém: Embrapa Amazônia Oriental. 2006.</p><p>CRUZ, F.; SCHNEIDER, S. Qualidade dos alimentos, escalas de produção e</p><p>valorização de produtos tradicionais. Revista Brasileira de Agroecologia, [s. l.], v.</p><p>5, n. 2, p. 22-38, 2010.</p><p>EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca E Fruticultura. 2003. Disponível em: http://www.cnpmf.embrapa.br/index.php?p=pesquisa-culturas_pesquisadas mandioca.php&menu=2 Acesso em: 02 de outubro de 2024.</p><p>FARALDO, M. I. F.; SILVA, R. M.; ANDO, A.; MARTINS, P. S. Variabilidade genética de etnovariedades de mandioca em regiões geográficas do Brasil. Scientia Agrícola, v. 57, n. 3, p. 499-505, 2000.</p><p>GALO, B.M.F.; ARNS, E.M.C. Legislação Pertinente ao Médico Veterinário Responsável Técnico na Indústria da Carne: Frigoríficos. Revista Eletrônica Biociências, Biotecnologia e Saúde, v. 6, n. 15, p. 155-157, 2016.</p><p>IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de</p><p>produção agrícola municipal: mandioca 2017. Rio de Janeiro, 2021.</p><p>KRISTENSEN, S. B. P. et al. Mandioca como cultura energética: um estudo de caso do potencial de expansão do cultivo de mandioca para produção de bioetanol no sul do Mali. Energia renovável, v. 66, p. 381-390, 2014.</p><p>MARRA, G.C. et al. Avaliação dos riscos ambientais na sala de abate</p><p>de um</p><p>matadouro de bovinos. Saúde em Debate, v. 41, p. 175-187, 2017.</p><p>NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 12 ed. São Paulo: Atheneu, p. 546,</p><p>2011.</p><p>MENDES, Ariane Marinho; RIBEIRO, Laryssa Freitas. O controle microbiológico da</p><p>qualidade de alimentos. Pubvet. v.15, n.02, a744, p.1-10, Fev., 2021.</p><p>PESSOA, F.F.; DUARTE, K.M.R. Qualidade da carne bovina: processo de abate e</p><p>contaminação causada por Escherichia coli. PUBVET, v. 5, p. Art. 1238-1244, 2011.</p><p>PESTANA, T. C.; CASTRO, G. H. F.. Potencial da rama de mandioca para uso na alimentação de ruminantes: Revisão. PubVet, v. 9, p. 429-466, 2015.</p><p>RIBEIRO, F. W. et al. Custos de produção e rentabilidade econômica do cultivo da mandioca em Goiás. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 14, n. 1, p. 104-110, 2019.</p><p>RÓS, A.B.; SÃO JOÃO, R.E. Desempenho agronômico e uso eficiente da terra em arranjos de plantas de mandioca e batata-doce. Revista Ceres, Viçosa, v. 63, n.4, p. 517-522, 2016.</p><p>SILVA, José Agenor Alvares et al. SUS 30 anos: Vigilância Sanitária. Ciênc. saúde</p><p>coletiva. vol.23 no.6 Rio de Janeiro jun. 2018.</p><p>SINAN. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Ministério da Saúde,</p><p>Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica,</p><p>Coordenação Geral de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília, 2014.</p><p>SOTILLO, J.L.; E. Vigil (1978). Produção animal. Bases fisiozootécnicas. Mijares, León.</p><p>SOUZA, E. D.; LIMA-PRIMO, H. E. de. Saracura, BRS Japonesa e BRS Moura: Novas</p><p>Cultivares de Mandioca de Mesa para Roraima. Boa Vista, EMBRAPA-RORAIMA, 2017. 6p. (EMBRAPA-RORAIMA. Comunicado Técnico, 83).</p><p>TIGRE, J.S.; LEITE, P.A.G.; DIAS, R.C. Principais causas de condenação de rins de</p><p>bovinos que foram abatidos no Matadouro Municipal de Itabuna, Bahia. PUBVET,</p><p>Londrina, V. 6, N. 24, Ed. 211, Art. 1409, 2012.</p><p>APÊNDICES</p><p>Apêndice I – Equipe de Curistas visita a uma propriedade.</p><p>Fonte: Pessoal</p><p>Apêndice II – Visita a uma propriedade de plantio de milho, feijão, mandioca, cana-de-açúcar e hortaliças</p><p>Fonte: Pessoal</p><p>Apêndice III – Coleta e análise do solo</p><p>Fonte: Pessoal</p><p>Apêndice IV – Criadores de Pecuária.</p><p>Fonte: Pessoal.</p><p>Apêndice V – Pesquisa de campo na Fazenda Barbosa.</p><p>Fonte: Pessoal.</p><p>Apêndice VI – Castração de ovinos.</p><p>Fonte: Pessoal.</p><p>ANEXOS</p><p>Anexo I – Relatório Sucinto do Estágiariao</p><p>image2.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.jpeg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.jpeg</p><p>image1.png</p>