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<p>1</p><p>11</p><p>O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA ESTRATÉGIA PARA APRENDER BRINCANDO[footnoteRef:1] [1: Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Pedagogia do Centro Universitário Uninter.]</p><p>OLIVEIRA, Edina Caroline de Castro[footnoteRef:2] [2: ]</p><p>RU 1274630</p><p>Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal compreender e fazer compreender o lúdico na educação infantil como uma estratégia para aprender brincando. A partir da introdução, alguns questionamentos sobre o ato de brincar surgem como norte para as leituras advindas desta temática. Como metodologia, esta pesquisa se enquadra no que diz respeito ao método e abordagem, como qualitativa; quanto à natureza, como básica; quanto aos objetivos, como exploratória e quanto aos procedimentos técnicos, como bibliográfica. Para explanação do tema da ludicidade, a pesquisa se subdivide. No primeiro momento, aborda-se a compreensão da tríade: brincar, cuidar e aprender. No segundo momento, a intenção é caracterizar a criança da educação infantil e a forma como esta aprende melhor. Por fim, a pesquisa explana conceitos importantes relacionados à ludicidade e por último, mas deveras não menos importante, a pesquisa defende a ideia de que entre o brincar e o aprender, a linha é tênue, uma vez que quando coordenados e associados corretamente, ambos podem acontecer simultaneamente.</p><p>PALAVRAS-CHAVE: 1 Ludicidade. 2 Ensino. 3 Educação Infantil.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Compreender o que é e como funciona a dinâmica da Educação Infantil é parte importante da rotina escolar. O processo de aprendizagem é deveras complexo e, para que ocorra de forma eficaz, é necessário pensar de que maneira a criança aprende melhor.</p><p>Um dos maiores e mais importantes fatores para o desenvolvimento pisco social de uma criança é o período em que ela brinca. São nestes valorosos momentos que se torna possível observar o desenvolvimento da oralidade, da criatividade e outros aspectos cognitivos.</p><p>Por meio dos estudos realizados nesta pesquisa foi possível observar e aprofundar o conhecimento e o entendimento acerca do brincar no período que anteriormente era denominado como Pré - Escolar, hoje conhecido como Educação Infantil.</p><p>Esta compreensão possibilita que os professores vivenciem na prática a ideia de que se pode sim aprender brincando ou brincar aprendendo. Quando a escola é o palco que possibilita esta maneira de adquirir conhecimento, as conexões cerebrais – sinapses -, se tornam mais rápidas, completas e complexas.</p><p>Deste modo espera-se que esse trabalho possa elucidar e instigar esta temática, suscitando outras pesquisas e servindo como base para que outros estudantes possam buscar subsídios no sentido de compreensão da relação entre brincar/cuidar/aprender no início do processo de escolarização da criança.</p><p>Pensar a efetiva formação efetiva do professor dentro da contemporaneidade e compreender os processos variáveis da aquisição de conhecimentos é um dos motes deste trabalho. Além disso, há de se interpor que a ludicidade, em seu mais puro conceito – pensar o ensino com jogos e brincadeiras – não de forma simplista, mas sim contextualizada é também mote deste trabalho.</p><p>2. METODOLOGIA</p><p>A palavra metodologia tem sua origem no grego e significa (métodos = caminho, ao longo de um caminho e lógos = estudo) (LAKATOS & MARCONI, 1992). Sendo assim, a metodologia de um trabalho mostra quais estudos e por quais caminhos o pesquisador passou para chegar à compreensão daquilo que se propôs analisar.</p><p>2.1 QUANTO AO MÉTODO E A ABORDAGEM</p><p>Quanto a caracterização do método e da abordagem desta pesquisa, esta caracteriza-se como qualitativa.</p><p>Pode ser definida como a que se fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não-utilização de instrumental estatístico na análise dos dados. Esse tipo de análise tem por base conhecimentos teórico empíricos que permitem atribuir-lhe cientificidade. (RICHARDSON ET AL. p. 31, 2007).</p><p>Há grande preocupação neste tipo de pesquisa quanto à compreensão dos fenômenos analisados, portanto é possível pressupor que a preocupação não é com resultados findados no empirismo, mas sim na compreensão de como determinados fenômenos se manifestam.</p><p>2.2 QUANDO À NATUREZA</p><p>A pesquisa é uma das atividades da ciência, e é por meio dela que se torna possível descobrir a realidade. Quanto à natureza, é possível compreender esta pesquisa como básica, ou ainda, nas palavras Ferrari (1982)</p><p>É um tipo de estudo sistemático motivado pela curiosidade intelectual. Também chamada de básica ou teórica, preocupa-se com o desenvolvimento do conhecimento pelo prazer de conhecer e evoluir cientificamente. A pesquisa pura procura melhorar o próprio conhecimento, isto é, busca contribuir, entender e explicar os fenômenos. Nela os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias. (FERRARI, 1982. p. 56).</p><p>Sendo assim, esta maneira de pensar a pesquisa proporciona a articulação de conceitos de modo a sintetizar a produção em determinada área do conhecimento, o que possibilita criar novas questões dentro daquilo que já fora outrora produzido.</p><p>2.3 QUANTO AOS OBJETIVOS</p><p>Para Gil (2007), aos objetivos de uma pesquisa podem ser exploratórias, descritivas ou explicativas. Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória. Esta pesquisa</p><p>Tem a finalidade de ampliar o conhecimento a respeito de um determinado fenômeno. Segundo o autor, esse tipo de pesquisa, aparentemente simples, explora a realidade buscando maior conhecimento, para depois planejar uma pesquisa descritiva. (GIL, 2007. p. 60).</p><p>O planejamento deste momento de pesquisa é bastante flexível, uma vez que o pesquisador está investigando e explorando hipóteses.</p><p>2.4 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS</p><p>Quanto a técnica utilizada para a elaboração desta pesquisa, trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Esta fundamenta-se no conhecimento já existente previamente em fontes bibliográficas, tais como livros, artigos científicos, entre outros. Para Koche (1997)</p><p>Tem a finalidade de ampliar o conhecimento na área, de dominar o conhecimento para depois utilizá-lo como modelo teórico que dará sustentação a outros problemas de pesquisa e para descrever e sistematizar o estado da arte na área estudada. (KOCHE 1997, p. 122).</p><p>Ainda sobre a pesquisa bibliográfica, Gil (2007) diz que</p><p>Este tipo de pesquisa se restringe ao campo de atuação no levantamento e na discussão da produção bibliográfica existente sobre o tema. O processo de pesquisa envolve a escolha do tema, levantamento bibliográfico preliminar, formulação do problema, elaboração do plano provisório de assunto, busca das fontes, leitura do material, fichamento, organização lógica do assunto e redação do texto (GIL, 2007, p. 60).</p><p>Deste modo, tendo traçado as perspectivas metodológicas que o trabalho de pesquisa percorreu, intenta-se que o leitor e pesquisador desta temática encontre subsídios para os demais estudos a que se predisponha, bem como tenha neste um ponto de partida.</p><p>3 COMPREENSÃO DA TRÍADE:BRINCAR/CUIDAR/APRENDER</p><p>Como pode a criança estar brincando e, ao mesmo tempo, dizer-se que ela está aprendendo algo na escola? Como o(a) professor(a) da Educação Infantil pode avaliar a aprendizagem das crianças, partindo da ludicidade? Qual a visão que os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental têm da Educação Infantil?</p><p>Estas foram algumas questões que nortearam a curiosidade acerca da educação com base na ludicidade. É a partir da ludicidade que se pode pensar numa aprendizagem efetiva, por meio da qual o aluno sinta prazer em aprender, uma vez que, quando na primeira infância e, por meio do brincar, nem percebe que está imerso no aprendizado.</p><p>Pensar em um caminho pelo qual haja a ativação do potencial criativo do aluno por meio de vivências lúdicas parece ser um caminho valoroso no que diz respeito aos primeiros passos escolares. A Educação Infantil é, em geral, compreendida como espaço para o brinquedo e a brincadeira. E há uma razão para isso.</p><p>Pensando então na nomenclatura até certo tempo</p><p>atrás utilizada, a idade pré-escolar, que compreendia entre os 0 e 6 anos de idade, antecedia o período de estudos, não sendo então a este atribuído valor de obrigatoriedade no aprendizado. Então, após novas leis serem criadas, a Educação Infantil passa a ser um espaço mais elaborado, transcendendo a descrição vil de que é apenas um espaço para que as famílias deixem as crianças para trabalhar e passando então a ser vista com um espaço preparatório, introdutório e estimulatório do aprendizado infantil.</p><p>É possível citar então as modificações que a legislação nacional teve, uma vez que, a partir do final dos anos 90, tendo em vista a nova LDB e, ainda, com o advento do Ensino Fundamental passando de oito para nove anos, os paradigmas educacionais mudaram, desde as nomenclaturas – CMEI’s e CEI’s, município e espaço privado de ensino, respectivamente.</p><p>Dentro destes espaços formais de ensino, a ludicidade desponta como um fator potencializador das capacidades de aprendizagem. A ludicidade aponta neste momento como um fator potencializador do processo de ensino. Segundo Rojo (2010)</p><p>O professor tem uma tarefa a realizar em sala de aula e não pode ser um mero espectador do que faz o aluno ou simples facilitador do processo de aprendizagem apenas passando tarefa. Cabe a ele ensinar também e, assim, ajudar cada aluno a dar um passo adiante e progredir na construção de seus conhecimentos. (ROJO, 2010, p. 179).</p><p>Assim, o professor, além de ser o caminho para a aquisição do conhecimento escolar, precisa ser o mediador entre os contextos, equilibrar os padrões, explicar à comunidade escolar qual é ou quais são as funções do brincar e por qual razão, muitas vezes, os alunos não chegam à idade escolar obrigatória totalmente alfabetizados.</p><p>É possível que existam muitas respostas para este questionamento, mas a que mais desponta como plausível de aceitabilidade é a de que o espaço do CMEI é voltado ao lúdico e é utilizado também, mas não principalmente, para a alfabetização.</p><p>A ludicidade na Educação Infantil tem como objetivo principal promover o desenvolvimento psicológico, social, motor e neurológico da criança antes doo processo de alfabetização para que este ocorra de forma tranquila e prazerosa, no tempo certo e sem maiores dificuldades.</p><p>Ocorre que todos, sem exceção: professores, gestores, secretarias de governo e demais envolvidos no processo de ensino, precisam ainda compreender o papel do educador infantil na vida da criança. Há hoje muitas exigências e cobranças para com o setor educacional de todos os lados e isto fragiliza todos os atores do processo de ensino/aprendizagem, adoece professores, causa precarização do desenvolvimento das crianças e compromete a gestão democrática.</p><p>3.1 QUEM É A CRIANÇA DA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI, caracterizam a criança como</p><p>Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. “sujeito de direitos”. (BRASIL - DCNEI, 2010, pg. 14).</p><p>Todos os princípios elucidados acima como sendo integrante do conceito – criança tornam possível a percepção de que o brincar não pode ser compreendido como perca de tempo nos espaços de Educação Infantil, mas sim como experiências que contribuem para o desenvolvimento integral das crianças.</p><p>Brincar e cuidar são duas atividades permanentes no período em que a criança se encontra entre zero e seis anos de idade. É pela brincadeira que tem início o contato do bebê com o mundo, o espaço e o tempo. Conforme cresce, a criança adquire autonomia nos momentos lúdicos, expressando sua independência gradativa, à medida que amplia seus horizontes.</p><p>Sobre isso, Souza (2018) diz que</p><p>Analisando como a criança descobre o mundo no espaço escolar através das brincadeiras, exercitando a imaginação, desenvolvendo sua personalidade e suas habilidades, expressando sua autonomia diante dos objetos, trabalhando seu emocional e ampliando seus horizontes através da participação nas atividades lúdicas (SOUZA, 2018, p.5)</p><p>Assim sendo, é preciso compreender o quão relevante o brincar se torna para a criança, diante da necessidade do seu desenvolvimento natural. É intrínseco a ela o ato de brincar para descobrir a si mesmo e ao universo que a cerca. O brincar possibilita o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, além de inúmeras outras habilidades tão requisitadas na vida adulta.</p><p>Da mesma forma, para a Educação Infantil, o cuidar também aparece como sendo de demasiada importância para a infância. É por meio dos gestos e ensinamentos que a criança recebe dentro do ambiente escolar que ela desenvolve hábitos de higiene, cuidados com seu material, consigo, com o outro e com o mundo.</p><p>Partindo deste pressuposto, não há como entender o termo “cuidar” na Educação Infantil de forma simplista e apenas compreendendo como “trocar a fralda” ou deixar a criança com as roupas limpas ao final do dia. Cuidar, neste caso, implica preparar a criança para que esta cresça com hábitos saudáveis e noções importantes de rotina. Dessa maneira</p><p>A dicotomia, muitas vezes vividas entre cuidar e o educar deve começar a ser desmistificada. Todos os momentos podem ser pedagógicos e de cuidados no trabalho com crianças de 0 a 5 anos. Tudo dependerá da forma como se pensam e se procedem as ações. Ao promovê-las proporcionamos cuidados básicos ao mesmo tempo em que atentamos para a construção da autonomia, dos conceitos, das habilidades, do conhecimento físico e social. (CRAIDY, 2001, p70)</p><p>Cuidar, ensinar e brincar não devem ser pensadas, no que diz respeito à educação, como dicotomias – uma pode existir, enquanto a outra está sendo executada e assim sucessivamente. O foco deve ser a formação da criança a partir dos momentos lúdicos, os quais ela vivencia desde o início do processo escolar.</p><p>3.2 LUDICIDADE: CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>Muitos significados permeiam o conceito de ludicidade. Primeiramente elucida-se aqui que, na educação, bem como na sua extensão em todos os ramos do ensino, o termo pode ser compreendido de múltiplas formas e por múltiplas vertentes.</p><p>Não se tem a intenção aqui, neste momento da pesquisa, de simplificar o significado da palavra, puramente dita, mas sim, costurar uma colcha, não de retalhos, mas de compreensões acerca do lúdico e da ludicidade dentro do que se compreende como ensino.</p><p>De acordo com o Dicionário Aurélio (2004)</p><p>Forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. O primeiro significado do jogo é o de ser lúdico - ensinar e aprender se divertindo. Característica ou propriedade do que é lúdico, do que é feito por meio de jogos, brincadeiras, atividades criativas; ludismo: a ludicidade na educação infantil. (FERREIRA, 2004. p. 345)</p><p>O Dicionário Houaiss (2001) diz que</p><p>Lúdico relativo a jogo, a brinquedo que visa mais ao divertimento do que qualquer outro objetivo. Que se faz por gosto, sem outro objetivo que o próprio prazer de o fazer; tendência ou manifestação que surge na infância e na adolescência sob forma de jogo; divertimento. (HOUAISS, 2001. p. 1609).</p><p>Partindo desse princípio, o lúdico envolve brinquedos e brincadeiras, dentro outros aspectos, com vistas ao desenvolvimento tanto da criatividade, quanto da imaginação. Ambos são princípios ou pontos de partida para que se torne possível adquirir conhecimentos no futuro.</p><p>Auto imagem, orientação do corpo no espaço, lateralidade, equilíbrio, coordenação motora, manuseio de objetos, ritmo, entre outros conteúdos podem ser pensados, compreendidos e trabalhados de maneira lúdica sem que desmereçam ou desfavoreçam a aprendizagem, especialmente quando se pensa nas crianças da Educação Infantil.</p><p>O professor precisa, portanto, saber fazer uso de estratégias lúdicas, tais como músicas, poemas,</p><p>brincadeiras e jogos para possibilitar a construção dos conhecimentos básicos e iniciais da criança, que lhes serão fundamentais em todo desenvolvimento educacional.</p><p>Fazer uso das formas lúdicas de ensino pode acarretar em desentendimentos e descontentamentos entre professores e comunidade escolar que compreendem a aprendizagem apenas pelo viés daquilo que outrora fora via de regra. Pensar na inserção de bebês e crianças e cobrar destes desenvoltura grafo numérica sem antes a estes permitir espaços de expressão múltipla é cercear a capacidade cognitiva ao pensamento dentro da caixa.</p><p>Pensar na ludicidade como via de acesso não é uma ideia nova. Há muito se compreende que jogos (compreendendo este como elemento lúdico) são capazes de fixar conhecimento de forma mais efetiva do que os recursos antigos, como o quadro e o giz.</p><p>Almeida (2007) diz que</p><p>Ao analisarmos a origem etimológica desses termos, verificamos que lúdico tem sua origem no latim clássico, ludus, que significava jogos (...). A palavra jogo, por sua vez, origina-se no latim popular, iocus, que significa jogo, divertimento, gracejo, pilhéria. Há então, uma ampliação de significados entre os termos. O primeiro, mais restrito relaciona-se, primordialmente, ao brinquedo (...), ao passo que o segundo possui maior extensão semântica. (ALMEIDA, 2007. p. 16).</p><p>Assim, é interessante perceber que ambos os conceitos se fundem por meio de uma linha tênue. Huzinga (2000) diz que</p><p>O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições menos rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica. É nos possível afirmar com segurança que a civilização humana não acrescentou característica essencial alguma à ideia geral de jogo. Os animais brincam tal como os homens. Bastará que observemos os cachorrinhos para constatar que, em suas alegres evoluções, encontram-se presentes todos os elementos essenciais do jogo humano. (HUZINGA, 2000. p. 5).</p><p>Observando as teorias de Negrine (1994), faz-se o uso do vocábulo “jogo” para referenciar a brincadeira, tanto relacionada ao público adulto quanto ao público infantil – neste caso, o objeto de observação teórica é o ensino de língua portuguesa por meio de componentes lúdicos.</p><p>O jogo é uma estratégia contemporânea dos exercícios lúdicos já vivenciados desde criança e que está intimamente ligado ao teor da imaginação. O jogo conecta pessoas, ambientes, contextos diferentes e atribui sentido ao processo de ensino.</p><p>Para compreender a definição de uma atividade lúdica e em que momento ela ocorre, não se pode deixar de mencionar as pesquisas de Vygotsky (2003), que aludem a pressupostos da imaginação para a existência do jogo das crianças. Outra questão importante nas teorias deste estudioso russo é a inter-relação: tanto em relação ao igual, com coisas e com o ambiente, quanto aos aspectos socioculturais que atuam a desenvolver as capacidades humanas.</p><p>Apesar de a relação brinquedo-desenvolvimento poder ser comparada a relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência. A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação das intenções voluntarias e a formação dos planos da vida real e motivações volitivas- tudo aparece no brinquedo, que se constitui, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar. (VYGOTSKY, 2003, p.135).</p><p>Deste modo, ao pensar a importância do ato de jogar como um apoio pedagógico, de maneira a perceber o processo evolutivo do aprendizado do aluno, compreende-se o relacionamento entre o lúdico e a sala de aula. Há, então, a percepção da importância desta teoria para a aprendizagem e toda a influência que tal modalidade pode provocar e instigar em seus discentes.</p><p>Torna-se necessário entender o que é ludicidade e o que o jogo oferece frente ao ambiente educacional, de maneira a conduzir o comportamento e as atitudes do estudante, na busca pelo aprendizado. O jogo ativa mecanismos cerebrais de alegria, ao mesmo passo que ativa também mecanismos de tensão.</p><p>Retomando então a problemática que foi ressaltada nas páginas acima, é completamente possível, por exemplo, ensinar letras e números a partir do lúdico e, certamente, trata-se de uma vertente eficaz, uma vez que ativa áreas cerebrais que somente ouvir não.</p><p>O que outrora era visto como subterfúgios educacionais de baixa valia, agora tornou-se objeto de estudos, parte de metodologias dada a importância de tornar o ensino atrativo e interessante para a criança que desde pequena está inserida no contexto digital. Sobre o que se entende como função e papel da escola, Martins (2009) diz que</p><p>(...) advogamos o princípio segundo o qual a escola, independentemente da faixa etária que atenda, cumpra a função de transmitir conhecimentos, isto é, de ensinar como lócus privilegiado de socialização para além das esferas cotidianas e dos limites inerentes à cultura do senso comum. (MARTINS, 2009, p.94).</p><p>Há de se tomar certa cautela pois é preciso entender que transmitir conhecimentos não implica somente preencher um espaço fechado em sala de aula, com 15 ou 20 crianças aproximadamente, entre 0 a 5 anos, assistindo TV ou ouvindo músicas.</p><p>É preciso que cada atividade tenha claramente um objetivo, algo a ensinar, um fator desencadeante de mudança comportamental, com a qual o professor possa avaliar seu aluno com fidedignidade. É primordial o cuidar, trocar-lhe fraldas ou dar mamadeiras. Mas este não é o papel primordial da Educação Infantil.</p><p>Para que se consiga atingir a compreensão, afinal, de qual é o papel do professor da Educação Infantil, é necessário pensar sobre as habilidades desenvolvidas pela criança por meio da ludicidade na Educação Infantil, como afirmado a seguir Dohme (2003)</p><p>As atividades lúdicas podem colocar o aluno em diversas situações, onde ele pesquisa e experimenta, fazendo com ele conheça suas habilidades e limitações, que exercite o diálogo, liderança seja solicitada ao exercício de valores ético e muitos outros desafios que permitirão vivências capazes de construir conhecimentos e atitudes. (DOHME, 2003, p, 113).</p><p>Sendo assim não é difícil antever que as habilidades adquiridas no início do processo de aprendizagem, quando a criança ainda está na Educação Infantil e sobretudo, aqueles que perpassam a ludicidade, solidificam as futuras habilidades de investigação, pesquisa, perfil de liderança e aquelas que socialmente se julgam fundamentais, tais como a Língua Portuguesa e a Matemática.</p><p>Há importantes conceitos envolvendo a ludicidade, desde a antiguidade, quando filósofos como Sócrates, Santo Agostinho, entre outros, discorriam em seus escritos sobre o desenvolvimento da autonomia infantil</p><p>O exame de textos básicos da educação escritos por filósofos revela que, desde a Antiguidade, havia quem defendesse a ideia da atividade do próprio aluno como propulsora de seu crescimento intelectual (como Sócrates, Santo Agostinho, Montaigne) e o valor da brincadeira na aprendizagem (já destacado por Platão em A República). O que aparece de novo, a partir do século XVIII, é o fortalecimento dessas ideias, que se contrapunham ao que então era pensado ser o processo escolar básico (OLIVEIRA, 2011, 76).</p><p>A afirmação acima mostra que a preocupação em preservar os processos de brincar e cuidar na escola não datam de pouco tempo. Curiosamente no século XXI, apesar de todo aparato tecnológico e das inúmeras pesquisas sobre o tema, a ludicidade ainda é alvo de críticas por parte de muitos educadores, especialmente os que atuam na vertente mais tradicional da aprendizagem.</p><p>Inúmeros podem ser os motivos pelos quais a ideia do lúdico na aprendizagem da criança ainda seja refutado em muitas escolas, mas o principal deles é, sem dúvida, a primazia pela tendência de ensino tradicional. De acordo com Mourão (2019), há um perfil dos educadoras tradicionais que despontam como contrários ao ensino por meio da ludicidade.</p><p>Então o papel da escola tradicional é justamente fazer com</p><p>que o aluno cresça pelo próprio mérito a partir do professor que repassa a eles todo o conhecimento obtido pela humanidade, de uma forma extremamente mecânica, fria e crua (MOURÃO, 2019, p.3)</p><p>Toda mudança gera desconforto, insegurança e, ao se pensar então em descartar um modelo de ensino em detrimento de outro, adentrando a um campo desconhecido, é deveras consciente e lógico, por assim dizer, que haja certo entrave quanto ao ensino lúdico.</p><p>Grande parte dos educadores infantis são adeptos às atividades que envolvem motricidade, elasticidade, coordenação motora, de forma bastante aprazível para a criança. Mas em muitos casos, o receio do novo e das práticas progressistas vem interferindo até mesmo na Educação Infantil.</p><p>De acordo com o conceito de ação docente, a profissão de educador é uma prática social. Como tantas outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso por meio da educação que ocorre não só, mas essencialmente, nas instituições de ensino. Isso porque a atividade docente é ao mesmo tempo prática e ação. (PIMENTA e LIMA, 2008, p. 41)</p><p>É fato, pois, que não se pode deixar de lado, também a importância social que a Educação Infantil agrega à formação do indivíduo como um todo e, sem dúvida, o brincar e aprender, próprios da fase, devem estar além dos eventuais pressupostos teóricos da formação docente.</p><p>Sejam de cunho tradicional ou progressista, o foco da aprendizagem desde a educação infantil aos anos iniciais do ensino fundamental, deve ser o educando a expressar suas fantasias, desejos, medos e sentimentos, assim como em todas as outras etapas de desenvolvimento e modalidades de ensino.</p><p>3.3 ENTRE O BRINCAR E O APRENDER: UMA LINHA TÊNUE.</p><p>Ao pensar o cuidar como ponto de formação da autonomia da criança e em como a ludicidade pode ser o ponto de partida para o ensino infantil, cabe então, neste momento da pesquisa, estabelecer e compreender a relação entre esses termos.</p><p>Segundo Pereira (2009)</p><p>Ela tem em si mesma um impulso que a faz querer brincar, que a faz dar novos significados às coisas materiais e imateriais. E uma das mais importantes maneiras que ela tem de se relacionar com o mundo, para, assim, apreendê-lo e compreendê-lo, é o brincar (PEREIRA, 2009, p. 19).</p><p>Cabe, então ao professor, auxiliar a criança neste processo, colocando simultaneamente o lúdico e a aprendizagem em pé de igualdade. É possível aprender a somar, a subtrair, a ler e a escrever a partir das brincadeiras, dos materiais manipulativos, histórias e do todo que permeia o universo infantil. Desta forma as crianças aprendem a agir e interagir com o mundo e com o outro, tem sua curiosidade estimulada adquirindo iniciativa e exercitando sua autonomia.</p><p>No entanto, para que isso ocorra de forma eficaz, deve-se haver compreensão de que não há necessidade de que a criança permaneça o tempo todo em sala, sentada, recebendo informações, nem mesmo no Ensino Fundamental, com destaque para o primeiro ano, ano este que compreende muitas mudanças na vida escolar.</p><p>É de extrema importância compreender que brincando, muito se aprende, e de uma forma por meio da qual a lógica da criança se torna atrelada ao entendimento daquilo que o professor deseja passar a ela como conhecimento. Assim sendo, pouco ou nada adiantam tarefas para a casa, exercícios repetitivos com pontilhados e “colagem de bolinhas” no papel se tudo isso não fizer sentido para a criança.</p><p>Se a criança não compreender que por detrás da bolinha de papel está a letra inicial do seu nome ou um desenho de uma figura com a qual ela se identifique, mantê-la em sala será cansativo e não cumprirá com o objetivo da aquisição de conhecimento e habilidade, pois não haverá efeito algum sobre o processo ensino/aprendizagem.</p><p>Levar em conta o contexto cultural da criança, o significado do brinquedo e da brincadeira no seu cotidiano pode, muitas vezes, trazer ao professor informações preciosas sobre comportamentos inadequados, problemas familiares ou transtornos de aprendizagem.</p><p>Por meio do desenho, é possível ao professor detectar situações de violência ou problemas de socialização, por exemplo. Isso posto, não se pode negar à criança o direito de brincar como forma de aprendizagem e demonstração de sentimentos, angústias ou tristezas.</p><p>Oliveira (2011) diz que</p><p>A brincadeira pode ser considerada um veículo de comunicação e expressão infantil, pois, ao brincar, a criança expressa sentimentos, seus saberes, suas habilidades físicas, demonstrando de fato quem ela é. (OLIVEIRA, 2011, p.78)</p><p>Sendo assim, observar a criança durante a brincadeira, pode trazer ao professor o uso de metodologias que se enquadrem e se adéquem aos múltiplos perfis de aluno, tendo como ponto de partida o fato de que as crianças em sua essência são lúdicas.</p><p>Assim como os jogos e brincadeiras despertam na criança inúmeras experiências e transformações, não se pode esquecer do que Almeida (2000) alerta</p><p>(...) o jogo tanto pode ser instrumento de formação como de alienação, pois a sociedade moderna vive sob forte influência do sistema econômico e com o decorrer dos dias o ser humano vai se deixando levar pela competitividade, pelo que se estabelece os meios de comunicação de massa, ou seja, o homem acaba se esquecendo do seu ser e se tornando o objeto do consumismo desenfreado. (ALMEIDA, 2000, p.33).</p><p>Ainda de acordo com Almeida (2000)</p><p>Muitas vezes o falso jogo, travestido de brinquedos modismo pedagógico, programas de TV e rádio, computadores, pornografia, esporte de massa, carnaval, impostos de cima para baixo, e usado para desviar o ser humano dos problemas que o ocupam e o subjugam. (ALMEIDA, 2000, p.84).</p><p>Vimos que o jogo, quando dentro de um pretexto de uso, não contribui para a formação, seja ela de quem for. Há de se mencionar o cuidado que é necessário ao se abordar esta temática – jogo quando se pensa em ensino lúdico. Não se afirma aqui que o lúdico é componente de ensino apenas para a Educação Infantil, mas sim, afirma-se a ressalva feita quanto ao controle que a inserção de componentes eletrônicos ao estudo precisa.</p><p>4 CONSIDERAÇÕE FINAIS</p><p>Esta pesquisa teve como objetivo conceituar o lúdico na educação infantil pensando nesta como uma estratégia para aprender brincando e compreender as relações entre a ludicidade e a aprendizagem, bem como a ideia de “cuidar” sob um novo olhar na Educação Infantil no século XXI.</p><p>Quando se presta atenção ao modo com o qual o processo de ensino e de aprendizagem acontece, percebe-se que não há receita mágica ou fórmulas, como na matemática. O professor pode estabelecer um método em uma turma e, minutos depois, em outra sala, tal abordagem não surtir o menor efeito.</p><p>A formação da aprendizagem dos alunos e um fator muito importante na construção da aquisição do conhecimento, pois o lúdico antes de ser uma metodologia de trabalho, deve ser reconhecido como um aliado na aprendizagem simultânea dos alunos.</p><p>Entende-se que o lúdico não está presente somente no ato de brincar, está também no ato de jogar, cantar, contar histórias, enfim, por meio dele é possível apropriar-se naturalmente da compreensão do mundo, verificando assim o seu potencial criativo, por meio do qual se atrai muito mais a atenção das crianças e assim, evoluindo para uma eficiente aprendizagem.</p><p>Os pressupostos teóricos abordados nesta pesquisa aludem a colaboração da ludicidade para a educação, de maneira a possibilitar o entendimento de maior abrangência do que venha a significar a educação pela ludicidade e como, desde os anos iniciais, a ludicidade aponta como parte de uma metodologia eficaz de ensino.</p><p>As respostas obtidas, ao longo da pesquisa, demonstram que o lúdico aparece como componente enriquecedor visto a sua capacidade de entreter o aprendiz. O lúdico auxilia também no desenvolvimento social e emocional da criança. Vale dizer que nem sempre há uma intencionalidade de resultados, porém a contribuição para o desenvolvimento e aprendizagem simultâneos podem ser observados.</p><p>O conceito de escolarização, imbricado ao viés tradicional do modelo de ensino, com todos sentados,</p><p>sala organizada, sem colorido ou sem a presença de algo que remeta a criança ao lúdico é, ainda, uma barreira a ser ultrapassada dentro de alguns contextos na Educação Infantil.</p><p>Não se trata de desmerecer ou desqualificar o ensino tradicional, mas de se fazer compreender que, dentro da sala de aula da Educação Infantil, a ludicidade precisa ser mais trabalhada, aplicada e melhor compreendida dentro das instituições de ensino.</p><p>Partindo da premissa de que o lúdico possa ser um personagem secundário no processo de ensino, uma vez que o personagem principal é o aluno, passa-se a entender melhor de que modo esta pesquisa compreende a Educação Infantil. Neste pressuposto, o uso do jogo e das brincadeiras num ambiente educacional atua como metodologia ou técnica, não tradicional e que faz uso de objetos como os jogos e brincadeiras para facilitar a aquisição do conteúdo formal.</p><p>Desmerecer essa etapa, tão fundamental para os pequenos aprendizes, é deixar escapar a criatividade e o prazer de estar na escola. Portanto, espera-se que esta pesquisa possa trazer aos educadores que atuam na área uma leitura crítica e, ao mesmo tempo, prazerosa, que busque aprimorar a práxis docente não apenas de forma momentânea, mas permeando toda carreira do educador.</p><p>Por fim, a compreensão da tríade brincar/cuidar/aprender como indissociável dentro do espaço escolar de acordo com a faixa etária descrita ao longo desta pesquisa é tão necessária quanto a prática de um planejamento que contenha reflexões e formas de avaliação adequadas ao ensino infantil.</p><p>A postura do educador diante da expressão de atitudes e valores acarreta sim no comportamento do aluno e então em suas atitudes nesse processo de aprender por meio do lúdico. É preciso, pois, que se perceba que por meio deste muito se aprende e que a criança tem a brincadeira em sua própria identidade; esse perfil não será modificado, nem mesmo na mais tradicional forma de ensinar.</p><p>Este trabalho de pesquisa buscou enaltecer a importância da ludicidade como um norteador para um ambiente escolar mais contextualizado com o multiverso do aluno para que assim o aluno consiga, em todas as dimensões possíveis, adquirir o conhecimento necessário para enfrentar a vida adulta.</p><p>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 10.ª Ed. São Paulo: Loyola, 2000.</p><p>________ Língua portuguesa e ludicidade: ensinar brincando não é brincar de ensinar. Mestrado em língua portuguesa – Pontifícia Universidade</p><p>Católica de São Paulo – PUC/SP, 2007.</p><p>FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: O dicionário da língua portuguesa. 6 ed. Curitiba: Editora Positivo Ltda, 2004.</p><p>CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gladis Elise P.da Silva. Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.</p><p>BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. (DCNEI, 2010). Disponível em: . Acesso em 06 jun 2022 às 20h34.</p><p>DOHME, Vânia. Atividades Lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelo. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2003, p.113.</p><p>FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill</p><p>do Brasil, 1982. (GIL, 2007. p. 60).</p><p>GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.</p><p>HOUAISS, A.; Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.</p><p>HUIZINGA, J. Homo Ludens. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2000. (KOCHE 1997, p. 122).</p><p>LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 4. ed.</p><p>São Paulo: Atlas, 1992.</p><p>MARTINS, Lígia Márcia. O Ensino e o Desenvolvimento da Criança de Zero a Três Anos. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia Márcia (Orgs). Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas – SP: Editora Alínea, 2009, p. 93 a 121.</p><p>MOURÃO, Elder. A Pedagogia Tradicional Ontem e Hoje: um olhar sobre a Pedagogia Tradicional no seu início e nos dias atuais. Brasil Escola, 2019. 8.ª Edição.</p><p>NEGRINE, A. S. Aprendizagem & desenvolvimento infantil: Simbolismo e jogo. Vol.l, Porto Alegre: Prodil,1994.</p><p>OLIVEIRA, Zilma de M. R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 7 ed. São Paulo; Cortez, 2011.</p><p>PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e docência. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2008.</p><p>RICHARDSON, et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2007.</p><p>ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.</p><p>SOUZA, Cláudia Flôr de. A Importância do Brincar e do Aprender das Crianças na Educação Infantil. UNOPAR, RO, 2018.</p><p>VYGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2003.</p>