Logo Passei Direto
Buscar

5 - Morfossintaxe do Período Simples

User badge image
Roger Jr

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>SISTEMA DE ENSINO</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Sumário</p><p>Apresentação .....................................................................................................................................................................4</p><p>Morfossintaxe do Período Simples ........................................................................................................................6</p><p>1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe .............................................................................................................6</p><p>2. Bloco I – Morfologia ..................................................................................................................................................7</p><p>2.1. A Divisão da Morfologia ......................................................................................................................................7</p><p>2.2. O Grupo das Emoções ...........................................................................................................................................8</p><p>2.3. O Grupo dos Nomes ...............................................................................................................................................8</p><p>2.4. Grupo do Verbo .......................................................................................................................................................12</p><p>2.5. O Grupo dos Conectores ....................................................................................................................................13</p><p>2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial ......................................................................................................15</p><p>3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I) ..............................................................................................................................16</p><p>3.1. Sintaxe – Sujeito ....................................................................................................................................................17</p><p>3.2. Tipos de Sujeito ......................................................................................................................................................19</p><p>3.3. Concordâncias Verbais Especiais ............................................................................................................... 28</p><p>4. Bloco III – Sintaxe (Parte II) ............................................................................................................................... 29</p><p>4.1. Os Complementos Verbais ..............................................................................................................................30</p><p>4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação ...........................................................................................................33</p><p>4.3. O Verbo Intransitivo ...........................................................................................................................................35</p><p>4.4. Os Adjuntos Adverbiais ...................................................................................................................................37</p><p>5. Configurações Oracionais ...................................................................................................................................38</p><p>5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais .......................................................................................................39</p><p>5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais..................................................................................................39</p><p>5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais ..................................................................................40</p><p>6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III) .............................................................................................................................40</p><p>6.1. Termos Ligados a Nomes .................................................................................................................................42</p><p>7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal .........................................................................................46</p><p>7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato ..................................................................................47</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Resumo ...............................................................................................................................................................................50</p><p>Questões de Concurso ...............................................................................................................................................52</p><p>Gabarito ..............................................................................................................................................................................92</p><p>Gabarito Comentado ................................................................................................................................................... 93</p><p>Anexo ................................................................................................................................................................................. 144</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>4 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>ApresentAção</p><p>Olá, meu(minha) querido(a) amigo(a)!</p><p>Eu sei bem o que você está fazendo aqui. Seu objetivo é gabaritar língua portuguesa no</p><p>seu concurso, certo? Eu tenho a solução para isso – pelo menos na parte de gramática.</p><p>Para lograr êxito, preciso que você tenha EMPENHO, RESPONSABILIDADE e CONFIANÇA. O</p><p>primeiro é a chave para se alcançar qualquer objetivo. O segundo corresponde à sua habilidade</p><p>em responder à missão – que é entender como é cobrada é língua portuguesa em provas. O</p><p>terceiro é um pedido: segure a minha mão e me acompanhe pelo percurso de aprendizado que</p><p>vou te propor. Tenho certeza de que, juntos, alcançaremos resultados surpreendentes.</p><p>Conforme expus anteriormente, acredito em um melhor ordenamento para tratar das ques-</p><p>tões linguísticas. Por esse motivo, respeite a disposição das aulas que estabeleci. Meu curso</p><p>é baseado em construção de pré-requisitos que são exigidos não por mim, mas por SEU CÉ-</p><p>REBRO! Respeitar sua capacidade neuronal é, com certeza, o melhor caminho para chegarmos</p><p>ao resultado esperado.</p><p>Quem é Elias Santana?</p><p>Sou licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade</p><p>de Brasília (UnB). Possuo mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramá-</p><p>tica – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Fui servidor da Secretaria de</p><p>Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios para concursos,</p><p>vestibulares e ENEM. Ministro aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de tex-</p><p>tos. Ademais, sou escritor, com uma obra literária já publicada. Por esta razão, recebi Moção</p><p>de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.</p><p>Tenho uma grande paixão: a língua portuguesa. Desde os 11 anos, escrevo rotineiramente</p><p>poesias.</p><p>serve para indicar</p><p>ação, estado ou fenômeno da natureza. Essa é, realmente, uma noção extremamente pri-</p><p>mária, mas que vai nos ser de grande valia. Vamos separar os verbos nessas três catego-</p><p>rias, da última para a primeira (por motivos didáticos):</p><p>Classificação Principais verbos</p><p>O que eles</p><p>podem ser</p><p>sintaticamente</p><p>Fenômenos da natureza Chover, nevar, amanhecer, trovejar,</p><p>anoitecer, ventar, raiar. VI</p><p>Estado</p><p>Ser, estar, permanecer, ficar,</p><p>continuar, parecer, andar, tornar-</p><p>se, virar.</p><p>VL – ou VI</p><p>Ação O resto VTD, VTI, VTDI, VI</p><p>Por que isso, professor?</p><p>A ideia é fazer com que você exclua possibilidades! No exemplo 6, ao ver um verbo de esta-</p><p>do, você já deve pensar “sintaticamente, ele não pode ser VTD, VTI, VTDI ou VI”, sacou?</p><p>Obs.: � 1: nem todo verbo de estado é verbo de ligação. Falaremos mais sobre isso adiante.</p><p>� 2: tenha bom senso! Compare o par de orações abaixo:</p><p>EXEMPLOS</p><p>Ele anda preocupado.</p><p>Ele anda rapidamente.</p><p>Você, é claro, sabe que os dois verbos acima são diferentes! O primeiro, indica estado de</p><p>preocupação. O segundo diz respeito ao ato de caminhar. O mesmo vale para “virar”.</p><p>EXEMPLOS</p><p>Ele virou professor.</p><p>Ele virou a página.</p><p>No primeiro caso, o verbo indica o que ele se tornou. No segundo, o ato de passar uma página.</p><p>Obs.: � 3: Acima, estão listados os principais, e não todos. Além disso, quando escrevo “o</p><p>resto” para os de ação é porque esse grupo se divide em ação, existência, processo,</p><p>volição, necessidade etc. Por isso chamei de “resto”. A ideia é que você, a partir de</p><p>agora, pense assim: se não é fenômeno da natureza, se não é estado, então é ação”.</p><p>Pegou o espírito?</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>35 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Voltemos, então, ao exemplo (6). O sujeito do verbo “estava” é “o presidente”. Observe que</p><p>“desolado” é uma característica atribuída ao presidente. O verbo predicar possui, em sua origem</p><p>latina, o sentido de atribuir algo a alguém, elogiar, louvar. Assim sendo, podemos afirmar que</p><p>“desolado” é um atributo dado ao presidente. Em outras palavras, “desolado” predica o presiden-</p><p>te. Por isso, “desolado” é o predicativo do sujeito. O verbo “estava” possui a mera finalidade de</p><p>conectar o sujeito ao seu atributo. Por esse motivo, nós o chamamos de verbo de ligação.</p><p>Obs.: � em língua portuguesa, somente verbos de estado podem ser verbos de ligação!</p><p>O predicativo não é realmente um complemento verbal, uma vez que ele não se liga ao ver-</p><p>bo. Mas, por razões didáticas, costumamos o chamar de complemento, apenas pela sua posi-</p><p>ção posposta ao verbo na ordem direta da oração. Além disso, não existe predicativo do sujeito</p><p>apenas com verbos de ligação (veremos isso mais adiante, em “configurações oracionais”).</p><p>Agora, uma afirmação eu te garanto: só existe verbo de ligação com predicativo do sujeito.</p><p>4.3. o verBo intrAnsitivo</p><p>A grosso modo, para melhor iniciar nossa conversa, podemos afirmar que o verbo intran-</p><p>sitivo é aquele que não transita ou liga. São os verbos que indicam fenômenos da natureza,</p><p>os de ação que não possuem complementos verbais ou os de estado que não ligam sujeitos</p><p>a predicativos. A melhor forma de entender um verbo intransitivo é comparando sentenças e</p><p>excluindo possibilidades. Veja:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(7) Ele bebe leite.</p><p>(8) Ele bebe muito.</p><p>(9) Ele bebe aos domingos.</p><p>Nas três opções o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de ação). Em (7), a ação de</p><p>beber recai sobre algo bebido, ou melhor: quem bebe, bebe algo (“leite”). Assim, podemos</p><p>afirmar que o verbo é VTD e “leite” é OD. O mesmo não acontece em (8) e (9). A ação de beber</p><p>não recai sobre algo bebido. Logo, os verbos desses dois exemplos são intransitivos. Toda</p><p>transitividade verbal depende de complemento explícito.</p><p>Então, professor Elias, qual é a classificação sintática de “muito” e de “aos domingos”?”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>36 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Ambos se referem ao verbo. O primeiro indica a intensidade com que se bebe; o segundo,</p><p>quando se bebe. Morfologicamente, “muito” é advérbio; “aos domingos”, uma locução adver-</p><p>bial. Ambos, sintaticamente, são adjuntos adverbiais.</p><p>Vamos ver outra comparação:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(10) O deputado estava eufórico.</p><p>(11) O deputado estava em Campinas.</p><p>Nas duas orações, o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de estado). Em (10), “eufórico”</p><p>é uma característica do sujeito; portanto, predicativo do sujeito (e o verbo é de ligação). O mes-</p><p>mo não ocorre em (11). “Em Campinas” não é característica do sujeito, mas uma informação</p><p>acerca do verbo (onde estava). Morfologicamente, “em Campinas” é uma locução adverbial;</p><p>sintaticamente, um adjunto adverbial. O verbo “estava”, em (11), é intransitivo.</p><p>Alguns comentários são válidos:</p><p>• Verbo intransitivo não é, nunca foi e nunca será o verbo de sentido completo. Alguns po-</p><p>dem ter sentido independentemente de qualquer outra estrutura sintática (como ocorre</p><p>com os verbos que indicam fenômenos da natureza).</p><p>• Um adjunto adverbial não é, nunca foi e nunca será um complemento verbal.</p><p>• Nem sempre haverá um adjunto adverbial com verbos intransitivos. Veja os exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(12) Jesus nasceu!</p><p>(13) Jesus nasceu em Belém!</p><p>Em ambas, o verbo empregado é intransitivo. A diferença é apenas que, em (13), há onde o</p><p>ato de nascer ocorreu. Ou seja, “em Belém” é um adjunto adverbial.</p><p>Dessa forma, podemos ter uma ilustração de esquemas oracionais:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>37 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Mas, professor, então o que é um adjunto adverbial?</p><p>Falaremos acerca disso na próxima seção!</p><p>4.4. os ADjuntos ADverBiAis</p><p>O conhecimento sobre o que é um advérbio e uma locução adverbial é fundamental, pois</p><p>ambos são classificados sintaticamente como adjuntos adverbiais. Se você entende como fa-</p><p>zer essa classificação morfológica, também saberá fazer a sintática! Até a classificação dos</p><p>adjuntos adverbiais segue critério semântico usado com advérbios e locuções adverbiais. Veja:</p><p>Sujeito verbo intransitivo adjunto adverbial Classificação do a. adv.</p><p>Ele bebe muito. intensidade</p><p>aos domingos. tempo</p><p>socialmente. modo</p><p>no bar. lugar</p><p>com o copo. instrumento</p><p>com os amigos. companhia</p><p>apesar da doença. concessão</p><p>para esquecer os</p><p>problemas.* finalidade</p><p>porque a mulher o</p><p>deixou.* causa</p><p>Obs.: � os dois últimos casos possuem verbos. São conhecidos como adjuntos adver-</p><p>biais oracionais, ou orações subordinadas adverbiais, conforme veremos em perío-</p><p>do composto.</p><p>Cabe ressaltar que o adjunto adverbial não aparece apenas em estruturas dotadas de ver-</p><p>bos intransitivos. Veja:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(14) Ele bebe leite aos domingos.</p><p>(15) O deputado estava eufórico em Campinas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Alguns verbos da língua portuguesa causam tremenda confusão em análises sintáticas. São</p><p>verbos locativos (relacionados a lugares), como chegar, ir voltar, partir, morar, residir etc. Eles</p><p>parecem verbos transitivos diretos, mas, na verdade, são intransitivos. Vejamos abaixo:</p><p>EXEMPLOS</p><p>Ele mora em Brasília.</p><p>Ele vai ao Rio de Janeiro.</p><p>Ele voltou de Paris.</p><p>Para a NGB, os verbos acima são intransitivos. As expressões destacadas são adjuntos adver-</p><p>biais de lugar. Jamais se confunda com isso! Isso já foi cobrado em provas!</p><p>017. (FUNCAB) Na oração “E para mim, que moro em Manhattan, aquela ilha apertada [...] deve</p><p>ser como pousar NA LUA”, a função sintática do termo destacado é:</p><p>a) complemento nominal.</p><p>b) objeto indireto.</p><p>c) objeto direto.</p><p>d) aposto.</p><p>e) adjunto adverbial.</p><p>A alternativa considerada certa foi a letra e, uma vez que o verbo pousar é locativo! Cuidado!</p><p>Letra e.</p><p>5. configurAções orAcionAis</p><p>Amigo(a), por fim, seria legal simularmos algumas possibilidades de configurações ora-</p><p>cionais. Isso os ajudará a entender, com maior clareza, o funcionamento da sintaxe da oração.</p><p>O predicado</p><p>Conforme já discutimos, o predicado é o que sobra do sujeito. O predicado, assim como o</p><p>sujeito, possui núcleo. O núcleo do predicado pode ser um verbo (VTD, VTI, VTDI ou VI) ou um</p><p>predicativo (do sujeito ou do objeto). Note que o VL não é considerado núcleo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>39 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>5.1. configurAção 1 – preDicADos verBAis</p><p>Os predicados verbais são aqueles cujo núcleo é o próprio verbo. Para que um verbo seja</p><p>núcleo, é necessário que ele seja VTD, VTI, VTDI ou VI, conforme observaremos a seguir:</p><p>5.2. configurAção 2 – preDicADos noMinAis</p><p>Em predicados nominais, o núcleo é o predicativo do sujeito. Nesse caso, a frase deve ter</p><p>um verbo de ligação.</p><p>PREDICADO NOMINAL</p><p>PREDICADO NOMINAL</p><p>Segundo nossos estudos, o verbo de estado pode ser de ligação ou intransitivo. Na oração</p><p>EXEMPLO</p><p>As atletas permaneceram em Londres.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>40 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>O verbo “permaneceram” não pode ser de ligação, uma vez que não há predicativo do sujeito.</p><p>O referido verbo é classificado como intransitivo. Por esse motivo, o predicado dessa ora-</p><p>ção é verbal.</p><p>5.3. configurAção 3 – preDicADos verBo-noMinAis</p><p>Os predicados verbo-nominais são dotados de dois núcleos: um verbal (todos os verbos,</p><p>exceto VL) e um nominal (predicativo do sujeito ou do objeto). Veja:</p><p>Obs.: � 1: “revoltados” (24) e “tristes” (25) não podem ser advérbios, pois estão em concordân-</p><p>cia com “servidores” e “filhos”, respectivamente. Lembre-se: o advérbio é invariável.</p><p>� 2: Mais a diante, falaremos, com muito carinho, sobre o predicativo do objeto, para</p><p>que você não o confunda com um adjunto adnominal. Por enquanto, guarde a seguin-</p><p>te informação: o predicativo do objeto é uma característica que o sujeito atribui ao</p><p>objeto. No exemplo (26), “culpado” foi atribuído pelo “juiz” ao “réu”.</p><p>6. Bloco iv – sintAxe (pArte iii)</p><p>Nos blocos anteriores, falamos sobre morfologia, sujeito, complementos verbais e adjun-</p><p>tos adverbiais. Peço, por gentileza, que você analise comigo a seguinte oração:</p><p>EXEMPLO</p><p>(1) A Garota estudiosa encontrou apostilas velhas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>41 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Primeiramente, faça a classificação morfológica da sentença. O resultado é:</p><p>Em seguida, vamos à análise sintática que dominamos até este ponto da matéria:</p><p>Sabemos que tanto o sujeito quanto o objeto possuem núcleos (“garota” = núcleo do su-</p><p>jeito/”apostilas” = núcleo do objeto direto). Então, surge um questionamento: qual é a classifi-</p><p>cação sintática do artigo “a”, do adjetivo “estudiosa e do adjetivo “velhas? Todos esses termos</p><p>estão ligados ao nome, e são estruturas internas ao sujeito e ao objeto.</p><p>Veja outra construção:</p><p>EXEMPLO</p><p>(2) O desejo da mãe é a reforma da casa.</p><p>Vamos seguir os mesmos passos. Inicialmente, a classificação morfológica:</p><p>Agora, a análise sintática de acordo com o que conhecemos até agora:</p><p>Do mesmo modo como ocorreu na oração (1), sabemos que sujeito e predicativo do sujeito</p><p>possuem núcleos (“desejo” e “reforma”, respectivamente). Ambos são substantivos. Novamen-</p><p>te, uma pergunta nos vem à mente: qual é a classificação sintática do artigo “o”, da locução “da</p><p>mãe”, do artigo “a” e da locução “da casa”?</p><p>Conforme você acabou de perceber, nosso questionamento agora está centrado em saber</p><p>qual é a classificação sintática dos termos que se ligam a nomes. Esses termos são internos</p><p>a diversas estruturas sintáticas (estão dentro de sujeitos, objetos, predicativos, adjuntos). E é</p><p>sobre esse assunto que falaremos a partir de AGORA!</p><p>Para iniciarmos, vamos verificar uma questão do Cespe.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>42 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>018. (CESPE/2013)</p><p>Quem pode escapar ileso</p><p>Do medo e do desatino</p><p>Quem viu o pavio aceso do destino?</p><p>Os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino” exercem a mesma função sintática.</p><p>Existe uma forma de, sem tanta nomenclatura gramatical, resolver a questão. Note que “do</p><p>medo” e “do desatino” são expressões que estão ligadas ao verbo “escapar”; em contrapartida,</p><p>“do destino” não se liga ao verbo “viu”, mas ao substantivo “pavio”. Ora, se as duas primeiras</p><p>expressões se ligam a verbo e a terceira a um substantivo, podemos deduzir que elas não</p><p>podem possuir a mesma função sintática, motivo pelo qual o item está errado. Você também</p><p>poderia adotar outro caminho: “do medo” e “do desatino” são objetos indiretos, ao passo que</p><p>“do destino” é um adjunto adnominal.</p><p>Vale fazer um comentário: são poucas as bancas que cobram os termos ligados a nomes em</p><p>provas de concursos públicos. Todavia, conhecê-los, além de ser um diferencial, é fundamen-</p><p>tal para a compreensão de outras questões mais complexas da língua. Conhecer um adjunto</p><p>adnominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada adjetiva. Conhecer um</p><p>complemento nominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada substanti-</p><p>va completiva nominal. Esses são só alguns exemplos da importância dos termos ligados a</p><p>substantivos.</p><p>Errado.</p><p>6.1. terMos ligADos A noMes</p><p>Para facilitar nosso estudo, no início, trabalharemos apenas com frases (e não com ora-</p><p>ções). Quero que você se concentre apenas no substantivo e nas estruturas ligadas a ele.</p><p>Posteriormente, elevaremos o nível da discussão, inserindo essas simples frases</p><p>em ora-</p><p>ções, tudo bem?</p><p>Veja os seguintes exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(3) O professor sábio.</p><p>(4) A escritora talentosa.</p><p>(5) As médicas responsáveis.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>43 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Morfologicamente, nas três frases, encontramos constituições semelhantes (artigo +</p><p>substantivo + adjetivo). Sintaticamente, os substantivos são classificados como núcleos de</p><p>cada uma das frases. Já os artigos e adjetivos são termos que se referem ao substantivo, que</p><p>estão próximos ao substantivo, inseridos em uma mesma estrutura sintagmática. Por estarem</p><p>juntos ao nome, recebem a classificação de adjunto adnominal. Veja a descrição:</p><p>O que é um sintagma?</p><p>Sintagma nada mais é do que uma estrutura organizada de elementos linguísticos (fonemas,</p><p>letras, palavras etc.). Sempre que combinamos elementos linguísticos a fim de formar uma</p><p>estrutura inteligível, formamos um sintagma. Toda palavra é um sintagma (combinação orga-</p><p>nizada de letras). Toda frase é um sintagma (combinação organizada de palavras).</p><p>Essa classificação de adjunto adnominal também vale para outras classes morfológicas</p><p>que são subordinadas a substantivos (você se lembra do “grupo dos nomes”, lá no PDF de</p><p>morfologia?). Vejamos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(6) Essas duas meninas brincalhonas.</p><p>(7) Os meus doze anos inesquecíveis.</p><p>(8) Algumas mulheres negras.</p><p>Agora, inseri, em cada sintagma, pronomes adjetivos e numerais. Como essas classifica-</p><p>ções sintáticas são subordinadas a substantivos (e estão junto dele), sintaticamente também</p><p>são adjuntos adnominais. A classificação de cada uma das orações ficaria assim:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>44 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Vamos avançar um pouco mais: e se, dentro do sintagma, houver preposição?</p><p>EXEMPLOS</p><p>(9) As mesas de vidro.</p><p>(10) O galpão de milho.</p><p>(11) Aquela porta do consultório.</p><p>Primeiramente, vamos relembrar como ficam as classificações morfológicas:</p><p>Note que, agora, há três locuções adjetivas (“de vidro”, “de milho” e “do consultório”). Sinta-</p><p>ticamente, elas são classificadas também como adjuntos adnominais. Agora, a classificação</p><p>sintática não recaiu sobre cada uma das palavras da locução, mas sobre a locução inteira.</p><p>Obs.: � preposições, conjunções e interjeições (que são classes morfológicas) não possuem</p><p>classificação sintática! Isso é o que justifica o que aconteceu na análise anterior!</p><p>E o mesmo princípio também é válido quando há uma sequência de termos preposicio-</p><p>nados! Veja:</p><p>EXEMPLO</p><p>(12) A mãe do garoto de Amsterdã.</p><p>Note que, na construção, há três substantivos – “mãe”, “garoto” e “Amsterdã”. Não estamos</p><p>falando de uma mãe qualquer, nem de um garoto qualquer. Há uma locução adjetiva que se</p><p>refere à mãe, e, interna a ela, há outra locução adjetiva que se refere ao garoto. A classificação</p><p>ficaria assim:</p><p>Essa prática de “encaixar” termos uns nos outros é característica de todas as línguas do</p><p>mundo. Tal fenômeno é chamado de recursividade. Teoricamente, a língua nos permite um</p><p>encadeamento infinito de estruturas subordinadas. Nós só não nos valemos disso porque a</p><p>compreensão textual ficaria comprometida. Por isso, em redações, recomenda-se a produção</p><p>de períodos mais curtos. Períodos longos possuem recursividade em excesso, o que prejudica</p><p>o entendimento de quem lê.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>45 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Mas tenho certeza de que você, até esse momento, está pensando: “caramba, profes-</p><p>sor, mas que assunto fácil! Basta observar o que está junto ao nome e chamar de adjunto</p><p>adnominal”!</p><p>Eu até que gostaria de dizer a você que é só isso, apenas para te deixar feliz, mas, como seu</p><p>professor, tenho que te dizer que estamos apenas começando! Eu preciso mesmo que você</p><p>tenha entendido tudo o que apresentei anteriormente, pois, de agora em diante, nosso estudo</p><p>ficará mais complexo. Todavia, não perca o ânimo! Tenho certeza de que você entenderá tudo,</p><p>até o final!</p><p>Elias, estou tendo dificuldade para diferenciar um adjunto adnominal de um predicativo do</p><p>sujeito. Qual é a diferença?</p><p>O adjunto adnominal é um termo que se refere ao substantivo, estando junto a ele, integrando</p><p>um mesmo sintagma. Já o predicativo do sujeito se refere ao substantivo, mas está em um</p><p>sintagma separado, distinto. Veja:</p><p>EXEMPLOS</p><p>A engenheira estudiosa trabalha bastante.</p><p>A engenheira é estudiosa.</p><p>Nas duas construções, o substantivo “engenheira” é caracterizado pelo adjetivo “estudiosa”.</p><p>Entretanto, este possui funções diferentes em cada uma das orações. Na primeira, tanto “en-</p><p>genheira” quanto “estudiosa” integram o sujeito do verbo “trabalha”. Em outras palavras, “estu-</p><p>diosa” está junto ao nome “engenheira”. Podemos afirmar, portanto, que, no primeiro exemplo,</p><p>estudiosa é um adjunto adnominal. No segundo exemplo, “estudiosa” é uma característica que</p><p>se refere ao sujeito, mas que não integra o sujeito. Ou seja: “estudiosa” não está junto ao nome</p><p>“engenheira”. Por isso, “estudiosa”, na segunda construção, não é um adjunto adnominal, mas</p><p>um predicativo do sujeito.</p><p>Agora, gostaria que você comparasse comigo os dois exemplos a seguir:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(13) O atendimento do psicólogo.</p><p>(14) O atendimento de menores.</p><p>Observe que, morfologicamente, as duas frases possuem estruturas semelhantes (artigo</p><p>+ substantivo + preposição [ou preposição com artigo] + substantivo). Nas duas, o núcleo é</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>46 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>“atendimento”. Mas é agora que vem a informação mais impressionante: “do psicólogo” e “de</p><p>menores” não possuem a mesma classificação sintática! A estrutura morfológica é idêntica,</p><p>mas sintaxe é diferente! Quer saber que diferença é essa? Acompanhe-me!</p><p>7. ADjunto ADnoMinAl x coMpleMento noMinAl</p><p>Considere os exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(15) A mulher honesta.</p><p>(16) O amor selvagem.</p><p>(17) A bola de couro.</p><p>(18) A doação de mantimentos.</p><p>(19) A doação do prefeito.</p><p>Agora, eu te pergunto: qual é a classificação sintática dos termos sublinhados? Para res-</p><p>ponder, considere o quadro a seguir:</p><p>ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL</p><p>Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.</p><p>Refere-se a substantivos concretos ou</p><p>abstratos.</p><p>Refere-se a substantivos abstratos,</p><p>adjetivos ou advérbios.</p><p>Agora, com o auxílio da tabela, sabemos que, em (15), (16) e (17), os termos sublinhados</p><p>são adjuntos adnominais. Nos dois primeiros, não há preposição (e o complemento nominal</p><p>é sempre preposicionado). No terceiro, apesar de “de couro” ser preposicionado, refere-se ao</p><p>substantivo “bola”, que é concreto (e o complemento nominal refere-se a substantivos abstra-</p><p>tos, adjetivos ou advérbios).</p><p>Professor, quer dizer que eu preciso voltar lá no meu primeiro grau para relembrar o que é</p><p>um substantivo concreto ou abstrato?</p><p>Com certeza! Esse é um conhecimento fundamental na análise dos termos ligados a no-</p><p>mes. No entanto, preciso que você esteja com a cabeça aberta. Aquela classificação entre o</p><p>que existe e o que não existe ou entre o que se toca ou não se toca não vale para a análise de</p><p>substantivos concretos e abstratos. Essa é uma noção que você aprende, de maneira superfi-</p><p>cial (às vezes, até equivocada), nas séries iniciais. Agora, preciso que você realmente saiba a</p><p>diferença entre esses substantivos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>47 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>7.1. suBstAntivo concreto x suBstAntivo ABstrAto</p><p>SUBSTANTIVO ABSTRATO SUBSTANTIVO CONCRETO</p><p>Aqueles que indicam sentimentos,</p><p>sensações, ações (substantivos derivamos</p><p>de verbos), estados. Substantivos abstratos</p><p>são aqueles que dependem de alguém para</p><p>existir.</p><p>Todos os que não se enquadram na</p><p>definição de substantivo abstrato.</p><p>Exs.: amor, raiva, fé, medo, atendimento,</p><p>doação, vida, morte.</p><p>Exs.: mesa, bola, Deus, papai noel, bruxa,</p><p>escritor.</p><p>Dessa forma, podemos observar que, em (18) e (19), as expressões preposicionadas se</p><p>ligam ao substantivo “doação”, que é abstrato (indica uma ação, cognato do verbo doar). Se há</p><p>preposição e substantivo abstrato, a classificação pode ser tanto de adjunto adnominal quanto</p><p>complemento nominal. Precisaremos, portanto, de mais informações para estabelecer a dife-</p><p>rença entre eles. Perceba que, entre esses dois exemplos, existe uma diferença semântica: em</p><p>18, os mantimentos sofrem a ação de serem doados (“mantimentos” é paciente em relação</p><p>à doação); em 19, o prefeito é quem executa a ação de doar (“prefeito” é agente em relação à</p><p>doação). Veja, agora, o quadro atualizado.</p><p>ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL</p><p>Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.</p><p>Refere-se a substantivos concretos ou</p><p>abstratos.</p><p>Refere-se a substantivos abstratos,</p><p>adjetivos ou advérbios.</p><p>Sempre AGENTE. Sempre PACIENTE.</p><p>Dessa forma, entendemos que “de mantimentos”, por ser paciente, é um complemento</p><p>nominal. Ao passo que “do prefeito”, por ser agente, é um adjunto adnominal. O mesmo ocorre</p><p>nos exemplos (13) e (14). Em (13), entende-se que o psicólogo é quem pratica o ato de atender</p><p>(o psicólogo é agente). Logo, “do psicólogo” é um adjunto adnominal. Em contrapartida, em</p><p>14, percebe-se que os menores é que recebem o atendimento (os menores são pacientes).</p><p>Portanto, “de menores” é um complemento nominal.</p><p>Obs.: � A análise de agente e paciente só deve ser feita quando as duas primeiras análises</p><p>não resolverem a questão. Em outras palavras: só se analisa a relação entre agente</p><p>e paciente se, e somente se, houver termo preposicionado se referindo a substanti-</p><p>vo abstrato.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>48 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>� mais uma dica: qualquer termo preposicionado que iniciar com preposição diferente</p><p>de “de” (pode ser “a”, “em”, “por”) e que se referir a substantivo abstrato será sempre</p><p>complemento nominal. Como podemos observar nos seguintes exemplos: o amor aos</p><p>homens/a luta por melhorias/a confiança em Deus (todos os termos sublinhados são</p><p>complementos nominais).</p><p>� Última dica: o adjunto adnominal também pode representar posse em relação ao subs-</p><p>tantivo abstrato. Veja este exemplo:</p><p>� A alegria da mãe (a mãe possui a alegria).</p><p>Vamos analisar os exemplos apresentados lá no início da aula. Vou repeti-los para você:</p><p>Vamos agora analisar algumas situações em orações?</p><p>EXEMPLOS</p><p>(20) O aumento dos preços assustou a população.</p><p>(21) A população ouviu a fala do Presidente.</p><p>(22) O amor de Deus aos homens é infinito.</p><p>Como agora são construções oracionais, poderemos encontrar os termos ligados a ver-</p><p>bos. Depois, os termos ligados a nomes. Veja as análises a seguir:</p><p>Cabe também ressaltar que, assim como há casos que não oferecem dúvidas acerca do</p><p>adjunto adnominal, o mesmo também ocorre com alguns complementos nominais. Quan-</p><p>do este se refere a adjetivos ou advérbio, a análise agente/paciente também é dispensada.</p><p>Veja a seguir.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>49 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>EXEMPLOS</p><p>(23) O empresário considerou o funcionário apto ao cargo.</p><p>(24) Ele agiu contrariamente a seus princípios.</p><p>Em (23), note que “ao cargo” (expressão preposicionada) se refere a “apto”, que, por sua</p><p>vez, é um adjetivo que caracteriza “funcionário”. Por isso, “ao cargo” é um complemento nomi-</p><p>nal. Em 24, “a seus princípios” (expressão preposicionada) se refere a “contrariamente”, que é</p><p>um advérbio subordinado ao verbo “agiu”. Veja como ficam as análises:</p><p>Adj.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>50 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>RESUMO</p><p>O que cai, Elias?</p><p>Sobre o bloco I: morfologia não é o mais cobrado em provas; todavia, quem não domina</p><p>esse assunto torna-se inapto a obter êxito em assuntos mais frequentemente explorados. So-</p><p>bre morfologia, deve-se basear em três pilares:</p><p>• 1) é um pré-requisito fundamental em provas;</p><p>• 2) o que mais cai (quando cai) é o reconhecimento de classes, sem análises extrema-</p><p>mente aprofundadas acerca do assunto e sem exagero em nomenclaturas gramaticais</p><p>(exige-se, portanto, muito raciocínio do candidato acerca da interação entre termos);</p><p>• 3) é necessário MEMORIZAR as classes gramaticais fechadas (que não sofrem alte-</p><p>ração na quantidade de palavras existentes). É o caso dos artigos, dos pronomes, das</p><p>preposições e das conjunções. Esse material está no anexo. Memorizar essas palavras</p><p>vai garantir velocidade e precisão em diversas questões.</p><p>Sobre o bloco II: um dos conhecimentos mais importantes diz respeito ao sujeito. Além de</p><p>caírem muitas questões acerca desse assunto, é a partir do sujeito que você pode passar a</p><p>entender tantas outras interações sintáticas possíveis em uma oração! Logo, meu conselho:</p><p>sempre leia o bloco sobre sujeito, bem como faça com muita atenção todas as questões! Todo</p><p>o conhecimento sobre ele é importante!</p><p>Sobre o bloco III: saber reconhecer os complementos verbais e os adjuntos adverbiais é um</p><p>conhecimento que, além de muito explorado em prova, é pré-requisito para outros assuntos.</p><p>Ainda falando sobre os complementos verbais, as bancas gostam muito de elaborar questões</p><p>sobre os verbos de regência especial, aqueles que confundem as pessoas. Por isso, o meu</p><p>conselho: memorize-os. Como eu sou muito legal, no fim desta aula, há uma lista de verbos</p><p>importantes!</p><p>Sobre o bloco IV: vou ser</p><p>extremamente honesto com você: o assunto “termos ligados a</p><p>nomes” não está entre os mais cobrados em provas de concursos públicos. Poucas bancas,</p><p>como a FGV, possuem a tradição de cobrar esse assunto, porém eu preciso que você sabia</p><p>que não se separa por vírgula o substantivo e seu adjunto adnominal ou complemento nomi-</p><p>nal. Preciso que você entenda que toda oração subordinada adjetiva é um adjunto adnominal</p><p>oracional, e não um aposto. Preciso que você se lembre de que todo complemento nominal</p><p>é preposicionado. Na verdade, não estou preocupado com as questões sobre termos ligados</p><p>a nomes. Estou mesmo preocupado é com a quantidade de assuntos que dependem desse</p><p>conhecimento prévio.</p><p>Estudar língua portuguesa é assim mesmo: muitas vezes, precisamos adquirir um determi-</p><p>nado conhecimento em função de outro bem maior! Além disso, o assunto aqui apresentado não</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>51 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>costuma ser dominado por muitos estudantes. Agora, isso é um diferencial seu! Você verá</p><p>inclusive que tive de misturar questões de muitas bancas para formar um conjunto legal de</p><p>questões. Não há, por exemplo, uma questão da FCC sequer que aborde esse assunto. Mas eu</p><p>preciso que você o compreenda para conseguir arrebentar nas questões de outros assuntos.</p><p>Há também poucas questões do Cespe sobre o assunto; todavia, repito: preciso que você sai-</p><p>ba esse assunto para ter confiança em muitos outros que são cobrados com frequência nas</p><p>provas de concursos públicos!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>52 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>QUESTÕES DE CONCURSO</p><p>001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o</p><p>texto para responder à questão.</p><p>A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou</p><p>na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um</p><p>contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía</p><p>a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A</p><p>empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da</p><p>Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais</p><p>de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a</p><p>coleta de lixo com equipamentos mecânicos.</p><p>(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.</p><p>a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.</p><p>b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.</p><p>c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.</p><p>d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.</p><p>e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.</p><p>002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA) Texto associado</p><p>Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”</p><p>James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar</p><p>ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos</p><p>de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para</p><p>mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.</p><p>Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos</p><p>últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia efi-</p><p>caz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto</p><p>é dos mais altos.</p><p>Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se</p><p>desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cogniti-</p><p>vas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para</p><p>o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.</p><p>No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry</p><p>Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou</p><p>assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,</p><p>123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com</p><p>58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>53 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso</p><p>a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter</p><p>sucesso na escola e na vida.</p><p>“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido</p><p>bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,</p><p>anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.</p><p>Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.</p><p>“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participan-</p><p>tes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito</p><p>mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham</p><p>mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido</p><p>crimes”, diz o economista.</p><p>Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o</p><p>investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-</p><p>fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.</p><p>(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.</p><p>a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese</p><p>do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.</p><p>b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa</p><p>estratégia seja economicamente vantajosa.</p><p>c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi</p><p>quase nulo.</p><p>d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-</p><p>tes para as políticas públicas.</p><p>e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-</p><p>tos econômicos relevantes.</p><p>003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)</p><p>(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>54 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-</p><p>ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de</p><p>a) finalidade.</p><p>b) tempo.</p><p>c) dúvida.</p><p>d) comparação.</p><p>e) causa.</p><p>004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira</p><p>para responder à questão.</p><p>(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)</p><p>De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida a</p><p>seguinte frase:</p><p>a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.</p><p>b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.</p><p>c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.</p><p>d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).</p><p>e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.</p><p>005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.</p><p>Lições de vida</p><p>Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger</p><p>e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa.</p><p>Sully virou herói e a lenda estava criada.</p><p>Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para</p><p>contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do capitão</p><p>Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo necessário</p><p>pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando exis-</p><p>tiam opções mais sensatas?</p><p>Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível</p><p>ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a</p><p>duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>55 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationa-</p><p>lism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se</p><p>a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença na</p><p>razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.</p><p>Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da</p><p>vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que pode</p><p>ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.</p><p>Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conheci-</p><p>mento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresenta-</p><p>dos com rigor cartesiano.</p><p>Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sul-</p><p>lenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente,</p><p>procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende</p><p>que ele não basta para salvar o dia.</p><p>E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabe-</p><p>doria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação</p><p>matemática.</p><p>As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum é per-</p><p>petuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também súbitas ilu-</p><p>minações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.</p><p>Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernida-</p><p>de, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio</p><p>era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood,</p><p>aos 86 anos, traduziu essas imagens.</p><p>(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)</p><p>Considere os trechos do texto.</p><p>• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções</p><p>mais sensatas? (2º parágrafo)</p><p>• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor</p><p>cartesiano. (6º parágrafo)</p><p>• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode</p><p>ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)</p><p>As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias ad-</p><p>verbiais de</p><p>a) afirmação; modo; dúvida.</p><p>b) afirmação; finalidade; tempo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>56 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) afirmação; modo; tempo.</p><p>d) intensidade; finalidade; dúvida.</p><p>e) intensidade; modo; tempo.</p><p>006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURAN-</p><p>ÇA DO TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acor-</p><p>do com a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.</p><p>Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na em-</p><p>presa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos par-</p><p>ceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.</p><p>a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam -se... possível</p><p>b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis</p><p>c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível</p><p>d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível</p><p>e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis</p><p>007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)</p><p>Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.</p><p>“O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da tem-</p><p>peratura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do</p><p>previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergo-</p><p>vernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidroge-</p><p>ológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, períodos de</p><p>seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos mares comprome-</p><p>terá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões afetará a produção de</p><p>alimentos.</p><p>Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgi-</p><p>mento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. Aliás,</p><p>em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com</p><p>que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda</p><p>mais comprometida, até mesmo com risco de morte.</p><p>Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas</p><p>alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um</p><p>século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.</p><p>(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)</p><p>* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.</p><p>Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que</p><p>a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um</p><p>substantivo composto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil</p><p>e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>57 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>b) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função</p><p>gramatical.</p><p>c) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função</p><p>gramatical.</p><p>d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva e</p><p>pontual uma nova perspectiva.</p><p>e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.</p><p>008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder</p><p>à questão.</p><p>Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo</p><p>a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.</p><p>b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.</p><p>c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.</p><p>d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.</p><p>e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.</p><p>009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)</p><p>(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018</p><p>No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de</p><p>governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>58 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) condição.</p><p>b) concessão.</p><p>c) finalidade.</p><p>d) consequência.</p><p>e) causa.</p><p>010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho</p><p>do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.</p><p>Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde falta-</p><p>vam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.</p><p>O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O</p><p>tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E</p><p>assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebi-</p><p>do a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo</p><p>em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.</p><p>Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carre-</p><p>gando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.</p><p>A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gaso-</p><p>lina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis</p><p>e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era</p><p>pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.</p><p>Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em</p><p>idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais</p><p>modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos</p><p>sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-</p><p>balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas</p><p>fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.</p><p>Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-</p><p>quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.</p><p>Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.</p><p>(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)</p><p>Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo</p><p>destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo</p><p>em destaque na alternativa:</p><p>a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…</p><p>b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.</p><p>c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>59 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.</p><p>e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.</p><p>011. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o</p><p>texto para responder à questão.</p><p>São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos</p><p>Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação da</p><p>área do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, numa</p><p>das primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos depois</p><p>do quadro histórico.</p><p>Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações</p><p>foi a decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e Taman-</p><p>duateí, a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início dessa expan-</p><p>são da cidade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série de fotografias</p><p>que viraram sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade debaixo da água</p><p>por sete dias.</p><p>Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro de</p><p>1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com o po-</p><p>der público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes naquele ano.</p><p>Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas</p><p>para aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas inunda-</p><p>das passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.</p><p>Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste ano de</p><p>2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da subprefeitura</p><p>da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do Mercadão. Áreas das</p><p>subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.</p><p>As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-</p><p>tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com</p><p>aumento das áreas construídas e ocupadas.</p><p>(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)</p><p>Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá</p><p>– observa-se ideia de</p><p>a) tempo.</p><p>b) causa.</p><p>c) condição.</p><p>d) finalidade.</p><p>e) proporção.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>60 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)</p><p>A inveja</p><p>Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o</p><p>pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados.</p><p>Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança</p><p>esquecida no passado medieval. Mas, ainda</p><p>assim, um dos sete pecados encontra-se presente</p><p>em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.</p><p>Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos so-</p><p>bre esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa</p><p>a desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a</p><p>pessoa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, senti-</p><p>mos inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.</p><p>O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as</p><p>suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar</p><p>intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas</p><p>ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a</p><p>negatividade da inveja.</p><p>Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite</p><p>a sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.</p><p>(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)</p><p>O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,</p><p>acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o</p><p>contexto, o sentido de</p><p>a) concessão.</p><p>b) causa.</p><p>c) comparação.</p><p>d) conclusão.</p><p>e) condição.</p><p>013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto</p><p>para responder à questão.</p><p>Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas</p><p>emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pis-</p><p>tas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes per-</p><p>mitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados”</p><p>pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente so-</p><p>ciais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne,</p><p>professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que</p><p>significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>61 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos,</p><p>ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao</p><p>tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-</p><p>-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores</p><p>que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade</p><p>de Oregon.</p><p>Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões</p><p>de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente</p><p>do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,</p><p>os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e</p><p>possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.</p><p>Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus</p><p>cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e</p><p>baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma</p><p>ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados,</p><p>havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para po-</p><p>dermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutua-</p><p>mente vantajosa para ambas as espécies”.</p><p>(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,</p><p>11/10/2021. Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-</p><p>sa quanto às concordâncias verbal e nominal.</p><p>a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.</p><p>b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.</p><p>c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães</p><p>quanto dos humanos.</p><p>d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.</p><p>e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de</p><p>perceber os sentimentos do dono.</p><p>014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDI-</p><p>TAL N. 334)</p><p>O desafio</p><p>Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais cientí-</p><p>fica na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconcei-</p><p>to”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo</p><p>que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam</p><p>um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>62 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma</p><p>mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado defensores</p><p>e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.</p><p>Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo</p><p>Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) emita sua sagrada</p><p>opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o</p><p>gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem</p><p>a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.</p><p>(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)</p><p>Considere as frases retiradas do texto:</p><p>• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.</p><p>• Encontro bem menos leitores.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído</p><p>pelo autor.</p><p>a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que en-</p><p>contro bem menos leitores.</p><p>b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso en-</p><p>contro bem menos leitores.</p><p>c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixo - nados da obra do recifense, mesmo que</p><p>encontre bem menos leitores.</p><p>d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque encon-</p><p>tro bem menos leitores.</p><p>e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto</p><p>encontro bem menos leitores.</p><p>015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO</p><p>LEGISLATIVO)</p><p>Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa</p><p>A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez</p><p>meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9</p><p>milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões de</p><p>exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.</p><p>Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o merca-</p><p>do editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado</p><p>favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma pos-</p><p>sibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>63 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar</p><p>as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigan-</p><p>tes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como</p><p>esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros</p><p>recém-lançados.</p><p>Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-que-em-to-</p><p>do-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)</p><p>O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado</p><p>a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia</p><p>a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.</p><p>c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.</p><p>e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)</p><p>A ditadura do algoritmo</p><p>Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora mi-</p><p>nha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico</p><p>na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o</p><p>que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse</p><p>feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.</p><p>Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência</p><p>de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número sig-</p><p>nificativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algorit-</p><p>mo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.</p><p>Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritá-</p><p>rio ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô</p><p>ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emo-</p><p>ções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo.</p><p>É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.</p><p>No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor expe-</p><p>riência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradá-</p><p>vel à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as</p><p>suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de con-</p><p>sumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios</p><p>da pessoa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>64 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,</p><p>pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensa-</p><p>mento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas</p><p>que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que</p><p>atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é fei-</p><p>to para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do</p><p>contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se</p><p>mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.</p><p>1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.</p><p>2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.</p><p>(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.</p><p>Adaptado)</p><p>O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum</p><p>deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é</p><p>empregado, sentido de</p><p>a) oposição.</p><p>b) condição.</p><p>c) explicação.</p><p>d) concessão.</p><p>e) comparação</p><p>017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO</p><p>BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta</p><p>de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.</p><p>a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.</p><p>b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.</p><p>c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.</p><p>d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.</p><p>e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.</p><p>018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR EDU-</p><p>CACIONAL) Leia o texto para responder à questão.</p><p>O assalto</p><p>A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme de</p><p>olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, e nunca</p><p>se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.</p><p>Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado</p><p>portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o cachor-</p><p>ro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança e depois</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>65 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O ladrão quis</p><p>sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, su-</p><p>plicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca mais tentaria</p><p>assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se</p><p>agravasse a situação.</p><p>O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado deplorá-</p><p>vel. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu bem por</p><p>que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era vacinado.</p><p>Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)</p><p>*Cão robusto de feia aparência</p><p>Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.</p><p>a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de olhos</p><p>abertos... (1º parágrafo)</p><p>b) ... e depois arrancar-lhe toda</p><p>ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda.</p><p>(2º parágrafo)</p><p>c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver...</p><p>(2º parágrafo)</p><p>d) ... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)</p><p>e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a situa-</p><p>ção. (2º parágrafo)</p><p>019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.</p><p>“A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações de</p><p>pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização desorde-</p><p>nada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade que não passe</p><p>necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André Trigueiro, jornalista</p><p>especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.</p><p>Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o sis-</p><p>tema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo cons-</p><p>ciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de matéria-pri-</p><p>ma, que são finitos no planeta.</p><p>“Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia</p><p>a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um mo-</p><p>delo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não</p><p>importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do</p><p>aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores</p><p>solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>66 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o</p><p>invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor ao</p><p>próximo,” comenta Trigueiro.</p><p>O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que</p><p>jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de</p><p>difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar</p><p>recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, res-</p><p>ponsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-minis-</p><p>tro da Fazenda Rubens Ricupero.</p><p>Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o</p><p>uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta</p><p>e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos</p><p>ameaçam como espécie.</p><p>(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)</p><p>Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. – o</p><p>pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:</p><p>a) os quais.</p><p>b) a qual.</p><p>c) onde.</p><p>d) dos quais.</p><p>e) aonde.</p><p>020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/REPRO-</p><p>GRAFIA E GRÁFICA)</p><p>Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza</p><p>Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três pesqui-</p><p>sadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.</p><p>Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado ma-</p><p>neiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira,</p><p>dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.</p><p>Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar in-</p><p>tervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia.</p><p>A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos</p><p>semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se be-</p><p>neficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho dos</p><p>laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a elevações</p><p>de preços nos gastos com saúde preventiva.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>67 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a pessoa</p><p>mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.</p><p>(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)</p><p>A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, con-</p><p>forme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:</p><p>a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza</p><p>b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza</p><p>c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza</p><p>d) maneiras eficazes no combate à pobreza</p><p>e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza</p><p>021. (2020/FCC/AL-AL/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR) Está clara e correta a</p><p>redação deste livre comentário sobre o texto:</p><p>Distribuição justa</p><p>A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais dos</p><p>participantes e da lisura do processo do qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão</p><p>crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores</p><p>diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem e no</p><p>processo, de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de</p><p>direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa?</p><p>A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um</p><p>risco comum, a todos, passa a exercer um papel mais decisivo na definição de seu futuro do</p><p>que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um mínimo de</p><p>equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia</p><p>o jogo distributivo e envenena os valores da convivência. A igualdade de oportunidades está</p><p>na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam ter a oportunidade de</p><p>desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas possíveis na vida prática</p><p>e eleger seus projetos, apostas e sonhos de realização.</p><p>(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106)</p><p>Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:</p><p>a) Por mais que se esforcem, tem gente que não consegue obter sucesso em face dos vícios</p><p>e da falta de oportunidade que o determinam.</p><p>b) O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada indivíduo</p><p>as condições de seu nascimento.</p><p>c) Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante para uma</p><p>justa distribuição das riquezas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>68 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>d) A menos que houvessem mais oportunidades</p><p>Aos 17, idade em que publiquei minha primeira obra, decidi que trilharia meu futuro</p><p>profissional como professor de português. Pela minha grande facilidade com a língua, aos 19</p><p>tive minha primeira sala de aula, em um curso preparatório para vestibulares. De lá para cá,</p><p>nunca mais parei. Minha orientadora do mestrado me definiu, no dia da defesa da minha dis-</p><p>sertação, como “um caso raro de professor por vocação”.</p><p>Metodologia</p><p>Para alcançarmos o melhor rendimento, cada arquivo terá a seguinte divisão:</p><p>• Engenharia reversa.</p><p>• Explicação objetiva.</p><p>• O que cai, Elias?</p><p>• Gabarito comentado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>5 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>A engenharia reversa é um processo adotado em inúmeras ciências, que significa, em ter-</p><p>mos populares, começar pelo fim.</p><p>Se fôssemos seguir a ordem natural, primeiramente, precisaríamos conhecer a gramática</p><p>para, depois, resolver questões que a cobram. Esse procedimento funciona, mas apresenta um</p><p>problema sério: a duração longa. Saber gerir o tempo é fundamental ao longo do processo de</p><p>preparação para concursos.</p><p>Qual é o nosso objetivo? Saber resolver questões de Língua Portuguesa. Então começare-</p><p>mos pelo objetivo!</p><p>A explicação deve ser objetiva e sintética, com o objetivo de discutir estritamente o que é</p><p>visto com frequência em provas. Explicações longas e com informações diversas já são en-</p><p>contradas em diversas gramáticas técnicas de língua portuguesa.</p><p>“O que cai, Elias” é o resumo do assunto. É literalmente discutir o que cai e como cai</p><p>em provas.</p><p>Quem se prepara para concursos públicos tem a obrigação de fazer muitas questões. O</p><p>maior objetivo de um(a) candidato(a) não é aprender português, mas, sim, aprender a fazer</p><p>questões de português. A parte das questões, em minha opinião, é a mais importante do ma-</p><p>terial. Você vai observar que, ao longo da explicação teórica, eu insiro questões de diversas</p><p>bancas, mas que possuem bom suporte didático para o assunto em questão. Ao final, você</p><p>terá um conjunto de questões comentadas sobre o assunto. As vinte primeiras são sempre da</p><p>banca que aplicará (ou que possivelmente aplicará) o seu concurso. As demais são de outras</p><p>bancas, para que você possa aprofundar o conhecimento e, principalmente, ter uma base com-</p><p>parativa de como um determinado assunto pode ser cobrado (isso ajuda a ratificar, em seu</p><p>cérebro, o comportamento da banca que você deseja decifrar).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>MORFOSSINTAXE DO PERÍODO SIMPLES</p><p>1. engenhAriA reversA – MorfossintAxe</p><p>Em uma única palavra, um conteúdo enorme. Entender a morfossintaxe do português signi-</p><p>fica dominar a espinha dorsal da nossa gramática. É a fusão entre morfologia e sintaxe. Vamos</p><p>saber do que precisamos para arrebentar nesse assunto.</p><p>1) Morfologia: é o estudo das dez classes gramaticais. Esse é o pré-requisito mais impor-</p><p>tante para os seus estudos. Você não precisa, necessariamente, saber classificar as palavras,</p><p>mas reconhecê-las morfologicamente será fundamental para evoluir na sintaxe.</p><p>2) Sintaxe: por enquanto, veremos só a do período simples (o que já é um conteúdo imen-</p><p>so). Vamos dividir em subtópicos:</p><p>• Entenda o que é a ordem direta da oração.</p><p>• Saiba tudo sobre o sujeito. As bancas amam a identificação, a classificação e a função</p><p>(estabelecer com o verbo concordância). Você também precisa saber os casos especiais</p><p>de concordância. Ah, e você precisa conhecer o sujeito e o núcleo dele (para isso, você</p><p>vai precisar de morfologia)! Uma observação importante: o estudo do sujeito não acaba</p><p>aqui! Você ainda vai precisar dele em pontuação, vozes verbais e funções do SE, sintaxe</p><p>do pronome relativo e sujeitos oracionais (os dois últimos no período composto)!</p><p>• Domine o complemento verbal (o que é e o que não é complemento verbal). As bancas</p><p>gostam mais do sujeito do que do complemento, mas você precisa saber identificar</p><p>as transitividades e os casos especiais de regência verbal. Todo esse tópico é funda-</p><p>mental também para estudar os pronomes oblíquos átonos, pontuação, vozes verbais e</p><p>funções do SE, crase, sintaxe do pronome relativo e complementos oracionais (os dois</p><p>últimos no período composto).</p><p>• Tenha noção de que existem termos que se ligam ao nome (adjunto adnominal e com-</p><p>plemento nominal). Praticamente não cai, mas é indiretamente explorado em pontua-</p><p>ção, emprego dos pronomes oblíquos átonos, crase e orações subordinadas substan-</p><p>tivas.</p><p>Depois de todo esse detalhamento, podemos ir ao assunto. Lembre-se sempre de voltar à</p><p>seção “engenharia reversa” e anotar o que você estudou, o que você vai estudar e o que ofere-</p><p>ce dificuldade. Meça o seu conhecimento com a execução de exercícios, e não apenas lendo</p><p>a matéria.</p><p>Outro ponto importante: boa parte desses apontamentos feitos servirão também para ou-</p><p>tras bancas. Haverá um ajuste ou outro, mas serão apenas detalhes. A língua não muda de</p><p>uma banca para outra, mas, sim, a linguagem e as preferências do examinador!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>2. Bloco i – MorfologiA</p><p>Amigo(a), morfologia, segundo o Houaiss, é</p><p>o estudo da forma, da configuração”. Em análise livre, significa identificar o objeto que se quer estu-</p><p>dar e analisá-lo, parte a parte. Nosso objeto de estudo é a língua portuguesa. Precisamos, portanto,</p><p>identificar suas unidades de composição. Por isso, a tradição gramatical afirma que a morfologia é</p><p>o estudo das “classes de palavras, seus paradigmas de flexões.</p><p>Nosso objetivo maior é compreender esse assunto em provas de concursos públicos. E</p><p>compreender a morfologia, nesse caso, significa dominar o mais importante pré-requisito para</p><p>os demais assuntos. Confesso que não são muitas as questões de morfologia. Mas garanto a</p><p>você que, sem o entendimento da morfologia, praticamente todos os demais assuntos tornam-</p><p>-se complexos (às vezes, impossíveis).</p><p>Uma analogia: em algum momento da sua vida, você assistiu ao filme Karatê Kid. Se não</p><p>viu, já ouviu falar. Há uma parte em que o mestre, Senhor Miyagi, compromete-se a ensinar</p><p>caratê ao seu aluno, Daniel Sam. Como primeira lição, o mestre orienta que Daniel lave alguns</p><p>carros, usando as mãos direta e esquerda (com movimentos circulares) para encerar e polir</p><p>os carros. Em um determinado momento, o aprendiz se revolta, pois não consegue enxergar</p><p>a arte marcial naquela atividade. Então, o mestre demonstra que os movimentos usados para</p><p>encerar e polir são os mesmos feitos para se defender em uma luta, e que se defender é o</p><p>princípio da arte marcial; em seguida, ataca-se. Encerar e polir (ou, em resumo, defender-se)</p><p>são pré-requisitos fundamentais para que Daniel possa se tornar um exímio carateca. Para que</p><p>você se torne exímio em língua portuguesa, aprenda a respeitar os pré-requisitos! (No YouTube,</p><p>você consegue encontrar a cena que descrevi!)</p><p>2.1. A Divisão DA MorfologiA</p><p>Para fins didáticos, dividiremos as dez classes</p><p>para que cada indivíduo desenvolva seu talen-</p><p>to, não ocorrerá justiça no processo.</p><p>e) Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens devem corresponder sua realização,</p><p>para que não se frustrem seu desenvolvimento.</p><p>022. (2020/FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO) Atenção: Para responder à questão,</p><p>considere o texto a seguir:</p><p>Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos. As suas bolas saíram do saco, é verdade, mas</p><p>foram inutilizadas, a do primeiro por faltar a primeira letra do nome, a do segundo por lhe faltar</p><p>a última. O nome restante e triunfante era o de um argentário ambicioso, político obscuro, que</p><p>subiu logo à poltrona ducal, com espanto geral da república. Mas os vencidos não se conten-</p><p>taram de dormir sobre os louros do vencedor; requereram uma devassa. A devassa mostrou</p><p>que o oficial das inscrições intencionalmente viciara a ortografia de seus nomes. O oficial con-</p><p>fessou o defeito e a intenção; mas explicou-os dizendo que se tratava de uma simples elipse;</p><p>delito, se o era, puramente literário. Não sendo possível perseguir ninguém por defeitos de or-</p><p>tografia ou figuras de retórica, pareceu acertado rever a lei. Nesse mesmo dia ficou decretado</p><p>que o saco seria feito de um tecido de malhas, através das quais as bolas pudessem ser lidas</p><p>pelo público, e, ipso facto, pelos mesmos candidatos, que assim teriam tempo de corrigir as</p><p>inscrições.</p><p>Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia. A mesma porta aberta à</p><p>lealdade serviu à astúcia de um certo Nabiga, que se conchavou com o oficial das extrações,</p><p>para haver um lugar na assembleia. A vaga era uma, os candidatos três; o oficial extraiu as bo-</p><p>las com os olhos no cúmplice, que só deixou de abanar negativamente a cabeça, quando a bola</p><p>pegada foi a sua. Não era preciso mais para condenar a ideia das malhas. A assembleia, com</p><p>exemplar paciência, restaurou o tecido espesso do regime anterior; mas, para evitar outras</p><p>elipses, decretou a validação das bolas cuja inscrição estivesse incorreta, uma vez que cinco</p><p>pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.</p><p>Adaptado de: ASSIS, Machado de. A sereníssima república [Conferência do Cônego Vargas]. In: Papéis avulsos.</p><p>São Paulo: Penguin Classics/Companhia das Letras, 2011, p.204)</p><p>Na oração Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos, a relação estabelecida entre os sujeitos e</p><p>o verbo é de</p><p>a) comparação.</p><p>b) conclusão.</p><p>c) alternância.</p><p>d) exclusão.</p><p>e) adição.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>69 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>023. (2020/FCC/AL-AP/AUXILAIR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL)</p><p>1 Que tipo de capitalismo desejamos? Em termos gerais, temos três modelos entre os</p><p>quais escolher.</p><p>2 O primeiro é o “capitalismo de acionistas”, que propõe que o objetivo de uma empre-</p><p>sa deve ser a maximização dos lucros. O segundo é o “capitalismo de Estado”, que confia ao</p><p>governo a tarefa de estabelecer a direção da economia e ganhou proeminência em países</p><p>emergentes, entre os quais se destaca a China. E há o capitalismo de “stakeholders” (partes</p><p>interessadas), que posiciona as empresas privadas como curadoras dos interesses da socie-</p><p>dade e representa a melhor resposta aos atuais desafios ambientais.</p><p>3 O capitalismo de acionistas, o modelo hoje dominante, ganhou terreno nos EUA, na</p><p>década de 1970, e expandiu sua influência nas décadas seguintes. Sua ascensão não deixa de</p><p>ter méritos. Durante seu período de maior êxito, milhões prosperaram, à medida que empresas</p><p>abriam mercados e criavam empregos em busca do lucro.</p><p>4 Mas essa não é toda a história. Os defensores do capitalismo de acionistas negli-</p><p>genciam o fato de que uma empresa de capital aberto não é apenas uma entidade que busca</p><p>lucros, mas também um organismo social.</p><p>5 Muitos perceberam que essa forma de capitalismo já não é sustentável. Um provável</p><p>motivo é o efeito “Greta Thunberg”. A jovem ativista sueca nos recorda que a adesão ao atual</p><p>sistema econômico representa uma traição às futuras gerações, por sua falta de sustentabi-</p><p>lidade ambiental. Outro motivo (correlato) é que muitos jovens já não querem trabalhar para</p><p>empresas cujos valores se limitem à maximização do lucro. Por fim, executivos e investidores</p><p>começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente ligado ao de seus</p><p>clientes, empregados e fornecedores.</p><p>6 Manifestando-se favoravelmente ao estabelecimento do capitalismo de stakeholders</p><p>como novo modelo dominante, está sendo lançando um novo Manifesto de Davos, que diz que</p><p>as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção e sustentar os direitos humanos em</p><p>toda a extensão de suas cadeias mundiais de suprimento.</p><p>7 Mas, para defender os princípios do capitalismo de stakeholders, as empresas preci-</p><p>sarão de novos indicadores. De início, um novo indicador de “criação de valor compartilhado”</p><p>deveria incluir metas ecológicas e sociais como complemento aos indicadores financeiros.</p><p>8 Ademais, as grandes empresas deveriam compreender que elas são partes interes-</p><p>sadas em nosso futuro comum. Elas deveriam trabalhar com outras partes interessadas a fim</p><p>de melhorar a situação do mundo em que operam. Na verdade, esse deveria ser seu propósito</p><p>definitivo.</p><p>9 Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade. Ao dar sig-</p><p>nificado concreto ao capitalismo de stakeholders, podem ir além de suas obrigações legais e</p><p>cumprir seu dever para com a sociedade. Se eles desejam deixar sua marca no planeta, não</p><p>existe outra alternativa.</p><p>(Adaptado de: SCHWAB, Klaus. Tradução: Paulo Migliacci. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>70 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>E há o capitalismo de “stakeholders” (partes interessadas), que posiciona... (2º parágrafo)</p><p>O segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:</p><p>a) está sendo lançando um novo “Manifesto de Davos”.</p><p>b) Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade.</p><p>c) não existe outra alternativa.</p><p>d) a adesão ao atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações.</p><p>e) as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção.</p><p>024. (2019/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉCNICO AD-</p><p>MINISTRATIVO)</p><p>O inexpugnável mistério</p><p>Aceitemos de bom grado a tese formulada pelo físico nuclear dinamarquês Niel Bohr,</p><p>segundo a qual “a tarefa da ciência é reduzir todos os mistérios a simples trivialidades”. Aceite-</p><p>mos também a conjectura de que, com o tempo e com um trabalho sem tréguas, os cientistas</p><p>tenham conseguido levar a cabo essa tarefa da ciência, e todos os mistérios do mundo – da</p><p>origem da vida à relação entre a mente e o cérebro – tenham afinal rendido os seus segredos e</p><p>se revelado ao olhar humano naquilo que são: trivialidades perfeitamente inteligíveis na ordem</p><p>natural das coisas.</p><p>Pois bem. Terminada a tarefa da ciência, restará ainda um derradeiro enigma diante do</p><p>qual ela não tem, nem poderá vir a ter, o que dizer: o mistério da trivialidade de tudo. Em outras</p><p>palavras: a ciência não saberá explicar a razão de ser de todas as trivialidades que compõem</p><p>o nosso misterioso mundo.</p><p>(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27)</p><p>As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:</p><p>a) Não se esperem que os enigmas</p><p>sejam todos resolvidos.</p><p>b) Sempre haverão teses insólitas que causarão dúvidas entre os físicos.</p><p>c) Não merece crédito dos físicos modernos a postulação desses cientistas.</p><p>d) Mesmo que se dessem resolução aos mistérios, restaria o maior deles.</p><p>e) Caso se proponham aos cientistas nucleares essa dúvida final, como responderão?</p><p>025. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Texto associado</p><p>Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apos-</p><p>tavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio monótona. O</p><p>Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, na sua infinita</p><p>paciência, topou.</p><p>Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu cui-</p><p>dadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, segundo</p><p>seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da obscenidade.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>71 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, pessoas que</p><p>sabidamente ganham pouco.</p><p>O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de</p><p>aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões.</p><p>E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o que</p><p>o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma</p><p>vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe fluindo</p><p>diariamente.</p><p>Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, o</p><p>aposentado simplesmente devolveu o dinheiro. Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa de</p><p>explicação.</p><p>O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve</p><p>a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 600.</p><p>Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da tentação</p><p>tinha sido grande demais.</p><p>Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém,</p><p>escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre.</p><p>Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A insônia</p><p>dos justos tira o sono de qualquer diabo.</p><p>(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)</p><p>Em Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias (3º parágrafo), a</p><p>expressão sublinhada exerce a mesma função sintática da expressão sublinhada em:</p><p>a) O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches (3º parágrafo)</p><p>b) O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. (5º parágrafo)</p><p>c) Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados (2º parágrafo)</p><p>d) Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. (2º parágrafo)</p><p>e) Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam</p><p>sobre os seres humanos (1º parágrafo)</p><p>001. (2019/FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA</p><p>INFORMAÇÃO/PROGRAMADOR)</p><p>1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da</p><p>maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida trans-</p><p>corresse distante dos olhares alheios.</p><p>2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações mais</p><p>impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais impressio-</p><p>nante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte das pessoas</p><p>obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, e eventualmente</p><p>os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>72 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a priva-</p><p>cidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico da</p><p>existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto um</p><p>estado de coisas transitório.</p><p>4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade,</p><p>mas trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshan-</p><p>na Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais</p><p>em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa é</p><p>uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.</p><p>5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente</p><p>quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser obser-</p><p>vado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que desejamos que</p><p>os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua privacidade. Porém, isso</p><p>requererá a criação de diversas leis.</p><p>(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)</p><p>O verbo flexionado no plural e que também pode ser corretamente flexionado no singular, sem</p><p>que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:</p><p>a) Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade...</p><p>b) Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida...</p><p>c)... as normas, e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>d) Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro...</p><p>e)... a maior parte das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico...</p><p>002. (2019/FCC/SEMEF MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA IN-</p><p>FORMAÇÃO DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo</p><p>para responder à questão.</p><p>1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da</p><p>maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida trans-</p><p>corresse distante dos olhares alheios.</p><p>2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações mais</p><p>impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais impressio-</p><p>nante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte das pessoas</p><p>obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, e eventualmente</p><p>os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a priva-</p><p>cidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico da</p><p>existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto um</p><p>estado de coisas transitório.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>73 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem</p><p>a expansão da privacidade,</p><p>mas trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshan-</p><p>na Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais</p><p>em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa é</p><p>uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.</p><p>5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente</p><p>quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser obser-</p><p>vado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que desejamos que</p><p>os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua privacidade. Porém, isso</p><p>requererá a criação de diversas leis.</p><p>(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)</p><p>Porém, isso requererá a criação de diversas leis. (5º parágrafo)</p><p>Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de</p><p>a) conclusão.</p><p>b) finalidade.</p><p>c) conformidade.</p><p>d) oposição.</p><p>e) causa.</p><p>003. (2019/FCC/SEMEF MANAUS AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA IN-</p><p>FORMAÇÃO DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo</p><p>para responder à questão.</p><p>1 As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque os</p><p>antigos modelos de negócios. As novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produ-</p><p>ziram um complexo cenário de incertezas. Vivemos um grande desafio.</p><p>2 É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a</p><p>capacidade de inovação - rápida e de baixo custo - serão fundamentais para a sobrevivência</p><p>das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais. Mas é preciso,</p><p>também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo e a maneira como</p><p>dialogamos com ele.</p><p>3 Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos. Lembram</p><p>disso? Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. Muitas vezes abría-</p><p>mos o álbum e a imaginação voava.</p><p>4 Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído pelas</p><p>galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas falta o</p><p>mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos que o registro</p><p>do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são incapazes de</p><p>superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais importante</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>74 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo à coletiva soli-</p><p>dão digital.</p><p>5 Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente no</p><p>espaço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, já</p><p>que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário perso-</p><p>nalizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.</p><p>Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade crítica.</p><p>Adaptado de: DI FRANCO, Carlos Alberto. Disponível em: opiniao.estadao.com.br)</p><p>No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:</p><p>a) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...</p><p>b)...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.</p><p>c) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.</p><p>d) Agora fotografamos tudo compulsivamente.</p><p>e) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.</p><p>004. (2021/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/ANALISTA EM VIGILÂNCIA</p><p>SANITÁRIA/ENFERMEIRO) Atenção: Para responder a questão, considere a fábula abaixo.</p><p>Em Atenas, um devedor, ao ter sua dívida cobrada pelo credor, primeiro pôs-se a pedir-</p><p>-lhe um adiamento, alegando estar com dificuldade. Como não o convenceu, trouxe uma porca,</p><p>a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda. Então chegou um comprador e</p><p>quis saber se a porca era parideira. Ele afirmou que ela não apenas paria, mas que ainda o fazia</p><p>de modo extraordinário: para as festas da deusa Deméter, paria fêmeas e, para as de Atena,</p><p>machos. E, como o comprador estivesse assombrado com a resposta, o credor disse: “Mas</p><p>não se espante, pois nas festas do deus Dioniso ela também vai lhe parir cabritos.”</p><p>(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 22)</p><p>Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-</p><p>-a à venda.</p><p>Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de</p><p>a) causa.</p><p>b) consequência.</p><p>c) comparação.</p><p>d) oposição.</p><p>e) condição.</p><p>005. (2019/FCC/METRÔ-SP/ENFERMEIRO DO TRABALHO) Texto associado</p><p>Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo</p><p>de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>75 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem ami-</p><p>gos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar</p><p>um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar</p><p>a ressaca.</p><p>No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar</p><p>da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher</p><p>amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que</p><p>começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não</p><p>gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um</p><p>filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressen-</p><p>tidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio</p><p>quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a</p><p>cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela</p><p>lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou</p><p>se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca</p><p>mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos</p><p>um cartão de Natal.</p><p>No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral</p><p>não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.</p><p>Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo car-</p><p>tão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel</p><p>sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase:</p><p>“Eu te amo.”</p><p>A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo</p><p>por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma</p><p>mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta pro-</p><p>messa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por</p><p>quê? Que</p><p>secreto desígnio haveria atrás daquilo?</p><p>Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava</p><p>uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida,</p><p>claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o car-</p><p>tão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu</p><p>para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia</p><p>transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.</p><p>(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)</p><p>O termo sublinhado em ela lhe fizera uma confissão surpreendente (2º parágrafo) exerce a mes-</p><p>ma função sintática daquele sublinhado em:</p><p>a) o fim do ano era sempre uma época dura (1º parágrafo)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>76 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>b) Mas de algum modo o recado chegara a ele (5º parágrafo)</p><p>c) No seu caso havia uma razão óbvia para isso (1º parágrafo)</p><p>d) uma culpa que retornava a cada Natal (2º parágrafo)</p><p>e) mas ele sabia quem era o remetente (5º parágrafo)</p><p>006. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/TÉCNICO EM RADIOLO-</p><p>GIA) Para responder à questão, considere os quadrinhos abaixo.</p><p>Em Você não entende de segurança, Charlie Brown, o elemento sublinhado corresponde ao vo-</p><p>cativo, por meio do qual se invoca o interlocutor do discurso. Do mesmo modo, o vocativo está</p><p>sublinhado na seguinte frase:</p><p>a) Participantes do programa de fidelidade terão um desconto de 50% na compra do ingresso.</p><p>b) Ambientalistas, hoje, irão ao parlamento para dialogar com os representantes do governo.</p><p>c) Alunos do último ano, tradicionalmente, fazem uma viagem antes da festa de formatura.</p><p>d) Senhores passageiros, não se esqueçam de afivelar seus cintos de segurança.</p><p>e) Gestantes e lactantes, por precaução, foram desaconselhadas a tomar a vacina.</p><p>007. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado</p><p>Em 1925, um estudante de farmácia e jovem poeta que assinava Carlos Drummond</p><p>publicou um artigo afirmando que, em relação a Machado de Assis, o melhor a fazer era repudiá-lo.</p><p>Cheio de ímpeto juvenil, considerava o criador de Brás Cubas um “entrave à obra de renovação</p><p>da cultura geral”. Na correspondência que manteve com Mário de Andrade nas décadas de</p><p>1920 e 1930, Machado também teria papel crucial no embate acerca da tradição. Nas cartas,</p><p>o escritor volta e meia surge como encarnação de um passado a ser descartado.</p><p>Décadas mais tarde, em 1958, Drummond publicou o poema “A um bruxo, com amor”,</p><p>uma das mais belas homenagens de escritor para escritor na literatura brasileira. Um único ver-</p><p>so dá a medida do elogio: “Outros leram da vida um capítulo, tu leste o livro inteiro”. O poema</p><p>compõe-se de frases do escritor, cujo cinquentenário de morte então se comemorava. O poeta</p><p>maduro, que agora assinava Carlos Drummond de Andrade, emprestava palavras do próprio</p><p>Machado para compor um epíteto que ganharia ampla circulação, o “bruxo do Cosme Velho”.</p><p>O que teria se passado com Drummond para mudar tão radicalmente de posição?</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>77 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Harold Bloom descreve as razões que marcam a relação entre escritores de diferentes</p><p>gerações. O processo passa pela ironia do mais jovem em relação ao seu precursor; pelo movi-</p><p>mento que marca a construção de um sublime que se contrapõe ao do precursor; e, finalmente,</p><p>pela reapropriação do legado.</p><p>A assimilação dificultosa do passado é também um processo vivido pela geração de</p><p>Drummond. Os antepassados foram vistos muitas vezes como obstáculos aos desejos de</p><p>renovação que emergiram a partir da década de 1910 em vários pontos do Brasil. E tanto no</p><p>âmbito individual como no geracional, Machado surge como emblema do antigo. Alguém que</p><p>fora sepultado com os elogios fúnebres de Rui Barbosa e Olavo Bilac não podia deixar de ser</p><p>uma pedra no caminho para escritores investidos do propósito de romper com as convenções.</p><p>Até Drummond chegar à declaração de respeito, admiração e amor, foi um longo percurso.</p><p>Pouco a pouco, Machado deixa de ser ameaça para se tornar uma presença imensa que ocupa</p><p>a imaginação do poeta.</p><p>(Adaptado de: GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Amor nenhum dispensa uma gota de ácido. São Paulo: Três Estre-</p><p>las, 2019, p. 9-30.)</p><p>Está correta a redação deste livre comentário:</p><p>a) O ímpeto de renovação da cena cultural nacional, dificultou para toda uma geração no início</p><p>do século, a assimilação de um legado.</p><p>b) Através de exemplos das cartas enviadas, notam-se a presença incômoda de Machado de</p><p>Assis no desenvolvimento intelectual de Carlos Drummond.</p><p>c) Costuma-se considerar que, a rivalidade entre um jovem escritor e outro já consagrado de-</p><p>ve-se a imaturidade do primeiro.</p><p>d) Em diversos momentos, Carlos Drummond criticou a transformação de Machado de Assis</p><p>em uma celebridade literária.</p><p>e) Na maturidade, com palavras do próprio Machado de Assis, Carlos Drummond criou o epíte-</p><p>to “bruxo do Cosme Velho” cujo ficou bastante notório.</p><p>008. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Consi-</p><p>dere o texto abaixo para responder às questões.</p><p>Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcan-</p><p>çar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do sof-</p><p>tware dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro</p><p>mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma</p><p>renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de</p><p>seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não</p><p>o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as</p><p>máquinas se adaptem às pessoas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>78 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho</p><p>a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessá-</p><p>rias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas</p><p>trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sem-</p><p>pre devendo.</p><p>(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)</p><p>No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de sentido</p><p>e da correção, está sublinhado em:</p><p>a) que as invenções existem para nos servir.</p><p>b) que as máquinas se adaptem às pessoas.</p><p>c) elas trocam todas as que possuíam.</p><p>d) A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.</p><p>e) A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores.</p><p>009. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO) Texto associado</p><p>A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. Usando seu conhecimento</p><p>astro-</p><p>nômico e meteorológico, ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de ante-</p><p>cedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite</p><p>de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar</p><p>a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. Tales também teria previsto</p><p>um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da</p><p>guerra entre os lídios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difícil, Tales respondeu:</p><p>“Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que era fácil, respondeu: “Dar conselhos”.</p><p>Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga.</p><p>A questão de central importância para os filósofos iônicos era a composição do cosmo.</p><p>Qual é a substância que compõe o Universo? A resposta de Tales é que tudo é água. É prová-</p><p>vel que, à parte a possível influência das culturas do Oriente Médio, ao escolher a água como</p><p>substância fundamental da Natureza, Tales tinha se inspirado em suas qualidades únicas de</p><p>mutação; a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos, transformando-</p><p>-se de líquida para vapor, representando, assim, a dinâmica intrínseca dos processos naturais.</p><p>Mais ainda, assim como nós e a maioria das formas de vida dependemos da água para existir,</p><p>o próprio Universo exibia a mesma dependência, já que também era considerado por Tales</p><p>como um organismo vivo.</p><p>(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Bing Bang. São Paulo: Compa-</p><p>nhia das Letras, 2006, p. 40-42)</p><p>É invariável quanto a gênero e a número o termo destacado em:</p><p>a) Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga. (1º parágrafo)</p><p>b) A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. (1º parágrafo)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>79 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) ... quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso</p><p>das prensas... (1º parágrafo)</p><p>d) ... a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos... (2º parágrafo)</p><p>e) Qual é a substância que compõe o Universo? (2º parágrafo)</p><p>010. (2019/FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE ADMINISTRA-</p><p>TIVO) Atenção: Para responder a questão, leia a notícia a seguir, publicada em 15 de mar-</p><p>ço de 2019.</p><p>Estudantes vão às ruas em protesto global contra mudança climática</p><p>Milhares de estudantes saíram às ruas nesta sexta-feira (15) para protestar por medidas</p><p>efetivas no combate às mudanças climáticas.</p><p>O movimento “Fridays For Future” (Sextas-feiras pelo futuro) ganhou força com Greta</p><p>Thunberg, que uma vez por semana falta às aulas, em Estocolmo, para se sentar em uma praça</p><p>em frente ao Parlamento da Suécia e pedir medidas concretas contra o aquecimento global.</p><p>Nesta sexta, não foi diferente. Greta protestou diante do Parlamento na capital do país, cerca-</p><p>da por 30 manifestantes. Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países</p><p>− no Brasil, 20 cidades têm protestos agendados.</p><p>“Não sou a origem do movimento. Já existia. Precisava apenas de uma faísca para</p><p>acender. Vivemos uma crise existencial ignorada durante décadas. Se não agirmos agora, será</p><p>muito tarde”, disse Thunberg.</p><p>Desde o ano passado, Greta já discursou em eventos internacionais como a COP24, a</p><p>Conferência do Clima da ONU, em dezembro, e no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na</p><p>Suíça, em janeiro. Nesta quinta (14), ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por três políticos</p><p>noruegueses por sua atuação na agenda ambiental.</p><p>(Adaptado de: OLIVEIRA, Elida. Portal G1, 15.03.2019. Disponível em: https://g1.globo.com)</p><p>Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades têm</p><p>protestos agendados. (2º parágrafo)</p><p>Caso a notícia fosse publicada depois de todos os eventos previstos acontecerem de fato,</p><p>essa frase poderia ser reescrita da seguinte maneira, conforme a norma-padrão da língua:</p><p>Ao todo, nesta sexta,</p><p>a) houveram 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, tiveram protestos em 20 cidades.</p><p>b) haviam 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinham protestos.</p><p>c) haveria 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, teriam protestos em 20 cidades.</p><p>d) houve 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tiveram protestos.</p><p>e) havia 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinha protestos.</p><p>011. (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA) Tex-</p><p>to associado</p><p>Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve au-</p><p>mentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>80 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados</p><p>Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.</p><p>Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise</p><p>do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e</p><p>desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente,</p><p>entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma</p><p>futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibi-</p><p>lidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como</p><p>vão moldar a economia mundial.</p><p>A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteli-</p><p>gentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-</p><p>-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o</p><p>pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam</p><p>criar uma espécie de “governo 4.0”.</p><p>Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais</p><p>possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmen-</p><p>te irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.</p><p>(Adaptado de: “5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em:</p><p>https://epocanegocios.globo.com)</p><p>Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento de</p><p>impostos (3º parágrafo), a forma verbal correspondente será</p><p>a) são permitidas.</p><p>b) será permitida.</p><p>c) são permitidos.</p><p>d) é permitido.</p><p>e) serão permitidos.</p><p>012. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)</p><p>Texto associado</p><p>É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas</p><p>etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas é quase o dobro</p><p>do número de ligações por telefone fixo e celular, segundo dados da Fundação Telefônica.</p><p>A ligação telefônica tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, mas por quê? “Uma</p><p>das razões é que, quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazen-</p><p>do, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cris-</p><p>tina Pérez.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer</p><p>título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>81 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo</p><p>um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas, em média, mais de 40 vezes ao dia.</p><p>(Adaptado de: LÓPEZ, Silvia. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odia-</p><p>mos falar por telefone?. El País – Brasil. 01.06.2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com)</p><p>É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias...</p><p>(1º parágrafo)</p><p>Uma redação alternativa para a frase acima, preservando-se as relações de sentido entre as</p><p>orações, está em:</p><p>a) É uma tendência mais presente entre os mais jovens e, portanto, comum em todas as faixas</p><p>etárias...</p><p>b) Para que seja uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>c) Por ser uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as faixas</p><p>etárias...</p><p>d) É uma tendência mais presente entre os mais jovens, de modo que é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>e) Mesmo sendo uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>013. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE COMUNITÁRIO</p><p>DE SAÚDE) Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.</p><p>Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais preci-</p><p>samente: gostaria de ser um cozinheiro.</p><p>As cozinhas são lugares que me fascinam, mágicos: ali se prepara o prazer. O cozinhei-</p><p>ro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos da alma e do corpo. Mas não sei cozinhar.</p><p>Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como quem cozinha.</p><p>2 A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos escri-</p><p>tores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. Nas suas</p><p>origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo,</p><p>tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que</p><p>não se fala mais, usava-se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.</p><p>3 Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. Se</p><p>assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais</p><p>belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento de</p><p>todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o máximo</p><p>possível de sabor”. Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros como</p><p>seus mestres.</p><p>4 A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges</p><p>aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>82 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>agradam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão ab-</p><p>surda quanto a felicidade obrigatória”.</p><p>5 Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade pela</p><p>comida que pela palavra... Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de cor.</p><p>Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O escritor é</p><p>um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana que começa</p><p>é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que me comandam:</p><p>“Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A cada semana sinto</p><p>uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.</p><p>(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 155-158)</p><p>Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a feli-</p><p>cidade obrigatória. (4º parágrafo)</p><p>O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de</p><p>a) finalidade.</p><p>b) consequência.</p><p>c) explicação.</p><p>d) concessão.</p><p>e) condição.</p><p>014. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO TÉCNICO) Texto associado</p><p>Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim que</p><p>a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele e supli-</p><p>cou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a pedir-lhe</p><p>que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do escaravelho e</p><p>devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os ninhos da águia</p><p>e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até que a águia,</p><p>encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, e pediu-lhe que</p><p>arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para botar os ovos no colo</p><p>dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e</p><p>soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco e, sem se dar conta, deixou cair</p><p>os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os escaravelhos aparecem, as águias não</p><p>fazem o ninho.</p><p>(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42)</p><p>Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá.</p><p>O trecho em negrito pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por</p><p>a) Ainda que viu.</p><p>b) Quando viu.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>83 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) À medida que viu.</p><p>d) Enquanto viu</p><p>e) Assim como viu</p><p>015. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado</p><p>Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê. Dei-me conta</p><p>da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá.</p><p>Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando era jovem, e do qual nunca</p><p>esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu herói adoles-</p><p>cente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que experimentava</p><p>naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.</p><p>Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez, estando</p><p>com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos.</p><p>“Christophe voltou sozinho dentro da noite. Nada via. Nada ouvia. Estava morto de sono</p><p>e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três vezes, como que</p><p>por uma ideia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a adormecer.”</p><p>Jean-Christophe compreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja</p><p>companhia não é preciso falar. Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade, então a pessoa</p><p>com quem você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos não</p><p>por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo ou comer. Quando a pessoa não é</p><p>amiga, terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.</p><p>Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. A amizade anda por caminhos que não</p><p>passam por programas.</p><p>Um</p><p>amigo vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o</p><p>torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência de</p><p>comunhão. E alegria maior não pode existir.</p><p>(Adaptado de: ALVES, Rubem. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 11-13)</p><p>A flexão do verbo em destaque deve-se ao elemento sublinhado em:</p><p>a) Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo.</p><p>b) terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.</p><p>c) Bastava a alegria de estarem juntos.</p><p>d) A amizade anda por caminhos que não passam por programas.</p><p>e) Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade</p><p>016. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado</p><p>Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas</p><p>escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_bo</p><p>84 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai</p><p>o texto abaixo.</p><p>Entre a rua, este quarto e o ser</p><p>(Camila de Oliveira Silva)</p><p>Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das</p><p>6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café,</p><p>pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje.</p><p>Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nes-</p><p>se amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego que-</p><p>rendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem,</p><p>sem razão, me consumia de vida e morte.</p><p>E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos.</p><p>Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o</p><p>mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mun-</p><p>do. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece</p><p>que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]</p><p>(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro:Bazar do</p><p>Tempo: Flup, 2021)</p><p>Na oração “Algo me vem em cheio nessas horas” (1º§), ao observar as relações sintáticas</p><p>estabelecidas entre os termos que a constituem, é possível afirmar que seu sujeito classifi-</p><p>ca-se como:</p><p>a) desinencial.</p><p>b) indeterminado.</p><p>c) simples.</p><p>d) inexistente.</p><p>017. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado</p><p>Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas</p><p>escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro</p><p>Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai</p><p>o texto abaixo.</p><p>Entre a rua, este quarto e o ser</p><p>(Camila de Oliveira Silva)</p><p>Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das</p><p>6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café,</p><p>pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-</p><p>85 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nes-</p><p>se amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego que-</p><p>rendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem,</p><p>sem razão, me consumia de vida e morte.</p><p>E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos.</p><p>Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o</p><p>mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mun-</p><p>do. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece</p><p>que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]</p><p>(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro: Bazar do</p><p>Tempo: Flup, 2021)</p><p>O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros vocábu-</p><p>los que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único que indica uma</p><p>relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.</p><p>a) “entre”.</p><p>b) “a”.</p><p>c) “este”.</p><p>d) “o”.</p><p>018. (2022/IBFC/MGS/MONITOR EDUCACIONAL) Faça a análise sintática da seguinte estru-</p><p>tura: “O professor divulgou as notas aos alunos”. A este respeito, analise as afirmativas abaixo</p><p>e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).</p><p>(  ) � “O professor” é o sujeito da oração.</p><p>(  ) � “divulgou as notas aos alunos” é o predicado.</p><p>(  ) � “as notas” é o objeto indireto.</p><p>(  ) � “aos alunos” é o objeto direto.</p><p>(  ) � “o”, “aos” são adjuntos adnominais.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.</p><p>a) V - V - F - F - V.</p><p>b) V - V - V - F - F.</p><p>c) F - F - F - F - F.</p><p>d) V - F - V - F - F.</p><p>019. (2022/IBFC/MGS/AGENTE DE CAMPO) Lourdes aproveitou as longas férias para ir ao</p><p>nordeste, visitar os pais. A este respeito, assinale a alternativa correta:</p><p>a) “Lourdes” não é um nome próprio, é um nome simples.</p><p>b) A palavra “aproveitou” é uma ação, um verbo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>86 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) Em “longas férias”, “longas” é um nome, e “férias” é uma qualidade.</p><p>d) A palavra “pais” é um nome composto.</p><p>020. (2021/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Assinale a alternativa que preencha corre-</p><p>ta e respectivamente as lacunas.
Moro________São Paulo e assisto frequentemente _________</p><p>partidas do meu time no estádio do Pacaembu. No próximo ano, servirei________exército.</p><p>a) em/as/o.</p><p>b) a/às/o.</p><p>c) na/as/ao.</p><p>d) em/às/ao.</p><p>021. (2021/IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN/ADMINISTRA-</p><p>DOR) De acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente,</p><p>a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade narrativa deter-</p><p>mina quem tem voz”.</p><p>a) substantivo/pronome pessoal/substantivo.</p><p>b) adjetivo/pronome relativo/substantivo.</p><p>c) substantivo/pronome interrogativo/adjetivo.</p><p>d) adjetivo/pronome pessoal/adjetivo.</p><p>022. (Q892853/2017/IBFC/BETA/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/AGEN-</p><p>TE) Texto III</p><p>O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adul-</p><p>to, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do</p><p>Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas,</p><p>como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo de</p><p>morte entre homens</p><p>nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida das</p><p>neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o debate</p><p>os cuidados com a saúde masculina no país.</p><p>Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobre-</p><p>peso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens</p><p>têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida</p><p>alcoólica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de Vigi-</p><p>lância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel),</p><p>realizado anualmente pelo governo federal.</p><p>Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/dia-internacional-do-homem-chama-aten-</p><p>cao-para-cuidados-comsaude-masculina. Acesso em 01/09/17)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>87 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>A concordância verbal que envolve a indicação de porcentagens pode causar confusão na es-</p><p>crita. Em “Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos” (2º§), o verbo está no</p><p>plural uma vez que concorda com o seguinte termo:</p><p>a) 18%.</p><p>b) homens.</p><p>c) brasileiros.</p><p>d) obesos.</p><p>023. (2017/IBFC/EMBASA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que a con-</p><p>cordância está correta.</p><p>a) Não foi adequado a postura dela na cerimônia.</p><p>b) Ele deixou bem claro, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.</p><p>c) A maioria dos estudantes que prestaram o concurso apresentou dificuldades em matemática.</p><p>d) Deve existir outras soluções para este problema!</p><p>024. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto I</p><p>Paternidade Responsável Quantos filhos você gostaria de ter?</p><p>Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: “Será</p><p>que vou conseguir sustentar um filho?”.</p><p>Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-</p><p>-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários.</p><p>Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar du-</p><p>rante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Proble-</p><p>mas como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são</p><p>comuns. Além de eventuais problemas de saúde, temse um problema de ordem social: como</p><p>sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais</p><p>ou responsáveis, terá de abandonar a escola?</p><p>Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo ra-</p><p>ras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado crime.</p><p>A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco.</p><p>Quem não tem condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.</p><p>Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento</p><p>familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim,</p><p>muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas</p><p>um ou dois.</p><p>(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>88 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo em</p><p>destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação</p><p>ao emprego desse mesmo verbo.</p><p>a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.</p><p>b) O jovem têm um grande desafio pela frente.</p><p>c) As pessoas tem muitos planos.</p><p>d) A mentira tem perna curta.</p><p>025. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE)</p><p>Texto II</p><p>Família</p><p>(Titãs, fragmento)</p><p>Família, família</p><p>Papai, mamãe, titia,</p><p>Família, família</p><p>Almoça junto todo dia,</p><p>Nunca perde essa mania</p><p>Mas quando a filha quer fugir de casa</p><p>Precisa descolar um ganha-pão</p><p>Filha de família se não casa</p><p>Papai, mamãe, não dão nenhum tostão Família êh! Família áh!</p><p>Em relação ao verso “Almoça junto todo dia” (v.4), percebe-se que a palavra “família” exerce a</p><p>função sintática de:</p><p>a) sujeito.</p><p>b) objeto direto.</p><p>c) objeto indireto.</p><p>d) predicado.</p><p>026. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO)</p><p>O retrato</p><p>(Ivan Angelo)</p><p>O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e jaqueta</p><p>de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem pressa</p><p>que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia</p><p>uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma</p><p>fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>89 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de</p><p>teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse</p><p>“nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.</p><p>No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e</p><p>pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra:</p><p>a) caderneta.</p><p>b) bolso.</p><p>c) fotografia.</p><p>d) homem.</p><p>027. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO)</p><p>Estranhas Gentilezas</p><p>(Ivan Angelo)</p><p>Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não</p><p>têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ôni-</p><p>bus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois</p><p>economizam com a gente.</p><p>Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com</p><p>inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de</p><p>borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na</p><p>semana passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que</p><p>nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil</p><p>reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.</p><p>Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio</p><p>do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas</p><p>distantes. E as próximas?</p><p>Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema</p><p>fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um</p><p>número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, an-</p><p>tes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o maître2, com</p><p>uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa</p><p>para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me cede o</p><p>último lugar</p><p>no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o</p><p>jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.</p><p>[...]</p><p>Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca de</p><p>tanta gentileza?</p><p>Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>90 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque</p><p>alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes</p><p>de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para pagar con-</p><p>tas em nome de minha mulher, saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a</p><p>vida entre bólidos3, um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador continua preso</p><p>lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a</p><p>sonhar com gentilezas. Vocabulário:</p><p>1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo</p><p>2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes</p><p>3 carros muito velozes</p><p>Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da concordância verbal,</p><p>pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função sintática de:</p><p>a) objeto direto.</p><p>b) sujeito.</p><p>c) objeto indireto.</p><p>d) complemento nominal.</p><p>028. (2017/IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO)</p><p>Texto I</p><p>Entre palavras</p><p>Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não</p><p>figura nos dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento im-</p><p>põe-se tornar conhecimento de novas palavras e combinações de.</p><p>Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual,</p><p>pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu</p><p>avô; talvez ele não entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a</p><p>Vemaguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a dublagem, o sin-</p><p>teco, o telex... Existiam em 1940?</p><p>Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, o</p><p>biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá legal, o</p><p>apartheid, o som pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça também (seria</p><p>imperdoável) o Terceiro Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeiri-</p><p>nha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. Só? Não. Tem seu lugar ao sol a</p><p>metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, a home-</p><p>ostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o Isop, a OEA, e a ONU. Estão</p><p>reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, a diagramação, o ideologema,</p><p>idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra elétrica.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>91 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, engarra-</p><p>famento, Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet</p><p>da girafa, poluição. Fundos de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. Know-how.</p><p>Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. Alimentos</p><p>super congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! Pow! Click!</p><p>Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington</p><p>Luís. Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para</p><p>consumo geral A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na</p><p>vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, final-</p><p>mente, mas com que significado?</p><p>(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)</p><p>Ao encerrar seu texto, Drummond reforça a ampla importância atribuída às palavras na exis-</p><p>tência humana. Na oração “e palavras somos”, o termo destacado ganha expressividade ao</p><p>exercer a função sintática de:</p><p>a) objeto direto.</p><p>b) sujeito.</p><p>c) predicativo do sujeito.</p><p>d) adjunto adverbial.</p><p>e) adjunto adnominal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>92 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>GABARITO</p><p>1. e</p><p>2. e</p><p>3. e</p><p>4. e</p><p>5. e</p><p>6. d</p><p>7. c</p><p>8. e</p><p>9. a</p><p>10. d</p><p>11. e</p><p>12. b</p><p>13. e</p><p>14. e</p><p>15. a</p><p>16. a</p><p>17. c</p><p>18. b</p><p>19. a</p><p>20. d</p><p>21. c</p><p>22. e</p><p>23. b</p><p>24. c</p><p>25. c</p><p>26. e</p><p>27. d</p><p>28. b</p><p>29. a</p><p>30. b</p><p>31. d</p><p>32. d</p><p>33. e</p><p>34. d</p><p>35. c</p><p>36. c</p><p>37. e</p><p>38. c</p><p>39. b</p><p>40. c</p><p>41. c</p><p>42. c</p><p>43. a</p><p>44. b</p><p>45. d</p><p>46. b</p><p>47. b</p><p>48. c</p><p>49. d</p><p>50. a</p><p>51. d</p><p>52. b</p><p>53. c</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>93 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>GABARITO COMENTADO</p><p>001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o</p><p>texto para responder à questão.</p><p>A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou</p><p>na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um</p><p>contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía</p><p>a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A</p><p>empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da</p><p>Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais</p><p>de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a</p><p>coleta de lixo com equipamentos mecânicos.</p><p>(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.</p><p>a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.</p><p>b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.</p><p>c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.</p><p>d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.</p><p>e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.</p><p>a) Errada. O núcleo do sujeito é retirada; logo, o correto seria: A retirada do lixo das casas e</p><p>praias era feita com animais de carga.</p><p>b) Errada. O núcleo do sujeito é animais e o verbo precisaria estar conjugado na terceira pessoa</p><p>do plural. O correto seria: Animais de carga eram usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.</p><p>c) Errada. O sujeito é composto, tendo como núcleos casas e praias. O correto seria:. Casas e</p><p>praias produziam muitas toneladas de lixo.</p><p>d) Errada. Ao colocar a frase na ordem direta, temos: Os serviços da Superintendência de Lim-</p><p>peza Pública eram</p><p>ruins.</p><p>e) Certa. Concordância correta: As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga</p><p>Letra e.</p><p>002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)</p><p>Texto associado</p><p>Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”</p><p>James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar</p><p>ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos</p><p>de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para</p><p>mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>94 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos</p><p>últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia efi-</p><p>caz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto</p><p>é dos mais altos.</p><p>Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se</p><p>desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cogniti-</p><p>vas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para</p><p>o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.</p><p>No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Pres-</p><p>chool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim:</p><p>em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos</p><p>da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças,</p><p>recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das mes-</p><p>mas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a uma</p><p>boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter sucesso na</p><p>escola e na vida.</p><p>“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido</p><p>bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,</p><p>anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.</p><p>Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.</p><p>“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes</p><p>demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais</p><p>bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais pro-</p><p>babilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o</p><p>economista.</p><p>Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o</p><p>investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-</p><p>fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.</p><p>(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.</p><p>a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese</p><p>do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.</p><p>b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa</p><p>estratégia seja economicamente vantajosa.</p><p>c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi</p><p>quase nulo.</p><p>d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-</p><p>tes para as políticas públicas.</p><p>e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-</p><p>tos econômicos relevantes.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>95 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) Errada. O primeiro ponto a se observar é a palavra conduzido, que, no caso, faz referência</p><p>ao trecho “experimento de Heckman” e está correta. A banca já poderia tentar confundir o can-</p><p>didato colocando conduzidos. O erro da frase está em usar confirma para o núcleo do sujeito</p><p>resultados. Se escondermos o trecho entre vírgulas, podemos visualizar melhor: Os resultados</p><p>do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirmam a tese do pesquisa-</p><p>dor e ganhador do Nobel de Economia</p><p>b) Errada. O núcleo do sujeito é retorno. O correto seria: O retorno financeiro dos investimentos</p><p>realizados na primeira infância faz com que essa estratégia seja economicamente vantajosa.</p><p>c) Errada. O erro da c está no detalhe e é preciso atenção para identificá-lo. Ao olhar a relação</p><p>entre sujeito e verbo, percebemos que a concordância está correta: diferença e foi. O candidato</p><p>que olhasse apenas para a concordância verbal deixaria passar o erro concordância nominal,</p><p>que está justamente na última palavra da frase. Observe, de novo, a frase: A diferença entre o</p><p>QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi quase nulo.</p><p>A forma como a frase foi escrita induz relacionar nulo e QI; no entanto, nulo deve concordar</p><p>com diferença: A diferença (...) foi quase nula.</p><p>d) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal. Portanto, o correto seria:</p><p>Faz mais de 50 anos (...).</p><p>e) Certa. Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm</p><p>impactos econômicos relevantes.</p><p>Letra e.</p><p>003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)</p><p>(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>96 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-</p><p>ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de</p><p>a) finalidade.</p><p>b) tempo.</p><p>c) dúvida.</p><p>d) comparação.</p><p>e) causa.</p><p>Cuidado! Nem sempre o como aparecerá na frase com o sentido de comparação. Na frase</p><p>acima, por exemplo, temos uma relação causal. Tal relação fica evidente quando substituímos</p><p>por outro conectivo causal. Observe:</p><p>“Visto que pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma relação entre</p><p>os membros de uma família.”</p><p>Letra e.</p><p>004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira</p><p>para responder à questão.</p><p>(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)</p><p>De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida a</p><p>seguinte frase:</p><p>a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.</p><p>b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.</p><p>c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.</p><p>d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).</p><p>e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.</p><p>a) Errada. Há dois erros. Embora essa construção seja bastante usada no dia a dia, o sinal de</p><p>pontuação é errado, pois não se separa sujeito (quem assombra os pobres no Brasil) e predica-</p><p>do (é a fome) por vírgula. Ademais, há um erro de concordância verbal. O correto seria:</p><p>gramaticais da seguinte forma:</p><p>SUBSTANTIVO</p><p>GRUPO DOS NOMES</p><p>ARTIGO</p><p>ADJETIVO</p><p>NUMERAL</p><p>PRONOME</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>8 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>VERBO</p><p>GRUPO DOS VERBOS</p><p>ADVÉRBIO</p><p>PREPOSIÇÃO</p><p>GRUPO DOS CONECTORES</p><p>CONJUNÇÃO</p><p>INTERJEIÇÃO GRUPO DAS EMOÇÕES</p><p>2.2. o grupo DAs eMoções</p><p>Você percebeu que a palavra “interjeição” é a única em letras minúsculas na tabela ante-</p><p>riormente apresentada? Existe uma razão para isso: das classes gramaticais listadas, ela é a</p><p>menos importante para provas! Motivos: possui pouco valor morfológico; não tem função ou</p><p>classificação sintática; são raras as questões sobre interjeição (até porque todo mundo as</p><p>acertaria).</p><p>A interjeição é uma palavra usada para indicar saudações, espantos, surpresas, sensações.</p><p>A sua principal marca é o ponto de exclamação. Veja os exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>Olá! Há quanto tempo não te vejo!</p><p>Nossa! Essa notícia foi chocante!</p><p>Hum! Que bolo delicioso!</p><p>Viu como a interjeição não nos oferece grandes emoções gramaticais? Já a adiantei, por</p><p>razões didáticas. De agora em diante, concentração máxima!</p><p>2.3. o grupo Dos noMes</p><p>O grupo dos nomes possui um termo principal, chamado SUBSTANTIVO. As outras classes</p><p>gramaticais desse grupo (ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL e PRONOME) são subordinadas ao</p><p>substantivo. Há algo que une as quatro subordinadas ao núcleo: A CONCORDÂNCIA NOMINAL.</p><p>Veja o seguinte exemplo:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>9 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>O substantivo “carro” é o núcleo dessa expressão, chamada de sintagma nominal (sintag-</p><p>ma significa estrutura organizada de elementos linguísticos). As demais palavras variam con-</p><p>forme esse núcleo. Faça comigo dois exercícios: primeiro, troque “carro” por carros. Depois,</p><p>troque “carro” por moto. Conseguiu? Provavelmente, o seu resultado foi este:</p><p>Veja que a troca do substantivo promoveu mudanças nos vocábulos subordinados. Isso é</p><p>a concordância nominal. Nos exemplos que vimos, artigo, pronome e adjetivo, pela relação de</p><p>subordinação, concordam com o substantivo.</p><p>Obs.: � nem todas as palavras subordinadas ao substantivo flexionam-se obrigatoriamente</p><p>em gênero e número. Algumas, apenas em gênero; outras, apenas em número.</p><p>Agora, vamos entender cada uma das classes gramaticais que compõem o grupo</p><p>dos nomes:</p><p>• SUBSTANTIVO = palavra que dá nome aos seres em geral (nomes a pessoas, lugares,</p><p>instituições, espécies, noções, ações, estados, qualidades);</p><p>• ARTIGO = palavra que determina o substantivo;</p><p>• ADJETIVO = palavra que caracteriza o substantivo;</p><p>• NUMERAL = palavra que quantifica ou ordena o substantivo;</p><p>• PRONOME = palavra que acompanha ou substitui o substantivo.</p><p>Viu como, das cinco classes listadas, quatro delas dependem do substantivo? Isso signifi-</p><p>ca dizer que, você, a partir de hoje, ao identificar artigos, adjetivos, numerais e pronomes, deve</p><p>se fazer uma pergunta: cadê o substantivo?</p><p>Compare comigo duas questões da banca Cespe:</p><p>001. (CESPE) Em “a população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens</p><p>entre 18 e 29 anos de idade”, o vocábulo “jovens” classifica-se, no texto, como adjetivo.</p><p>Para dizer que “jovem”, no texto, é um adjetivo, é necessário primeiramente que ele seja uma</p><p>característica de algum substantivo. Portanto, “jovem” é o próprio substantivo, que está empre-</p><p>gado com o sentido de pessoas jovens, indivíduos jovens.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>10 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>002. (CESPE) Em “isso não implica ensinar jovens estudantes a mexer com planilhas de cálcu-</p><p>lo”, o vocábulo “jovem” é empregado, no texto, como substantivo.</p><p>Perceba que, no texto, não se quer ensinar estudantes quaisquer, mas estudantes jovens. Logo,</p><p>“jovens” agora é atributo de uma palavra central, que é “estudantes”. Em outras palavras, o ad-</p><p>jetivo “jovens” está subordinado ao substantivo “estudantes”.</p><p>Errado.</p><p>003. (IBFC) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra des-</p><p>tacada no trecho:</p><p>Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transfor-</p><p>mavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.</p><p>a) Substantivo.</p><p>b) Advérbio.</p><p>c) Adjetivo.</p><p>d) Verbo.</p><p>Perceba que, no texto, “os grãos... se transformam em flores brancas e macias...”. Mas não são</p><p>grãos quaisquer. São grãos duros e quebra-dentes. Há duas palavras que possuem a incum-</p><p>bência de caracterizar os grãos. Em outras palavras, o substantivo “grãos” possui dois adjeti-</p><p>vos. O que faz da letra c a alternativa certa.</p><p>Letra c.</p><p>Em resumo: a análise morfológica é contextual (ainda mais em provas de concursos públi-</p><p>cos). É fundamental que toda palavra seja analisada em ambiente textual, e não isoladamente.</p><p>Vamos analisar de maneira semelhante uma palavra muito intrigante da língua portuguesa:</p><p>o “a”. Veja comigo o seguinte exemplo:</p><p>Em (7), há duas ocorrências do “a”. A primeira pode ser considerada um artigo, pois está</p><p>(a) acompanhando o substantivo “crianças” e (b) concordando em gênero e número com o</p><p>substantivo “crianças”. Um artigo deve estar sempre anteposto ao substantivo. Pode ser que</p><p>haja algo entre artigo e substantivo, mas esse algo também são termos subordinados ao</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>substantivo. Já o segundo “a” não pode ser artigo, pois não acompanha qualquer substantivo.</p><p>Todavia, em uma leitura atenta, percebe-se que o segundo “a” refere-se/retoma/substitui o</p><p>substantivo “criança” (a criança é sincera, mas existe (a criança) que não é). Já entendemos</p><p>que o segundo “a” não pode ser artigo, mas podemos observar que ele está ligado a um subs-</p><p>tantivo. Podemos concluir então que o segundo “a” pertence ao grupo dos nomes. Nesse gru-</p><p>po, há uma palavra que tem a função de referir/retomar/substituir substantivos: o pronome.</p><p>Logo, esta é a classificação do segundo “a”.</p><p>Pronomes podem ser de dois tipos: pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. O pri-</p><p>meiro é o que acompanha o substantivo; o segundo, substitui. Veja mais uma questão do Cespe:</p><p>004. (CESPE) No segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a</p><p>mudança”, os pronomes isto e outra compartilham da mesma propriedade de substituir o</p><p>nome a que se referem, razão pela qual são classificados gramaticalmente como pronomes</p><p>substantivos.</p><p>(TEXTO) Acredito que, no momento em que você estiver lendo esta mensagem, meus senti-</p><p>mentos a respeito dela e, muitas vezes, em relação a você podem ter mudado e isto me obri-</p><p>garia a escrever outra mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente,</p><p>Quem</p><p>assombra os pobres no Brasil é a fome.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>97 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>b) Errada. Erro de concordância normal. O correto seria: Os pobres já vivem privados de tanto,</p><p>inclusive, de comida.</p><p>c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: “Palmeiras” são árvores que ficam</p><p>bem plantadas perto de piscinas.</p><p>d) Errada. Erro de concordância verbal. Colocando na ordem direta, a concordância correta</p><p>seria: As palmeiras das piscinas constituem a assombração dos ricos. Além do erro de concor-</p><p>dância, destaca-se que não faz muito sentido o uso de parênteses na frase.</p><p>e) Certa. Concordância correta. Haver é impessoal.</p><p>Letra e.</p><p>005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.</p><p>Lições de vida</p><p>Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger</p><p>e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa.</p><p>Sully virou herói e a lenda estava criada.</p><p>Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para</p><p>contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do capitão</p><p>Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo necessário</p><p>pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando exis-</p><p>tiam opções mais sensatas?</p><p>Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível</p><p>ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a</p><p>duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?</p><p>Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationa-</p><p>lism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se</p><p>a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença na</p><p>razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.</p><p>Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da</p><p>vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que pode</p><p>ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.</p><p>Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conheci-</p><p>mento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresenta-</p><p>dos com rigor cartesiano.</p><p>Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sul-</p><p>lenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente,</p><p>procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende</p><p>que ele não basta para salvar o dia.</p><p>E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabe-</p><p>doria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação</p><p>matemática.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>98 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum</p><p>é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também súbi-</p><p>tas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.</p><p>Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernida-</p><p>de, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio</p><p>era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood,</p><p>aos 86 anos, traduziu essas imagens.</p><p>(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)</p><p>Considere os trechos do texto.</p><p>• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções</p><p>mais sensatas? (2º parágrafo)</p><p>• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor</p><p>cartesiano. (6º parágrafo)</p><p>• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode</p><p>ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)</p><p>As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias ad-</p><p>verbiais de</p><p>a) afirmação; modo; dúvida.</p><p>b) afirmação; finalidade; tempo.</p><p>c) afirmação; modo; tempo.</p><p>d) intensidade; finalidade; dúvida.</p><p>e) intensidade; modo; tempo.</p><p>Os advérbios de intensidade funcionam como moduladores dos adjetivos ou advérbios, como</p><p>ocorreu em “mais sensatas”.</p><p>Os advérbios de modo indicam a forma como a ação do verbo se desenvolve, como ocorre em</p><p>“não possam ser apresentados com rigor cartesiano”.</p><p>Os advérbios de tempo, como o nome indica, servem para apontar circunstâncias temporais,</p><p>momentos, como ocorre em “mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma</p><p>forma de salvação”.</p><p>Letra e.</p><p>006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURAN-</p><p>ÇA DO TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acor-</p><p>do com a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.</p><p>Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na em-</p><p>presa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos par-</p><p>ceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>99 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam -se... possível</p><p>b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis</p><p>c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível</p><p>d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível</p><p>e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis</p><p>- houvesse: lembre-se do haver impessoal</p><p>- se desenvolviam: desenvolviam concorda com projetos; o que é fator de atração da próclise</p><p>na colocação pronominal</p><p>- dadas: dadas concorda com circunstâncias</p><p>- se poderiam: poderiam concorda com recursos; o nunca funciona como fator de atração da</p><p>próclise na colocação pronominal</p><p>- possível: antes do mais, há o artigo definido determinando possível</p><p>Letra d.</p><p>007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)</p><p>Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.</p><p>“O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da tem-</p><p>peratura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do</p><p>previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergo-</p><p>vernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidroge-</p><p>ológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, períodos de</p><p>seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos mares comprome-</p><p>terá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões afetará a produção de</p><p>alimentos.</p><p>Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgi-</p><p>mento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre</p><p>amarela. Aliás,</p><p>em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com</p><p>que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda</p><p>mais comprometida, até mesmo com risco de morte.</p><p>Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas</p><p>alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um</p><p>século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.</p><p>(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)</p><p>* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.</p><p>Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>100 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um</p><p>substantivo composto.</p><p>b) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função</p><p>gramatical.</p><p>c) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função</p><p>gramatical.</p><p>d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva e</p><p>pontual uma nova perspectiva.</p><p>e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.</p><p>a) Errada. Hidrogeológicos é um adjetivo.</p><p>b) Errada. Em um aumento: artigo indefinido; em um século: numeral.</p><p>c) Certa. A expressão “de caos” caracteriza o substantivo cenário.</p><p>d) Errada. O pronome outro é indefinido.</p><p>e) Errada. Apenas com é preposição.</p><p>Letra c.</p><p>008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder</p><p>à questão.</p><p>Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo</p><p>a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.</p><p>b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.</p><p>c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.</p><p>d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.</p><p>e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.</p><p>A banca apontou como correta a letra E. De fato, palmas é substantivo nas duas ocorrências,</p><p>mas com sentido diferente. No entanto, lendo também é verbo nas duas ocorrências, tendo o</p><p>mesmo sentido nas duas situações. Inicialmente, poderia haver dúvida entre as opções d e e.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>101 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>No entanto, observe que o enunciado pediu para marcar a opção levando em consideração o</p><p>“efeito de humor”; dessa forma, a única possível é a e, pois o verbo lendo não é determinante</p><p>para o efeito de humor da tirinha.</p><p>Letra e.</p><p>009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)</p><p>(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018</p><p>No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de</p><p>governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de</p><p>a) condição.</p><p>b) concessão.</p><p>c) finalidade.</p><p>d) consequência.</p><p>e) causa.</p><p>Se é uma conjunção condicional. É possível fazer a substituição por caso, desde que realizadas</p><p>as devidas adaptações no verbo: “caso queria continuar sendo pai, sugiro grandes mudanças”.</p><p>Letra a.</p><p>010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho</p><p>do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.</p><p>Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde falta-</p><p>vam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.</p><p>O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O</p><p>tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E</p><p>assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebi-</p><p>do a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo</p><p>em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>102 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carre-</p><p>gando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.</p><p>A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gaso-</p><p>lina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis</p><p>e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era</p><p>pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.</p><p>Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em</p><p>idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais</p><p>modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos</p><p>sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-</p><p>balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas</p><p>fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.</p><p>Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-</p><p>quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.</p><p>Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.</p><p>(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)</p><p>Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo</p><p>destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo</p><p>em destaque na alternativa:</p><p>a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…</p><p>b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.</p><p>c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…</p><p>d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.</p><p>e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.</p><p>Na frase do enunciado, protocolar qualifica benção.</p><p>a) Errada. Sul é substantivo.</p><p>b) Errada. Demonstrações é substantivo</p><p>c) Errada. Malinha é substantivo.</p><p>d) Certa. Modesta qualifica cidade.</p><p>e) Errada. Abrigo é substantivo.</p><p>Letra d.</p><p>011. (2020/VUNESP/PREFEIRURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o</p><p>texto para responder à questão.</p><p>São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos</p><p>Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação da</p><p>área do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, numa</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>103 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>das primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos depois</p><p>do quadro histórico.</p><p>Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações</p><p>foi a decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e Tamandu-</p><p>ateí, a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início dessa expansão</p><p>da cidade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série de fotografias que</p><p>viraram sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade debaixo da água por</p><p>sete dias.</p><p>Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro de</p><p>1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com o po-</p><p>der público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes naquele ano.</p><p>Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas para</p><p>aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas inundadas</p><p>passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.</p><p>Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste ano de</p><p>2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da subprefeitura</p><p>da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do Mercadão. Áreas das</p><p>subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.</p><p>As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-</p><p>tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com</p><p>aumento das áreas construídas e ocupadas.</p><p>(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)</p><p>Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá</p><p>– observa-se ideia de</p><p>a) tempo.</p><p>b) causa.</p><p>c) condição.</p><p>d) finalidade.</p><p>e) proporção.</p><p>Outros conectivos com sentido proporcional: à proporção que, quanto mais, ao passo que.</p><p>Letra e.</p><p>012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)</p><p>A inveja</p><p>Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o</p><p>pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>104 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança</p><p>esquecida no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados encontra-se presente</p><p>em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.</p><p>Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos so-</p><p>bre esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa</p><p>a desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a</p><p>pessoa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, senti-</p><p>mos inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.</p><p>O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as</p><p>suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar</p><p>intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas</p><p>ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a</p><p>negatividade da inveja.</p><p>Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite</p><p>a sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.</p><p>(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)</p><p>O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,</p><p>acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o</p><p>contexto, o sentido de</p><p>a) concessão.</p><p>b) causa.</p><p>c) comparação.</p><p>d) conclusão.</p><p>e) condição.</p><p>De tão invejosas é a causa da consequência “ficar cegas para as suas próprias potencialidades”.</p><p>Letra b.</p><p>013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto</p><p>para responder à questão.</p><p>Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas</p><p>emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pis-</p><p>tas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes per-</p><p>mitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados”</p><p>pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente so-</p><p>ciais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne,</p><p>professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que</p><p>significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>105 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos,</p><p>ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao</p><p>tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-</p><p>-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores</p><p>que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade</p><p>de Oregon.</p><p>Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões</p><p>de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente</p><p>do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,</p><p>os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e</p><p>possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.</p><p>Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus</p><p>cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e</p><p>baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma</p><p>ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados,</p><p>havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para po-</p><p>dermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutua-</p><p>mente vantajosa para ambas as espécies”.</p><p>(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,</p><p>11/10/2021. Adaptado)</p><p>Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-</p><p>sa quanto às concordâncias verbal e nominal.</p><p>a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.</p><p>b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.</p><p>c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães</p><p>quanto dos humanos.</p><p>d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.</p><p>e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de</p><p>perceber os sentimentos do dono.</p><p>a) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: Quando ouvem um choro, os animais</p><p>se sentem afetados por um sentimento de tristeza.</p><p>b) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: É muito vantajosa, para o ser humano,</p><p>a convivência diária com cães e gatos</p><p>domésticos.</p><p>c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: A comunicação entre as duas espé-</p><p>cies é boa e garante a sobrevivência tanto dos cães quanto dos humanos.</p><p>d) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: Não existe, no mundo animal, diferença</p><p>em relação à expressão das emoções.</p><p>e) Certa. Concordância correta. Lembre-se que o verbo haver é impessoal.</p><p>Letra e.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>106 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDI-</p><p>TAL N. 334)</p><p>O desafio</p><p>Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científi-</p><p>ca na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”.</p><p>Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que</p><p>está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam um</p><p>elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no mar-</p><p>fim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma</p><p>mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado defensores</p><p>e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.</p><p>Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo</p><p>Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) emita sua sagrada</p><p>opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o</p><p>gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem</p><p>a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.</p><p>(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)</p><p>Considere as frases retiradas do texto:</p><p>• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.</p><p>• Encontro bem menos leitores.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído</p><p>pelo autor.</p><p>a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que en-</p><p>contro bem menos leitores.</p><p>b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso en-</p><p>contro bem menos leitores.</p><p>c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, mesmo que</p><p>encontre bem menos leitores.</p><p>d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque encon-</p><p>tro bem menos leitores.</p><p>e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto</p><p>encontro bem menos leitores.</p><p>No texto, temos: “Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense</p><p>[Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.”.</p><p>Ao ler as duas frases e pelo sentido do texto, percebemos que há uma relação de adversidade.</p><p>São orações coordenadas assindéticas (sem conjunção).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>107 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Outros exemplos de conectivos adversativos: mas, porém, entretanto, contudo, todavia.</p><p>Letra e.</p><p>015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO</p><p>LEGISLATIVO)</p><p>Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa</p><p>A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez</p><p>meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9</p><p>milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões de</p><p>exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.</p><p>Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o merca-</p><p>do editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado</p><p>favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma pos-</p><p>sibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.</p><p>A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar</p><p>as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigan-</p><p>tes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como</p><p>esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros</p><p>recém-lançados.</p><p>Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-que-em-to-</p><p>do-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)</p><p>O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado</p><p>a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia</p><p>a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.</p><p>c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.</p><p>e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.</p><p>Outros conectivos causais: visto que, uma vez que, na medida em que, haja vista que, porquan-</p><p>to, já que.</p><p>Em provas, é preciso cuidado para não confundir as orações causais e as explicativas entre si,</p><p>visto que as duas costumam usar as mesmas conjunções.</p><p>Letra a.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>108 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)</p><p>A ditadura do algoritmo</p><p>Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora mi-</p><p>nha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico</p><p>na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o</p><p>que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse</p><p>feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.</p><p>Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência</p><p>de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número sig-</p><p>nificativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algorit-</p><p>mo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.</p><p>Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritá-</p><p>rio ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô</p><p>ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emo-</p><p>ções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo.</p><p>É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.</p><p>No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor expe-</p><p>riência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradá-</p><p>vel à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo</p><p>e a todas as</p><p>suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de con-</p><p>sumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios</p><p>da pessoa.</p><p>Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,</p><p>pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensa-</p><p>mento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas</p><p>que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que</p><p>atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é fei-</p><p>to para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do</p><p>contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se</p><p>mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.</p><p>1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de</p><p>um problema.</p><p>2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites</p><p>da internet.</p><p>(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.</p><p>Adaptado)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>109 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum</p><p>deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é</p><p>empregado, sentido de</p><p>a) oposição.</p><p>b) condição.</p><p>c) explicação.</p><p>d) concessão.</p><p>e) comparação</p><p>O mas, na frase, exerce papel de conjunção adversativa, indicando ideia de adversidade, con-</p><p>traste, oposição.</p><p>Outros exemplos de conjunções adversativas: porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia.</p><p>Letra a.</p><p>017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO</p><p>BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta</p><p>de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.</p><p>a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.</p><p>b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.</p><p>c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.</p><p>d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.</p><p>e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.</p><p>a) Errada. O correto seria meio, pois é um advérbio (portanto, invariável). Meia é metade, ou</p><p>seja, não há como a menina ficar metade preocupada e metade sem se preocupar. Meio é um</p><p>advérbio de intensidade.</p><p>b) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal.</p><p>c) Certa. Concordância correta.</p><p>d) Errada. Erro de concordância. O correto seria: Seguem anexas à correspondência todas as</p><p>fichas de clientes do dentista.</p><p>e) Errada. O verbo existir deve ser flexionado para concordar com o núcleo do sujeito.</p><p>Letra c.</p><p>018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR EDU-</p><p>CACIONAL) Leia o texto para responder à questão.</p><p>O assalto</p><p>A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme de</p><p>olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, e nunca</p><p>se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>110 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado</p><p>portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o cachor-</p><p>ro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança e depois</p><p>arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O ladrão quis</p><p>sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, su-</p><p>plicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca mais tentaria</p><p>assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se</p><p>agravasse a situação.</p><p>O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado deplorá-</p><p>vel. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu bem por</p><p>que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era vacinado.</p><p>Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)</p><p>*Cão robusto de feia aparência</p><p>Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.</p><p>a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de olhos</p><p>abertos... (1º parágrafo)</p><p>b) ... e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda.</p><p>(2º parágrafo)</p><p>c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver...</p><p>(2º parágrafo)</p><p>d) ... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)</p><p>e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a situa-</p><p>ção. (2º parágrafo)</p><p>a) Errada. O que é pronome relativo.</p><p>b) Certa. O lhe, fazendo as devidas adaptações, pode ser substituído por sua: abocanhando a</p><p>sua perna esquerda</p><p>c) Errada. O o é objeto direto.</p><p>d) Errada. Aquela é pronome demonstrativo.</p><p>e) Errada. O se é partícula apassivadora.</p><p>Letra b.</p><p>019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.</p><p>“A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações de</p><p>pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização desorde-</p><p>nada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade que não passe</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>111 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André Trigueiro, jornalista</p><p>especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.</p><p>Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o sis-</p><p>tema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo cons-</p><p>ciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de matéria-pri-</p><p>ma, que são finitos no planeta.</p><p>“Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia</p><p>a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um mo-</p><p>delo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não</p><p>importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do</p><p>aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores</p><p>solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak.</p><p>Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o</p><p>invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor</p><p>ao</p><p>próximo,” comenta Trigueiro.</p><p>O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que</p><p>jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de</p><p>difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar</p><p>recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, res-</p><p>ponsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-minis-</p><p>tro da Fazenda Rubens Ricupero.</p><p>Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o</p><p>uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta</p><p>e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos</p><p>ameaçam como espécie.</p><p>(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)</p><p>Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. – o</p><p>pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:</p><p>a) os quais.</p><p>b) a qual.</p><p>c) onde.</p><p>d) dos quais.</p><p>e) aonde.</p><p>O que é um pronome relativo que retoma estoques. A única opção possível é os quais. Não</p><p>poderia ser dos quais porque o verbo ser não exige preposição.</p><p>Letra a.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>112 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/REPRO-</p><p>GRAFIA E GRÁFICA)</p><p>Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza</p><p>Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três pesqui-</p><p>sadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.</p><p>Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado ma-</p><p>neiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira,</p><p>dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.</p><p>Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar in-</p><p>tervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia.</p><p>A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos</p><p>semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se be-</p><p>neficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho dos</p><p>laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a elevações</p><p>de preços nos gastos com saúde preventiva.</p><p>Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a pessoa</p><p>mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.</p><p>(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)</p><p>A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, con-</p><p>forme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:</p><p>a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza</p><p>b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza</p><p>c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza</p><p>d) maneiras eficazes no combate à pobreza</p><p>e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza</p><p>O substantivo combate é regido pela preposição a.</p><p>Letra d.</p><p>021. (2020/FCC/AL-AL/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR) Está clara e correta a</p><p>redação deste livre comentário sobre o texto:</p><p>Distribuição justa</p><p>A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais dos</p><p>participantes e da lisura do processo do qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão</p><p>crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores</p><p>diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem e no</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>113 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>processo, de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de</p><p>direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa?</p><p>A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um</p><p>risco comum, a todos, passa a exercer um papel mais decisivo na definição de seu futuro do</p><p>que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um mínimo de</p><p>equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia</p><p>o jogo distributivo e envenena os valores da convivência. A igualdade de oportunidades está</p><p>na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam ter a oportunidade de</p><p>desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas possíveis na vida prática</p><p>e eleger seus projetos, apostas e sonhos de realização.</p><p>(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106)</p><p>Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:</p><p>a) Por mais que se esforcem, tem gente que não consegue obter sucesso em face dos vícios</p><p>e da falta de oportunidade que o determinam.</p><p>b) O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada indivíduo</p><p>as condições de seu nascimento.</p><p>c) Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante para uma</p><p>justa distribuição das riquezas.</p><p>d) A menos que houvessem mais oportunidades para que cada indivíduo desenvolva seu talen-</p><p>to, não ocorrerá justiça no processo.</p><p>e) Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens devem corresponder sua realização,</p><p>para que não se frustrem seu desenvolvimento.</p><p>a) Errada. O verbo “ter” está empregado no sentido de existir. No caso, é um verbo impessoal,</p><p>não tem sujeito e fica sempre no singular. No entanto, o verbo “ter” é usado mais em situações</p><p>de informalidade, como o caso da frase (“tem gente”). O adequado seria usar “há pessoas”,</p><p>pois é um emprego mais formal. Além disso, a flexão correta do verbo é “conseguem”. Outro</p><p>erro é o “o” antes de determinam. Portanto, reescrevendo a frase, temos: “Por mais que se es-</p><p>forcem, há pessoas que não conseguem obter sucesso em face dos vícios e da falta de opor-</p><p>tunidade que as determinam.”.</p><p>b) Errada. O sujeito do verbo “desempenhar” é “as condições de seu nascimento”. Portanto, o</p><p>correto é: “O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada</p><p>indivíduo as condições de seu nascimento.”</p><p>c) Certa. Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante</p><p>para uma justa distribuição das riquezas</p><p>d) Errada. O verbo “haver” no sentido de existir não é flexionado. Além disso, os verbos precisam</p><p>estar no mesmo tempo (houvesse/desenvolvesse/ocorreria ou haja/desenvolva/ocorrerá).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>114 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>e) Errada. O sujeito é do verbo “dever” é “sua realização”; o sujeito do verbo “frustrar” é “desen-</p><p>volvimento”. O correto é: “Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens deve correspon-</p><p>der sua realização, para que não se fruste seu desenvolvimento.</p><p>Letra c.</p><p>022. (2020/FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO) Atenção: Para</p><p>responder à questão,-</p><p>considere o texto a seguir:</p><p>Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos. As suas bolas saíram do saco, é verdade, mas</p><p>foram inutilizadas, a do primeiro por faltar a primeira letra do nome, a do segundo por lhe faltar</p><p>a última. O nome restante e triunfante era o de um argentário ambicioso, político obscuro, que</p><p>subiu logo à poltrona ducal, com espanto geral da república. Mas os vencidos não se conten-</p><p>taram de dormir sobre os louros do vencedor; requereram uma devassa. A devassa mostrou</p><p>que o oficial das inscrições intencionalmente viciara a ortografia de seus nomes. O oficial con-</p><p>fessou o defeito e a intenção; mas explicou-os dizendo que se tratava de uma simples elipse;</p><p>delito, se o era, puramente literário. Não sendo possível perseguir ninguém por defeitos de or-</p><p>tografia ou figuras de retórica, pareceu acertado rever a lei. Nesse mesmo dia ficou decretado</p><p>que o saco seria feito de um tecido de malhas, através das quais as bolas pudessem ser lidas</p><p>pelo público, e, ipso facto, pelos mesmos candidatos, que assim teriam tempo de corrigir as</p><p>inscrições.</p><p>Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia. A mesma porta aberta à</p><p>lealdade serviu à astúcia de um certo Nabiga, que se conchavou com o oficial das extrações,</p><p>para haver um lugar na assembleia. A vaga era uma, os candidatos três; o oficial extraiu as bo-</p><p>las com os olhos no cúmplice, que só deixou de abanar negativamente a cabeça, quando a bola</p><p>pegada foi a sua. Não era preciso mais para condenar a ideia das malhas. A assembleia, com</p><p>exemplar paciência, restaurou o tecido espesso do regime anterior; mas, para evitar outras</p><p>elipses, decretou a validação das bolas cuja inscrição estivesse incorreta, uma vez que cinco</p><p>pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.</p><p>Adaptado de: ASSIS, Machado de. A sereníssima república [Conferência do Cônego Vargas]. In: Papéis avulsos.</p><p>São Paulo: Penguin Classics/Companhia das Letras, 2011, p.204)</p><p>Na oração Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos, a relação estabelecida entre os sujeitos e</p><p>o verbo é de</p><p>a) comparação.</p><p>b) conclusão.</p><p>c) alternância.</p><p>d) exclusão.</p><p>e) adição.</p><p>Os conectivos “nem...nem” indicam sentido de adição.</p><p>Cuidado para não confundir com alternância (“ou...ou”, “ora...ora”, “quer...quer”, “seja...seja”).</p><p>Letra e.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>115 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>023. (2020/FCC/AL-AP/AUXILIAR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL)</p><p>1 Que tipo de capitalismo desejamos? Em termos gerais, temos três modelos entre os</p><p>quais escolher.</p><p>2 O primeiro é o “capitalismo de acionistas”, que propõe que o objetivo de uma empre-</p><p>sa deve ser a maximização dos lucros. O segundo é o “capitalismo de Estado”, que confia ao</p><p>governo a tarefa de estabelecer a direção da economia e ganhou proeminência em países</p><p>emergentes, entre os quais se destaca a China. E há o capitalismo de “stakeholders” (partes</p><p>interessadas), que posiciona as empresas privadas como curadoras dos interesses da socie-</p><p>dade e representa a melhor resposta aos atuais desafios ambientais.</p><p>3 O capitalismo de acionistas, o modelo hoje dominante, ganhou terreno nos EUA, na</p><p>década de 1970, e expandiu sua influência nas décadas seguintes. Sua ascensão não deixa de</p><p>ter méritos. Durante seu período de maior êxito, milhões prosperaram, à medida que empresas</p><p>abriam mercados e criavam empregos em busca do lucro.</p><p>4 Mas essa não é toda a história. Os defensores do capitalismo de acionistas negli-</p><p>genciam o fato de que uma empresa de capital aberto não é apenas uma entidade que busca</p><p>lucros, mas também um organismo social.</p><p>5 Muitos perceberam que essa forma de capitalismo já não é sustentável. Um provável</p><p>motivo é o efeito “Greta Thunberg”. A jovem ativista sueca nos recorda que a adesão ao atual</p><p>sistema econômico representa uma traição às futuras gerações, por sua falta de sustentabi-</p><p>lidade ambiental. Outro motivo (correlato) é que muitos jovens já não querem trabalhar para</p><p>empresas cujos valores se limitem à maximização do lucro. Por fim, executivos e investidores</p><p>começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente ligado ao de seus</p><p>clientes, empregados e fornecedores.</p><p>6 Manifestando-se favoravelmente ao estabelecimento do capitalismo de stakeholders</p><p>como novo modelo dominante, está sendo lançando um novo Manifesto de Davos, que diz que</p><p>as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção e sustentar os direitos humanos em</p><p>toda a extensão de suas cadeias mundiais de suprimento.</p><p>7 Mas, para defender os princípios do capitalismo de stakeholders, as empresas preci-</p><p>sarão de novos indicadores. De início, um novo indicador de “criação de valor compartilhado”</p><p>deveria incluir metas ecológicas e sociais como complemento aos indicadores financeiros.</p><p>8 Ademais, as grandes empresas deveriam compreender que elas são partes interes-</p><p>sadas em nosso futuro comum. Elas deveriam trabalhar com outras partes interessadas a fim</p><p>de melhorar a situação do mundo em que operam. Na verdade, esse deveria ser seu propósito</p><p>definitivo.</p><p>9 Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade. Ao dar sig-</p><p>nificado concreto ao capitalismo de stakeholders, podem ir além de suas obrigações legais e</p><p>cumprir seu dever para com a sociedade. Se eles desejam deixar sua marca no planeta, não</p><p>existe outra alternativa.</p><p>(Adaptado de: SCHWAB, Klaus. Tradução: Paulo Migliacci. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>116 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>E há o capitalismo de “stakeholders” (partes interessadas), que posiciona... (2º parágrafo)</p><p>O segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:</p><p>a) está sendo lançando um novo “Manifesto de Davos”.</p><p>b) Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade.</p><p>c) não existe outra alternativa.</p><p>d) a adesão ao atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações.</p><p>e) as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção.</p><p>O verbo “haver” no sentido de “existir” não tem sujeito. Como não pede conjunção, é um verbo</p><p>transitivo direto. Vale lembrar que, nesses casos, o verbo “haver” sempre terá como comple-</p><p>mento um objeto direto.</p><p>a) Errada. “Um novo Manifesto de Davos” é o sujeito da oração.</p><p>b) Certa. O verbo “têm” é transitivo direto e precisa do complemento verbal (OD). “Uma grande</p><p>oportunidade” é o objeto direto</p><p>c) Errada. O verbo “existir” é intransitivo. Diferentemente do “há”, o “existir” pode ser conjugado</p><p>e é um verbo que possui sujeito.</p><p>d) Errada. O “atual sistema econômico” é precedido pela preposição “ao”. Na oração, funciona</p><p>como complemento nominal.</p><p>e) Errada. “As empresas” é sujeito do verbo “devem.</p><p>Letra b.</p><p>024. (2019/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉCNICO AD-</p><p>MINISTRATIVO)</p><p>O inexpugnável mistério</p><p>Aceitemos de bom grado a tese formulada pelo físico nuclear dinamarquês Niel Bohr,</p><p>segundo a qual “a tarefa da ciência é reduzir todos os mistérios a simples trivialidades”. Aceite-</p><p>mos também a conjectura de que, com o tempo e com um trabalho sem tréguas, os cientistas</p><p>tenham conseguido levar a cabo essa tarefa da ciência, e todos os mistérios do mundo – da</p><p>origem da vida à relação entre a mente e o cérebro – tenham afinal rendido os seus segredos e</p><p>se revelado ao olhar humano</p><p>naquilo que são: trivialidades perfeitamente inteligíveis na ordem</p><p>natural das coisas.</p><p>Pois bem. Terminada a tarefa da ciência, restará ainda um derradeiro enigma diante do</p><p>qual ela não tem, nem poderá vir a ter, o que dizer: o mistério da trivialidade de tudo. Em outras</p><p>palavras: a ciência não saberá explicar a razão de ser de todas as trivialidades que compõem</p><p>o nosso misterioso mundo.</p><p>(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27)</p><p>As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>117 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) Não se esperem que os enigmas sejam todos resolvidos.</p><p>b) Sempre haverão teses insólitas que causarão dúvidas entre os físicos.</p><p>c) Não merece crédito dos físicos modernos a postulação desses cientistas.</p><p>d) Mesmo que se dessem resolução aos mistérios, restaria o maior deles.</p><p>e) Caso se proponham aos cientistas nucleares essa dúvida final, como responderão?</p><p>a) Errada. Ao substituir a segunda oração por isso, temos “não se espera isso”.</p><p>b) Errada. O verbo “haver” não deve ser flexionado no plural. O correto é: “Sempre haverá teses</p><p>insólitas (...)”.</p><p>c) Certa. Ao colocar na ordem direta, temos a seguinte frase: “A postulação desses cientistas</p><p>não merece crédito dos físicos modernos.”.</p><p>d) Errada. A frase está na voz passiva sintética. O sujeito paciente é “resolução”.</p><p>e) Errada. O verbo deve concordar com “essa dúvida” (“caso se proponha essa dúvida aos</p><p>cientistas”).</p><p>Letra c.</p><p>025. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Texto associado</p><p>Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apos-</p><p>tavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio monótona. O</p><p>Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, na sua infinita</p><p>paciência, topou.</p><p>Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu cui-</p><p>dadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, segundo</p><p>seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da obscenida-</p><p>de. Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, pessoas</p><p>que sabidamente ganham pouco.</p><p>O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de</p><p>aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões.</p><p>E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o que</p><p>o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma</p><p>vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe fluindo</p><p>diariamente.</p><p>Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, o</p><p>aposentado simplesmente devolveu o dinheiro. Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa de</p><p>explicação.</p><p>O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve</p><p>a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 600.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>118 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da tentação</p><p>tinha sido grande demais.</p><p>Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém,</p><p>escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre.</p><p>Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A insônia</p><p>dos justos tira o sono de qualquer diabo.</p><p>(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)</p><p>Em Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias (3º parágrafo), a</p><p>expressão sublinhada exerce a mesma função sintática da expressão sublinhada em:</p><p>a) O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches (3º parágrafo)</p><p>b) O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. (5º parágrafo)</p><p>c) Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados (2º parágrafo)</p><p>d) Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. (2º parágrafo)</p><p>e) Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam</p><p>sobre os seres humanos (1º parágrafo)</p><p>Na frase “Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias”, o termo</p><p>sublinhado exerce papel de sujeito. Observe: induzir um erro no sistema de pagamento de apo-</p><p>sentadorias foi-lhe fácil.”; “foi-lhe fácil isso.</p><p>a) Errada. O trecho sublinhado é objeto indireto.</p><p>b) Errada. O trecho destacado é um predicativo do sujeito, pois caracteriza “o que”, que faz</p><p>referência ao sujeito da oração.</p><p>c) Errada. O trecho grifado desempenha papel de objeto direto.</p><p>d) Certa. “o Diabo” é sujeito.</p><p>e) Errada. O trecho grifado é um adjunto adverbial.</p><p>Letra c.</p><p>026. (2019/FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA</p><p>INFORMAÇÃO/PROGRAMADOR)</p><p>1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da</p><p>maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida trans-</p><p>corresse distante dos olhares alheios.</p><p>2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações mais</p><p>impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais impressio-</p><p>nante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte das pessoas</p><p>obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, e eventualmente</p><p>os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>119 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a priva-</p><p>cidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico da</p><p>existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto um</p><p>estado de coisas transitório.</p><p>4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade,</p><p>mas trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshan-</p><p>na Zuboff define como "capitalismo de vigilância" - a transformação de nossos dados pessoais</p><p>em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa é</p><p>uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.</p><p>5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente</p><p>quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser obser-</p><p>vado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que desejamos que</p><p>os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua privacidade. Porém, isso</p><p>requererá a criação de diversas leis.</p><p>(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)</p><p>O verbo</p><p>flexionado no plural e que também pode ser corretamente flexionado no singular, sem</p><p>que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:</p><p>a) Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade...</p><p>b) Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida...</p><p>c) ... as normas, e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>d) Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro...</p><p>e)... a maior parte das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico...</p><p>A opção “e” apresenta um caso especial de concordância verbal. Quando o sujeito tem um nú-</p><p>cleo partitivo (“maior parte”, “maioria”, “minora”, “metade” etc.), a concordância pode ser feita</p><p>tanto com o núcleo quanto com o outro termo.</p><p>Letra e.</p><p>027. (2019/FCC/SEMEF MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA IN-</p><p>FORMAÇÃO DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo</p><p>para responder à questão.</p><p>1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da</p><p>maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida trans-</p><p>corresse distante dos olhares alheios.</p><p>2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações mais</p><p>impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais impressio-</p><p>nante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte das pessoas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>120 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, e eventualmente</p><p>os direitos, de privacidade vieram a surgir.</p><p>3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a privacida-</p><p>de está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico da existência</p><p>humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto um estado de</p><p>coisas transitório.</p><p>4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade,</p><p>mas trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshan-</p><p>na Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais</p><p>em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa é</p><p>uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.</p><p>5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente</p><p>quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser obser-</p><p>vado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que desejamos que</p><p>os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua privacidade. Porém, isso</p><p>requererá a criação de diversas leis.</p><p>(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)</p><p>Porém, isso requererá a criação de diversas leis. (5º parágrafo)</p><p>Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de</p><p>a) conclusão.</p><p>b) finalidade.</p><p>c) conformidade.</p><p>d) oposição.</p><p>e) causa.</p><p>O “porém” é uma conjunção adversativa. Outros exemplos: mas, contudo, no entanto, todavia,</p><p>entretanto.</p><p>Letra d.</p><p>028. (2019/FCC/SEMEF MANAUS AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA IN-</p><p>FORMAÇÃO DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo</p><p>para responder à questão.</p><p>1 As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque os</p><p>antigos modelos de negócios. As novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produ-</p><p>ziram um complexo cenário de incertezas. Vivemos um grande desafio.</p><p>2 É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a</p><p>capacidade de inovação - rápida e de baixo custo - serão fundamentais para a sobrevivência</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>121 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais. Mas é preciso,</p><p>também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo e a maneira como</p><p>dialogamos com ele.</p><p>3 Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos. Lembram</p><p>disso? Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. Muitas vezes abría-</p><p>mos o álbum e a imaginação voava.</p><p>4 Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído pelas</p><p>galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas falta o</p><p>mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos que o registro</p><p>do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são incapazes de</p><p>superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais importante</p><p>viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo à coletiva soli-</p><p>dão digital.</p><p>5 Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente no</p><p>espaço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, já</p><p>que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário perso-</p><p>nalizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.</p><p>Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade crítica.</p><p>Adaptado de: DI FRANCO, Carlos Alberto. Disponível em: opiniao.estadao.com.br)</p><p>No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:</p><p>a) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...</p><p>b)...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.</p><p>c) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.</p><p>d) Agora fotografamos tudo compulsivamente.</p><p>e) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.</p><p>a) Errada. O conectivo “mas” tem ideia de adversidade.</p><p>b) Certa. O “já que” é conectivo de causa.</p><p>Trecho completo do texto: “A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de</p><p>liberdade, já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.”.</p><p>c) Errada. Não há conectivo na frase, mas o contexto é de consequência.</p><p>d) Errada. O “agora” passa uma ideia de circunstância de tempo (adjunto adverbial); “compulsi-</p><p>vamente” tem ideia de modo.</p><p>e) Errada. O “lá” está em um contexto de lugar.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>122 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>029. (2021/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/ANALISTA EM VIGILÂNCIA</p><p>SANITÁRIA/ENFERMEIRO) Atenção: Para responder a questão, considere a fábula abaixo.</p><p>Em Atenas, um devedor, ao ter sua dívida cobrada pelo credor, primeiro pôs-se a pedir-</p><p>-lhe um adiamento, alegando estar com dificuldade. Como não o convenceu, trouxe uma porca,</p><p>a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda. Então chegou um comprador e</p><p>quis saber se a porca era parideira. Ele afirmou que ela não apenas paria, mas que ainda o fazia</p><p>de modo extraordinário: para as festas da deusa Deméter, paria fêmeas e,</p><p>para as de Atena,</p><p>machos. E, como o comprador estivesse assombrado com a resposta, o credor disse: “Mas</p><p>não se espante, pois nas festas do deus Dioniso ela também vai lhe parir cabritos.”</p><p>(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 22)</p><p>Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-</p><p>-a à venda.</p><p>Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de</p><p>a) causa.</p><p>b) consequência.</p><p>c) comparação.</p><p>d) oposição.</p><p>e) condição.</p><p>Outros exemplos e conectivos causais que podem ser substituídos na frase: visto que, uma vez</p><p>que, já que, haja vista que.</p><p>Letra a.</p><p>030. (2019/FCC/METRÔ-SP/ENFERMEIRO DO TRABALHO) Texto associado</p><p>Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo</p><p>de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No</p><p>seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem ami-</p><p>gos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar</p><p>um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar</p><p>a ressaca.</p><p>No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar</p><p>da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher</p><p>amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que</p><p>começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não</p><p>gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um</p><p>filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressen-</p><p>tidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>123 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a</p><p>cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela</p><p>lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou</p><p>se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca</p><p>mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos</p><p>um cartão de Natal.</p><p>No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral</p><p>não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.</p><p>Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo car-</p><p>tão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel</p><p>sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase:</p><p>“Eu te amo.”</p><p>A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo</p><p>por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma</p><p>mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta pro-</p><p>messa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por</p><p>quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?</p><p>Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava</p><p>uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida,</p><p>claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o car-</p><p>tão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu</p><p>para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia</p><p>transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.</p><p>(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)</p><p>O termo sublinhado em ela lhe fizera uma confissão surpreendente (2º parágrafo) exerce a mes-</p><p>ma função sintática daquele sublinhado em:</p><p>a) o fim do ano era sempre uma época dura (1º parágrafo)</p><p>b) Mas de algum modo o recado chegara a ele (5º parágrafo)</p><p>c) No seu caso havia uma razão óbvia para isso (1º parágrafo)</p><p>d) uma culpa que retornava a cada Natal (2º parágrafo)</p><p>e) mas ele sabia quem era o remetente (5º parágrafo)</p><p>Na frase “ela lhe fizera uma confissão surpreendente “, o “lhe” exerce papel de objeto indireto.</p><p>a) Errada. O “sempre” é adjunto adverbial de tempo.</p><p>b) Certa. “A ele” é objeto indireto.</p><p>c) Errada. “Uma razão óbvia” é objeto direto.</p><p>d) Errada. O “a cada Natal” é adjunto adverbial de tempo.</p><p>e) Errada. O “ele” é sujeito.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>124 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>031. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/TÉCNICO EM RADIOLO-</p><p>GIA) Para responder à questão, considere os quadrinhos abaixo.</p><p>Em Você não entende de segurança, Charlie Brown, o elemento sublinhado corresponde ao vo-</p><p>cativo, por meio do qual se invoca o interlocutor do discurso. Do mesmo modo, o vocativo está</p><p>sublinhado na seguinte frase:</p><p>a) Participantes do programa de fidelidade terão um desconto de 50% na compra do ingresso.</p><p>b) Ambientalistas, hoje, irão ao parlamento para dialogar com os representantes do governo.</p><p>c) Alunos do último ano, tradicionalmente, fazem uma viagem antes da festa de formatura.</p><p>d) Senhores passageiros, não se esqueçam de afivelar seus cintos de segurança.</p><p>e) Gestantes e lactantes, por precaução, foram desaconselhadas a tomar a vacina.</p><p>O próprio enunciado ajuda ao trazer a definição de vocativo: elemento por meio do qual se</p><p>invoca o interlocutor no discurso. O conceito trazido pelo examinador nos ajuda a encontrar a</p><p>opção correta.</p><p>a) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.</p><p>b) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.</p><p>c) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.</p><p>d) Certa. O termo sublinhado é um vocativo.</p><p>e) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.</p><p>Letra d.</p><p>032. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado</p><p>Em 1925, um estudante de farmácia e jovem poeta que assinava Carlos Drummond</p><p>publicou um artigo afirmando que, em relação a Machado de Assis, o melhor a fazer era re-</p><p>pudiá-lo. Cheio de ímpeto juvenil, considerava o criador de Brás Cubas um “entrave à obra de</p><p>renovação da cultura geral”. Na correspondência que manteve com Mário de Andrade nas dé-</p><p>cadas de 1920 e 1930, Machado também teria papel crucial no embate acerca da tradição. Nas</p><p>cartas, o escritor volta e meia surge como encarnação de um passado a ser descartado.</p><p>Décadas mais tarde, em 1958, Drummond publicou o poema “A um bruxo, com</p><p>amor”, uma das mais belas homenagens de escritor para escritor na literatura brasileira.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>125 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Um único verso dá a medida do elogio: “Outros leram da vida um capítulo, tu leste o livro intei-</p><p>ro”. O poema compõe-se de frases do escritor, cujo cinquentenário de morte então</p><p>em uma</p><p>troca de correspondência absurda.</p><p>É possível perceber pelo texto apresentado que o pronome “isto” refere-se aos sentimentos</p><p>que mudaram, sem a necessidade de repetir essa informação. Por isso, ele é um pronome</p><p>substantivo, que é usado para substituir. Entretanto, o pronome “outra” acompanha o substan-</p><p>tivo “mensagens”, modificando o sentido deste. Logo, classifica-se como pronome adjetivo,</p><p>razão pela qual o item é errado.</p><p>Errado.</p><p>Os numerais também possuem classificação semelhante à dos pronomes. Existem os nu-</p><p>merais substantivos e os numerais adjetivos. Veja os exemplos a seguir:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>O numeral “treze” é o próprio substantivo. Portanto, é um numeral substantivo. Já “vinte”</p><p>é um numeral que acompanha o substantivo “senhoras”, o que faz dele um numeral adjetivo.</p><p>2.4. grupo Do verBo</p><p>Eis o grupo que possui a mais importante classe gramatical para provas de concursos: o</p><p>verbo. Segundo Celso Cunha, “é uma palavra de forma variável que exprime o que se passa,</p><p>isto é, um acontecimento representado no tempo”. As pessoas, em geral, costumam ter facili-</p><p>dade para identificar verbos, pois associam essa classe à possibilidade de conjugação. Veja o</p><p>seguinte exemplo:</p><p>Um brasileiro, ao ver a palavra “falou”, consegue fazer a seguinte associação: falar, falo,</p><p>falas, fala etc. Com isso, ele define que “falou” é um verbo. Situação diferente ocorre com</p><p>a palavra “papagaio”. Por não conseguir conjugar esta palavra, a possibilidade de ser verbo</p><p>está descartada. É assim que qualquer um de nós pensa, quase intuitivamente, ao se deparar</p><p>com verbos!</p><p>Para a maior parte das provas de concursos públicos, a importância do verbo não está na</p><p>palavra em si, mas no que dele decorre. É por meio do verbo que um candidato será capaz de</p><p>produzir as análises sintáticas mais cobradas em provas. O verbo também permite a organi-</p><p>zação da oração para se pensar no sistema de pontuação do texto escrito. O verbo define os</p><p>limites entre orações, que são o instrumento de estudo do período composto. Do verbo decor-</p><p>rem as vozes verbais e parte do estudo do emprego do sinal indicativo de crase. Do verbo se</p><p>inicia o estudo de colocação pronominal. Ou seja, reconhecer o verbo é a chave para enfrentar</p><p>diversas outras situações exigidas em provas, que serão descritas nos arquivos seguintes des-</p><p>te material de estudos.</p><p>Do verbo, passamos ao advérbio, que é um modificador do verbo, oferecendo a ele as mais</p><p>diversas circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade, intensidade, causa etc. É uma</p><p>palavra invariável, ou seja, não se flexiona em gênero e número como o adjetivo, por exemplo.</p><p>Voltemos ao exemplo (10). Nele, percebemos que o ato de falar foi praticado pelo papagaio</p><p>em meio a duas circunstâncias: intensidade (“muito”) e tempo (“durante a noite”). Por isso, pode-</p><p>mos afirmar que esses dois termos possuem natureza adverbial no trecho em que se inserem.</p><p>A palavra advérbio significa “junto ao verbo”, e, por esse motivo, está no grupo dos verbos.</p><p>Mas o que muitas pessoas se esquecem é de que o advérbio também é capaz de modificar</p><p>adjetivos ou outros advérbios. Veja os seguintes exemplos:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>13 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Em (11), percebe-se que “apressada” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “garota”</p><p>(perceba que ambos os vocábulos estão no feminino e no singular, o que denota a concordância</p><p>nominal já explicada aqui). Todavia, vale destacar que o redator da frase quis expressar o quão</p><p>apressada a garota estava: “bastante”. Como o termo “bastante” funciona como um modifica-</p><p>dor do adjetivo, é classificado como advérbio. Em (12), por sua vez, a palavra “longe” indica onde</p><p>o ato de morar ocorre; ou seja, “longe” é um advérbio em relação ao verbo “mora”. Mas quem</p><p>elaborou a frase quis modificar a percepção de distância de longe, por meio da palavra “meio”.</p><p>“Meio” é, portanto, um modificador do advérbio, o que faz dele um advérbio também.</p><p>2.5. o grupo Dos conectores</p><p>Nesse grupo, há duas classes gramaticais de funções semelhantes (conectar), mas que</p><p>não interagem entre si: preposição e conjunção.</p><p>A função da preposição é unir duas palavras, de maneira que a primeira ofereça uma infor-</p><p>mação acerca da segunda. Veja os seguintes exemplos:</p><p>Em (13), há dois substantivos: “empresas” e “São Paulo”. O segundo oferece uma informa-</p><p>ção acerca do primeiro (a origem da empresa). Para que haja uma relação linguisticamente</p><p>harmoniosa entre os dois, emprega-se a preposição “de”. Semelhante ocorre em (14), pois há</p><p>duas partes: o verbo “confia” e a expressão “seu candidato”. O segundo oferece uma informa-</p><p>ção acerca do primeiro (em quem se confia). Para que ocorra essa interação de modo grama-</p><p>ticalmente aceitável, emprega-se a preposição “em”.</p><p>Como a preposição sempre faz com que a palavra posposta a ela ofereça uma informação</p><p>acerca da palavra anteposta, guarde a seguinte informação: toda expressão preposicionada é</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>subordinada! Basta você, no texto, identificar a quem ela se subordina. Para melhor entender-</p><p>mos isso, Veja uma questão da banca Universa.</p><p>005. (UNIVERSA) O termo “de carnaúba” qualifica o termo “chapéu”.</p><p>(TEXTO) Disposto estou, coronel, pronto... (baixa os olhos para o chapéu velho de palha de</p><p>carnaúba que segura entre os joelhos) pronto, a bem dizer, não estou não.</p><p>Vamos, primeiramente, assumir a seguinte afirmação: “de carnaúba” é uma expressão prepo-</p><p>sicionada. Como já sabemos, expressões preposicionadas são sempre subordinadas. Mas,</p><p>nesse caso, é subordinada a “chapéu”? “De carnaúba” é uma característica do “chapéu”? Não,</p><p>querido(a) amigo(a)! “De carnaúba” é uma característica da “palha”. A palha tem sua origem na</p><p>carnaúba. Por isso, o item está errado. “Mas, professor, palha também compõe uma expressão</p><p>preposicionada!” Concordo, mas veja comigo o funcionamento correto do texto: “de palha de</p><p>carnaúba” é uma expressão subordinada, que oferece uma informação acerca de “chapéu”. “De</p><p>carnaúba”, por seu turno, é uma expressão preposicionada “dentro” de uma expressão preposi-</p><p>cionada. “De carnaúba” é subordinada e oferece informação acerca da palha. Entendeu?</p><p>Errado.</p><p>Já as conjunções possuem propriedades diferentes. Elas ligam orações ou palavras de</p><p>mesma função em um mesmo sintagma. É o que se vê nos exemplos a seguir:</p><p>Em (15), há duas orações: “o homem é bom” (a primeira) e “a sociedade o corrompe” (a</p><p>segunda). Os verbos estão em destaque porque é por meio deles que se contabiliza a quan-</p><p>tidade de orações. Para uni-las, usou-se a palavra “mas”, que é classificada como conjunção</p><p>adversativa.</p><p>Em (16), os substantivos “Brasil” e “Venezuela” estão conectados por “e”, mas cabe ressal-</p><p>tar que o segundo vocábulo não pretende oferecer qualquer informação acerca do primeiro;</p><p>portanto, não é possível a classificação de “e”</p><p>se comemo-</p><p>rava. O poeta maduro, que agora assinava Carlos Drummond de Andrade, emprestava palavras</p><p>do próprio Machado para compor um epíteto que ganharia ampla circulação, o “bruxo do Cos-</p><p>me Velho”. O que teria se passado com Drummond para mudar tão radicalmente de posição?</p><p>Harold Bloom descreve as razões que marcam a relação entre escritores de diferentes</p><p>gerações. O processo passa pela ironia do mais jovem em relação ao seu precursor; pelo movi-</p><p>mento que marca a construção de um sublime que se contrapõe ao do precursor; e, finalmente,</p><p>pela reapropriação do legado.</p><p>A assimilação dificultosa do passado é também um processo vivido pela geração de</p><p>Drummond. Os antepassados foram vistos muitas vezes como obstáculos aos desejos de</p><p>renovação que emergiram a partir da década de 1910 em vários pontos do Brasil. E tanto no</p><p>âmbito individual como no geracional, Machado surge como emblema do antigo. Alguém que</p><p>fora sepultado com os elogios fúnebres de Rui Barbosa e Olavo Bilac não podia deixar de ser</p><p>uma pedra no caminho para escritores investidos do propósito de romper com as convenções.</p><p>Até Drummond chegar à declaração de respeito, admiração e amor, foi um longo percurso.</p><p>Pouco a pouco, Machado deixa de ser ameaça para se tornar uma presença imensa que ocupa</p><p>a imaginação do poeta.</p><p>(Adaptado de: GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Amor nenhum dispensa uma gota de ácido. São Paulo: Três Estre-</p><p>las, 2019, p. 9-30.)</p><p>Está correta a redação deste livre comentário:</p><p>a) O ímpeto de renovação da cena cultural nacional, dificultou para toda uma geração no início</p><p>do século, a assimilação de um legado.</p><p>b) Através de exemplos das cartas enviadas, notam-se a presença incômoda de Machado de</p><p>Assis no desenvolvimento intelectual de Carlos Drummond.</p><p>c) Costuma-se considerar que, a rivalidade entre um jovem escritor e outro já consagrado de-</p><p>ve-se a imaturidade do primeiro.</p><p>d) Em diversos momentos, Carlos Drummond criticou a transformação de Machado de Assis</p><p>em uma celebridade literária.</p><p>e) Na maturidade, com palavras do próprio Machado de Assis, Carlos Drummond criou o epíte-</p><p>to “bruxo do Cosme Velho” cujo ficou bastante notório.</p><p>a) Errada. Em relação à primeira ocorrência da vírgula, não existe vírgula separando sujeito e</p><p>predicado. A segunda vírgula também está errada.</p><p>b) Errada. O verbo notar deveria ser “nota-se” para concordar com o sujeito (“a presença in-</p><p>cômoda(..)”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>126 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) Errada. Não pode ter vírgula depois da conjunção “que”. Além disso, é preciso ter crase em</p><p>“deve-se à imaturidade’.</p><p>d) Certa. Construção correta.</p><p>e) Errada. O “cujo” é usado antes de substantivo e possui ideia de posse. O recomendado, no</p><p>caso, é usar o “que”,</p><p>Letra d.</p><p>033. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Consi-</p><p>dere o texto abaixo para responder às questões.</p><p>Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcan-</p><p>çar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do sof-</p><p>tware dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro</p><p>mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma</p><p>renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de</p><p>seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não</p><p>o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as</p><p>máquinas se adaptem às pessoas.</p><p>Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho</p><p>a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessá-</p><p>rias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas</p><p>trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sem-</p><p>pre devendo.</p><p>(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)</p><p>No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de sentido</p><p>e da correção, está sublinhado em:</p><p>a) que as invenções existem para nos servir.</p><p>b) que as máquinas se adaptem às pessoas.</p><p>c) elas trocam todas as que possuíam.</p><p>d) A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.</p><p>e) A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores.</p><p>Lembre-se dos casos que envolvem as expressões partitivas. Quando o sujeito tem um núcleo</p><p>partitivo (“maior parte”, “maioria”, “minora”, “metade” etc.), a concordância pode ser feita tanto</p><p>com o núcleo quanto com o outro termo.</p><p>Letra e.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>127 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>034. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO) Texto associado</p><p>A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. Usando seu conhecimento astro-</p><p>nômico e meteorológico, ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de ante-</p><p>cedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite</p><p>de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar</p><p>a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. Tales também teria previsto</p><p>um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da</p><p>guerra entre os lídios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difícil, Tales respondeu:</p><p>“Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que era fácil, respondeu: “Dar conselhos”.</p><p>Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga.</p><p>A questão de central importância para os filósofos iônicos era a composição do cosmo.</p><p>Qual é a substância que compõe o Universo? A resposta de Tales é que tudo é água. É prová-</p><p>vel que, à parte a possível influência das culturas do Oriente Médio, ao escolher a água como</p><p>substância fundamental da Natureza, Tales tinha se inspirado em suas qualidades únicas de</p><p>mutação; a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos, transformando-</p><p>-se de líquida para vapor, representando, assim, a dinâmica intrínseca dos processos naturais.</p><p>Mais ainda, assim como nós e a maioria das formas de vida dependemos da água para existir,</p><p>o próprio Universo exibia a mesma dependência, já que também era considerado por Tales</p><p>como um organismo vivo.</p><p>(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Bing Bang. São Paulo: Compa-</p><p>nhia das Letras, 2006, p. 40-42)</p><p>É invariável quanto a gênero e a número o termo destacado em:</p><p>a) Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga. (1º parágrafo)</p><p>b) A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. (1º parágrafo)</p><p>c) ... quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso</p><p>das prensas... (1º parágrafo)</p><p>d) ... a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos... (2º parágrafo)</p><p>e) Qual é a substância que compõe o Universo? (2º parágrafo)</p><p>Na língua portuguesa, sabemos que são invariáveis as preposições, as conjunções e os advér-</p><p>bios. Por isso, é importante conhecer as classes gramaticais.</p><p>a) Errada. “Considerado” é um verbo no particípio (variável).</p><p>b) Errada. “Legendário” é adjetivo (variável).</p><p>c) Errada. “Verão” é substantivo (substantivo</p><p>variável em número).</p><p>d) Certa. “Continuamente” é um advérbio (invariável).</p><p>e) Errada. “Qual” é um pronome (variável em número).</p><p>Letra d.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>128 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>035. (2019/FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE ADMINIS-</p><p>TRATIVO) Atenção: Para responder a questão, leia a notícia a seguir, publicada em 15 de mar-</p><p>ço de 2019.</p><p>Estudantes vão às ruas em protesto global contra mudança climática</p><p>Milhares de estudantes saíram às ruas nesta sexta-feira (15) para protestar por medidas</p><p>efetivas no combate às mudanças climáticas.</p><p>O movimento “Fridays For Future” (Sextas-feiras pelo futuro) ganhou força com Greta</p><p>Thunberg, que uma vez por semana falta às aulas, em Estocolmo, para se sentar em uma praça</p><p>em frente ao Parlamento da Suécia e pedir medidas concretas contra o aquecimento global.</p><p>Nesta sexta, não foi diferente. Greta protestou diante do Parlamento na capital do país, cerca-</p><p>da por 30 manifestantes. Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países</p><p>− no Brasil, 20 cidades têm protestos agendados.</p><p>“Não sou a origem do movimento. Já existia. Precisava apenas de uma faísca para</p><p>acender. Vivemos uma crise existencial ignorada durante décadas. Se não agirmos agora, será</p><p>muito tarde”, disse Thunberg.</p><p>Desde o ano passado, Greta já discursou em eventos internacionais como a COP24, a</p><p>Conferência do Clima da ONU, em dezembro, e no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na</p><p>Suíça, em janeiro. Nesta quinta (14), ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por três políticos</p><p>noruegueses por sua atuação na agenda ambiental.</p><p>(Adaptado de: OLIVEIRA, Elida. Portal G1, 15.03.2019. Disponível em: https://g1.globo.com)</p><p>Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades têm</p><p>protestos agendados. (2º parágrafo)</p><p>Caso a notícia fosse publicada depois de todos os eventos previstos acontecerem de fato,</p><p>essa frase poderia ser reescrita da seguinte maneira, conforme a norma-padrão da língua:</p><p>Ao todo, nesta sexta,</p><p>a) houveram 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, tiveram protestos em 20 cidades.</p><p>b) haviam 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinham protestos.</p><p>c) haveria 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, teriam protestos em 20 cidades.</p><p>d) houve 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tiveram protestos.</p><p>e) havia 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinha protestos.</p><p>O primeiro ponto cobrado pela banca nesta questão é o verbo “haver”, algo bastante explora-</p><p>do em provas de concurso. O verbo “haver” no sentido de existir é impessoal, ou seja, ele não</p><p>é conjugado no plural. Portanto, o “haver”, nesses casos, sempre estará na terceira pessoal</p><p>do singular.</p><p>Ao pedir para considerar que os eventos previstos aconteceram de fato, a banca cobra co-</p><p>nhecimento sobre tempos e modos verbais. Se algo realmente aconteceu, temos o pretérito</p><p>perfeito do indicativo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>129 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) Errada. O verbo “haver” não pode ficar no plural.</p><p>b) Errada. O verbo “haver” não pode ficar no plural; o verbo “tinham” está no pretérito imperfeito.</p><p>c) Errada. O verbo “teriam” está no futuro do pretérito.</p><p>e) Errada. O verbo “tinha” está no pretérito imperfeito.</p><p>Letra c.</p><p>036. (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA) Tex-</p><p>to associado</p><p>Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve au-</p><p>mentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notá-</p><p>veis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos,</p><p>o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.</p><p>Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise</p><p>do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e</p><p>desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente,</p><p>entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma</p><p>futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibi-</p><p>lidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como</p><p>vão moldar a economia mundial.</p><p>A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligen-</p><p>tes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o</p><p>governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento</p><p>de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma</p><p>espécie de “governo 4.0”.</p><p>Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais</p><p>possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmen-</p><p>te irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.</p><p>(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em:</p><p>https://epocanegocios.globo.com)</p><p>Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento de</p><p>impostos (3º parágrafo), a forma verbal correspondente será</p><p>a) são permitidas.</p><p>b) será permitida.</p><p>c) são permitidos.</p><p>d) é permitido.</p><p>e) serão permitidos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>130 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Lembre-se: na voz passiva, o que era objeto direto vira sujeito.</p><p>Na frase “permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos”, o verbo “permitir”</p><p>é VTD e será transformado em “ser permitido”. No entanto, é importante verificar a flexão. Pri-</p><p>meiro, nota-se o verbo no presente; segundo, percebe-se que o sujeito é composto (“permitem</p><p>a assinatura de contratos e o pagamento de impostos”). Dessa forma, temos “são permitidos”.</p><p>Letra c.</p><p>037. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)</p><p>Texto associado</p><p>É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas</p><p>etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas é quase o dobro</p><p>do número de ligações por telefone fixo e celular, segundo dados da Fundação Telefônica.</p><p>A ligação telefônica tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, mas por quê? “Uma</p><p>das razões é que, quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazen-</p><p>do, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cris-</p><p>tina Pérez.</p><p>Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo</p><p>um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas, em média, mais de 40 vezes ao dia.</p><p>(Adaptado de: LÓPEZ, Silvia. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odia-</p><p>mos falar por telefone?. El País – Brasil. 01.06.2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com)</p><p>É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias...</p><p>(1º parágrafo)</p><p>Uma redação alternativa para a frase acima, preservando-se as relações de sentido entre as</p><p>orações, está em:</p><p>a) É uma tendência mais presente entre os mais jovens e, portanto, comum em todas as faixas</p><p>etárias...</p><p>b) Para que seja uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>c) Por ser uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as faixas</p><p>etárias...</p><p>d) É uma tendência mais presente entre os mais jovens, de modo que é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>e) Mesmo sendo uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as</p><p>faixas etárias...</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>131 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Na frase do enunciado, o “mas” é uma conjunção adversativa (ideia de oposição).</p><p>a) Errada. O “portanto” é um conectivo de conclusão.</p><p>b) Errada. O “para que” apresenta ideia de finalidade.</p><p>c) Errada. O “por ser” é um termo que introduz uma causa.</p><p>d) Errada. O “de modo que” indica consequência.</p><p>e) Certa. O “mesmo” é uma conjunção concessiva (ideia de oposição).</p><p>Letra e.</p><p>038. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE COMUNITÁRIO</p><p>DE SAÚDE) Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.</p><p>Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais preci-</p><p>samente: gostaria de ser um cozinheiro. As cozinhas são lugares que me fascinam, mágicos:</p><p>ali se prepara o prazer. O cozinheiro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos da alma e do</p><p>corpo. Mas não sei cozinhar. Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como quem cozinha.</p><p>2 A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos escri-</p><p>tores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. Nas suas</p><p>origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo,</p><p>tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que</p><p>não se fala mais, usava-se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.</p><p>3 Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. Se</p><p>assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais</p><p>belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento de</p><p>todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o máximo</p><p>possível de sabor”.</p><p>Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros como seus mestres.</p><p>4 A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges</p><p>aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes agra-</p><p>dam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda</p><p>quanto a felicidade obrigatória”.</p><p>5 Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade pela</p><p>comida que pela palavra... Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de cor.</p><p>Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O escritor é</p><p>um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana que começa</p><p>é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que me comandam:</p><p>“Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A cada semana sinto</p><p>uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.</p><p>(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 155-158)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>132 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a feli-</p><p>cidade obrigatória. (4º parágrafo)</p><p>O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de</p><p>a) finalidade.</p><p>b) consequência.</p><p>c) explicação.</p><p>d) concessão.</p><p>e) condição.</p><p>Geralmente, o “pois” introduz ideia de causa ou explicação.</p><p>Letra c.</p><p>039. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO TÉCNICO) Texto associado</p><p>Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim que</p><p>a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele e supli-</p><p>cou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a pedir-lhe</p><p>que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do escaravelho e</p><p>devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os ninhos da águia</p><p>e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até que a águia,</p><p>encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, e pediu-lhe que</p><p>arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para botar os ovos no colo</p><p>dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e</p><p>soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco e, sem se dar conta, deixou cair</p><p>os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os escaravelhos aparecem, as águias não</p><p>fazem o ninho.</p><p>(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42)</p><p>Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá.</p><p>O trecho em negrito pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por</p><p>a) Ainda que viu.</p><p>b) Quando viu.</p><p>c) À medida que viu.</p><p>d) Enquanto viu</p><p>e) Assim como viu</p><p>O “ao ver” indica ideia de tempo; por isso, a única opção possível é “quando viu”</p><p>a) Errada. Indica ideia de concessão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>133 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>c) Errada. Indica ideia de proporção.</p><p>d) Errada. O “enquanto viu” indica uma ideia de simultaneidade (não é o caso do texto).</p><p>e) Errada. Indica ideia de comparação.</p><p>Letra b.</p><p>040. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado</p><p>Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê. Dei-me conta</p><p>da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá.</p><p>Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando era jovem, e do qual nunca</p><p>esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu herói adoles-</p><p>cente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que experimentava</p><p>naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.</p><p>Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez, estando</p><p>com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos.</p><p>“Christophe voltou sozinho dentro da noite. Nada via. Nada ouvia. Estava morto de sono</p><p>e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três vezes, como que</p><p>por uma ideia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a adormecer.”</p><p>Jean-Christophe compreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja</p><p>companhia não é preciso falar. Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade, então a pessoa</p><p>com</p><p>quem você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos não</p><p>por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo ou comer. Quando a pessoa não é</p><p>amiga, terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.</p><p>Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. A amizade anda por caminhos que não</p><p>passam por programas.</p><p>Um amigo vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o</p><p>torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência de</p><p>comunhão. E alegria maior não pode existir.</p><p>(Adaptado de: ALVES, Rubem. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 11-13)</p><p>A flexão do verbo em destaque deve-se ao elemento sublinhado em:</p><p>a) Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo.</p><p>b) terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.</p><p>c) Bastava a alegria de estarem juntos.</p><p>d) A amizade anda por caminhos que não passam por programas.</p><p>e) Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade</p><p>É importante lembrar que os verbos são flexionados de acordo com o sujeito.</p><p>a) Errada. “Útil” é um adjetivo e não interfere na flexão do verbo “pode”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>134 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>b) Errada. “O alegre e animado programado” é sujeito do verbo “terminado”. O sujeito do verbo</p><p>“vêm” é “o silêncio e o vazio” (sujeito composto)</p><p>c) Certa. “A alegria” é o sujeito de bastava.</p><p>d) Errada. O sujeito do verbo “passam” é o pronome relativo “que”, que faz referência à palavra</p><p>“caminhos”</p><p>e) Errada. O “lhe” é objeto indireto.</p><p>Letra c.</p><p>041. (2021/IBFC/SEED - RR/Professor de Educação Básica/Artes)</p><p>Texto associado</p><p>Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas</p><p>escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro</p><p>Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai</p><p>o texto abaixo.</p><p>Entre a rua, este quarto e o ser</p><p>(Camila de Oliveira Silva)</p><p>Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das</p><p>6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café,</p><p>pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje.</p><p>Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nes-</p><p>se amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego</p><p>querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que</p><p>ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.</p><p>E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos.</p><p>Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o</p><p>mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mun-</p><p>do. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece</p><p>que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]</p><p>(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro: Bazar do</p><p>Tempo: Flup, 2021)</p><p>Na oração “Algo me vem em cheio nessas horas” (1º§), ao observar as relações sintáticas</p><p>estabelecidas entre os termos que a constituem, é possível afirmar que seu sujeito classifi-</p><p>ca-se como:</p><p>a) desinencial.</p><p>b) indeterminado.</p><p>c) simples.</p><p>d) inexistente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=1&examining_bo</p><p>135 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Pergunte ao verbo: o que me vem à cabeça? ALGO! É um sujeito expresso, com um único nú-</p><p>cleo; portanto, simples.</p><p>Letra c.</p><p>042. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado</p><p>Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas</p><p>escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro</p><p>Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai</p><p>o texto abaixo.</p><p>Entre a rua, este quarto e o ser</p><p>(Camila de Oliveira Silva)</p><p>Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das</p><p>6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café,</p><p>pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje.</p><p>Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nes-</p><p>se amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego que-</p><p>rendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem,</p><p>sem razão, me consumia de vida e morte.</p><p>E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos.</p><p>Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o</p><p>mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mun-</p><p>do. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece</p><p>que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]</p><p>(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de</p><p>Janeiro: Bazar do Tempo: Flup, 2021)</p><p>O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros vocábu-</p><p>los que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único que indica uma</p><p>relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.</p><p>a) “entre”.</p><p>b) “a”.</p><p>c) “este”.</p><p>d) “o”.</p><p>O pronome demonstrativo “este” indica, no texto, que a pessoa que está redigindo o texto (no</p><p>caso, o emissor) está no quarto, sendo, logo, o vocábulo que revela a proximidade do autor</p><p>com o quarto.</p><p>Letra c.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-</p><p>136 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>043. (2022/IBFC/MGS/MONITOR EDUCACIONAL) Faça a análise sintática da seguinte estru-</p><p>tura: “O professor divulgou as notas aos alunos”. A este respeito, analise as afirmativas abaixo</p><p>e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).</p><p>(  ) � “O professor” é o sujeito da oração.</p><p>(  ) � “divulgou as notas aos alunos” é o predicado.</p><p>(  ) � “as notas” é o objeto indireto.</p><p>(  ) � “aos alunos” é o objeto direto.</p><p>(  ) � “o”, “aos” são adjuntos adnominais.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.</p><p>a) V - V - F - F - V.</p><p>b) V - V - V - F - F.</p><p>c) F - F - F - F - F.</p><p>d) V - F - V - F - F.</p><p>Vamos por cada afirmação:</p><p>1ª. Quem divulgou? “O professor”. Portanto, sujeito, sem mistérios.</p><p>2ª. Tudo aquilo que não é o sujeito representa o predicado. Logo, “divulgou as notas aos alu-</p><p>nos” é o predicado.</p><p>3ª e 4ª. Houve uma inversão: “as notas” é o objeto direto e “aos alunos”, o indireto.</p><p>5ª. Aqui é que a IBFC fez merda. De fato, artigos são adjuntos adnominais (e o “o”, incontesta-</p><p>velmente, é um adjunto adnominal. Todavia, “aos”, pela presença da preposição – que sequer</p><p>possui classificação sintática na gramática tradicional – jamais poderia ser classificado como</p><p>adjunto adnominal. Vacilo total da banca, mas as afirmativas anteriores já indicavam que o</p><p>único gabarito possível (menos errado) seria a letra A.</p><p>Letra a.</p><p>044. (2022/IBFC/MGS/AGENTE DE CAMPO) Lourdes aproveitou as longas férias para ir ao</p><p>nordeste, visitar os pais. A este respeito, assinale a alternativa correta:</p><p>a) “Lourdes” não é um nome próprio, é um nome simples.</p><p>b) A palavra “aproveitou” é uma ação, um verbo.</p><p>c) Em “longas férias”, “longas” é um nome, e “férias” é uma qualidade.</p><p>d) A palavra “pais” é um nome composto.</p><p>Essa aqui é para não “perder de zero”. Lourdes, por ser nome de pessoa, é substantivo próprio;</p><p>em “longas férias”, esta palavra é o substantivo caracterizado por aquele adjetivo. Além disso,</p><p>“pais” sempre foi substantivo simples.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>137 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>045. (2021/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Assinale a alternativa que preencha cor-</p><p>reta e respectivamente as lacunas. Moro________São Paulo e assisto frequentemente _________</p><p>partidas do meu time no estádio do Pacaembu. No próximo ano, servirei________exército.</p><p>a) em/as/o.</p><p>b) a/às/o.</p><p>c) na/as/ao.</p><p>d) em/às/ao.</p><p>Regência na veia! Mora-se em algum lugar, assiste-se (com o sentido de ver) a algo (por isso a</p><p>crase) e serve-se a algo.</p><p>Letra d.</p><p>046. (2021/IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN/ADMINISTRA-</p><p>DOR) De acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente,</p><p>a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade narrativa deter-</p><p>mina quem tem voz”.</p><p>a) substantivo/pronome pessoal/substantivo.</p><p>b) adjetivo/pronome relativo/substantivo.</p><p>c) substantivo/pronome interrogativo/adjetivo.</p><p>d) adjetivo/pronome pessoal/adjetivo.</p><p>“Narrativa” é uma característica atribuída à “habilidade”. “Quem” é um pronome (que pode ser</p><p>relativo ou interrogativo) e “voz” é um substantivo, núcleo do objeto direto do verbo “ter”.</p><p>Letra b.</p><p>047. (Q892853/2017/IBFC/BETA/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA - SP/AGENTE)</p><p>Texto III</p><p>O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adul-</p><p>to, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do</p><p>Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas,</p><p>como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo de</p><p>morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida das</p><p>neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o debate</p><p>os cuidados com a saúde masculina no país.</p><p>Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobre-</p><p>peso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens</p><p>têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>138 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>alcoólica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de Vigi-</p><p>lância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel),</p><p>realizado anualmente pelo governo federal.</p><p>Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/dia-internacional-do-homem-chama-aten-</p><p>cao-para-cuidados-comsaude-masculina. Acesso em 01/09/17)</p><p>A concordância verbal que envolve a indicação de porcentagens pode causar confusão na es-</p><p>crita. Em “Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos” (2º§), o verbo está no</p><p>plural uma vez que concorda com o seguinte termo:</p><p>a) 18%.</p><p>b) homens.</p><p>c) brasileiros.</p><p>d) obesos.</p><p>Erro feio da banca! Como o núcleo é partitivo (18%), a concordância pode ser feita com o</p><p>núcleo ou com o determinante do núcleo e, em qualquer uma das possibilidades, o resto da</p><p>oração seria “são obesos”.</p><p>Obs.: � O gabarito também poderia ser a letra A.</p><p>Letra b.</p><p>048. (2017/IBFC/EMBASA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que a con-</p><p>cordância está correta.</p><p>a) Não foi adequado a postura dela na cerimônia.</p><p>b) Ele deixou bem claro, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.</p><p>c) A maioria dos estudantes que prestaram o concurso apresentou dificuldades em matemática.</p><p>d) Deve existir outras soluções para este problema!</p><p>A forma verbal “apresentou” concorda com “maioria” e o verbo “prestaram” concorda com</p><p>“estudantes.</p><p>Erro das demais:</p><p>a) Errada. Não foi adequada a postura...</p><p>b) Errada. Ele deixou bem claras, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.</p><p>d) Errada. Devem existir outras soluções para este problema.</p><p>Letra c.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>139 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>049. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto I</p><p>Paternidade Responsável Quantos filhos você gostaria de ter?</p><p>Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: “Será</p><p>que vou conseguir sustentar um filho?”.</p><p>Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-</p><p>-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários.</p><p>Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a</p><p>adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas</p><p>como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são co-</p><p>muns. Além de eventuais problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como</p><p>sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais</p><p>ou responsáveis, terá de abandonar a escola?</p><p>Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo ra-</p><p>ras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado crime.</p><p>A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco.</p><p>Quem não tem condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.</p><p>Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento</p><p>familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim,</p><p>muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas</p><p>um ou dois.</p><p>(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)</p><p>Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo em</p><p>destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação</p><p>ao emprego desse mesmo verbo.</p><p>a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.</p><p>b) O jovem têm um grande desafio pela frente.</p><p>c) As pessoas tem muitos planos.</p><p>d) A mentira tem perna curta.</p><p>Nas letras A e B, os sujeitos são singulares (por isso, o verbo deveria estar sem acento).</p><p>Na</p><p>letra C, como o sujeito é plural, o verbo deveria receber o acento.</p><p>Letra d.</p><p>050. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto II</p><p>Família</p><p>(Titãs, fragmento)</p><p>Família, família</p><p>Papai, mamãe, titia,</p><p>Família, família</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>140 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Almoça junto todo dia,</p><p>Nunca perde essa mania</p><p>Mas quando a filha quer fugir de casa</p><p>Precisa descolar um ganha-pão</p><p>Filha de família se não casa</p><p>Papai, mamãe, não dão nenhum tostão Família êh! Família áh!</p><p>Em relação ao verso “Almoça junto todo dia” (v.4), percebe-se que a palavra “família” exerce a</p><p>função sintática de:</p><p>a) sujeito.</p><p>b) objeto direto.</p><p>c) objeto indireto.</p><p>d) predicado.</p><p>Pergunte ao verbo: quem almoça junto todo dia? Sua resposta será “família”.</p><p>Letra a.</p><p>051. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO)</p><p>O retrato</p><p>(Ivan Angelo)</p><p>O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e jaqueta</p><p>de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem pressa</p><p>que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia</p><p>uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma</p><p>fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos.</p><p>Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de</p><p>teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse</p><p>“nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.</p><p>No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e</p><p>pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra:</p><p>a) caderneta.</p><p>b) bolso.</p><p>c) fotografia.</p><p>d) homem.</p><p>O sujeito da forma verbal “tirou” é “o homem”. A letra D indica o núcleo do sujeito.</p><p>Letra d.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>141 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>052. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO)</p><p>Estranhas Gentilezas</p><p>(Ivan Angelo)</p><p>Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não</p><p>têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ôni-</p><p>bus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois</p><p>economizam com a gente.</p><p>Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com</p><p>inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de</p><p>borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na</p><p>semana passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que</p><p>nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil</p><p>reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.</p><p>Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio</p><p>do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas</p><p>distantes. E as próximas?</p><p>Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema</p><p>fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um</p><p>número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, an-</p><p>tes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o maître2, com</p><p>uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa</p><p>para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me cede o último lugar</p><p>no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o</p><p>jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.</p><p>[...]</p><p>Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca de</p><p>tanta gentileza?</p><p>Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.</p><p>Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque</p><p>alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes</p><p>de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para pagar con-</p><p>tas em nome de minha mulher, saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a</p><p>vida entre bólidos3, um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador continua preso</p><p>lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a</p><p>sonhar com gentilezas. Vocabulário:</p><p>1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo</p><p>2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes</p><p>3 carros muito velozes</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>142 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da concordância verbal,</p><p>pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função sintática de:</p><p>a) objeto direto.</p><p>b) sujeito.</p><p>c) objeto indireto.</p><p>d) complemento nominal.</p><p>Pergunte ao verbo: o que estão acontecendo? Sua resposta será “coisas estranhas”, que é o</p><p>sujeito da oração.</p><p>Letra b.</p><p>053. (2017/IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO)</p><p>Entre palavras</p><p>Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não</p><p>figura nos dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento im-</p><p>põe-se tornar conhecimento de novas palavras e combinações de.</p><p>Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual,</p><p>pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu</p><p>avô; talvez ele não entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a</p><p>Vemaguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a dublagem, o sin-</p><p>teco, o telex... Existiam em 1940?</p><p>Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, o</p><p>biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá legal, o</p><p>apartheid, o som pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça também (seria</p><p>imperdoável) o Terceiro Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeiri-</p><p>nha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. Só? Não. Tem seu lugar ao sol a</p><p>metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, a home-</p><p>ostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o Isop, a OEA, e a ONU. Estão</p><p>reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, a diagramação, o ideologema,</p><p>idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra elétrica.</p><p>Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, engarra-</p><p>famento, Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet</p><p>da girafa, poluição. Fundos de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. Know-how.</p><p>Barbeador elétrico de</p><p>noventa microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. Alimentos</p><p>super congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! Pow! Click!</p><p>Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington</p><p>Luís. Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para</p><p>consumo geral A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>143 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, final-</p><p>mente, mas com que significado?</p><p>(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)</p><p>Ao encerrar seu texto, Drummond reforça a ampla importância atribuída às palavras na exis-</p><p>tência humana. Na oração “e palavras somos”, o termo destacado ganha expressividade ao</p><p>exercer a função sintática de:</p><p>a) objeto direto.</p><p>b) sujeito.</p><p>c) predicativo do sujeito.</p><p>d) adjunto adverbial.</p><p>e) adjunto adnominal.</p><p>Para facilitar o entendimento, colocarei a frase na ordem direta: (nós) somos palavras. O sujeito</p><p>está elíptico. “Palavras” atribui uma característica ao sujeito. Portanto, predicativo do sujeito.</p><p>Letra c.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>144 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>ANEXO</p><p>Classes gramaticais fechadas</p><p>ARTIGOS</p><p>Definidos Indefinidos</p><p>O, a, os, as Um, uma, uns, umas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>145 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>PRONOMES</p><p>Pessoais Possessivos Demonstrativos Relativos Interrogativos Indefinidos</p><p>Retos Oblíquos</p><p>tônicos</p><p>Oblíquos</p><p>átonos</p><p>Meu, minha</p><p>Meus, minhas</p><p>Teu, tua</p><p>Teus, tuas</p><p>Seu, sua</p><p>Seus, suas</p><p>Nosso, nossa</p><p>Nossos, nossas</p><p>Vosso, vossa</p><p>Vossos, vossas</p><p>Este, estes</p><p>Esta, estas</p><p>Esse, esses</p><p>Essa, essas</p><p>Aquele, aquela</p><p>Aqueles, aquelas</p><p>Isto, isso, aquilo</p><p>O, a, os, as</p><p>Mesmo(a)(s)</p><p>Próprio(a)(s)</p><p>Semelhante, tal</p><p>Que</p><p>Quem</p><p>Onde</p><p>Cujo(a)(s)</p><p>Quando</p><p>Como</p><p>O qual</p><p>A qual</p><p>Os quais</p><p>As quais</p><p>Que</p><p>O que</p><p>Quem</p><p>Qual</p><p>Quanto</p><p>Quando</p><p>Onde</p><p>Por que</p><p>Como</p><p>Algum(a)(s)</p><p>Alguém</p><p>Nenhum(a)(s)</p><p>Ninguém</p><p>Todo(a)(s)</p><p>Tudo</p><p>Outro(a)(s)</p><p>Outrem</p><p>Muito(a)(s)</p><p>Pouco(a)(s)</p><p>Certo(a)(s)</p><p>Vários(as)</p><p>Tanto(a)(s)</p><p>Quanto(a)(s)</p><p>Qualquer</p><p>Quaisquer</p><p>Nada</p><p>Cada</p><p>Algo</p><p>Eu</p><p>Tu</p><p>Ele/ela</p><p>Nós</p><p>Vós</p><p>Eles/elas</p><p>A mim, comigo</p><p>A ti, contigo</p><p>A ele, a ela, a si,</p><p>consigo</p><p>A nós, conosco</p><p>A vós, convosco</p><p>A eles, a elas, a</p><p>si, consigo</p><p>Me</p><p>Te</p><p>O, a, lhe, se</p><p>Nos</p><p>Vos</p><p>Os, as, lhes,</p><p>se</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>146 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>PREPOSIÇÕES</p><p>A, ante, após, até</p><p>Com, contra, de, desde, em, entre</p><p>Para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás</p><p>CONJUNÇÕES</p><p>Subordinativas</p><p>integrantes</p><p>Subordinativas</p><p>adverbiais Coordenativas</p><p>Que, se VER TABELA DE CONECTIVOS</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>147 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Conectivos</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>148 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Obs.: � Parte escura: conjunções coordenativas.</p><p>� Parte clara: conjunções subordinativas adverbiais.</p><p>� 1: é muito comum em provas que conjunções causais sejam usadas em orações com</p><p>semântica explicativa, e vice-versa.</p><p>� 2: sempre estudar as semânticas causais, consecutivas e concessivas juntas!</p><p>��   e : Comparar (adversativas com concessivas; condicionais com temporais)</p><p>� Conjunções em negrito: estudar com atenção! Costumam confundir, por serem seme-</p><p>lhantes.</p><p>Regências verbais especiais</p><p>1. Agradar</p><p>VTD: no sentido de “fazer carinho”</p><p>EXEMPLO</p><p>O esposo agradava a mulher.</p><p>VTI: no sentido de “ser agradável”</p><p>EXEMPLO</p><p>O assunto não agradou aos convidados.</p><p>2. Ajudar</p><p>VTD ou VTI (sem alteração de sentido).</p><p>EXEMPLO</p><p>O professor ajudou os (aos) alunos.</p><p>3. Aspirar</p><p>VTD: no sentido de sorver (o ar), sugar.</p><p>EXEMPLO</p><p>A diarista aspirou o pó da sala.</p><p>VTI: no sentido de desejar, almejar, querer.</p><p>EXEMPLO</p><p>Ele aspira a um cargo público.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>149 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>4. Assistir</p><p>VTI: no sentido de ver, presenciar.</p><p>EXEMPLO</p><p>Eu assisti ao maravilhoso clássico.</p><p>VTD (preferencialmente) ou VTI: no sentido de dar assistência, ajudar.</p><p>EXEMPLO</p><p>O médico assiste os (aos) enfermos.</p><p>VI: no sentido de morar.</p><p>EXEMPLO</p><p>A família Piquet assiste em Brasília.</p><p>5. Atender</p><p>VTI ou VTD (sem alteração de sentido).</p><p>EXEMPLO</p><p>O juiz atendeu (a) todos os advogados.</p><p>6. Chamar</p><p>VTD: no sentido de convocar.</p><p>EXEMPLO</p><p>A mãe chamou o filho para almoçar.</p><p>VTD ou VTI: no sentido de “dar nome” ou “apelidar”</p><p>EXEMPLO</p><p>Eles chamavam a (à) mãe de heroína.</p><p>7. Chegar</p><p>VI: mas, quando acompanhado de expressões locativas, deve-se usar a preposição “a”.</p><p>EXEMPLO</p><p>Chegaremos cedo à escola.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>150 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>8. Implicar</p><p>VTD ou VTI: no sentido de “acarretar”, causar.</p><p>EXEMPLO</p><p>O seu comportamento implica (em) demissão.</p><p>9. Lembrar/lembrar-se (também válido para esquecer/esquecer-se)</p><p>VTD: lembrar/esquecer (sem o pronome).</p><p>EXEMPLO</p><p>Meu pai lembra o seu nome. Eu esqueci a sua blusa.</p><p>VTI: lembrar-se/esquecer-se (com o pronome).</p><p>EXEMPLO</p><p>Meu pai se lembra do seu nome. Em esqueci-me da sua blusa.</p><p>10. Obedecer</p><p>VTI.</p><p>EXEMPLO</p><p>Eles não obedecem ao regulamento.</p><p>11. Proceder</p><p>VTI: no sentido “de iniciar”, “executar”.</p><p>EXEMPLO</p><p>O ator procedeu à apresentação.</p><p>VI: no sentido de “ter procedência”, “ser verdadeiro”.</p><p>EXEMPLO</p><p>A fala de empresário não procede.</p><p>12. Visar</p><p>VTD: no sentido “de mirar”, “ver”.</p><p>EXEMPLO</p><p>O atirador visou o alvo.</p><p>VTI: no sentido “almejar”, “desejar”.</p><p>EXEMPLO</p><p>Ele visa a um novo emprego.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>Elias Santana</p><p>Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui</p><p>mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque</p><p>em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro fessor em vários</p><p>colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá tica, redação discursiva e interpretação de textos.</p><p>Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da</p><p>Câmara Legislativa do Distrito Federal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>Apresentação</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe</p><p>2. Bloco I – Morfologia</p><p>2.1. A Divisão da Morfologia</p><p>2.2. O Grupo das Emoções</p><p>2.3. O Grupo dos Nomes</p><p>2.4. Grupo do Verbo</p><p>2.5. O Grupo dos Conectores</p><p>2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial</p><p>3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I)</p><p>3.1. Sintaxe – Sujeito</p><p>3.2. Tipos de Sujeito</p><p>3.3. Concordâncias Verbais Especiais</p><p>4. Bloco III – Sintaxe (Parte II)</p><p>4.1. Os Complementos Verbais</p><p>4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação</p><p>4.3. O Verbo Intransitivo</p><p>4.4. Os Adjuntos Adverbiais</p><p>5. Configurações Oracionais</p><p>5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais</p><p>5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais</p><p>5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais</p><p>6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III)</p><p>6.1. Termos Ligados a Nomes</p><p>7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal</p><p>7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato</p><p>Resumo</p><p>Questões de Concurso</p><p>Gabarito</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Anexo</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 151:</p><p>como preposição. Todavia, é possível perceber</p><p>que os dois substantivos estão em interação semântica semelhante em relação ao verbo “so-</p><p>frem” (o Brasil sofre; a Venezuela, também). Logo, nota-se que “Brasil” e “Venezuela” desem-</p><p>penham a mesma função em um mesmo sintagma, o que faz do “e” uma conjunção aditiva.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>15 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>2.6. As locuções – uM suBgrupo especiAl</p><p>As locuções merecem um destaque em nosso estudo, pois elas são frequentemente abor-</p><p>dadas em provas de concursos públicos. Elas são definidas como um conjunto de palavras</p><p>que equivale a um único vocábulo, que representa uma unidade morfológica. Merecem des-</p><p>taque cinco tipos: locuções adjetivas, locuções adverbiais, locuções prepositivas, locuções</p><p>conjuntivas e locuções verbais. Veja os exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>Locução Adjetiva</p><p>(17) As histórias de terror não me impressionam mais.</p><p>Locução Adverbial</p><p>(18) Ele saiu às pressas ontem.</p><p>Locução Prepositiva</p><p>(19) Pedro mora em frente à farmácia.</p><p>Locução Conjuntiva</p><p>(20) Estou empregado, no entanto ainda estudo.</p><p>Locução Verbal</p><p>(21) Ele havia preparado o jantar.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>3. Bloco ii – A sintAxe (pArte i)</p><p>A partir de agora, vamos nos debruçar sobre o estudo da sintaxe. Enquanto a morfologia</p><p>tem a finalidade de analisar as classes de palavras, a sintaxe busca analisar a função e o posi-</p><p>cionamento de palavras e expressões em um sintagma. Primeiramente, precisamos saber dois</p><p>aspectos: quais são as funções sintáticas da língua portuguesa e a ordem direta da oração.</p><p>Veja as funções sintáticas da língua portuguesa, segundo a Nomenclatura Gramatical Bra-</p><p>sileira (NGB):</p><p>Sujeito Liga-se ao verbo (concordância) Termos essenciais</p><p>da oraçãoPredicado O que não é sujeito</p><p>Objeto direto Liga-se ao verbo (complemento verbal)</p><p>Termos integrantes</p><p>da oração</p><p>Objeto indireto Liga-se ao verbo (complemento verbal)</p><p>Predicativo (do sujeito</p><p>e do objeto) Liga-se ao nome</p><p>Agente da passiva Liga-se ao verbo (só aparece na voz</p><p>passiva analítica)</p><p>Complemento nominal Liga-se ao nome</p><p>Adjunto adnominal Liga-se ao nome</p><p>Termos acessórios</p><p>da oração</p><p>Adjunto adverbial Liga-se ao verbo</p><p>Aposto Liga-se ao nome</p><p>Vocativo Não se liga (não pertence ao sujeito ou</p><p>ao predicado)</p><p>Obs.: � O predicativo não é exatamente um termo integrante. Ele foi colocado como integrante</p><p>neste material por razões didáticas. Assim como o vocativo, que não é considerado</p><p>essencial, integrante ou acessório. Todavia, essa divisão é simplesmente conceitual.</p><p>Não interfere nos seus estudos para concursos públicos.</p><p>� Cabe citar que cada estrutura anteriormente citada possui um vocábulo considerado</p><p>núcleo. Todavia, em provas, o núcleo mais explorado é o do sujeito.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>17 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Além disso, cabe destacar que os estudos linguísticos definem a chamada ordem direta,</p><p>também conhecida como ordem canônica ou ordem preferencial. Ela estipula como os termos</p><p>preferem se ordenar sintaticamente. Em língua portuguesa, a ordem direta é:</p><p>O predicativo não é gramaticalmente um complemento verbal. Todavia, como ele costuma</p><p>estar na posição em que se situam os complementos, vamos, por razões didáticas, considerar</p><p>que o verbo, na ordem direta, possui relação de ligação.</p><p>Por fim, três pressupostos são essenciais para entender melhor a sintaxe:</p><p>• Frase: qualquer enunciado inteligível que estabeleça comunicação.</p><p>• Oração: frase dotada de verbo.</p><p>• Período: espaço textual, que vai de uma letra maiúscula até uma pontuação (ponto fi-</p><p>nal, ponto de interrogação ou ponto de exclamação). Nesse espaço, podemos encontrar</p><p>apenas uma oração (período simples, também conhecido como oração absoluta) ou</p><p>mais de uma oração (período composto).</p><p>Nesta aula, o objetivo é aprofundarmos nosso conhecimento acerca do sujeito. Existem</p><p>razões para isso. Primeiramente, entender o sujeito é o básico e fundamental para se entender</p><p>todas as demais interações sintáticas. Ademais, o sujeito e suas relações estão entre os as-</p><p>suntos mais cobrados em provas.</p><p>3.1. sintAxe – sujeito</p><p>Conforme exposto anteriormente, sintaticamente o sujeito é o termo que estabelece com</p><p>o verbo a relação de concordância verbal. Essa é a definição mais precisa sobre o sujeito.</p><p>Noções como “sujeito é o termo que pratica a ação verbal” são consideradas rasas para con-</p><p>cursos públicos. Esta se encaixa bem durante as séries iniciais, para que o estudante aprenda,</p><p>em alguns contextos, a identificar sujeitos (pois parte significativa dos sujeitos, coincidente-</p><p>mente, praticam a ação verbal). Todavia, em nível mais avançado, encontrar o sujeito significa</p><p>encontrar o termo com quem o verbo estabelece concordância. Para se identificar o sujeito,</p><p>classicamente, duas perguntas podem ser feitas ao verbo: quem ou o que.</p><p>EXEMPLOS</p><p>(1) A nova colunista do jornal anunciou a tragédia.</p><p>(quem anunciou a tragédia?)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>(2) O aumento dos preços dos combustíveis nos postos assustou o brasileiro.</p><p>(quem/o que assustou o brasileiro?)</p><p>(3) O país sofrerá com a escassez de água potável.</p><p>(quem sofrerá?)</p><p>(4) Os alimentos não perecíveis serão doados às instituições de caridade.</p><p>(quem/o que serão doados?)</p><p>(5) É fundamental a criação de uma nova empresa.</p><p>(o que é fundamental?)</p><p>Como se vê em (5), o sujeito nem sempre vem exatamente no início da oração. A ordem</p><p>direta, em língua portuguesa, não significa um ordenamento obrigatório dos termos. É preciso</p><p>ter atenção a isso em provas.</p><p>Ao identificar o sujeito, é necessário não se fazer economia. Por exemplo, em (1), o sujeito não</p><p>é apenas “a nova colunista”. “Do jornal” também o integra, pois é um atributo da colunista.</p><p>Elias, e a concordância, como fica?</p><p>Por tradição, é correta a afirmação de que o verbo concorda com o sujeito.</p><p>006. (CESPE) A forma verbal “são” está no plural porque concorda com “esses indivíduos”.</p><p>(TEXTO) “Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são pressionados e oprimidos pela</p><p>sociedade”.</p><p>Se perguntarmos ao verbo quem são pressionados e oprimidos, o resultado que teremos é a expres-</p><p>são “esses indivíduos” que é classificada como sujeito. Como, por tradição, o sujeito concorda com</p><p>o verbo, o item é considerado CERTO.</p><p>Todavia, no cerne da discussão gramatical, essa concordância vai além. Também é possível afirmar</p><p>que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. E como identificá-lo?</p><p>Em linhas gerais, identificar o núcleo do sujeito</p><p>significa encontrar os substantivos sem prepo-</p><p>sição. Isso ocorre porque o sujeito é uma expressão da língua portuguesa que não pode ser pre-</p><p>posicionada. Portanto, ao menos um substantivo no sujeito deve se apresentar sem preposição.</p><p>Isso nos garante a identificação do núcleo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Obs.: � esse princípio não é válido para sujeitos oracionais (assunto que será abordado em</p><p>período composto).</p><p>Assim, voltando aos exemplos, sabemos que, em (1), o núcleo do sujeito é “colunista”; em (2),</p><p>“aumento”; em (3), “país”; em (4), “alimentos”; em (5), “criação”.</p><p>Reitero: é válido afirmar que o verbo concorda com o sujeito ou com o núcleo do sujeito. O seu</p><p>cuidado maior deve estar no momento em que você for analisar o texto da questão.</p><p>Certo.</p><p>007. (CESPE) A forma verbal “traz” está no singular porque concorda com o núcleo de seu</p><p>sujeito: “a oferta”.</p><p>(TEXTO) A oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde traz efeito</p><p>positivo aos beneficiários.</p><p>Ao perguntar ao verbo quem traz efeito positivo aos beneficiários, obtém-se como resposta “a</p><p>oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde”. Nesse sujeito, há os se-</p><p>guintes substantivos: “oferta”, “medicação”, “operadoras”, “planos” e “saúde”. Todavia, apenas</p><p>um deles está sem preposição – “oferta”. A questão afirma que o núcleo é “a oferta”, que não</p><p>é verdade. O artigo não integra o núcleo. Por esse motivo, o item é errado.</p><p>É preciso estar atento(a)! A banca sabe em que o(a) candidato(a) errará!</p><p>Errado.</p><p>3.2. tipos De sujeito</p><p>Além de conhecer o sujeito, as provas também cobram do candidato os tipos de sujeito.</p><p>São os seguintes:</p><p>EXPRESSOS</p><p>SVC</p><p>Simples 1 núcleo</p><p>Composto + de 1 núcleo</p><p>NÃO EXPRESSOS</p><p>(S)VC</p><p>Elíptico/desinencial/oculto Identificável No texto ou</p><p>no discursoIndeterminado Não identificável</p><p>INEXISTENTE</p><p>ØVC Oração sem sujeito Verbos impessoais</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>20 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>3.2.1. Sujeitos Expressos</p><p>Nos exemplos de 1 a 5, todos os sujeitos são classificados como simples, visto que pos-</p><p>suem apenas um núcleo. Vamos a outros exemplos.</p><p>EXEMPLOS</p><p>(6) Brasil e Argentina disputarão a final do campeonato.</p><p>(7) Tanto a ordem quanto o progresso são princípios nacionais.</p><p>(8) Desejamos a todos muita paz e saúde.</p><p>(9) Mentes tão bem.</p><p>(10) O menino estava cansado. Correu até o fim da rua.</p><p>(11) Revelaram a verdade sobre Cabral.</p><p>(12) Precisa-se de funcionário com experiência.</p><p>(13) É importante dirigir tranquilamente.</p><p>(6) e (7) são exemplos de sujeitos compostos (Quem disputarão? Brasil e Argentina. Quem</p><p>são princípios nacionais? Tanto a ordem quanto o progresso). Vale observar que, apesar de os</p><p>núcleos do sujeito serem singulares, os verbos ficam no plural, pois são coordenados aditiva-</p><p>mente. Mais a diante, falaremos mais sobre casos de concordância verbal.</p><p>008. (CESPE) O emprego da forma verbal “são” na terceira pessoa do plural justifica-se pela</p><p>concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”.</p><p>(TEXTO) A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas são,</p><p>sem dúvida, características dos maiores pensadores.</p><p>Perceba: quem são características dos maiores pensadores? “A originalidade e a capacidade”,</p><p>sujeito composto da oração! Os núcleos são “originalidade” e “capacidade”. Ambos estão no</p><p>singular, mas o verbo está no plural porque a concordância se dá com o fato de haver dois nú-</p><p>cleos coordenados aditivamente! Por esse motivo, a banca considerou o item certo.</p><p>Certo.</p><p>3.2.2. Sujeitos Não Expressos</p><p>(8), (9) e (10) são exemplos de sujeito elíptico. (11), (12) e (13), sujeitos indeterminados.</p><p>Para melhor entender o funcionamento dessas formas de sujeito, precisamos fazer um retorno</p><p>ao nosso ensino fundamental para relembrarmos o conceito de pessoas do discurso.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>21 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Pessoas do discurso</p><p>Segundo pressupostos linguísticos, em toda situação comunicativa, existem três pessoas do</p><p>discurso: quem fala (primeira pessoa), com quem se fala (segunda pessoa) e de quem/</p><p>do que se fala (terceira pessoa). A tabela abaixo descreve o funcionamento dessas pessoas:</p><p>Pessoas Relação com os PPCR Características</p><p>1ª pessoa EU, NÓS Sempre identificável no discurso</p><p>2ª pessoa TU, VÓS Sempre identificável no discurso</p><p>3ª pessoa ELE(A), ELES(AS)</p><p>O singular é sempre identificável</p><p>no texto. O plural pode ser</p><p>identificável no texto.</p><p>Em toda situação comunicativa, é necessária a existência de alguém para emitir e alguém para</p><p>receber a mensagem. Por isso, 1ª e 2ª pessoas são sempre identificáveis. A terceira do singu-</p><p>lar sempre possui um referente textual. Já a terceira do plural possui situação variável, pois o</p><p>texto pode ou não a identificar.</p><p>Assim, podemos voltar aos exemplos anteriormente apresentados. Em (8), quem deseja?</p><p>“Nós”, que não está explícito (se estivesse explícito, seria sujeito simples). Como é primeira</p><p>pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (9), quem mente? “Tu”. Como</p><p>é segunda pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (10), quem correu?</p><p>“Ele”, que está implícito, mas é identificável pelo texto, uma vez que se refere a “menino”, que</p><p>está no período anterior (atenção: “O menino” é sujeito simples do verbo “estava”, mas NÃO é</p><p>sujeito do verbo “correu”, uma vez que esta forma verbal está em um período distinto). Nova-</p><p>mente, o sujeito do verbo “correu” é elíptico.</p><p>009. (IADES) No período “Foi o primeiro grande palco da cidade.”, para retomar o termo “Con-</p><p>cha Acústica do DF”, sem repeti-lo, é correto afirmar que o autor fez uso do(a)</p><p>a) sujeito indeterminado.</p><p>b) oração sem sujeito.</p><p>c) sujeito representado por um pronome pessoal.</p><p>d) sujeito composto.</p><p>e) sujeito oculto ou desinencial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>(TEXTO) Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao</p><p>lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar</p><p>Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de</p><p>Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande</p><p>palco da cidade.</p><p>Pelo texto, é possível perceber que quem foi o primeiro grande palco da cidade foi a “Concha</p><p>Acústica”. Mas note que o sujeito não está expresso no último período do texto, todavia é iden-</p><p>tificável, uma vez que o verbo “foi”, na terceira pessoa</p><p>do singular, permite esse entendimento.</p><p>A alternativa certa é a letra e.</p><p>Letra e.</p><p>Em (11), quem revelou? Pela concordância verbal, o resultado é “eles”, que não está expres-</p><p>so (se estivesse expresso, o sujeito seria simples). Todavia, a terceira pessoa só é identificável</p><p>por referência textual. Como essa referência não existe, dizemos que o sujeito é indeterminado.</p><p>010. (CESPE) No trecho “exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os</p><p>traços”, o sujeito da forma verbal “exigiram” é indeterminado.</p><p>(TEXTO) A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF. A mo-</p><p>delo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da moda, pois exigiram</p><p>que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os traços. Amanda recusou-se e foi con-</p><p>sagrada naquela que seria a última tentativa de ser modelo.</p><p>O verbo “exigiram” está na terceira pessoa do plural (eles/elas exigiram) e não é possível iden-</p><p>tificar, pela redação, quem praticou o ato de exigir. Configura-se, portanto, um caso de sujeito</p><p>indeterminado, o que faz do item certo.</p><p>Certo.</p><p>Veja o seguinte texto:</p><p>Os delatores encontraram uma oportunidade para falar. Revelaram a verdade sobre Cabral.</p><p>Perceba que “revelaram” está na terceira pessoa do plural, mas agora o texto permite um refe-</p><p>rente: “os delatores”. Nesse caso, o sujeito não é mais indeterminado (até porque foi possível</p><p>determiná-lo). O sujeito de “revelaram” agora é elíptico.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Em (12), temos uma configuração de sujeito indeterminado (verbo na terceira pessoa do</p><p>singular + partícula SE, em função de índice de indeterminação do sujeito – IIS). Note que, no</p><p>exemplo, há dois substantivos (“funcionário” e “experiência”), mas ambos estão preposicio-</p><p>nados. Isso significa que nenhum deles pode ser núcleo do sujeito (e não existe sujeito sem</p><p>núcleo). Por isso uma construção desse tipo é considerada indeterminada.</p><p>Obs.: � para haver IIS, o verbo deve estar na terceira do singular.</p><p>Em (13), nosso último caso de sujeito indeterminado. Antes de mais nada, veja que a ora-</p><p>ção possui dois verbos (trata-se de um período composto). Para descobrir o sujeito do primei-</p><p>ro, perguntamos o que é importante? A resposta: “dirigir com tranquilidade”, que é um sujeito</p><p>oracional (um sujeito em formato de oração. Nesse caso, o núcleo é o verbo). Agora, pergunto:</p><p>quem dirige com tranquilidade? Qualquer um! Esse tipo de construção quer dizer que o ato de</p><p>dirigir com tranquilidade é importante para qualquer pessoa. O verbo “dirigir” possui sujeito</p><p>indeterminado. Esse tipo de verbo também é conhecido como infinitivo impessoal.</p><p>Nem todo verbo no infinitivo representa um sujeito indeterminado. Os exemplos a seguir mos-</p><p>tram isso. São casos de infinitivos pessoais.</p><p>EXEMPLO</p><p>Ele comprou um carro para eu dirigir com tranquilidade.</p><p>Pergunto: quem vai dirigir com tranquilidade? “Eu”! Sujeito simples!</p><p>EXEMPLO</p><p>Essa é a hora de a criança dormir.</p><p>Pergunto: quem vai dormir? “A criança”! Sujeito simples!</p><p>No exemplo anterior, a preposição “de” não pode se fundir com o artigo “a”, para que o sujeito</p><p>não fique preposicionado.</p><p>3.2.3. Sujeitos Inexistentes</p><p>Na língua portuguesa, existem alguns verbos que, conforme a norma padrão, não admitem</p><p>que a posição sintática de sujeito seja ocupada. Esses verbos são conhecidos como impes-</p><p>soais. Como eles não admitem sujeito, só podem ficar no singular, uma vez que não há com o</p><p>que concordar. Esse tipo de construção é conhecido como oração sem sujeito ou sujeito</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>24 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>inexistente. Veja no quadro a seguir que verbos são esses (os que são frequentemente cobra-</p><p>dos em provas).</p><p>Fenômenos da natureza O verbo sozinho indica um fenômeno natural.</p><p>HAVER 1. Com sentido de “existir”, “ocorrer” ou “acontecer”;</p><p>2. Com a indicação de tempo transcorrido</p><p>FAZER Com a indicação de tempo transcorrido</p><p>Vamos analisar os exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(14) Choveu muito durante a madrugada.</p><p>(15) Havia árvores espalhadas pela estrada.</p><p>(16) Há dez anos, comecei meus estudos.</p><p>(17) Faz dois meses que não como carne.</p><p>Em (14), o verbo “chover” não admite qualquer sujeito. É o exemplo mais clássico de ora-</p><p>ção sem sujeito.</p><p>EXEMPLO</p><p>Choveram críticas ao professor.</p><p>Nesse caso, o verbo NÃO é impessoal. Veja até que está no plural, concordando com “críticas”,</p><p>que é o núcleo do sujeito.</p><p>EXEMPLO</p><p>Choveu granizo durante a noite.</p><p>Conforme está apresentado, um verbo que indica fenômeno da natureza só é considerado im-</p><p>pessoal quando, SOZINHO, revela o fenômeno. Na oração, o sujeito é “granizo” (o que choveu).</p><p>O fenômeno natural está descrito pelo verbo e pelo substantivo, e não apenas pelo verbo!</p><p>Isso não é muito importante para provas, mas costuma ser dúvida de muitos alunos.</p><p>Em (15), o verbo “haver” está empregado em sentido de “existir”. Também é considerado</p><p>impessoal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>011. (CESPE) A forma verbal “existem” poderia ser corretamente substituída por hão, já que</p><p>haver é sinônimo de existir.</p><p>(TEXTO) Não existem dúvidas de que lhe diziam que determinado amante tramava contra ele</p><p>ou que outro desviava o dinheiro público, mas ele sempre fazia o que a mulher lhe pedia e logo</p><p>se livrava daqueles homens.</p><p>Não se pode esquecer que o verbo “haver” – com o sentido de “existir” – por ser impessoal,</p><p>jamais pode estar no plural. E a questão faz justamente essa sugestão. Por isso, o item é con-</p><p>siderado errado.</p><p>Errado.</p><p>O verbo “haver” é impessoal, mas o verbo “existir” é pessoal. Isso significa dizer que este,</p><p>ao contrário daquele, possui sujeito e concordância! Caso, no exemplo (15), houvesse a subs-</p><p>tituição dos verbos, o correto seria existiam árvores espalhadas pela estrada.</p><p>012. (CESPE) A forma verbal “há” poderia ser corretamente substituída por existem.</p><p>(TEXTO) Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países –</p><p>incluindo Brasil, Argentina.</p><p>Sugere-se a substituição de “haver” por “existir”. O verbo “haver” é impessoal, mas “existir”</p><p>é pessoal. Isso significa dizer que, com essa substituição, a frase passará a ter um sujeito.</p><p>E pergunto: o que atualmente existe? “Duas Américas Latinas”. Por esse motivo, o correto é</p><p>existem, e o item é certo.</p><p>Certo.</p><p>Outra dúvida de muitos alunos: “professor, já que ‘duas Américas Latinas’ é sujeito com o</p><p>verbo ‘existir’, então o que a mesma expressão é para o verbo ‘haver’?” A tradição gramatical</p><p>defende que, com “haver”, “duas Américas Latinas” é o objeto direto. De coração, isso raramen-</p><p>te aparece em provas. Dê mais atenção às substituições de um verbo por outro.</p><p>Em (16) e (17), “haver” e “fazer” indicam um tempo que se passou. Também são conside-</p><p>rados impessoais e, por isso, devem ficar no singular.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191,</p><p>vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>013. (IADES) Outra redação possível para a oração “há 86 anos” seria fazem 86 anos.</p><p>Pretende-se trocar “haver” por “fazer” em uma oração que pretende indicar que 86 anos se pas-</p><p>saram. Ambos os verbos, com o sentido de indicar tempo transcorrido, são impessoais, motivo</p><p>pelo qual só podem ser empregados no singular. Isso torna o item errado.</p><p>Errado.</p><p>Obs.: � Não confunda TEMPO TRANSCORRIDO com PRETÉRITO. Em 16 e 17, ambos os verbos</p><p>estão no presente, mas conseguem indicar que algum tempo se passou (e há uma indi-</p><p>cação de tempo explícita após cada um dos verbos). Em 16, o verbo “havia” está no</p><p>pretérito imperfeito e indica, sozinho, um evento do passado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Nem sempre o verbo “haver” é impessoal. Quando esse é verbo auxiliar em uma locução ver-</p><p>bal, é classificado como verbo pessoal, com sujeito e concordância. Primeiramente, vamos</p><p>entender uma locução verbal, na ilustração a seguir:</p><p>Analise a seguinte construção:</p><p>EXEMPLO</p><p>O presidente havia decretado dias de luto.</p><p>É um caso em que o verbo “haver” é auxiliar em uma locução verbal. Nesse caso, existe um</p><p>sujeito (“o presidente”). Se este for colocado no plural, o resultado é</p><p>EXEMPLO</p><p>Os presidentes haviam decretado dias de luto.</p><p>Agora, eu te pergunto: qual das duas construções abaixo está correta?</p><p>EXEMPLOS</p><p>Deve haver novos tratados de paz no mundo.</p><p>Devem haver novos tratados de paz no mundo.</p><p>Antes de mais nada, vamos fazer algumas considerações: 1) “haver” está no sentido de “exis-</p><p>tir”; 2) “haver” não é mais auxiliar, e sim principal.</p><p>Nesse caso, considera-se que a locução é impessoal. Logo, não possui sujeito. Por isso, deve</p><p>ficar no singular. A opção correta é a primeira.</p><p>Agora, ao se trocar o verbo “haver” por “existir”, o correto é devem existir novos tratados de paz</p><p>no mundo, pois o verbo “existir” é pessoal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>3.3. concorDânciAs verBAis especiAis</p><p>Aproveito que estamos no assunto “sujeito” para apresentar a você alguns casos especiais</p><p>de concordância verbal que são muito, muito frequentes em provas de concursos públicos. O</p><p>meu objetivo é que você saiba tudo de sujeito. Então, vamos lá!</p><p>Núcleos partitivos (metade, maioria, maior parte, minoria, frações ou porcentagens): a con-</p><p>cordância pode ser feita com o núcleo ou com o núcleo do termo que determina o núcleo.</p><p>EXEMPLOS</p><p>A maioria dos jogadores chegou.</p><p>A maioria dos jogadores chegaram.</p><p>Obs.: � se a oração fosse “A maioria do time chegou”, o verbo só poderia ficar no singular, pois</p><p>“maioria” e “time” são singulares.</p><p>EXEMPLOS</p><p>1/3 dos brasileiros sabe a verdade. (concordância sempre com o numerador.)</p><p>1/3 dos brasileiros sabem a verdade.</p><p>1,8% das empresárias fala chinês. (só é plural do 2 em diante.)</p><p>1,8% das empresárias falam chinês.</p><p>Obs.: � se, antes do numeral, vier um determinante (um artigo ou pronome), o verbo só pode</p><p>concordar com o numeral.</p><p>EXEMPLO</p><p>Os 1,8% dos italianos come mal.</p><p>Mais de um, cerca de: a concordância é sempre feita com o numeral.</p><p>EXEMPLOS</p><p>Mais de um brasileiro foi encontrado.</p><p>Mais de cinco Brasileiros foram encontrados.</p><p>Cerca de doze pessoas seguiam o profeta.</p><p>Sujeito com “cada” ou “nenhum”: verbo sempre no singular.</p><p>EXEMPLOS</p><p>“Cada um de nós compõe a sua história.”</p><p>“Nenhum deles veio.”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>29 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Sujeito composto unido por conjunção aditiva: se estiver anteposto, o verbo deverá ficar no</p><p>plural. Se estiver posposto, o verbo pode estar no plural (concordância genérica) ou concordar</p><p>com o termo mais próximo (concordância atrativa).</p><p>EXEMPLOS</p><p>O homem e a mulher batalham por melhorias. (Concordância com os dois núcleos)</p><p>Batalham por melhorias o homem e a mulher. (Concordância com os dois núcleos)</p><p>Lembrando: esses são alguns casos especiais de concordância verbal. Inevitavelmente,</p><p>voltaremos nessa discussão em unidades futuras!</p><p>4. Bloco iii – sintAxe (pArte ii)</p><p>No bloco anterior, iniciamos nossos estudos de sintaxe por uma parte necessária a qual-</p><p>quer prova: o sujeito. Ele é importante por dois motivos. Primeiramente, por estar presente</p><p>em todas provas. Além disso, segundo teorias linguísticas, só após compreender o sujeito,</p><p>um indivíduo está apto a entender outras estruturas sintáticas. Em outras palavras, o sujeito é</p><p>pré-requisito para o resto. Partindo do pressuposto de que você, atentamente, estudou o bloco</p><p>anterior, podemos ir adiante!</p><p>O foco, agora, está em complementos verbais e adjuntos adverbiais. Essas estruturas per-</p><p>tencem ao predicado e geram alguma confusão nos estudos dos alunos. Antes de irmos direto</p><p>ao assunto, coloque uma informação em sua cabeça: adjunto adverbial NÃO É um comple-</p><p>mento verbal. Isso será fundamental para que você não se confunda! Parece muito pouco, mas</p><p>repita isso para si até que você se convença (nem que seja na marra... kkk)!</p><p>Vale sempre, claro, relembrar um esquema apresentado anteriormente:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>30 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>4.1. os coMpleMentos verBAis</p><p>Segundo a tradição gramatical, os complementos verbais por excelência são o objeto di-</p><p>reto e o objeto indireto. A diferença elementar entre eles: aquele não possui preposição, ao</p><p>passo que este é sempre preposicionado. A ideia desses complementos é receber a noção</p><p>transmitida pelo verbo. Melhor: a noção verbal vem do sujeito e recai sobre o complemento.</p><p>Veja alguns exemplos:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(1) O gerente contratou aqueles novos funcionários.</p><p>(2) As crianças gostam de atitudes amorosas.</p><p>Em (1), note: a noção de contratar parte de “o gerente” (sujeito). Alguém recebe essa no-</p><p>ção – “aqueles novos funcionários” (objeto direto). Já em (2), a noção de gostar parte de “as</p><p>crianças” (sujeito). Essa noção recai sobre aquilo de que gostam as crianças – “de atitudes</p><p>amorosas” (objeto indireto). Por outro ângulo, quem contrata, contrata algo ou alguém; quem</p><p>gosta, gosta de algo ou de alguém.</p><p>Mais um exemplo:</p><p>EXEMPLO</p><p>(3) O deputado doou todos os recursos arrecadados a instituições de caridade.</p><p>Em (3), a noção de doar parte de “o deputado” (sujeito). Essa noção recai sobre “todos os</p><p>recursos arrecadados” (objeto direto) e sobre “a instituições</p><p>de caridade” (objeto indireto).</p><p>Nem os recursos nem as instituições geram a noção de doar. Aliás, os recursos são doados, e</p><p>as instituições recebem o que foi doado. Por outro ângulo, quem doa, doa algo a alguém.</p><p>Não viaje! O “a” antes de “instituições” é apenas preposição! O artigo não foi empregado na sen-</p><p>tença anteriormente apresentada! E lembre-se: preposições não concordam com substantivos.</p><p>A complementação verbal nos traz uma nova percepção: a transitividade verbal. O verbo rege</p><p>o complemento, e o complemento é regido pelo verbo. E essa relação define a transitividade.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>31 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>A partir disso, podemos definir que o verbo de 1 é verbo transitivo direto (VTD); de 2, verbo</p><p>transitivo indireto (VTI); e de 3, verbo transitivo direto e indireto (VTDI).</p><p>Coloque uma informação na sua cabeça concurseira: quem define a transitividade verbal</p><p>é a presença do objeto! Um verbo não nasce transitivo. Na verdade, ele se torna transitivo, a</p><p>partir da presença do objeto. Venha comigo aos exemplos a seguir, derivados do 3:</p><p>EXEMPLOS</p><p>(4) O deputado doou todos os recursos arrecadados.</p><p>(5) O deputado doou a instituições de caridade.</p><p>A oração 4 apresenta apenas o que foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo direto. Já</p><p>em 5, está presente apenas a quem foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo indireto. Isso</p><p>ratifica o que disse anteriormente: o verbo se torna transitivo pela presença do complemento.</p><p>É loucura querer decorar todas as transitividades verbais, ainda mais agora que você percebeu</p><p>que um mesmo verbo pode ter transitividade variável, a depender do complemento. Quem es-</p><p>tuda para concursos deve ENTENDER a transitividade verbal e DECORAR apenas os verbos de</p><p>regência especial (que são comumente cobrados em prova). Mais a diante, você saberá que</p><p>verbos são esses!</p><p>014. (CESPE) Estive fazendo um levantamento de todas as mensagens que me enviaram pela</p><p>Internet e observei como elas mudaram a minha vida. Primeiro, deixei de ir a bares e boates</p><p>por medo de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de órgãos, com</p><p>terror de que me roubem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo esperma,</p><p>deixando-me estirado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem: “Chame a</p><p>emergência ou morrerá”. Em seguida, deixei também de ir ao cinema, com medo de sentar-me</p><p>em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.</p><p>Depois, parei de atender o telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha</p><p>linha ser clonada e eu ter de pagar uma conta astronômica. Acabei dando o meu celular por-</p><p>que iriam me presentear com um modelo mais novo, de outra marca, o que nunca aconteceu.</p><p>Então, tive de comprar outro, mas o abandonei em um canto com medo de que as micro-ondas</p><p>me dessem câncer no cérebro.</p><p>Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados que me</p><p>contagiem com alguma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábito de tomar qualquer</p><p>coisa em lata para não morrer devido aos resíduos infectados pela urina de rato.</p><p>Deixei de ir aos shoppings com medo de que sequestrem a minha mulher e a obriguem</p><p>a gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta-malas do</p><p>automóvel dela.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>32 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existen-</p><p>tes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os Teletubbies se</p><p>apoderassem do meu protetor de tela.</p><p>Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens</p><p>para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por pessoa que anota seu nome</p><p>na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não pude entregar</p><p>porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me com</p><p>as baratas ali incubadas, segundo me haviam me informado por e-mail.</p><p>Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes</p><p>expressões: “um levantamento”, “alguém morto”, “todos os antivírus existentes” e “a língua”.</p><p>A primeira questão quer avaliar o seu conhecimento sobre complementos verbais (todos des-</p><p>tacados no texto). No primeiro caso, a noção de fazer recai sobre algo feito – “um levantamen-</p><p>to” (quem faz, faz algo). No segundo, há a noção de colocar e o que foi colocado – “alguém</p><p>morto” (quem coloca, coloca algo). No terceiro, há a noção de comprar e o que foi comprado</p><p>– “todos os antivírus existentes” (quem compra, compra algo). Por fim, há a noção de passar</p><p>e o que é passado – “a língua” (quem passa, passa algo). Constatamos, assim, que todas as</p><p>estruturas destacadas desempenham a função de complemento direto dos verbos a que se</p><p>ligam, motivo pelo qual a questão está certa.</p><p>Certo.</p><p>015. (CESPE) Nos trechos “Chame a emergência”, “pagar uma conta astronômica”, “dessem</p><p>câncer” e “comprar preservativos”, as formas verbais não são intransitivas.</p><p>No primeiro caso, há a noção de chamar e o que é chamado; no segundo, a noção de pagar e o</p><p>que é pago; no terceiro, a noção de dar e o que é dado; no quarto, a noção de comprar e o que é</p><p>comprado. Todos os verbos são VTD, pois estão acompanhados de seus respectivos comple-</p><p>mentos diretos. Então o item está certo, pois o examinador afirma que as formas verbais não</p><p>são intransitivas.</p><p>Certo.</p><p>016. (IBFC) Considerando o verso “não via o trem”, avalie as afirmações que seguem.</p><p>I – O verbo é intransitivo.</p><p>II – Na oração, “o trem” exerce a função de objeto direto.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>33 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>a) somente I</p><p>b) somente II</p><p>c) I e II</p><p>d) nenhuma</p><p>Primeiramente, vamos analisar a oração: há a noção de ver e o que é visto – “o trem”. Logo, o</p><p>verbo é VTD e “o trem” é OD. Se o verbo “transitou”, não podemos tomá-lo como intransitivo,</p><p>o que torna a primeira afirmativa errada. Pelo que já expus, a segunda afirmativa está certa.</p><p>Então, o gabarito é a letra b.</p><p>Letra d.</p><p>4.2. o preDicAtivo e o verBo De ligAção</p><p>Querido(a), depois de falarmos sobre os complementos verbais, vamos a outra possibili-</p><p>dade sintática:</p><p>EXEMPLO</p><p>(6) O presidente estava desolado.</p><p>Primeiramente, quero que você dê atenção ao verbo “estava”. Você se lembra o que apren-</p><p>deu sobre verbos ainda no primário? Não?</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ROGERIO JUNIO DA SILVA PACHECO - 99917351191, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>34 de 151www.grancursosonline.com.br</p><p>Morfossintaxe do Período Simples</p><p>GRAMÁTICA</p><p>Elias Santana</p><p>ADENDO: O QUE É UM VERBO?</p><p>Você, quando pequeno, aprendeu o seguinte: verbo é uma palavra que</p>

Mais conteúdos dessa disciplina