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<p>ATIVIDADE AVALIATIVA 02 (DOMICILIAR)</p><p>Discente: Hayume Camilly Oliveira de Souza</p><p>Disciplina: Microssistema de Direitos difusos e coletivos II – Direitos da criança e do adolescente Professora: Stefânia Fraga Mendes</p><p>· A atividade avaliativa contém 15 (quinze) questões.</p><p>· Opte por responder com as suas palavras. Caso utilizem algum material na elaboração das respostas, faça a citação.</p><p>· Respondam as questões e verifiquem que algumas possuem mais de questionamento;</p><p>BOA ATIVIDADE!</p><p>1) Explique o que é ato infracional e explique o procedimento a ser realizado para a apuração do ato infracional (art. 171 e seguintes do Estatuto da criança e adolescente).</p><p>Ato infacional nada mais que quem um “ ato que infligle as rregras”. Sendo portanto, uma conduta descrita na Lei como Crime ou Contravenção Penal (praticada por criança ou adolescente).</p><p>Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente :</p><p>Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.</p><p>Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente.</p><p>Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.</p><p>Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá: I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;</p><p>II - apreender o produto e os instrumentos da infração;</p><p>III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração.</p><p>Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.</p><p>Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.</p><p>Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.</p><p>§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.</p><p>§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a apresentação em dependência separada da destinada a maiores, não podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior.</p><p>Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial encaminhará imediatamente ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.</p><p>Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao representante do Ministério Público relatório das investigações e demais documentos.</p><p>Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.</p><p>Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas. Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o representante do Ministério Público notificará os pais ou responsável para apresentação do adolescente, podendo requisitar o concurso das polícias civil e militar.</p><p>Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério Público poderá: I - promover o arquivamento dos autos; II - conceder a remissão; III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.</p><p>Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a remissão pelo representante do Ministério Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para homologação. § 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o cumprimento da medida. § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho fundamentado, e este oferecerá representação, designará outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a autoridade judiciária obrigada a homologar.</p><p>Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério Público não promover o arquivamento ou conceder a remissão, oferecerá representação à autoridade judiciária, propondo a instauração de procedimento para aplicação da medida sócio-educativa que se afigurar a mais adequada.</p><p>§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o breve resumo dos fatos e a classificação do ato infracional e, quando necessário, o rol de testemunhas, podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela autoridade judiciá</p><p>2) No que diz respeito às medidas socioeducativas faça a distinção entre advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação à luz do Estatuto da criança e do adolescente.</p><p>Advetência é o ato de meramente advertir que pode ser feita oral ( apenas falanco a criaança e adolescente que aquele ato é errado) ou escrita ( entregando uma notificação escrita á criança e adolescente).</p><p>Reparação ao dano consiste no ato de reparar, como arrumar uma porta que quebrou, pintar um muro que foi pixado, recolocar uma janela quebrada, entre outras, incluindo pagar o valor do partimonio destruido.</p><p>Pretação de Serviço a comunidade consiste em trabalhar até 8 horas por semana, em entidades e fundações públicas, com a orientação e acompanhamento de um agente público. Pode ser trabalho em creche, escola, limpeza de rua, etc.</p><p>Liberdade assistida é o ato de cumprir sua liberdade com alguns requisitos, como por exemplo, ter um horário máximo de estar em casa. O adolescente deve também sempre assinar os documentos referentes a essa LA</p><p>A semi-liberdade já é para as crianças e adolescentes que passam o dia na internação e dormem em casa, ou mesmo aquelas que passam a semana na interanação e fim de semana em casa</p><p>Internação já é a medida que o adolescente permanece dentro de uma instituição e sai somente para estudar e fazer curso.</p><p>3) Explique o que é e como é realizada a infiltração de agentes para investigação de crimes contra a dignidade sexual de criança e adolescente.</p><p>Lei nº 13.441/17:</p><p>“ Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , obedecerá às seguintes regras:</p><p>I – será precedida de autorização</p><p>judicial devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público;</p><p>II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público ou representação de delegado de polícia e conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas;</p><p>III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial.</p><p>§ 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes do término do prazo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo.</p><p>§ 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste artigo, consideram-se:</p><p>I – dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet (IP) utilizado e terminal de origem da conexão;</p><p>II – dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de assinante ou de usuário registrado ou autenticado para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido atribuído no momento da conexão.</p><p>§ 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será admitida se a prova puder ser obtida por outros meios.”</p><p>“Art. 190-B . As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo.</p><p>Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo de garantir o sigilo das investigações.”</p><p>“Art. 190-C . Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) .</p><p>Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da investigação responderá pelos excessos praticados.”</p><p>“Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as informações necessárias à efetividade da identidade fictícia criada.</p><p>Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e tombado em livro específico.”</p><p>“Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a operação deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com relatório circunstanciado.</p><p>Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito policial, assegurando-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos adolescentes envolvidos.”</p><p>4) No que diz respeito ao Conselho Tutelar, explique qual a sua finalidade, informe como se dá a candidatura dos seus membros, se há impedimentos e quais as atribuições do órgão.</p><p>A candidatura dos membros do conselho é realizada a cada 4 anos. Escolha por voto popular.</p><p>O Conselho Tutelar pode aplicar medidas como encaminhamento da criança ou do adolescente aos pais ou responsável; orientação, apoio e acompanhamento temporários; matrícula e frequência obrigatória em unidades de ensino; inclusão em serviços e programas oficiais; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial, entre outros.</p><p>Qualquer cidadão pode acionar o Conselho Tutelar e fazer uma denúncia anônima. Ao tomar conhecimento desses casos, devem aplicar ou requerer das autoridades competentes as medidas necessárias para a proteção integral da criança ou do adolescente.</p><p>O Conselho Tutelar é um órgão essencial para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Existem algumas restrições e critérios para quem pode fazer parte do Conselho Tutelar:</p><p>Parentesco: É vedada a participação conjunta no mesmo Conselho de pessoas com parentesco próximo, como cônjuges, descendentes, ascendentes, sogro e nora (ou genro), irmãos, cunhados, tios e sobrinhos, padrastos, madrastas ou enteados. Essa regra está prevista no artigo 140 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);</p><p>Residência: Os conselheiros devem residir no município em que se candidatam. Isso garante que eles tenham conhecimento das realidades locais e possam atuar de forma eficaz na proteção dos direitos das crianças e adolescentes.</p><p>Dedicação Exclusiva: A função de membro do Conselho Tutelar exige dedicação exclusiva, sendo, a princípio, vedado o exercício concomitante de qualquer outra atividade pública ou privada (conforme Resolução nº 170/2014)3. Responsabilização: Os conselheiros podem ter seu mandato suspenso ou cassado em casos de comprovado descumprimento de suas atribuições, prática de atos ilícitos ou conduta incompatível com a confiança e outorga pela comunidade.</p><p>5) Faça a distinção entre guarda, tutela e adoção.</p><p>Guarda é a permanencia de uma criança e adolescente com uma pessoa. Válido mencionar que no divórcio ou separação é preciso procurar a justiça para obter a guarda legal.</p><p>Tutela: geralmente colocada por meio de um testamento, onde é escolhido um guardião para a proteção da criança e adolecente, bem como seus bens</p><p>Adoção: acontece quando há a ausencia dos genitores, ou quando esses por livre e espontânea vontade entregam seus filhos a adoção</p><p>6) Explique o que é adoção conjunta, póstuma, “à brasileira” e intuitu personae.</p><p>Adoção conjunta é feita por pessoas que estão em uma união estavel, não precisa ser apenas um homem e uma mulher, pode ser feita por outro modelo de família. Hoje nosso Direito abarca um conceito mais diverso relacionado a família.</p><p>Adoção a brasileira é uma pratica ilegal porque burla o sistema de adoção. Pode ser feita quando um atual companheiro assume a partenidade do filho que não era seu, ou quando a mãe biológica “doa seu filho” e a familia que o acolhe faz o registro.</p><p>A adoção intuitu personae é um instituto relevante no direito brasileiro. Ela ocorre quando os pais biológicos escolhem pessoalmente quem adotará seu filho, baseando-se em afinidade e confiança. Essa modalidade de adoção não está prevista explicitamente na legislação, mas encontra respaldo em princípios como o melhor interesse da criança e do adolescente e a proteção integral.</p><p>7) Faça a distinção entre escuta especializada e depoimento especial e explique em quais situações ocorrem.</p><p>A escuta especializada e o depoimento especial são procedimentos importantes previstos na Lei 13.431/2017, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente. Vamos entender a diferença entre eles:</p><p>Escuta Especializada: A escuta especializada é um procedimento de entrevista realizado por profissionais da rede de promoção e proteção. O objetivo é ouvir crianças e adolescentes que possam estar em situação de violência. A entrevista é limitada ao estritamente necessário para cumprir sua finalidade. Pode ser conduzida por instituições como educação, saúde, conselhos tutelares e serviços de assistência social. Visa garantir a proteção e o cuidado da vítima. Realizada em ambiente acolhedor, que preserva a privacidade da criança ou adolescente.</p><p>Depoimento Especial: O depoimento especial ocorre perante a autoridade policial ou judiciária. Tem caráter investigativo e visa apurar possíveis situações de violência sofridas. A vítima, seja criança ou adolescente, é ouvida durante esse procedimento. Deve ser realizado em local apropriado e acolhedor, garantindo a privacidade da vítima ou testemunha. Segue protocolos específicos</p><p>e, sempre que possível, é realizado uma única vez, em sede de produção antecipada de prova judicial</p><p>8) Faça a distinção entre tutela, curatela e tomada de decisão apoiada.</p><p>Na tutela teremos a figura de um tutor representando legalmente uma pessoa menor de 18 anos; Na curatela teremos a figura do curador representado legalmente uma pessoa incapaz; Enquanto na tomada de decisão apoiada, teremos a figura de um apoiador auxiliando uma pessoa com deficiência na prática de determinados atos:</p><p>Tutela: Destina-se, em regra, à proteção de menores de 18 anos. Pode ocorrer por nomeação de tutor pelos pais (por meio de testamento) ou pelo juiz (legítima e dativa). Abrange poderes em relação à pessoa e ao patrimônio do pupilo. O tutor tem amplos poderes, semelhantes ao poder familiar, mas com limitações definidas pelo juiz.</p><p>Curatela: Destina-se, em regra, à proteção de maiores incapazes. Sempre depende de nomeação pelo juiz. Pode dirigir-se apenas à administração do patrimônio. Os poderes do curador são restritos e definidos pelo juiz.</p><p>Tomada de Decisão Apoiada: Nesse caso, o apoiado tem autonomia para tomar suas próprias decisões. É orientado por seus apoiadores, que auxiliam na prática de determinados atos. Diferentemente da curatela, o apoiado não perde sua capacidade de tomar decisões</p><p>9) No que diz respeito aos crimes praticados contra a criança e o adolescente, aponte quais são esses crimes, enumerando-os e explicando de forma objetiva com suas palavras a respectiva tipificação penal (arts. 228 a 244-B do Estatuto da criança e do adolescente).</p><p>Os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nos artigos 228 a 244-B. É importante ressaltar que esses dispositivos legais visam proteger os direitos e a integridade das crianças e adolescentes:</p><p>Maus-tratos (art. 136 do Código Penal e art. 232 do ECA): Refere-se a qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico à criança ou ao adolescente.</p><p>Lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica (art. 129, §9º do Código Penal): Quando alguém causa lesões físicas intencionalmente a uma criança ou adolescente no âmbito familiar. Exploração sexual (art. 218-B do Código Penal e artigo 244-A do ECA): Envolve a utilização de crianças ou adolescentes em atividades sexuais, como pornografia, prostituição ou tráfico para fins sexuais.</p><p>Estupro (incluindo estupro de vulnerável): O ato sexual forçado ou não consentido com uma criança ou adolescente, considerando a vulnerabilidade da vítima.</p><p>Mortes violentas intencionais (homicídios dolosos, feminicídios, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial): Qualquer ação que resulte na morte de uma criança ou adolescente de forma intencional.</p><p>10) Maria deu à luz um bebê cujo nome ainda não havia escolhido. No momento do parto, o médico optou por escrever apenas “José” na pulseira de identificação do bebê. Ocorre que, por obra do destino, naquele mesmo dia, nasceram mais três bebês, dois dos quais foram nomeados pelos pais de José, e o médico acabou por confundir os bebês ao entregá-los às mães. Temeroso de que tal situação viesse a lhe criar problema, o médico escondeu de todos a confusão e entregou um dos bebês, ao acaso, para Maria amamentar, ficando a cargo do destino ser ele o correto ou não. Qual o crime descrito? Explique.</p><p>O Médico comete negligência : Do latim “negligentia”, que expressa falta de cuidado, desatenção ou preguiça. Negligência significa desleixo, descuido, falta de zelo, falta de aplicação ao realizar determinada tarefa, é agir com irresponsabilidade ao assumir um compromisso.</p><p>11) Maria, mãe de João, criança com nove anos de idade, que está na guarda de fato da avó paterna Luisa, almeja viajar com o filho, que já possui passaporte válido, para os Estados Unidos. Para tanto, indagou ao pai e à avó se eles concordariam com a viagem do infante, tendo o primeiro anuído e a segunda não, pelo fato de o neto não estar com boas notas na escola. Preocupada, Maria procura orientação jurídica de como proceder. Como advogado, indique qual a medida a ser tomada.</p><p>Maria deve procurar a Vara da Infancia e Juventude e solicitar uma AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM INTENACIONAL, apresentando tudo que for necessário, como po exemplo as documentações e passagem de ida e volta.</p><p>12) José, tutor da criança Z, soube que Juarez vem oferecendo recompensa àqueles que lhe entregam crianças ou adolescentes em caráter definitivo. Entusiasmado com a quantia oferecida, José promete entregar a criança exatamente dez dias após o início da negociação. José contou aos seus vizinhos que não queria mais “ter trabalho com o menino”. Indignada, Marieta, vizinha de José, comunicou</p><p>imediatamente o fato à autoridade policial, que conseguiu impedir a entrega da criança Z a Juarez. Nesse caso, à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente, há configuração de crime? Explique.</p><p>Sim. Mesmo não havendo a entrega, houve a tentativa. A conduta constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, veja: “Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”</p><p>13) Wilson, 13 anos, foi apreendido por Manoel quando estava em fuga, após praticar ato de subtração de uma caixa de mil unidades de doces em sua vendinha. No curso da perseguição, os doces se perderam porque Wilson os jogou em um bueiro para desembaraçado, correr melhor. Esgotados todos os procedimentos legais para apuração do ato infracional e constatada sua prática, quais as medidas podem ser aplicaas a Wilson? Considere as duas situações: que ele tenha como pagar e que ele não tenha como pagar.</p><p>Se o menor puder pagar, pode aplicar a ele eparação de danos, onde ele pagará o valor total da caixa de doces. Caso não possa, pode ser aplicado a Medida Socioeducativa de Seviço a Comunidade.</p><p>14) Faça a distinção entre Conselho Tutelar e Conselho de Direitos da criança e do Adolescente.</p><p>Em relação ao Conselho Tutelar, todas as suas atribuições, estão previstas nos artigos 95 e 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente, enquanto a do CMDCA, estão previstas tanto no ECA quanto em seu regimento interno em consonância com as determinações e resoluções do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOA), que tem como objetivos, a proteção à família, à infância e à adolescência, assim como o amparo às criança e adolescentes em situação de vulnerabilidade.</p><p>Diferenças:</p><p>Conselho Tutelar: É um órgão público municipal, permanente e autônomo. Composto por cinco membros eleitos pela comunidade para um mandato de quatro anos.</p><p>Requisitos para candidatura: reconhecida idoneidade moral, ser maior de 21 anos e residir no município.</p><p>Zela pelos direitos das crianças e dos adolescentes.</p><p>Atua em situações específicas, como casos de violência, negligência ou abuso. Suas atribuições estão previstas nos artigos 95 e 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).</p><p>Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA): É um espaço de articulação entre o Poder Público e a Sociedade Civil. Objetivo: deliberar, formular e controlar ações em todos os níveis de política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.</p><p>Composto por 50% de membros da sociedade civil e 50% do poder público.</p><p>Estrutura-se em comissões temáticas paritárias para preparar e analisar matérias a serem deliberadas nas reuniões ordinárias. Suas atribuições estão previstas tanto no ECA quanto em seu regimento interno, alinhadas com as determinações do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOA).</p><p>Em resumo, o Conselho Tutelar atua diretamente em casos específicos, enquanto o CMDCA é responsável por formular políticas e garantir a participação social na promoção dos direitos da criança e do adolescente.</p><p>15) Julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F) e justifique:</p><p>(F) A internação jamais poderá</p><p>ser realizada em repartição policial, nem mesmo cautelarmente, mesmo que seja impossível a transferência imediata.</p><p>(F) Juliana, estudante de 17 anos, em comemoração a sua recente aprovação no vestibular de uma renomada universidade, saiu em viagem com Gustavo, seu namorado de 25 anos, funcionário público federal. Juliana, por ser adolescente e estar em companhia de Gustavo, maior de idade, poderá se hospedar no local livremente por eles escolhido, independentemente de portar ou não autorização de seus pais.</p><p>Distintamente do afirmado, o ECA dispõe que, sendo impossível a pronta transferência do adolescente, este aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade, vejamos:</p><p>Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.</p><p>(...)</p><p>§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.</p><p>Dessa maneira, INCORRETA a afirmativa.</p><p>b) É admissível a internação cautelar em estabelecimento policial ou prisional quando da situação exposta no enunciado, por prazo indeterminado, até que seja encontrada vaga em entidade apropriada. INCORRETA.</p><p>Ao contrário do afirmado, o ECA dispõe ser incabível a internação do adolescente em estabelecimento prisional, observe:</p><p>Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.</p><p>Com efeito, na hipótese de impossibilidade de imediata transferência do adolescente, o prazo máximo que o adolescente aguardará em repartição policial será de 5 (cinco) dias, nos termos do artigo 185, § 2º do ECA, in verbis:</p><p>Art. 185. § 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.</p><p>Portanto, INCORRETA a afirmativa.</p><p>c) A manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de cinco dias, é ilegal, comportando habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude. CORRETA.</p><p>De fato, a manutenção de Pedro na repartição policial, por mais de 5 (cinco) dias, é ilegal, haja vista o limite temporal estabelecido no artigo 185, § 2º do ECA, a saber:</p><p>Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.</p><p>(...)</p><p>§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.</p><p>Dessa maneira, sendo a permanência por lapso temporal superior a 5 (cinco) dias ilegal, é cabível a impetração de habeas corpus para fazer cessar tal estado de ilicitude.</p><p>Logo, CORRETA a afirmativa.</p><p>d) A internação em estabelecimento prisional é admisível quando neste local puderem ser desenvolvidas as atividades pedagógicas próprias dessa medida socioeducativa. INCORRETA.</p><p>Ao contrário do afirmado, o ECA dispõe ser incabível a internação do adolescente em estabelecimento prisional, observe novamente:</p><p>Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.</p><p>Assim, INCORRETA a afirmativa</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente Mapeado</p><p>Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.</p>