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Direito Administrativo_Eduardo Tanaka_2024

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<p>1</p><p>Eduardo Tanaka</p><p>Apostila de</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Atualizada em Julho de 2024</p><p>Com Videoaulas no Youtube</p><p>2ª Edição</p><p>Florianópolis</p><p>TNK</p><p>2024</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>2</p><p>A TNK se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua edição (apresentação a fim</p><p>de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). Nem a TNK nem o autor assumem qualquer</p><p>responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra.</p><p>Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, é proibida a</p><p>reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive</p><p>através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do editor.</p><p>Impresso no Brasil - Printed in Brazil</p><p>Impresso, comercializado e distribuído exclusivamente por Clube de Autores -</p><p>www.clubedeautores.com.br</p><p>Copyright © 2024 by</p><p>TNK - www.eduardotanaka.com</p><p>Para contato: contato@elevaconcursos.com.br</p><p>Direitos exclusivos para o Brasil na língua portuguesa</p><p>81135</p><p>Tanaka, Eduardo</p><p>Apostila de direito administrativo: atualizada em julho de 2024/ Eduardo Tanaka - Florianópolis : TNK,</p><p>2024.</p><p>1. Direito administrativo - Legislação - Brasil - Questões, exercícios.</p><p>“Quando uma criatura humana desperta para</p><p>um grande sonho e sobre ele lança a força de sua alma...</p><p>Todo universo conspira a seu favor!”</p><p>Goethe</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>3</p><p>Dedicatórias</p><p>Para meus filhos Henrique e Isabela, fontes permanentes</p><p>de amor e inspiração.</p><p>Agradecimentos</p><p>Aos meus pais, a quem devo o que hoje sou. Sempre me mostraram, com carinho, a</p><p>importância do estudo e da ética.</p><p>Aos meus mestres, de ontem e de hoje, que tanto contribuíram para minha formação</p><p>pessoal.</p><p>Aos meus alunos, objetivo desta obra, por compartilharem de um aprendizado mútuo</p><p>e constante.</p><p>Videoaulas no YouTube</p><p>Todo o conteúdo desta obra está didaticamente explicado no YouTube, no canal do</p><p>Prof. Edudardo Tanaka, disposto em playlists.</p><p>Além do Direito Administrativo, neste canal você também encontrará playlist de</p><p>Direito Previdenciário.</p><p>Nosso canal já ultrapassou a marca de 280 mil inscritos e 21 milhões de</p><p>visualizações!</p><p>Seu estudo de forma focada, objetiva, aprofundada e - por que não - gratuita e</p><p>divertida.</p><p>Acesse: youtube.com/profeduardotanaka</p><p>Estude pela playlist completa:</p><p>https://www.youtube.com/playlist?list=PLbQeIXJbBuGIaA2PdmfyjrIUqhZtDVL2E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>4</p><p>O Autor</p><p>Eduardo Tanaka</p><p>É Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil;</p><p>YouTuber de conteúdo educacional para concursos públicos;</p><p>Formado em Direito pela USP e pela UFMS e em Odontologia pela USP;</p><p>Pós-graduado em Direito Constitucional;</p><p>Professor de Direito Previdenciário, Administrativo e Constitucional;</p><p>Mestre em Administração pela UFBA.</p><p>Apresentação</p><p>Esta apostila tem o objetivo de trazer as matérias e questões trabalhadas em minhas</p><p>videoaulas e tornar o processo de aprendizado fácil e agradável, sem a necessidade de</p><p>copiar as leis e citações, compilando tudo num só lugar.</p><p>De modo que esta apostila tem por objetivo servir ao estudo do Direito Administrativo</p><p>e proporcionar aos estudantes e profissionais da área um instrumento valioso, aliado às</p><p>minhas videoaulas gratuitas em meu canal no YouTube.</p><p>Por meio de uma linguagem objetiva, trato a matéria, assim como faço em minhas</p><p>aulas, ilustrando e aprofundando cada assunto, de modo suficiente e direto, de acordo</p><p>com o que é cobrado em provas de concursos públicos.</p><p>Organizei, também, as questões de concursos públicos pertinentes aos pontos</p><p>abordados de forma a proporcionar um aprendizado atualizado, crítico e sedimentado do</p><p>Direito Administrativo. É importante que a teoria esteja aliada à prática de questões.</p><p>Bons estudos e mãos à obra!</p><p>Professor Eduardo Tanaka</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>5</p><p>Sumário</p><p>Estado, Administração Pública e Governo ......................................................................................... 11</p><p>Estado ............................................................................................................................................. 11</p><p>Governo ........................................................................................................................................... 12</p><p>Administração Pública ..................................................................................................................... 13</p><p>Estado - Poderes e organização ..................................................................................................... 15</p><p>Organização .................................................................................................................................... 16</p><p>Direito Administrativo: conceito e fontes............................................................................................. 17</p><p>Ramos do Direito Público ................................................................................................................ 17</p><p>Conceitos ........................................................................................................................................ 17</p><p>Fontes do Direito Administrativo ..................................................................................................... 17</p><p>Administração direta e indireta ........................................................................................................... 19</p><p>Desconcentração x Descentralização ............................................................................................. 19</p><p>Administração Indireta - Aspectos gerais ....................................................................................... 22</p><p>Administração Indireta – Autarquias ............................................................................................... 23</p><p>Administração Indireta - Fundações Públicas ................................................................................. 25</p><p>Administração Indireta - Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista ................................. 26</p><p>Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista ........................................................................ 29</p><p>Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista - Lei 13.303, de 30/06/2016. .......................... 31</p><p>Administração Indireta – Aprofundando o assunto ......................................................................... 34</p><p>Administração Indireta - Agências reguladoras .............................................................................. 36</p><p>Administração Indireta - Agências Executivas ................................................................................ 38</p><p>Administração Indireta - Agências Reguladoras e Executivas – Aprofundando ............................ 40</p><p>Administração Indireta - Consórcios públicos ................................................................................. 41</p><p>Entidades Paraestatais - Terceiro Setor ............................................................................................. 45</p><p>Entidades Paraestatais - Serviços</p><p>Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>27</p><p>Como vimos acima, a lei específica autoriza a criação das empresas públicas, quem cria,</p><p>efetivamente, é o registro dos atos de criação da empresa no órgão competente (cartório ou junta comercial).</p><p>Uma observação importante a ser feita é que, embora estas empresas sejam públicas, seus</p><p>trabalhadores são regidos pelo regime celetista (CLT), porém são contratados mediante concurso público e</p><p>irão ocupar emprego público e não cargo público, logo, estes são chamados de empregados públicos.</p><p>Os empregados das empresas estatais também se submetem ao teto remuneratório, salvo se a</p><p>empresa não receber recursos da Administração Direta para pagamento de seu pessoal ou custeio em geral,</p><p>e estão incluídos no regime da não acumulação de cargos e empregos públicos. Além disso, esses</p><p>empregados públicos estão sujeitos ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social) e não possuem</p><p>estabilidade em seus empregos, mas o fato de a administração pública ser neste caso o empregador, ela</p><p>deverá atender aos princípios como legalidade, impessoalidade e moralidade, assim sendo, sua dispensa</p><p>deve ser motivada.</p><p>Sobre as empresas públicas e sociedades de economia mista gozarem de privilégios fiscais, a</p><p>Constituição Federal é clara:</p><p>Constituição Federal Art. 173</p><p>§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios</p><p>fiscais não extensivos às do setor privado.</p><p>Assim seja, não gozarão de privilégios caso as empresas do setor privado também não o usufruam.</p><p>Questão</p><p>(CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) Os empregados de</p><p>empresa pública são, necessariamente, estatutários e os de sociedade de economia mista celetistas, sendo</p><p>necessária prévia aprovação em concurso público para o ingresso em ambos os regimes.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>Licitação obrigatória - salvo para a atividade fim das que atuam em atividade econômica. Quando</p><p>prestadoras de serviços públicos, seguem as normas gerais para licitação (Lei nº 8.666/93 e Lei nº 10.520/02).</p><p>Submetem-se a controle dos tribunais de contas e pela Administração Direta;</p><p>Não se sujeitam à falência;</p><p>As empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas públicas) não dispõem dos</p><p>benefícios processuais inerentes à Fazenda Pública.</p><p>Por outro lado, existem importantes diferenças quanto a elas:</p><p>As sociedades de economia mista possuem um capital misto, sendo que parte provém do poder</p><p>público, parte da iniciativa privada. Entretanto, a Administração Pública (Administração Direta ou Indireta) tem</p><p>que ter a maioria do capital votante, ou seja, deve ter o controle acionário. As SEM devem ser constituídas</p><p>sempre sob a forma de uma sociedade anônima.</p><p>Por outro lado, as empresas públicas, são constituídas sob qualquer uma das formas admitidas em</p><p>direito (Ltda. S/A entre outras), com capital formado unicamente por recursos públicos, de pessoas da</p><p>Administração Direta ou Indireta. O capital da empresa pública é 100% público, não se exigindo que seja de</p><p>um único ente, podendo ser de mais de uma pessoa jurídica da Administração Direta ou da Direta com a</p><p>Indireta.</p><p>Podem ser federal, estadual ou municipal, a depender da predominância acionária.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>28</p><p>Exemplos: BNDES; Radiobrás; ECT; CEF; Casa da Moeda do Brasil; FINEP (Financiadora de</p><p>Estudos e Projetos); EMBRAPA; SERPRO; INFRAERO.</p><p>A terceira importante diferença é que, mesmo as SEM da União respondem por ações judiciais na</p><p>justiça comum estadual enquanto as ações em que a Empresa Pública Federal seja autora, ré, assistente</p><p>ou oponente serão julgadas pela Justiça Federal (art. 109, I, CF), logo, as empresas públicas da União</p><p>respondem a essas ações na Justiça Federal, se forem do Estado na Justiça Estadual e as sociedades de</p><p>economia mista na Justiça Comum Estadual.</p><p>Para facilitar a compreensão, veja as distinções no quadro abaixo:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>29</p><p>* Âmbito da justiça em que ocorrerão as ações relacionadas a essas estatais.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII)</p><p>Uma empresa pública consiste em uma entidade de direito privado em que pelo menos 51% do seu capital</p><p>pertence à administração pública.</p><p>Gabarito: Errado. As empresas públicas têm personalidade de direito privado suas atividades são regidas</p><p>pelos preceitos comerciais, mas seu capital é exclusivamente público.</p><p>(CESPE - 2014 - MEC - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) A empresa pública somente pode ser</p><p>criada por lei específica, com personalidade jurídica de direito público e adotando quaisquer formas</p><p>societárias admitidas pelo Direito.</p><p>Gabarito: Errado. Como sabemos, as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado.</p><p>Portanto, a assertiva está incorreta.</p><p>(CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado) A única diferença entre sociedade de economia mista e</p><p>empresa pública é a composição do capital.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista</p><p>(videoaula 9)</p><p>No quadro abaixo é possível destacar as principais diferenças entres as Empresas Públicas e SEM</p><p>que realizam atividades econômicas das que são prestadoras de serviço público.</p><p>Lembrando que estas Estatais serão sempre de Direito Privado, o que pode se sujeitar ao regime de</p><p>Direito público são as atividades da Empresa Pública ou SEM prestadoras de serviço público. Digamos que</p><p>embora sejam de Direito Privado, elas obedecem a algumas regras do direito público, sendo caracterizadas</p><p>por um regime híbrido (misto), ou seja, existe uma flexibilização entre as regras do Direito Público com as do</p><p>Direito Privado, para se garantir o cumprimento do princípio da continuidade dos serviços públicos. Observe</p><p>o quadro:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>30</p><p>Atividades econômicas em sentido estrito - (livre concorrência - permissão legal)</p><p>O Art.173 da Constituição Federal traz as situações em que o Estado poderá explorar uma atividade</p><p>econômica, como no caso de Imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse público, ou seja,</p><p>somente em casos excepcionais. Daí é possível extrair a informação de que a União não é livre para explorar</p><p>atividade econômica quando quiser, mas sim nos casos estabelecidos pela Constituição. Veja o que diz o art.</p><p>173:</p><p>CF. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade</p><p>econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a</p><p>relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista</p><p>e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de</p><p>prestação de serviços, dispondo sobre (...).</p><p>Temos também a possibilidade de o Estado realizar atividade econômica no regime de monopólio, ou</p><p>seja, somente ele será o executor das atividades delegadas a ele pela Constituição, porém ela abre a exceção</p><p>de que nos casos previstos no inciso I a IV do artigo 177, a União poderá contratar com empresas privadas</p><p>ou estatais a execução dessas tarefas. Somente no caso do inciso V ( a pesquisa, a lavra, o enriquecimento,</p><p>o reprocessamento, a industrialização</p><p>e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com</p><p>exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização) será feita exclusivamente pela União</p><p>(regime de monopólio - previsão constitucional) Essa modalidade de atuação estatal é chamada de absorção,</p><p>já que o estado absorveu uma parte do mercado, retirando dos particulares a possibilidade de atuar em regime</p><p>de concorrência, não havendo que se falar em área privada. (PETROBRAS)</p><p>Art. 177. Constituem monopólio da União:</p><p>I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;</p><p>II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;</p><p>III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades</p><p>previstas nos incisos anteriores;</p><p>IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de</p><p>petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados</p><p>e gás natural de qualquer origem;</p><p>V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio</p><p>de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,</p><p>comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do</p><p>inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº</p><p>49, de 2006)</p><p>§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades</p><p>previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.</p><p>Serviços públicos (esse tema está tratado nas videoaulas 121 a 139)</p><p>A respeito dos serviços públicos, podemos dizer que o Estado busca tão somente alcançar o interesse</p><p>público e ainda suprir as necessidades básicas da sociedade.</p><p>O Estado pode prestar esses serviços ou pode passar a execução para uma empresa privada, através</p><p>do regime de concessão ou permissão, ou seja, é uma delegação que o Estado dá a uma empresa privada</p><p>para a prestação de alguns serviços públicos. Essa delegação ou concessão será feita sempre através de</p><p>licitação. Veja o que a Constituição Federal nos traz sobre este assunto:</p><p>Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou</p><p>permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.</p><p>Parágrafo único. A lei disporá sobre:</p><p>I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter</p><p>especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e</p><p>rescisão da concessão ou permissão;</p><p>II - os direitos dos usuários;</p><p>III - política tarifária;</p><p>IV - a obrigação de manter serviço adequado.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>31</p><p>A respeito dos serviços que podem ser delegados aos particulares mediante contratos de concessão</p><p>ou permissão de serviços públicos, podemos destacar serviços como: os de telefonia, transportes coletivos,</p><p>energia elétrica entre outros.</p><p>O Artigo 21 da Constituição Federal traz claramente as atividades que poderão ser delegadas sob o</p><p>regime de autorização, concessão ou permissão, observe:</p><p>XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de</p><p>telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão</p><p>regulador e outros aspectos institucionais;</p><p>XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:</p><p>a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 8, de 15/08/95:)</p><p>b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de</p><p>água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;</p><p>c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;</p><p>d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais,</p><p>ou que transponham os limites de Estado ou Território;</p><p>e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;</p><p>f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRT-MG - 2015 - Técnico Judiciário) O Ministério Público ingressou com ação contra</p><p>diversas empresas, dentre elas, uma empresa pública municipal prestadora de atividade econômica,</p><p>pleiteando reparação por suposto dano gerado ao patrimônio público. No que concerne ao prazo para</p><p>defesa da empresa pública, bem como ao tema da penhora de bens, vigora o prazo:</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) em quádruplo e a impenhorabilidade dos bens.</p><p>b) em dobro e a impenhorabilidade dos bens.</p><p>c) em quádruplo e admitida a penhora dos bens.</p><p>d) simples e a impenhorabilidade dos bens.</p><p>e) simples e admitida a penhora dos bens.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TJ-DFT - 2015 - Analista Judiciário) A respeito das sociedades de economia mista, da</p><p>convalidação de atos administrativos, da concessão de serviços públicos e da desapropriação, julgue o</p><p>item a seguir.</p><p>A criação, pela União, de sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a</p><p>sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de suas ações com direito a voto</p><p>pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.</p><p>Gabarito: C</p><p>Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista - Lei</p><p>13.303, de 30/06/2016.</p><p>(Videoaula 9-A)</p><p>A Lei nº 13.303, de 2016, estabelece o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de</p><p>economia mista e de suas subsidiárias (estatais), no âmbito da União, dos Estados , dos Municípios e do</p><p>Distrito Federal. É conhecida como Lei da Responsabilidade das Estatais ou Lei das Estatais</p><p>A Lei das Estatais vem a regulamentar o art. 173 da Constituição Federal e trouxe pequenas</p><p>inovações, quando comparadas com as atuais normas existentes para a Administração Pública. A maior parte</p><p>dos dispositivos consiste em interpretar o que a doutrina e jurisprudência já o fazia sobre o tema.</p><p>Passamos a transcrever o art. 173 da CF:</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade</p><p>econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a</p><p>relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de</p><p>suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de</p><p>prestação de serviços, dispondo sobre:</p><p>I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e</p><p>obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>32</p><p>III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da</p><p>administração pública;</p><p>IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de</p><p>acionistas minoritários;</p><p>V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.</p><p>Procuramos selecionar alguns dispositivos importantes da Lei 13.303/16.</p><p>Conceitos, conforme Lei 13.303/16:</p><p>Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista</p><p>e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de</p><p>economia mista da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou</p><p>comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao</p><p>regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.</p><p>Art. 3o Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação</p><p>autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos</p><p>Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.</p><p>Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do</p><p>Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de</p><p>outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>Art. 4o Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,</p><p>com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam</p><p>em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração</p><p>indireta.</p><p>Aplicação princípio da publicidade</p><p>Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão:</p><p>I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos administradores;</p><p>II - adequar constantemente suas práticas ao Código de Conduta e Integridade e a outras regras de</p><p>boa prática de governança corporativa, na forma estabelecida na regulamentação desta Lei.</p><p>Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá solucionar, mediante arbitragem, as</p><p>divergências entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas minoritários, nos</p><p>termos previstos em seu estatuto social.</p><p>Lei que autoriza a criação</p><p>Art. 13. A lei que autorizar a criação da empresa pública e da sociedade de economia mista deverá</p><p>dispor sobre as diretrizes e restrições a serem consideradas na elaboração do estatuto da companhia, em</p><p>especial sobre:</p><p>I - constituição e funcionamento do Conselho de Administração, observados o número mínimo de 7</p><p>(sete) e o número máximo de 11 (onze) membros;</p><p>II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor, observado o número mínimo de 3 (três)</p><p>diretores;</p><p>III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de periodicidade anual, dos administradores e</p><p>dos membros de comitês, observados os seguintes quesitos mínimos:</p><p>a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e à eficácia da ação administrativa;</p><p>b) contribuição para o resultado do exercício;</p><p>c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negócios e atendimento à estratégia de longo</p><p>prazo;</p><p>IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que exercerá suas atribuições de modo</p><p>permanente;</p><p>V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria Estatutário;</p><p>VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Administração e dos indicados para o cargo de</p><p>diretor, que será unificado e não superior a 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3 (três) reconduções</p><p>consecutivas;</p><p>VII – (VETADO);</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>33</p><p>VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não superior a 2 (dois) anos, permitidas 2</p><p>(duas) reconduções consecutivas.</p><p>Critério de escolha dos membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos</p><p>de diretor. (princípio da moralidade)</p><p>" O Conselho de Administração da Petrobras foi alvo de questionamentos por ter aprovado, na época</p><p>em que era comandado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil no governo Lula, a compra</p><p>aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O negócio passou a ser um dos alvo da</p><p>Operação Lava Jato por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas."</p><p>(link: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/04/veja-nova-composicao-do-conselho-de-</p><p>administracao-da-petrobras.html )</p><p>Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor,</p><p>inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada</p><p>e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b”</p><p>e “c” do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:</p><p>I - ter experiência profissional de, no mínimo:</p><p>a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública ou da</p><p>sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de direção</p><p>superior; ou</p><p>b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:</p><p>1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da</p><p>empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia superior aquele</p><p>situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;</p><p>2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;</p><p>3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da sociedade de</p><p>economia mista;</p><p>c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente</p><p>vinculada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia mista;</p><p>II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado; e</p><p>III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I do caput do</p><p>art. 1o da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, com as alterações introduzidas pela Lei</p><p>Complementar no 135, de 4 de junho de 2010.</p><p>Art. 1º São inelegíveis:</p><p>I - para qualquer cargo:</p><p>a) os inalistáveis e os analfabetos;</p><p>b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das</p><p>Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e</p><p>II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições</p><p>Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante</p><p>o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da</p><p>legislatura;(...)</p><p>§ 5o Os requisitos previstos no inciso I do caput poderão ser dispensados no caso de indicação</p><p>de empregado da empresa pública ou da sociedade de economia mista para cargo de administrador ou como</p><p>membro de comitê, desde que atendidos os seguintes quesitos mínimos:</p><p>I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na sociedade de economia mista por meio</p><p>de concurso público de provas ou de provas e títulos;</p><p>II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho efetivo na empresa pública ou na sociedade</p><p>de economia mista;</p><p>III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior da empresa pública ou da sociedade de</p><p>economia mista, comprovando sua capacidade para assumir as responsabilidades dos cargos de que trata</p><p>o caput.</p><p>Vedações</p><p>art. 17, § 2o É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>34</p><p>I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista</p><p>está sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem</p><p>vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento</p><p>superior na</p><p>administração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo</p><p>de qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo;</p><p>§ 3o A vedação prevista no inciso I do § 2o estende-se também aos parentes consanguíneos ou afins</p><p>até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas.</p><p>II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória</p><p>de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral;</p><p>III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;</p><p>IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante</p><p>ou ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrativa controladora da</p><p>empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período</p><p>inferior a 3 (três) anos antes da data de nomeação;</p><p>V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-</p><p>administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria</p><p>empresa ou sociedade.</p><p>§ 1o O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias poderá</p><p>dispor sobre a contratação de seguro de responsabilidade civil pelos administradores.</p><p>§ 4o Os administradores eleitos devem participar, na posse e anualmente, de treinamentos</p><p>específicos sobre legislação societária e de mercado de capitais, divulgação de informações, controle interno,</p><p>código de conduta, a Lei no 12.846, de 1o de agosto de 2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas relacionados</p><p>às atividades da empresa pública ou da sociedade de economia mista.</p><p>FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE</p><p>Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) esferas de governo fiscalizarão as</p><p>empresas públicas e as sociedades de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas domiciliadas</p><p>no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos, sob o ponto</p><p>de vista contábil, financeiro, operacional e patrimonial.</p><p>"CF. - Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do</p><p>Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) V - fiscalizar as contas nacionais das empresas</p><p>supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado</p><p>constitutivo;"</p><p>Divulgação de Informações</p><p>Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a</p><p>licitações e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados</p><p>eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.</p><p>Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão disponibilizar para</p><p>conhecimento público, por meio eletrônico, informação completa mensalmente atualizada sobre a execução</p><p>de seus contratos e de seu orçamento, admitindo-se retardo de até 2 (dois) meses na divulgação das</p><p>informações.</p><p>Administração Indireta – Aprofundando o assunto</p><p>(videoaula 10)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>35</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>36</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRT-RS - 2015 - Analista Judiciário) A propósito dos entes que integram a Administração</p><p>Indireta, considere as afirmativas abaixo.</p><p>I. As autarquias são dotadas de personalidade jurídica de direito público, possuem capacidade de</p><p>autoadministração e se distinguem das pessoas políticas no que concerne à competência legislativa,</p><p>pois não a detêm, o que não impede, todavia, que lhes seja transferida a titularidade e a execução de</p><p>serviços públicos.</p><p>II. As empresas estatais podem, na forma que seus Estatutos Sociais determinarem, exercer atividade</p><p>econômica de natureza privada ou prestar serviço público, o que, contudo, não impacta sua natureza</p><p>jurídica de direito privado e, assim, permite a contratação de obras e aquisições sem se submeter ao</p><p>regime de licitações.</p><p>III. Tanto as autarquias, quanto as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público criadas</p><p>por lei, permitido às segundas um certo grau de flexibilização no regime jurídico a que estão</p><p>submetidas, com derrogação por normas de direito privado, tais como possibilidade de contratação de</p><p>servidores público sem submissão a concurso público.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I e II.</p><p>b) I.</p><p>c) II.</p><p>d) II e III.</p><p>e) III.</p><p>Gabarito. B</p><p>(FCC - TCE-CE - 2015 - Analista de Controle Externo - Judiciário) O governador do Estado Y</p><p>entendeu pela necessidade de instituição de uma pessoa jurídica de direito privado, com capital</p><p>exclusivamente público, que realizasse a prestação de serviços, nos moldes da iniciativa privada, de</p><p>interesse da coletividade local, cuja autorização para sua criação se realizasse por lei específica. Tais</p><p>características são próprias das</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) empresas públicas.</p><p>b) sociedades de economia mista.</p><p>c) autarquias.</p><p>d) organizações sociais.</p><p>e) fundações públicas</p><p>Gabarito: A</p><p>(FCC - SEFAZ-PI - 2015 - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual) Considere as seguintes afirmações</p><p>sobre Administração Direta e Indireta:</p><p>I. Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que desempenham serviço público</p><p>descentralizado, com capacidade de auto-administração.</p><p>II. Sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico de direito público e têm por objeto,</p><p>exclusivamente, o exercício de atividade econômica em regime de competição no mercado.</p><p>III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que podem desempenhar apenas</p><p>serviços públicos ou atividade econômica em regime de monopólio.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) II.</p><p>b) I.</p><p>c) I e III.</p><p>d) II e III.</p><p>e) III.</p><p>Gabarito: B</p><p>Administração Indireta - Agências reguladoras</p><p>(videoaula 11)</p><p>Introdução</p><p>De acordo com o Decreto Lei 200, de 1.967, a administração indireta era composta apenas pelos 4</p><p>entes estudados (autarquia, fundação pública, empresa pública e sociedade de economia mista). Entretanto,</p><p>com as necessidades atuais e crescentes, foram formadas outras figuras específicas que compõe a</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>37</p><p>administração indireta. Dentre elas, temos: agências reguladoras, agências executivas e consórcios públicos;</p><p>as quais passaremos a estudar.</p><p>Agências reguladoras</p><p>Temos assistido há anos, principalmente a partir da década de 1990, o processo de desestatização</p><p>do estado. Diversos serviços públicos (como telefonia, energia elétrica, transporte aeroviário) hoje são</p><p>prestados por particulares mediante autorização, concessão ou permissão (conforme pode ser notado, por</p><p>exemplo, no art. 21, inc XI e XII, da CF).</p><p>Dessa forma, é necessário a criação de agências reguladoras para exercer o controle sobre</p><p>determinados serviços públicos prestados por particulares.</p><p>Por exemplo: a ANATEL é uma agência reguladora, vinculada ao Ministério das Comunicações, com</p><p>a função de promover a regulação das telecomunicações. Já a ANVISA, vinculada ao Ministério da Saúde,</p><p>tem a finalidade de promover a proteção da saúde da população.</p><p>Importante observar que neste capítulo trataremos das agências reguladoras federais. Entretanto, os</p><p>estados, municípios e distrito federal podem criar suas próprias agências reguladoras.</p><p>Conceito</p><p>Não existe um conceito em lei alguma sobre</p><p>as agências reguladoras. E até hoje não foi editada uma</p><p>lei geral sobre as agências reguladoras. Entretanto, podemos traçar uma diretriz comum (mas, não obrigatória</p><p>por não existir lei a respeito) à maioria das agências reguladoras e que são cobradas em concursos públicos.</p><p>Sendo assim, são características gerais das agências reguladoras:</p><p>- são instituídas com autarquias sob regime especial - dessa forma, têm personalidade jurídica de</p><p>direito público e todas as características de autarquias (pois são espécie de autarquia).</p><p>- o termo "autarquia sob regime especial" é a intenção de se criar uma autarquia com maior</p><p>independência, ampliando sua autonomia orçamentária, gerencial e financeira.</p><p>- seus servidores são estatutários.</p><p>- possuem alto grau de especialização técnica. (área de regulação)</p><p>- tem a função do exercício da atividade regulatória em setor específico da atividade econômica ou</p><p>determinado serviço público.</p><p>Funções</p><p>Para desempenhar a atividade regulatória, as agências reguladoras têm a atribuição de:</p><p>Executiva - Fiscalizar e aplicar sanções (ex: multa, proibição).</p><p>Normativa - Editar normas (regras) através de "decretos delegados" (ou decretos autorizados). A</p><p>edição desses decretos deve estar expressamente prevista em lei e vem a complementá-la.</p><p>Judicante - Solução de conflitos, julgando processos administrativos.</p><p>Ampliação da autonomia administrativa.</p><p>Faz-se importante, no papel de agência reguladora, uma maior autonomia e independência. Para tal,</p><p>é importante um quadro próprio de servidores e autonomia financeira. Quanto aos seus dirigentes, em nível</p><p>federal, está previsto:</p><p>- Mandato de duração fixa, dos dirigentes (Lei 9986/2000, art. 9º).</p><p>- Dirigentes escolhidos pelo chefe do Poder Executivo (presidente), aprovados pelo Senado Federal.</p><p>Quarentena do dirigente - como o dirigente possui informações importantes e privilegiadas, após</p><p>sua saída ele fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado</p><p>pela respectiva agência, por um período de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou do término de seu</p><p>mandato, os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada, assegurada a remuneração</p><p>compensatória. Essa imposição de quarentena está fixada na esfera federal pelo art. 8º, da Lei 9986/2000.</p><p>Classificação das Agências Reguladoras - Fernanda Marinela traz a seguinte divisão das agências</p><p>reguladoras em espécies:</p><p>1) Serviços públicos propriamente ditos. Ex: ANEEL, ANATEL, ANTT,</p><p>ANTAQ, ANAC</p><p>2) Atividades de fomento e fiscalização de atividade privada. Ex:</p><p>ANCINE</p><p>3) Atividades econômcas integrantes da indústria do petróleo. Ex:</p><p>ANP</p><p>4) Atividades que o Estado e o particular prestam. Exs: ANVISA, ANS</p><p>5) Agência reguladora do uso de bem público. Ex: ANA</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>38</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados – Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) As</p><p>agências reguladoras são órgãos pertencentes à administração pública direta.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANATEL - Analista Administrativo - Direito) As agências reguladoras têm caráter nacional,</p><p>sendo vedado aos estados e ao Distrito Federal criar suas próprias agências estaduais quando se tratar</p><p>de serviço público, por ausência de previsão constitucional.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANAC) Às agências reguladoras é atribuída a natureza jurídica de autarquias de regime especial.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista</p><p>Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) Uma agência reguladora exerce funções executivas, normativas</p><p>e judicantes de Estado, não desempenhando funções de governo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - ANATEL - Analista Administrativo - Direito) O regime jurídico aplicável aos servidores das</p><p>agências reguladoras atualmente é o do emprego público, regulado pela Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho, dado o caráter de autarquia especial conferido às agências.</p><p>Gabarito: E</p><p>(ESAF - Procurador - Tribunal de Contas - GO) As chamadas Agências Reguladoras</p><p>a) integram a administração direta, vinculadas que estão a órgãos do Poder Executivo.</p><p>b) poderão constituir-se como autarquias ou fundações, públicas ou privadas.</p><p>c) têm natureza jurídica de autarquia.</p><p>d) integram o chamado Terceiro Setor, assumindo atividades de interesse público.</p><p>e) têm natureza jurídica de fundação privada, subsidiada com recursos públicos, em face da independência</p><p>que devem possuir frente ao Estado.</p><p>Gabarito: c</p><p>Administração Indireta - Agências Executivas</p><p>(videoaula 12)</p><p>Para entender esta aula é importante que você já tenha estudado as aulas sobre autarquias e</p><p>fundações públicas. Isto porque, as agências executivas não são consideradas uma nova espécie de entidade</p><p>administrativa. São na verdade uma autarquia ou fundação pública que celebrou um contrato de gestão com</p><p>o Poder Executivo, recebendo a qualificação de agência executiva, concedido por decreto presidencial.</p><p>Como exemplo, podemos citar o INMETRO, que é uma autarquia qualificada como agência executiva.</p><p>Nas palavras de "di Pietro", sobre as agências executivas:</p><p>"Em regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de</p><p>entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais,</p><p>recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la se deixar de atender aos mesmos requisitos.”.</p><p>A Lei 9.649/98, art. 51, regulamenta o assunto:</p><p>"Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que</p><p>tenha cumprido os seguintes requisitos:</p><p>I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;</p><p>II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.</p><p>§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente</p><p>da República.</p><p>§ 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências</p><p>Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos</p><p>orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão."</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>39</p><p>Então, por que uma autarquia ou fundação pública tem a intenção de tornar-se uma agência</p><p>executiva? Segundo Meireles: "A qualificação da autarquia ou fundação como agência executiva - efetuada</p><p>por ato específico do Presidente da República - permitirá que ela ingresse em um regime especial, usufruindo</p><p>de determinadas vantagens previstas em lei ou decretos. Na verdade, o objetivo daquele preceito é aumentar</p><p>a eficiência da autarquia ou fundação, mediante a ampliação de sua autonomia paralelamente à</p><p>responsabilidade de seus administradores."</p><p>Dessa forma, percebe-se que ao celebrar o Contrato de Gestão objetiva-se a aumentar a eficiência</p><p>(da autarquia ou fundação pública), que significa otimizar recursos, reduzir custos, melhorar os serviços (fazer</p><p>mais e melhor por menos). Em contrapartida terão maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira,</p><p>recebendo algumas prerrogativas e privilégios</p><p>O período mínimo de duração do contrato de gestão é de no mínimo 1 ano. Após expirado o contrato</p><p>de gestão, sem que haja renovação, o ente deixa de ser agência executiva, mas volta a ser uma simples</p><p>autarquia ou fundação pública. Perceba que ela (autarquia ou fundação pública) apenas perde a qualificação</p><p>de agência executiva.</p><p>O art. 52 da Lei 9.649/98, art. 51, aborda planos estratégicos:</p><p>"Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional definirão</p><p>diretrizes, políticas</p><p>e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de servidores, a</p><p>revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da identidade</p><p>institucional da Agência Executiva.</p><p>§ 1o Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade</p><p>mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da</p><p>entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu</p><p>cumprimento.</p><p>§ 2o O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e o</p><p>acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de</p><p>desenvolvimento institucional das Agências Executivas."</p><p>Um dos privilégios da agência executiva, sobre as autarquias e fundações públicas, são, por exemplo,</p><p>as regras para dispensa de licitação.</p><p>Há um aumento do limite de dispensa de licitação, de 10% para 20% do valor máximo admitido para</p><p>a utilização da modalidade convite, quando se tratar de autarquia ou fundação qualificadas como agências</p><p>executivas, conforme o art. 24, §1º, da Lei nº 8.666/93.</p><p>Os Estados e Municípios também poderão instituir agências executivas, desde que tenham leis</p><p>específicas para tal.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TJ-SE - técnico judiciário) Pode ser qualificada como agência executiva a autarquia que tenha</p><p>plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e que celebre</p><p>contrato de gestão com órgão do governo federal.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) Uma autarquia que</p><p>possuir um contrato de gestão com ente da administração direta e anteriormente já tiver um plano</p><p>estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento poderá se qualificar como uma</p><p>agência executiva.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRT-15ª Reg - Juiz do Trabalho) De acordo com a legislação que rege a matéria, as</p><p>denominadas agências executivas são</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) entidades que não integram a Administração pública, mas com esta se relacionam por vínculo de</p><p>colaboração.</p><p>b) autarquias de regime especial, com prerrogativas de independência fixadas na lei instituidora.</p><p>c) órgãos colegiados instituídos no âmbito da Administração direta para atividades de coordenação de</p><p>ações estratégicas.</p><p>d) pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação mediante celebração</p><p>de contrato de gestão.</p><p>e) entidades integrantes da Administração pública, criadas sob a forma de autarquias ou fundações, que,</p><p>em decorrência de tal qualificação, passam a se submeter a regime especial.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>40</p><p>(FCC - TRT-6ª Reg - Juiz do Trabalho) Uma fundação pública que tem como finalidade a pesquisa e</p><p>desenvolvimento de medicamentos e tratamentos na área de saúde pública apresentou ao Ministério</p><p>da Saúde um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, objetivando a</p><p>ampliação de sua autonomia. De acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis, a</p><p>referida fundação poderá</p><p>a) ser declarada, por Portaria do Ministro da Saúde, fundação de apoio e amparo à pesquisa, que poderá</p><p>celebrar contratos de gestão para prestação de serviços à Administração pública, com dispensa de licitação.</p><p>b) ter a sua autonomia ampliada mediante a edição de lei específica, que altere sua natureza para agência</p><p>reguladora ou agência executiva.</p><p>c) ter sua natureza alterada mediante atribuição de qualificação, por decreto governamental, de fundação de</p><p>apoio à pesquisa, passando a caracterizar-se como fundação privada.</p><p>d) ser alçada à categoria de agência reguladora, mediante a adequação de seus estatutos para refletir o</p><p>grau de autonomia compatível com tal categorização.</p><p>e) celebrar contrato de gestão com o Ministério da Saúde, com a fixação de metas de desempenho,</p><p>recebendo, por ato do Presidente da República, a qualificação de agência executiva.</p><p>Gabarito: E</p><p>Administração Indireta - Agências Reguladoras e</p><p>Executivas – Aprofundando</p><p>(videoaula 13)</p><p>Questões</p><p>(CESPE - AGU - Advogado da União) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, as</p><p>quais têm, regra geral, a função de regular e fiscalizar os assuntos relativos às suas respectivas áreas de</p><p>atuação. Não se confundem os conceitos de agência reguladora e de agência executiva, caracterizando-se</p><p>esta última como a autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com o órgão da administração</p><p>direta a que se acha hierarquicamente subordinada, para melhoria da eficiência e redução de custos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(ESAF - DNIT - Técnico Administrativo) A respeito das agências reguladoras e das agências</p><p>executivas, analise as assertivas abaixo, classificando-as como Verdadeiras (V) ou Falsas (F).</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>41</p><p>Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.</p><p>( ) A agência executiva é uma nova espécie de entidade integrante da Administração Pública Indireta.</p><p>( ) O grau de autonomia da agência reguladora depende dos instrumentos específicos que a</p><p>respectiva lei instituidora estabeleça.</p><p>( ) Ao contrário das agências reguladoras, as agências executivas não têm área específica de</p><p>atuação.</p><p>( ) As agências executivas podem ser autarquias ou fundações públicas.</p><p>a) V, F, V, V</p><p>b) F, V, V, V</p><p>c) F, F, V, V</p><p>d) V, V, V, F</p><p>e) F, F, F, V</p><p>Gabarito: B</p><p>Administração Indireta - Consórcios públicos</p><p>(videoaula 14)</p><p>Vamos começar nossa aula com um exemplo de consórcio público, voltado para o atendimento</p><p>público na área da saúde, conforme texto de notícia abaixo:</p><p>"O Hospital Municipal de Teixeira de Freitas entrará para o rol de serviços do Consórcio Público</p><p>Interfederativo de Saúde do extremo sul da Bahia, formado por treze municípios da região. O consórcio é</p><p>formado pelos municípios de Teixeira de Freitas, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu, Lajedão,</p><p>Vereda, Prado e Nova Viçosa, Alcobaça, Medeiros Neto e Mucuri.</p><p>Com a decisão, os custos da unidade hospitalar, que giram em torno de R$3,6 milhões por mês, serão</p><p>rateados entre os entes consorciados, proporcionalmente à população, dando maior fôlego ao financiamento</p><p>do hospital.</p><p>O prefeito de Teixeira de Freitas, João Bosco Bittencourt, avalia a iniciativa como um avanço na saúde</p><p>pública, principalmente na área hospitalar. “Da forma que faremos, nenhum município ficará sobrecarregado</p><p>e conseguiremos suprir o déficit do hospital. Acredito que essa iniciativa irá melhorar a gestão da saúde em</p><p>todos os níveis”, afirmou o prefeito.</p><p>Com o modelo dos Consórcios de Saúde, a meta é construir policlínicas, com até 13 especialidades</p><p>e 32 serviços e equipamentos – tomógrafos, ressonância magnética, rastreamento de câncer de mama, entre</p><p>outros exames.</p><p>O objetivo é que as pessoas não precisem mais se deslocar para a capital a fim de fazer exames,</p><p>mas que eles sejam realizados nas diversas regiões do estado.</p><p>No modelo proposto pela Sesab (Secretaria da Saúde do Estado da Bahia), os consórcios envolvem</p><p>os municípios, que terão a participação do Estado, passando a ficar responsáveis pela gestão regionalizada</p><p>de serviços, como unidades de pronto atendimento, laboratórios regionais, e, eventualmente, o Serviço de</p><p>Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e hospitais municipais.</p><p>“Os consórcios permitirão uma gestão mais moderna e inovadora do sistema de saúde para que o</p><p>paciente possa permanecer na sua região tendo atendimento, completo e integrado, com elevado grau de</p><p>resolutividade”, diz</p><p>o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas "</p><p>(fonte: site da Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia)</p><p>Como podemos perceber do texto acima, treze municípios e o estado da Bahia uniram-se para,</p><p>através de um consórcio público, prestar serviço de saúde de uma forma mais eficaz a toda a população</p><p>daquela região. Visto esse exemplo concreto, podemos iniciar nosso estudo sobre consórcios públicos, que</p><p>podem ser criados para prestar não somente serviços de saúde, mas também diversos serviços de interesse</p><p>público, como por exemplo: gerir o tratamento de lixo, saneamento básico da região, abastecimento e</p><p>alimentação ou ainda execução de projetos urbanos.</p><p>A Constituição Federal (art. 241) prevê a criação de consórcios públicos. Sendo que a Lei 11.107/05</p><p>dispõe sobre suas regras e o Decreto 6.017/2007 regulamente essa Lei e traz diversos conceitos a respeito</p><p>do assunto.</p><p>Vamos analisar o art. 241 da CF:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>42</p><p>Art. 241. "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os</p><p>consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada</p><p>de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens</p><p>essenciais à continuidade dos serviços transferidos."</p><p>Verifica-se que os consórcios públicos são celebrados por entes federados (da mesma espécie ou</p><p>não). Por exemplo, o consórcio público pode ser celebrado por diversos Municípios; ou por Estado e alguns</p><p>de seus Municípios (como no exemplo do hospital, acima).</p><p>Entretanto, conforme art 1º, § 2º, da Lei 11.107/2005: "a União somente participará de consórcios</p><p>públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios</p><p>consorciados."</p><p>Além disso, não pode haver celebração de consórcio público entre um Estado e Município de outro</p><p>Estado. Mas, podem ser celebrado consórcios públicos entre o Distrito Federal e Municípios.</p><p>E conforme a CF, o objetivo dos consórcios públicos é promover a gestão associada de serviços</p><p>públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à</p><p>continuidade dos serviços transferidos.</p><p>Conceito:</p><p>Conforme inciso I, artigo 2º do Decreto 6.017/2007:</p><p>Consórcio público é pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei</p><p>no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos</p><p>de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e</p><p>natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos (...).</p><p>Do conceito acima, podemos extrair que o consórcio público é uma pessoa jurídica que pode ser de</p><p>direito público ou privado.</p><p>Se o consórcio público for:</p><p>a) pessoa jurídica de direito público - deverá ser constituído com Associação Pública e terá</p><p>natureza de autarquia. Assim, as regras que aplicamos às autarquias serão, também, aplicadas a esse</p><p>consórcio público.</p><p>Sendo que, o consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração</p><p>indireta de todos os entes da Federação consorciados. (Lei 11.107, art. 6º, §1º). Dessa forma, a doutrina</p><p>classifica esse consórcio público com personalidade jurídica de direito público como sendo autarquia</p><p>interfederativa ou multifederada (ou, ainda, multifederativa).</p><p>b) pessoa jurídica de direito privado - não poderá ter fins econômicos. Sendo assim, sua finalidade</p><p>não será lucrativa.</p><p>No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público deverá atender</p><p>os requisitos da legislação civil e, também, deverá observará as normas de direito público no que concerne à</p><p>realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido</p><p>pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. (Lei 11.107, art. 6º, inc II e §1º).</p><p>Esse consórcio público (de direito privado) adquire personalidade jurídica com a inscrição dos atos</p><p>constitutivos no registro público competente (registro civil das pessoas jurídicas). Deve assumir a forma de</p><p>Associação Civil.</p><p>A lei nada diz se os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito privado integram a</p><p>administração pública. Não há um posicionamento pacificado se esses consórcios públicos (de direito privado)</p><p>integram ou não a administração indireta.</p><p>O fato de o consórcio público for pessoa jurídica de direito público ou privado vai depender da opção</p><p>daquele que o criou.</p><p>A Lei nº 11.107/05 prevê o procedimento para a criação de um consórcio público, conforme veremos</p><p>a seguir.</p><p>- Protocolo de intenções - Este é o primeiro passo, pois trata-se de um contrato preliminar que,</p><p>ratificado (aprovado por lei) pelos entes da Federação interessados, converte-se em contrato de consórcio</p><p>público. (Art. 2º, inc II, do Decreto 6017/2007).</p><p>- Ratificação - aprovação pelo ente da Federação, mediante lei, do protocolo de intenções ou do ato</p><p>de retirada do consórcio público. (Art. 2º, inc IV, do Decreto 6017/2007). Ratificado o protocolo, estará</p><p>celebrado o contrato de constituição do consórcio público.</p><p>Reserva: Desde que os demais entes aceitem, a ratificação pode ser realizada com reserva. Por</p><p>vezes, o ente pode participar apenas parcialmente do consórcio público ou de forma condicionada, daí a</p><p>utilização da ratificação com reserva.</p><p>Sendo assim, a reserva é o ato pelo qual ente da Federação não ratifica, ou condiciona a ratificação,</p><p>de determinado dispositivo de protocolo de intenções. (Art. 2º, inc V, do Decreto 6017/2007).</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>43</p><p>Na gestão dos consórcios públicos está previsto o contrato de rateio e o contrato de programa.</p><p>- contrato de rateio: contrato por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a fornecer</p><p>recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio público (Art. 2º, inc VII, do Decreto</p><p>6017/2007).</p><p>- contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações</p><p>que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da Federação,</p><p>ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação</p><p>federativa (Art. 2º, inc XVI, do Decreto 6017/2007).</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR</p><p>A depender da complexidade e da exigência do edital e da banca do concurso público, é importante</p><p>o estudo integral da Lei 11.107/05. Entretanto, destacamos, abaixo, alguns trechos importantes:</p><p>- Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que</p><p>regulam o Sistema Único de Saúde – SUS. (art. 1º, § 3º)</p><p>- Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços</p><p>públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma</p><p>específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada</p><p>a legislação de normas gerais em vigor. (art. 2º, § 3º).</p><p>- A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito</p><p>financeiro aplicáveis às entidades públicas. (art. 9º)</p><p>- O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de</p><p>Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio,</p><p>inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de</p><p>receitas, sem prejuízo do controle</p><p>externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio. (art.</p><p>9º, parágrafo único)</p><p>- O consórcio público poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da</p><p>Federação consorciados, dispensada a licitação. (art, 2º, § 1º, III).</p><p>- O representante legal do consórcio público deverá ser obrigatoriamente eleito dentre os Chefes do</p><p>Poder Executivo dos entes da Federação consorciados. (art. 4º, VIII).</p><p>- No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento dos consórcios públicos serão</p><p>disciplinados pela legislação que rege as associações civis. (art. 15).</p><p>Questões</p><p>(CESPE - STJ - Analista Judiciário) Os consórcios públicos, quando assumem personalidade jurídica de</p><p>direito público, constituem-se como associações públicas, passando, assim, a integrar a administração</p><p>indireta dos entes federativos consorciados.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TJ-RR - Agente de Proteção) Consórcio formado por municípios para preservar rio que abastece</p><p>a população da região constitui exemplo de associação pública.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico) Existe a possibilidade de o consórcio público ser</p><p>instituído com personalidade jurídica de direito privado, hipótese em que possuirá natureza jurídica de</p><p>associação.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - AGU - Advogado da União) No caso de constituir associação pública, o consórcio público</p><p>adquirirá personalidade jurídica de direito público, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo</p><p>de intenções. Nesse caso, a associação pública integrará a administração indireta de todos os entes da</p><p>Federação consorciados. A União somente participará de consórcios públicos de que também façam parte</p><p>todos os estados em cujos territórios estejam situados os municípios consorciados.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TCE-CE - Auditor) A disciplina legal dos consórcios públicos, alicerçada na Lei no 11.107/2005,</p><p>estabelece a</p><p>a) aplicação do referido regime jurídico, em caráter subsidiário, aos consórcios de empresas privadas que</p><p>participam de licitações públicas.</p><p>b) obrigatoriedade de lei autorizando o contrato de consórcio, a qual poderá ser dispensada quando</p><p>existente prévio protocolo de intenções.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>44</p><p>c) possibilidade de contratação direta do consórcio, com dispensa de licitação, por entidades da</p><p>Administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados.</p><p>d) obrigatoriedade de participação do Estado membro, como ente consorciado, quando participem do</p><p>consórcio público três municípios ou mais.</p><p>e) obrigatoriedade de participação da União, como interveniente, quando participem do consórcio mais de</p><p>um Estado membro.</p><p>Parte inferior do formulário</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>45</p><p>Entidades Paraestatais - Terceiro Setor</p><p>(videoaula 15)</p><p>Você certamente já ouviu falar de SESC, SENAC, SESI, SENAI, que são exemplos de entidades</p><p>paraestatais.</p><p>De modo que nesta aula, vamos estudar as entidades pararestatais ou, também chamadas de,</p><p>terceiro setor. Importante destacar que essas entidades paraestatais não integram a administração direta e</p><p>nem a administração indireta.</p><p>São consideradas entidades paraestatais, pois estão ao lado do Estado, paralelamente ao Estado,</p><p>mas, não o pertence.</p><p>Tanto é que também são chamadas de Terceiro Setor. Isso porque: o 1º setor corresponde ao próprio</p><p>Estado (e nele incluem a administração direta e indireta); o 2º setor é o mercado (as empresas privadas) e o</p><p>3º setor é aquele composto por entidades privadas da sociedade civil da iniciativa privada, que prestam</p><p>atividade de interesse social (mas não exclusivas de Estado), sem fins lucrativos e que recebem fomento</p><p>(incentivo, auxílio) do poder público.</p><p>Dessa forma destacamos os pontos comuns das entidades paraestatais (3º setor):</p><p>- Não possuem fins lucrativos</p><p>- Não fazem parte da Administração Pública</p><p>- São entidades privadas - Pessoa jurídica de direito privado. De modo que seu regime jurídico é</p><p>predominantemente privado, porém parcialmente derrogado por regras do direito público. Assim, utiliza-se</p><p>predominantemente regras de direito privado, porém, algumas regras de direito público também são</p><p>utilizadas.</p><p>- Recebem fomento (incentivo) do Estado que pode ser, por exemplo, em forma de ajuda financeira.</p><p>- Por haver recebimento de fomento do poder público, algumas regras de direito público lhe são</p><p>aplicadas. Dessa forma, as entidades paraestatais sujeitam-se ao controle pela Administração Pública e</p><p>Tribunal de Contas.</p><p>Entre as entidades paraestatais (e que vamos estudar), podemos dividir em:</p><p>- Serviços Sociais Autônomos (sistema "S")</p><p>- Organizações Sociais (OS)</p><p>- Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)</p><p>- Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES)</p><p>- Entidades de Apoio.</p><p>Cada uma dessas será estudada nas aulas a seguir.</p><p>(CESPE - FUB - Administrador) Integram a administração federal indireta, entre outras entidades,</p><p>os serviços sociais autônomos e as organizações sociais.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CETRO - AMAZUL - Analista Advogado) Com relação ao terceiro setor, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) Refere-se a instituições não estatais sem fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse</p><p>público.</p><p>b) Trata-se de instituições estatais com fins lucrativos.</p><p>c) Diz respeito a instituições não estatais com fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse</p><p>público.</p><p>d) Caracteriza-se por representar instituições estatais e não estatais, com ou sem fins lucrativos, que</p><p>visam ao desenvolvimento, tão somente, de atividades de interesse público.</p><p>e) Refere-se a instituições não estatais sem fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse</p><p>público e privado.</p><p>Gabarito: a</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>46</p><p>Entidades Paraestatais - Serviços Sociais Autônomos</p><p>(Sistema S)</p><p>(videoaula 16)</p><p>Vamos dar início ao estudo das espécies de entidades paraestatais, com o estudo dos Serviços</p><p>Sociais Autônomos (Sistema "S"). São chamados de sistema "S", pois encontramos como maiores exemplos:</p><p>SESC (Serviço Social do Comércio); SESI (Serviço Social da Indúrstria); SENAC (Serviço Nacional de</p><p>Aprendizagem Comercial); SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); SEBRAE (Serviço</p><p>Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas); SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural);</p><p>SEST (Serviço Social do Transporte); SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte).</p><p>Lembrando que o sistema "S" segue todas as características das entidades paraestatais abordadas</p><p>na referida aula (aula anterior), como por exemplo: são pessoas jurídicas de direito privado e não tem fins</p><p>lucrativos.</p><p>Criação</p><p>São criadas por entidades privadas representativas de categorias econômicas, com por exemplo:</p><p>No caso do SESC e SENAC, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e</p><p>Turismo) é responsável pela organização e administração nacional.</p><p>A CNC é integrada por Federações Patronais que, por sua vez, são integradas por Sindicatos</p><p>Patronais (ex.: Sindicatos de Supermercados, Sindicatos Atacadistas, Sindicatos do Comércio Varejista).</p><p>E, no caso do SENAI e SESI, estes são administrados pela Confederação Nacional da Indústria.</p><p>Sua criação é prevista em lei, apesar de não integrar a administração. Sendo que, sua personalidade</p><p>jurídica (de direito privado) ocorre quando, por exemplo, a Confederação que o criou,</p><p>inscreve os respectivos</p><p>atos constitutivos no registro civil das pessoas jurídicas.</p><p>Objeto</p><p>Seu objeto é atividade social na prestação de um serviço de utilidade pública em benefício de</p><p>determinado grupo social ou profissional.</p><p>Financiamento</p><p>Seu financiamento e manutenção são feitos por contribuições sociais (parafiscais) de natureza</p><p>tributária e dotações orçamentárias do poder público.</p><p>Controle</p><p>Estão sujeitos ao controle pelo Tribunal de Contas da União (TCU).</p><p>Licitação? Não se submetem à licitação. Porém, estão sujeitos aos seus regulamentos próprios</p><p>devidamente publicados, consubstanciados nos princípios gerais do processo licitatório, a fim de assegurar</p><p>objetividade e impessoalidade.</p><p>Concurso Público? Não estão sujeitos a contratar seu pessoal por meio de concurso público.</p><p>Entretanto, devem "manter um padrão de objetividade e eficiência na contratação e nos gastos com seu</p><p>pessoal", conforme entendimento do STF.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - PC-TO - Delegado de Polícia) Embora não integrem a administração indireta, os chamados</p><p>serviços sociais autônomos prestam relevantes serviços à sociedade brasileira. Entre eles podem ser</p><p>citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TCE-ES - Auditor de Controle Externo) Os serviços sociais autônomos, entes paraestatais, sem</p><p>fim lucrativo, que prestam atividade privada de interesse público, compõem a administração indireta.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - PC-DF - Agente de Polícia) Membros da direção de entidades privadas que prestem serviços</p><p>sociais autônomos, a exemplo do Serviço Social da Indústria (SESI), estão sujeitos a prestar contas ao</p><p>Tribunal de Contas da União (TCU), haja vista receberem recursos públicos provenientes de contribuições</p><p>parafiscais.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>47</p><p>(FGV - Prefeitura de Cuiabá - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal) Edinaldo e Pedro,</p><p>estudantes de direito, travaram intenso debate a respeito da sujeição, ou não, dos serviços sociais</p><p>autônomos à exigência constitucional de que a investidura em cargo ou emprego público dependa de</p><p>aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.</p><p>À luz da sistemática constitucional e da interpretação que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo</p><p>Tribunal Federal, é correto afirmar que os serviços sociais autônomos,</p><p>a) por integrarem a Administração Pública direta, devem observar a referida exigência constitucional.</p><p>b) na medida em que não integram a Administração Pública, não devem observar a referida exigência</p><p>constitucional</p><p>c) por integrarem a Administração Pública indireta, devem observar a referida exigência constitucional.</p><p>d) somente estarão sujeitos à referida exigência constitucional quando receberem contribuições parafiscais.</p><p>e) por serem entes paraestatais, devem observar a referida exigência constitucional.</p><p>Gabarito: B</p><p>Entidades Paraestatais - Organizações Sociais (OS)</p><p>(Videoaula 17)</p><p>Da mesma forma que a orientação da aula anterior (Serviços Sociais Autônomos), as Organizações</p><p>Sociais (OS) seguem todas as características das entidades paraestatais abordadas na referida aula, como</p><p>por exemplo: são pessoas jurídicas de direito privado e não tem fins lucrativos.</p><p>Exemplos de organizações sociais: Instituto de Desenvolvimento</p><p>Sustentável Mamirauá (fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e</p><p>Inovação), Projeto Guri (contrato de gestão com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo).</p><p>A Lei nº 9.637/98 regulamenta as Organizações Sociais.</p><p>Conforme se verifica no art. 20 da Lei 9.637/98, as Organizações Sociais foram idealizadas para</p><p>assegurar a absorção (substituição) de atividades (não exclusivas do Estado) desenvolvidas por entidades</p><p>ou órgãos públicos. Assim, algumas atividades desenvolvidas pelo Estado de natureza social, são passadas</p><p>às Organizações Sociais para o desempenho desses serviços públicos (forma-se uma parceria para execução</p><p>de atividades de interesse público).</p><p>Quem pode se qualificar como Organizações Sociais.</p><p>Conforme o art. 1º, da Lei nº 9.637/98: O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais</p><p>pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas:</p><p>- ao ensino,</p><p>- à pesquisa científica,</p><p>- ao desenvolvimento tecnológico,</p><p>- à proteção e preservação do meio ambiente,</p><p>- à cultura e</p><p>- à saúde.</p><p>Criação</p><p>A criação de uma Organização Social (OS) segue os seguintes passos:</p><p>1- Primeiramente, é criada uma associação ou fundação privadas (neste ponto, ainda não é</p><p>considerada OS);</p><p>2- a associação ou fundação habilita-se perante o poder público para receber a qualificação;</p><p>3 - recebe a qualificação - é um título jurídico, o qual o poder público pode conceder ou cancelar</p><p>(discricionariedade);</p><p>4 - celebra um contrato de gestão com a administração pública.</p><p>Contrato de Gestão</p><p>O contrato de gestão é o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como</p><p>organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades.</p><p>O contrato de gestão discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e</p><p>da organização social.</p><p>As OS são as únicas entidades privadas que celebram contrato de gestão com a administração</p><p>pública.</p><p>Fomento</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>48</p><p>As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas como entidades de interesse</p><p>social e utilidade pública.</p><p>Às organizações sociais poderão ser destinados:</p><p>- recursos orçamentários (dinheiro público);</p><p>- bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão (dispensada a licitação);</p><p>- cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem.</p><p>Licitação</p><p>Quando a OS é entidade contratante, e o contrato, relativo a obras, compras, seviços e alienações,</p><p>envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União, deverão ser contratados mediante processo de</p><p>licitação pública, conforme Decreto 5.504/2005, art. 1º e §§ 1º e 5º.</p><p>Entretanto, para a organização social contratar bens e serviços</p><p>com os seus recursos próprios não é necessário licitar, mas sim</p><p>adotar o regulamento próprio mencionado no art. 17 da Lei n.</p><p>9.637/98.</p><p>Já, no caso de celebração de contratos de prestação de serviços da administração pública com as</p><p>organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades</p><p>contempladas no contrato de gestão, a licitação é dispensável, conforme inciso XXIV, do art. 24, da Lei</p><p>8.666/93. Essa modalidade de dispensa não está prevista para as OSCIP.</p><p>Concurso Público? Não estão sujeitos a contratar seu pessoal por meio de concurso público. Porém,</p><p>a seleção de pessoal deve ser conduzida de forma pública, objetiva e impessoal.</p><p>Fiscalização</p><p>A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ou</p><p>entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada.(art. 8º, da Lei 9.637/98).</p><p>Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão, ao tomarem conhecimento de</p><p>qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública por organização</p><p>social, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.(art. 9º, da</p><p>Lei 9.637/98).</p><p>Desqualificação</p><p>O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como organização social, quando</p><p>constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão.(art. 16, da Lei 9.637/98).</p><p>A desqualificação importará reversão dos bens permitidos</p><p>e dos valores entregues à utilização da</p><p>organização social, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.</p><p>Os Estados e os Municípios também poderão qualificar entidades como organizações sociais,</p><p>conforme suas leis próprias, por se tratar de matéria de prestação de serviço público, em que a competência</p><p>é de cada entidade estatal.</p><p>Questões</p><p>(FCC - TCE-AL - Procurador) Organizações sociais, à luz da legislação federal, é qualificação atribuível a</p><p>a) pessoa jurídica de direito privado criada especificamente com esta finalidade, para a qual não podem ser</p><p>transferidos recursos públicos.</p><p>b) associação civil sem fins lucrativos ou fundação, formalizando-se o vínculo com o Poder Público por meio</p><p>da celebração de contrato de gestão.</p><p>c) sociedades de economia mista, em razão de sua natureza jurídica de direito privado.</p><p>d) sociedades de economia mista ou empresas públicas, formalizando-se o vínculo com Poder Público por</p><p>meio da celebração de contrato de gestão.</p><p>e) modalidade societária especificamente criada para a prestação de serviço público, formalizando-se o</p><p>vínculo com o Poder Público por meio da celebração de contrato de gestão.</p><p>Gabarito: B</p><p>(CESPE - MPE-SC - Promotor de Justiça) De acordo com a Lei n. 9.637/98 (Organizações Sociais), o</p><p>Poder Executivo, observados os requisitos legais, poderá qualificar como organizações sociais pessoas</p><p>jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa</p><p>científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à</p><p>saúde. E é por meio de contrato de gestão que o Poder Público e a entidade qualificada como</p><p>organização social formam parcerias para fomento e execução de atividades relativas às áreas</p><p>suprarelacionadas.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>49</p><p>(VUNESP - Prefeitura de São Paulo - Analista Fiscal de Serviços) Assinale a alternativa que</p><p>contempla duas áreas em que a Administração Pública pode firmar um contrato de gestão com uma</p><p>organização social.</p><p>a) Cultura e saúde.</p><p>b) Preservação do meio ambiente e administração da justiça.</p><p>c) Administração e gerenciamento de rodovias e pesquisa científica.</p><p>d) Ensino universitário e administração de obras públicas.</p><p>e) Desenvolvimento tecnológico e segurança pública.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE – TCE-RN - InspetorA qualificação de uma entidade como organização social resulta de critério</p><p>discricionário do ministério competente para supervisionar ou regular a área de atividade correspondente ao</p><p>objeto social.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>50</p><p>Entidades Paraestatais - Organizações da Sociedade</p><p>Civil de Interesse Público (OSCIP)</p><p>(videoaula 18)</p><p>Vamos estudar as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que, da mesma</p><p>forma que as Organizações Sociais (OS), têm todas as características já estudadas na aulas "entidades</p><p>paraestatais".</p><p>A princípio, o aluno pode até confundir as OSCIP com as OS. Porém, vamos estudar suas diferenças</p><p>e peculiaridades que são cobradas em provas de concursos públicos.</p><p>Como exemplo de OSCIP podemos citar: AMAR (Amparo às Mães de Alto Risco); APAS (Associação</p><p>de Promoção e Assistência Social); ABAC (Associação Brasileira de Apoio ao Crédito); ABRAES (Associação</p><p>Brasileira de Educação Social); ABTS (Associação Brasileira para o Terceiro Setor); AAAV (Associação</p><p>Amigos da Amazônia).</p><p>São reguladas pela Lei 9.790/99, regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.100/99.</p><p>Quem pode se qualificar como OSCIP:</p><p>- pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos;</p><p>- que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três)</p><p>anos;</p><p>- os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias devem atender aos requisitos da Lei 9.790/99.</p><p>A legislação define como sendo "sem fins lucrativos", conforme § 1º, do art. 1º, da Lei 9.790/99: " Para</p><p>os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui,</p><p>entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes</p><p>operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio,</p><p>auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo</p><p>objeto social."</p><p>As OSCIP deverão atuar em uma das seguintes áreas (art. 3º, da Lei 9.790/99):</p><p>I - promoção da assistência social;</p><p>II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;</p><p>III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das</p><p>organizações de que trata esta Lei;</p><p>IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das</p><p>organizações de que trata esta Lei;</p><p>V - promoção da segurança alimentar e nutricional;</p><p>VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento</p><p>sustentável;</p><p>VII - promoção do voluntariado;</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>51</p><p>VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;</p><p>IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de</p><p>produção, comércio, emprego e crédito;</p><p>X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de</p><p>interesse suplementar;</p><p>XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores</p><p>universais;</p><p>XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de</p><p>informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste</p><p>artigo.</p><p>XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de</p><p>tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte.</p><p>Já o art. 2º da referida Lei exclui expressamente aqueles que não poderão ser qualificadas como</p><p>OSCIP, conforme a seguir:</p><p>Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público,</p><p>ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei:</p><p>I - as sociedades comerciais;</p><p>II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;</p><p>III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões</p><p>devocionais e confessionais;</p><p>IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;</p><p>V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito</p><p>de associados ou sócios;</p><p>VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;</p><p>VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;</p><p>VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;</p><p>IX - as organizações sociais;</p><p>X - as cooperativas;</p><p>XI - as fundações públicas;</p><p>XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou</p><p>por fundações públicas;</p><p>XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro</p><p>nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.</p><p>Criação</p><p>A criação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) segue os seguintes</p><p>passos:</p><p>1- A pessoa jurídica</p><p>Sociais Autônomos (Sistema S) .............................................. 46</p><p>Entidades Paraestatais - Organizações Sociais (OS) .................................................................... 47</p><p>Entidades Paraestatais - Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) .......... 50</p><p>Entidades Paraestatais - Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES) ....................... 54</p><p>Entidades Paraestatais - Entidades de apoio ................................................................................. 55</p><p>Princípios (parte 1) .............................................................................................................................. 57</p><p>Princípios (parte 2) .......................................................................................................................... 59</p><p>Princípios (parte 3) .......................................................................................................................... 61</p><p>Princípio da Eficiência ..................................................................................................................... 64</p><p>Princípios (parte 4) .......................................................................................................................... 65</p><p>Princípio da Autotutela .................................................................................................................... 66</p><p>Princípios (parte 5) .......................................................................................................................... 68</p><p>Poderes Administrativos ..................................................................................................................... 73</p><p>O Uso e Abuso do Poder ................................................................................................................ 73</p><p>Poder Vinculado e Poder Discricionário ......................................................................................... 76</p><p>Poder Hierárquico ........................................................................................................................... 78</p><p>Poder Disciplinar ............................................................................................................................. 80</p><p>Poder Regulamentar ....................................................................................................................... 81</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>6</p><p>Poder de Polícia (parte 1) ............................................................................................................... 83</p><p>Poder de Polícia (parte 2) - Atributos .............................................................................................. 86</p><p>Poder de Polícia (parte 3) - Ciclo de Polícia ................................................................................... 87</p><p>Poder de Polícia (parte 4) – Originário e Delegado ........................................................................ 91</p><p>Deveres Administrativos ................................................................................................................. 93</p><p>Atos Administrativos ........................................................................................................................... 95</p><p>Conceito .......................................................................................................................................... 95</p><p>Atos da Administração e Fatos Administrativos (parte 1) .............................................................. 96</p><p>Atos Administrativos – O Silêncio - Fatos Administrativos (parte 2) ............................................... 97</p><p>Requisitos - introdução e competência ........................................................................................... 99</p><p>Atos Administrativos - Requisitos - Competência (parte 2) .......................................................... 100</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Finalidade ............................................................................. 101</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Forma ................................................................................... 102</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Objeto ................................................................................... 103</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Motivo ................................................................................... 104</p><p>Motivação e Teoria dos Motivos Determinantes ........................................................................... 105</p><p>Mérito do Ato Administrativo ......................................................................................................... 107</p><p>Atos Administrativos - Atributos - Introdução ................................................................................ 108</p><p>Atos Administrativos - Atributos - Presunção de Legitimidade ..................................................... 109</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Imperatividade ........................................................................ 110</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Autoexecutoriedade ................................................................ 111</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Tipicidade ................................................................................ 113</p><p>Atos Administrativos - Classificações - gerais, individuais, internos e externos. ......................... 114</p><p>Atos Administrativos - Classificações - Simples, complexo, composto, império, gestão, expediente.</p><p>................................................................................................................................................................... 114</p><p>Classificações - regra, condição, subjetivo, constitutivo, extintivo, modificativo, declaratório. .... 116</p><p>Classificações (parte 4) - válido , nulo, anulável, inexistente. ...................................................... 118</p><p>Classificações (parte 5) – perfeito, eficaz, pendente e consumado. ............................................ 119</p><p>Atos Administrativos – Validade, Eficácia e Perfeição.................................................................. 120</p><p>Atos Administrativos – Vinculação e Discricionariedade (parte 1) ............................................... 121</p><p>Vinculação e Discricionariedade (parte 2) .................................................................................... 123</p><p>Espécies de Atos Administrativos – Introdução e Atos Normativos ............................................. 124</p><p>Atos Ordinatórios........................................................................................................................... 126</p><p>Atos Negociais (parte 1) ................................................................................................................ 127</p><p>Atos Negociais (parte 2) ................................................................................................................ 129</p><p>Atos Enunciativos .......................................................................................................................... 130</p><p>Atos Punitivos ................................................................................................................................ 132</p><p>Extinção (Desfazimento) – Anulação, Revogação e Cassação. ................................................. 133</p><p>Extinção (Desfazimento) – Caducidade, Contraposição e Extinção Natural, Subjetiva e Objetiva.</p><p>................................................................................................................................................................... 135</p><p>Convalidação (Saneamento, Ratificação). .................................................................................... 136</p><p>Convalidação: Conversão,</p><p>(de direito privado) sem fins lucrativos deve estar constituída e se encontrar em</p><p>funcionamento regular há, no mínimo, 3 anos;</p><p>2- o requerimento para qualificação como OSCIP deverá ser formalizado perante o Ministério da</p><p>Justiça;</p><p>3- conforme art. 3º do Decreto 3100/99, o Ministério da Justiça, após o recebimento do requerimento,</p><p>terá o prazo de trinta dias para deferir ou não o pedido de qualificação, ato que será publicado no Diário</p><p>Oficial da União no prazo máximo de quinze dias da decisão (é um ato vinculado);</p><p>4- é celebrado termo de parceria com a administração pública.</p><p>Termo de Parceria</p><p>Art. 9o , da Lei 9790/99 - Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento</p><p>passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade</p><p>Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e</p><p>a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3o desta Lei.</p><p>Fomento</p><p>- Há previsão de destinação de recursos orçamentários (dinheiro público);</p><p>- Não há previsão de cessão de servidores ou de bens públicos.</p><p>Licitação</p><p>Da mesma forma que uma OS, quando a OSCIP é entidade contratante, e o contrato, relativo a obras,</p><p>compras, serviços e alienações, envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União, deverão ser</p><p>contratados mediante processo de licitação pública, conforme Decreto 5.504/2005, art. 1º e §§ 1º e 5º.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>52</p><p>Estão obrigadas a contratar através de licitação na modalidade pregão (com recursos transferidos</p><p>pela União), inclusive, as organizações sociais e as entidades qualificadas como organizações da sociedade</p><p>civil de interesse público.</p><p>Concurso Público? Não estão sujeitos a contratar seu pessoal por meio de concurso público.</p><p>Fiscalização - Conforme a Lei 9790/99:</p><p>"Art. 11. A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e fiscalizada por órgão do</p><p>Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas</p><p>Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo."</p><p>Art. 12. Os responsáveis pela fiscalização do Termo de Parceria, ao tomarem conhecimento de</p><p>qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública pela organização</p><p>parceira, darão imediata ciência ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministério Público, sob pena de</p><p>responsabilidade solidária.</p><p>Art. 13. Sem prejuízo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei, havendo indícios fundados de</p><p>malversação de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao</p><p>Ministério Público, à Advocacia-Geral da União, para que requeiram ao juízo competente a decretação da</p><p>indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente</p><p>público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público, além de</p><p>outras medidas (...)"</p><p>Desqualificação - Assim como a OS, a OSCIP pode perder a qualificação quando descumpridas as</p><p>disposições contidas no termo de parceria. Isso ocorrerá em processo administrativo, resguardando-se o</p><p>direito do interessado à ampla defesa. Observe o que preceitua os arts. 7º e 8º da Lei nº 9.790/99:</p><p>Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou</p><p>mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério</p><p>Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.</p><p>Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude,</p><p>qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial</p><p>ou administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.</p><p>Vedação - É vedada às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse</p><p>Público a participação em campanhas de interesse político-partidário ou eleitorais, sob quaisquer meios ou</p><p>formas (art. 16).</p><p>Quadro resumo das diferenças entre OS e OSCIP</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>53</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCE-RN - Auditor) A qualificação de OSCIP, a exemplo da entidade em questão, é</p><p>destinada a pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos, habilitando-as a receberem</p><p>delegação estatal para o desempenho de serviços sociais não exclusivos do Estado mediante</p><p>incentivo do poder público e fiscalização deste.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TC-DF - Analista) Compete ao Ministério da Justiça expedir certificado às entidades interessadas</p><p>em obter qualificação como organização da sociedade civil de interesse público.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - MPE-SE - Técnico) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) são</p><p>entidades:</p><p>a) criadas pelo Poder Público em parceria com entes particulares, visando à celebração de Contratos de</p><p>Gestão nas respectivas áreas de atuação, podendo integrar ou não as respectivas administrações indiretas.</p><p>b) qualificadas como tal por ato do Ministério da Justiça e que podem celebrar termos de parceria com</p><p>órgãos de qualquer ente da federação, para o exercício de atividades definidas na lei como de interesse</p><p>público.</p><p>c) integrantes da administração indireta da União, dos Estados ou dos Municípios e que podem exercer, por</p><p>ato de delegação, atividades de interesse público definidos na lei de sua instituição.</p><p>d) registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e cadastradas perante o Ministério da Justiça ou</p><p>órgão equivalente nos Estados e Municípios, para exercício das atividades de relevante interesse público</p><p>previstas nos seus estatutos.</p><p>e) autorizadas pelo Poder Executivo da União, dos Estados ou dos Municípios mas não integrante da</p><p>respectiva administração indireta, para exercício de atividades públicas sem sujeição ao regime jurídico da</p><p>Administração.</p><p>Gabarito: b</p><p>(FCC - TRT-AL - Analista) Quando celebram termo de parceria com a Administração Pública, as</p><p>Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), como entidades do terceiro setor,</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) passam a integrar a Administração Direta.</p><p>b) exercem atividade privada de interesse público.</p><p>c) transformam-se em empresas estatais.</p><p>d) exercem atividade de direito público.</p><p>e) não estão sujeitas a fiscalização por parte do Tribunal de Contas.</p><p>Gabarito: b</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>54</p><p>Entidades Paraestatais - Instituições Comunitárias de</p><p>Educação Superior (ICES)</p><p>(videoaula 19)</p><p>Diversas universidades e faculdades brasileiras ofertam serviços gratuitos à população, proporcionais</p><p>aos recursos obtidos do poder público.</p><p>São exemplos: PUC (Pontifícia Universidade Católica de: SP, RJ, MG, PR, RS e Campinas),</p><p>Universidade Católica de Pernambuco, UNISUL.(fonte: Associação Brasileira das Universidades</p><p>Comunitárias)</p><p>As Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES) estão previstas na Lei 12.881/2013.</p><p>Conceito (art. 1º, da Lei 12.881/13)</p><p>As Instituições Comunitárias de Educação Superior são organizações da sociedade civil brasileira</p><p>que possuem, cumulativamente, as seguintes características:</p><p>- estão constituídas na forma de associação ou fundação, com personalidade jurídica de direito</p><p>privado, inclusive as instituídas pelo poder público;</p><p>- patrimônio pertencente a entidades da sociedade civil e/ou poder público;</p><p>- sem fins lucrativos;</p><p>- transparência administrativa, nos termos da Lei 12.881/13;</p><p>- destinação do patrimônio, em caso de extinção, a uma instituição pública ou congênere.</p><p>Criação (art. 4º e 5º da Lei 12.881/13)</p><p>Cumpridos os requisitos da Lei 12.881/13, a instituição interessada em obter a qualificação de</p><p>Instituição Comunitária de Educação Superior deverá formular requerimento escrito ao Ministério da</p><p>Educação.</p><p>No caso de deferimento, o Ministério da Educação publicará a decisão no Diário Oficial da União, no</p><p>prazo de 15 (quinze) dias, e emitirá, no mesmo prazo, certificado de qualificação da requerente como</p><p>Instituição Comunitária de Educação Superior - ICES.</p><p>A outorga da qualificação de Instituição Comunitária de Educação Superior é ato vinculado ao</p><p>cumprimento dos requisitos instituídos pela Lei 12.881/13.</p><p>É celebrado termo de parceria.</p><p>Termo de parceria (art. 6º e 7º)</p><p>Termo de Parceria é o instrumento a ser firmado entre o poder público e as Instituições de Educação</p><p>Superior qualificadas como Comunitárias, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,</p><p>para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas nesta Lei.</p><p>O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o poder público e as Instituições Comunitárias</p><p>de Educação Superior discriminará direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias.</p><p>Prerrogativas (art. 2º)</p><p>As Instituições Comunitárias de Educação Superior contam com as seguintes prerrogativas:</p><p>- ter acesso aos editais de órgãos governamentais de fomento direcionados às instituições públicas;</p><p>- receber recursos orçamentários do poder público para o desenvolvimento de atividades de interesse</p><p>público;</p><p>- ser alternativa na oferta de serviços públicos nos casos em que não são proporcionados diretamente</p><p>por entidades públicas estatais;</p><p>- oferecer de forma conjunta com órgãos públicos estatais, mediante parceria, serviços de interesse</p><p>público, de modo a bem aproveitar recursos físicos e humanos existentes nas instituições comunitárias, evitar</p><p>a multiplicação de estruturas e assegurar o bom uso dos recursos públicos.</p><p>As Instituições Comunitárias de Educação Superior ofertarão serviços gratuitos à população,</p><p>proporcionais aos recursos obtidos do poder público, conforme previsto em instrumento específico.</p><p>Vedação</p><p>Art. 12. É vedado às Instituições Comunitárias de Educação Superior financiar campanhas político-</p><p>partidárias ou eleitorais.</p><p>Licitação</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>55</p><p>Não sujeito a licitação, mas o Art. 9o institui que a Instituição Comunitária de Educação Superior fará</p><p>publicar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado da assinatura do Termo de Parceria, regulamento</p><p>próprio contendo os procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como para</p><p>compras com emprego de recursos provenientes do poder público.</p><p>Questões</p><p>(Formulada pelo prof. Eduardo Tanaka) Uma universidade, para se habilitar como Instituições Comunitárias</p><p>de Educação Superior, deverá estar constituída na forma de associação ou fundação, com personalidade</p><p>jurídica de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(Formulada pelo prof. Eduardo Tanaka) A qualificação da requerente como Instituição Comunitária de</p><p>Educação Superior - ICES - deverá ser feita pelo Ministério da Justiça, sendo um ato discricionário.</p><p>Gabarito: E</p><p>Entidades Paraestatais - Entidades de apoio</p><p>(videoaula 20)</p><p>Entidades de apoio, segundo Di Pietro, são “pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,</p><p>instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação, associação ou</p><p>cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo</p><p>vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de</p><p>convênio”.</p><p>Exemplos de entidades de apoio: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP - ligada à</p><p>USP); FINATEC (ligada à UnB);</p><p>FUNDEP (ligada à UFMG); CERTI (ligada à UFSC); Fundação de</p><p>Desenvolvimento da UNICAMP.</p><p>-Podem ser instituídas sob a forma de fundação, associação ou cooperativa. -----Pessoas jurídicas</p><p>de direito privado, sem fins lucrativos.</p><p>-Instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio.</p><p>-Para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo</p><p>vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>56</p><p>O ente de apoio exerce a atividade que deveria ser exercida pela Administração, tendo a mesma</p><p>sede, o mesmo local de prestação de serviço, assumindo a gestão dos recursos públicos da entidade e o seu</p><p>quadro de pessoal que, em regra, é composto por servidores públicos.</p><p>Recebem recursos públicos e podem receber bens e servidores. Essas entidades recebem fomento</p><p>do Estado, quer por meio de dotações orçamentárias específicas, quer por meio de cessão provisória de</p><p>servidores públicos e também por permissão provisória de uso de bens públicos.</p><p>Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, essas entidades não se sujeitam a regime jurídico-administrativo,</p><p>uma vez que prestam atividade de natureza privada. Assim, seus contratos são de direito privado, celebrados</p><p>sem licitação e seus empregados são celetistas, contratados sem concurso público.</p><p>Não há uma lei geral para as entidades de apoio. Entretanto, a Lei 8.958/94 vem a regulamentar</p><p>apenas uma das espécies do gênero "entidades de apoio", que são fundações instituídas com a finalidade de</p><p>apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e</p><p>estímulo à inovação, de interesse das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e Instituições</p><p>Científicas e Tecnológicas (ICT).</p><p>Questão</p><p>(CESPE - TJ-RR - Analista Processual) As denominadas entidades de apoio não têm fins lucrativos e</p><p>são instituídas por iniciativa do poder público para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais</p><p>não exclusivos do Estado.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>57</p><p>Princípios (parte 1)</p><p>(videoaula 21)</p><p>Princípios, segundo José Cretela Júnior:</p><p>"Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas</p><p>as estruturações subseqüentes. São, portanto, os alicerces de uma ciência."</p><p>Segundo Marcelo Alexandrino, “os princípios são as idéias centrais de um sistema, estabelecendo</p><p>suas diretrizes e conferindo à lei um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada</p><p>compreensão de seu modo de organizar-se. Os princípios determinam o alcance e sentido das regras de um</p><p>determinado ordenamento jurídico”.</p><p>É com base no regime jurídico administrativo que o Estado goza de prerrogativas e privilégios em</p><p>face daqueles que se relacionam com a Administração Pública, caracterizando uma relação jurídica onde não</p><p>se fala, a princípio, em igualdade entre as partes.</p><p>O regime jurídico-administrativo é construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos</p><p>quais surgem os demais princípio, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello. Estes princípios são:</p><p>- Supremacia do interesse público sobre o particular.</p><p>- Indisponibilidade do interesse público pela Administração</p><p>Obs.: Não existe hierarquia entre os princípios da administração pública.</p><p>Interesse Público</p><p>Para iniciar,</p><p>antes de estudarmos esses dois princípios, perceba que o núcleo desses princípios é o</p><p>interesse público. Sobre ele, vamos traçar algumas considerações.</p><p>O art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal diz: " Todo o poder emana do povo, que o exerce</p><p>por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."</p><p>O interesse público é a vontade do povo, a vontade de quem detém o poder (que é o povo). Dessa</p><p>forma, a princípio, a vontade geral (o interesse público) deve se sobrepor aos interesses de um particular.</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello conceitua interesse público como "o interesse resultante do conjunto</p><p>dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm quando considerados em sua qualidade de membros da</p><p>Sociedade e pelo simples fato de o serem."</p><p>Mello, também classifica os interesses públicos em: primário e secundário.</p><p>Interesses públicos primários: são os interesses diretos do povo, os interesses gerais e imediatos.</p><p>Interesses secundários: são os interesses do Estado de caráter patrimoniais, em que ele busca</p><p>aumentar sua riqueza, ampliando receitas ou evitando gastos.</p><p>O interesse público secundário só é legítimo quando não é contrário ao interesse público</p><p>primário.(ver...)</p><p>- Supremacia do interesse público sobre o particular (privado).</p><p>O princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Interesse Particular (privado) - também</p><p>chamado de princípio da finalidade pública - evidencia a superioridade do interesse da coletividade, firmando</p><p>a prevalência dele sobre o do particular.</p><p>Faz prevalecer a vontade geral sobre a individual.</p><p>Graças a este princípio, é proporcionado uma ordem social estável, em que todos possam se sentir</p><p>seguros, garantidos.</p><p>Sendo assim, a administração pública pode constituir os privados em obrigações por meio de ato</p><p>unilateral daquela. Como é o caso de imposição de sanções, como a multa.</p><p>Este princípio está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento de sua</p><p>execução em concreto pela Administração Pública. Não é um princípio absoluto, pois garante-se a vontade</p><p>da coletividade, respeitando-se as leis e demais princípios.</p><p>Ex.: Na desapropriação o desapropriado deve submeter-se a ela. Porém, a Constituição Federal (art.</p><p>5º, inc XXIV) prevê: "a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade</p><p>pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, (...)".</p><p>Questões</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>58</p><p>(CESPE - PRF - Policial Rodoviário Federal) A administração não pode estabelecer, unilateralmente,</p><p>obrigações aos particulares, mas apenas aos seus servidores e aos concessionários, permissionários e</p><p>delegatários de serviços públicos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Judiciária) O princípio da supremacia do</p><p>interesse público é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito administrativo, não comportando, por</p><p>isso, limites ou relativizações.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TJ-RR - Analista – Processual) O princípio da supremacia do interesse público vincula a</p><p>administração pública no exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do legislador</p><p>quando este edita normas de direito público.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MPE-PI - Analista Ministerial) A supremacia do interesse público é o que legitima a atividade do</p><p>administrador público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja condizente com a lei, pode</p><p>ser considerado válido pelo princípio maior da supremacia do interesse público.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE-2011-STM-Analista Judiciário) Em situações em que</p><p>a administração participa da economia, na qualidade de Estado-empresário, explorando atividade</p><p>econômica em um mercado</p><p>concorrencial, manifesta-se a preponderância do princípio da</p><p>supremacia do interesse público.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FCC - TRT-SP - Analista Judiciário) O princípio da supremacia do interesse público informa a</p><p>atuação da Administração pública .</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o interesse público sempre pretere</p><p>o interesse privado, prescindindo da análise de outros princípios.</p><p>b) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão, pois não se presta a orientar</p><p>atividade interpretativa das normas jurídicas.</p><p>c) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não acudirem outros princípios</p><p>expressos.</p><p>d) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais princípios.</p><p>e) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o legislador na elaboração da lei,</p><p>devendo ser observado no momento da aplicação dos atos normativos.</p><p>Gabarito: E (2014)</p><p>Princípio da indisponibilidade do interesse público</p><p>Talvez você já tenha ouvido falar: "o Governo passa, o Estado fica".</p><p>Isso porque, a administração pública e muito menos seus servidores não dispõem, não são</p><p>proprietários da coisa pública (dos bens e interesses públicos).</p><p>Esse princípio está presente em toda atuação da administração pública. Desse princípio decorrem</p><p>importantes princípios como o da: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência. De modo que o</p><p>administrador deve agir gerindo a coisa pública conforme determinado em lei. Isto porque, a ele não pertence</p><p>a coisa pública, mas sim ao povo.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - MJ - Analista Técnico – Administrativo) As restrições impostas à atividade administrativa que</p><p>decorrem do fato de ser a administração pública mera gestora de bens e de interesses públicos derivam do</p><p>princípio da indisponibilidade do interesse público, que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área Administrativa) O regime jurídico-administrativo brasileiro está</p><p>fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia</p><p>do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>59</p><p>(CESPE - CESPE- MTE- Contador) A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade,</p><p>pela administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental) Segundo o princípio da</p><p>indisponibilidade, o agente público não dispõe livremente dos bens e do interesse público, devendo geri-los</p><p>da forma que melhor atenda à coletividade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Princípios (parte 2)</p><p>(videoaula 22)</p><p>Podemos classificar os princípios da administração pública como princípios explícitos e implícitos.</p><p>Princípios explícitos: Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello, o art. 37, caput, reportou de modo</p><p>expresso à Administração Pública (direta e indireta) apenas cinco princípios: da legalidade, da</p><p>impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.</p><p>Questão</p><p>(CESPE - TRE-GO- Técnico Judiciário - Área Administrativa) O princípio da eficiência está previsto no texto</p><p>constitucional de forma explícita.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>60</p><p>Princípios implícitos: Não estão expressos no art. 37, caput, da Constituição Federal. São</p><p>decorrentes de dispositivos esparsos na Constituição Federal, sendo descritos pela doutrina e jurisprudência.</p><p>São exemplos os princípios: da supremacia do interesse público, da indisponibilidade</p><p>do interesse</p><p>público, da razoabilidade, entre outros.</p><p>Questão</p><p>(CESPE - INPI - Analista de Planejamento - Direito) A supremacia do interesse público constitui um dos</p><p>princípios que regem a atividade da administração pública, expressamente previsto na Constituição Federal.</p><p>Gabarito: E</p><p>Vamos tratar agora dos princípios explícitos</p><p>CF, Art. 37. "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,</p><p>publicidade e eficiência (...)"</p><p>(dica: lembre-se da palavra - LIMPE)</p><p>Princípio da Legalidade</p><p>art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;</p><p>Em regra, pelo princípio da legalidade, o particular pode fazer tudo o que a lei não proíba.</p><p>Já, a administração pública deverá fazer apenas o que a lei determine (atuação vinculada) ou autorize</p><p>(atuação discricionária).</p><p>Segundo Mello, "o princípio da legalidade é o da completa submissão da Administração às leis. Esta</p><p>deve tão somente obedecê-las, compri-las, pô-las em prática."</p><p>A lei é a vontade do povo que é o detentor do poder. A vontade do povo deve ser cumprida. Percebe-</p><p>se que o princípio da legalidade decorre do princípio da supremacia do interesse público.</p><p>Di Pietro afirma que os princípios fundamentais do direito administrativo são o da legalidade e o da</p><p>supremacia do interesse público sobre o particular, haja vista a importância do princípio da legalidade.</p><p>Questões</p><p>(CESPE – 2014 - TRE-GO - Técnico Judiciário) Por força do princípio da legalidade, o administrador público</p><p>tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite</p><p>se não houver proibição legal.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE –FUB - Assistente em Administração) Na hierarquia dos princípios da administração pública, o</p><p>mais importante é o princípio da legalidade, o primeiro a ser citado na CF.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE-2011-TJ-ES-Analista Judiciário) O princípio da legalidade está relacionado ao fato de o gestor</p><p>público agir somente de acordo com a lei.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE –TC-DF – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) O princípio da supremacia do interesse</p><p>público sobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a</p><p>administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos</p><p>particulares em caso de conflito com os interesses de toda a coletividade.</p><p>Gabarito: E</p><p>Princípio da Impessoalidade</p><p>Segundo Mello: "Nele se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os</p><p>administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são</p><p>toleráveis. (...) O princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia".</p><p>Para Hely Lopes Meirelles, "o princípio da impessoalidade nada mais é que o clássico princípio da</p><p>finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>61</p><p>unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma</p><p>impessoal".</p><p>A finalidade será o atendimento, a satisfação do interesse público.</p><p>Outra vertente do princípio da impessoalidade é a vedação da promoção pessoal do administrador</p><p>público pelos serviços, obras e outras realizações efetuadas pela administração pública, conforma art. 37, 1º</p><p>da CF: "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter</p><p>caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens</p><p>que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos".</p><p>Questões</p><p>(CESPE- PC-ES-Perito Papiloscópico) O concurso público para ingresso em cargo ou emprego público é</p><p>um exemplo de aplicação do princípio da impessoalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - FUNASA - Todos os Cargos ) Se uma pessoa tomar posse em cargo público em razão de</p><p>aprovação em concurso público e, por ser filiado a um partido político, sofrer perseguição pessoal por parte</p><p>de seu superior hierárquico, poderá representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da</p><p>impessoalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TJ-RR - Administrador) O princípio da</p><p>impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, que impõe ao administrador público</p><p>que só pratique o ato para o seu fim legal.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - Caixa - Engenheiro) Considere a seguinte situação hipotética: Lei Municipal atribuiu a hospital</p><p>público o sobrenome do então Prefeito, como inclusive era conhecido na Municipalidade e quando</p><p>ainda exercia seu mandato, ou seja, a introdução da norma no ordenamento jurídico municipal operou-</p><p>se em plena vigência do mandato eletivo do citado Prefeito, que não obstante detivesse o poder de</p><p>veto, sancionou a lei. A situação narrada fere especificamente o seguinte princípio da Administração</p><p>Pública:</p><p>a) Autotutela.</p><p>b) Eficiência.</p><p>c) Publicidade.</p><p>d) Especialidade.</p><p>e) Impessoalidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>(ESAF - TRT-CE - Juiz do Trabalho) A estrutura lógica do Direito Administrativo está toda amparada em um</p><p>conjunto de princípios que integram o denominado regime jurídico-administrativo. Assim, para cada instituto</p><p>desse ramo do Direito Público há um ou mais princípios que o regem.</p><p>Assinale, no rol abaixo, o princípio identificado pela doutrina como aquele que, fundamentalmente, sustenta</p><p>a exigência constitucional de prévia aprovação em concurso público para o provimento de cargo público:</p><p>a) moralidade</p><p>b) legalidade</p><p>c) impessoalidade</p><p>d) publicidade</p><p>e) razoabilidade</p><p>Gabarito: C</p><p>Princípios (parte 3)</p><p>(videoaula 23)</p><p>Princípio da Moralidade</p><p>Cada sociedade estabelece sua Moral que dita os comportamentos permitidos ou proibidos, de acordo</p><p>com suas ideias de “Bem e Mal”. Está ligada aos costumes de uma sociedade em determinada época.</p><p>A moralidade administrativa está voltada ao interesse comum, ligada à idéia de bom administrador.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>62</p><p>Meirelles, citando Hauriou diz que "o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade</p><p>de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto."</p><p>O princípio da moralidade torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da Administração.</p><p>E, ainda, complementa Meirelles: “o certo é que a moralidade do ato administrativo juntamente com</p><p>a sua legalidade e finalidade, além de sua adequação aos demais princípios, constituem pressupostos de</p><p>validade sem os quais toda atividade pública será ilegítima”.</p><p>Legalidade Administrativa = Lei + Interesse Público + Moral.</p><p>Cumpre destacar um tema quanto ao princípio da moralidade é a Súmula</p><p>Vinculante 13 do STF, que veda a prática do nepotismo na Administração Pública.</p><p>Segue a referida Súmula Vinculante:</p><p>"A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o</p><p>terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo</p><p>de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de</p><p>função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a</p><p>Constituição Federal."</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Haverá ofensa ao princípio da</p><p>moralidade administrativa</p><p>sempre que o comportamento da administração, embora em consonância com a</p><p>lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e a ideia</p><p>comum de honestidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE – TCU - Técnico Federal de Controle Externo - Conhecimentos Básicos) No que se refere aos</p><p>princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públicos, julgue o próximo item.</p><p>Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que</p><p>contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a honestidade ou os</p><p>deveres de boa administração.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE- FUB- Assistente em Administração) De acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos</p><p>devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico - Administrativo ) O princípio da moralidade administrativa torna</p><p>jurídica a exigência de atuação ética dos agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos</p><p>administrativos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MI - Assistente Técnico Administrativo)</p><p>Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que se vale da</p><p>publicidade oficial para autopromover-se.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista</p><p>Judiciário) A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de</p><p>sua companheira para o cargo de assessora de imprensa desse tribunal</p><p>violaria o princípio constitucional da moralidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE – 2014 – TJ/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO –</p><p>DIREITO) Em consonância com os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, o STF,</p><p>por meio da Súmula Vinculante n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na administração pública,</p><p>inclusive a efetuada mediante designações recíprocas — nepotismo cruzado.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>63</p><p>Princípio da Publicidade</p><p>Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da publicidade "consagra-se o dever</p><p>administrativo de manter plena transparência em seus comportamentos. Não pode haver em um Estado</p><p>Democrático de Direito, no qual o poder reside no povo, ocultamento aos administrados dos assuntos quer a</p><p>todos interessam, e muito menos em relação aos sujeitos individualmente afetados por alguma medida".</p><p>Como o próprio nome deste princípio sugere, é a obrigação da administração em tornar público, em</p><p>divulgar seus atos. Para que seja assegurado seus efeitos externos, a fim de propiciar seu conhecimento e</p><p>controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral. Possibilita o exercício do direito à informação, que</p><p>é um direito constitucional consagrado no art. 5º (incisos XXXIII e XXXIV, "b") da CF.</p><p>CF, art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse</p><p>particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de</p><p>responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;</p><p>CF, art. 5º, XXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (...)</p><p>b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento</p><p>de situações de interesse pessoal;</p><p>Lembrando que a publicidade não poderá caracterizar promoção pessoal do agente público. Caso</p><p>isto ocorra, este estará infringindo, principalmente, os princípios da impessoalidade e moralidade.</p><p>Questões</p><p>(CESPE –TCU - Técnico Federal de Controle Externo</p><p>- Conhecimentos Básicos) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos</p><p>servidores públicos, julgue o próximo item. Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado,</p><p>será permitido o sigilo dos atos administrativos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - STJ - Técnico Judiciário) Julgue o item que se segue à luz dos princípios do</p><p>direito administrativo. Em um Estado democrático de direito, deve-se assegurar o acesso amplo às</p><p>informações do Estado, exigindo-se, com amparo no princípio da publicidade, absoluta</p><p>transparência, sem espaço para excepcionalidades no âmbito interno.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - SERPRO - Analista - Advocacia) O princípio da publicidade vincula-se à existência do ato</p><p>administrativo, mas a inobservância desse princípio não invalida o ato.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-AP - Técnico Judiciário) Considere a seguinte situação hipotética: Dimas, ex-prefeito de</p><p>um Município do Amapá, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado, tendo em vista que adotou</p><p>na comunicação institucional da Prefeitura logotipo idêntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribunal</p><p>considerou tal fato ofensivo a um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa. Trata-se</p><p>especificamente do princípio da</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) moralidade.</p><p>b) publicidade.</p><p>c) eficiência.</p><p>d) impessoalidade.</p><p>e) motivação.</p><p>Gabarito: D</p><p>(ESAF - SMF-RJ - Agente da Fazenda) Em relação aos princípios constitucionais da administração</p><p>pública, é correto afirmar que:</p><p>I. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da administração pública e contribuir</p><p>para a concretização do princípio da moralidade administrativa;</p><p>II. a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete uma aplicação</p><p>constitucional do princípio da impessoalidade;</p><p>III. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na publicidade oficial de obras e de</p><p>serviços públicos o nome ou a imagem do governante, de modo a caracterizar promoção pessoal do</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>64</p><p>mesmo;</p><p>IV. o princípio da moralidade administrativa não comporta juízos de valor elásticos, porque o conceito</p><p>de “moral administrativa” está definido de forma rígida na Constituição Federal;</p><p>V. o nepotismo é uma das formas de ofensa ao princípio da impessoalidade.</p><p>Estão corretas:</p><p>a) apenas as afirmativas I, II, III e V.</p><p>b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.</p><p>c) as afirmativas I, II, III, IV e V.</p><p>d) apenas as afirmativas I, III e V.</p><p>e) apenas as afirmativas I e III.</p><p>Gabarito: A</p><p>Princípio da Eficiência</p><p>Foi incluída ao art. 37 da CF, pela Emenda Constitucional nº 19/1998, com a chamada reforma</p><p>administrativa.</p><p>Questões</p><p>(CESPE- PC-ES-Perito Papiloscópico) O princípio da eficiência não está expresso no texto constitucional,</p><p>mas é aplicável a toda atividade da administração pública.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) Ao ser promulgada, a CF inovou ao incluir o princípio</p><p>da eficiência entre os princípios que regem a administração pública.</p><p>Gabarito: E</p><p>Podemos conceituar este princípio, usando a máxima de "fazer mais e melhor, por menor custo". No</p><p>Direito italiano é tratado com princípio da "boa-administração".</p><p>Por este princípio, o serviço público deve ser prestado de forma célere, ágil, de forma adequada. Deve</p><p>cumprir as metas estabelecidas utilizando o mínimo de recursos e obtendo o melhor resultado.</p><p>Segundo Maria Sylvia Di Pietro, o princípio da eficiência pode ser descrito:</p><p>relativamente à forma de atuação do agente público, espera-se o melhor desempenho possível de</p><p>suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados;</p><p>b) quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública, exige-se que este</p><p>seja o mais racional possível, no intuito de alcançar melhores resultados na prestação dos serviços públicos.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - DPE-ES - Defensor Público - Estagiário- Questão adaptada) O princípio da eficiência refere-se</p><p>tanto à atuação do agente público quanto à organização da administração pública.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito)</p><p>I</p><p>A administração pública não pode atuar com objetivo de prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas,</p><p>nem os seus atos devem ser imputados aos funcionários que os praticam, mas ao órgão da administração</p><p>pública.</p><p>II A administração deve agir de modo célere, com o melhor desempenho possível de suas atribuições,</p><p>visando obter os melhores resultados.</p><p>No direito administrativo, essas assertivas correspondem, respectivamente, aos princípios da</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) supremacia do interesse público sobre o individual e da proporcionalidade.</p><p>b) legalidade e da eficiência.</p><p>c) impessoalidade e da razoabilidade.</p><p>d) impessoalidade e da eficiência.</p><p>e) moralidade e da isonomia.</p><p>Gabarito: D</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>65</p><p>(FCC - TRT-PR - Técnico Judiciário) Os princípios balizadores das atividades da Administração pública</p><p>ganharam importância e destaque nas diversas esferas de atuação, tal como o princípio da eficiência, que</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) permite que um ente federado execute competência constitucional de outro ente federado quando este se</p><p>omitir e essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da atuação.</p><p>b) autoriza que a Administração pública interprete o ordenamento jurídico de modo a não cumprir disposição</p><p>legal expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a melhor solução para o caso concreto.</p><p>c) deve estar presente na atuação da Administração pública para atingimento dos melhores resultados,</p><p>cuidando para que seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da legalidade, que não</p><p>pode ser descumprido.</p><p>d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que antes balizava toda a atuação da</p><p>Administração pública, passando a determinar que seja adotada a opção que signifique o atingimento do</p><p>melhor resultado para o interesse público.</p><p>e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, tendo em vista que a Administração pública está</p><p>primeiramente adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois ao princípio da legalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Princípios (parte 4)</p><p>(videoaula 24)</p><p>Nesta aula vamos estudar os Princípios da Administração Pública, denominados "princípios</p><p>implícitos".</p><p>Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade</p><p>Por vezes a administração pode praticar atos discricionários limitados, obviamente, pela lei. Sendo</p><p>que, conforme diz Celso Mello, esta discricionariedade "terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de</p><p>vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosas. O fato de a lei conferir</p><p>ao administrador certa liberdade (margem de discrição) significa que lhe deferiu o encargo de adotar, ante a</p><p>diversidade de situações a serem enfrentadas, a providência mais adequada a cada qual delas."</p><p>Alguns doutrinadores tratam o princípio da razoabilidade e proporcionalidade como sinônimos. Já,</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello trata o princípio da proporcionalidade como uma vertente do princípio da</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>66</p><p>razoabilidade. Isso pelo motivo de que a razoabilidade exige que haja proporcionalidade entre os meios e os</p><p>fins.</p><p>O Princípio da Proporcionalidade (princípio da proibição de excesso) traz a ideia de algo que possa</p><p>ser mensurável e essa medida não pode ultrapassar os limites daquilo que seja razoável.</p><p>Por meio desses princípios, impõem-se limitações à discricionariedade administrativa.</p><p>Um ato praticado pela administração pública e que ofende ao princípio da razoabilidade ou da</p><p>proporcionalidade deverá ser anulado.</p><p>Dessa forma, a razoabilidade consiste no dever de adequação entre meios e fins, vedada a imposição</p><p>de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento</p><p>do interesse público (conforme art. 2º, parágrafo único, VI, da Lei 9784/99).</p><p>Questões</p><p>(CESPE - IBAMA - Analista Ambiental - Conhecimentos Básicos - Todos os Temas) O princípio da</p><p>moralidade e o da eficiência estão expressamente previstos na CF, ao passo que o da proporcionalidade</p><p>constitui princípio implícito, não positivado no texto constitucional.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRF-1ª - Analista Judiciário) Carlos, auditor fiscal do tesouro nacional, ao preencher</p><p>incorretamente documento de arrecadação do tesouro, causou prejuízo ao fisco na ordem de trinta</p><p>reais. Tal fato acarretou sua demissão do serviço público. Em razão disso, postulou no Judiciário a</p><p>anulação da pena, o que foi acolhido pelos seguintes fundamentos: o servidor procurou regularizar o</p><p>erro, buscando recolher aos cofres públicos a quantia inferior recolhida; sua ficha funcional é boa e</p><p>não desabona sua atuação; a quantia inferior recolhida é irrisória; a pena de demissão é ato extremo</p><p>que deve ser efetivado apenas em casos gravíssimos.</p><p>O exemplo citado refere-se ao restabelecimento dos princípios, que devem sempre nortear a atuação</p><p>da Administração Pública:</p><p>a) moralidade e impessoalidade.</p><p>b) eficiência e motivação.</p><p>c) motivação e moralidade.</p><p>d) razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>e) probidade e eficiência.</p><p>Gabarito: D</p><p>(CESPE/ANAC/Analista) O princípio da razoabilidade impõe à administração pública a adequação entre</p><p>meios e fins, não permitindo a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas</p><p>estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) No âmbito da administração pública, a</p><p>correlação entre meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente</p><p>associados ao princípio da eficiência.</p><p>Gabarito: E</p><p>Princípio da Autotutela</p><p>A administração pública está sujeita a praticar seus atos com eventuais erros. De forma que, se a</p><p>administração pública, por si mesma, detectar o erro ela deve corrigi-lo (de ofício). Também, esta correção</p><p>pode ser feita quando provocada. Este princípio da autotutela concede o poder-dever de corrigir esses erros,</p><p>por meio de:</p><p>- anulação - quando o ato foi praticado de forma ilegal. (aspecto de legalidade).</p><p>- revogação - quando, mesmo tendo sido praticado de forma legal, a administração pública examina</p><p>a conveniência e oportunidade e opta a desfazê-lo. (aspecto de mérito).</p><p>De modo que podemos verificar que este princípio da autotutela trata-se de um poder-dever de</p><p>autocorreção.</p><p>Este princípio, também chamado de autotutela administrativa, está consagrado na Súmula 473 do</p><p>STF, conforme a seguir: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os</p><p>tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou</p><p>oportunidade,</p><p>respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>67</p><p>Percebe-se que a apreciação judicial não pode ser afastada sob pena de ferir preceito constitucional</p><p>conforme art. 5º, XXXV, da CF.</p><p>Questões</p><p>(ESAF - CGU - Analista de Finanças e Controle) O princípio que instrumentaliza a Administração para a</p><p>revisão de seus próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da sua atuação e, no que</p><p>toca ao controle de legalidade, representando potencial redução do congestionamento do Poder Judiciário,</p><p>denomina-se</p><p>a) Razoabilidade.</p><p>b) Proporcionalidade.</p><p>c) Autotutela.</p><p>d) Eficiência.</p><p>e) Eficácia.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESGRANRIO - TJ-RO - Técnico Judiciário) No exercício da autotutela, a Administração Pública</p><p>tem a (o)</p><p>a) faculdade de revogar seus atos por razões de conveniência e oportunidade, mas precisa ir ao Poder</p><p>Judiciário para anulá-los.</p><p>b) faculdade de anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade, mas precisa ir ao Poder Judiciário</p><p>para revogá-los.</p><p>c) faculdade de anular seus atos por questões de legitimidade e de revogá-los, quando eivados de nulidade.</p><p>d) dever de anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade, e pode revogá-los, por razões de</p><p>conveniência e oportunidade.</p><p>e) dever de revogar seus atos por razões de conveniência e oportunidade, mas precisa ir ao Poder</p><p>Judiciário para anulá-los quando eivados de ilegalidade.</p><p>Gabarito: D</p><p>(FGV - TJ-PI - Analista Judiciário) A Secretaria Estadual de Trabalho em conjunto com a de Cultura, atentas</p><p>à atual crise de emprego e aproveitando o sucesso dos programas culinários, com escopo de fomentar a</p><p>qualificação profissional de cozinheiros regionais, organizou curso de especialização em comidas típicas do</p><p>Piauí. Inicialmente, o edital do curso previu que apenas cozinheiros com experiência poderiam se inscrever.</p><p>Posteriormente, ao verificarem a baixa procura e a existência de grande quantidade de profissionais sem</p><p>experiência comprovada, as Secretarias Estaduais envolvidas revogaram o edital e publicaram um novo,</p><p>permitindo a inscrição de qualquer cozinheiro, independentemente de experiência. O princípio administrativo</p><p>implícito que viabilizou a alteração do edital, permitindo a revisão de mérito de ato administrativo anterior por</p><p>motivos de oportunidade e conveniência, é o princípio da:</p><p>a) autotutela;</p><p>b) impessoalidade;</p><p>c) moralidade;</p><p>d) legalidade;</p><p>e) reconvenção.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>68</p><p>Gabarito: A</p><p>Princípio da Tutela (Controle)</p><p>Estudamos que a administração indireta é controlada (fiscalizada) pela administração direta.</p><p>Lembrando que nesse caso, não há que se falar em hierarquia, pois a administração indireta está</p><p>vinculada a órgão da administração direta.</p><p>O princípio da tutela diz respeito a este controle finalístico que a administração direta exerce sobre a</p><p>administração indireta.</p><p>Questão</p><p>(FCC - TRE-RN - Analista Judiciário) O princípio segundo o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as</p><p>atividades dos entes da Administração Indireta denomina-se</p><p>a) finalidade.</p><p>b) controle.</p><p>c) autotutela.</p><p>d) supremacia do interesse público.</p><p>e) legalidade.</p><p>Gabarito: B</p><p>Princípio da Continuidade do Serviço Público</p><p>Conforme Odete Medauar: "de acordo com esse princípio as atividades realizadas pela Administração</p><p>devem ser ininterruptas, para que o atendimento do interesse da coletividade não seja prejudicado".</p><p>É importante asseverar que os particulares que prestam serviços públicos sob regime de delegação</p><p>também não podem interromper a prestação do serviço público. Mesmo que em caso de descumprimento do</p><p>contrato pela administração pública concedente, o particular somente poderá rescindir o contrato mediante</p><p>sentença judicial transitada em julgado (Lei 8.987/1995, art. 39, parágrafo único).</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRT-SE - Técnico Judiciário) O serviço público não é passível de interrupção ou suspensão afetando</p><p>o direito de seus usuários, pela própria importância que ele se apresenta, devendo ser colocado à</p><p>disposição do usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade. Trata-se</p><p>do princípio fundamental dos serviços públicos denominado</p><p>a) impessoalidade.</p><p>b) mutabilidade.</p><p>c) continuidade.</p><p>d) igualdade.</p><p>e) universalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-AC - Técnico Judiciário) Pode-se afirmar que uma empresa contratada pela Administração</p><p>Pública para executar uma obra não pode, de regra, interromper sua execução e alegar falta de pagamento.</p><p>Têm-se aí o princípio da</p><p>a) razoabilidade.</p><p>b) finalidade.</p><p>c) autotutela.</p><p>d) continuidade.</p><p>e) impessoalidade.</p><p>Gabarito: D</p><p>(CESPE - STJ - Técnico Judiciário) A exigência de que o administrador público atue com diligência e</p><p>racionalidade, otimizando o aproveitamento dos recursos públicos para obtenção dos resultados mais</p><p>úteis à sociedade, se amolda ao princípio da continuidade dos serviços públicos.</p><p>Gabarito: E</p><p>Princípios (parte 5)</p><p>(videoaula 25)</p><p>Princípio da Finalidade</p><p>A finalidade dos atos praticados pela administração pública é o interesse público.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>69</p><p>Na palavras de Meirelles: "a finalidade terá sempre um objetivo certo e inafastável de qualquer ato</p><p>administrativo: o interesse público. Todo ato que se apartar desse objetivo sujeitar-se-á a invalidação por</p><p>desvio de finalidade (...)".</p><p>Questões</p><p>(FGV - SEAD-AP - Fiscal da Receita Estadual) Levando em consideração a doutrina da</p><p>administração pública no Brasil e a Constituição Federal de 1988, o princípio da administração pública</p><p>que impõe a prática de atos voltados para o interesse público é:</p><p>a) o princípio da moralidade.</p><p>b) o princípio da finalidade.</p><p>c) o princípio da impessoabilidade.</p><p>d) o princípio da continuidade.</p><p>e) o princípio da publicidade.</p><p>Gabarito: B</p><p>Princípio da Motivação</p><p>Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípios da motivação "implica para a Administração</p><p>o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação</p><p>lógica entre os eventos e situações que deu por existentes e a providência tomada, nos casos em que este</p><p>último aclaramento seja necessário para aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe</p><p>serviu de arrimo".</p><p>A motivação deve ser prévia ou contemporânea a todo ato administrativo praticado, seja este</p><p>vinculado ou discricionário.</p><p>O povo, que é o detentor do poder, tem o direito de conhecer o porquê dos atos administrativos</p><p>praticados, para que possa exercer o controle dos atos.</p><p>Questões</p><p>(FCC - TCE-PI) Uma determinada empresa pública ao rescindir unilateralmente o contrato de trabalho</p><p>com um de seus empregados públicos assim o fez sem indicar qualquer fundamento de fato e de</p><p>direito para sua decisão. O ato em questão evidencia violação ao princípio administrativo</p><p>a) do controle.</p><p>b) da eficiência.</p><p>c) da publicidade.</p><p>d) da presunção de legitimidade.</p><p>e) da motivação.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FCC - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, considere:</p><p>I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e</p><p>às exigências do bem comum.</p><p>II. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento</p><p>funcional.</p><p>III. Dever de expor expressamente os motivos que determinam o ato administrativo.</p><p>As afirmações acima dizem respeito, respectivamente, aos princípios da</p><p>a) motivação, razoabilidade e legalidade.</p><p>b) eficiência, impessoalidade e finalidade.</p><p>c) legalidade, eficiência e motivação.</p><p>d) proporcionalidade, finalidade e eficiência.</p><p>e) legalidade, proporcionalidade e fundamentação.</p><p>Gabarito: C</p><p>Princípio da Especialidade</p><p>A lei traça quais são os objetivos da administração pública que não deve se desviar destes.</p><p>Desta forma, a administração pública não pode alterar os fins para que foram criadas.</p><p>Para que a administração pública possa desempenhar diversas atividades, ela utiliza-se da</p><p>descentralização administrativa criando entidades da administração indireta que deverão seguir o princípio</p><p>da especialidade.</p><p>Questão</p><p>(FCC- TRT-SE - Analista Judiciário) No que concerne à Administração Pública, o princípio da especialidade</p><p>tem por característica</p><p>a) a descentralização administrativa através da criação de entidades que integram a Administração Indireta.</p><p>Licensed</p><p>to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>70</p><p>b) a fiscalização das atividades dos entes da Administração Indireta.</p><p>c) o controle de seus próprios atos, com possibilidade de utilizar-se dos institutos da anulação e revogação</p><p>dos atos administrativos.</p><p>d) a relação de coordenação e subordinação entre uns órgãos da Administração Pública e outros, cada qual</p><p>com atribuições definidas em lei.</p><p>e) a identificação com o princípio da supremacia do interesse privado, inerente à atuação estatal.</p><p>Gabarito: A</p><p>Princípio da Presunção de Legitimidade (legalidade e veracidade)</p><p>Presume-se que os atos da administração pública são praticados de forma legal para atender ao</p><p>interesse público.</p><p>Porém, são passíveis de controle tanto judiciário quanto administrativo.</p><p>A referida presunção é relativa (juris tantum), cabendo ao particular provar que determinado ato da</p><p>administração é ilegal (invertendo-se o ônus da prova).</p><p>Obs.: Presunção absoluta é chamada de: juris et de juri. Por exemplo: presume-se de forma absoluta</p><p>que um menor de 16 anos é absolutamente incapaz.</p><p>Questões</p><p>(FCC - 2016 - Copergás - Analista Administrador) Considere:</p><p>I. Determinado Estado da Federação fiscaliza a atividade de autarquia estadual, com o objetivo de</p><p>garantir a observância de suas finalidades institucionais.</p><p>II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos que</p><p>ponham em risco a conservação de seus bens.</p><p>III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal</p><p>presunção a inversão do ônus da prova.</p><p>No que concerne aos princípios do Direito Administrativo,</p><p>a) todos os itens relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, quais sejam, princípios</p><p>da tutela, autotutela e presunção de legitimidade, respectivamente.</p><p>b) nenhum deles está relacionado a princípios do Direito Administrativo.</p><p>c) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, quais sejam,</p><p>princípios da tutela e da autotutela, respectivamente, estando o item III incorreto.</p><p>d) apenas o item II relaciona-se corretamente a princípio do Direito Administrativo, qual seja, o princípio da</p><p>tutela, estando os itens I e III incorretos.</p><p>e) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, quais sejam,</p><p>princípios da especialidade e da tutela, respectivamente, estando o item III incorreto.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário) Quanto aos princípios e poderes da administração pública,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) A atuação da administração pública, assim como a dos particulares, precisa ser compatível com o</p><p>ordenamento jurídico. Uma das semelhanças entre ambas consiste no fato de que os atos do poder público</p><p>não podem interferir na esfera de direitos dos cidadãos de maneira unilateral, pois, para isso, o estado</p><p>precisa de ordem judicial.</p><p>b) O princípio da legalidade, um dos mais importantes para a administração pública, é específico do direito</p><p>administrativo.</p><p>c) O princípio da supremacia do interesse público deriva de que a administração pública representa não só</p><p>o estado, mas toda a sociedade, de modo que, no choque dos interesses daquela com os do particular, os</p><p>primeiros devem sempre prevalecer.</p><p>d) O princípio da presunção de legitimidade dos atos administrativos não impede que, diante de prova</p><p>suficiente da nulidade do ato, este seja invalidado, quer pelo Poder Judiciário, quer pela própria</p><p>administração.</p><p>e) O princípio da continuidade do serviço público tem caráter absoluto.</p><p>Gabarito: D</p><p>Princípio da autoexecutoriedade</p><p>Segundo Odete Medauar: "segundo esse princípio, os atos e medidas da Administração são</p><p>colocados em prática, são aplicados pela própria Administração, mediante coação, conforme o caso, sem</p><p>necessidade de consentimento de qualquer outro poder".</p><p>Outros princípios: juntamente com os princípios expostos, há, também, princípios da administração</p><p>pública utilizados precipuamente em licitações e processos administrativos (por exemplo: segurança jurídica,</p><p>contraditório, ampla defesa), os quais abordaremos quando tratarmos dos respectivos assuntos.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>71</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>73</p><p>Poderes Administrativos</p><p>O Uso e Abuso do Poder</p><p>(videoaula 77)</p><p>Introdução</p><p>Iniciamos nosso estudo sobre Poderes Administrativos recordando os dois princípios básicos da</p><p>administração, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello (aula 21), dos quais surgem os demais princípios.</p><p>Estes princípios são:</p><p>- Indisponibilidade do interesse público pela Administração</p><p>- Supremacia do interesse público sobre o particular</p><p>Estudamos (na aula 21) que o princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Interesse</p><p>Particular (privado) - também chamado de princípio da finalidade pública - evidencia a superioridade do</p><p>interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular. De modo que, para que isso</p><p>ocorra é necessário que os agentes públicos tenham certas prerrogativas, conferidas pela lei, para que em</p><p>nome do Estado, possa satisfazer o interesse público. Como é o caso, por exemplo, de imposição de sanções,</p><p>como a multa ou de desapropriações.</p><p>Conforme Hely Lopes Meirelles, os Poderes Administrativos “nascem com a Administração e se</p><p>apresentam diversificados segundo as exigências do serviço público, o interesse da coletividade e os objetivos</p><p>a que se dirigem; esses poderes são inerentes à Administração de todas as entidades estatais na proporção</p><p>e limites de suas competências institucionais, e podem ser usados isolada ou cumulativamente para a</p><p>consecução do mesmo ato.”</p><p>Na mesma linha, José dos Santos Carvalho Filho conceitua poderes administrativos como “o conjunto</p><p>de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de</p><p>permitir que o Estado alcance seus fins”.</p><p>Não devemos confundir os Poderes Administrativos com os três poderes políticos (Executivo,</p><p>Legislativo e Judiciário), que são poderes estruturais.</p><p>Estudaremos com detalhes, nas próximas aulas, os Poderes Administrativos descritos pela doutrina</p><p>e que frequentemente são cobrados.</p><p>São eles:</p><p>Poder Vinculado</p><p>Poder Discricionário</p><p>Poder Hierárquico</p><p>Poder Disciplinar</p><p>Poder Regulamentar</p><p>Poder de Polícia</p><p>O Uso e Abuso do Poder</p><p>Uso do Poder - Segundo Hely Lopes Meirelles, "o uso do poder é prerrogativa da autoridade. Mas, o</p><p>poder há que ser usado normalmente, sem abuso. Usar normalmente do poder é empregá-lo segundo as</p><p>normas legais, a moral da instituição, a finalidade do ato e as exigências do interesse público. Abusar do</p><p>poder é empregá-lo fora da lei, sem utilidade pública."</p><p>O Abuso do Poder - Quando houver abuso do poder ocorreu uma ilegalidade que deverá ser</p><p>invalidado o ato. O abuso de poder pode ocorrer tanto de forma comissiva como omissiva. Pode ser dividido</p><p>em: Excesso de Poder e Desvio de Poder (ou de finalidade).</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo) Julgue o próximo item, a respeito de atos</p><p>administrativos e poderes administrativos.</p><p>O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FEC - ANS - Direito) Abuso de poder; excesso de poder; desvio de poder:</p><p>a) o primeiro e o segundo são manifestações</p><p>do terceiro</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>74</p><p>b) o primeiro e o terceiro são manifestações do segundo.</p><p>c) o segundo é manifestação do primeiro e do terceiro.</p><p>d) o terceiro é manifestação do primeiro e do segundo.</p><p>e) o segundo e o terceiro são manifestações do primeiro.</p><p>Gabarito: E</p><p>Excesso de Poder - o agente público vai além do que sua competência permite. Como o próprio</p><p>nome sugere, o agente público extrapola sua competência e, consequentemente, os limites da lei.</p><p>(obs.: competência seria o conjunto de atribuições de um cargo ou função, que podem ser executadas</p><p>pelo agente público).</p><p>Questão (CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário) Julgue o item que se segue, referentes aos poderes da</p><p>administração pública.</p><p>O excesso de poder, espécie de abuso de poder, ocorre quando o agente público ultrapassa os limites</p><p>impostos a suas atribuições.</p><p>Gabarito: C</p><p>Desvio de Poder (ou de finalidade) - o agente público praticou o ato dentro de sua competência,</p><p>porém a finalidade objetivada pela lei não foi atingida. Nesse caso, segundo Hely Lopes Meirelles, houve uma</p><p>"violação moral da lei, colimando o administrador público fins não queridos pelo legislador, ou utilizando</p><p>motivos e meios imorais para a prática de um ato administrativo aparentemente legal".</p><p>Questões</p><p>(CESPE - INSS - Perito Médico Previdenciário) A alteração da finalidade do ato administrativo expressa</p><p>na norma legal ou implícita no ordenamento da administração caracteriza o desvio de poder.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-PI - Analista Judiciário) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) o desvio de finalidade, sendo uma espécie de abuso, ocorre quando a autoridade, atuando fora dos</p><p>limites da sua competência, pratica o ato com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo</p><p>interesse público.</p><p>b) tem o mesmo significado de desvio de poder, sendo expressões sinônimas.</p><p>c) pode se caracterizar tanto por conduta comissiva quanto por conduta omissiva.</p><p>d) a invalidação da conduta abusiva só pode ocorrer pela via judicial.</p><p>e) se caracteriza, na forma de excesso de poder, quando o agente, agindo dentro dos limites da sua</p><p>competência, pratica o ato de forma diversa da que estava autorizado.</p><p>Gabarito: c</p><p>(VUNESP - Prefeitura de Poá - Procurador Jurídico) Florindo Furtado é Prefeito Municipal e tem como seu</p><p>adversário político, Fulaninho da Silva, que é Vereador. Florindo, querendo atingir seu desafeto, resolve</p><p>desapropriar a casa onde reside Fulaninho, para instalar no local uma Escola Municipal. E assim o faz,</p><p>utilizando o procedimento legal exigido para o caso. A população da região ficou bastante satisfeita com a</p><p>novidade, pois o Município era carente de escolas. Considerando essa situação, é correto afirmar que o ato</p><p>de Florindo</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) é perfeitamente constitucional, uma vez que Florindo atendeu aos anseios da população.</p><p>b) é irregular, uma vez que o imóvel residencial não pode ser desapropriado.</p><p>c) é inconstitucional, haja vista que a residência de Fulaninho tem proteção garantida por ser Vereador.</p><p>d) é regular, posto que atendeu aos preceitos legais e foi praticado em respeito ao interesse público local.</p><p>e) caracteriza desvio de poder, uma vez que a sua real intenção era de atingir seu desafeto político.</p><p>Gabarito: e</p><p>(CESPE - TJ-DFT - Técnico Judiciário) Configura-se abuso de poder por desvio de poder no caso</p><p>de vício de finalidade do ato administrativo, e abuso de poder por excesso de poder quando o ato</p><p>administrativo é praticado por agente que exorbita a sua competência.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - Prefeitura de Fortaleza - Procurador - 2017) Com relação a processo administrativo, poderes</p><p>da administração e serviços públicos, julgue o item subsecutivo.</p><p>Situação hipotética: Um secretário municipal removeu determinado assessor em razão de</p><p>desentendimentos pessoais motivados por ideologia partidária. Assertiva: Nessa situação, o secretário</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>75</p><p>agiu com abuso de poder, na modalidade excesso de poder, já que atos de remoção de servidor não</p><p>podem ter caráter punitivo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANVISA - Técnico Administrativo) O teto de um imóvel pertencente à União desabou em</p><p>decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público a decretar estado de calamidade na região.</p><p>Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo licitatório para a contratação dos serviços de</p><p>reparo pertinentes, diante da situação de calamidade pública, decidiu contratar mediante dispensa de</p><p>licitação. Findo o processo de licitação, foi escolhida a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao</p><p>preço de mercado, mas, reservadamente, prometeu, caso fosse contratada pela União, realizar, com</p><p>generoso desconto, uma grande reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da</p><p>urgência, foi firmado contrato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os reparos</p><p>contratados quanto a reforma prometida. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se</p><p>segue. Maria agiu com excesso de poder ao escolher a Empresa Y.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TCE-SC - 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item</p><p>que se segue. Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante de cargo</p><p>de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em</p><p>Economia, elaborou determinado expediente de competência exclusiva do cargo de nível superior</p><p>ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade</p><p>excesso de poder.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - DPU - técnico) No que se refere aos poderes da administração pública e aos serviços</p><p>públicos, julgue o item subsecutivo.</p><p>Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos limites de suas</p><p>atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo não incluído no âmbito de sua competência.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>76</p><p>Poder Vinculado e Poder Discricionário</p><p>(videoaula 78)</p><p>Poder Vinculado</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles: o Poder Vinculado (ou regrado) "é aquele que a lei confere à</p><p>Administração Pública para a prática de ato de sua competência determinando os elementos e requisitos</p><p>necessários à sua formalização".</p><p>Nesse caso o agente público deverá obedecer estritamente ao que está previsto na legislação.</p><p>Na prática é um "dever" à observância da lei, apesar de a doutrina considerar um "poder".</p><p>Por exemplo: dirigir sem o cinto de segurança, perde-se 5 pontos na carteira (CNH). O motorista que</p><p>for pego dirigindo sem cinto perderá exatamente 5 pontos e não 4 ou 6. Perceba que não há margem de</p><p>liberdade.</p><p>Posteriormente, estudaremos (em Atos) que nos atos vinculados, decorrentes do poder vinculado,</p><p>encontramos os seguintes elementos vinculados: competência, finalidade e forma, além de outros que</p><p>porventura a legislação estabeleça.</p><p>Poder Discricionário</p><p>Segundo Meirelles, o Poder Discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo</p><p>explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência,</p><p>oportunidade e conteúdo.</p><p>A prática de atos discricionários também deverá observar os seguintes elementos: competência,</p><p>finalidade e forma. E sua prática deve atender ao mérito administrativo: conveniência e oportunidade.</p><p>Um ato discricionário praticado de forma</p><p>correta somente poderá ser revogado (desfeito) pela própria</p><p>administração pública praticante, que em momento posterior passe a julgar inconveniente e inoportuno. Dessa</p><p>forma, o poder judiciário não poderá revogar um ato praticado pelo poder executivo.</p><p>A liberdade do uso do Poder Discricionário não deve ser confundida com Arbitrariedade, pois os atos</p><p>discricionários devem ser praticados dentro dos limites estabelecidos pela própria legislação. Além do mais</p><p>deverá ser obedecido os princípios da razoabilidade e proporcionalidade (estudados na minha "aula 24 -</p><p>Princípios" e, também, comentados na "Aula de Boteco 28 - Bloquearam o Whatsapp").</p><p>Um ato arbitrário é ilegal e deverá ser anulado pela administração pública praticante ou pelo Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - CNJ - Analista Judiciário) O exercício do poder discricionário pode concretizar-se tanto no</p><p>momento em que o ato é praticado, bem como posteriormente, como no momento em que a administração</p><p>decide por sua revogação.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TJ-RR - Administrador) Define-se poder discricionário como o poder que o direito concede à</p><p>administração para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência,</p><p>oportunidade e conteúdo, estando a administração, no exercício desse poder, imune à apreciação do Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) A razoabilidade funciona como limitador do poder</p><p>discricionário do administrador.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - DETRAN-ES - Administrador) Ao administrador público são atribuídos poderes discricionários,</p><p>sendo-lhe facultado renunciar parcialmente aos poderes recebidos.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>77</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>78</p><p>Poder Hierárquico</p><p>(videoaula 79)</p><p>Poder Hierárquico</p><p>Segundo Meirelles, "é o que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos,</p><p>ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do</p><p>seu quadro de pessoal (...) O Poder Hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as</p><p>atividades administrativas , no âmbito interno da Administração Pública".</p><p>Dá para imaginar que hierarquia é uma ordem de subordinação existente entre os vários órgãos e</p><p>agentes públicos dentro de uma mesma pessoa jurídica.</p><p>Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas distintas, Poderes (executivo, judiciário e legislativo)</p><p>distintos e entre administração e administrados.</p><p>Entre a administração direta e entidades da respectiva administração indireta existe vinculação.</p><p>Questão (CESPE - IPAJM - Advogado) O poder hierárquico da administração pública indireta é extensivo</p><p>aos administrados.</p><p>Gabarito: E</p><p>Do exercício do Poder Hierárquico decorrem as prerrogativas, do superior para o subordinado, de:</p><p>- dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar.</p><p>Dar ordens – determinar a prática de algum ato ou conduta.</p><p>Fiscalizar – vigiar de forma permanente os atos dos subordinados a fim de que se mantenham dentro</p><p>da legalidade.</p><p>Rever - apreciar (controlar) os atos de inferiores hierárquicos para mantê-los ou invalidá-los, de ofício</p><p>ou mediante provocação do interessado.</p><p>Delegar – ocorre quando o superior hierárquico confere ao subordinado atribuições que originalmente</p><p>lhe pertenciam. Não se delega ato político, mas somente ato administrativo.</p><p>Não se delega atribuições privativas. Não se admite delegação de um Poder de Estado para outro (a não ser</p><p>que esteja prevista na Constituição).</p><p>Avocar – chamar para si as atribuições originalmente distribuídas ao subordinado. Não pode ser</p><p>atribuição exclusiva do subordinado.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - INSS - Analista do Seguro Social - Direito) A avocação de procedimentos administrativos decorre</p><p>do poder hierárquico.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) No exercício do poder hierárquico, os</p><p>agentes públicos têm competência para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar</p><p>competência e fiscalizar.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRT-SE - Analista Judiciário) NÃO constitui característica do poder hierárquico:</p><p>a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas.</p><p>b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as</p><p>ordens manifestamente ilegais.</p><p>c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos.</p><p>d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado.</p><p>e) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FCC - TRT-MG -Analista Judiciário) O poder hierárquico</p><p>Parte superior do formulário</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>79</p><p>a) autoriza a Administração Direta a rever, de ofício, os atos praticados pelas entidades integrantes da</p><p>Administração Indireta, quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes governamentais.</p><p>b) corresponde ao poder conferido aos agentes públicos para emitir ordens a seus subordinados e aplicar</p><p>sanções disciplinares, ainda que não expressamente previstas em lei.</p><p>c) fundamenta a avocação, pela Administração Direta, de matérias inseridas na competência das autarquias</p><p>a ela vinculadas.</p><p>d) constitui fundamento da organização administrativa, estabelecendo relação de coordenação e</p><p>subordinação entre os vários órgãos integrantes da Administração Pública.</p><p>e) possibilita ao particular apresentar recurso ordinário ao Ministério ao qual se encontra vinculada entidade</p><p>integrante da Administração Indireta, insurgindo-se contra o mérito do ato praticado.</p><p>Gabarito: D</p><p>Leitura Complementar</p><p>Lei 9784/99 - (Processo Administrativo)</p><p>Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída</p><p>como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.</p><p>Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte</p><p>da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente</p><p>subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,</p><p>jurídica ou territorial.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos</p><p>colegiados aos respectivos presidentes.</p><p>Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:</p><p>I - a edição de atos de caráter normativo;</p><p>II - a decisão de recursos administrativos;</p><p>III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.</p><p>Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.</p><p>§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do</p><p>delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício</p><p>da atribuição delegada.</p><p>§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.</p><p>§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e</p><p>considerar-se-ão editadas pelo delegado.</p><p>Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a</p><p>avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila</p><p>Reforma e Confirmação..................................................................... 138</p><p>Serviços Públicos .............................................................................................................................. 141</p><p>Conceito. ....................................................................................................................................... 141</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>7</p><p>Serviços Públicos – Classificação – Gerais (uti universi) e Individuais (uti singuli). .................... 142</p><p>Serviços Públicos – Classificação – Delegáveis e Indelegáveis; próprios e impróprios. ............. 144</p><p>Serviços Públicos – Classificação – administrativos, comerciais ou industriais (econômicos) e</p><p>sociais. ....................................................................................................................................................... 145</p><p>Serviços Públicos – Princípios (Requisitos) – parte 1 .................................................................. 146</p><p>Serviços Públicos – Princípios (Requisitos) - (parte 2) ................................................................ 148</p><p>Formas e Meios de Prestação de Serviço .................................................................................... 150</p><p>Regulamentação e Controle ......................................................................................................... 151</p><p>Concessão .................................................................................................................................... 152</p><p>Permissão ..................................................................................................................................... 153</p><p>Concessão e Permissão - Lei Autorizativa, Prazos e Fiscalização.. ............................................ 155</p><p>Concessão e Permissão – Responsabilidade .............................................................................. 156</p><p>Concessão e Permissão - Prerrogativas do Poder Concedente .................................................. 157</p><p>Concessão e Permissão – Extinção (parte 1) ............................................................................... 159</p><p>Concessão e Permissão – Extinção (parte 2) ............................................................................... 160</p><p>Concessão e Permissão – Extinção (parte 3) ............................................................................... 162</p><p>Serviços Públicos – Autorização ................................................................................................... 163</p><p>Parcerias Público-Privadas (PPP) – Parte 1 ................................................................................. 163</p><p>Parcerias Público-Privadas (PPP) – Parte 2 ................................................................................. 164</p><p>Responsabilidade Civil do Estado .................................................................................................... 167</p><p>Responsabilidade Civil do Estado – Evolução Histórica.............................................................. 168</p><p>Responsabilidade Civil do Estado – na Constituição Federal - Art. 37, § 6º. ............................... 169</p><p>Causas Atenuantes e Excludentes de Reponsabilidade – Parte I. .............................................. 171</p><p>Causas Atenuantes e Excludentes de Reponsabilidade – Parte II. ............................................. 172</p><p>Teoria da Culpa Administrativa – aprofundando. .......................................................................... 174</p><p>Responsabilidade Civil do Estado – Ato Legislativo e Ato Jurisdicional....................................... 174</p><p>Danos de Obra Pública ................................................................................................................. 176</p><p>Responsabilidades Civil, Administrativa e Penal do Agente Público............................................ 177</p><p>Controle da Administração Pública ................................................................................................... 179</p><p>Conceito e classificação ................................................................................................................ 179</p><p>Controle externo ............................................................................................................................ 179</p><p>Controle hierárquico e finalístico ................................................................................................... 180</p><p>Controle prévio, concomitante e subsequente. ............................................................................. 181</p><p>Controle da Administração Pública – legalidade e mérito ............................................................ 181</p><p>Controle Administrativo ................................................................................................................. 182</p><p>Controle Administrativo – Recursos Administrativos .................................................................... 183</p><p>Recursos Administrativos (Processos administrativos) – Recurso hierárquico próprio e recurso</p><p>hierárquico impróprio ................................................................................................................................. 184</p><p>Controle Administrativo – Recursos Administrativos – Princípios do Processo Administrativo ... 184</p><p>Controle Legislativo (parte 1) ........................................................................................................ 185</p><p>Controle Legislativo – Controle Político. ....................................................................................... 186</p><p>Controle Legislativo – Controle Financeiro (parte 1) . .................................................................. 187</p><p>Controle Legislativo – Controle Financeiro (parte 2) . .................................................................. 188</p><p>Controle Legislativo – Controle Financeiro (parte 3) . .................................................................. 189</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>8</p><p>Controle Legislativo – Controle Financeiro (parte 4) . .................................................................. 190</p><p>Controle Judicial (ou Judiciário) .................................................................................................... 191</p><p>Processo Administrativo ................................................................................................................... 193</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 1º. ................................................................................................................ 193</p><p>Princípios - art. 2º (parte 1) ........................................................................................................... 193</p><p>Princípios - art. 2º (parte 2) ........................................................................................................... 194</p><p>Direitos e Deveres dos Administrados - art. 3º e 4º. .................................................................... 195</p><p>Início do Processo - art. 5º a 8º.................................................................................................... 196</p><p>Interessados - art. 9º e 10. ........................................................................................................... 197</p><p>Competência - art. 11 a 17. .......................................................................................................... 197</p><p>Impedimento e Suspeição - art. 18 a 21. ..................................................................................... 198</p><p>Forma, tempo e lugar dos atos do processo - art. 22 a 25. .........................................................</p><p>de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>80</p><p>Poder Disciplinar</p><p>(videoaula 80)</p><p>Conforme Meirelles: "Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais</p><p>dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. É uma</p><p>supremacia especial que o Estado exerce sobre todos aqueles que se vinculam à Administração por relações</p><p>de qualquer natureza, subordinando-se às normas de funcionamento do serviço ou do estabelecimento que</p><p>passam a integrar definitiva ou transitoriamente."</p><p>Resumindo, o poder disciplinar confere à Administração Pública a possibilidade de punir internamente</p><p>as infrações:</p><p>- funcionais dos servidores públicos (vínculo funcional - deriva do poder hierárquico, mas com ele não</p><p>se confunde) e</p><p>- de particulares com vínculo jurídico específico com a Administração Pública (vínculo contratual -</p><p>não se relaciona com o poder hierárquico). Ex.: punição no descumprimento de contrato com a administração.</p><p>O poder disciplinar não deve ser confundido com o poder punitivo do Estado, exercido pela Justiça</p><p>Penal quando reprime crimes e contravenções tipificadas nas leis penais.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TJ-ES- Analista Judiciário) Estarão sujeitas ao poder disciplinar as pessoas que possuam algum</p><p>vínculo com a administração pública.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - IFB - Assistente de Administração) O poder disciplinar autoriza a administração a aplicar multa ao</p><p>contratado por inadimplemento parcial do contrato.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TCE-AP) Submetem-se ao poder disciplinar da Administração:</p><p>a) servidores submetidos ao regime estatutário e servidores ocupantes de emprego público.</p><p>b) funcionários públicos, exclusivamente.</p><p>c) particulares que atuam em setores considerados de interesse público.</p><p>d) as entidades da Administração indireta, em face da tutela exercida pelo ente instituidor.</p><p>e) os administrados, em face do poder da Administração de limitar a atuação privada em prol do interesse</p><p>coletivo.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE o TCU - Auditor Federal de Controle Externo) O poder disciplinar da administração pública</p><p>confunde-se com o poder punitivo do Estado.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>81</p><p>Poder Regulamentar</p><p>(videoaula 81)</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles:</p><p>"O poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes de executivo (Presidente da</p><p>República, Governadores e Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos</p><p>autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei. É um poder inerente e privativo</p><p>do Chefe do Executivo (CF, art. 84, IV), e, por isso mesmo, indelegável a qualquer subordinado."</p><p>Questões</p><p>(VUNESP - TJ-PA - Auxiliar Judiciário) O poder regulamentar é</p><p>a) função típica dos Promotores de Justiça.</p><p>b) função típica do Presidente do Tribunal de Justiça.</p><p>c) função típica do Presidente do Senado Federal.</p><p>d) atribuição privativa de qualquer magistrado.</p><p>e) atribuição típica do Chefe do Poder Executivo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - PRF - Agente Administrativo) Ao aplicar penalidade a servidor público, em processo</p><p>administrativo, o Estado exerce seu poder regulamentar.</p><p>Gabarito: E</p><p>DECRETOS DE EXECUÇÃO (ou Regulamentares)</p><p>CF. "Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:</p><p>IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para</p><p>sua fiel execução;"</p><p>Estes são chamados de decretos de execução ou decretos regulamentares, que são atos do Chefe</p><p>do Executivo, que tem por objetivo explicar a lei e facilitar sua execução. Por isso, não podem contrariar a lei,</p><p>nem ampliar ou restringir.</p><p>Já o Regulamento, conforme Meirelles: "é ato administrativo expedido privativamente pelo Chefe do</p><p>Executivo, através de decreto, com o fim de explicar o modo e forma de execução da lei eu prover situações</p><p>não disciplinadas em lei".</p><p>Ex.: Lei 8112/90: Art. 58. "O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou</p><p>transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas</p><p>a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme</p><p>dispuser em regulamento".</p><p>Assim, os decretos e regulamentos encontram-se hierarquicamente abaixo da lei. E são considerados</p><p>atos secundários, pois necessitam de uma lei a ser regulamentada. Já uma lei é considerada ato primário (a</p><p>ser regulamentado).</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRT-RJ - Analista Judiciário) O poder regulamentar da Administração pública consiste em</p><p>a) impor restrições à atuação de particulares, em benefício da coletividade, nos limites da lei.</p><p>b) controlar a atividade de órgãos inferiores, dando ordem a subordinados e verificando a legalidade dos</p><p>atos praticados.</p><p>c) editar normas complementares à lei, para a sua fiel execução.</p><p>d) organizar a atividade administrativa, inclusive com a avocação de competências e criação de órgãos.</p><p>e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e particulares que contratam com a</p><p>Administração.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-RO - Contador) Por meio do poder regulamentar, a administração pública poderá</p><p>complementar e alterar a lei a fim de permitir a sua efetiva aplicação.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TRE-BA - Analista Judiciário) O poder regulamentar, regra geral, tem natureza primária e decorre</p><p>diretamente da CF, sendo possível que os atos expedidos inovem o próprio ordenamento jurídico.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>82</p><p>(CESPE - MPU - Técnico Administrativo) É denominado regulamento executivo o decreto editado pelo</p><p>chefe do Poder Executivo federal para regulamentar leis.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-RO - Agente Administrativo) Quando a administração expede normas de caráter geral e</p><p>impessoal, ela está desempenhando o poder regulamentar e a função normativa simultaneamente.</p><p>Gabarito: C</p><p>DECRETOS AUTÔNOMOS</p><p>Existem também os chamados decretos autônomos, previstos no art. 84, VI, da CF, conforme abaixo:</p><p>CF. "Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:</p><p>VI – dispor, mediante decreto, sobre:</p><p>a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa</p><p>nem criação ou extinção de órgãos públicos;</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;"</p><p>Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos</p><p>VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-</p><p>Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.</p><p>Os decretos autônomos são expedidos como atos primários, independentemente de lei e previstos</p><p>pela Constituição Federal.</p><p>Questões</p><p>(FCC - AL-PB - Procurador - 2013 - adaptada) O chamado poder regulamentar autônomo, trata-se de</p><p>a) exercício de atividade normativa pelo Executivo, disciplinando matéria não regulada em lei.</p><p>b) poder conferido aos entes federados para legislar em matéria administrativa de seu próprio interesse.</p><p>c) atividade normativa exercida pelas agências reguladoras, nos setores sob sua responsabilidade.</p><p>d) prerrogativa conferida a todos os Poderes para disciplinar seus assuntos interna corporis.</p><p>e) atividade normativa excepcional, conferida ao Conselho de Defesa Nacional, na vigência de estado de</p><p>defesa ou estado de sítio.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE - DETRAN-ES - Advogado) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República</p><p>pode dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE</p><p>- FUB - Auditor) No Brasil, apenas excepcionalmente se admite ato normativo primário no</p><p>exercício do poder regulamentar da administração pública.</p><p>Gabarito: C</p><p>Regulamentos autorizados (ou delegado)</p><p>Primeiramente, não tem nada a ver com a "lei delegada" prevista no art. 68 da CF.</p><p>É um ato secundário, porém inova o Direito nas matérias em que a lei autoriza. Assim ele completa a</p><p>lei em razão de sua delegação.</p><p>Não está previsto expressamente na Constituição Federal.</p><p>Os regulamentos autorizados completam a lei, assim, inovam o direito, pois a lei autoriza o</p><p>preenchimento dessa lacuna.</p><p>Controle - O controle é feito pelo Congresso Nacional, conforme CF:</p><p>Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:</p><p>V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites</p><p>de delegação legislativa;</p><p>Questão (CESPE - FNDE - Especialista em Financiamento) No tocante ao exercício do poder normativo, a</p><p>CF permite que os atos normativos do Poder Executivo sejam sustados pelo Congresso Nacional nos casos</p><p>em que exorbitem do poder regulamentar.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>83</p><p>Poder Normativo</p><p>Poder Normativo é gênero de Poder Regulamentar (que é espécie).</p><p>Poder de Polícia (parte 1)</p><p>(videoaula 82)</p><p>Lembrando, das aulas sobre Princípios da Administração Pública que o regime jurídico-administrativo</p><p>é construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais surgem os demais princípio,</p><p>segundo Celso Antônio Bandeira de Mello. Estes princípios são:</p><p>- Supremacia do interesse público sobre o particular.</p><p>- Indisponibilidade do interesse público pela Administração</p><p>Para que o princípio da "Supremacia do interesse público sobre o particular" seja de fato aplicado,</p><p>por vezes é necessário que a administração pública se utilize do emprego de força (coercibilidade), que é</p><p>atributo do Poder de Polícia.</p><p>Sendo assim, quando se fala em poder de polícia, não necessariamente estamos tratando dos órgãos</p><p>policiais, como por exemplo: a polícia civil.</p><p>Além dos órgãos policiais, o poder de polícia é exercido por diversos órgãos e entidades.</p><p>Dessa forma, antes de tratarmos do conceito do poder de polícia, convém diferenciar a polícia</p><p>administrativa e a polícia judiciária.</p><p>POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA</p><p>CONCEITO</p><p>O Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) traz o conceito do poder de polícia:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>84</p><p>Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou</p><p>disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de</p><p>interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do</p><p>mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder</p><p>Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.</p><p>Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo</p><p>órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade</p><p>que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles:</p><p>"Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir</p><p>o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado".</p><p>O poder de polícia representa o que é conhecido como "atividade negativa", que restringe, dentro da</p><p>lei, direitos e interesses dos administrados. O inverso, considerado como "atividade positiva", seria a</p><p>prestação de serviços pela Administração Pública, o que amplia seus direitos.</p><p>Em que pese ser considerada "atividade negativa", o poder de polícia também impõe a prática de ato,</p><p>como por exemplo a obrigatoriedade de o particular conseguir autorização para fabricar fogos de artifício.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - MC - Técnico de Nível Superior) A polícia judiciária é uma expressão do poder de polícia da</p><p>administração pública, sendo a primeira um gênero da qual o segundo é espécie.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia - 2017) De acordo com a legislação e a doutrina pertinentes, o</p><p>poder de polícia administrativa</p><p>a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do chefe do Poder Executivo para a</p><p>fiel regulamentação de leis.</p><p>b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar a oportunidade e</p><p>conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu conteúdo.</p><p>c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária.</p><p>d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à esfera repressiva.</p><p>e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração aplicar punições a agentes</p><p>públicos que cometam infrações funcionais.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - SEDF - 2017) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao</p><p>controle da administração, julgue o item seguinte. O fato de a administração pública internamente</p><p>aplicar uma sanção a um servidor público que tenha praticado uma infração funcional caracteriza o</p><p>exercício do poder de polícia administrativo.</p><p>Gabarito: E (isso é poder disciplinar)</p><p>(VUNESP - TJ-PA - Auxiliar Judiciário)</p><p>A____________ é essencialmente preventiva, embora algumas vezes seus agentes ajam</p><p>repressivamente.</p><p>POLÍCIA ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA</p><p>Ocorrência</p><p>Infração administrativa</p><p>Ilícito penal</p><p>Exemplo</p><p>Fiscalização</p><p>Investigação</p><p>Criminal</p><p>(ex.: perícia)</p><p>Órgão</p><p>Diversos órgãos da</p><p>administração (polícia militar em</p><p>alguns casos)</p><p>Polícia civil, Polícia</p><p>Federal</p><p>(polícia militar em</p><p>alguns casos)</p><p>Incide sobre Atividades privadas,</p><p>bens e direitos</p><p>Pessoas</p><p>Atuação Essencialmente</p><p>Preventiva por vezes Repressiva</p><p>Repressiva</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>85</p><p>A _____________é notadamente________________.</p><p>No tocante ao poder de polícia, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o</p><p>enunciado.</p><p>a) polícia judiciária … polícia administrativa … repressiva</p><p>b) polícia judiciária … polícia administrativa … preventiva</p><p>c) polícia judiciária … polícia administrativa … punitiva</p><p>d) polícia administrativa … polícia judiciária … judicante</p><p>e) polícia administrativa … polícia judiciária … repressiva</p><p>Gabarito: E</p><p>(FGV - AL-BA - 2014 - Auditor) Sobre o poder de polícia, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. A polícia administrativa tem sua atuação voltada predominantemente para pessoas, e não para</p><p>atividades das pessoas.</p><p>II. A polícia administrativa tem caráter eminentemente preventivo.</p><p>III. Uma das funções primordiais da polícia administrativa, ao contrário da polícia judiciária, é a</p><p>de subsidiar a atuação do Ministério Público.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente a afirmativa II estiver correta.</p><p>b) se somente a afirmativa III estiver correta.</p><p>c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>e) se todas as afirmativas estiverem corretas.</p><p>Gabarito: A</p><p>(FCC- TRE-SP - Técnico Judiciário - 2017) Dentre as diversas atividades realizadas pelo Estado, no</p><p>desempenho de suas funções executivas, representam expressão de seu poder de polícia:</p><p>a) a regulação ou poder regulamentar, que visam conformar,</p><p>de forma restritiva ou indutiva, as atividades</p><p>econômicas aos interesses da coletividade, podendo abranger medidas normativas, administrativas,</p><p>materiais, preventivas e fiscalizatórias e sancionatórias.</p><p>b) as medidas disciplinares e hierárquicas adotadas para conformação da atuação dos servidores públicos e</p><p>dos contratados pela Administração às normas e posturas por essa impostas.</p><p>c) a fiscalização e autuação de condutores exercidas pelas autarquias que desempenham serviços públicos</p><p>rodoviários.</p><p>d) a autotutela exercida pela Administração pública sobre seus próprios atos, que inclui a possibilidade de</p><p>revisão e anulação dos mesmos.</p><p>e) a imposição de multas contratuais a empresas estatais exploradoras de atividades econômicas ou</p><p>prestadoras de serviços públicos, que também exercem poder de polícia ao impor multas a usuários dos</p><p>serviços e atividades que prestam.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - SEDF - 2017) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao</p><p>controle da administração, julgue o item seguinte.</p><p>O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos concretos em benefício</p><p>do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar esse poder a pessoas da iniciativa</p><p>privada não integrantes da administração pública.</p><p>Gabarito: E</p><p>(ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Considerando-se os poderes</p><p>administrativos, relacione cada poder com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.</p><p>1 poder vinculado</p><p>2 poder de polícia</p><p>3 poder hierárquico</p><p>4 poder regulamentar</p><p>5 poder disciplinar</p><p>( ) decreto estadual sobre transporte intermunicipal</p><p>( ) alvará para construção de imóvel comercial</p><p>( ) aplicação de penalidade administrativa a servidor</p><p>( ) avocação de competência por autoridade superior</p><p>( ) apreensão de mercadoria ilegal na alfândega</p><p>a)3/2/5/4/1</p><p>b)1/2/3/5/4</p><p>c)4/1/5/3/2</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>86</p><p>d)2/5/4/1/3</p><p>e)4/1/2/3/5</p><p>Gabarito: C</p><p>Poder de Polícia (parte 2) - Atributos</p><p>(videoaula 83)</p><p>Atributos do Poder de Polícia</p><p>São atributos ou qualidades características do poder de polícia:</p><p>Discricionariedade</p><p>Coercibilidade</p><p>Autoexecutoriedade</p><p>Vamos tratar a seguir de cada um dos atributos:</p><p>- Discricionariedade - segundo Meirelles: "traduz-se na livre escolha, pela Administração, da</p><p>oportunidade e conveniência de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar</p><p>os meios conducentes a atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público.". E ainda:</p><p>"no uso da liberdade legal de valoração das atividades policiadas e na graduação das sanções aplicáveis</p><p>aos infratores é que reside a discricionariedade do poder de polícia, mas mesmo assim a sanção deve</p><p>guardar correspondência e proporcionalidade com a infração".</p><p>O ato de polícia que a princípio é discricionário, pode também, conforme o caso ser vinculado.</p><p>Por exemplo, a concessão de licença a uma pessoa para o exercício de uma profissão, caso o particular</p><p>atenda todos os requisitos legais, é um ato vinculado.</p><p>- Autoexecutoriedade - nas palavras de Meirelles: "é a faculdade de a Administração decidir e</p><p>executar diretamente sua decisão por seus próprios meios, sem intervenção do Judiciário". Assim, para</p><p>a prática desses atos não é necessária a autorização ou ordem do Judiciário.</p><p>Segundo Maria Sylvia Di Pietro, a autoexecutoriedade não existe em todos os atos de polícia.</p><p>Assim, ela só é possível:</p><p>1- Quando expressamente prevista em lei. Por exemplo: apreensão de mercadorias. Ou,</p><p>2- Quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar</p><p>prejuízo maior para o interesse público. Por exemplo: um prédio prestes a desmoronar é demolido.</p><p>Segundo Maria Sylvia Di Pietro, alguns autores desdobram o princípio da autoexecutoriedade</p><p>em 2:</p><p>1- exigibilidade: resulta da possibilidade que tem a Administração de tomar decisões</p><p>executórias, ou seja, decisões que dispensam a Administração de dirigir-se preliminarmente ao juiz para</p><p>impor a obrigação ao administrado. A decisão administrativa impõe-se ao particular ainda contra a sua</p><p>concordância; se este quiser se opor, terá que ir a juízo.</p><p>Pelo atributo da exigibilidade, a Administração se vale de meios indiretos de coação. Ex.: multa,</p><p>impossibilidade de licenciamento do veículo enquanto não pagas as multas de trânsito.</p><p>2- executoriedade: consiste na faculdade que tem a Administração, quando já tomou decisão</p><p>executória, de realizar diretamente a execução forçada, usando, se for o caso, da força pública para</p><p>obrigar o administrado a cumprir a decisão.</p><p>Pelo atributo da executoriedade a Administração compele materialmente o administrado, usando</p><p>meios diretos de coação. Por exemplo: apreensão de mercadoria, interdição de fábrica.</p><p>E, conforme Maria Sylvia Di Pietro, "a exigibilidade está presente em todas as medidas de</p><p>polícia, mas não a executoriedade".</p><p>Conforme Meirelles: "excluem-se da autoexecutoriedade as multas (execução de cobrança de</p><p>multa), ainda que decorrentes do poder de polícia, que só podem ser executadas por via judicial, como</p><p>as demais prestações pecuniárias devidas pelo administrados à Administração".</p><p>- Coercibilidade - Segundo Meirelles: "é a imposição coativa das medidas adotadas pela</p><p>Administração. Todo ato de polícia é imperativo (obrigatório para seu destinatário), admitindo até o</p><p>emprego da força pública para seu cumprimento, quando resistido pelo administrado. O atributo da</p><p>coercibilidade do ato de polícia justifica o emprego da força física quando houver oposição do infrator."</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>87</p><p>Segundo Di Pietro: "A coercibilidade é indissociável da autoexecutoriedade. O ato de polícia só</p><p>é autoexecutório porque dotado de força coercitiva."</p><p>Outro Atributo: Atividade Negativa</p><p>Segundo Di Pietro, "outro atributo que alguns autores apontam para o poder de polícia é o fato</p><p>de ser uma atividade negativa, distinguindo-se, sob esse aspecto, do serviço público que seria uma</p><p>atividade positiva.</p><p>O poder de polícia é atividade negativa no sentido de que sempre impõe uma abstenção ao</p><p>particular, uma obrigação de não fazer. Mesmo quando o poder de polícia impõe, aparentemente, uma</p><p>obrigação de fazer, como exibir planta para licenciamento contra incêndio nos prédios, o poder público</p><p>não quer estes atos. Quer sim, evitar que as atividades ou situações pretendidas pelos particulares</p><p>sejam efetuadas de maneira perigosa ou nociva, o que ocorreria se realizadas fora dessas condições.</p><p>Por outras palavras, mesmo quando se exige prática de um ato pelo particular, o objetivo é</p><p>sempre uma abstenção: evitar um dano oriundo do mau exercício do direito individual".</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRE-PR - Analista Judiciário) Considerando que sejam atributos do poder de polícia a</p><p>discricionariedade, a coercibilidade e a autoexecutoriedade, da qual são desdobramentos a</p><p>exigibilidade e a executoriedade, é correto afirmar:</p><p>a) A discricionariedade está presente em todos os atos emanados do poder de polícia.</p><p>b) A exigibilidade compreende a necessidade de provocação judicial para adoção de medidas de polícia.</p><p>c) A autoexecutoriedade prescinde da coercibilidade, que pode ou não estar presente nos atos de polícia.</p><p>d) A coercibilidade traduz-se na caracterização do ato de polícia como sendo uma atividade negativa, na</p><p>medida em que se presta a limitar a atuação do particular.</p><p>e) O poder de polícia pode ser exercido por meio de atos vinculados ou de atos discricionários, neste caso</p><p>quando houver certa margem de apreciação deixada pela lei.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TRT-9R</p><p>- Analista Judiciário) Pelo atributo da coercibilidade, o poder de polícia tem execução</p><p>imediata, sem dependência de ordem judicial.</p><p>Gabarito: E (autoexecutoriedade)</p><p>(VUNESP - Câmara Municipal de São José dos Campos - Analista Legislativo- Advogado) São</p><p>atributos do poder de polícia:</p><p>a) legitimidade e moralidade.</p><p>b) legalidade e imperatividade.</p><p>c) discricionariedade e autoexecutoriedade.</p><p>d) vinculação e coercibilidade.</p><p>e) positividade e proporcionalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FGV - MPE-MS - Analista-Direito) Sobre o Poder de Polícia, avalie as afirmativas a seguir.</p><p>I. São características do poder de polícia a autoexecutoriedade e a coercibilidade.</p><p>II. O poder de polícia somente pode ser exercido por pessoa jurídica integrante da Administração</p><p>Pública.</p><p>III. A Polícia Administrativa incide sobre pessoas, enquanto a Polícia Judiciária sobre atividades.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente a afirmativa I estiver correta.</p><p>b) se somente a afirmativa II estiver correta.</p><p>c) se somente a afirmativa III estiver correta.</p><p>d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>e) se todas as afirmativas estiverem corretas.</p><p>Gabarito: A</p><p>Poder de Polícia (parte 3) - Ciclo de Polícia</p><p>(videoaula 84)</p><p>Ciclo de policia (atuação, atividade)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>88</p><p>O ciclo de polícia observa 4 fases:</p><p>1- Ordem de polícia;</p><p>2- Consentimento de polícia;</p><p>3- Fiscalização de polícia;</p><p>4- Sanção de polícia.</p><p>Vamos estudar cada uma dessas fases.</p><p>1- Ordem de polícia - É a primeira fase. Em decorrência da aplicação do princípio da legalidade,</p><p>diz respeito às leis e atos normativos. É a legislação de determina os limites e condicionamentos ao</p><p>exercício de atividades privadas ou para determinado exercício de poderes referentes à propriedade</p><p>privada.</p><p>2- Consentimento de polícia - O exemplo clássico é o alvará (licenças e autorizações), quando</p><p>se faz necessário esse consentimento para o exercício de atividades privadas e o uso de bens. Esta é</p><p>uma fase que não está presente em todo e qualquer ciclo de polícia. Pois, por exemplo, há determinadas</p><p>atividades privadas que não estão sujeitos a alvará, mas estão sujeitos à fiscalização de polícia e sanção</p><p>de polícia.</p><p>3- Fiscalização de polícia - Como o próprio nome diz, é a própria fiscalização da administração</p><p>pública sobre o particular. Nessa fiscalização a administração verifica se o particular está a cumprir a</p><p>legislação e consequentemente a ordem de polícia.</p><p>4- Sanção de polícia - Como exemplo, podemos ter as sanções de multa administrativa e</p><p>apreensão de mercadoria. Segundo Vicente Paulo: "é a atuação administrativa coercitiva por meio da</p><p>qual a administração, constatando que está sendo violada uma ordem de polícia, ou que uma atividade</p><p>privada previamente consentida está sendo executada em desacordo com as condições e os requisitos</p><p>estabelecidos no ato de consentimento, aplica ao particular infrator uma medida repressiva (sanção) ,</p><p>dentre as previstas na lei de regência".</p><p>Questões</p><p>(ESAF - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Ao exercer o poder de polícia, o agente público percorre</p><p>determinado ciclo até a aplicação da sanção, também chamado ciclo de polícia. Identifique, entre as opções</p><p>abaixo, a fase que pode ou não estar presente na atuação da polícia administrativa.</p><p>a) Ordem de polícia.</p><p>b) Consentimento de polícia.</p><p>c) Sanção de polícia.</p><p>d) Fiscalização de polícia.</p><p>e) Aplicação da pena criminal.</p><p>Gabarito: B</p><p>(ESAF - CVM - Agente Executivo) A coluna I contém alguns exemplos de atos administrativos praticados no</p><p>exercício do poder de polícia. A coluna II contém as fases do ciclo de polícia que culminam na prática dos</p><p>atos administrativos listados na coluna I. Correlacione as colunas I e II e, ao final, assinale a opção que</p><p>expresse a correlação correta.</p><p>a) 3, 1, 2, 3, 1</p><p>b) 1, 2, 3, 1, 2</p><p>c) 2, 2, 3, 1, 2</p><p>d) 3, 1, 2, 1, 3</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>89</p><p>e) 2, 1, 3, 2, 1</p><p>Gabarito: A</p><p>Poder de Polícia - Sentido Amplo</p><p>Estudamos que o conceito de poder de polícia, segundo Meirelles é:</p><p>"Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir</p><p>o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado".</p><p>Entretanto, alguns autores adotam o "sentido amplo" do poder de polícia, incluindo até a criação de</p><p>leis pelo Poder Legislativo. Segundo Di Pietro:</p><p>"O Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei, as</p><p>chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.</p><p>A Administração Pública, no exercício da parcela que lhe é outorgada do mesmo poder, regulamenta</p><p>as leis e controla a sua aplicação, preventivamente (por meio de ordens, notificações, licenças ou</p><p>autorizações) ou repressivamente (mediante imposição de medidas coercitivas)."</p><p>Questão (FCC - TCE-SP - Procurador) O poder de polícia expressa-se, em sentido amplo, por meio de</p><p>a) medidas repressivas, não compreendendo medidas preventivas.</p><p>b) medidas gerais preventivas de limitação de direitos, podendo ser discricionárias quando não previstas em</p><p>lei.</p><p>c) atos administrativos concretos limitadores do exercício de direitos e atividades individuais em caráter</p><p>geral e abstrato.</p><p>d) atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de aplicação da lei ao caso concreto.</p><p>e) medidas preventivas abstratas, tais como vistorias e licenças.</p><p>Gabarito: D</p><p>Questão - Dentre as características e peculiaridades do poder de polícia administrativa, considerado este</p><p>em seu sentido amplo, é INCORRETO afirmar que</p><p>a) se manifesta, dentre outras formas, através de atos normativos e de alcance geral, como, por exemplo,</p><p>regulamentos ou portarias que proíbem soltar balões em épocas de festas juninas.</p><p>b) dentre os meios de atuação, pode adotar medidas repressivas.</p><p>c) uma de suas características é a coercibilidade.</p><p>d) uma de suas características é a discricionariedade absoluta.</p><p>e) constitui exemplo de atos fiscalizatórios do poder de polícia, a vistoria de veículos automotores para</p><p>garantia de condições de segurança.</p><p>Gabarito: D</p><p>Modalidades de Exercício - Poder de Polícia Preventiva ou Repressiva</p><p>O poder de polícia pode ser exercido na modalidade preventiva ou repressiva, conforme a seguir:</p><p>- Preventiva: segundo Marcelo Alexandrino: "o poder público estabelece normas que limitam ou</p><p>condicionam a utilização de bens (públicos ou privados) ou o exercício de atividades privadas que</p><p>possam afetar a coletividade, exigindo que o particular obtenha anuência da administração pública</p><p>previamente à utilização desses bens ou ao exercício dessas atividades. Tal anuência é formalizada</p><p>nos denominados alvarás, expedidos pela administração à vista da demonstração, pelo particular</p><p>requerente, de que estão atendidos os requisitos ou cumpridas as condições para o uso da propriedade</p><p>ou a prática das atividades que devam ser objeto de controle pelos órgãos de polícia administrativa."</p><p>Quanto aos alvarás podemos classificá-los em: licença ou autorização.</p><p>Licença: - ato vinculado e definitivo. É um direito do particular, que preenchidos os requisitos</p><p>legais, não pode ser negado pela Administração. Por exemplo: concessão de licença para o exercício</p><p>de uma profissão.</p><p>Autorização: - ato discricionário e precário. É discricionário, pois pode ser negada mesmo que o</p><p>particular preencha os requisitos. É precário, pois pode ser revogada a qualquer tempo pela</p><p>Administração, sem gerar, em regra, direito a indenização ao particular. Por exemplo: concessão de</p><p>autorização para porte de arma de fogo.</p><p>- Repressiva: segundo</p><p>Marcelo Alexandrino: "é consubstanciada na aplicação de sanções</p><p>administrativas como consequência da prática de infrações a normas de polícia pelos particulares a elas</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>90</p><p>sujeitos. Verificando a existência de infração, a autoridade administrativa deverá lavrar o auto de</p><p>infração pertinente e cientificar o particular da sanção aplicada."</p><p>Como exemplo de sanções de polícia podemos citar: multas administrativas, interdição de</p><p>estabelecimento comercial, apreensão de mercadoria contrabandeada, demolição de construção</p><p>irregular.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - MC - Técnico de Nível Superior - Direito) A polícia administrativa tanto pode agir</p><p>preventivamente, a exemplo da atuação orientadora aos comerciantes sobre o risco de expor à venda</p><p>produtos deteriorados ou impróprios para o consumo, como pode agir repressivamente, apreendendo os</p><p>produtos vencidos dos estabelecimentos comerciais, por exemplo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-AP - Técnico Judiciário) A autorização e a licença constituem exemplos clássicos</p><p>do exercício do poder de polícia e são medidas consideradas</p><p>a) repressivas.</p><p>b) preventivas.</p><p>c) judiciárias.</p><p>d) normativas.</p><p>e) normativas e punitivas.</p><p>Gabarito: B</p><p>(AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora - Auditor Fiscal) O exercício do poder de polícia</p><p>administrativa, por meio de sua modalidade repressiva, caracteriza- se através da</p><p>a) emissão de alvará de construção.</p><p>b) emissão de carteira de motorista.</p><p>c) autorização de uso de bem público.</p><p>d) expedição do alvará do corpo de bombeiros.</p><p>e) imposição de multa.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - FNDE - Técnico em Financiamento) No exercício do poder de polícia administrativa, o</p><p>Estado utiliza tanto medidas preventivas, como a de fiscalização e vistoria, quanto repressivas, a exemplo</p><p>da dissolução de reunião e interdição de atividade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>91</p><p>Poder de Polícia (parte 4) – Originário e Delegado</p><p>(videoaula 85)</p><p>Poder de Polícia originário e delegado.</p><p>A doutrina classifica o poder de polícia em: originário e delegado. O que diferencia um do outro</p><p>é o fato do poder de polícia ser exercido pela administração direta ou administração indireta.</p><p>Poder de polícia originário - exercido pela administração direta.</p><p>Poder de polícia delegado - exercido pela administração indireta - pessoas jurídicas de direito</p><p>público (autarquia e fundação pública de direito público). É decorrente da descentralização mediante</p><p>outorga legal.</p><p>DELEGAÇÃO</p><p>A maior parte da doutrina não admite delegação de poder de polícia a pessoas privadas não</p><p>integrantes da administração pública.</p><p>O que se admite é a prática de atos de execução por parte de particulares, com o objetivo de</p><p>dar apoio à polícia administrativa, mas sem qualquer poder de decisão. Por exemplo: empresas</p><p>contratadas para efetuar manutenção nos radares de trânsito.</p><p>O STJ admite delegação do poder de polícia a pessoas jurídicas de direito privado pertencentes</p><p>à administração pública indireta (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações</p><p>públicas de direito privado), no que concerne apenas às fases do ciclo de polícia denominados:</p><p>"consentimento de polícia" e "fiscalização de polícia". Já as fases "ordem de polícia" e "consentimento</p><p>de polícia" não podem ser delegadas a qualquer pessoa jurídica de direito privado.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - SEDF - 2017) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao</p><p>controle da administração, julgue o item seguinte.</p><p>O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos concretos em benefício</p><p>do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar esse poder a pessoas da iniciativa</p><p>privada não integrantes da administração pública.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FGV - SUDENE-PE - Analista Administrativo) O poder de polícia possui uma serie de classificações. Dentre</p><p>essas classificações é possível encontrar na doutrina a divisão entre poder de polícia originário e poder de</p><p>polícia delegado.</p><p>Com relação a essa classificação,assinale a afirmativa correta.</p><p>a) O poder de polícia originário poderá ser exercido por todas as pessoas jurídicas de direito público.</p><p>b) O poder de polícia delegado poderá ser exercido através de delegação veiculada por norma que não</p><p>necessariamente seja uma lei formal.</p><p>c) As autarquias podem exercer o poder de polícia delegado.</p><p>d) O poder de polícia pode ser delegado a pessoas jurídicas não integrantes da Administração Pública.</p><p>e) O poder de polícia pode ser delegado a pessoa jurídica de direito privado integrante da Administração</p><p>Pública, ainda que haja o exercício de função de natureza não apenas executória, mas também inovadora.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TR-PE - 2017) O poder de polícia</p><p>a) é indelegável.</p><p>b) é delegável no âmbito da própria administração pública, em todas as suas dimensões, a pessoas</p><p>jurídicas de direito privado e, também, a particulares.</p><p>c) é suscetível de delegação no âmbito da própria administração pública, desde que o delegatário não seja</p><p>pessoa jurídica de direito privado.</p><p>d) pode ser delegado em sua dimensão fiscalizatória a pessoa jurídica de direito privado integrante da</p><p>administração pública.</p><p>e) pode ser delegado em suas dimensões legislativa e sancionadora a pessoa jurídica de direito privado</p><p>integrante da administração pública.</p><p>Gabarito: D</p><p>(FUNCAB – PC-PA – Delegado da Polícia Civil) “Afirmar que o poder de polícia não pode ser delegado por</p><p>ser uma atividade adstrita à soberania estatal e o Estado não pode delegar aquilo que é ligado a sua</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>92</p><p>soberania, trata -se de um posicionamento superado. Nem tudo ligado ao poder de polícia é vinculado à</p><p>soberania do Estado, ou seja, ao poder de império, pois existem atividades ligadas ao poder de polícia que</p><p>correspondem ao poder de gestão, que são justamente aquelas praticadas sem que o Estado utilize de sua</p><p>supremacia sobre os destinatários”. (PINHEIRO MADEIRA. 2014)</p><p>Assinale a alternativa em que se encontram as fases que podem ser delegadas a entidades privadas.</p><p>a) Sanção de polícia e consentimento de polícia.</p><p>b) Ordem de polícia e sanção de polícia.</p><p>c) Ordem de polícia e fiscalização de polícia.</p><p>d) Consentimento de polícia e fiscalização de polícia.</p><p>e) Ordem de polícia e consentimento de polícia.</p><p>Gabarito: D</p><p>(ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Considerando-se os poderes administrativos,</p><p>relacione cada poder com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.</p><p>1 poder vinculado</p><p>2 poder de polícia</p><p>3 poder hierárquico</p><p>4 poder regulamentar</p><p>5 poder disciplinar</p><p>( ) decreto estadual sobre transporte intermunicipal</p><p>( ) alvará para construção de imóvel comercial</p><p>( ) aplicação de penalidade administrativa a servidor</p><p>( ) avocação de competência por autoridade superior</p><p>( ) apreensão de mercadoria ilegal na alfândega</p><p>a) 3/2/5/4/1</p><p>b) 1/2/3/5/4</p><p>c) 4/1/5/3/2</p><p>d) 2/5/4/1/3</p><p>e) 4/1/2/3/5</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>93</p><p>Deveres Administrativos</p><p>(videoaula 86)</p><p>A doutrina enumera alguns deveres impostos aos agentes públicos. São eles:</p><p>1- Poder-dever de agir;</p><p>2- Dever de eficiência;</p><p>3- Dever de probidade;</p><p>4- Dever de prestar contas.</p><p>Questão (COPEVE-UFAL - Assistente</p><p>Administrativo) Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro.</p><p>16ª ed. São Paulo: Malheiros, 1991, p. 90) aponta quais são os três principais deveres do administrador</p><p>público. São eles:</p><p>a) Dever de fidelidade à instituição, dever de submissão aos superiores e dever de honestidade.</p><p>b) Dever de publicidade, dever de legalidade e dever de moralidade.</p><p>c) Dever de eficiência, dever de probidade e dever de prestar contas.</p><p>d) Dever de impessoalidade, dever de tratamento isonômico e dever de generalidade.</p><p>e) Dever de boa-fé, dever de transparência e dever de controle.</p><p>Gabarito: C</p><p>Vamos estudar cada um deles:</p><p>1- Poder-dever de agir</p><p>Segundo Meirelles: "O poder tem para o agente público o significado de dever para com a</p><p>comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação de</p><p>exercitá-lo. Se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma</p><p>obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade. É que</p><p>o Direito Público ajunta ao poder do administrador o dever de administrar".</p><p>O administrador tem o dever, a obrigação de agir. Segundo Hely Lopes Meirelles os 3 principais</p><p>deveres do administrador público são: dever de eficiência, dever de probidade e dever de prestar contas.</p><p>2- Dever de eficiência</p><p>Segundo Meirelles: "a eficiência funcional é, pois, considerada em sentido amplo, abrangendo</p><p>não só a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua</p><p>adequação técnica aos fins visados pela Administração, para o que se avaliam os resultados,</p><p>confrontam-se os desempenhos e se aperfeiçoa o pessoal através de seleção e treinamento. Tal</p><p>controle desenvolve-se, portanto, na tríplice linha administrativa, econômica e técnica."</p><p>Questão (FGV - INEA-RJ - Administrador) O administrador público, durante toda a sua vida funcional,</p><p>está sujeito aos ditames da Lei e às exigências do bem comum. Caso não cumpra os ditames legais será</p><p>enquadrado nas responsabilidades disciplinares, civis e/ou criminais, conforme o caso.</p><p>Analise o fragmento a seguir.</p><p>“A necessidade de tornar mais qualitativa a atividade administrativa, com o objetivo de se imprimir à atuação</p><p>do administrador público maior celeridade, perfeição, coordenação, técnica, controle, entre outros.”</p><p>Assinale a alternativa que indica o poder/dever do administrador público descrito no fragmento.</p><p>a) Dever de Probidade.</p><p>b) Dever de Prestar Contas.</p><p>c) Poder / Dever de Agir.</p><p>d) Poder / Dever de Comando.</p><p>e) Dever de Eficiência.</p><p>Gabarito: E</p><p>3- Dever de probidade</p><p>Segundo Meirelles: "O dever de probidade está constitucionalmente integrado na conduta do</p><p>administrador público como elemento necessário à legitimação de seus atos."</p><p>Conforme art. 37, §4º da CF: "Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos</p><p>direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na</p><p>forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível."</p><p>A Lei 8.429/92 (estudada nas aulas 65 a 74 - recomendo assistir pelo menos a aula 65) trata da</p><p>improbidade administativa.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>94</p><p>Questão (TRE-SC - Analista Judiciário - MS Concursos)</p><p>No desempenho de suas atribuições, os servidores públicos deverão pautar- -</p><p>se pelos princípios da honestidade e da moralidade. Assinale a alternativa que traduza essas condutas.</p><p>a) Dever de probidade.</p><p>b) Dever de lealdade.</p><p>c) Dever de prestação de contas.</p><p>d) Dever de eficiência.</p><p>R. A</p><p>4- Dever de prestar contas.</p><p>Conforme Meirelles: "o dever de prestar contas é decorrência natural da administração como</p><p>encargo de gestão de bens e interesses alheios. A prestação de contas não se refere apenas aos</p><p>dinheiros públicos, à gestão financeira, mas a todos os atos de governo e de administração".</p><p>Decorre diretamente do princípio da "Indisponibilidade do interesse público pela Administração".</p><p>Este dever atinge a todos que recebam dinheiro público para determinada aplicação. Até, por</p><p>exemplo: um ente paraestatal ou um particular.</p><p>Questões</p><p>(ESAF - DNIT - Técnico Administrativo) O dever do agente público que decorre diretamente do princípio da</p><p>indisponibilidade do interesse público, sendo inerente à função daquele que administra a coisa pública,</p><p>denomina-se:</p><p>a) Dever de eficiência.</p><p>b) Dever de probidade.</p><p>c) Dever de prestar contas.</p><p>d) Poder dever de agir.</p><p>e) Poder dever de fiscalizar.</p><p>R. C</p><p>(FCC - MPU - Analista-Orçamento) Quanto aos deveres do administrador público, é INCORRETO afirmar</p><p>que o dever de</p><p>a) probidade está constitucionalmente integrado na conduta do administrador público como elemento</p><p>necessário à legitimidade de seus atos.</p><p>b) motivação dos atos administrativos não obriga o agente público a indicar as causas da prática de ato que</p><p>afete o interesse individual do administrado.</p><p>c) eficiência funcional abrange não só a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição</p><p>do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados pela administração.</p><p>d) agir para o particular é uma faculdade, enquanto para o administrador é uma obrigação de atuar, desde</p><p>que o exercite em benefício da comunidade.</p><p>e) prestar contas alcança não só os administradores de entidades e órgãos públicos como também os</p><p>particulares que recebam subvenções estatais para aplicação determinada ou os entes paraestatais.</p><p>R. B</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>95</p><p>Atos Administrativos</p><p>Conceito</p><p>(videoaula 87)</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles: "ato administrativo é toda manifestação de vontade unilateral da</p><p>Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,</p><p>modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria".</p><p>Já para Maria Sylvia Di Pietro, ato administrativo é "a declaração do Estado ou de quem o represente,</p><p>que produz efeitos jurídicos imediatos com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita</p><p>a controle pelo Poder Judiciário".</p><p>E para Celso Antônio Bandeira de Mello, o ato administrativo é uma "declaração do Estado (ou de</p><p>quem lhe faça as vezes - como, por exemplo, um concessionário de serviço público), no exercício de</p><p>prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar</p><p>cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional".</p><p>Vamos destacar alguns pontos importantes do ato administrativo:</p><p>- manifestação ou declaração unilateral de vontade (diferentemente dos contratos que são atos</p><p>bilaterais)</p><p>- da Administração Pública (do Estado)</p><p>- ou de particulares que a represente (mediante delegação - por exemplo um concessionário ou</p><p>permissionário de serviço público e oficial de cartório)</p><p>- produz efeitos jurídicos imediatos (é uma espécie de ato jurídico)</p><p>- sob regime jurídico de direito público</p><p>- sujeito a controle de legitimidade (legalidade) pelo Poder Judiciário.</p><p>Questões</p><p>(FCC - AL-MS - Agente) Considere:</p><p>I. São sempre passíveis de apreciação judicial.</p><p>II. Sujeitam-se à lei.</p><p>III. É espécie de ato jurídico.</p><p>IV. Em regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos.</p><p>No que concerne aos atos administrativos, está correto o que consta em</p><p>a) IV, apenas.</p><p>b) I, II, III e IV.</p><p>c) I, II e III, apenas.</p><p>d) III, apenas.</p><p>e) I e II, apenas.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) No que concerne à administração pública, julgue o</p><p>item a seguir.</p><p>Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas</p><p>de aula de uma escola privada para a realização</p><p>do curso de formação de seus novos servidores. Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda</p><p>que seja regido pelo direito privado, é considerado um ato administrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANATEL - Analista Administrativo) Julgue o item, a respeito de atos e processos administrativos.</p><p>Os atos administrativos são praticados por servidores e empregados públicos, bem como por determinados</p><p>particulares, a exemplo dos concessionários e permissionários de serviços públicos e oficiais de cartórios.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) A respeito do regime jurídico administrativo, julgue</p><p>o item a seguir.</p><p>Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por particulares mediante delegação.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>96</p><p>Na atividade pública em geral, podemos ter 3 categorias de atos, para cada Poder do Estado:</p><p>- atos administrativos</p><p>- atos legislativos (elaboração de normas primárias)</p><p>- atos judiciais (exercício da jurisdição).</p><p>Importante alertar que os Poderes Legislativos e Judiciários também editam atos administrativos.</p><p>Por exemplo: na gestão de seu pessoal e na licitação.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCDF - Analista) Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo item.</p><p>Os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime</p><p>jurídico administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) Acerca dos atos administrativos, julgue o item</p><p>subsequente.</p><p>O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico, diferindo o primeiro do</p><p>segundo por ser aquele uma categoria informada pela administração de áreas meio.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos da Administração e Fatos Administrativos (parte</p><p>1)</p><p>(videoaula 88)</p><p>Atos da Administração</p><p>Segundo Di Pietro, "ato da Administração tem sentido mais amplo do que a expressão ato</p><p>administrativo, que abrange apenas determinada categoria de atos praticados no exercício da função</p><p>administrativa."</p><p>Segundo Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, citado por Celso Antonio Bandeira de Mello, os atos da</p><p>Administração incluem-se:</p><p>a. os "atos administrativos" propriamente ditos (manifestação de vontade cujo fim imediato seja a</p><p>produção de efeitos jurídicos, regida pelo direito público);</p><p>b. os atos da administração pública regidos pelo direito privado (contratos);</p><p>c. os chamados "atos materiais" praticados pela administração pública, que são os atos de mera</p><p>execução de determinações administrativas (portanto, não tem como conteúdo uma manifestação de</p><p>vontade), a exemplo da varrição de uma praça, da dissolução de uma passeata, da pavimentação de uma</p><p>estrada, da demolição de um prédio que esteja ameaçando ruir. Os atos materiais da Administração referem-</p><p>se à definição de fato administrativo.</p><p>d) os atos políticos (ou de governo) - estão sujeitos a regime jurídico-constitucional (com base</p><p>diretamente no texto constitucional, por exemplo: iniciativa de lei, sanção ou veto a projeto de lei).</p><p>Questão (CESPE - ANTAQ - Técnico Administrativo) Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir.</p><p>A sanção do presidente da República é qualificada como ato administrativo em sentido estrito, ou seja, é</p><p>uma manifestação de vontade da administração pública no exercício de prerrogativas públicas, cujo fim</p><p>imediato é a produção de efeitos jurídicos determinados.</p><p>Gabarito: E</p><p>Fatos Administrativos</p><p>Fatos Administrativos correspondem ao "atos materiais", é a execução ou materialização da função</p><p>administrativa.</p><p>A própria doutrina traz conceitos discrepantes a respeito dos Fatos Administrativos.</p><p>Porém, faz-se necessário o estudo dos diversos aspectos dos fatos administrativos, que não se</p><p>confunde com atos administrativos.</p><p>Na acepção de Vicente Paulo: "Um fato administrativo, em regra, resulta de um ato administrativo (ou</p><p>mais de um), decorre de uma decisão ou determinação administrativa, mas com esta não se confunde. Uma</p><p>vez expressa a vontade da administração mediante a edição de um (ou mais) ato administrativo (manifestação</p><p>dotada de conteúdo jurídico), surge como consequência um fato administrativo (a implantação do ato)".</p><p>Ato administrativo = manifestação de vontade / decisão administrativa.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>97</p><p>Fato administrativo = materialização, execução prática do ato.</p><p>Ato Administrativo ---> Fato Administrativo</p><p>Um outro conceito de fato administrativo, segundo Marcelo Alexandrino, é: "fatos administrativos são</p><p>quaisquer atuações da administração que produzam efeitos jurídicos. São atuações que não correspondem</p><p>a uma manifestação de vontade da administração, mas que trazem consequências jurídicas."</p><p>Fato Administrativo ---> Consequência Jurídica</p><p>Questões</p><p>(FCC - CNMO - Técnico Administração) Ato administrativo é:</p><p>a) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa.</p><p>b) sinônimo de fato administrativo.</p><p>c) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por</p><p>fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos</p><p>administrados.</p><p>d) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos</p><p>administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria.</p><p>e) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha</p><p>por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações</p><p>aos administrados ou a si própria.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - MI - Assistente Técnico Administrativo) A construção de uma ponte pela administração</p><p>pública caracteriza um fato administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento</p><p>de alguma decisão administrativa.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MI - Analista) A pavimentação de uma rua pela administração pública municipal</p><p>representa um fato administrativo, atividade decorrente do exercício da função administrativa, que pode</p><p>originar-se de um ato administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - PC-AL - Delegado de Polícia) O fato administrativo é conceituado como a</p><p>materialização da função administrativa.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MPOG - Administrador) O fato administrativo trata de ações que não representam uma</p><p>vontade, mas puramente a necessidade executória, ao passo que um ato administrativo pode ser</p><p>considerado uma manifestação de vontade e uma declaração do Estado com produção imediata de</p><p>efeitos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TRT 10ª - Analista Judiciário) Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos,</p><p>motivo pelo qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos – O Silêncio - Fatos</p><p>Administrativos (parte 2)</p><p>(Videoaula 89)</p><p>O Silêncio</p><p>Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello: "Se a Administração não se pronuncia quando deve fazê-</p><p>lo, seja porque foi provocada por administrado que postula interesse próprio, seja porque um órgão tem de</p><p>pronunciar-se para fins de controle de ato de outro órgão, está-se presente o silêncio administrativo."</p><p>Sendo assim, por exemplo, no caso do administrado postular interesse próprio, passado determinado</p><p>prazo sem a pronúncia da Administração, pode ser considerado deferida ou indeferida sua pretensão.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof.</p><p>Eduardo Tanaka</p><p>98</p><p>O Silêncio (ou inércia ou omissão) da Administração que produz efeitos jurídicos - é considerado um</p><p>fato administrativo. Não há que se falar em ato administrativo, pois não houve qualquer ação por parte da</p><p>administração.</p><p>Silêncio (ou inércia ou omissão) ---> Fato Administrativo ---> Consequência Jurídica</p><p>Questão (CESPE - STJ - Técnico Judiciário) A respeito da administração pública direta e indireta e de</p><p>atos administrativos, julgue o item a seguir.</p><p>Em regra, o silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato</p><p>administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>Fato Administrativo Natural</p><p>Já, para Di Pietro: "O Direito Civil faz distinção entre ato e fato; o primeiro é imputável ao homem; o</p><p>segundo decorre de acontecimentos naturais, que independem do homem ou que dele dependem apenas</p><p>indiretamente.</p><p>Quando o fato corresponde à descrição contida na norma legal, ele é chamado fato jurídico e produz</p><p>efeitos no mundo do Direito. Quando do fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do Direito</p><p>Administrativo, ele é um fato administrativo, como ocorre com a morte de um funcionário, que produz a</p><p>vacância de seu cargo; com o decurso do tempo, que produz a prescrição administrativa.</p><p>Se o fato não produz qualquer efeito jurídico no Direito Administrativo, ele é chamado fato da</p><p>Administração."</p><p>Acontecimento natural ---> Fato Administrativo (natural) ---> Consequência Jurídica</p><p>Fato da Administração ---> Não produz consequência jurídica.</p><p>Questão (CESPE - AGU - Advogado da União) Os fatos administrativos voluntários se materializam ou por</p><p>meio de atos administrativos que exprimam a manifestação da vontade do administrador ou por meio de</p><p>condutas administrativas, as quais não são obrigatoriamente precedidas de um ato administrativo formal;</p><p>por sua vez, os fatos administrativos naturais originam-se de fenômenos da natureza com reflexos na órbita</p><p>administrativa.</p><p>Gabarito: C</p><p>QUADRO ATO X FATO</p><p>ATO FATO</p><p>tem como finalidade a produção de</p><p>efeitos jurídicos</p><p>não tem como finalidade a produção</p><p>de efeitos jurídicos</p><p>manifestação de vontade ato material de mera execução</p><p>pode ser revogado e anulado não pode ser revogado nem anulado</p><p>Atos podem ser discricionários ou</p><p>vinculados</p><p>não há que se falar em fatos</p><p>administrativos discricionários ou vinculados</p><p>Presunção de legitimidade é atributo</p><p>do ato administrativo</p><p>não há que se falar em “presunção de</p><p>legitimidade" para fato administrativo.</p><p>Questão (FAPEC - PC-MS - Delegado de Polícia - modificado) Segundo a doutrina pátria, “O interesse da</p><p>distinção entre ato jurídico e fato jurídico, para o Direito Administrativo, reside em que a Administração não</p><p>só produz atos jurídicos, mas também fatos jurídicos". Assinale a alternativa incorreta:</p><p>a) Atos administrativos gozam de presunção de legitimidade; fatos administrativos não.</p><p>b) Toda vez que se estiver perante uma declaração; 'falas' prescritivas, segundo Celso Antônio Bandeira de</p><p>Melo, estamos diante de um ato jurídico; fatos jurídicos não são falas, nem pronunciam coisa alguma.</p><p>c) Os atos administrativos podem ser anulados e revogados; fatos administrativos apenas são revogáveis, e</p><p>não anuláveis.</p><p>d) O fato administrativo pode ser ou não, consequência de um ato administrativo que o determina.</p><p>e) O ato é um comando jurídico; o fato não diz nada, apenas ocorre.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>99</p><p>Requisitos - introdução e competência</p><p>(videoaoula 90)</p><p>Introdução</p><p>Requisitos de validade ou elementos dos atos administrativos.</p><p>Para a formação de um ato administrativo são necessárias algumas condições para sua validade.</p><p>Importante notar que os requisitos de validade não se confundem com atributos do ato administrativo,</p><p>o qual estudaremos posteriormente.</p><p>Os requisitos constituem a infraestrutura e os atributos são as qualidades do ato administrativo.</p><p>Requisitos (ou elementos) = infraestrutura/condições para validade do ato administrativo</p><p>Atributos = qualidade/característica do ato administrativo</p><p>A Lei 4.717/65 (Lei da ação popular), em seu artigo 2º, indica os cinco requisitos (elementos) do ato</p><p>administrativo. São eles: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. (ComFiFoMO)</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016) São três os requisitos para que um ato</p><p>administrativo seja dito perfeito: competência, finalidade e objeto.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANATEL - Analista Administrativo) Competência, finalidade, forma, motivo e objeto são requisitos</p><p>de validade de um ato administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-RS - Analista Judiciário) Indique a alternativa que completa a seguinte afirmação: Finalidade e</p><p>motivo são ...... do ato administrativo.</p><p>a) características.</p><p>b) atributos.</p><p>c) aspectos.</p><p>d) requisitos ou elementos.</p><p>e) modos de exteriorização.</p><p>Gabarito: D</p><p>Vamos agora tratar de cada um dos requisitos ou elementos:</p><p>Competência (Sujeito)</p><p>Alguns autores também chamam este requisito de "sujeito".</p><p>Segundo Meirelles, "entende-se por competência administrativa o poder atribuído ao agente da</p><p>Administração para o desempenho específico de suas funções. A competência resulta da lei e por ela é</p><p>delimitada. Todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além do limite de que dispõe a</p><p>autoridade incumbida de sua prática, é inválido, por lhe faltar um elemento básico de sua perfeição, qual seja,</p><p>o poder jurídico para manifestar a vontade da Administração."</p><p>A competência é elemento vinculado de todo ato administrativo, pois "resulta da lei e por ela é</p><p>delimitada"</p><p>Características da competência, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello.</p><p>A competência é:</p><p>- intransferível - mesmo em caso de delegação. Pois, a delegação "- transfere o exercício do poder</p><p>de quem delegou (e não sua titularidade)".</p><p>- irrenunciável e seu exercício é obrigatório.</p><p>- imodificável pela vontade do agente. Já que é a lei que estabelece as competências.</p><p>- imprescritível - não importa o tempo que passar, mesmo o agente não tendo exercido determinada</p><p>competência, ele permanece titular dessa.</p><p>- improrrogável - pelo fato de algum agente (ou órgão) praticar indevidamente um ato o qual ele não</p><p>era competente, não faz com que ele passe a ser considerado competente (a competência não se estende</p><p>automaticamente a ele), a não ser que haja disposição expressa em lei.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - PC-ES - Agente de Polícia) A competência é requisito de validade do ato administrativo e se</p><p>constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato tenha</p><p>recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>100</p><p>(VUNESP - TJ-SP - Advogado) A competência é um elemento ou requisito do ato administrativo. Quando o</p><p>ordenamento jurídico autoriza que um agente transfira a outro, normalmente de plano hierárquico inferior,</p><p>funções que originariamente lhe são atribuídas, está-se diante do fenômeno da:</p><p>a) derrogabilidade de competência;</p><p>b) prorrogabilidade de competência;</p><p>c) delegação de competência;</p><p>d) avocação de competência;</p><p>e) declínio de competência.</p><p>Gabarito: B</p><p>(FCC - TRE-PI - Técnico Judiciário) A competência, como um dos requisitos do ato administrativo, é</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) transferível.</p><p>b) renunciável.</p><p>c) de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos.</p><p>d) modificável por vontade do agente.</p><p>e) prescritível.</p><p>Gabarito: C</p><p>Atos Administrativos - Requisitos - Competência (parte</p><p>2)</p><p>(vdeoaula 91)</p><p>Delegação e Avocação de Competências (dica: assista à videoaula 79,</p><p>poder hierárquico).</p><p>Se a lei permitir, a competência pode ser pode ser delegada e/ou avocada.</p><p>Sobre esse assunto, vamos utilizar da Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito</p><p>da Administração Pública Federal. Em que pese ser uma Lei aplicada à esfera federal, os demais entes</p><p>federativos também costumam observar essas regras, pelo fato dessa Lei ter incorporado a doutrina e</p><p>jurisprudência à época.</p><p>Segundo a citada Lei:</p><p>Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída</p><p>como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.</p><p>Delegação - transfere o exercício do poder de quem delegou (e não sua titularidade).</p><p>Conforme Lei 9.784/99:</p><p>Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte</p><p>da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente</p><p>subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,</p><p>jurídica ou territorial.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos</p><p>colegiados aos respectivos presidentes.</p><p>Art. 14, § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação</p><p>do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício</p><p>da atribuição delegada.</p><p>§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.</p><p>Considerando o texto acima, podemos extrair que a delegação:</p><p>- em regra não é admitida se não houver impedimento legal;</p><p>- pode ser concedida mesmo que aquele a quem foi delegado não seja hierarquicamente subordinado;</p><p>- deve ser de uma parte e não de todas as atribuições;</p><p>- deve ser por prazo determinado;</p><p>- é ato discricionário e é revogável a qualquer tempo.</p><p>A Lei 9.784/99 também traz situações em que a delegação é proibida:</p><p>Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:</p><p>I - a edição de atos de caráter normativo;</p><p>II - a decisão de recursos administrativos;</p><p>III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.</p><p>Avocação - "é chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado", segundo Meirelles.</p><p>A doutrina afirma que tanto a delegação, quanto a avocação, não podem ocorrer quando se tratar de</p><p>competência exclusiva do titular.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>101</p><p>Questões</p><p>(VUNESP - TJ-SP - Advogado) A competência é um elemento ou requisito do ato administrativo. Quando o</p><p>ordenamento jurídico autoriza que um agente transfira a outro, normalmente de plano hierárquico inferior,</p><p>funções que originariamente lhe são atribuídas, está-se diante do fenômeno da:</p><p>a) derrogabilidade de competência;</p><p>b) prorrogabilidade de competência;</p><p>c) delegação de competência;</p><p>d) avocação de competência;</p><p>e) declínio de competência.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - FNDE - Especialista em Financiamento) Na delegação e avocação do ato administrativo,</p><p>transfere-se a titularidade da competência.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TJ-ES - Analista Judiciário) A delegação da competência para a realização de um ato</p><p>administrativo configura a renúncia da competência do agente delegante.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - PC-ES - Auxiliar de Perícia) No âmbito da administração pública, a competência pode ser</p><p>objeto de delegação ou de avocação, mesmo quando seja atribuída em lei a competência a</p><p>determinado órgão ou agente com exclusividade.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - FUB - Administrador) Para que haja delegação de competência para a prática de ato</p><p>administrativo, é necessário que exista subordinação hierárquica.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Finalidade</p><p>(videoaula 92)</p><p>Finalidade</p><p>Estudamos (nas aulas 21 e 77) que o princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o</p><p>Interesse Particular (privado) - também chamado de princípio da finalidade pública - evidencia a</p><p>superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular.</p><p>Também, estudamos (na aula 77) que uma as espécies de abuso de poder são: excesso de poder e</p><p>desvio de finalidade (ou de poder). O desvio de finalidade (ou de poder) ocorre quando o agente público</p><p>praticou o ato dentro de sua competência, porém a finalidade objetivada pela lei não foi atingida.</p><p>É o exemplo clássico do chefe que remove seu subordinado (mesmo tendo competência de removê-</p><p>lo) como punição. Como a remoção não é espécie de punição, esse ato foi praticado com desvio de finalidade.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - BACEN - Técnico) O desrespeito ao elemento finalidade conduz ao vício conhecido</p><p>como abuso de poder.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - ANS - 2013) Quando o governador de um estado edita um ato administrativo</p><p>determinando a desapropriação de terras particulares de um desafeto pessoal, sem motivo aparente, age</p><p>com desvio de finalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Segundo Di Pietro: "Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato."</p><p>Segundo Meirelles: "A finalidade é elemento vinculado de todo ato administrativo (...) porque o Direito</p><p>não admite ato administrativo sem finalidade pública ou desviado de sua finalidade (...)" e "Desde que a</p><p>Administração Pública só se justifica como fator de realização do interesse coletivo, seus atos hão de se dirigir</p><p>sempre e sempre para um fim público, sendo nulos quando satisfizerem pretensões descoincidentes do</p><p>interesse público".</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>102</p><p>Assim, todo ato administrativo possui como objetivo uma determinada finalidade de se atingir o</p><p>interesse público. Por exemplo: a finalidade de um ato administrativo que interdita um estabelecimento que</p><p>vende produtos alimentícios impróprios para o consumo é a proteção da saúde pública.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCU - Técnico de Controle Externo) A finalidade dos atos administrativos é sempre um</p><p>elemento vinculado, pois o fim desejado por qualquer ato administrativo é o interesse público.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MC ) A busca de fim diverso do estabelecido na lei, expressa ou implicitamente, implica</p><p>nulidade do ato administrativo por desvio de finalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Forma</p><p>(videoaula 93)</p><p>Forma</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello chama este requisito de "formalização", que segundo ele:</p><p>"formalização é a específica maneira pela qual o ato deve ser externado".</p><p>Segundo Meirelles: "Forma - O revestimento exteriorizador do ato administrativo constitui requisito</p><p>vinculado e imprescindível à sua perfeição. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se</p><p>livremente, a da Administração exige procedimentos especiais e forma legal para que se expresse</p><p>validamente."</p><p>Em regra, os atos administrativos são exteriorizados pela forma escrita. Porém, segundo Di Pietro:</p><p>"excepcionalmente, admitem-se ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos; lembrem-se as hipóteses</p><p>do superior dando ordens ao seu subordinado ou do policial dirigindo o trânsito. Há, ainda, casos excepcionais</p><p>de cartazes e placas expressarem a vontade da Administração, como os que proíbem estacionar nas ruas,</p><p>vedam acesso de pessoas a determinados locais, proíbem fumar. Em todas essas hipóteses, tem que se</p><p>tratar de gestos ou sinais convencionais, que todos possam compreender. Até mesmo o silêncio pode</p><p>significar forma de manifestação de vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei</p><p>fixa um prazo , findo o qual o silêncio da Administração significa concordância ou discordância".</p><p>(obs.: sobre o silêncio na Administração Pública, veja a aula 89 - fatos administrativos)</p><p>Licensed</p><p>to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>103</p><p>Vimos no conceito de Meirelles que a forma é requisito vinculado. Entretanto, há autores que</p><p>consideram a "forma" elemento vinculado ou discricionário.</p><p>Segundo Marcelo Alexandrino:</p><p>"a) quando a lei não exigir forma determinada para os atos administativos, cabe à administração</p><p>adotar aquela que considere mais adequada, conforme seus critérios de conveniência e oportunidade</p><p>administrativas; a liberdade da administração é, entretanto, estrita, porque a forma adotada deve proporcionar</p><p>segurança jurídica e, se se tratar de atos restritivos de direitos ou sancionatórios, deve possibilitar que os</p><p>administrados exerçam plenamente o contraditório e a ampla defesa;</p><p>b) diferentemente, sempre que a lei expressamente exigir determinada forma para a validade do ato,</p><p>a inobservância acarretará a sua nulidade.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - 2011) A forma é requisito vinculado e imprescindível</p><p>à validade do ato administrativo: sempre que a lei expressamente exigir determinada forma para a validade</p><p>do ato, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade desse ato.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - PGE-BA - Procurador do Estado - 2014) Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do</p><p>Executivo, de portaria por meio da qual se declare de utilidade pública um imóvel, para fins de</p><p>desapropriação, quando a lei exigir decreto.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-PE - Analista - 2017) O ato administrativo deve ser avaliado pelo seu conteúdo, não</p><p>devendo ser invalidado por desobediência a requisitos de forma.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Objeto</p><p>(videoaula 94)</p><p>Segundo Meirelles: "Todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação</p><p>de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. Nesse</p><p>sentido, o objeto identifica-se com o conteúdo do ato, através do qual a Administração manifesta seu poder e</p><p>sua vontade, ou atesta simplesmente situações preexistentes."</p><p>Para Di Pietro: "Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz".</p><p>Por exemplo: é objeto do ato de demissão, a própria demissão; é objeto do ato de exoneração a</p><p>própria exoneração.</p><p>Para Vicente Paulo: "Nos atos vinculados, a um motivo corresponde um único objeto; verificado o</p><p>motivo, a prática do ato (com aquele conteúdo estabelecido em lei) é obrigatória.</p><p>Nos atos discricionários, há liberdade de valoração do motivo e, como resultado, escolha do objeto,</p><p>dentre os possíveis, autorizados em lei; o ato só será praticado se e quando a administração considerá-lo</p><p>oportuno e conveniente, e com o conteúdo escolhido pela administração, nos limites da lei."</p><p>Vício de objeto</p><p>O vício de objeto torna o ato nulo. Dessa forma o vício de objeto é insanável.</p><p>Podemos ter 2 possibilidades:</p><p>1 - ato praticado com conteúdo não previsto em lei</p><p>2- ato praticado com objeto diferente daquele que a lei prevê para aquela situação.</p><p>Questões</p><p>(FCC - MPE-PB - Técnico Ministerial) Considere a seguinte situação hipotética: Determinado órgão público</p><p>do Estado da Paraíba nomeia Marcílio para cargo público inexistente. Nesse caso, o ato administrativo de</p><p>nomeação apresenta vício de</p><p>a) motivo</p><p>b) forma.</p><p>c) competência.</p><p>d) objeto.</p><p>e) mérito.</p><p>Gabarito: D</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>104</p><p>(VUNESP - SP-URBANISMO - Analista Administrativo) O ato de aplicação de pena de suspensão a um</p><p>servidor, quando, pela lei, seria cabível a pena de repreensão, é exemplo de vício do ato administrativo</p><p>quanto</p><p>a) ao objeto.</p><p>b) à competência.</p><p>c) à forma.</p><p>d) ao motivo.</p><p>e) à finalidade.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE - STJ - Técnico Judiciário) Quanto aos atos administrativos, julgue o próximo item.</p><p>O objeto do ato administrativo deve guardar estrita conformação com o que a lei determina.</p><p>Gabarito: C</p><p>Atos Administrativos - Requisitos – Motivo</p><p>(videoaula 95)</p><p>Conceito segundo Meirelles: "O motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que determina ou</p><p>autoriza a realização do ato administrativo."</p><p>Para Di Pietro: "Motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato</p><p>administrativo".</p><p>Dos conceitos, podemos concluir que o motivo é a causa imediata do ato administrativo. Sendo assim,</p><p>o motivo é o encontro de uma situação de fato com a previsão da norma legal.</p><p>Por exemplo: tomando a Lei 8.112/90, Art. 207, que trata da "Licença à Gestante": "Será concedida</p><p>licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.”.</p><p>Dessa forma o motivo da licença à gestante será o nascimento do filho. A Administração Pública é</p><p>obrigada a conceder a licença gestante, pois é um ato vinculado em que a lei determina que obrigatoriamente</p><p>deve ser praticado referido ato administrativo.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - SEDF - 2017) A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato</p><p>administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - STJ - Técnico Judiciário) O motivo do ato administrativo vincula-se ao pressuposto de fato e de</p><p>direito em que se deve fundamentar o ato administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRT-CE - Técnico Judiciário) Pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato</p><p>administrativo é o conceito do requisito do ato administrativo denominado</p><p>a) forma.</p><p>b) objeto.</p><p>c) finalidade.</p><p>d) sujeito.</p><p>e) motivo.</p><p>Gabarito: E</p><p>Entretanto, segundo Meirelles, "o motivo, como elemento integrante da perfeição do ato, pode vir</p><p>expresso em lei como pode ser deixado ao critério do administrador. No primeiro caso será um elemento</p><p>vinculado; no segundo, discricionário, quanto à sua existência e valoração."</p><p>Por exemplo: também na Lei 8.112/90, Art. 91, que aborda a licença para tratar de interesses</p><p>particulares, assim diz: "A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo</p><p>efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo</p><p>de até três anos consecutivos, sem remuneração."</p><p>Perceba que nesse caso, a administração poderá ou não conceder a referida licença, de forma</p><p>discricionária, utilizando seu critério de conveniência e oportunidade.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>105</p><p>Vício de motivo</p><p>Segundo Di Pietro: "A ausência de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato</p><p>administrativo". Dessa forma, o vício de motivo torna o ato nulo, o que implica sua anulação por motivo</p><p>inexistente ou motivo ilegítimo.</p><p>Motivo inexistente: Tomando o exemplo anterior, imagine que não houve o nascimento do filho,</p><p>mesmo assim, ocorre a concessão da licença à gestante por 120 dias. Esse ato deverá ser anulado, por</p><p>motivo inexistente.</p><p>Motivo ilegítimo: Também, tomando o exemplo anterior, a Lei 8112/90 prevê a licença-paternidade ao</p><p>servidor, por 5 dias consecutivos, pelo nascimento do filho (artigo 208). Imagine que houve o nascimento do</p><p>filho e o servidor vem a receber, ao invés da licença-paternidade, a licença à gestante por 120 dias. Dessa</p><p>forma, o motivo (nascimento de filho de servidor) é considerado ilegítimo.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TRT-ES - Analista Judiciário) Considere que, no exercício do poder discricionário, determinada</p><p>autoridade indique os motivos fáticos que justifiquem a realização do ato. Nessa situação, verificando-se</p><p>posteriormente que tais motivos não existiram, o ato administrativo deverá</p><p>199</p><p>Comunicação dos Atos - art. 26 a 28. .......................................................................................... 200</p><p>Instrução – parte 1 - art. 29 a 35. ................................................................................................. 201</p><p>Instrução – parte 2 - art. 36 a 41 .................................................................................................. 202</p><p>Instrução – parte 3 - art. 42 a 47 .................................................................................................. 202</p><p>Dever de Decidir............................................................................................................................ 203</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 50 – Motivação ............................................................................................ 205</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 51 e 52 – Desistência e outros casos de extinção do processo. ................ 206</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 53 a 55 – Anulação, Revogação e Convalidação. ...................................... 207</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 56 a 60 – Recurso. ...................................................................................... 208</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 61 a 65 – Recurso Administrativo e Revisão. ............................................. 208</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 66 e 67 – Contagem de Prazos. ................................................................. 209</p><p>Lei 9.784/1999 – art. 68 e 70 – Sanções e Disposições Finais. ................................................... 210</p><p>Agentes Públicos .............................................................................................................................. 213</p><p>Conceito, Espécies e Classificação .............................................................................................. 213</p><p>Classificação – Agentes Administrativos ...................................................................................... 213</p><p>Classificação – Agentes Políticos ................................................................................................. 214</p><p>Classificação – Agentes Honoríficos............................................................................................. 215</p><p>Classificação – Agentes Delegados.............................................................................................. 215</p><p>Classificação – Agentes Credenciados ........................................................................................ 216</p><p>Funcionários Públicos e Revisão Agentes Público. ...................................................................... 216</p><p>Lei da Improbidade Administrativa - Lei 8429/1992 ......................................................................... 218</p><p>Introdução – Disposições Gerais – Art. 1º .................................................................................... 218</p><p>Improbidade Administrativa - Agente Público. .............................................................................. 220</p><p>Improbidade Administrativa – Disposições Gerais. ...................................................................... 220</p><p>Improbidade Administrativa – Enriquecimento Ilícito – Parte 1 .................................................... 221</p><p>Improbidade Administrativa – Enriquecimento Ilícito – Parte 2 .................................................... 222</p><p>Improbidade Administrativa – Prejuízo ao Erário – Parte 1 .......................................................... 223</p><p>Improbidade Administrativa – Prejuízo ao Erário – Parte 2 .......................................................... 225</p><p>Atos Contra os Princípios da Administração Pública .................................................................... 226</p><p>Atos Contra os Princípios da Administração Pública – Parte 2 .................................................... 227</p><p>Improbidade Administrativa – Das Penas - Sanções.................................................................... 229</p><p>Improbidade Administrativa – Declaração de Bens ...................................................................... 231</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>9</p><p>Improbidade Administrativa – Procedimento Administrativo ........................................................ 231</p><p>Improbidade Administrativa – Indisponibilidade de Bens ............................................................. 232</p><p>Improbidade Administrativa – Processo Judicial .......................................................................... 233</p><p>Improbidade Administrativa – Processo Judicial .......................................................................... 235</p><p>Improbidade Administrativa – Processo Judicial .......................................................................... 235</p><p>Improbidade Administrativa – Processo Judicial .......................................................................... 237</p><p>Improbidade Administrativa – Processo Judicial .......................................................................... 238</p><p>Improbidade Administrativa – Disposições Penais ....................................................................... 238</p><p>Improbidade Administrativa – Prescrição ..................................................................................... 240</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>11</p><p>Estado, Administração Pública e Governo</p><p>(videoaula 1)</p><p>Estado</p><p>O Estado possui diversos conceitos, porém para o estudo do Direito Administrativo para concursos</p><p>públicos, podemos levar em conta o conceito de que ele é uma entidade, pessoa jurídica de direito público,</p><p>com o poder (titularidade) soberano para governar um povo dentro de um espaço geográfico. Quando nos</p><p>referimos a Estado como pessoa, queremos dizer que ele é capaz de assumir direitos e contrair obrigações.</p><p>O Estado Brasileiro é denominado República Federativa do Brasil, daí é possível tornar a visão de Estado</p><p>mais clara.</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles, “o conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é considerado.</p><p>Do ponto de vista sociológico, é corporação territorial dotada de um poder de mando originário; sob o aspecto</p><p>político, é comunidade de homens, fixada sobre um território, com poder superior de ação, de mando e de</p><p>coerção; sob o prisma constitucional, é pessoa jurídica territorial soberana; na conceituação do nosso Código</p><p>Civil, é pessoa jurídica de Direito Público Interno. Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no</p><p>campo do Direito Público como no do Direito Privado, mantendo sempre sua única personalidade de Direito</p><p>Público”.</p><p>Para José dos Santos Carvalho Filho, “A noção de Estado, como visto, não pode abstrair-se da de</p><p>pessoa jurídica. O Estado, na verdade, é considerado um ente personalizado, seja no âmbito internacional,</p><p>seja internamente. Quando se trata de Federação, vigora o pluripersonalismo, porque além da pessoa</p><p>jurídica central existem outras internas que compõem o sistema político. Sendo uma pessoa jurídica, o</p><p>Estado manifesta sua vontade através de seus agentes, ou seja, as pessoas físicas que pertencem a seus</p><p>quadros. Entre a pessoa jurídica em si e os agentes, compõe o Estado um grande número de repartições</p><p>internas, necessárias à sua organização, tão grande é a extensão que alcança e tamanha as atividades a</p><p>seu cargo. Tais repartições é que constituem os órgãos públicos”.</p><p>Assim, podemos concluir através dos conceitos acima que o Estado é uma pessoa jurídica territorial</p><p>soberana composto por três elementos inseparáveis - Povo, Território</p><p>ser invalidado.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRF-1Região - Técnico Judiciário) O motivo do ato administrativo</p><p>a) é sempre vinculado.</p><p>b) implica a anulação do ato, quando ausente o referido motivo.</p><p>c) sucede à prática do ato administrativo.</p><p>d) corresponde ao efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz.</p><p>e) não implica a anulação do ato, quando falso o aludido motivo.</p><p>Gabarito: B</p><p>Motivo e Móvel</p><p>Segundo Mello, motivo é "situação objetiva, real , empírica (...). Motivo é realidade objetiva e externa</p><p>ao agente. É um antecedente, exterior ao ato, que transcorre na realidade empírica, servindo de suporte à</p><p>expedição do ato." Dessa forma, o motivo é considerado pressuposto objetivo de validade.</p><p>Já, quanto a móvel: "é intenção, propósito do agente que praticou o ato. Móvel é representação</p><p>subjetiva, psicológica, interna do agente e correspondente àquilo que suscita a vontade do agente (intenção)."</p><p>Questão (CESPE - STF - Técnico Judiciário) De acordo com a corrente dominante na literatura, o motivo é</p><p>requisito de validade do ato administrativo, denominado pressuposto objetivo de validade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Motivação e Teoria dos Motivos Determinantes</p><p>(videoaula 96)</p><p>Motivação</p><p>É importante não confundir Motivo com Motivação, que são conceitos diferentes.</p><p>Segundo Mello: "Motivação é a exposição dos motivos, a fundamentação na qual são enunciados a</p><p>regra de Direito habilitante, os fatos em que o agente se estribou para decidir e, muitas vezes,</p><p>obrigatoriamente, a enunciação da relação de pertinência lógica entre os fatos ocorridos e o ato praticado.</p><p>(...) A motivação integra a "formalização" do ato, sendo um requisito formalístico dele".</p><p>Assim, a motivação é a explicação do motivo. Por exemplo, no caso da concessão do benefício</p><p>"licença à gestante". O motivo é o nascimento do filho, com previsão na Lei 8112/90. Já a motivação seria a</p><p>explicação do motivo, no exemplo em tela: "A servidora efetiva Maria da Silva, que ocupa o cargo de Analista</p><p>Administrativo neste órgão, teve um filho no dia primeiro deste mês e de acordo com a Lei 8.112/90, artigo</p><p>207, concedo 120 dias de licença à gestante".</p><p>Nem todo ato administrativo exige-se motivação. Entretanto, caso um determinado ato exija sua</p><p>motivação, e esta não for feita, ele será anulado por vício de forma e não por vício de motivo.</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRE-AL - Técnico Judiciário) Sobre o motivo, como requisito do ato administrativo, é INCORRETO</p><p>afirmar que</p><p>a) motivo e móvel do ato administrativo são expressões que não se equivalem.</p><p>b) motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>106</p><p>c) a sua ausência invalida o ato administrativo.</p><p>d) motivo é a causa imediata do ato administrativo.</p><p>e) motivo e motivação do ato administrativo são expressões equivalentes.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TRT-ES - Analista judiciário) O motivo é a justificativa escrita da ocorrência dos pressupostos</p><p>jurídicos autorizadores da prática de determinado ato administrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TCE-RO - Agente Administrativo) A motivação de um ato administrativo é o pressuposto fático e</p><p>jurídico que enseja a prática do ato. O motivo de um ato administrativo é a exposição escrita da razão que</p><p>determinou a prática do ato.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - UNIPAMPA - Assistente de Administração) Se um governador estadual, ao editar um decreto no</p><p>âmbito do estado, apresentar diversos considerandos, estes constituirão a motivação do ato administrativo,</p><p>e não o seu motivo.</p><p>Gabarito: C</p><p>Teoria dos Motivos Determinantes</p><p>Segundo Mello: "De acordo com esta teoria, os motivos que determinaram a vontade do agente, isto</p><p>é, os fatos que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do ato. Sendo assim, a invocação de</p><p>"motivos de fato" falsos, inexistentes ou incorretamente qualificados vicia o ato mesmo quando a lei não haja</p><p>estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a prática do ato." Dessa forma o ato deve ser</p><p>considerado nulo.</p><p>Por exemplo, a exoneração de servidor ocupante de cargo em comissão é um dos raros atos que não</p><p>necessita a motivação. Entretanto, se o administrador exonera um servidor e apresenta uma motivação, este</p><p>ato ficará sujeito à verificação da existência e da adequação do motivo exposto. Dessa forma, caso o</p><p>administrador exonere um servidor de cargo em comissão e apresente a motivação de que este faltava com</p><p>frequência. E posteriormente este servidor consiga provar que jamais havia faltado, esse ato de exoneração</p><p>seria inválido e o ato poderia ser anulado na via administrativa ou judicial.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - TCU - Técnico Federal de Controle Externo) Conforme a teoria dos motivos determinantes, a</p><p>validade do ato administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato</p><p>administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a</p><p>sua realização.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TJ_ES - Analista Judiciário) Nem todo ato administrativo necessita ser motivado. No entanto,</p><p>nesses casos, a explicitação do motivo que fundamentou o ato passa a integrar a própria validade do ato</p><p>administrativo como um todo. Assim, se esse motivo se revelar inválido ou inexistente, o próprio ato</p><p>administrativo será igualmente nulo, de acordo com a teoria dos motivos determinantes.</p><p>Gabarito: C</p><p>(BIO-RIO - Prefeitura de Barra Mansa - RJ - Advogado) O Prefeito do Município Y exonerou a Sra. Clotilde</p><p>do cargo de Secretária Municipal de Educação, sob a alegação de contenção e redução de despesas, uma</p><p>vez que o Município encontra-se em um momento de profunda crise econômica. Entretanto, dias após a</p><p>publicação em Diário Oficial da exoneração da Sra. Clotilde, foi publicado novo ato nomeando o Sr. Abel,</p><p>amigo do prefeito, para o referido cargo.</p><p>Pode-se afirmar que:</p><p>a) Aplicando-se a teoria dos motivos determinantes, o ato de exoneração da Sra. Clotilde é nulo, pois o</p><p>motivo apresentado foi falso.</p><p>b) O prefeito praticou o ato de exoneração com excesso de poder, o que o torna anulável.</p><p>c) O ato de exoneração é plenamente válido, pois trata-se de cargo em comissão, de livre nomeação e</p><p>exoneração pelo administrador público, que prescinde de motivo.</p><p>d) O poder judiciário poderá revogar a nomeação do Sr. Abel e determinar a reintegração da Sra. Clotilde,</p><p>pois trata-se de mérito administrativo passível de controle pelo juiz.</p><p>Gabarito: A</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>107</p><p>Mérito do Ato Administrativo</p><p>(videoaula 97)</p><p>Segundo Meirelles, o mérito administrativo consiste "na valoração dos motivos e na escolha do objeto</p><p>do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência,</p><p>oportunidade e justiça do ato a realizar".</p><p>O mérito do ato administrativo ocorre somente nos atos discricionários. Assim, atos vinculados não</p><p>há que se falar em mérito.</p><p>Dessa forma, nos atos vinculados todos os requisitos são vinculados (competência, finalidade, forma,</p><p>motivo e objeto).</p><p>Já nos atos discricionários, os requisitos competência, finalidade e forma são vinculados. Em que</p><p>pese, parte da doutrina considerar a "forma" como elemento discricionário, caso não haja previsão na lei de</p><p>forma específica.</p><p>Enquanto que o motivo e objeto são requisitos discricionários nos atos discricionários.</p><p>(Dica: Sobre Discricionariedade, assista também à aula 78 - Poder Vinculado e Poder Discricionário)</p><p>Questões</p><p>(ESAF - SUSEP - Analista Técnico) O chamado mérito administrativo costuma ser relacionado ao(s)</p><p>seguinte(s) elemento(s) do ato administrativo:</p><p>a)</p><p>finalidade e objeto.</p><p>b) finalidade e motivo.</p><p>c) motivo e objeto.</p><p>d) finalidade, apenas.</p><p>e) motivo, apenas.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - PGM-Teresina - Procurador) Dentre as alternativas apresentadas, assinale a que corretamente</p><p>aborda dois requisitos dos atos administrativos, que são sempre vinculados:</p><p>a) forma e objeto.</p><p>b) competência e finalidade.</p><p>c) motivo e forma.</p><p>d) objeto e competência.</p><p>e) motivo e finalidade.</p><p>Gabarito: B</p><p>(CESPE - HEMOBRÁS - Advogado) O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao</p><p>administrador para que ele, nos atos discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua</p><p>prática.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>108</p><p>Gabarito: C</p><p>Quanto a eventual apreciação judicial do mérito administrativo, segundo Meirelles, nesses atos</p><p>discricionários "não cabe ao Judiciário rever os critérios adotados pelo administrador , porque não há padrões</p><p>de legalidade para aferir essa atuação". Sendo assim, não é dado ao Judiciário apreciar o mérito</p><p>administrativo, cujo controle resulta em revogação. Porém, o judiciário pode apreciar a legalidade ou</p><p>legitimidade do ato discricionário, quando este extrapola os limites da legislação, razoabilidade e</p><p>proporcionalidade, anulando-o.</p><p>Questão (FCC - TRF4 - Analista Judiciário) Tendo em vista os requisitos do ato administrativo, observa- se</p><p>que, quanto aos atos discricionários, o núcleo do que costuma ser denominado pela doutrina</p><p>de mérito administrativo é formado pelos elementos</p><p>a) competência e objeto, os quais não podem ser apreciados pelo Judiciário.</p><p>b) motivo e objeto, os quais não estão sujeitos, em princípio, à apreciação judicial.</p><p>c) finalidade e motivo, os quais sempre devem ser apreciados pelo Judiciário.</p><p>d) objeto e forma, ambos suscetíveis de apreciação judicial em qualquer hipótese.</p><p>e) finalidade e competência, ambos insuscetíveis de apreciação pelo Judiciário.</p><p>Gabarito: B</p><p>Atos Administrativos - Atributos - Introdução</p><p>(videoaula 98)</p><p>Estudamos que:</p><p>Requisitos (ou elementos) = infraestrutura/condições para validade do ato administrativo</p><p>Atributos = qualidade/característica do ato administrativo</p><p>(Obs.: assista à aula 90 - Requisitos)</p><p>Estudamos também que um dos princípios básicos da Administração Publica é:</p><p>"Supremacia do interesse público sobre o particular"</p><p>(Obs.: assista à aula 21 - Princípios)</p><p>Dessa forma, a administração pública pode constituir os privados em obrigações por meio de ato</p><p>unilateral daquela. Como é o caso de imposição de sanções, como a multa.</p><p>Sendo assim, a Administração Pública possui determinadas prerrogativas a fim de poder cumprir esse</p><p>princípio e os objetivos concedidos pela legislação.</p><p>Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello: "A ordem jurídica, é natural, dispensa tratamentos</p><p>diferentes aos interesses públicos e privados. A Administração Pública, por desenvolver atividade voltada à</p><p>realização de interesses da coletividade encontra-se sob uma disciplina peculiar que impõe certo ônus,</p><p>restrições, sujeições à sua atuação e lhe confere, de outro lado, prerrogativas de que não desfrutam</p><p>usualmente os particulares."</p><p>Os principais atributos descritos pela doutrina são:</p><p>- presunção de legitimidade;</p><p>- imperatividade;</p><p>- autoexecutoriedade (exigibilidade);</p><p>- tipicidade.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - FUB - Administrador) São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a</p><p>imperatividade, a autoexecutoriedade e a tipicidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TRT (DF e TO) - Técnico Judiciário) Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos</p><p>atributos da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade.</p><p>Gabarito: C</p><p>Os atributos presunção de legitimidade e tipicidade são encontrados em todas as espécies de atos</p><p>administrativos. Já imperatividade e autoexecutoriedade são encontrados em alguns atos administrativos,</p><p>como estudaremos a seguir.</p><p>(CESPE - SEDF - 2017) Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>109</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - BACEN - Técnico) A autoexecutoriedade é um atributo presente em todos os atos administrativos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - MI - Administrador) O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos</p><p>administrativos.</p><p>Gabarito: C</p><p>Atos Administrativos - Atributos - Presunção de</p><p>Legitimidade</p><p>(videoaula 99)</p><p>Conceito</p><p>Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello: "Presunção de legitimidade é a qualidade, que reveste</p><p>tais atos, de se presumirem verdadeiros e conformes ao Direito, até prova em contrário".</p><p>Como estudamos, a presunção de legitimidade está presente em todos os atos administrativos</p><p>Dessa forma, a presunção é relativa (iuris tantum), pois cabe prova ao contrário. Diferentemente de</p><p>presunção absoluta (iuris et de iure).</p><p>Questões</p><p>(CESPE - MS - Analista Técnico) Os atos administrativos gozam de presunção iuris et de iure de</p><p>legitimidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - ANAC - Técnico Administrativo) Em razão do princípio da legalidade que vincula a administração,</p><p>os atos administrativos possuem presunção absoluta de legitimidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - DPE-BA - Defensor Público) A presunção de legitimidade de que gozam os atos administrativos</p><p>constitui presunção iuris tantum, que pode ceder à prova em contrário.</p><p>Gabarito: C</p><p>A presunção de legitimidade também é conhecida como presunção de legalidade e, que segundo</p><p>Meirelles, "decorre do próprio princípio da legalidade da Administração".</p><p>Para Di Pietro existem a presunção de legitimidade e veracidade. Segundo a autora:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>110</p><p>“Presunção de legitimidade: diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse</p><p>atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância</p><p>da lei”.</p><p>Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se</p><p>verdadeiros todos os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados,</p><p>declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública."</p><p>E, conforme a referida autora, "da presunção de veracidade decorrem alguns efeitos:</p><p>- enquanto não for decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário, ele</p><p>produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido (...);</p><p>- o Judiciário não pode apreciar ex officio a validade do ato (...);</p><p>- a presunção de veracidade inverte o ônus da prova (...)"</p><p>Questões</p><p>(CESPE - ANTT - Técnico Administrativo) A presunção de legitimidade do ato administrativo decorre do</p><p>princípio da legalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MPE-RR - Oficial de Promotoria) Os atos administrativos têm presunção de legitimidade e</p><p>veracidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TRE-BA - Analista Judiciário) Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos</p><p>administrativos reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRE-PI - Técnico Judiciário) A presunção de legitimidade, como atributo do ato administrativo,</p><p>a) diz respeito à conformidade do ato com a lei.</p><p>b) é absoluta, não podendo ser contestada.</p><p>c) está presente apenas em alguns atos administrativos.</p><p>d) pode, por ser relativa, ser afastada ex officio pelo Poder Judiciário.</p><p>e) pode ser contestada somente no âmbito administrativo.</p><p>Gabarito: A</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Imperatividade</p><p>(videoaula</p><p>100)</p><p>Conceito:</p><p>Segundo Mello, "imperatividade é a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiros,</p><p>independentemente de sua concordância."</p><p>Questão (CESPE - CPRM - Analista) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se</p><p>impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.</p><p>Gabarito: C</p><p>Renato Alessi diz que decorre do "poder extroverso", "que permite ao Poder Público editar atos que</p><p>vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas,</p><p>constituindo-as, unilateralmente, em obrigações". Por exemplo: fiscalização de imposto.</p><p>Questão (CESPE - MS - Analista Técnico) A imperatividade, atributo decorrente do poder extroverso, é a</p><p>qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua</p><p>aquiescência.</p><p>Gabarito: C</p><p>A imperatividade não ocorre em todos os atos administrativos. Por exemplo, não ocorre em atos</p><p>enunciativos (certidão, atestado) ou em atos que conferem direitos, solicitados pelos administrados (licença,</p><p>autorização).</p><p>A imperatividade ocorre em atos que impõem obrigações.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>111</p><p>Segundo Di Pietro, "a imperatividade é uma das características que distingue o ato administrativo do</p><p>ato de direito privado; este último não cria qualquer obrigação para terceiros sem a sua concordância".</p><p>Questões</p><p>(CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) A imperatividade é atributo presente apenas nos</p><p>atos administrativos que imponham restrições de direitos, não se aplicando aos atos ampliativos de direitos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MPU - Técnico Administrativo) Dada a imperatividade, atributo do ato administrativo, devem-se</p><p>presumir verdadeiros os fatos declarados em certidão solicitada por servidor do MPU e emitida por técnico</p><p>do órgão.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Autoexecutoriedade</p><p>(videoaula 101)</p><p>Conceito:</p><p>Segundo Meirelles, "a autoexecutoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos</p><p>ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial".</p><p>Importante destacar que a autoexecutoriedade não impede a apreciação judicial. Porém, a</p><p>administração não depende de ordem judicial para praticar determinados atos.</p><p>Segundo Vicente Paulo: "genericamente, afirma-se que a autoexecutoriedade é qualidade própria dos</p><p>atos inerentes ao exercício de atividades típicas da administração, quando ela está atuando na condição de</p><p>poder público. A necessidade de defesa ágil dos interesses da sociedade justifica essa possibilidade de a</p><p>administração agir sem prévia intervenção do Poder Judiciário, especialmente no exercício do poder de</p><p>polícia".</p><p>A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos e, segundo Di Pietro, ela</p><p>só é possível:</p><p>1. "quando expressamente prevista em lei". Por exemplo: apreensão de mercadorias, fechamento de</p><p>casas noturnas, cassação de licença para dirigir.</p><p>2. "quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo</p><p>maior para o interesse público". Por exemplo: demolição de prédio que ameaça ruir, internamento de pessoa</p><p>com doença contagiosa.</p><p>A autoexecutoriedade não está presente em atos contra o patrimônio financeiro do particular. (ex.</p><p>cobrança de multas, desapropriação)</p><p>Questões</p><p>(CESPE - Câmara dos Deputados - Analista) Em decorrência da autoexecutoriedade, atributo dos atos</p><p>administrativos, a administração pública pode, sem a necessidade de autorização judicial, interditar</p><p>determinado estabelecimento comercial.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - Previc) Com fundamento no atributo da autoexecutoriedade, a administração pública pode</p><p>apreender mercadorias ou interditar estabelecimento comercial sem autorização prévia do Poder Judiciário.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - MPU - Técnico) Imperatividade e autoexecutoriedade são características do ato administrativo. A</p><p>imperatividade diz respeito à execução do ato administrativo pela própria administração, dispensando-se a</p><p>intervenção judicial; a autoexecutoriedade, por sua vez, significa que os atos administrativos se impõem a</p><p>terceiros independentemente de sua concordância.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - PC-AL - Escrivão de Polícia) Mesmo os atos administrativos sendo autoexecutáveis, ou seja,</p><p>podendo ser executados sem prévia autorização judicial — como ocorre no caso de demolição de obras</p><p>realizadas por particulares em terras públicas —, nada impede que o interessado provoque o Poder</p><p>Judiciário visando a anulação do ato.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>112</p><p>(CESPE - ICMBIO - Técnico Administrativo) A autoexecutoriedade dos atos administrativos ocorre nos</p><p>casos em que é prevista em lei ou, ainda, quando é necessário adotar providências urgentes em relação a</p><p>determinada questão de interesse público.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRT-GO - Analista Judiciário) Sobre os atributos do ato administrativo, considere:</p><p>I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos.</p><p>II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos atos administrativos.</p><p>III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela</p><p>própria Administração, independentemente de ordem judicial.</p><p>As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes atributos:</p><p>a) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade.</p><p>b) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade.</p><p>c) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade.</p><p>d) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade.</p><p>e) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CESPE - INSS - Técnico do Seguro Social) A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos</p><p>administrativos praticados no exercício do poder de polícia.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - TRE-PE - Técnico Judiciário - 2017) A respeito dos atributos dos atos administrativos, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>a) O ato administrativo configura instrumento de realização do interesse público, razão por que ele tem a</p><p>coercibilidade como atributo absoluto.</p><p>b) A imperatividade é atributo que dota de coercitividade todos os atos administrativos.</p><p>c) A presunção de legitimidade do ato administrativo é atenuada pela possibilidade de o particular deixar de</p><p>cumpri-lo quando houver alguma dúvida sobre sua legalidade.</p><p>d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança de multa e de</p><p>desapropriação.</p><p>e) O contraditório e a ampla defesa suprimem a autoexecutoriedade dos processos administrativos.</p><p>Gabarito: D</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello não utiliza a expressão "autoexecutoriedade", mas aponta duas</p><p>figuras distintas: exigibilidade e executoriedade.</p><p>Exigibilidade: Segundo Mello, "a exigibilidade é o atributo do ato pelo qual se impele à obediência, ao</p><p>atendimento da obrigação já imposta, sem necessidade de recorrer ao Poder Judiciário para induzir o</p><p>administrado a observá-la".</p><p>Já, Di Pietro afirma que "no caso da exigibilidade a Administração se utiliza de meios indiretos de</p><p>coerção, como a multa ou outras penalidades administrativas impostas em caso de descumprimento do ato".</p><p>Nesse caso os meios de coerção vem sempre definidos na lei.</p><p>Executoriedade: Segundo Mello, "é a qualidade pela qual o Poder Público pode compelir</p><p>materialmente o administrado, sem precisão de buscar previamente as vias judiciais, ao cumprimento da</p><p>obrigação que impôs e exigiu".</p><p>Di Pietro afirma que: "Na executoriedade, a Administração</p><p>emprega meios diretos de coerção,</p><p>compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força". "Nesse caso</p><p>os meios de coerção podem ser utilizados, independentemente de previsão legal, para atender situação</p><p>emergente que ponha em risco a segurança , a saúde ou outro interesse da coletividade". (exemplo:</p><p>apreensão de mercadoria)</p><p>Questões (FCC - MPE-AL - Promotor de Justiça) No Direito Administrativo, o atributo da executoriedade</p><p>consiste na possibilidade que tem a Administração de</p><p>a) coagir materialmente o particular a adimplir obrigação que lhe é imposta, nos termos da lei.</p><p>b) coagir indiretamente o particular a adimplir obrigação que lhe é imposta, nos termos da lei.</p><p>c) executar de ofício medida imposta por lei ao particular, debitando-lhe os custos decorrentes de tal</p><p>execução.</p><p>d) impor obrigações aos particulares, de maneira unilateral, nos termos da lei.</p><p>e) promover a inscrição em dívida ativa de obrigação legal não adimplida pelo particular.</p><p>Gabarito: A</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>113</p><p>(CESPE - MCT - Técnico) O ato administrativo goza do atributo da exigibilidade, ou seja, só se pode exigir o</p><p>seu cumprimento por meio de ação judicial.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos - Atributos – Tipicidade</p><p>(videoaula 102)</p><p>Conceito</p><p>Segundo Di Pietro: "Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras</p><p>definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados."</p><p>Dessa forma todos os atos devem estar previstos, tipificados em lei.</p><p>Segundo Di Pietro, podemos destacar:</p><p>- para cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei;</p><p>- trata-se de decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a Administração</p><p>praticar atos inominados;</p><p>- representa uma garantia para o administrado, pois impede que a Administração pratique atos</p><p>dotados de imperatividade e executoriedade, vinculando unilateralmente o particular, sem que haja previsão</p><p>legal;</p><p>- fica afastada a possibilidade de ser praticado ato totalmente discricionário, pois a lei, ao prever o</p><p>ato, já define os limites em que a discricionariedade poderá ser exercida;</p><p>- a tipicidade só existe em relação aos atos unilaterais, não existe nos contratos.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - STJ - Analista Judiciário) O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a</p><p>administração pratique atos sem previsão legal.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - TCE-PA - Auxiliar Técnico de Controle Externo) Em decorrência do atributo da tipicidade, quando</p><p>da prática de ato administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante</p><p>aos administrados maior segurança jurídica.</p><p>Gabarito: C</p><p>(FCC - TRT-RN - Técnico Judiciário) Considere os seguintes atributos do ato administrativo:</p><p>I. Determinados atos administrativos que se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.</p><p>II. O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir</p><p>determinados resultados.</p><p>Esses atributos dizem respeito, respectivamente, à</p><p>a) imperatividade e à tipicidade.</p><p>b) auto-executoriedade e à legalidade.</p><p>c) exigibilidade e à legalidade.</p><p>d) legalidade e à presunção de legitimidade.</p><p>e) tipicidade e à imperatividade.</p><p>Gabarito: A</p><p>(FCC - TRT-PI - Técnico Judiciário) Acerca dos atributos dos atos administrativos, analise as seguintes</p><p>assertivas:</p><p>I. A imperatividade é um atributo que não existe em todos os atos administrativos.</p><p>II. A autoexecutoriedade consiste em atributo existente em todos os atos administrativos.</p><p>III. O atributo da tipicidade existe tanto em relação aos atos administrativos unilaterais, quanto em relação</p><p>aos contratos.</p><p>IV. Os atos administrativos, qualquer que seja sua categoria ou espécie, nascem com presunção de</p><p>legitimidade.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I e II.</p><p>b) I, III e IV.</p><p>c) I e IV.</p><p>d) II e III.</p><p>e) III e IV.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>114</p><p>(FCC - TRF-4ª - Analista Judiciário) No que diz respeito ao atributo da tipicidade do ato administrativo, é</p><p>certo que</p><p>a) trata-se de um atributo que pode criar obrigações, unilateralmente, aos administrados.</p><p>b) um dos fundamentos desse atributo é a necessidade da Administração em exercer com agilidade suas</p><p>atribuições.</p><p>c) tal qualidade permite a prática de ato totalmente discricionário ou de atos inominados.</p><p>d) esse atributo existe nos contratos porque há imposição de vontade da Administração.</p><p>e) essa tipicidade só existe em relação aos atos unilaterais.</p><p>Gabarito: E</p><p>Atos Administrativos - Classificações - gerais,</p><p>individuais, internos e externos.</p><p>(videoaula 103)</p><p>Introdução</p><p>No Direito Administrativo podemos encontrar na doutrina os mais diversos critérios para classificar o</p><p>Ato Administrativo.</p><p>Vamos estudar as classificações da doutrina majoritária e que, consequentemente, são objetos de</p><p>questões na maior parte das bancas de concursos públicos sobre o referido tema.</p><p>Critério de classificação quanto aos destinatários - os atos administrativos podem ser: Gerais</p><p>ou Individuais.</p><p>Atos Gerais: Segundo Di Pietro: "Os atos gerais atingem todas as pessoas que se encontram na</p><p>mesma situação; são os atos normativos praticados pela Administração, como regulamentos, portarias,</p><p>resoluções, circulares, instruções, deliberações, regimentos.</p><p>Atos Individuais: Segundo Meirelles: "Atos individuais (ou especiais) são todos aqueles que se dirigem</p><p>a destinatários certos , criando-lhes situação jurídica particular. O mesmo ato pode abranger um ou vários</p><p>sujeitos, desde que sejam individualizados."</p><p>Segundo Di Pietro: "Atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto.</p><p>Exemplo: nomeação, demissão, tombamento, licença, autorização."</p><p>Questão (CESPE - DPE-ES - Defensor Público) De acordo com a doutrina, as resoluções e as portarias</p><p>editadas no âmbito administrativo são formas de que se revestem os atos gerais ou individuais, emanados</p><p>do chefe do Poder Executivo.</p><p>Gabarito: E</p><p>Critério de classificação quanto ao seu alcance (ou situação de terceiros) - os atos</p><p>administrativos podem ser: Internos ou Externos.</p><p>Segundo Mello:</p><p>"Atos Internos - os que produzem efeitos apenas no interior da Administração. Exemplo: propostas,</p><p>pareceres, informações, etc.</p><p>Atos externos - os que produzem efeitos sobre terceiros. Exemplo: admissão, licença, etc."</p><p>Questão (FUNRIO - IF-PA - Auxiliar de Administração) Os atos administrativos podem ser classificados</p><p>como atos internos e atos externos, de acordo com o critério de</p><p>a) sua interação.</p><p>b) seu alcance.</p><p>c) sua formação.</p><p>d) seu objeto.</p><p>e) seu regramento.</p><p>Gabarito: B</p><p>Atos Administrativos - Classificações - Simples,</p><p>complexo, composto, império, gestão, expediente.</p><p>(videoaula 104)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>115</p><p>Critério de classificação quanto à formação do ato (Meirelles) (quanto à composição da</p><p>vontade produtora do ato - Mello) - os atos administrativos podem ser: simples, complexo e composto.</p><p>Segundo Di Pietro:</p><p>"Atos simples são os que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular</p><p>ou colegiado. Exemplo: a nomeação pelo Presidente da Republica; a deliberação de um Conselho.</p><p>Atos complexos são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares</p><p>ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único. Exemplo: o decreto que é assinado pelo</p><p>Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro de Estado; o importante é que há duas ou mais vontades</p><p>para a formação de 1 ato único.</p><p>Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é</p><p>instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal. Enquanto no ato complexo fundem-se vontades</p><p>para praticar 1 ato só, no ato composto, praticam-se 2 atos, um principal e outro acessório; este último pode</p><p>ser pressuposto ou complementar daquele. Exemplo: a nomeação do Procurador Geral da República (pelo</p><p>Presidente da República) depende da prévia aprovação pelo Senado (art. 128, § 1º, da Constituição); a</p><p>nomeação é o ato principal, sendo a aprovação prévia o ato acessório, pressuposto do principal."</p><p>Questões</p><p>(CESPE - MPE-RR - Oficial de Promotoria) Atos administrativos complexos são aqueles que demandam</p><p>profunda análise do administrador público e estudos técnicos prévios.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FUNRIO - IF-PA - Administrador) O ato administrativo que, quanto à sua formação, resulta da manifestação</p><p>de vontade de um único órgão, denomina-se</p><p>a) composto.</p><p>b) indireto.</p><p>c) simples.</p><p>d) adicional.</p><p>e) complexo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(AOCP - TCE-PA - Assessor Técnico) O ato administrativo que necessita para a sua formação da</p><p>manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgão denomina-se</p><p>a) simples.</p><p>b) complexo.</p><p>c) composto.</p><p>d) decorrente.</p><p>e) residual.</p><p>Gabarito: B</p><p>(FMP - TCE-MT - Auditor Público Externo) Levando-se em conta a classificação dos atos administrativos</p><p>quanto à intervenção da vontade administrativa, é correta a afirmação de que a nomeação de Presidente do</p><p>Banco Central do Brasil, que, segundo a Constituição Federal, exige a aprovação prévia do Senado</p><p>Federal, é ato administrativo</p><p>a) unilateral.</p><p>b) simples.</p><p>c) composto.</p><p>d) complexo.</p><p>e) declaratório.</p><p>Gabarito: C</p><p>Critério de classificação quanto ao seu objeto (Meirelles) (quanto à posição jurídica da</p><p>administração - Mello; ou quanto às prerrogativas com que atua a administração - Di Pietro) - os atos</p><p>administrativos podem ser: império, gestão e expediente.</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>Atos de Império (ou de Autoridade) são todos aqueles que a Administração pratica usando de sua</p><p>supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento. É o que ocorre nas</p><p>desapropriações, nas interdições.</p><p>Atos de gestão são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os</p><p>destinatários. Esses atos serão sempre de administração, mas nem sempre administrativos típicos,</p><p>principalmente quando bilaterais, de oneração ou aquisição de bens que se igualam aos do Direito Privado"</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>116</p><p>Segundo Di Pietro: "Atos de gestão são os praticados pela Administração em situação de igualdade</p><p>com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de seus</p><p>serviços, como não diferem a posição da Administração e do particular, aplica-se a ambos o direito comum."</p><p>Assim, em regra:</p><p>Ato de império = ato administrativo</p><p>Ato de gestão = ato da administração.</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>Atos de expediente são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que</p><p>tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade</p><p>competente. São atos de rotina interna, sem caráter decisório, sem caráter vinculante e sem forma especial,</p><p>geralmente praticados por servidores subalternos, sem competência decisória."</p><p>Questões</p><p>(FCC - MPU - Técnico Administrativo) Os atos administrativos puramente de administração dos bens e</p><p>serviços públicos, e os atos administrativos que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que</p><p>tramitam pelas repartições públicas são classificados, respectivamente, como atos de</p><p>a) gestão e expediente.</p><p>b) expediente e gestão.</p><p>c) império e expediente.</p><p>d) expediente e império.</p><p>e) império e gestão.</p><p>Gabarito: A</p><p>(CAIP-IMES - CRAISA de Santo André - Advogado)</p><p>Como podem ser classificados os seguintes atos administrativos::</p><p>I- quanto ao destinatário:</p><p>II- quanto ao alcance:</p><p>III- quanto ao conteúdo:</p><p>IV- quanto ao regramento:</p><p>V- quanto à formação</p><p>( ) ato simples, ato complexo e ato composto.</p><p>( ) ato individual e ato geral.</p><p>( ) atos internos e atos externos.</p><p>( ) atos vinculados e atos discricionários.</p><p>( ) atos de império, atos de gestão e atos de expediente.</p><p>Assinale a classificação correta:</p><p>a)III, II, I, V, IV.</p><p>b)II, I, III, V e IV.</p><p>c)I, II. III, IV e V.</p><p>d)V, I, II, IV e III.</p><p>Gabarito: D</p><p>(FCC - TRT-GO - Técnico Judiciário) Quanto à liberdade que o administrador tem na prática dos atos</p><p>administrativos, considere:</p><p>I. Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua realização, sem deixar qualquer</p><p>margem de liberdade para o administrador.</p><p>II. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e</p><p>oportunidade.</p><p>Esses conceitos referem-se, respectivamente, ao ato administrativo</p><p>a) vinculado e de império.</p><p>b) de império e de gestão.</p><p>c ) discricionário e de gestão.</p><p>d ) vinculado e discricionário.</p><p>e) de gestão e de expediente.</p><p>Gabarito: D</p><p>Classificações - regra, condição, subjetivo, constitutivo,</p><p>extintivo, modificativo, declaratório.</p><p>(videoaula 105)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>117</p><p>Critério de classificação quanto aos efeitos (Di Pietro) - os atos administrativos podem ser:</p><p>constitutivo, declaratório, extintivo e modificativo.</p><p>Conforme Di Pietro:</p><p>"Ato constitutivo é aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou uma</p><p>situação do administrado. É o caso da permissão, autorização, dispensa, aplicação de penalidade,</p><p>revogação."</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>"Ato declaratório é visa a preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo,</p><p>possibilitar seu exercício." São exemplos: certidões, atestado médico, declaração de tempo de serviço.</p><p>"Ato extintivo ou desconstitutivo: é o que põe termo (fim) a situações jurídicas individuais. Por</p><p>exemplo: cassação de autorização, demissão de um servidor.</p><p>"Ato modificativo: é o que tem por fim alterar situações preexistentes, sem suprimir direitos ou</p><p>obrigações, como ocorre com aqueles que alteram horários de trabalho de uma repartição, locais de reunião</p><p>e outras situações anteriores estabelecidas pela Administração."</p><p>Resumindo:</p><p>Constitutivo Declaratório Extintivo Modificativo</p><p>Como fica</p><p>a situação</p><p>jurídica?</p><p>Cria uma</p><p>nova</p><p>Não cria</p><p>uma nova e nem</p><p>modifica ou</p><p>extingue uma</p><p>situação que já</p><p>existe.</p><p>Põe fim. Modifica</p><p>uma situação que já</p><p>existe.</p><p>Mas não</p><p>suprime direitos ou</p><p>obrigações.</p><p>Questões</p><p>(VUNESP - CREMESP - Advogado) Os atos administrativos podem ser classificados quanto aos seus</p><p>efeitos em</p><p>a) perfeitos e imperfeitos.</p><p>b) v��lidos e inválidos.</p><p>c) nulos e anuláveis.</p><p>d) concretos e abstratos.</p><p>e) constitutivos e declaratórios.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FGV - TJ-PA - Juiz) Uma autorização para exploração de jazida, quanto aos efeitos, é exemplo de ato</p><p>administrativo:</p><p>a) negocial.</p><p>b) constitutivo.</p><p>c) externo.</p><p>d) concreto.</p><p>e) declaratório.</p><p>Gabarito: B</p><p>(FCC - MPE-PE - Promotor de Justiça) Tendo em vista a classificação dos atos administrativos, quanto aos</p><p>seus efeitos, é certo que os atos, entre outros, que</p><p>a) certificam a alteração havida na denominação de uma rua ou os que atestam o nascimento de uma</p><p>pessoa são caracterizados como constitutivos.</p><p>b) colocam em disponibilidade um servidor público ou os que afirmam a desnecessidade de cargos públicos</p><p>são considerados declaratórios.</p><p>c) outorgam permissão de serviço público ou de autorização</p><p>para a exploração de jazida são considerados</p><p>constitutivos.</p><p>d) reconhecem insegura uma edificação ou se determinado prédio é seguro para a realização de uma</p><p>atividade são caracterizados como constitutivos.</p><p>e) nomeiam servidores públicos ou impõem sanções administrativas, inclusive a particulares, são</p><p>considerados declaratórios.</p><p>Gabarito: C</p><p>Critério de classificação quanto à natureza das situações jurídicas que criam (Mello) - os atos</p><p>administrativos podem ser: ato-regra, ato-condição e ato subjetivo.</p><p>Conforme Celso Antonio Bandeira de Mello:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>118</p><p>"Atos-regra - os que criam situações gerais, abstratas e impessoais e por isso mesmo a qualquer</p><p>tempo modificáveis pela vontade de quem os produziu, sem que se possa opor direito adquirido à persistência</p><p>destas regras. Exemplo: regulamento. (atos administrativos normativos)</p><p>Atos-condição - os que alguém pratica incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo com outrem,</p><p>debaixo de situações criadas pelos atos-regra, pelo quê sujeitam-se às eventuais alterações unilaterais delas.</p><p>Exemplo: o ato de aceitação de cargo público, o acordo na concessão de serviço público.</p><p>Atos subjetivos - os que criam situações particulares, concretas e pessoais, produzidas quanto à</p><p>formação e efeitos pela vontade das partes, sendo imodificáveis pela vontade de uma só delas e gerando,</p><p>então, direitos assegurados à persistência do que dispuseram. Exemplo: o contrato."</p><p>Segundo Marcelo Alexandrino: "Os atos subjetivos geram direito adquirido à manutenção da situação</p><p>jurídica por eles estabelecida."</p><p>Classificações (parte 4) - válido , nulo, anulável,</p><p>inexistente.</p><p>(Videoaula 106)</p><p>Critério de classificação quanto à eficácia (Meirelles) - os atos administrativos podem ser:</p><p>válido, nulo, anulável e inexistente.</p><p>Ato Válido - Segundo Vicente Paulo:</p><p>"Ato válido é o que está em conformidade com o ordenamento jurídico. É o ato que observou as</p><p>exigências legais e infralegais impostas para que seja regularmente editado, bem como os princípios jurídicos</p><p>orientadores da atividade administrativa. O ato válido respeitou, em sua formação, todos os requisitos jurídicos</p><p>relativos à competência para sua edição, à sua finalidade, è sua forma, aos motivos determinantes de sua</p><p>prática e ao seu objeto. Por outras palavras, é o ato que não contém qualquer vício, qualquer irregularidade,</p><p>qualquer ilegalidade".</p><p>Obs.: Alguns concursos (como o INSS) traz em seu edital o tema “Validade”.</p><p>Atos Inválidos</p><p>Os atos praticado em desconformidade com a legislação são atos inválidos. A doutrina pode</p><p>classificar em: ato nulo, ato anulável e ato inexistente.</p><p>Ato Nulo</p><p>"Ato nulo é aquele que nasce com vício insanável, normalmente resultante da ausência de um de</p><p>seus elementos constitutivos, ou de defeito substancial em algum deles (por exemplo, o ato com motivo</p><p>inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato praticado com desvio de finalidade). O ato nulo está</p><p>em desconformidade com a lei ou com os princípios jurídicos (é um ato ilegal ou ilegítimo) e seu defeito não</p><p>pode ser convalidado (corrigido). O ato nulo não pode produzir efeitos válidos entre as partes."</p><p>Referente ao ato nulo, diz Meirelles: "A nulidade, todavia, deve ser reconhecida e proclamada pela</p><p>Administração ou pelo Judiciário, não sendo permitido ao particular negar exequibilidade ao ato administrativo,</p><p>ainda que nulo, enquanto não for regularmente declarada sua invalidade, mas essa declaração opera ex tunc,</p><p>isto é, retroage às suas origens e alcança todos os seus efeitos passados, presentes e futuros em relação às</p><p>partes, só se admitindo exceção para com os terceiros de boa-fé, sujeitos às suas consequências reflexas."</p><p>Ato Anulável</p><p>Segundo Alexandrino: “é o que apresenta defeito sanável, ou sejam passível de convalidação pela</p><p>própria administração que o praticou, desde que ele não seja lesivo ao interesse público, nem cause prejuízo</p><p>a terceiros. São sanáveis o vício de competência quanto à pessoa, exceto se se tratar de competência</p><p>exclusiva, e o vício de forma, a menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à</p><p>validade do ato.”</p><p>Lei 9.784/1999, art. 55 – “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público</p><p>nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria</p><p>Administração.”</p><p>Obs.: Alguns concursos (como o INSS) traz em seu edital o tema “sanatória”.</p><p>Ato Inexistente</p><p>Segundo Meirelles: “Ato inexistente é o que apenas tem aparência de manifestação da Administração,</p><p>mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo. É o que ocorre, por exemplo, com o “ato” praticado</p><p>por um usurpador de função pública.”</p><p>Esse é o ato “parece que é, mas não é o que parece”.</p><p>Para Mello, “dir-se-ão inexistentes os atos que assistem no campo do impossível jurídico, como tal</p><p>entendida a esfera abrangente dos comportamentos que o Direito radicalmente inadmite, isto é, dos crimes,</p><p>valendo como exemplos as hipóteses de “instruções” baixadas por autoridade policial para que subordinados</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>119</p><p>torturem presos, autorizações para que agentes administrativos saqueiem estabelecimentos dos devedores</p><p>do Fisco ou para que alguém explore trabalho escravo etc.”</p><p>Segue abaixo um quadro comparativo:</p><p>Ato Nulo Ato Anulável Ato Inexistente</p><p>Efeitos Podem ser</p><p>mantidos apenas</p><p>perante terceiros de</p><p>boa fé</p><p>Podem ser</p><p>mantidos apenas</p><p>perante terceiros de boa</p><p>fé</p><p>Não podem ser</p><p>mantidos em qualquer</p><p>hipótese.</p><p>Prazos para</p><p>declaração da</p><p>inexistência e</p><p>desconstituição dos</p><p>efeitos</p><p>Decai em 5</p><p>anos para anulação,</p><p>salvo comprovada má-</p><p>fé (Lei 9.784/99, art.</p><p>54).</p><p>Decai 5 anos</p><p>para anulação, salvo</p><p>comprovada má-fé (Lei</p><p>9.784/99, art. 54).</p><p>Não há</p><p>decadência.</p><p>Podem ser</p><p>convalidados?</p><p>Não Sim Não</p><p>Questões</p><p>(CESPE – AGU – Advogado da União) No plano federal, a lei admite a convalidação de atos inexistentes,</p><p>desde que se evidencie que não acarretam lesão a interesse público nem prejuízo a terceiros.</p><p>Gabarito E</p><p>(UFMT – TJMT – Contador) O ato de um administrador público que, ao punir um servidor, impusesse a</p><p>este uma pena física (que obviamente não estaria prevista em lei), caracterizaria</p><p>ato discricionário.</p><p>ato anulável.</p><p>abuso de autoridade, na modalidade excesso de poder.</p><p>abuso de poder na modalidade desvio de poder ou desvio de finalidade.</p><p>Gabarito C</p><p>Classificações (parte 5) – perfeito, eficaz, pendente e</p><p>consumado.</p><p>(Videoaula 107)</p><p>Critério de classificação quanto à exequibilidade (Di Pietro) - os atos administrativos podem</p><p>ser: perfeito, pendente, eficaz e consumado.</p><p>Ato Perfeito</p><p>Segundo Di Pietro:</p><p>“É aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou todo o seu ciclo</p><p>de formação.”</p><p>Não devemos confundir ato perfeito do ato válido. O ato perfeito apenas indica que ele já cumpriu</p><p>todas as formalidades em sua formação. Já o ato válido é aquele que está em conformidade com a legislação.</p><p>De modo que um ato perfeito poderá ser válido ou inválido.</p><p>Já o ato imperfeito é o contrário, pois ele não está apto a produzir efeitos jurídicos, porque não</p><p>completou seu ciclo de formação.</p><p>Ato Pendente</p><p>Segundo Mello:</p><p>“É aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua formação, não produz seus</p><p>efeitos, por não verificado o termo ou a condição de que depende sua exequibilidade ou operatividade. O ato</p><p>pendente pressupõe sempre um ato perfeito, visto que antes de sua perfectibilidade não pode estar com</p><p>efeitos suspensos.”</p><p>Ato Eficaz</p><p>Segundo Mello:</p><p>“O ato administrativo</p><p>é eficaz quando está disponível para a produção de seus efeitos próprios; ou</p><p>seja, quando o desencadear de seus efeitos típicos não se encontra dependente de qualquer evento posterior,</p><p>como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade”.</p><p>Obs.: Alguns concursos (como o INSS) traz em seu edital o tema “eficácia”.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>120</p><p>Ato Consumado</p><p>Segundo Mello:</p><p>“É o que produziu todos os seus efeitos, tonando-se, por isso mesmo, irretratável ou imodificável por</p><p>lhe faltar objeto.”</p><p>Questões</p><p>(CESPE – INSS – Perito Médico) O ato administrativo pendente pressupõe um ato perfeito.</p><p>Gabarito C</p><p>(CESPE – PGE-PB – Procurador do Estado) A respeito dos atos administrativos, julgue os itens</p><p>subseqüentes.</p><p>I Ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encerrado, por ter esgotado todas as fases</p><p>necessárias à sua produção.</p><p>II Ato consumado é o que já produziu todos os seus efeitos.</p><p>III Ato pendente é aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para que comece a</p><p>produzir efeitos.</p><p>IV Ato imperfeito é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da administração pública,</p><p>mas que não chegou a aperfeiçoar-se como ato administrativo.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>a) I e II; b) I e IV; c) II e III; d) II e IV; e) I, II e III.</p><p>Gabarito E</p><p>(FCC – TRT 4ª – Analista Judiciário) Em matéria de classificação dos atos administrativos, considere:</p><p>I. O ato imperfeito é o que está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir seus efeitos.</p><p>II. O ato consumado encontra-se em condições de produzir efeitos jurídicos, posto que já completou</p><p>integralmente seu ciclo de formação.</p><p>III. Os atos de império são todos aqueles que a Administração Pública pratica usando de sua</p><p>supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.</p><p>IV. Atos complexos são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles</p><p>singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único.</p><p>É correto APENAS o que consta em</p><p>a) I e III; b) III e IV; c) II e IV; d) I, II e IV; e) I, II e III.</p><p>Gabarito B</p><p>Atos Administrativos – Validade, Eficácia e Perfeição</p><p>(Videoaula 108)</p><p>Relembrando as aulas passadas – aulas 106 e 107 – Classificação (parte 3 e 4):</p><p>- Ato perfeito é aquele que esgotou todas as fases necessárias à sua produção.</p><p>- Ato válido é aquele que está em conformidade com a legislação.</p><p>- Ato eficaz é aquele que está apto para produção de seus efeitos.</p><p>Dica: Antes de assistir a esta aula, o aluno deverá assistir às aulas 106 e 107. Esta aula é uma</p><p>complementação daquelas.</p><p>Dessa forma, segundo Mello, um ato pode ser:</p><p>“a) perfeito, válido e eficaz – quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-se plenamente</p><p>ajustado às exigências legais e está disponível para deflagração dos efeitos que lhe são típicos.</p><p>b) perfeito, inválido e eficaz – quando, concluído seu ciclo de formação e apesar de não se achar</p><p>conformado às exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhe seriam inerentes.</p><p>c) perfeito, válido e ineficaz – quando, concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos</p><p>requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para eclosão de seus efeitos típicos, por depender</p><p>de um termo inicial ou de uma condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, a serem</p><p>manifestados por uma autoridade controladora.</p><p>d) perfeito, inválido e ineficaz – quando, esgotado seu ciclo de formação, sobre encontrar-se em</p><p>desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda não podem fluir, por se encontrarem na</p><p>dependência de algum acontecimento previsto como necessário para a produção dos efeitos (condição</p><p>suspensiva ou termo inicial, ou aprovação ou homologação dependentes de outro órgão).</p><p>Questões</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>121</p><p>(FCC – DPE-SP – Defensor Público) O ato administrativo que se encontra sujeito a termo inicial e</p><p>parcialmente ajustado à ordem jurídica, após ter esgotado o seu ciclo de formação, é considerado</p><p>a) perfeito, válido e eficaz.</p><p>b) perfeito, inválido e ineficaz.</p><p>c) imperfeito, inválido e eficaz.</p><p>d) perfeito, válido e ineficaz.</p><p>e) imperfeito, inválido e ineficaz.</p><p>Gabarito B</p><p>(FCC- TRT 18ª – Juiz do Trabalho) Determinado servidor recebeu, de boa-fé, valores indevidos, em</p><p>virtude de interpretação errônea da lei, por parte da Administração pública. Com base em</p><p>entendimento dominante do Superior Tribunal de Justiça, deve-se concluir que o pagamento de tais</p><p>valores consistirá em ato administrativo</p><p>a) perfeito, válido e eficaz.</p><p>b) perfeito, inválido e eficaz.</p><p>c) imperfeito, válido e ineficaz.</p><p>d) imperfeito, inválido e eficaz.</p><p>e) perfeito, inválido e ineficaz.</p><p>Gabarito B</p><p>(CESPE – MDIC – Agente Administrativo) Suponha que determinado ato administrativo, percorrido seu</p><p>ciclo de formação, tenha produzido efeitos na sociedade e, posteriormente, tenha sido reputado, pela</p><p>própria administração pública, desconforme em relação ao ordenamento jurídico. Nesse caso,</p><p>considera-se o ato perfeito, eficaz e inválido.</p><p>Gabarito C</p><p>Atos Administrativos – Vinculação e Discricionariedade</p><p>(parte 1)</p><p>(Videoaula 109)</p><p>Este tópico, também diz respeito a um critério de classificação dos atos administrativos.</p><p>(Dica.: assista também à Aula 78 – Poder Vinculado e Poder Discricionário)</p><p>Critério de classificação quanto ao seu regramento – Meirelles (quanto ao grau de liberdade</p><p>da Administração em sua prática - Mello) - os atos administrativos podem ser: Vinculado ou</p><p>Discricionário.</p><p>Ato Vinculado</p><p>Segundo Mello: “Atos vinculados seriam aqueles em que, por existir prévia e objetiva tipificação legal</p><p>do único possível comportamento da Administração em face de situação igualmente prevista em termos de</p><p>objetividade absoluta, a Administração, ao expedi-los, não interfere com apreciação subjetiva alguma”.</p><p>Dessa forma, no ato vinculado:</p><p>- Não há liberdade de escolha.</p><p>- Único possível comportamento da Administração, pois já está regulado previamente.</p><p>- O agente público encontra-se vinculado à lei, referente a todos os requisitos do ato: competência,</p><p>finalidade, forma, motivo e objeto.</p><p>- No ato vinculado o agente usa apenas do poder vinculado.</p><p>- Não há que se falar em revogação do ato vinculado. Não há mérito administrativo em ato vinculado</p><p>(somente há em ato discricionário).</p><p>- Em caso de ato discricionário ilegal, poderá ser anulado tanto pela administração pública que o</p><p>praticou quanto pelo Poder Judiciário.</p><p>Questão (VUNESP – EMPLASA – Analista Jurídico) Atos vinculados;</p><p>a) são aqueles para os quais a lei estabelece requisitos e condições de sua realização e impõem à</p><p>Administração o dever de motivá-los.</p><p>b) podem desatender às disposições legais ou regulamentares se houver decisão judicial dizendo sobre a</p><p>conveniência e oportunidade.</p><p>c) encontram fundamento e justificativa na complexidade e variedade dos problemas que o Poder Público</p><p>tem que solucionar a cada caso e para os quais a lei, por mais casuística que seja, não poderia prever todas</p><p>as soluções.</p><p>d) são aqueles que permitem à Administração assegurar de modo eficaz os meios realizadores do fim a que</p><p>se propõe o Poder Público.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>122</p><p>e) são instrumentos legais que permitem ao administrador fazer o que entender conveniente à coletividade.</p><p>Gabarito A</p><p>Ato Discricionário</p><p>Segundo Mello: “Atos discricionários, pelo</p><p>contrário, seriam os que a Administração pratica com certa</p><p>margem de liberdade de avaliação ou decisão segundo critérios de conveniências e oportunidade formulados</p><p>por ela mesma, ainda que adstrita à lei reguladora da expedição deles.”</p><p>Dessa forma, no ato discricionário:</p><p>- Há liberdade para decidir em face das circunstâncias concretas do caso.</p><p>- O Administrador deverá decidir sobre 2 ou mais soluções admissíveis perante a situação concreta.</p><p>- O agente público encontra-se vinculado à lei, referente aos seguintes requisitos do ato: competência,</p><p>finalidade e forma. O agente público deverá valorar os motivos e escolher o objeto (conteúdo) segundo a</p><p>conveniência e oportunidade (mérito do ato administrativo).</p><p>- No ato discricionário o agente usa do poder discricionário e do poder vinculado. (obs.: poder</p><p>vinculado: competência, finalidade e forma. Poder discricionário: motivo e objeto).</p><p>- Pode haver a revogação do ato administrativo pela própria administração que o praticou. (O Poder</p><p>Judiciário não pode revogar um ato administrativo do Poder Executivo ou Poder Legislativo. Isso porque ele</p><p>estaria apreciando o mérito administrativo). Controle de mérito => revogação.</p><p>- Limites da discricionariedade (fator limitador do ato discricionário), segundo Di Pietro, são: a lei,</p><p>princípios da administração pública como razoabilidade, proporcionalidade e moralidade, teoria dos motivos</p><p>determinantes, ausência de desvio de poder.</p><p>- Em caso de ato discricionário ilegal, poderá ser anulado tanto pela administração pública que o</p><p>praticou quanto pelo Poder Judiciário.</p><p>Controle de legalidade => anulação.</p><p>Questões</p><p>(FCC - TRT-GO - Técnico Judiciário) Quanto à liberdade que o administrador tem na prática dos atos</p><p>administrativos, considere:</p><p>I. Ato em que a lei estabelece todos os requisitos e as condições de sua realização, sem deixar</p><p>qualquer margem de liberdade para o administrador.</p><p>II. Ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e</p><p>oportunidade.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>123</p><p>Esses conceitos referem-se, respectivamente, ao ato administrativo</p><p>a) vinculado e de império.</p><p>b) de império e de gestão.</p><p>c) discricionário e de gestão.</p><p>d) vinculado e discricionário.</p><p>e) de gestão e de expediente.</p><p>Gabarito D</p><p>(CESPE – AGU – Contador) O ato discricionário permite liberdade de atuação administrativa, a qual</p><p>deve restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.</p><p>Gabarito C</p><p>(CESPE – TC-DF – Auditor de Controle Externo) O fator limitador do ato administrativo discricionário é</p><p>o critério da conveniência e oportunidade.</p><p>Gabarito E</p><p>(CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo) O ato discricionário não está sujeito à</p><p>apreciação do Poder Judiciário.</p><p>Gabarito E</p><p>(VUNESP – Prefeitura de Alumínio-SP – Procurador Jurídico) Com relação aos atos discricionários,</p><p>pode-se afirmar corretamente que o controle judicial</p><p>a) é possível, mas terá que respeitar a discricionariedade administrativa.</p><p>b) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um excesso de poder.</p><p>c) é possível, não existindo qualquer restrição ao Poder Judiciário.</p><p>d) não é possível, pois se alicerçam na oportunidade e conveniência da Administração.</p><p>e) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um desvio de poder.</p><p>Gabarito A</p><p>(CAIP-IMES - CRAISA de Santo André - Advogado)</p><p>Como podem ser classificados os seguintes atos administrativos::</p><p>I- quanto ao destinatário:</p><p>II- quanto ao alcance:</p><p>III- quanto ao conteúdo:</p><p>IV- quanto ao regramento:</p><p>V- quanto à formação</p><p>( ) ato simples, ato complexo e ato composto.</p><p>( ) ato individual e ato geral.</p><p>( ) atos internos e atos externos.</p><p>( ) atos vinculados e atos discricionários.</p><p>( ) atos de império, atos de gestão e atos de expediente.</p><p>Assinale a classificação correta:</p><p>a) III, II, I, V, IV.</p><p>b) II, I, III, V e IV.</p><p>c) I, II. III, IV e V.</p><p>d) V, I, II, IV e III.</p><p>Gabarito D</p><p>Vinculação e Discricionariedade (parte 2)</p><p>(Videoaula 110)</p><p>QUADRO COMPARATIVO – Ato Vinculado x Ato Discricionário</p><p>Ato Vinculado</p><p>Ato Discricionário</p><p>Há liberdade de</p><p>escolha?</p><p>NÃO SIM</p><p>Quantas</p><p>possibilidades?</p><p>1 2 ou mais</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>124</p><p>O agente público</p><p>encontra-se vinculado à lei,</p><p>referente aos requisitos do</p><p>ato:</p><p>Competência,</p><p>finalidade, forma, motivo e</p><p>objeto (todos).</p><p>Competência,</p><p>finalidade e forma.</p><p>Poder vinculado ou</p><p>poder discricionário</p><p>Poder vinculado Poder discricionário e</p><p>poder vinculado.</p><p>Pode ser revogado? Não Sim, apenas pela</p><p>administração que o praticou.</p><p>Em caso de ato</p><p>ilegal, pode ser anulado pela</p><p>administração que o praticou</p><p>e pelo poder judiciário?</p><p>Sim Sim</p><p>Pratica-se um ato discricionário, quando:</p><p>- Não há na lei a descrição antecipada da situação em vista da qual será suscitado o comportamento</p><p>administrativo. Ex.: O Presidente da República poderá mudar a Capital do País”.</p><p>- A lei explicitamente concede a faculdade da prática do ato discricionário. Por exemplo: “</p><p>Administração poderá, a requerimento do interessado, converter em pecúnia a licença-prêmio a que o</p><p>funcionário faça jus”.(Mello)</p><p>- A lei usa conceitos indeterminados. Por exemplo: “conduta escandalosa”. Por exemplo: “Os que se</p><p>comportarem de modo indecoroso deverão ser expulsos do cinema”.(Mello)</p><p>Sobre “conceito indeterminado”, este possui 3 zonas:</p><p>- de certeza positiva – situações que com certeza se enquadram no conceito</p><p>- de certeza negativa – situações que com certeza não se enquadram no conceito</p><p>- de indeterminação (ou zona de penumbra ou área de incerteza) – situações de incertezas, que não</p><p>podem ser eliminadas objetivamente, que estão entre a zona positiva e negativa.</p><p>Importante observar que não existe ato totalmente discricionário, pois quanto, pelo menos, aos</p><p>requisitos de competência, finalidade e forma, existirá a vinculação.</p><p>E, segundo Mello, discricionariedade pode ser definida como “A margem de liberdade conferida pela</p><p>lei ao administrador a fim de que este cumpra o dever de integrar com sua vontade ou juízo a norma jurídica,</p><p>diante do caso concreto, segundo critérios subjetivos próprios, a fim de dar satisfação aos objetivos</p><p>consagrados no sistema legal”.</p><p>Importante não confundir discricionariedade com arbitrariedade.</p><p>Mérito Administrativo – utiliza os critérios de conveniência e oportunidade.</p><p>Conveniência – Diz respeito à satisfação do interesse público.</p><p>Oportunidade – Diz respeito ao momento em que o ato vai ser praticado.</p><p>Segundo Meirelles: “o mérito administrativo consiste na valoração dos motivos e na escolha do objeto</p><p>do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência,</p><p>oportunidade e justiça do ato a realizar”.</p><p>Busca-se a finalidade de bem atingir o interesse público. Deve ser pautado nos princípios</p><p>administrativos como moralidade, proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, dentre outros.</p><p>Questões</p><p>(CESPE – MPE-SC) O ato discricionário praticado por autoridade incompetente, ou realizado por forma</p><p>diversa da prescrita em lei, ou informado de finalidade estranha ao interesse público, é ilegítimo e nulo.</p><p>Em tal circunstância, deixaria de ser ato discricionário para ser ato arbitrário e ilegal.</p><p>Gabarito C</p><p>(CESPE – HEMOBRÁS – Analista) O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao</p><p>administrador para que ele, nos atos discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de</p><p>sua prática.</p><p>Gabarito C</p><p>Espécies de Atos Administrativos – Introdução e Atos</p><p>Normativos</p><p>(Videoaula 111)</p><p>Introdução</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento -</p><p>docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>125</p><p>Até a aula anterior estudamos a classificação dos atos administrativos. Vimos que diversos</p><p>doutrinadores trazem critérios diferentes para essa classificação.</p><p>O tema espécies de atos administrativos não deixa de ser também um tipo de classificação. Essa</p><p>proposta por Meirelles, cujo critério seria o “fim imediato a que se destinam e o objeto que encerram”.</p><p>Meirelles entende que nestas espécies “cabem todos os atos administrativos propriamente ditos,</p><p>excluídos os atos legislativos e os judiciais típicos, que formam dois gêneros à parte”.</p><p>Dessa forma, as espécies de atos administrativos são:</p><p>Normativos</p><p>Ordinatórios</p><p>Negociais</p><p>Enunciativos</p><p>Punitivos</p><p>Atos Normativos</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>“Atos administrativos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando</p><p>à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de trais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela</p><p>Administração e pelos administrados.”</p><p>“Tais atos, conquanto normalmente estabeleçam regras gerais e abstratas de conduta, não são leis</p><p>em sentido formal. São leis apenas em sentido material, vale dizer, provimentos executivos com conteúdo de</p><p>lei, com matéria de lei.”</p><p>Assim, atos normativos:</p><p>- objetivo é explicar a lei;</p><p>- são regras gerais e abstratas;</p><p>- são leis no sentido material.</p><p>Os principais atos normativos são:</p><p>- Decreto regulamentar ou de execução – competência exclusiva do Chefe do Executivo. Seu objetivo</p><p>é explicar a lei e facilitar sua execução.</p><p>- Decreto autônomo ou independente - competência exclusiva do Chefe do Executivo. É considerado</p><p>ou ato primário decorrente do texto constitucional. O art. 85, VI da CF descreve quais são as matérias que</p><p>podem estar contidas num decreto autônomo. Essas matérias são: “a) organização e funcionamento da</p><p>administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.”</p><p>- Regulamentos – segundo Meirelles: “os regulamentos são atos administrativos, postos em vigência</p><p>por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei”.</p><p>- Instruções Normativas – segundo Meirelles: “são atos administrativos expedidos pelos Ministros de</p><p>Estado para a execução das leis, decretos e regulamentos.”</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>126</p><p>- Regimentos – segundo Meirelles: “são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que</p><p>se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas”.</p><p>- Resoluções – segundo Meirelles – “são atos administrativos normativos expedidos pelas altas</p><p>autoridades do Executivo (mas não pelo Chefe do Executivo, que só deve expedir decretos) (...) para</p><p>disciplinar matéria de sua competência específica.”</p><p>- Deliberações – segundo Meirelles: “são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de</p><p>órgãos colegiados. Quando normativas são atos gerais, quando decisórias, são atos individuais.</p><p>Questões</p><p>(FCC- TRT2ª – Analista Judiciário) Atos normativos são</p><p>a) atos que não contêm uma manifestação de vontade da Administração.</p><p>b) aqueles pelos quais a Administração pode impor diretamente sanções a seus servidores ou aos</p><p>administrados em geral.</p><p>c) aqueles editados em situações nas quais uma determinada pretensão do particular coincide com a</p><p>manifestação de vontade da Administração.</p><p>d) atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determinações</p><p>atinentes ao adequado desempenho de suas funções.</p><p>e) os que contêm comandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os administrados que se enquadrem nas</p><p>situações nele previstas.</p><p>Gabarito E</p><p>(CESPE – SEDF) José, chefe do setor de recursos humanos de determinado órgão público, editou ato</p><p>disciplinando as regras para a participação de servidores em concurso de promoção.</p><p>A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.</p><p>O veículo normativo adequado para a edição do referido ato é o decreto.</p><p>Gabarito E</p><p>(FCC- TRE-SC – Analista Judiciário - modificado) NÃO se inclui entre os atos normativos emanados</p><p>do Poder Executivo:</p><p>a) os regimentos.</p><p>b) os decretos regulamentares.</p><p>c) as circulares.</p><p>d) as resoluções.</p><p>e) as instruções normativas.</p><p>Gabarito C</p><p>Atos Ordinatórios</p><p>(Videoaula 112)</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>“Atos administrativos ordinatórios são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e</p><p>a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam</p><p>aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.”</p><p>Características, segundo Meirelles, dos atos ordinatórios:</p><p>- Emanam do poder hierárquico;</p><p>- Expedidos pelo chefe aos subordinados;</p><p>- Só atuam no âmbito interno da administração;</p><p>- Só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu;</p><p>- Não obrigam os particulares, nem funcionários subordinados a outras chefias;</p><p>- São inferiores aos atos normativos.</p><p>Questões</p><p>(IESES – IFC-SC – Auditor) Quanto a espécies de atos administrativos temos: “São aqueles que visam a</p><p>disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes no desempenho de suas</p><p>atribuições. Encontra fundamento no Poder Hierárquico." Estamos falando dos:</p><p>Parte superior do formulário</p><p>a) Atos Normativos.</p><p>b) Atos ordinatórios.</p><p>c) Atos Negociais.</p><p>d) Atos Punitivos.</p><p>Gabarito B</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>127</p><p>(CESPE – TJSE – Titular de Serviços de Notas e de Registros) Os atos ordinatórios visam disciplinar o</p><p>funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes. Por isso, em regra, criam direitos e</p><p>obrigações também para os particulares que dependam dos serviços desses agentes.</p><p>Gabarito E</p><p>São exemplos de atos ordinatórios, segundo Meirelles:</p><p>- Instruções – são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado</p><p>serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com o objetivo de orientar os subalternos no desempenho</p><p>das atribuições que lhes estão afetas e assegurar a unidade de ação no organismo administrativo.</p><p>- Circulares – são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou</p><p>agentes administrativos incumbidos de certo serviço, ou do desempenho de certas atribuições em</p><p>circunstâncias especiais.</p><p>- Avisos – emanados dos Ministros do Estado a respeito de assuntos afetos aos seus ministérios.</p><p>- Portarias – expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam</p><p>servidores para funções e cargos secundários. (Ex.: portaria de remoção, portaria de delegação de</p><p>competência)</p><p>- Ordens de serviços – são determinações especiais dirigidas por obras ou serviços públicos</p><p>autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações técnicas sobre o</p><p>modo e forma de sua realização.</p><p>- Provimentos – contem determinações e instruções que a Corregedoria ou os tribunais expedem para</p><p>a regularização e uniformização dos serviços, especialmente os da Justiça, com o objetivo de evitar erros e</p><p>omissões na observância da lei.</p><p>- Ofícios – comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores</p><p>e entre Administração e particulares em caráter oficial.</p><p>- Despachos – Despachos administrativos são decisões que as autoridades executivas proferem em</p><p>papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação.</p><p>Questão (ESAF – PGFN – Procurador da Fazenda Nacional) À luz da tradicional</p><p>doutrina administrativista, é</p><p>possível identificar, como espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem, como um de</p><p>seus exemplos,</p><p>a) os decretos regulamentares.</p><p>b) os alvarás.</p><p>c) as circulares.</p><p>d) as multas.</p><p>e) as homologações.</p><p>Gabarito C</p><p>Atos Negociais (parte 1)</p><p>(Videoaula 113)</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>“Atos negociais são praticados contendo uma declaração de vontade do Poder Público coincidente</p><p>com a pretensão do particular, visando à concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição de</p><p>certos direitos ou vantagens ao interessado.”</p><p>Características dos Atos Negociais:</p><p>- declaração de vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular;</p><p>- são considerados atos de consentimentos, pois são editados a pedido do particular;</p><p>- produzem efeitos concretos e individuais para seu destinatário e para a Administração;</p><p>- manifestação unilateral da administração;</p><p>- são atos administrativos e não contratos administrativos;</p><p>- podem ser vinculados ou discricionários e definitivos ou precários;</p><p>- ato negocial vinculado – atendido os requisitos legais, o ato deverá ser praticado;</p><p>- ato discricionário – atendido os requisitos legais, o ato poderá ou não ser praticado;</p><p>- ato definitivo – gera expectativa de definitividade. Não cabe revogação, mas cabe cassação ou</p><p>anulação;</p><p>- ato precário – pode ser revogado a qualquer tempo. Somente atos discricionário podem ser</p><p>precários;</p><p>- são exemplos de atos negociais: licença, autorização, permissão, admissão, visto, aprovação,</p><p>homologação, dispensa, renúncia, protocolo administrativo. (Alvará)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>128</p><p>Questões</p><p>(FCC- TRE-CE – Analista Judiciário) Os atos administrativos denominados "negociais" .</p><p>a) embora unilaterais, encerram conteúdo tipicamente negocial, de interesse recíproco da Administração e</p><p>do administrado.</p><p>b) encerram um mandamento geral da Administração Pública.</p><p>c) são sempre discricionários por serem de interesse único da Administração.</p><p>d) operam efeitos jurídicos entre as partes (Administração e administrado), passando, portanto, à categoria</p><p>de contratos administrativos.</p><p>e) não produzem efeitos à Administração Pública que os expede, tendo em vista a supremacia do ente</p><p>público.</p><p>Gabarito A</p><p>(FCC – TRF-4ªR – Analista Judiciário) Em relação aos atos administrativos negociais, é certo que</p><p>a) podem ser discricionários ou precários, dependendo de sua espécie, mas nunca vinculados ou</p><p>definitivos.</p><p>b) podem ser considerados desta espécie as autorizações, as apostilas e os atestados.</p><p>c) não produzem quaisquer efeitos concretos e individuais para os administrados.</p><p>d) não são contratos, mas sim manifestações unilaterais de vontade da Administração coincidentes com a</p><p>pretensão do particular.</p><p>e) são dotados, como os demais atos, de imperatividade ou coercitividade.</p><p>Gabarito D</p><p>(CESPE – DPU – Defensor Público Federal) Os atos administrativos negociais são também</p><p>considerados atos de consentimento, uma vez que são editados a pedido do particular como forma de</p><p>viabilizar o exercício de determinada atividade ou a utilização de bens públicos.</p><p>Gabarito C</p><p>A seguir, vamos descrever brevemente os tipos de atos negociais:</p><p>Licença</p><p>Segundo Meirelles: “É ato vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificado que o</p><p>interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a</p><p>realização de fatos materiais antes vedados ao particular.”</p><p>São exemplos: licença para dirigir, licença para o exercício de uma profissão, alvará para</p><p>realização de obra.</p><p>Questão (CESPE – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de Registros) Suponha que determinado</p><p>cidadão que pretenda construir uma casa tenha sido informado pelo órgão estatal competente de que a</p><p>administração deve, por meio de ato administrativo, consentir a construção, antes do início das obras.</p><p>Nessa situação, o ato administrativo de consentimento a ser expedido pela administração é a</p><p>a) permissão.</p><p>b) aprovação.</p><p>c) admissão.</p><p>d) autorização.</p><p>e) licença.</p><p>Gabarito E</p><p>Autorização</p><p>Segundo Meirelles: “Autorização é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o</p><p>Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de</p><p>determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse (...).”</p><p>Segundo Di Pietro “Ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a</p><p>Administração faculta ao particular o uso de bem público, ou o desempenho de atividade material, ou a</p><p>prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido”</p><p>Por exemplo: porte de arma, fechamento do trânsito em determinado local, utilização de vias</p><p>públicas para feira livre.</p><p>Questão (CESPE – SEGER – Analista Executivo) Caso determinada comunidade, desejando comemorar o</p><p>aniversário de seu bairro, decida solicitar o fechamento de uma rua para realizar uma festa comunitária, ela</p><p>deve obter do poder público</p><p>a) autorização.</p><p>b) permissão.</p><p>c) delegação.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>129</p><p>d) convênio.</p><p>e) concessão.</p><p>Gabarito A</p><p>Permissão</p><p>Segundo Meirelles: “Permissão é ato discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta</p><p>ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título</p><p>gratuito ou remunerado, nas condições estabelecidas pela Administração.”</p><p>“É admissível a permissão condicionada, ou seja, aquela em que o próprio Poder Público</p><p>automilita-se na faculdade discricionária de revoga-la a qualquer tempo, fixando em norma legal o prazo</p><p>de sua vigência e/ou assegurando outras vantagens ao permissionário (...)”</p><p>Exemplos de permissão: instalação de banca de jornal em praça, lanchonete em Universidade</p><p>Federal.</p><p>Segundo Vicente Paulo:</p><p>- As permissões de serviço público, atualmente, são contratos administrativos (bilaterais), e não</p><p>meros atos administrativos (unilaterais).</p><p>- A permissão de uso de bem público é ato administrativo negocial.</p><p>Questão (FGV – TJ-SC – Técnico Judiciário) O Município de um Balneário praticou ato de permissão de uso</p><p>de bem público, consistente em quiosque situado na orla da Avenida Atlântica, em favor de Joaquim, sem</p><p>prazo determinado. Um ano após a prática do ato, por motivo de interesse público devidamente</p><p>fundamentado, a municipalidade resolveu retomar a posse do imóvel, revogando a permissão e intimando o</p><p>particular de tal decisão. Inconformado, Joaquim manejou medida judicial cabível, com escopo de</p><p>prosseguir na posse direta do bem e explorar sua atividade comercial. O pleito de Joaquim:</p><p>a) merece prosperar, porque, apesar de a permissão de uso ser ato bilateral, discricionário e precário, é</p><p>imprescindível o prévio processo administrativo;</p><p>b) merece prosperar, porque, apesar de a permissão de uso ser ato unilateral, vinculado e precário, é</p><p>imprescindível o prévio processo administrativo;</p><p>c) merece prosperar, porque a retomada do bem somente pode ocorrer por meio de prévio processo judicial;</p><p>d) não merece prosperar, porque a permissão de uso é ato unilateral, discricionário e precário;</p><p>e) não merece prosperar, porque a permissão de uso é ato bilateral, vinculado e deve atender à finalidade</p><p>pública.</p><p>Gabarito D</p><p>Atos Negociais (parte 2)</p><p>(Videoaula 114)</p><p>A seguir, vamos estudar outros tipos de atos administrativos negociais.</p><p>Aprovação</p><p>Segundo Meirelles: “Aprovação é o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade</p><p>e o mérito de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades</p><p>ou de particulares, dependentes de seu controle</p><p>e Governo Soberano.</p><p>Povo: o componente humano. O povo origina o poder representado pelo Estado. Isso está</p><p>expressamente consignado no art. 1º, parágrafo único, da Constituição: "Todo o poder emana do povo, que</p><p>o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.</p><p>Território: base física do Estado, assim entendida como a delimitação espacial geográfica de onde</p><p>está o povo e onde o Estado exerce sua soberania.</p><p>Governo soberano: ele faz valer sua própria vontade dentro de seu território (autodeterminação e</p><p>auto-organização emanados pelo povo).</p><p>Soberania é o poder que o Estado tem de se administrar. Por causa da soberania, o Estado é</p><p>independente e livre para exercer seu poder absoluto e indivisível, dentro de seu território, conforme a vontade</p><p>de seu povo e fazer cumprir suas decisões. Em razão da soberania, o Estado edita leis que se aplicam ao</p><p>seu território, sem se sujeitar a qualquer tipo de ingerência de outros Estados.</p><p>Para tornar mais fácil a compreensão observe o esquema abaixo, conforme trabalhado em nossa</p><p>videoaula 1:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>12</p><p>Questões</p><p>(2010 / CESPE / INSS/ Médico) Povo, território e governo soberano são elementos do Estado.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2007 - MP-AM - PROMOTOR) Os tradicionais elementos apontados como constitutivos do Estado</p><p>são: o povo, a uniformidade linguística e o governo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2013 - TCE-RO - Contador) O Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas</p><p>exteriormente, nas relações internacionais, mas também internamente, como pessoa jurídica de direito</p><p>público capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica.</p><p>Gabarito: C</p><p>Governo</p><p>O conceito de Governo, partindo do ponto de vista de alguns doutrinadores, pode ser descrito como</p><p>sendo um elemento de Estado que caracteriza - se pela autodeterminação e pela auto-organização do povo.</p><p>A constituição federal atribui ao Governo o exercício do poder político, concedendo a ele</p><p>discricionariedade nos negócios públicos. Quando nos referimos à discricionariedade queremos dizer que ele</p><p>é livre para atuar dentro dos limites que a constituição federal impõe a ele. Ou seja, quando pensamos em</p><p>Governo, podemos associar a ideia de condução política do Estado, é ele quem representa o poder do povo.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>13</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles, “a noção de Governo é a sua expressão política de comando, de</p><p>iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente, atuando</p><p>mediante atos de soberania e autonomia política na condução dos negócios públicos”.</p><p>Exercido pelos poderes executivo e legislativo.</p><p>Ex.: nomeação de Ministros e criação de CPIs.</p><p>Conforme Leandro Zannoni, “governo é elemento do Estado” e o define como “a atividade política</p><p>organizada do Estado, possuindo ampla discricionariedade, sob responsabilidade constitucional e política”.</p><p>Segundo Vicente Paulo, “a expressão “Governo” tem sido utilizada para designar o conjunto de</p><p>Poderes e órgãos constitucionais responsáveis pela função do Estado. O Governo tem a incumbência de</p><p>zelar pela direção suprema e geral do Estado, determinar os seus objetivos, estabelecer as suas diretrizes,</p><p>visando à unidade da soberania estatal. Essa função política do Governo abrange atribuições que decorrem</p><p>diretamente da Constituição e por esta se regulam”.</p><p>Administração Pública</p><p>Pensando na Administração Pública como sendo o meio pelo qual o Estado dispõe para executar as</p><p>opções políticas do governo, é possível ver que ela pratica atos de execução. Dessa forma, a Administração</p><p>Pública é a encarregada de colocar na prática tudo aquilo que o governo diz. É como se fosse assim: A</p><p>administração Pública é parte de uma empresa (Estado), onde se tem um chefe maior (Governo), aquele que</p><p>vai dar as ordens para a execução das tarefas. Portanto, nessa analogia podemos ver que a Administração</p><p>Pública trabalha de forma subordinada. Em termos mais específicos ela atua de forma vinculada à lei, possui</p><p>discricionariedade apenas em alguns casos, podendo fazer somente aquilo que a lei ordena fazer. Em termos</p><p>práticos, a Administração Pública tratará da organização dos órgãos, agentes públicos, entidades públicas e</p><p>privadas e a sua relação com o interesse público.</p><p>Segundo Meirelles, Administração Pública é “todo o aparelhamento do Estado preordenado à</p><p>realização de serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. A Administração pratica atos de</p><p>execução (atos administrativos) com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão</p><p>e de seus agentes”.</p><p>Segundo Di Pietro, a Administração Pública pode ser definida em seu sentido amplo e em seu sentido</p><p>estrito.</p><p>Em sentido amplo, a Administração Pública se subdivide:</p><p>em sentido subjetivo:</p><p>- órgãos governamentais (exercem função política. Incumbidos de planejar, traçar metas).</p><p>- órgãos administrativos (executam os planos governamentais, exercendo a função administrativa).</p><p>em sentido objetivo: função política e administrativa.</p><p>Em sentido estrito, a Administração Pública é subdividida nas pessoas jurídicas, órgãos e agentes</p><p>públicos que exercem funções administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses entes</p><p>(sentido objetivo).</p><p>No esquema abaixo é possível notar as diferenças entre sentido amplo e sentido estrito.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>14</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2010 - ABIN - Direito) A administração pública é caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela</p><p>própria atividade administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico - Adaptada) Administração pública em sentido subjetivo compreende as</p><p>pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa.</p><p>Gabarito: C</p><p>O quadro comparativo abaixo foi inspirado na definição de Hely Lopes Meirelles e traz de forma</p><p>sucinta as principais diferenças entre Governo e Administração Pública.</p><p>A administração pública é o instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções</p><p>políticas do Governo. (Meirelles)</p><p>Importante frisar que a Administração Pública tem poder de decisão, mas dentro dos limites legais de</p><p>suas competências. De modo que a Administração Pública pode decidir sobre assuntos jurídicos, técnicos,</p><p>financeiros, sem qualquer liberdade de opção política sobre a matéria.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) O Estado constitui a nação politicamente organizada,</p><p>enquanto a administração pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo</p><p>politicamente os negócios públicos.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE – 2013 - MI – Analista técnico) Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o</p><p>primeiro refere-se a uma atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade</p><p>eminentemente técnica.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>15</p><p>Estado - Poderes e organização</p><p>(videoaula 2)</p><p>Primeiramente, é importante deixar claro que há uma divergência em tratar do termo “poderes”, pois</p><p>o mais correto seria “poder”, uma vez que segundo Montesquieu o poder é uno, indivisível,</p><p>e consente na sua execução ou manutenção.”</p><p>Por exemplo: aprovação de um projeto, uma obra, um serviço.</p><p>Pode ser prévia ou subsequente, vinculada ou discricionária.</p><p>Questão (FCC – TRE-PE – Analista Judiciário) A “aprovação” é exemplo de ato administrativo</p><p>a) ordinatório.</p><p>b) normativo.</p><p>c) negocial.</p><p>d) enunciativo.</p><p>e) geral.</p><p>Gabarito C</p><p>Admissão</p><p>Segundo Di Pietro: “Admissão é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao</p><p>particular, que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público.”</p><p>Exemplo: admissão nas escolas públicas, nos hospitais, nos estabelecimentos de assistência social.</p><p>Visto</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>130</p><p>Segundo Meirelles: “Visto é ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria</p><p>Administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade.” É ato</p><p>vinculado.</p><p>Homologação</p><p>Segundo Di Pietro: “Homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública</p><p>reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de</p><p>legalidade, no que se distingue da aprovação.”</p><p>Exemplo: ato da autoridade que homologa o procedimento de licitação.</p><p>Dispensa</p><p>Segundo Meirelles: “Dispensa é o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de até</p><p>então exigida por lei, como, por ex., a prestação do serviço militar. É, normalmente, ato discricionário (...)”</p><p>Renúncia</p><p>Segundo Meirelles: “Renúncia administrativa é o ato pelo qual o Poder Público extingue</p><p>unilateralmente um crédito ou um direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a</p><p>Administração.”</p><p>Questão (FCC – SJCDH-BA - Agente Penitenciário) Considere:</p><p>I. Renúncia administrativa.</p><p>II. Portaria.</p><p>I e II configuram, respectivamente, atos administrativos</p><p>a) normativo e ordinatório.</p><p>b) ordinatório e punitivo.</p><p>c) negocial e ordinatório.</p><p>d) ordinatório e normativo.</p><p>e) negocial e punitivo.</p><p>Gabarito C</p><p>Protocolo Administrativo</p><p>Segundo Meirelles: “Protocolo administrativo é o ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o</p><p>particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no</p><p>interesse recíproco da Administração e do administrado signatário do instrumento protocolar.”</p><p>- É ato vinculante.</p><p>- Inclui o protocolo de intenção, que precede o ato ou contrato definitivo.</p><p>Questões</p><p>(FCC – MPE-AP – Técnico Ministerial)NÃO constitui exemplo de ato administrativo negocial:</p><p>a) Autorização.</p><p>b) Licença.</p><p>c) Certidão.</p><p>d) Permissão.</p><p>e) Aprovação.</p><p>Gabarito C</p><p>(FCC - TRT-GO Analista Judiciário) Sobre as espécies de atos administrativos, analise:</p><p>I. Atos que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado</p><p>negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular.</p><p>II. Atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus</p><p>agentes.</p><p>III. Atos que contêm um comando geral do Executivo, visando �� correta aplicação da lei.</p><p>Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos atos administrativos</p><p>a) negociais, ordinatórios e normativos.</p><p>b) ordinatórios, normativos e negociais.</p><p>c) normativos, negociais e ordinatórios.</p><p>d) negociais, normativos e ordinatórios.</p><p>e) ordinatórios, negociais e normativos.</p><p>Gabarito A</p><p>Atos Enunciativos</p><p>(videoaula 115)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>131</p><p>Segundo Di Pietro: “Ato Enunciativo é aquele pelo qual a Administração apenas atesta ou reconhece</p><p>determinada situação de fato ou de direito”</p><p>Características dos Atos Enunciativos:</p><p>- Enuncia uma situação preexistente;</p><p>- não há manifestação de vontade administrativa;</p><p>- não constitui direito;</p><p>- para produzir efeito jurídico, exige a prática de outro ato administrativo. Não produz efeito jurídico</p><p>(mero ato administrativo, Di Pietro);</p><p>Questão (FCC – TRF4ª – Técnico Judiciário) Analise:</p><p>I. Atos administrativos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determinações atinentes ao</p><p>adequado desempenho de suas funções, e não atingem os administrados, não criando para estes direitos</p><p>ou obrigações.</p><p>II. Atos administrativos que declaram, a pedido do interessado, uma situação jurídica preexistente relativa a</p><p>um particular, mas não contém uma manifestação de vontade da Administração Pública.</p><p>Nesse casos, são conhecidos, respectivamente, como espécies de atos</p><p>a) punitivos e declaratórios.</p><p>b) normativos e ordinatórios.</p><p>c) normativos e negociais.</p><p>d) enunciativos e declaratórios.</p><p>e) ordinatórios e enunciativos.</p><p>Gabarito E</p><p>São exemplos de atos enunciativos:</p><p>Certidões</p><p>Segundo Meirelles: “São cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de</p><p>processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas.” Exemplo: Certidão negativa de</p><p>débito, certidão de antecedentes criminais.</p><p>Hoje em dia as informações de uma certidão são provenientes de bancos de dados eletrônicos e não</p><p>mais de livros ou documentos. Bem como, as certidões não são cópias ou fotocópias de livros, mas sim, uma</p><p>folha impressa com as informações extraídas dos bancos de dados.</p><p>Questões</p><p>(FCC – TCE-GO – Analista de Controle Externo) Enzo, servidor público e chefe de determinada</p><p>repartição pública, na mesma data, editou dois atos administrativos distintos, quais sejam, uma</p><p>certidão e uma licença. No que concerne às espécies de atos administrativos, tais atos são</p><p>classificados em</p><p>a) ordinatórios e negociais, respectivamente.</p><p>b) enunciativos.</p><p>c) negociais.</p><p>d) enunciativos e negociais, respectivamente.</p><p>e) normativos e ordinatórios, respectivamente.</p><p>Gabarito D</p><p>(CESPE – SEGESP-AL – Papiloscopista) Quando a administração pública emite uma certidão para o</p><p>particular, certificando situação existente, pratica um ato administrativo ordinatório.</p><p>Gabarito E</p><p>Atestados</p><p>Segundo Meirelles: “Atestados são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma</p><p>situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.”</p><p>Atente que a certidão comprova fato que constam nos registros permanentes (livros, papéis,</p><p>documentos) e atestado comprova fatos ou situações passíveis de modificações frequentes. Por exemplo:</p><p>atestado médico.</p><p>Questão (Assistente de Planejamento – OBJETIVA – SAMAE Caxias do Sul) A certidão, que é uma cópia</p><p>de informações registradas em algum livro em poder da Administração, geralmente requerida pelo</p><p>administrado que tenha algum interesse nessas informações, ou o atestado, que é uma declaração da</p><p>Administração referente a uma situação de que ela toma conhecimento em decorrência de uma atuação de</p><p>seus agentes cujo conteúdo nos dois casos é declaratório, são exemplos de:</p><p>a) Atos punitivos.</p><p>b) Atos negociais.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>132</p><p>c) Atos ordinatórios.</p><p>d) Atos normativos.</p><p>e) Atos enunciativos.</p><p>Gabarito E</p><p>Pareceres</p><p>Segundo Meirelles: “Pareceres são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à</p><p>sua consideração. O parecer tem caráter meramente opinativo, não vinculando a Administração ou os</p><p>particulares à sua motivação ou conclusões, salvo se aprovado por ato subsequente.”</p><p>Após aprovados passam a ter caráter normativos (parecer normativo ou jurídico) ou ordinatórios</p><p>(parecer técnico).</p><p>Questão (CESPE – PGE-PB – Procurador do Estado) Os atos administrativos enunciativos são os que</p><p>declaram, a pedido do interessado, situação jurídica preexistente relativa a particular.</p><p>a divisão é apenas</p><p>no sentido funcional, ou seja, o que se divide são as funções do Estado. Logo, quando tratarmos do termo</p><p>“Poderes do Estado” trataremos dele como sendo funções estatais.</p><p>A ideia da existência de funções estatais já era mencionada por Aristóteles, na Grécia Antiga. Na obra</p><p>“O Espírito das Leis” (1748), Montesquieu esboçou o tema da tripartição dos poderes e influenciou as</p><p>Constituições modernas, a partir da Revolução Francesa (1789).</p><p>A Constituição Federal brasileira também adota a tripartição dos poderes como está expressamente</p><p>escrito no art. 2º:</p><p>Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o</p><p>Judiciário.</p><p>Assim, é importante analisarmos no que consiste cada poder (função) estatal:</p><p>O Executivo - sua função precípua (principal) é administrar (executar) - atua por meio de atos</p><p>específicos de gestão. Sua função administrativa transforma a lei em atos executórios, individuais e concretos.</p><p>Entretanto, ele pode exercer secundariamente a função de legislar (por exemplo, quando edita uma medida</p><p>provisória que tem força de lei) e de julgar (por exemplo, quando julga administrativamente um recurso de</p><p>uma multa de trânsito).</p><p>O Legislativo - sua função precípua é fazer leis, legislar. Esse Poder representa a vontade do povo,</p><p>exercido por seus representantes (ex.: deputados). É o povo, por meio de um mandato conferido a seus</p><p>representantes, quem edita as leis. Entretanto, ele pode exercer secundariamente a função de administrar</p><p>(por exemplo, quando administra seu quadro de funcionários públicos) e de julgar (por exemplo, num processo</p><p>de "impeachment" de Presidente da República).</p><p>O Judiciário - sua função precípua é julgar, resolver os conflitos existentes entre as pessoas (físicas</p><p>e/ou jurídicas), bem como é dele a função de interpretar a lei para julgar os casos e aplicar o direito. Entretanto,</p><p>ele pode exercer secundariamente a função de legislar (por exemplo, quando edita suas normas internas) e</p><p>de administrar (por exemplo, quando administra seu quadro de funcionários públicos).</p><p>Dessa forma, a separação dos poderes não é uma divisão rígida, absoluta, entre o Executivo, o</p><p>Legislativo e o Judiciário. A separação das funções no Brasil é “flexível”, pois cada um dos Poderes detém</p><p>atribuições típicas1 e atípicas2. O poder do Estado é soberano, único e emana do povo. Todos os Poderes</p><p>são partes de um todo: a atividade do Estado.</p><p>Por isso, a designação mais correta para essa repartição seria o vocábulo “funções” e não “Poderes”.</p><p>Para que haja harmonia e nenhum poder sobreponha o outro, institui-se o sistema de freios e</p><p>contrapesos. Nesse sistema há um controle de um poder sobre o outro. Importante salientar que não existe</p><p>hierarquia entre esses poderes, não há um poder mais importante que o outro, ou como alguns pensam de</p><p>forma equívoca, um poder que “mande” no outro. É apenas uma forma de se garantir um equilíbrio e a tão</p><p>famosa harmonia entre eles.</p><p>Assim, no sistema de freios e contrapesos, as funções (os poderes) promovem uma mútua</p><p>fiscalização umas das outras, um controle recíproco para que nenhum poder fique absolutamente tão mais</p><p>importante que o outro.</p><p>Qualquer atitude ou iniciativa no que tange aos poderes estatais que dependa de mais de um poder</p><p>para acontecer é exemplo do sistema de freios e contrapesos. Veja um exemplo prático desse sistema:</p><p>O poder legislativo faz as leis, mas depende do presidente da república (poder executivo) para</p><p>sancionar a lei. Caso a lei seja inconstitucional e entrar em vigor, quem julgará a inconstitucionalidade dessa</p><p>lei será o STF (poder judiciário).</p><p>OBS.: A tripartição dos poderes é cláusula pétrea conforme nos mostra a Constituição Federal:</p><p>Art. 60, § 4º. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:</p><p>1 Função típica: função original do respectivo poder. Sua função primária, própria.</p><p>2 Função atípica: função exercida de forma acessória/ excepcional pelo poder, função que não é original dele.</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>16</p><p>(...) III- a separação dos Poderes.</p><p>Questões</p><p>(CESPE – 2013 – MS – Analista-técnico) A tripartição de funções é absoluta no âmbito do aparelho do</p><p>Estado.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>Organização</p><p>A Constituição Federal promove a organização do Estado de modo que podemos extrair a forma de</p><p>Estado (Federalismo), forma de Governo (República), sistema de governo (presidencialismo), atribuição de</p><p>cada poder, os direitos individuais, dentre outros, como podemos observar no texto da Constituição Federal:</p><p>Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e</p><p>do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...].</p><p>Segundo Meirelles:</p><p>"A organização do Estado é matéria constitucional no que concerne à divisão política do território</p><p>nacional, à estruturação dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de investidura dos governantes, aos</p><p>direitos e garantias dos governados".</p><p>Para facilitar, vejamos o quadro abaixo:</p><p>Forma de Estado Federalismo</p><p>Forma de Governo República</p><p>Sistema de Governo Presidencialismo</p><p>Regime de Governo Democracia</p><p>Questão</p><p>(CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) A vontade do Estado é manifestada por meio dos</p><p>Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem</p><p>obediência às normas constitucionais próprias da administração pública.</p><p>Gabarito: C</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>17</p><p>Direito Administrativo: conceito e fontes</p><p>(videoaula 3)</p><p>Ramos do Direito Público</p><p>O Direito Administrativo é um ramo do Direito Público considerado autônomo, pois possui regras,</p><p>princípios, conceitos e estrutura próprios. O Direito Administrativo vem a regrar precipuamente os interesses</p><p>estatais e sociais (interesse público), regendo os órgãos, agentes e atividades públicas.</p><p>Conceitos</p><p>Leandro Zannoni define: “Em sentido amplo, Direito Administrativo é o ramo do direito público interno</p><p>que visa a satisfazer os interesses da coletividade de forma direta e concreta”.</p><p>Segundo Di Pietro: “o ramo do direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas</p><p>jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que</p><p>exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista) Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público significa</p><p>o mesmo que dizer que seu objeto está restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE – 2012 – MPE-PI – Analista Ministerial) O direito administrativo, ao reger as relações jurídicas entre</p><p>as pessoas e os órgãos do Estado, visa à tutela dos interesses privados.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2009 - TCU - Analista de Controle Externo) O direito administrativo, como ramo autônomo, tem</p><p>como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este</p><p>e os administrados.</p><p>Gabarito: C</p><p>Fontes do Direito Administrativo</p><p>Após o estudo do conceito de direito administrativo, precisamos saber de onde ele emana, de onde</p><p>ele surgiu, sua origem, procedência. Para isso utilizamos de fontes, através das quais conseguimos identificar</p><p>a sua real “nascente” que disciplina o direito administrativo, moldando-o e estabelendo regras jurídicas.</p><p>As fontes do direito administrativo são:</p><p>1) Lei (em sentido amplo) – é a principal fonte do direito. Aqui, quando falamos</p><p>“lei" no sentido</p><p>amplo, podemos citar: Constituição, leis ordinárias, leis complementares, decretos, portarias e outros atos</p><p>normativos.</p><p>2) A doutrina, ou seja, os ensinamentos dos estudiosos do direito administrativo.</p><p>3) A jurisprudência, que quer dizer o conjunto de decisões dos</p><p>tribunais. A súmula vinculante também é fonte do direito administrativo, decorrente da jurisprudência</p><p>do Supremo Tribunal Federal.</p><p>4) Os costumes, que são condutas praticadas ao longo do tempo que acabam sendo vistas com</p><p>obrigatoriedade de execução, ou seja , são práticas de uso comum da sociedade.</p><p>FERRARA, assim o conceitua: "é um ordenamento de fatos que as necessidades e as condições</p><p>sociais desenvolvem e que, tornando-se geral e duradouro, acaba impondo-se psicologicamente aos</p><p>indivíduos".</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>18</p><p>Por fim, os princípios gerais de direito são importantes fontes do direito administrativo.</p><p>Questões</p><p>(CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário)</p><p>Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais importante de todas as fontes do direito</p><p>administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo)</p><p>Os costumes, a jurisprudência, a doutrina e a lei constituem as principais</p><p>fontes do direito administrativo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE- 2010 – INSS - Médico) A jurisprudência não é fonte de direito administrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Apenas a lei, em sentido lato, pode ser tida como fonte de direito</p><p>administrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>19</p><p>Administração direta e indireta</p><p>(videoaula 4)</p><p>Administração Pública pode ser classificada em duas formas: a direta e a Indireta.</p><p>Quando falamos em administração direta (centralizada) , como o próprio nome já diz, é a realização</p><p>das tarefas feitas pela própria administração pública, feita pelos próprios entes políticos (União, Estado, DF,</p><p>Municípios) através de seus órgãos e agentes públicos. Esses órgãos e agentes públicos farão a prestação</p><p>de serviços públicos essenciais, próprios e típicos do Estado.</p><p>Por outro lado, temos a administração indireta, podendo ser compreendida como aquela em que o</p><p>ente político (União, Estado, DF e munícipio) cria uma nova entidade administrativa, dotada de personalidade</p><p>jurídica, chamada de pessoa jurídica de direito público ou privado.</p><p>Para dar ênfase ao que acabamos de dizer, veja o que o decreto abaixo estabelece:</p><p>O Decreto-Lei nº 200/67 dispõe sobre a organização administrativa da União.</p><p>Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de</p><p>Estado.</p><p>Art. 4° A Administração Federal compreende:</p><p>I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa</p><p>da Presidência da República e dos Ministérios.</p><p>II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de</p><p>personalidade jurídica própria:</p><p>a) Autarquias;</p><p>b) Empresas Públicas;</p><p>c) Sociedades de Economia Mista.</p><p>d) fundações públicas.</p><p>Desconcentração x Descentralização</p><p>Quando o próprio Estado exerce a atividade administrativa, através de seus órgãos, denomina-se</p><p>forma centralizada de prestação dos serviços ou prestação direta. Assim, a prestação é feita pela própria</p><p>Administração Direta, que é composta pelas pessoas (entes) políticas: União, Estados, Municípios e DF.</p><p>Entretanto, nem sempre é cabível atuar de forma centralizada. Dessa forma, a União distribui as atribuições</p><p>de sua competência a órgãos de sua própria estrutura, tais como seus Ministérios (desconcentração).</p><p>De acordo com a Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2, I, Órgão é definido como:</p><p>A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração</p><p>Indireta.</p><p>Desconcentração administrativa (Administração Direta) - quando uma pessoa política ou uma</p><p>entidade da administração indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura a fim de tornar</p><p>mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. (Alexandrino)</p><p>Envolve obrigatoriamente uma só pessoa - o que ocorre é uma redistribuição interna de competência.</p><p>Importante frisar que Órgão não tem personalidade jurídica, entende-se que um órgão, via de regra,</p><p>não tem vontade própria e não pode ser sujeito de direitos e obrigações. Ele deve atuar em nome da pessoa</p><p>jurídica de direito público a qual integra. Podemos destacar também, que na desconcentração, há uma</p><p>hierarquia, caracterizando-se na distribuição de responsabilidades e competências dentro dela mesma, com</p><p>a manutenção dessa hierarquia.</p><p>Descentralização administrativa (Administração Indireta ) -</p><p>No caso da Descentralização, temos a participação de duas pessoas jurídicas distintas: o Estado</p><p>(União, Estado, DF ou município) e a pessoa que executará o serviço por ter recebido do Estado essa</p><p>atribuição. Descentralizar, sob a visão de Alexandrino é “quando o Estado desempenha algumas de suas</p><p>atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta”.</p><p>De forma básica, a palavra descentralizar significa criar outros centros, ou seja, criar novos centros</p><p>para agilizar as atividades da administração pública.</p><p>No caso da Descentralização, temos a participação de duas pessoas jurídicas distintas: o Estado</p><p>(União, Estado, DF ou município) e a pessoa que executará o serviço por ter recebido do Estado essa</p><p>atribuição.</p><p>Ex.: autarquia</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>20</p><p>"Para proteger o interesse público, buscando-se maior eficiência e especialização no exercício da</p><p>função pública, o Estado poderá transferir a responsabilidade pelo exercício de atividades administrativas que</p><p>lhe são pertinentes a pessoas jurídicas auxiliares por ele criadas com esse fim (que compõem a Administração</p><p>Indireta) ou para particulares. Nesse caso, ele passa a atuar indiretamente, pois o faz por intermédio de outras</p><p>pessoas, seres juridicamente distintos" (MARINELA, Fernanda; 2014).</p><p>Portanto fica claro que na descentralização, o Estado cria uma pessoa jurídica de direito público ou</p><p>privado e a ela transfere, mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de determinado serviço</p><p>público.</p><p>A nova entidade passa a ter capacidade de autoadministração e patrimônio próprio.</p><p>É o que ocorre com as entidades da Administração Indireta – autarquias, fundações, empresas</p><p>públicas e sociedades de economia mista – que são criadas com o fim específico de prestação de determinado</p><p>serviço.</p><p>Uma outra característica dessas entidades da administração indireta é que não há vínculo hierárquico</p><p>entre a Administração Central (União, Estado, DF e munícipio) e a pessoa estatal descentralizada, mas</p><p>apenas um poder de controle, de fiscalização, logo, essa nova pessoa jurídica sofre um controle ministerial,</p><p>ou seja, ela passa por uma fiscalização feita pelo ministério ao qual ela está vinculada.</p><p>Para tornar mais fácil e compreensível a explicação, observe os esquemas abaixo:</p><p>Desconcentração ( Administração Direta)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>21</p><p>Descentralização (Administração Indireta)</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com</p><p>- 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>22</p><p>Questões</p><p>(CESPE – 2015 – DPU – Defensor Público Federal)</p><p>Acerca da organização da administração pública federal, julgue o item abaixo.</p><p>Considera-se desconcentração a transferência, pela administração, da atividade administrativa para outra</p><p>pessoa, física ou jurídica, integrante do aparelho estatal.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública)</p><p>A respeito da organização administrativa, julgue os próximos itens. Configura hipótese de descentralização</p><p>administrativa a criação de uma eventual Secretaria de Estado de Aquisições do DF.</p><p>Gabarito: E</p><p>(2015-CESPE – MPU – ANALISTA) Julgue o item a seguir, referente às autarquias federais.</p><p>A criação de autarquia é uma forma de descentralização por meio da qual se transfere determinado serviço</p><p>público para outra pessoa jurídica integrante do aparelho estatal.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico - Administrativo) A desconcentração administrativa consiste no</p><p>desmembramento de órgãos públicos, para criação de diversas pessoas jurídicas, às quais se distribuem</p><p>competências, mantidas ligadas por um vínculo de subordinação ao órgão originário.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico - Administrativo) Toda pessoa jurídica da administração pública</p><p>indireta, embora não se subordine, vincula-se a determinado órgão da estrutura da administração direta,</p><p>estando, assim, sujeita à chamada supervisão ministerial.</p><p>Gabarito: C</p><p>(CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os órgãos públicos não são dotados de personalidade</p><p>jurídica própria.</p><p>Gabarito: C</p><p>Administração Indireta - Aspectos gerais</p><p>(videoaula 5)</p><p>Como vimos anteriormente, a administração indireta é aquela em que a Administração Pública passa</p><p>a atividade administrativa para outras entidades (pessoas jurídicas) criadas ou autorizadas por lei que</p><p>executarão as tarefas próprias do Estado ou do interesse do mesmo.</p><p>Portanto, a Administração Pública Indireta é formada por entidades que possuem personalidade</p><p>jurídica própria e são responsáveis pela execução de atividades administrativas que necessitam ser</p><p>desenvolvidas de forma descentralizada.</p><p>Para se criar essa nova pessoa jurídica é necessária a previsão em lei, como nos informa o art. 37,</p><p>inciso XIX da Constituição Federal: "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a</p><p>instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,</p><p>neste último caso, definir as áreas de sua atuação (...)".</p><p>De acordo com o DL3 200/1967, a Administração Indireta é composta das seguintes entidades:</p><p>autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.</p><p>Veja agora algumas das principais características dessas pessoas jurídicas:</p><p>Finalidade específica: definida pela lei de criação.</p><p>Personalidade jurídica própria: podem ser sujeitos de direitos e obrigações, sendo,</p><p>consequentemente, responsáveis pelos seus atos.</p><p>3 Decreto - lei</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>23</p><p>Patrimônio próprio: quando de sua criação, o Estado que transfere parte de seu patrimônio que, daí</p><p>em diante, passa a pertencer a esse novo ente e servirá para viabilizar a prestação de suas atividades, bem</p><p>como para garantir o cumprimento de suas obrigações.</p><p>Capacidade de autoadministração e receita própria:</p><p>autonomia administrativa, técnica e financeira, cumpridas as previsões legais e protegido o</p><p>interesse público.</p><p>Não estão subordinadas à Administração Direta: o que ocorre é um controle da Administração</p><p>Direta sobre a pessoa da administração indireta criada (= vinculação, supervisão).</p><p>Para ilustrar o que acabamos de explicar, observe o esquema abaixo:</p><p>Obs.: No esquema acima foi usado como exemplo o ente público Estado, poderia ser usado</p><p>também a União, os Munícipio e o DF.</p><p>Questão</p><p>(CESPE – 2015 – MPU – Técnico do MPU) Julgue o item a seguir, de acordo com o regime jurídico das</p><p>autarquias. Autarquia é entidade dotada de personalidade jurídica própria, comautonomia administrativa e</p><p>financeira, não sendo possível que a lei institua mecanismos de controle da entidade pelo ente federativo</p><p>que a criou.</p><p>Gabarito: E</p><p>Administração Indireta – Autarquias</p><p>(videoaula 6)</p><p>Agora daremos início ao estudo de cada uma das entidades que compõem a administração indireta,</p><p>começando pela Autarquia.</p><p>Seguindo o sistema do Decreto - Lei nº 200/67, Autarquia é entidade da administração indireta. Elas</p><p>são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei específica para executar serviços típicos e próprios do</p><p>Estado. Ora, mas quem criará essa lei? A iniciativa tanto da criação quanto da extinção dessa lei partirá</p><p>exclusivamente do chefe do poder executivo. Lembrando que ela será extinta da mesma forma como foi</p><p>criada, ou seja, através de lei específica, o chefe do poder executivo poderá decretar a sua extinção.</p><p>Outro ponto muito importante para ser abordado, é o fato de as Autarquias não poderem explorar</p><p>atividade econômica, sendo assim elas são criadas para prestarem serviços públicos.</p><p>Decreto Lei nº 200 de 25 de Fevereiro de 1967</p><p>Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>famil</p><p>Destacar</p><p>famil</p><p>Destacar</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>24</p><p>I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita</p><p>próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor</p><p>funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.</p><p>Assim conceitua José dos Santos Carvalho Filho: "Autarquia é pessoa jurídica de direito público,</p><p>integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter</p><p>econômico, sejam próprias e típicas do Estado"</p><p>São exemplos de autarquia: INSS, IBAMA, INCRA, Banco Central do Brasil.</p><p>Art. 37, inciso XIX da Constituição Federal: "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e</p><p>autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei</p><p>complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação (...)"</p><p>A iniciativa da referida lei é do chefe do poder que a criou (veja art. 61, § 1º, II, "e")</p><p>Por serem regidas pelo direito público e por prestarem atividades típicas do Estado, as autarquias</p><p>gozam de PRERROGATIVAS (ou de atributos especiais) assim como a União, os estados-membros e os</p><p>municípios.</p><p>PRERROGATIVAS:</p><p>Bens transferidos do ente que a criou - os seus bens são inalienáveis, imprescritíveis (são</p><p>insuscetíveis de usucapião) e impenhoráveis (seus bens não respondem pelas dívidas).</p><p>Imunidade de impostos (art. 150, VI, “a” e §2º, da Consitituição).</p><p>É vedada a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços das autarquias,</p><p>desde que vinculados às suas finalidades essenciais ou às que delas decorram (imunidade tributária</p><p>condicionada).</p><p>Sendo assim, sobre os demais bens e serviços que tiverem destinação</p><p>diversa da definida para sua criação, incidirão normalmente os respectivos impostos.</p><p>RESTRIÇÕES</p><p>Regime de Pessoal - as autarquias devem realizar concurso público para poderem contratar</p><p>servidores para cargos efetivos (servidor estatutário);</p><p>Licitação - só podem adquirir bens ou serviços se realizarem licitação, nos termos da Lei nº 8.666/93,</p><p>salvo as hipóteses de dispensas e inexigibilidades de licitação previstas em lei;</p><p>Controle (vinculação)</p><p>- submetem-se ao controle dos tribunais de contas e são, em regra,</p><p>vinculados a um ministério que realiza do controle. Por exemplo, o INSS é controlado pelo Ministério da</p><p>Fazenda (anteriormente estava vinculado ao Ministério da Previdência Social, este ministério foi,</p><p>recentemente, incorporado pelo Ministério da Fazenda).</p><p>Para ilustrar e tornar mais fácil a compreensão observe o esquema abaixo:</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>25</p><p>Questões</p><p>(CESPE – 2015 – MPU – TÉCNICO DO MPU) Julgue o item seguir, de acordo com o regime jurídico das</p><p>autarquias. O instrumento adequado para a criação de autarquia é o decreto, pois o ato é de natureza</p><p>administrativa e de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) A</p><p>exploração de atividade econômica pela administração pública requer a instituição de uma autarquia.</p><p>Gabarito: E</p><p>(CESPE - 2014 - MEC - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) No âmbito federal, as autarquias são</p><p>entes da administração indireta dotados de personalidade jurídica própria e criados por lei para executar</p><p>atividades típicas da administração. Essas entidades sujeitam- se à supervisão ministerial, mas não se</p><p>subordinam hierarquicamente ao ministério correspondente.</p><p>Gabarito: C</p><p>Administração Indireta - Fundações Públicas</p><p>(videoaula 7)</p><p>Fundação é uma personificação de um patrimônio para exercer atividades sem fins lucrativos.</p><p>Importante ressaltar que Fundação Pública de direito público ou de direito privado são instituídas e mantidas</p><p>pelo poder público e fazem parte da administração indireta, diferente das Fundações privadas que são</p><p>mantidas por particulares e são entidades que não fazem parte da administração indireta.</p><p>No estudo das Fundações Públicas, faz-se importante destacar que diferentemente das Autarquias,</p><p>elas poderão ser pessoa jurídica de direito público ou privado. Será de direito público a Fundação Pública que</p><p>for criada por lei, e de direito privado aquela que for autorizada por lei. Outra característica muito importante</p><p>é que suas atividades são de interesse social, por exemplo: religiosos, morais, culturais ou de assistência.</p><p>Nota-se muito o poder público constituindo Fundações Públicas nas áreas dos mais diversos</p><p>interesses coletivos como educação, ensino, pesquisa, assistência social, dentre outros.</p><p>Segundo entendimento do STF: "A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma</p><p>como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e</p><p>também da natureza dos serviços por elas prestados" (STF – ADI 191/RS).</p><p>Se a fundação é de direito público, ela é chamada de “autarquia fundacional” ou “fundação</p><p>autárquica”.</p><p>Nesse caso elas possuem características idênticas às autarquias, aplicando-se todas as regras do</p><p>regime jurídico aplicável às autarquias.</p><p>Para definir se a fundação é pública ou privada a análise da lei instituidora é importante, tendo os</p><p>doutrinadores fixado alguns critérios de diferenciação que nela podem ser identificados:</p><p>- inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas</p><p>Jurídicas para as de direito público, porque a sua personalidade já decorre da lei (Di Pietro);</p><p>- origem dos recursos, serão de direito público aquelas cujos recursos tiverem previsão própria no</p><p>orçamento da pessoa federativa e que, por isso mesmo, sejam mantidas por tais verbas, sendo de direito</p><p>privado aquelas que sobreviverem basicamente com as rendas dos serviços que prestem e com outras rendas</p><p>e doações oriundas de terceiros (Carvalho Filho);</p><p>Exemplos de fundações públicas de direito público: FUNCEP (Fundação Centro de Formação de</p><p>Servidores Públicos); Fundação da Casa Popular; Fundação Brasil Central; FUNAI;IBGE; IPEA (Instituto de</p><p>Pesquisa Econômica Aplicada).</p><p>Exemplos de fundações públicas de direito privado: FUNPRESP-Exe e FUNPRESP-Jud</p><p>(fundações de previdência complementar para servidores públicos federais), criadas recentemente.</p><p>Questão</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do Nascimento - docsfernandomatias@gmail.com - 362.431.878-02 - HP0602911061</p><p>Apostila de Direito Administrativo Prof. Eduardo Tanaka</p><p>26</p><p>(CESPE - AFCE - TCU - 2011) Pode-se criar uma fundação pública para exploração de atividade econômica</p><p>de cunho lucrativo.</p><p>Gabarito: E</p><p>Administração Indireta - Empresa Pública e Sociedade</p><p>de Economia Mista</p><p>(videoaula 8)</p><p>É comum usar a expressão “empresa estatal ou governamental” para designar empresa pública e</p><p>sociedade de economia mista (SEM), que serão estudadas a seguir.</p><p>As empresas públicas e sociedade de economia mista (SEM) têm personalidade jurídica de direito</p><p>privado e devem ser criadas para exercer atividade econômica (existência de lucro) ou prestar serviço público</p><p>de relevante interesse social ou relacionado à segurança nacional. Estas empresas estatais compõem a</p><p>administração indireta da Administração Pública.</p><p>O Decreto-lei nº 200/1967, em seu art. 5º incisos II e III traz o conceito de cada umas destas entidades:</p><p>II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio</p><p>próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo</p><p>seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de</p><p>qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,</p><p>criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações</p><p>com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação</p><p>dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>Assim, entende-se que o Estado pode criar empresas públicas para dois propósitos: (a) promover</p><p>atividades econômicas ou (b) prestar serviços públicos. Só será permitida a criação se a atividade da</p><p>empresa for de relevante interesse coletivo ou necessária à segurança nacional. Esta informação é dada pela</p><p>própria Constituição Federal:</p><p>Constituição Federal</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade</p><p>econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a</p><p>relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e</p><p>de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de</p><p>prestação de serviços, dispondo sobre (...)</p><p>Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou</p><p>permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.</p><p>Quanto à sua criação, são criadas ante a existência de autorização legal e para os fins definidos</p><p>(princípio da especialidade).</p><p>Essas empresas estatais se submetem a controle do ente que o criou e do tribunal de contas.</p><p>CF. Art. 37. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de</p><p>empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último</p><p>caso, definir as áreas de sua atuação;</p><p>Ao contrário das autarquias, essas empresas estatais, para que passem a existir efetivamente,</p><p>dependem, além da lei, do registro dos atos constitutivos no órgão competente (Cartório de Registro de</p><p>Pessoas Jurídicas, quando de natureza civil, e Junta Comercial, quando de natureza empresarial).</p><p>Licensed to Fernando Matias dos Santos do</p>

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