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<p>22/04/2024</p><p>1</p><p>Disciplina Cinesiologia</p><p>Mecânica Muscular</p><p>Profª.Drª: Marta Cristina Rodrigues da Silva</p><p>Contato: martacrys1605@gmail.com</p><p>Florianópolis, 2024</p><p>O Sistema Muscular:</p><p>Os Motores do Corpo</p><p>Importância da compreensão da estrutura anatômica</p><p>macroscópica e microscópica do músculo esquelético, em</p><p>especial revisando o mecanismo de contração do músculo</p><p>esquelético;</p><p>Explicar como os músculos executam a contração e quais</p><p>fatores influenciam a magnitude de força produzida, tais</p><p>como o papel de cada músculo e os tipos de ações</p><p>Comparar ações musculares concêntricas, excêntricas e</p><p>isométricas.</p><p>Explicar as diferenças entre os tipos de unidades motoras</p><p>e seu papel na produção de força</p><p>Toda manifestação externa do ser vivo é a atividade muscular.</p><p>Sechenov, 1863</p><p>Contração muscular é o meio de manifestações de atos:</p><p>tanto internos como externos</p><p>Contração muscular Atividade cerebral</p><p>Tipos de fibras:</p><p>Lisas e estriadas (aspecto microscópico)</p><p>O músculo cardíaco e o liso são inervados pelo sistema nervoso</p><p>involuntário (autônomo). O músculo esquelético na maioria</p><p>voluntaria, controlado pelo sistema nervoso somático</p><p>(voluntário).</p><p>A estrutura do sistema musculoesquelético:</p><p>Funções :</p><p>❖Movimento e manutenção da postura;</p><p>❖Produção de calor;</p><p>❖A proteção e a alteração da pressão para auxiliar a circulação;</p><p>❖Absorventes de choque para proteger o corpo; (incluindo proteção dos órgãos</p><p>viscerais);</p><p>❖ músculo esquelético une-se ao osso e é responsável por controlar os movimento</p><p>das articulações para função do movimento corporal.</p><p>A característica peculiar do músculo é sua</p><p>capacidade de encurtar ativamente e de</p><p>produzir tensão.</p><p>1 2</p><p>3 4</p><p>5 6</p><p>22/04/2024</p><p>2</p><p>Microestrutura dos músculos esqueléticos:</p><p>Uma célula muscular é uma fibra muscular (estrutura longa, filiforme de 10 a</p><p>100μm de diâmetro até 30cm de comprimento).</p><p>Cobrindo a fibra esta uma fina membrana celular chamada de sarcolema.</p><p>Externo ao sarcolema está o endomísio (revestimento do tecido conjuntivo que</p><p>reveste cada fibra muscular e ancora-a a outras fibras musculares e ao tecido</p><p>conjuntivo e eventualmente ao tendão.</p><p>Dentro de cada fibra muscular existem centenas de estruturas filiformes menores,</p><p>que são as miofibrilas. Estão em paralelo deitadas cobrindo toda a extensão da</p><p>fibra. E dentro de uma miofibrila a unidade que se repete entre as listras é</p><p>chamada de sarcômero.</p><p>Sarcômero é a unidade contrátil básica do músculo. Os filamentos de proteína</p><p>espessos (miosina) e finos (actina) ou miofilamentos atravessam o sarcômero.</p><p>Macroestrutura dos músculos esqueléticos:</p><p>As fibras musculares são reunidas em grupos de cem ou mais</p><p>para formar o fascículo (feixe de fibra). Que é revestido por</p><p>uma camada de tecido conjuntivo chamado perimísio. E o</p><p>endomísio de cada fibra muscular está ligado ao perimísio.</p><p>Vários fascículos são unidos dentro de uma camada de</p><p>tecido conjuntivo chamada epimisio para formar um músculo</p><p>inteiro. Figura 14.2 pg 259</p><p>Estes miofilamentos correm em toda a extensão de uma fibra</p><p>muscular e prende-se ao endomísio nas suas extremidades.</p><p>As fibras musculares individuais não são longas o suficiente</p><p>para correr em toda a extensão do músculo,então o</p><p>endomisio de uma fibra prende-se ao endomísio de próxima</p><p>fibra muscular em grupo...</p><p>Esse tecido conjuntivo estende-se além da região do músculo</p><p>que contém os elementos contrateis. Ele se auto entrelaça</p><p>em cordões ou em camadas que conectam o músculo ao</p><p>osso.</p><p>7 8</p><p>9 10</p><p>11 12</p><p>22/04/2024</p><p>3</p><p>Tais cordões são chamados de tendões, e as camadas, de</p><p>aponeuroses.</p><p>A força de uma contração muscular é assim transmitida do</p><p>endomísio a fibra para o perimísio e epimísio e, após, para o</p><p>tendão, que é a continuação dos tecidos conjuntivos.</p><p>A inserção ou a conexão de um tendão ao osso é similar à</p><p>conexão do ligamento ao osso. Os tendões são menos rígidos</p><p>do que o osso, deve existir um aumento gradual na rigidez do</p><p>tendão da extremidade do músculo para a extremidade do osso.</p><p>No local da inserção, a tensão contém gradualmente mais material</p><p>de sustentação para que ele se torne fibrocartilagem. Essa</p><p>fibrocartilagem parte do tendão e torna-se mais mineralizada e</p><p>assim, óssea, à medida que o tendão prende-se ao periósteo do</p><p>osso e mistura-se dentro dele.</p><p>Onde os tendões ou músculo se atritam com o osso ou ligamento existe a</p><p>bursa que reduz a fricção e impede dano ao músculo ou tendão. É um</p><p>saco preenchido com liquido sinovial que lubrifica os tecidos moles.</p><p>Quando o músculo contrai, puxa com igual força cada</p><p>conexão, e cada osso tenderá a mover-se.</p><p>Anatomicamente, a origem do músculo é sua conexão mais</p><p>próxima e a inserção de um músculo é sua conexão distal.</p><p>Mecanicamente, a origem de um músculo prende-se ao osso</p><p>que menos se move.</p><p>A inserção anatômica do tríceps braquial é sempre o olecrano</p><p>da ulna, a conexão distal desse músculo. Mecanicamente, a</p><p>origem e a inserção do tríceps depende do movimento. O</p><p>olecrano é a inserção mecânica do tríceps braquial durante</p><p>uma rosca tríceps, mas durante uma flexão (um exercício de</p><p>apoio), o olecrano é a origem mecânica do tríceps.</p><p>A linha de tração de um músculo refere-se à direção da força</p><p>resultante na inserção.</p><p>A direção da força resultante se dá ao longo de uma linha,</p><p>desde a origem até a inserção do músculo (para músculos</p><p>com ponto de origem e pontos de inserção únicos) para</p><p>músculos que tem mais de uma inserção ou origem</p><p>nenhuma linha de tração única é aparente, sempre depende</p><p>de quais as fibras que estão ativas (Ex. tríceps braquial).</p><p>O arranjo das fibras em um músculo pode afetar sua função.</p><p>Composição</p><p>NORDIM, M. FRANKEL (2008)</p><p>Fascílulo: conjunto de fibras musculares, cada fascículo pode</p><p>conter 200 fibras musculares.</p><p>Perimísio envolve o fascículo</p><p>Endomísio contem capilares e nervos que nutrem e inervam</p><p>cada fibra muscular.</p><p>Os músculos são os componentes ativos do sistema</p><p>musculoesquelético. São os motores do corpo pois</p><p>permitem às alavancas do esqueleto moverem-se ou</p><p>mudar de posição.</p><p>Características:</p><p>❖Mover ou enrijecer</p><p>articulações;</p><p>❖Capacidade de encurtar</p><p>ativamente e produzir tensão</p><p>13 14</p><p>15 16</p><p>17 18</p><p>22/04/2024</p><p>4</p><p>Relações Energéticas no Músculo</p><p>O músculo é um biossistema que</p><p>transforma Energia Elétrica Potencial de</p><p>biomoléculas em Calor e Trabalho</p><p>Mecânico.</p><p>• Repouso : energia em estado potencial</p><p>• Contração: liberação de calor através de reações químicas e</p><p>pelo atrito entre as fibras</p><p>• Movimento gerado: Trabalho mecânico do músculo</p><p>Tipo de contração:</p><p>Isométrica Isotônica</p><p>Se contrai, mas</p><p>seu comprimento</p><p>não se altera.</p><p>Não há trabalho</p><p>físico, e a energia</p><p>gasta e dissipada</p><p>em calor</p><p>Se contrai, e seu</p><p>comprimento</p><p>diminui</p><p>Há trabalho físico</p><p>além da liberação</p><p>de calor</p><p>O músculo como motor</p><p>O músculo é um motor elétrico. Elétrico, porque a força que o</p><p>impulsiona vem da atração ou da repulsão de cargas elétricas em sua</p><p>estrutura. Linear porque não há rotação, deslocamentos helicoidais. As</p><p>partes somente se deslocam em linha.</p><p>Como todo processo biológico, a contração muscular: começa em nível</p><p>molecular</p><p>e termina em nível de sistema.</p><p>Estudos em níveis estruturais e a</p><p>relação estrutura-função</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Zjnt-rUUcAQ</p><p>Ate minuto 24</p><p>Vídeo:</p><p>MÚSCULOS</p><p>São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais</p><p>articulações e pela sua contração são capazes de</p><p>transmitir-lhes movimento.</p><p>Único tecido do corpo humano capaz de desenvolver</p><p>tensão ativamente</p><p>19 20</p><p>21 22</p><p>23 24</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Zjnt-rUUcAQ</p><p>22/04/2024</p><p>5</p><p>Propriedades funcionais do músculo</p><p>• Extensibilidade</p><p>• Elasticidade</p><p>• Irritabilidade</p><p>• Capacidade de desenvolver tensão.</p><p>25</p><p>Características do Tecido Muscular</p><p>- Irritabilidade: capacidade de responder ao estimulo (motoneuronio)</p><p>26</p><p>- Capacidade de desenvolver tensão ou Contratilidade:</p><p>capacidade de encurtar ao receber estimulo</p><p>suficiente, (57% seu comprimento).</p><p>27</p><p>- Extensibilidade: alongar ou esticar além de seu</p><p>comprimento em repouso, (necessita de uma força</p><p>externa).</p><p>- Elasticidade:</p><p>capacidade da fibra muscular retornar</p><p>ao seu comprimento normal após o estiramento, tão</p><p>logo seja removida a força.</p><p>28</p><p>25 26</p><p>27 28</p><p>29 30</p><p>22/04/2024</p><p>6</p><p>UNIDADE MOTORA</p><p>A coordenação da contração de todas as fibras é feita através de unidades</p><p>funcionais = unidades motoras</p><p>Um nervo motor que se ramifica e inerva muitas fibras</p><p>Motoneurônios</p><p>Relação de inervação (neurônio/fibras musculares)</p><p>• 1/2.000 – Glúteo Máximo</p><p>• 1/1.600 – Gastrocnêmio</p><p>• 1/1.500 – Tibial Anterior</p><p>• 1/300 – Interósseos Dorsais</p><p>• 1/96 – Lumbricais da Mão</p><p>• 1/10 – Músculos Oculares</p><p>• 1/5 – Orbicular do Olho</p><p>HAMILL E KNUTZEN (2009)</p><p>31 32</p><p>33 34</p><p>35 36</p><p>22/04/2024</p><p>7</p><p>Vídeos mecanismos da contração muscular:</p><p>Eventos na Junção Neuromuscular</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=CLS84OoHJnQ</p><p>Acoplamento Excitação-Contração</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=IOkn1ldFO60</p><p>Pontes cruzadas e contração muscular</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=sIH8uOg8ddw</p><p>Ventre</p><p>Tendão</p><p>MÚSCULOS</p><p>Composição</p><p>Junção miotendínea</p><p>Proteínas (Actina e miosina)</p><p>Sarcômero</p><p>Miofibrila</p><p>Fibra muscular</p><p>Feixe de Fibras (fascículos)</p><p>Músculo</p><p>Grupamento muscular</p><p>MÚSCULOS</p><p>Composição</p><p>Endomísio</p><p>Perimísio</p><p>Epimísio</p><p>Fáscia</p><p>MÚSCULOS</p><p>Composição</p><p>Arranjo das fibras em relação ao eixo de</p><p>produção de força</p><p>Fusiforme</p><p>Peniforme</p><p>MÚSCULOS</p><p>Arquitetura muscular</p><p>Fibras longas</p><p>Fibras curtas</p><p>Fibras paralelas</p><p>Grande encurtamento</p><p>Alta velocidade</p><p>Fibras diagonais</p><p>Menor encurtamento</p><p>Velocidade lenta</p><p>Fusiforme</p><p>MÚSCULOS</p><p>Arquitetura muscular</p><p>37 38</p><p>39 40</p><p>41 42</p><p>22/04/2024</p><p>8</p><p>Peniforme</p><p>MÚSCULOS</p><p>Arquitetura muscular</p><p>Unipenado Bipenado Multipenado</p><p>Ângulo de penação</p><p>Ângulo entre o arranjo das fibras e o eixo</p><p>longitudinal do músculo</p><p>MÚSCULOS</p><p>Arquitetura muscular</p><p>Ângulo de penação</p><p>HAMILL E KNUTZEN (2009)</p><p>Hall, 2016</p><p>Relação com a produção de força</p><p>MÚSCULOS</p><p>Arquitetura muscular</p><p>Força Total = Força das fibras x cos ângulo</p><p>nº de fibras</p><p>Grupo de Estudos e Pesquisa em Ergonomia, Biomecânica, Esporte e Saúde</p><p>Ângulo de penação: Ângulo entre o arranjo das</p><p>fibras e o eixo longitudinal do músculo.</p><p>Relação com a produção de força</p><p>Força Total = Força das fibras x cos â</p><p>Músculos penados produzem forças máximas maiores do que</p><p>músculos fusiformes de volume similar. Pois podem comportar</p><p>mais fibras em um dado comprimento.</p><p>Músculos paralelo x peniformes</p><p>WINTER (1990)</p><p>Relação com o número de fibras</p><p>43 44</p><p>45 46</p><p>47 48</p><p>22/04/2024</p><p>9</p><p>• Embora a penação reduza a força efetiva gerada em um determinado nível de tensão de fibra, essa</p><p>disposição permite maior recrutamento de fibras do que o recrutamento em um músculo longitudinal</p><p>que ocupe o mesmo espaço.</p><p>• Como os músculos peniformes contêm mais fibras por unidade de volume muscular, eles podem gerar</p><p>mais força do que os músculos com fibras paralelas do mesmo tamanho.</p><p>• É interessante observar que, quando o músculo hipertrofia, há aumento concomitante na angulação das</p><p>fibras constituintes e, mesmo na ausência de hipertrofia, os músculos mais espessos apresentam ângulos</p><p>de penação maiores.33</p><p>A disposição paralela das fibras, por outro lado, permite um encurtamento maior do músculo como um todo</p><p>do que o arranjo peniforme. Os músculos com fibras paralelas podem movimentar os segmentos corporais</p><p>por amplitudes maiores do que os músculos peniformes de tamanho comparável.</p><p>Hall, 2016; Malas et al, 2013</p><p>Tipo de contração lenta – I</p><p>Oxidativas e avermelhadas</p><p>Tipo de contração rápida – II</p><p>IIa – Oxidativas-glicolíticas, avermelhadas</p><p>IIb – Glicolíticas, brancas</p><p>MÚSCULOS</p><p>Tipos de fibras</p><p>MÚSCULOS</p><p>Tipos de fibras</p><p>Classificação das fibras e características fundamentais</p><p>Tipo I Tipo IIa Tipo IIb</p><p>Velocidade de</p><p>contração</p><p>Lenta Rápida Rápida</p><p>Resistência à</p><p>fadiga</p><p>Alta Moderada Baixa</p><p>Força da</p><p>unidade motora</p><p>Baixa Alta Alta</p><p>Capacidade</p><p>oxidativa</p><p>Alta Média Baixa</p><p>Capacidade</p><p>glicolítica</p><p>Baixa Alta Mais alta</p><p>? ?</p><p>? ? ?</p><p>? ? ?</p><p>???</p><p>? ? ?</p><p>Powers, Howley (2014)</p><p>Hall (2016)</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Formas de inserção muscular</p><p>→ Diretamente no osso</p><p>→ Tendão</p><p>→ Aponeurose</p><p>49 50</p><p>51 52</p><p>53 54</p><p>22/04/2024</p><p>10</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Função do tendão</p><p>Transmitir a tensão (força) do músculo para o</p><p>osso</p><p>Tendão</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Constituição</p><p>Feixe inelástico de fibras colágenas</p><p>Tendão</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Resposta à carga</p><p>Pode responder de forma elástica em função do</p><p>tecido conjuntivo</p><p>Suportam grandes cargas tensivas</p><p>Tendão</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Resposta à carga</p><p>Junção miotendínea</p><p>→ Velocidade de aplicação de carga</p><p>→ Quantidade de força</p><p>→ Grau de frouxidão do tendão</p><p>Tendão</p><p>MÚSCULOS</p><p>Inserção muscular</p><p>Resposta à carga</p><p>Junção miotendínea</p><p>Frouxo: velocidade intensidade carga</p><p>Rígido: velocidade intensidade carga</p><p>Tendão</p><p>Composição dos tecidos articulares</p><p>Colágeno: (10 a 30% de tecido)- alta resistência a tração</p><p>mas é ineficiente quando comprimido.</p><p>Tipo 1: resiste tração</p><p>Tipo 2: resiste a compressão (tem na cartilagem produzidas</p><p>pelos condrócitos)</p><p>55 56</p><p>57 58</p><p>59 60</p><p>22/04/2024</p><p>11</p><p>Proteoglicanas (3 a 10%)- Glicoproteinas formada de sub-</p><p>unidades de dissacarídeos unidos por um núcleo protéico.</p><p>Alta resistência á compressão. Estão extremamente</p><p>comprimidos pela teia de colageno</p><p>Ligadas ao movimento humano:</p><p>→ Produção de movimento</p><p>→ Manutenção de posturas e posições</p><p>→ Estabilização de articulações</p><p>MÚSCULOS</p><p>Funções</p><p>Agonistas - músculos que causam movimento</p><p>em torno de uma articulação por meio de ação</p><p>concêntrica.</p><p>Exemplo:</p><p>Bíceps braquial na flexão do cotovelo</p><p>3 MÚSCULOS</p><p>3.6 Funções</p><p>Antagonistas - músculos que se opõem ao</p><p>movimento em torno de uma articulação por</p><p>meio de ação excêntrica.</p><p>Exemplo:</p><p>Tríceps na flexão do cotovelo</p><p>3 MÚSCULOS</p><p>3.6 Funções</p><p>Estabilizadores - músculos que agem em um</p><p>segmento de modo a estabilizá-lo, para que</p><p>possam ocorrer movimentos específicos em</p><p>articulações adjacentes.</p><p>Exemplo:</p><p>Rombóide fixa a escápula para movimentar</p><p>somente o membro superior</p><p>MÚSCULOS</p><p>Funções</p><p>61 62</p><p>63 64</p><p>65 66</p><p>22/04/2024</p><p>12</p><p>Neutralizadores - músculos que previnem</p><p>ações acessórias indesejadas provocadas por</p><p>outros músculos.</p><p>Exemplo:</p><p>Bíceps braquial produz tanto flexão do cotovelo</p><p>quanto supinação do antebraço. Se apenas a</p><p>flexão do cotovelo é desejada o pronador</p><p>redondo age como neutralizador na supinação do</p><p>antebraço</p><p>MÚSCULOS</p><p>Funções</p><p>Agonista</p><p>→ Atua produzindo o movimento.</p><p>Antagonista</p><p>→ Desacelera ou interrompe o movimento.</p><p>Estabilizador</p><p>→ Estabiliza o corpo contra alguma força.</p><p>Neutralizador</p><p>→ Elimina uma ação indesejada produzida por um agonista</p><p>Hamill, Knutzen (2012)</p><p>Extensibilidade: capacidade de aumentar o seu</p><p>comprimento</p><p>Elasticidade: capacidade de retornar a seu</p><p>comprimento original após a deformação</p><p>MÚSCULOS</p><p>Propriedades</p><p>Contratilidade: capacidade do músculo se</p><p>encurtar ao receber estimulação suficiente</p><p>Irritabilidade: capacidade de responder a um</p><p>estímulo</p><p>MÚSCULOS</p><p>Propriedades</p><p>67 68</p><p>69 70</p><p>71 72</p><p>22/04/2024</p><p>13</p><p>Capacidade de gerar tensão: A tensão</p><p>muscular é gerada pela ativação do músculo.</p><p>A tensão aplicada sobre um segmento corporal</p><p>pode gerar movimento deste segmento através</p><p>da rotação em torno de uma articulação</p><p>(produção de torque)</p><p>O torque resultante determina a presença ou</p><p>não de movimento.</p><p>MÚSCULOS</p><p>Propriedades</p><p>→ Ação concêntrica</p><p>→ Ação isométrica</p><p>→ Ação excêntrica</p><p>MÚSCULOS</p><p>Ações musculares</p><p>2 MÚSCULOS MÚSCULOS</p><p>Ações musculares</p><p>Exercício Ação Muscular</p><p>Comprimento</p><p>muscular</p><p>Relação</p><p>TMUSC - TRES</p><p>Estático Isométrica Não muda TMUSC = TRES</p><p>Dinâmico</p><p>Concêntrica Encurta TMUSC > TRES</p><p>Excêntrica Alonga TMUSC</p><p>excêntrica</p><p>• Acontece quando a tensão muscular provoca um</p><p>torque menor que o torque das cargas resistivas,</p><p>alongando o músculo. A ação excêntrica age como</p><p>um mecanismo de freio.</p><p>• Para produzir o mesmo trabalho mecânico, uma</p><p>ação concêntrica normalmente requer um</p><p>dispêndio calórico maior do que uma ação</p><p>excêntrica.</p><p>Ação isométrica</p><p>• Acontece quando a tensão muscular provoca um</p><p>torque igual ao torque das cargas resistivas. O</p><p>comprimento do músculo permanece inalterado e</p><p>não ocorre movimento em torno da articulação.</p><p>• A ação isométrica aumenta o diâmetro do</p><p>músculo.</p><p>73 74</p><p>75 76</p><p>77 78</p><p>22/04/2024</p><p>14</p><p>ATIVAÇÃO ISOMÉTRICA</p><p>•Não há presença de movimento articular.</p><p>•Contração estática</p><p>HAMILL E KNUTZEN (2009)</p><p>Importante</p><p>Ação excêntrica capaz de maior produção de</p><p>força.</p><p>2 MÚSCULOS MÚSCULOS</p><p>Ações musculares</p><p>Relações entre as ações musculares</p><p>Ação excêntrica utiliza menos unidades motoras</p><p>para uma igual produção de força</p><p>→ Consumo de oxigênio</p><p>2 MÚSCULOS MÚSCULOS</p><p>Ações musculares</p><p>Relações entre as ações musculares</p><p>Ação excêntrica capaz de maior produção de</p><p>força</p><p>Quantidade máxima de esforço produzido por</p><p>um músculo ou grupo muscular no local de</p><p>inserção no esqueleto.</p><p>Unidade motora</p><p>Teoria dos filamentos deslizantes</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>79 80</p><p>81 82</p><p>83 84</p><p>22/04/2024</p><p>15</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>→ Relação força x velocidade</p><p>→ Relação força x comprimento</p><p>→ Ângulo de inserção do músculo</p><p>Na concêntrica</p><p>Relação força x velocidade é inversa</p><p>Quando a resistência é alta, a velocidade de</p><p>encurtamento deve ser relativamente baixa.</p><p>Quando a resistência é baixa, a velocidade de</p><p>encurtamento pode ser relativamente alta.</p><p>Relação força x velocidade</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>Na concêntrica</p><p>A relação força x velocidade indica que para uma</p><p>determinada carga ou força muscular desejada</p><p>existe uma velocidade máxima de encurtamento</p><p>possível.</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x velocidade</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x velocidade</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>Na excêntrica</p><p>Relação com comportamento diferente</p><p>Em cargas menores que a isométrica máxima, a</p><p>velocidade de estiramento é controlada</p><p>voluntariamente. Em cargas maiores que a</p><p>isométrica máxima, o músculo é forçado a estirar</p><p>com velocidade proporcional à carga.</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x velocidade</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>85 86</p><p>87 88</p><p>89 90</p><p>22/04/2024</p><p>16</p><p>Na excêntrica</p><p>• Em cargas menores que a</p><p>isométrica máxima, a</p><p>velocidade de estiramento é</p><p>controlada voluntariamente.</p><p>• Em cargas maiores que a</p><p>isométrica máxima, o músculo</p><p>é forçado a estirar com</p><p>velocidade proporcional à</p><p>carga.</p><p>Na concêntrica</p><p>• Relação força x velocidade é</p><p>inversa</p><p>• A relação força x velocidade</p><p>indica que para uma</p><p>determinada carga ou força</p><p>muscular desejada existe uma</p><p>velocidade máxima de</p><p>encurtamento possível.</p><p>91</p><p>Relação força x velocidade</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x velocidade</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>MCGINNIS (2013)</p><p>Hamill, Knutzen (2012)</p><p>No corpo humano, o pico de geração de força</p><p>acontece quando o músculo está levemente</p><p>estirado.</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x comprimento</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x comprimento</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>91 92</p><p>93 94</p><p>95 96</p><p>22/04/2024</p><p>17</p><p>97</p><p>No corpo humano, o pico de geração de força acontece quando o</p><p>músculo está levemente estirado.</p><p>Relação força x comprimento Desenvolvimento</p><p>Hamill, Knutzen</p><p>(2012)</p><p>Hamill, Knutzen (2012) Hall (2016)</p><p>FASCIA</p><p>TITINA</p><p>TENDÂO</p><p>Decomposição da força</p><p>→ Componente rotatória</p><p>→ Componente de deslizamento</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Perpendicular</p><p>Responsável pela produção</p><p>de torque</p><p>Paralela</p><p>>90° - Puxa o osso pra fora da articulação:</p><p>Componente de deslocamento</p><p>90°</p><p>MÚSCULOS</p><p>Força muscular</p><p>Relação força x ângulo de inserção</p><p>Fatores mecânicos que influenciam</p><p>Componente</p><p>rotatório</p><p>Componente de</p><p>deslocamento</p><p>Fm Ângulo de</p><p>inserção</p><p>um músculo.</p><p>É medida pelo 1RM</p><p>Muitas variáveis influenciam mensuração da força:</p><p>-Ação muscular (excêntrica, concêntrica,</p><p>isométrica);</p><p>-Relação força-velocidade;</p><p>-Comprimento-tensão;</p><p>-Força –ângulo;</p><p>-Ciclo alongamento-encurtamento;</p><p>Ganhos neurais: maior coordenação intramuscular, maior</p><p>coordenação intermuscular, menor co-ativação (melhora na</p><p>sincronização), maior recrutamento de unidades motoras.</p><p>Hipertrofia: maior seção transversal, pelo aumento do calibre</p><p>das fibras e aumento dos espaços sarcoplasmaticos. ...</p><p>MÚSCULOS</p><p>Treinamentos musculares</p><p>Treinamento de flexibilidade</p><p>Amplitude de movimento</p><p>Estruturas proprioceptivas musculares</p><p>MÚSCULOS</p><p>Treinamentos musculares</p><p>Treinamento de flexibilidade</p><p>MÚSCULOS</p><p>Treinamentos musculares</p><p>Treinamento de flexibilidade</p><p>MÚSCULOS</p><p>Lesões</p><p>→ Músculos biarticulares</p><p>→ Músculos limitadores da ADM</p><p>→ Músculos utilizados excetricamente</p><p>MÚSCULOS</p><p>Lesões</p><p>Tipo da distensão Grau</p><p>Estiramento Grau 1 – fibras intactas, sem ruptura</p><p>Ruptura parcial Grau 2 – 50% de fibras afetadas</p><p>Ruptura total</p><p>Grau 3 – Quantidade de fibras afetadas</p><p>grande. Divisão do músculo em duas partes</p><p>121 122</p><p>123 124</p><p>125 126</p><p>22/04/2024</p><p>22</p><p>MÚSCULOS</p><p>Lesões</p><p>→ Fadiga muscular</p><p>→ Enfraquecimento por uso recente</p><p>→ Recorrência da lesão</p><p>Tipos mais comuns de lesões musculares</p><p>• Distensões: estiramento excessivo do tecido muscular. Os mm mais</p><p>comumente distendido são os isquiotibiais.</p><p>128</p><p>• Contusões: Consistem em hematomas no interior do</p><p>tecido muscular.</p><p>129</p><p>• Cãibras: a etiologia das cãibras musculares ainda não</p><p>é bem compreendida; os possíveis fatores causais</p><p>incluem desequilíbrios eletrolíticos, deficiência de</p><p>cálcio e magnésio e desidratação.</p><p>130</p><p>• Dor muscular tardia: é comum a incidência de dor mm</p><p>depois de realizar um exercício não realizado</p><p>habitualmente. A dor surge cerca de 24 a 72 horas após</p><p>a realização de exercícios longos. Caracteriza-se por dor,</p><p>edema e as alterações histológicas que acompanham a</p><p>inflamação aguda.</p><p>131</p><p>RESUMO:</p><p>O músculo é responsável, principalmente, por realizar o produção ativa de força e de</p><p>movimento. Ele apresenta extensibilidade, elasticidade, irritabilidade e contratilidade.</p><p>O músculo produz ativamente ações: concêntricas (encurtamento), excêntricas</p><p>(alongando) e isométrica (sem mudança do comprimento). Os principais papéis durante a</p><p>contração podem ser: agonista (principal responsável), antagonista (responsável por frear</p><p>o movimento).</p><p>Os músculos podem apresentar características de arquitetura: fusiforme, peniforme. Isso</p><p>implica na capacidade que o músculo possui de apresentar maior velocidade (fusiforme)</p><p>ou maior força (penado).</p><p>A contração muscular depende de um complexo processo neurofisiológico de ativação do</p><p>músculo. Os tipos de fibra tem respostas distintas nesse processo. Fibras do tipo I são mais</p><p>lentas, mas mais resistentes ao processo de fadiga</p><p>127 128</p><p>129 130</p><p>131 132</p><p>22/04/2024</p><p>23</p><p>133</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>• Hall, S. J. Biomecânica Básica. 5 ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2009.</p><p>• HAMILL, J. KNUTZEN, K. M. Biomechanical Basis of Human Movement, 3- ed. Ed. The point. 2009.</p><p>• NEUMANN, D. A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético. 2. ed. Ed. Mosby, 2011.</p><p>• SMITH, L. K., WEISS, E. L. LEHMKUHL, L. D, Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5- ed. Ed. Manole, 1997.</p><p>•NORDIM, M. FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3-ed. Ed. Guanabara e Koogan. 2008.</p><p>• WINTER DA. Kinetics: forces and moments of force, biomechanics and motor control of human movement. Waterloo:</p><p>Wiley, Interscience, p.74-102, 1990.</p><p>• REFERENCIAS:</p><p>• HAMILL, J.; KNUTZEN, K.M. Bases biomecânicas do movimento humano. 2a edição, São Paulo: Manole, 2008.</p><p>• ENOKA R. M. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2a edição. São Paulo: Manole, 2000.</p><p>• SMITH, L. K.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5a edição. São Paulo: Manole, 1997.</p><p>• RASCH, P. J. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.</p><p>• NEUMANN, D. A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para a reabilitação física. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.</p><p>• FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. São Paulo: Manole, 2000.</p><p>• GUYTON, A. C. Neurociência básica. WB Saunders Company, Philadelphia, 1991.</p><p>• SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana, vol 1 e 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.</p><p>• SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 2ª edição. São Paulo: Manole, 2003.</p><p>• NORDIN M.; FRANKEL V.H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.</p><p>• WHITING W. C; ZERNICKE R. F. Biomecânica funcional e das lesões musculoesqueléticas. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.</p><p>• SUMMERS, J. J.; ANSON, J. G. Current status of the motor program: revisited. Human Movement Science 28 (2009) p.566-577.</p><p>133 134</p><p>135</p>