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<p>INTRODUÇÃO</p><p>Far-se-á neste breve texto, escrito através de pesquisa bibliográfica de doutrina jurisprudência atualizadas, um sucinto estudo acerca das diferentes espécies de sucessão previstas no Direito Brasileiro.</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>Existem várias formas pelas quais a doutrina classifica a sucessão.</p><p>A primeira seria a diferenciação de sucessão causa mortis ou inter vivos. Levando em conta que um patrimônio nunca pode ficar sem um proprietário, de acordo com a função social, vemos que os atos de disposição inter vivos, como vendas, resultam na transferência de um bem, provocando uma sucessão na titularidade, ou seja, uma substituição de pessoas responsáveis por ele (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2017). O foco, no entanto, seria nas subdivisões da sucessão causa mortis.</p><p>Inicialmente, no âmbito da sucessão causa mortis, há de se tratar da diferenciação entre sucessão testamentária, legítima e híbrida ou mista.</p><p>O artigo 1.786 do Código Civil estabelece que "a sucessão ocorre por lei ou por disposição de última vontade". Assim, a sucessão pode ser classificada como legítima, ou "ab intestato", quando ocorre de acordo com a legislação, ou testamentária, quando resulta de um testamento.</p><p>O artigo 1.788 complementa, afirmando que, se uma pessoa falece sem testamento, a herança é transmitida aos herdeiros legítimos, e o mesmo se aplica aos bens não incluídos no testamento. Caso um testamento se anule ou perca a validade, a sucessão legítima ainda será aplicada (GONÇALVES, 2017).</p><p>Assim, quando uma pessoa morre sem deixar testamento, a herança é repassada aos herdeiros que a lei designa (art. 1.829 do CC), seguindo uma ordem de preferência chamada vocação hereditária. A sucessão legítima é considerada uma expressão da vontade presumida do falecido de transmitir seu patrimônio às pessoas indicadas na lei, assumindo-se que, se tivesse feito um testamento, teria escolhido aqueles mesmos beneficiários (GONÇALVES, 2017).</p><p>Historicamente, a sucessão legítima tem sido a mais comum no Brasil, em parte devido a fatores culturais e ao fato de que a legislação brasileira organiza bem a sucessão ab intestato, designando herdeiros que o falecido provavelmente teria escolhido. A regulamentação brasileira funcionaria, portanto, como um "testamento tácito", definindo as disposições que o falecido teria feito (GONÇALVES, 2017).</p><p>Além disso, a sucessão permanece legítima mesmo se um testamento for declarado nulo ou perder a validade, o que pode acontecer por várias razões, como a falta de um beneficiário ou a revogação do testamento (GONÇALVES, 2017).</p><p>A sucessão testamentária, disposta entre os artigos 1.857 a 1.990 do Código Civil, ocorre quando a transmissão da herança é regida por um ato jurídico específico e formal chamado testamento. Nesse contexto, é possível observar a aplicação do princípio da autonomia privada, uma vez que o testador, dentro de limites legais, escolhe quais sucessores beneficiar e decidir a parte de seu patrimônio que será transferida (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2017).</p><p>A sucessão testamentária ainda não é muito comum no Brasil, conforme comentário de Flávio Tartuce (2021, p, 2632):</p><p>De toda sorte, a verdade é que no Brasil não há o costume de se elaborar – – testamentos, por vários fatores. De início, cite-se a falta de patrimônio para dispor, o que atinge muitos brasileiros. Ademais, há aquele tão conhecido medo da morte, o que faz com que as pessoas fujam dos mecanismos de planejamento sucessório.</p><p>Sem falar que o brasileiro não é muito afeito a planejamentos, movido socialmente pelo popular “jeitinho” e deixando a resolução de seus problemas para a última hora. No caso da morte, cabe ressaltar, a última hora já passou. Por fim, muitos não fazem testamento por pensarem que a ordem de vocação hereditária prevista em lei é justa e correta</p><p>E, por fim, a sucessão pode ser tanto legítima quanto testamentária ao mesmo tempo, quando o testamento não abrange todos os bens do falecido. Nesse caso, os bens que não foram incluídos no testamento serão transmitidos aos herdeiros legítimos, conforme disposição do art. 1.788, 2ª parte do Código Civil (GONÇALVES, 2017).</p><p>Um exemplo prático que pode ocorrer a sucessão mista seria em casos de renúncia do herdeiro necessário:</p><p>Testamento. Intepretação de clausula testamentaria. Renuncia abdicativa de herdeira necessária. Herança que se devolve aos herdeiros da renunciante, não ao herdeiro testamentário. A expressão usada pelo testador: "não mais existir", quis significar que a herdeira poderia ter-se finado antes do falecimento dele testador, sem acolher a hipótese da inexistência ficta resultante da renúncia. Sucessão mista. Renúncia do herdeiro legitimo em favor do testamentário. Consequências. Inteligência dos arts. 1.712 e 1.729 do Código Civil. Uma vez homologada a renúncia, a sua retratação por erro ou violência só poderá fazer-se por ação própria. Se não há direito de acrescer, a renuncia na sucessão testamentaria importa na caducidade da disposição que contemplou o renunciante (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELACAO: APL 1536 RJ 1993.001.01536)</p><p>Em uma outra forma de diferenciação de espécies de sucessão, ou mais precisamente, quanto à amplitude da sucessão causa mortis, há uma distinção entre (a) a sucessão a título universal, que transfere aos herdeiros a totalidade do patrimônio do falecido, e (b) a sucessão a título singular, que se refere a bens específicos, conhecida como legado (SCHREIBER, 2020).</p><p>O legado ocorre exclusivamente na sucessão testamentária. Por outro lado, a sucessão legítima é sempre a título universal, ou seja, abrange a totalidade dos bens ou fração ideal deles, exceto aqueles que foram deixados como legado pela vontade do falecido (SCHREIBER, 2020).</p><p>Por fim, em menor grau, há de se citar a sucessão anômala ou irregular, que é aquela regida por normas específicas que não seguem a ordem de vocação hereditária prevista no artigo 1.829 do Código Civil para a sucessão legítima (GONÇALVES, 2017).</p><p>. Um exemplo disso é a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que trata dos direitos autorais, estabelecendo que as obras de autores falecidos sem sucessores passam a pertencer ao domínio público (art. 45, I) e que, no caso de coautores que venham a falecer sem deixar sucessores, seus direitos se somarão aos dos sobreviventes (art. 42) (GONÇALVES, 2017).</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Concluiu-se nesse texto que a sucessão se diferencia, inicialmente, entre causa mortis e inter vivos, com a sucessão causa mortis, evidente foco de trabalho, se dividindo na sucessão legítima, muito mais comum no Direito brasileiro, a sucessão testamentária, que embora bem estruturada legalmente, ainda não se vê tão comumente por questões culturais, e mista – e além destas, as formas anômalas, como no tratamento de Direito autorais.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Código Civil de 2002.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.610 de 1998</p><p>BRASIL. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO. APELACAO: APL 1536 RJ 1993.001.01536. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-rj/2417158 Acesso em 24 set. 2024.</p><p>GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 7: direito das sucessões. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017</p><p>GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de direito civil: volume único. – São Paulo : Saraiva, 2017.</p><p>SCHREIBER, Anderson. Manual de direito civil: contemporâneo. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.</p><p>TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. – 11. ed. – Rio de Janeiro, Forense; METODO, 2021</p>

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