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<p>ARTIGO CIENTÍFICO</p><p>Prof. Ma. Maria do Socorro Nóbrega Lopes</p><p>ARTIGO ORIGINAL E DE</p><p>REVISÃO</p><p>• A Associação Brasileira de Normas Técnicas</p><p>(ABNT), em sua NBR 6022 (2018, n. 5.1-5.3),</p><p>definindo artigo cientifico como “publicação</p><p>com autoria declarada, que apresenta e discute</p><p>ideias, métodos, técnicas, processos e</p><p>resultados nas diversas áreas do</p><p>conhecimento”, classifica-os em artigo</p><p>original e artigo de revisão (n. 3.3 e 3 3.4).</p><p>O artigo de revisão: é “parte de uma publicação que resume, analisa e discute</p><p>informações já publicadas”; o artigo original: é “parte de uma publicação que</p><p>apresenta temas ou abordagens originais”.</p><p>Os artigos científicos originais são artigos que veiculam conteúdo inédito,</p><p>que tratam de novas experiências realizadas ou de descobertas em relação ao</p><p>conhecimento científico. Já os artigos de revisão se propõem rever conteúdos</p><p>já apesentados em outros artigos, questionando--os, criticando-os.</p><p>Entre os artigos de revisão, destacam-se os de revisão sistemática, que são os</p><p>que envolvem investigação de estudos relevantes sobre um problema, uma</p><p>questão de pesquisa, valendo-se de banco de dados da literatura da área,</p><p>objetivando uma revisão crítica, bem como esquivando-se de possíveis vieses.</p><p>Às vezes, a revisão sistemática inclui metanálise, visando ampliar a validade</p><p>estatística da pesquisa.</p><p>• O artigo original apresenta pela primeira vez o</p><p>resultado de uma pesquisa. Já no artigo de revisão,</p><p>há uma avaliação crítica de textos já publicados;</p><p>nesse caso, temos um estudo aprofundado de um</p><p>objeto (tema), objetivando a discussão de ideias e</p><p>estado da arte, para propor novos procedimentos,</p><p>contestar conclusões, afirmar novos caminhos; às</p><p>vezes, o artigo de revisão pode ater-se a uma síntese</p><p>das partes mais relevantes de um texto original.</p><p>SEÇÕES DO ARTIGO</p><p>CIENTÍFICO</p><p>Feita a coleta dos dados, a revisão da literatura, a análise e interpretação de</p><p>tudo o que foi objeto da investigação, é hora de começar a pensar em</p><p>transformar esses registros em um artigo científico, em começar a redigir o</p><p>texto que será publicado em um periódico rigorosamente selecionado.</p><p>É possível aproveitar muitas anotações, rascunhos elaborados durante a</p><p>realização da pesquisa (de campo, de laboratório, biográfica, documental), ou</p><p>seja, quando se decide escrever um artigo científico, alguns sentidos já foram</p><p>amadurecidos, estruturados; não partimos do zero. É hora de retomar o diário</p><p>de pesquisa, os fichamentos de transcrição direta e indireta e de comentários.</p><p>ESTRUTURA DO ARTIGO</p><p>CIENTÍFICO</p><p>• Introdução, objeto da pesquisa, problema de</p><p>pesquisa, objetivo, corpus, hipótese, variáveis,</p><p>justificativa, metodologia, discussão,</p><p>conclusão do artigo, referências bibliográficas,</p><p>tamanho do artigo.</p><p>• Antes da introdução de um artigo científico,</p><p>temos título e resumo. Em relação ao título,</p><p>embora possamos às vezes estabelecê-lo logo</p><p>de saída, em geral ele é ajustado conforme o</p><p>andamento da pesquisa e alterado até o envio</p><p>TÍTULO DO ARTIGO</p><p>• O título de seu artigo pode ser a última ação sua, depois de escrito um texto, ou</p><p>pode ser a primeira. Não importa qual seja o seu modo de atuar; de toda forma, ao</p><p>título sempre se volta e é possível melhorá-lo. Às vezes, é necessário restringi-lo,</p><p>com o uso de algum adjetivo ou advérbio, para que o texto não se apresente</p><p>excessivamente genérico, excessivamente amplo.</p><p>• Finalmente, é pelo título que começamos a convencer o editor a publicar o artigo</p><p>que escrevemos. O título do artigo provoca algum impacto? Algum estranhamento?</p><p>Não nos esqueçamos de que raramente há uma segunda oportunidade de causar boa</p><p>impressão, e a primeira boa impressão sobre o artigo pode estar justamente no seu</p><p>título.</p><p>• O título diz bem o conteúdo exposto no texto? Poderia ser aperfeiçoado? Alcançou</p><p>uma precisão tal, que não pode ter nenhuma de suas palavras trocadas ou</p><p>eliminadas? É tão bom que nenhuma palavra lhe possa ser acrescentada? Ele</p><p>informa sobre o conteúdo do artigo? Informa sobre sua originalidade e destaca os</p><p>pontos mais importantes? Para orientar-se, lembre-se de que bons títulos não</p><p>comportam muitas palavras.</p><p>TÍTULO DO ARTIGO</p><p>• Os títulos de artigos científicos, embora normalmente comportem mais</p><p>palavras, ainda assim eles buscam informar mais com menos palavras. Há</p><p>títulos de artigos científicos que ocupam três a quatro linhas, quando</p><p>poderiam ser sintetizados. Verifique a possibilidade de dizer tudo o que</p><p>precisa dizer com menos palavras. Todavia, atente para que a redução de</p><p>palavras não prejudique a transmissão de informações fundamentais. Se</p><p>necessário, utilize subtítulo para esclarecer melhor do que trata seu artigo</p><p>RESUMO</p><p>• O resumo em artigos científicos, teses de doutorado e</p><p>dissertações de mestrado tem o objetivo de facilitar a</p><p>comunicação com o leitor.</p><p>• (1) o que o autor fez?; (2) Como o autor fez?; (3) O que o</p><p>autor encontrou?; (4) O que o autor concluiu?”, Costa</p><p>(2011) afirma que essas quatro perguntas se relacionam com</p><p>quatro movimentos: introduzir os propósitos da pesquisa, o</p><p>que inclui intenção do autor, tese ou hipótese, objetivos,</p><p>problemas; descrever a metodologia; sumário dos resultados, o</p><p>que implica sugestão de solução do problema de pesquisa;</p><p>conclusões, espaço em que se expõem a interpretação dos</p><p>resultados inferências.</p><p>• Entre as recomendações sobre como elaborar um resumo científico,</p><p>ressaltam-se: (a) seguir as orientações do periódico quanto à extensão</p><p>do resumo (número de palavras) e quanto ao número de palavras-</p><p>chave ao final dele; (b) apresentar os pontos principais da pesquisa; (c)</p><p>relacionar objeto, objetivo da pesquisa, metodologia empregada,</p><p>resultados (implica ser parcimonioso no relato para não desinteressar o</p><p>leitor); (d) ao redigir os enunciados, economizar no uso de adjetivos e</p><p>advérbios, restringindo-se aos necessários; (e) evitar redundâncias de</p><p>ideias ou de palavras; (f) de modo geral, evitar fazer citações diretas ou</p><p>referência a obras utilizadas na discussão do resultados; (g) apresentar</p><p>objetivo e resultados em harmonia: checar se os resultados estão de</p><p>acordo com o que se estabeleceu como objetivo a ser alcançado; (h)</p><p>revisar o texto do resumo exaustivamente para passar ao largo de</p><p>inconsistências gramaticais logo de saída (evitar frases agramaticais,</p><p>sem nenhuma coesão sintática, anacolutos).</p><p>TIPOS DE RESUMO</p><p>• Segundo a NBR 6028:2021, da Associação</p><p>Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os</p><p>resumos podem ser crítico, indicativo,</p><p>informativo.</p><p>• Os resumos críticos, também conhecidos</p><p>como resenhas, é um gênero textual que tem</p><p>estrutura própria.</p><p>• Já os resumos indicativos contemplam os</p><p>pontos principais do texto e não dispensam a</p><p>consulta ao original. Eles expõem</p><p>sinteticamente os elementos do texto, sem se</p><p>preocuparem em apresentar os resultados</p><p>alcançados e, dessa forma, não dispensam a</p><p>leitura do texto inteiro. O leitor pode encontrar</p><p>esse tipo de resumo, em geral, nas contracapas</p><p>de livros de algumas editoras.</p><p>RESUMOS INFORMATIVOS</p><p>• Os resumos informativos, por sua vez,</p><p>informam a finalidade (objetivo), a</p><p>metodologia, os resultados e as conclusões de</p><p>um texto, de forma que podem dispensar a</p><p>consulta ao original. É o tipo apropriado</p><p>para artigos científicos,</p><p>REGULAMENTO PARA ELABORAÇÃO DO TC</p><p>NBR 6022:2018</p><p>ELEMENTOS PRÉ-</p><p>TEXTUAIS</p><p>Capa</p><p>Folha de rosto</p><p>Resumo na língua portuguesa (250 a 500 palavras)</p><p>Resumo em língua estrangeira</p><p>ELEMENTOS</p><p>TEXTUAIS</p><p>Introdução</p><p>Desenvolvimento</p><p>Considerações finais</p><p>ELEMENTOS PÓS-</p><p>TEXTUAIS</p><p>Referências</p><p>Agradecimentos (opcional)</p><p>ESTRUTURA DO TC (ARTIGO CIENTÍFICO) EXIGIDO</p><p>DE 10 A 15</p><p>PÁGINAS</p><p>PELO MENOS 15 FONTES</p><p>BIBLIOGRÁFICAS</p><p>3 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TC</p><p>3.1 PAPEL</p><p>Branco</p><p>Formato A4</p><p>3.2 MARGENS</p><p>3 cm (esquerda e superior) e 2 cm (direita e inferior)</p><p>3.3 FONTE DO TEXTO</p><p>Times New Roman ou Arial</p><p>Tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citações com</p><p>mais de três linhas e notas de rodapé, que devem ser em tamanho 10.</p><p>3.4 ALINHAMENTO DO TEXTO</p><p>TEXTO NORMAL: justificado.</p><p>REFERÊNCIAS E TÍTULOS</p><p>COM INDICATIVOS NUMÉRICOS: à esquerda.</p><p>TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO E CAPA: centralizado.</p><p>FOLHA DE ROSTO: justificado e centralizado.</p><p>Na folha de rosto, o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da instituição e a área</p><p>de concentração devem ser alinhados do meio da mancha gráfica para a</p><p>margem direita.</p><p>TABULAÇÃO (recuo da primeira linha de cada parágrafo, exceto para as</p><p>citações com mais de três linhas): 2 cm.</p><p>RECUO DO TEXTO PARA CITAÇÕES COM MAIS DE TRÊS LINHAS: 4 cm.</p><p>3.5 ESPAÇAMENTO</p><p>ENTRE AS LINHAS: SIMPLES</p><p>CASOS NOS QUAIS O ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS É SIMPLES: citações</p><p>com mais de três linhas; notas de rodapé; referências; natureza do trabalho (tipo</p><p>do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido e área de</p><p>concentração).</p><p>ESPAÇO ENTRE UM TÍTULO E O TEXTO: um espaço (linha) em branco, 1,5</p><p>entre linhas, fonte 12.</p><p>ESPAÇO ANTES E APÓS AS CITAÇÕES COM MAIS DE TRÊS LINHAS: um</p><p>espaço (linha) em branco, 1,5 entre linhas, fonte 12.</p><p>ESPAÇO ENTRE AS REFERÊNCIAS: um espaço (linha) em branco, simples, fonte</p><p>12.</p><p>ESPAÇO ENTRE O TÍTULO “REFERÊNCIAS” E O INÍCIO DO TEXTO DAS</p><p>REFERÊNCIAS: um espaço (linha) em branco, 1,5 entre linhas, fonte 12.</p><p>3.6 INDICATIVOS DE SEÇÃO</p><p>O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu título,</p><p>alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere.</p><p>Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha,</p><p>alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.</p><p>Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando os recursos de</p><p>negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal e outro.</p><p>EX.:</p><p>1 DA COLABORAÇÃO PREMIADA: CONSIDERAÇÕES INICIAIS</p><p>1.1 NATUREZA JURÍDICA DA COLABORAÇÃO PREMIADA</p><p>Todas as seções devem conter um texto a elas relacionados.</p><p>4 REDAÇÃO DO TC: DICAS GERAIS</p><p>• LEITURA: não se consegue escrever um TC sem prévia leitura do assunto</p><p>a ser abordado.</p><p>• SOBRIEDADE: o texto do TC deve ser sóbrio. Não se deve utilizar termos</p><p>vulgares.</p><p>• OBSERVÂNCIA DAS REGRAS GRAMATICAIS</p><p>• ESTILO VERBAL: 1ª pessoa do plural ou 3ª pessoa do singular (deve</p><p>haver uniformidade no estilo, ou seja, um único estilo para todo o trabalho).</p><p>• OBJETIVIDADE NA EXPOSIÇÃO DAS IDEIAS</p><p>• COESÃO, LÓGICA</p><p>• PARÁGRAFO: deve ter introdução, desenvolvimento e considerações</p><p>finais. Não deve ser muito longo nem muito curto.</p><p>• PRESENÇA DE TEXTO ENTRE AS SEÇÕES (TÓPICOS)</p><p>REFERÊNCIA</p><p>BIBLIOGRÁFICA</p><p>• MEDEIROS, João Bosco; TOMAZI, Carolina.</p><p>Redação de artigos científicos. 2. ed. Atlas</p>