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<p>De acordo com a obra de Jakobs, o Direito Penal se fragmenta em duas vertentes, o Direito Penal do cidadão e o Direito Penal do inimigo, distinguindo-os de acordo com a gravidade do fato e a periculosidade do agente que pratica tal ato delituoso. O pensador Jakobs utiliza de argumentos semelhantes à sua ideologia, nos pensamentos dos pensadores Rousseau, Fichte, Hobbes e Kant. Nota-se que o Direito Penal do Inimigo pode ser inserido, mesmo de forma atenuada em face de indivíduos que cometem crimes de corrupção.</p><p>O inimigo, segundo Rousseau, seria todo e qualquer malfeitor que afronte o Estado, tornando-se excluído da sociedade, perdendo o posto de cidadão, o mesmo afirma Fichte, cujo pensamento mostra que o descumprimento do contrato social firmado resulta na discriminação e exclusão, configurando assim, a denominação de inimigo.</p><p>Assim, a afirmação de Hobbes difere dos pensadores citados anteriormente, o indivíduo poderá ser considerado inimigo do Estado mediante acusação de traição do mesmo, já Kant, expõe que qualquer cidadão pode obrigar outro indivíduo a assinar um contrato social, mas o mesmo pode negar-se a aceitar as normas do contrato, firmando-se assim como inimigo visto que não existe como tratar como cidadão o indivíduo que ameaçar constantemente a sociedade.</p><p>A teoria de Jakobs conclui que para o funcionamento do ordenamento, se torna necessário que todos os indivíduos pertencentes desta jurisdição colaborem para o mesmo, ou seja, o indivíduo que insistentemente atente contra a construção do Estado, poderá ser tratado como inimigo, perdendo os direitos e garantias processuais, sendo excluído da condição de pessoa e separado da sociedade.</p><p>A pena pela qual os indivíduos que atentam contra o ordenamento devem ser submetidos, tem função de prevenção da realização destes atos e punição do agente que pratica o ato, ou seja, punindo o agente praticante do ato delituoso de forma que não seja garantida sua cidadão, realizando uma relação de guerra entre Estado e inimigo.</p><p>A partir desta teoria abordada por outros pensadores além de Jakobs, torna-se perceptível que a aplicação do direito penal do inimigo, observada em determinado prisma, é uma teoria inconstitucional, já que priva o indivíduo de seus direitos e garantias de cidadão privando-o da convivência em sociedade, de modo que a classificação a qual denomina o indivíduo de inimigo.</p><p>Tendo em vista o prisma que classifica a teoria como inconstitucional, necessariamente também, deve-se observar que o indivíduo tido como inimigo do Estado, colocando em pauta que o mesmo atenta contra o ordenamento jurídico, não realiza o devido julgamento do seu ato, refletindo que o resultado do seu ato afeta direta e indiretamente o Direito do próximo, por exemplo, o terrorista que em ato de ódio, ordena o sequestro de um avião tripulado por cidadãos, e a colisão da aeronave contra um prédio com outros cidadãos, o mesmo não poderia estar convivendo em uma sociedade, visto que é um inimigo do Estado, cujos atos interferem no Direito dos demais cidadãos daquele ordenamento, devendo desta forma ser excluído da sociedade.</p><p>No que se refere ao Direito Penal do Inimigo no Brasil, visto que a teoria demanda a extinção das garantias processuais do agente, nota-se na situação presente atualmente no país, a corrupção, tendo recentemente os casos envolvidos na operação Lava Jato, operação cujo dano econômico resultante da corrupção mostrou-se exorbitante, é de fato um caso o qual os acusados podem ser considerados inimigos do Estado segundo a teoria de Jakobs, porque indivíduos com privilégios sociais e condições superiores, violaram princípios constitucionais em esquemas de licitações da Petrobras.</p><p>Deste modo, criminosos econômicos também são inimigos do Estado, podendo-se afirmar que no Brasil se aplicaria o Direito Penal do Inimigo para crimes de corrupção, aplicando penas diferencias aos inimigos, defendo os cidadãos da corrupção.</p>

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