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<p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>CONCURSO: Receita Federal do Brasil</p><p>CARGO: Analista Tributário</p><p>PROFESSOR: Adriel Monteiro</p><p>Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998,</p><p>que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.</p><p>Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta,</p><p>realizando sua matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 2|20</p><p>AULA INAUGURAL</p><p>APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................... 3</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................................................................................................. 7</p><p>1. CONCEITO, NATUREZA E FINS ...................................................................................................................................... 7</p><p>2. QUADRO SINÓPTICO DA AULA................................................................................................................................... 14</p><p>3. QUESTÕES COMPLEMENTARES .................................................................................................................................. 15</p><p>4. QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA ........................................................................................................................ 19</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 3|20</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Concursandos de todo o Brasil!</p><p>É uma imensa satisfação atender ao convite da coordenação do site C24h para</p><p>ministrar a disciplina de Direito Administrativo. Desde 1999 sou servidor público</p><p>federal, atuando sempre na área administrativa dos órgãos por onde passei.</p><p>Portanto, é uma disciplina pela qual tenho contato diariamente.</p><p>Bem, nessa aula inaugural vou tecer diversos comentários a respeito do concurso</p><p>alvo desse curso e da banca organizadora, pois nas próximas aulas vamos</p><p>mergulhar em todos os assuntos possíveis de cobrança em prova.</p><p>As provas da ESAF de Direito Administrativo estão INDUVIDOSAMENTE</p><p>diferentes. Logo, é hora de nos prepararmos com muita antecedência para o</p><p>concurso de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil.</p><p>Os certames realizados anteriormente foram difíceis. E, quanto mais difíceis são</p><p>os concursos, maior a necessidade de nos prepararmos, tomando por base,</p><p>obviamente, excelentes materiais (livros, apostilas, PDFs, vídeos, e outros</p><p>materiais).</p><p>E, por falar em materiais para concursos, nos fóruns da vida, vemos ‘posts’ de que</p><p>seria premente adquirir livros.</p><p>Amigas (os), ledo engano. As provas de ESAF são construídas com base em 8 ou</p><p>mais literaturas especializadas, e, sobretudo, à base da jurisprudência do STJ e</p><p>do STF, e, por vezes, do Tribunal de Contas da União. E, hoje, até em artigos</p><p>perdidos pela internet.</p><p>Ou seja, haveria a necessidade de aquisição de, pelo menos, CINCO bons livros</p><p>de DOUTRINA, e leitura de mais de 2 mil folhas de jurisprudências e</p><p>cartilhas, incluindo os Manuais da Controladoria-Geral da União. Sem falar</p><p>das teses de Mestrado e Doutorado.</p><p>Pra ter ideia de quão diferente se comportou a ESAF, em três dos melhores livros</p><p>de concursos públicos, totalizando mais de 3 MIL folhas de leitura, não havia</p><p>quatro das dez questões de Direito Administrativo da prova da Receita</p><p>Federal. Daí o insucesso de muitos candidatos.</p><p>É certo que, com esse manancial de informações, a (o) amiga (o) concursando vai</p><p>se safar em Direito Administrativo, e estará pronto para ser Professor de</p><p>cursinho... Mas também é certo que não haverá tempo para nenhuma outra</p><p>matéria!</p><p>E o material PDF? É suficiente?</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 4|20</p><p>Nem sempre! E a lógica é também simples de compreender. Os alunos,</p><p>infelizmente, prezam materiais mais resumidos, sintéticos, direto ao ponto. E,</p><p>dentro de uma lógica empresarial, os Professores acabam traduzindo no PDF a</p><p>tendência (passada) das ilustres organizadoras, com materiais objetivos,</p><p>pragmáticos. Se a tendência se perpetuar, o Professor se consagra entre os</p><p>concursandos. Se a biruta tomar vento de Sudoeste, o PDF do Professor não será</p><p>suficiente, e, portanto, perderá as graças dos concursandos.</p><p>No entanto, o bom do PDF é não ter limitação de folhas. Nós, Professores,</p><p>podemos avançar por doutrina, jurisprudência, questões de fixação. Pra ter ideia,</p><p>nos materiais em PDF, tinha conseguido 80 ou mais por cento das provas de</p><p>Direito Administrativo de qualquer ilustre organizadora, incluindo ESAF. O</p><p>problema é que as aulas ficam gigantescas, cansativas, e até enfadonhas. Mas é</p><p>um mal necessário!</p><p>Tenho a plena convicção de que nosso material PDF atendeu a mais 90% da prova.</p><p>As aulas deste curso são preparadas de acordo com mais de 15 bons livros</p><p>doutrinários de Direito Administrativo (incluindo o nosso, com lançamento</p><p>previsto para março de 2015), além de algumas teses de Mestrado/Doutorado,</p><p>e jurisprudências do STF, STJ e TCU. Ressalte-se que a ideia não é criar o Direito,</p><p>mas sim organizá-lo, para simplificar os seus estudos.</p><p>Momento apresentação!</p><p>Eu, Adriel Monteiro, sou servidor do Ministério Público da União - área</p><p>administrativa. Formado em Administração pela Universidade Federal de</p><p>Santa Catarina, possuo especialização em Gestão Pública. Fui militar das</p><p>Forças Armadas por 11 anos, atuando em diversas áreas, tais como,</p><p>Recursos Humanos, Comunicação Social e Licitações e Contratos. Também</p><p>atuo como professor em cursos preparatórios e orientador de grupos focais</p><p>de estudos.</p><p>Estamos lançando o Manual de Direito Administrativo para concursos, pela</p><p>Editora Método.</p><p>Com relação à banca ESAF, é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores</p><p>organizadoras de concursos públicos. Tempos atrás, falávamos horrores da</p><p>instituição (chegamos a ponto de chamá-la de ‘ERRAF’, do tanto de lambança que</p><p>a banca fez). Hoje, o “verbo” é distinto. A banca tem prezado pela qualidade dos</p><p>certames, porém nem sempre preza pela novidade, o que é um lado positivo para</p><p>os Professores de cursinhos preparatórios, afinal, sempre acertamos na mosca!</p><p>Esse será o caso deste curso, é claro!</p><p>Observações:</p><p>- Além das questões da banca ESAF, tivemos que nos socorrer de outras</p><p>organizadoras para assuntos pouco explorados pela organizadora, tudo isso para</p><p>conferir a vocês a possibilidade de treinar o conteúdo teórico.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 5|20</p><p>- Esclareça-se que nem sempre utilizamos o nome fiel dos itens do Edital; porém,</p><p>não há motivo para preocupação, pois abordaremos o conteúdo programático de</p><p>forma completa.</p><p>- Por fim, mantivemos algumas questões da ESAF que foram anuladas. É que</p><p>muitas delas foram erros simples, e o nosso comentário, em si, está sempre</p><p>atualizado. E, gente, a ESAF repete suas questões. E as anuladas são corrigidas e</p><p>recobradas.</p><p>Nosso curso é super completo e será ministrado ao longo de 19 aulas, incluindo</p><p>esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:</p><p>AULA INAUGURAL Conceito de administração pública sob os aspectos orgânico, formal e</p><p>material.</p><p>16/01/2015</p><p>AULA 02 Conceito e fontes do Direito Administrativo.</p><p>25/01/2015</p><p>AULA 03 Regime jurídico e princípios da administração</p><p>pública.</p><p>31/01/2015</p><p>AULA 04 Administração pública direta.</p><p>08/02/2015</p><p>AULA 05 Administração pública indireta.</p><p>15/02/2015</p><p>AULA 06 Regime de parcerias.</p><p>22/02/2015</p><p>AULA 07 Disciplina constitucional dos agentes públicos.</p><p>28/02/2015</p><p>AULA 08 Lei 8.112/1990 e Decreto 2.271 (terceirização).</p><p>08/03/2015</p><p>AULA 09 Improbidade administrativa.</p><p>15/03/2015</p><p>AULA 10 Atos administrativos.</p><p>22/03/2015</p><p>AULA 11 O processo administrativo em âmbito federal.</p><p>29/03/2015</p><p>AULA 12 Poderes administrativos.</p><p>05/04/2015</p><p>AULA 13 Licitações públicas.</p><p>12/04/2015</p><p>AULA 14 Contratos administrativos.</p><p>19/04/2015</p><p>AULA 15 Pregão.</p><p>26/04/2015</p><p>AULA 16 Serviços públicos. Concessão, permissão e autorização de serviços</p><p>públicos. Parcerias público-privadas.</p><p>03/05/2015</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 6|20</p><p>AULA 17 Responsabilidade civil do Estado.</p><p>10/05/2015</p><p>AULA 18 Acesso à Informação em âmbito federal. Política de Segurança da</p><p>Informação no âmbito da Receita Federal do Brasil.</p><p>17/05/2015</p><p>AULA 19 Transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de</p><p>repasse (transferências voluntárias): Decreto nº 6.170, de 25/7/1997, e</p><p>alterações. 24/05/2015</p><p>Se no decorrer do cronograma houver publicação do edital, as aulas serão</p><p>adaptadas ao novo edital, sem quaisquer custos aos alunos que tiverem adquirido</p><p>o curso.</p><p>Forte abraço a todos e aguardamos vocês!</p><p>Adriel Monteiro.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 7|20</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>1. Conceito, natureza e fins</p><p>A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme</p><p>o contexto em que esteja inserida. Vejamos:</p><p>Conceito</p><p>Administração Pública</p><p>Sentido</p><p>AMPLO RESTRITO</p><p>Subjetivo, Orgânico</p><p>ou Formal</p><p>Órgãos governamentais</p><p>e administrativos</p><p>Apenas órgãos</p><p>administrativos</p><p>Objetivo, Material ou</p><p>Funcional</p><p>Funções políticas e</p><p>administrativas</p><p>Apenas funções</p><p>administrativas</p><p>O termo “Administração Pública” envolve, em sentido amplo, além dos órgãos e</p><p>funções administrativas, os órgãos e funções políticas. Vamos, desde logo,</p><p>entendermos as funções administrativas e as funções políticas (de Governo).</p><p>As funções administrativas são complementares às leis. São realizadas</p><p>basicamente de forma vinculada, visando ao atendimento concreto e direto do</p><p>interesse da coletividade. O “concreto” é ponto distintivo da função legislativa,</p><p>tipicamente abstrata. O “direto” tem como contraponto a função judicante, em</p><p>que o exercício dá-se por provocação do particular (princípio da inércia ou</p><p>demanda).</p><p>Já as funções políticas (de Governo) são aquelas realizadas pela alta cúpula</p><p>da Administração. São de extração constitucional, como o ato de declaração de</p><p>Guerra pelo chefe do Executivo Federal. Possuem como traços marcantes a</p><p>coordenação, a direção e o planejamento. São os núcleos do Estado, marcados</p><p>pela maior discricionariedade, definidores das políticas públicas.</p><p>Acrescente-se que as funções políticas ou de Governo concentram-se,</p><p>primariamente, nos Poderes Executivo e Legislativo. Isso mesmo,</p><p>“primariamente”. Afinal, no Brasil, segundo o STF, o Judiciário, ainda que</p><p>indiretamente, pode contribuir para a implementação de políticas públicas. Sobre</p><p>o tema, fiquem atentos ao voto do Ministro Celso de Mello na ADPF 45/DF</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 8|20</p><p>(reserva do possível), do qual se extrai que o Poder Judiciário também tem</p><p>missão política, embora indireta. Breve trecho do voto, a seguir:</p><p>(...) não se mostrará lícito, no entanto, ao Poder Público, mediante indevida</p><p>manipulação de sua atividade financeira e/ou político-administrativa, criar</p><p>obstáculo artificial que revele o ilegítimo, arbitrário e censurável propósito de</p><p>fraudar, de frustrar e de inviabilizar o estabelecimento e a preservação, em favor</p><p>da pessoa e dos cidadãos, de condições mínimas de existência (...) a cláusula da</p><p>reserva do possível, ressalvada a ocorrência de justo motivo, não poderá ser</p><p>invocada, pelo Estado, com a finalidade de exonerar-se do cumprimento de suas</p><p>obrigações constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental</p><p>negativa, puder resultar nulificação ou, até mesmo, aniquilação de direitos</p><p>constitucionais impregnados de um sentido de essencial fundamentalidade.</p><p>QUESTÃO 01 - Analista/CVM – ESAF – 2010- Partindo-se do pressuposto de</p><p>que a função política ou de governo difere da função administrativa, é correto</p><p>afirmar que estão relacionadas(os) à função política, exceto.</p><p>a) comando</p><p>b) coordenação</p><p>c) execução</p><p>d) direção</p><p>e) planejamento</p><p>Comentários:</p><p>A Administração Pública, em sentido amplo objetivo, engloba o exercício</p><p>das funções políticas e administrativas.</p><p>As políticas, também chamadas de governo, são as encontradas, muitas</p><p>das vezes, diretamente no texto constitucional, e dirigidas ao ciclo do</p><p>planejamento, direção, comando e coordenação.</p><p>As administrativas, por sua vez, são as atribuídas aos agentes</p><p>administrativos em geral, aos quais compete, muitas das vezes, a simples</p><p>execução das políticas públicas traçadas pelos agentes políticos. As funções</p><p>administrativas são desempenhadas (executadas) pelos extratos mais</p><p>técnicos da Administração.</p><p>Gabarito: letra "C".</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 9|20</p><p>Em relação ao sentido subjetivo, orgânico ou formal, a expressão diz respeito</p><p>aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administrativa (pessoas</p><p>jurídicas, órgãos e agentes públicos). Para identificar o aspecto orgânico,</p><p>suficiente a seguinte pergunta: quem exerce a atividade?</p><p>Já o sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade,</p><p>as funções exercidas pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função</p><p>administrativa, exercida predominantemente pelo Poder Executivo. Pergunta</p><p>chave para identificação do sentido: qual a atividade (função) exercida?</p><p>Apesar de ser óbvio, vale reforçar que não é apenas o Poder Executivo que</p><p>edita atos administrativos. Todos os Poderes editam atos administrativos</p><p>quando, por exemplo, abrem sindicância, efetuam aquisição de bens, nomeiam</p><p>um funcionário ou concedem férias. A diferença básica é que compete</p><p>tipicamente ao Poder Executivo administrar, ao passo que os outros</p><p>Poderes, ao exercerem atividades administrativas, encontram-se no</p><p>desempenho de atribuições atípicas.</p><p>O Direito Administrativo, portanto, rege toda e qualquer atividade de</p><p>administração, provenha esta do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.</p><p>Assim, no sentido subjetivo (ou formal ou orgânico, que são vocábulos</p><p>sinônimos), a expressão Administração Pública abrange órgãos, entidades ou</p><p>agentes, que tenham por papel desempenhar tarefas administrativas do Estado.</p><p>Na visão objetiva, administração pública consiste nas atividades levadas a efeito</p><p>pelos órgãos e agentes incumbidos de atender as necessidades da coletividade.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 10|20</p><p>Nesse contexto, a expressão deve ser grafada com iniciais minúsculas, por se</p><p>tratar efetivamente da atividade administrativa, a qual, ao lado da legislativa e da</p><p>judiciária, forma uma das funções tripartite do Estado.</p><p>Sob o ponto de vista material, a administração</p><p>pública abarca as seguintes</p><p>atividades finalísticas: fomento, polícia administrativa, serviço público e</p><p>intervenção. A seguir, breves explicações:</p><p>I – fomento: refere-se à atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada</p><p>de utilidade ou interesse público, tais como o financiamento em condições</p><p>especiais, as desapropriações que beneficiem entidades privadas desprovidas</p><p>do intuito do lucro e que executem atividades úteis à coletividade.</p><p>II – polícia administrativa: abrange as atividades administrativas restritivas ao</p><p>exercício de direitos individuais, tendo em vista o interesse de toda coletividade</p><p>ou do Estado. Não se trata, aqui, das polícias civil, federal e militar, que são órgãos</p><p>da Administração Pública, e, por consequência, compõem a Administração Pública,</p><p>mas no sentido subjetivo (ainda que exerçam atividades de polícia</p><p>administrativa).</p><p>III – serviço público: diz respeito às atividades executadas direta ou</p><p>indiretamente pela Administração Pública e em regime predominantemente de</p><p>direito público, em atendimento às necessidades coletivas.</p><p>IV – intervenção: é entendida como sendo a regulamentação e fiscalização da</p><p>atividade econômica de natureza privada (art. 174 da CF/1988), bem assim a</p><p>atuação do Estado diretamente na ordem econômica (art. 173 da CF/1988). Como</p><p>regra, essa atuação dá-se por intermédio de empresas públicas e de sociedades</p><p>de economia mista, instituídas e mantidas pelo Estado.</p><p>Quanto à intervenção, pode ser indireta ou direta.</p><p>A forma indireta de intervenção é a realizada, por exemplo, pelo Banco Central</p><p>(pessoa jurídica de Direito Público), em atividade tipicamente regulatória, marcada</p><p>predominantemente por normas de Direito Público. É o que prevê o art. 174 da</p><p>CF, de 1988 (atividades de regulamentação e fiscalização do setor econômico,</p><p>como tendente ao combate da formação de cartéis e trustes).</p><p>A direta, por sua vez, efetua-se por entidades empresariais do Estado, em</p><p>concorrência com outras empresas do setor, regidas, portanto,</p><p>predominantemente por normas de Direito Privado. Para Maria Sylvia Di Pietro,</p><p>por exemplo, a atividade que o Estado exerce a título de intervenção direta na</p><p>ordem econômica não é assumida pelo Estado como atividade pública, e, bem por</p><p>isso, não deveria ser considerada função administrativa.</p><p>As atividades finalísticas são vistas de dentro para fora - Administração</p><p>Extroversa. No entanto, temos também as atividades que ocorrem no interior do</p><p>Estado, como as atividades-meio - Administração Introversa ou Instrumental).</p><p>Exemplos de função instrumental, meio, interna à Administração, são as finanças</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 11|20</p><p>públicas e a nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso</p><p>público.</p><p>Para Diogo de Figueiredo, enquanto a Administração Pública Extroversa é</p><p>finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente político,</p><p>obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a Administração</p><p>Pública Introversa é instrumental, visto que é atribuída genericamente a todos</p><p>os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.</p><p>Por fim, ao lado dos critérios subjetivo (conjunto de órgãos) e material (conjunto</p><p>de funções) de Administração Pública, Hely Lopes destaca o sentido operacional.</p><p>Para o autor, em sentido operacional, a Administração Pública é o desempenho</p><p>perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele</p><p>assumidos em benefício da coletividade.</p><p>Vejamos o conceito de Direito Administrativo apresentado por Maria Sylvia</p><p>Zanella Di Pietro: "Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos,</p><p>agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública,</p><p>a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza</p><p>para a consecução de seus fins, de natureza pública".</p><p>Antes de apresentarmos um conceito para a função administrativa, é</p><p>oportuno esclarecer que o critério da Administração Pública, em sentido</p><p>objetivo, divide-se em objetivo material e objetivo formal.</p><p>Como visto, o aspecto subjetivo ou orgânico refere-se aos sujeitos que</p><p>exercem a função administrativa. Se levado ao “pé da letra”, o aspecto subjetivo</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 12|20</p><p>nos conduziria ao critério do Poder Executivo (ou Italiano), no sentido de que,</p><p>formalmente, é o Executivo que administra.</p><p>Acontece que mesmo agentes não pertencentes aos quadros da Administração</p><p>Pública podem desempenhar atividades administrativas, tais como os delegatários</p><p>de serviço público (concessionários e permissionários). Nesse instante, ganha</p><p>relevo o critério objetivo ou funcional, para enquadrá-los na disciplina</p><p>administrativa, devido ao conteúdo do ato.</p><p>O critério objetivo leva em consideração o conteúdo do ato praticado e divide-se,</p><p>como dito, em objetivo material e objetivo formal. De acordo com o objetivo</p><p>material, são levados em consideração os elementos intrínsecos das funções dos</p><p>Poderes, nessa ordem:</p><p> Legislativo: responsável pela edição de leis, essas dotadas de</p><p>generalidade e de abstração (elementos intrínsecos);</p><p> Judiciário: definição de litígios, pacificando-os (elemento intrínseco</p><p>– resolução dos litígios);</p><p> Executivo: cabe-lhe a satisfação dos interesses coletivos.</p><p>Agora, segundo o objetivo formal, as funções do Estado são determinadas pelas</p><p>características essenciais, típicas, pelo tratamento normativo que lhe corresponda,</p><p>nessa ordem:</p><p> Legislativo: as leis são originárias, contam com o atributo da</p><p>novidade;</p><p> Judiciário: a resolução dos litígios é dotada de definitividade;</p><p> Executivo: a atividade administrativa caracterizar-se-ia por se</p><p>desenvolver em razão de comandos infralegais, e, em alguns</p><p>excepcionais, infraconstitucionais.</p><p>Critério Objetivo</p><p>Poderes da República Material (Conteúdo em si) Formal (regime jurídico)</p><p>Poder Executivo Produção de atos com efeitos</p><p>concretos</p><p>Produção de atos</p><p>complementares às leis</p><p>Poder Legislativo</p><p>Produção de atos gerais e</p><p>abstratos Atributo da NOVIDADE</p><p>Poder Judiciário Resolução de litígios Atributo da DEFINITIVIDADE</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 13|20</p><p>Dessa maneira, pode-se afirmar que um conceito válido para a função</p><p>administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe</p><p>faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes hierárquicos e</p><p>que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser</p><p>desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente,</p><p>infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Esse conceito – de Celso Antônio Bandeira de Mello – descreve bem a função</p><p>administrativa do Estado, com alguns destaques:</p><p>I) A função administrativa é levada a efeito pelo Estado ou por aquele que</p><p>lhe faça às vezes. Nem todas as atividades de administração pública serão,</p><p>necessariamente, realizadas pelo Estado. Exemplo disso é a prestação de serviços</p><p>públicos, muitas vezes desempenhados por particulares (concessionários,</p><p>permissionários e autorizatários, por exemplo), que fazem às vezes do Estado,</p><p>uma vez que, ao fim, seria incumbência do Poder Público a prestação de tais</p><p>serviços, em razão do disposto no art. 175 da CF/88;</p><p>II) Há toda uma hierarquia posta no desempenho da atividade</p><p>administrativa. De fato, há chefes e subordinados responsáveis pelo</p><p>desempenho da atividade administrativa. A presença da hierarquia é traço</p><p>inerente à Administração.</p><p>Sem hierarquia, não teríamos administração, mas</p><p>desorganização.</p><p>Antecipe-se que não há hierarquia (no sentido de subordinação) no exercício de</p><p>atividades tipicamente legislativas (produzir as leis) ou judiciais (julgar). Na</p><p>visão da doutrina majoritária, só há hierarquia, em sentido estrito, no desempenho</p><p>de atividades tipicamente administrativas;</p><p>III) A atividade administrativa pública é infralegal/infraconstitucional</p><p>(excepcionalmente, no último caso). Tem razão o autor, quando diz que, EM</p><p>REGRA, a atividade de administração pública é infralegal, ou seja, abaixo e</p><p>conforme a lei.</p><p>Com efeito, a Administração Pública deve dar cumprimento à intenção contida na</p><p>lei (mens legis), a qual é o instrumento estabelecedor do interesse público. Se</p><p>tivéssemos que posicionar a atividade administrativa dentro da clássica “Pirâmide</p><p>de Kelsen”, seria no terceiro patamar, ou seja, dos atos secundários, tão</p><p>somente complementares à lei, no sentido de que não criam direitos e obrigações,</p><p>mas apenas destrincham, esmiúçam, detalham, o comando das normas primárias.</p><p>Por exceção, a Administração Pública dá cumprimento direto à Constituição. É</p><p>que, em nossa ordem normativa, temos as LEIS, que “materializam” a vontade</p><p>contida na Constituição.</p><p>Todavia, por vezes, a própria Constituição estabelece, de forma expressa, a</p><p>conduta a ser adotada pela Administração. Embora seja fato raro, pode ocorrer,</p><p>como é o caso dos chamados decretos autônomos, editados com base no inc.</p><p>VI do art. 84 da Constituição Federal.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 14|20</p><p>Esse assunto, a conduta a ser observada pela Administração, merece um cuidado</p><p>maior. Por conta disso, em várias passagens deste livro falaremos das</p><p>características principais inerentes a tais condutas, que podem ser resumidas a</p><p>duas palavras: vinculação ou discricionariedade, que indicarão maior ou menor</p><p>grau de liberdade no que será feito pela Administração. Para parte da doutrina, a</p><p>vinculação significa completa ausência de liberdade da Administração, a qual</p><p>deve agir em estrita conformidade com a Lei. Já discricionariedade importaria</p><p>relativa liberdade, com limites da Lei, dada à Administração. Mas, como dito, o</p><p>assunto será melhor abordado noutras aulas (Princípios e Atos Administrativos).</p><p>IV) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle judicial.</p><p>Isso é decorrência do princípio da inafastabilidade de jurisdição ou da jurisdição</p><p>única, contido no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988: a lei não excluirá da apreciação</p><p>do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.</p><p>Notem que nem mesmo sequer a lei exclui da apreciação judicial atos que</p><p>importem lesão, efetiva ou potencial, de direitos. Não é por que um ato provém</p><p>da Administração que será excluído da apreciação do Judiciário. É claro que, para</p><p>o Judiciário pronunciar-se, haverá de ser cumprido o rito necessário.</p><p>Explique-se: em regra, para um tribunal ou juiz apreciar e pronunciar-se sobre</p><p>alguma questão, haverá de ocorrer a necessária provocação, ou seja, o</p><p>órgão judicial deverá ser demandado. Isso é o que se conhece no processo</p><p>civil por “inércia processual” (princípio da inércia ou da demanda): para que o</p><p>Judiciário se “movimente”, é necessário que alguém provoque sua atuação.</p><p>Todavia, a própria Administração pode fazer controle de seus atos, em</p><p>razão do princípio da autotutela. Nesse último caso, é desnecessária a</p><p>provocação, dado que a atuação pode ocorrer de ofício.</p><p>2. Quadro sinóptico da aula</p><p>Definição do Direito Administrativo</p><p>Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas</p><p>que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens</p><p>de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública (Maria Sylvia Zanella Di</p><p>Pietro). É o Direito que rege toda e qualquer atividade de administração, provenha esta do</p><p>Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.</p><p>Administração Pública em sentido subjetivo</p><p>Também chamado de sentido orgânico ou formal (quem exerce a atividade?), diz respeito</p><p>aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administrativa. Abrange órgãos, entidades ou</p><p>agentes, que tenham por papel desempenhar tarefas administrativas do Estado.</p><p>Administração Pública em sentido objetivo</p><p>Também chamado de sentido material ou funcional (qual a atividade/função exercida?),</p><p>designa a natureza da atividade, as funções exercidas pelos entes, caracterizando, portanto, a</p><p>própria função administrativa, exercida predominantemente pelo Poder Executivo. Alcança as</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 15|20</p><p>atividades-meio (introversas ou instrumentais) e as seguintes atividades finalísticas</p><p>(extroversas):</p><p> fomento: refere-se à atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de</p><p>utilidade ou interesse público, tais como o financiamento em condições especiais, as</p><p>desapropriações que beneficiem entidades privadas desprovidas do intuito do lucro e que</p><p>executem atividades úteis à coletividade. polícia administrativa: abrange as atividades administrativas restritivas ao exercício de</p><p>direitos individuais, tendo em vista o interesse de toda coletividade ou do Estado. Não se</p><p>trata, aqui, das polícias civil, federal e militar, que são órgãos da Administração Pública,</p><p>e, por consequência, compõem a Administração Pública, mas no sentido subjetivo (ainda</p><p>que exerçam atividades de polícia administrativa). serviço público: diz respeito às atividades executadas direta ou indiretamente pela</p><p>Administração Pública e em regime predominantemente de direito público, em</p><p>atendimento às necessidades coletivas. intervenção: entendida como a regulamentação e fiscalização da atividade econômica</p><p>de natureza privada (art. 174 da CF/1988), bem como a atuação do Estado diretamente</p><p>na ordem econômica (art. 173 da CF/1988). Como regra, essa atuação dá-se por</p><p>intermédio de empresas públicas e de sociedades de economia mista, instituídas e</p><p>mantidas pelo Estado. Pode ser dar nas modalidades indireta - realizada em atividade</p><p>tipicamente regulatória, marcada predominantemente por normas de Direito Público - ou</p><p>direta - efetua-se por entidades empresariais do Estado, em concorrência com outras</p><p>empresas do setor, e regidas predominantemente por normas de Direito Privado.</p><p>O sentido objetivo da administração pública pode ser material ou formal.</p><p> Material: são levados em consideração os elementos intrínsecos das funções dos</p><p>Poderes, nessa ordem:</p><p></p><p>Legislativo: responsável pela edição de leis, essas dotadas de generalidade e de abstração</p><p>(elementos intrínsecos);</p><p>Judiciário: definição de litígios, pacificando-os (elemento intrínseco – resolução dos litígios);</p><p>Executivo: cabe-lhe a satisfação dos interesses coletivos.</p><p> Formal: as funções do Estado são determinadas pelas características essenciais, típicas,</p><p>pelo tratamento normativo que lhe corresponda, nessa ordem:</p><p>Legislativo: as leis são originárias, contam com o atributo da novidade;</p><p>Judiciário: a resolução dos litígios é dotada de definitividade;</p><p>Executivo: a atividade administrativa caracterizar-se-ia por se desenvolver em razão de</p><p>comandos infralegais, e, em alguns excepcionais, infraconstitucionais.</p><p>Função administrativa</p><p>Função que o Estado, ou aquele que lhe faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e</p><p>regimes hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser</p><p>desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais</p><p>vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder Judiciário (Celso Antônio Bandeira de</p><p>Mello).</p><p>Chegamos ao final</p><p>da aula inaugural. Espero que tenham gostado. Vamos partir,</p><p>agora, para a resolução de algumas questões de concursos da banca ESAF.</p><p>Aguardamos vocês na nossa próxima aula!</p><p>3. Questões complementares</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 16|20</p><p>QUESTÃO 02 - ESAF - Analista Técnico-Administrativo</p><p>(MF)/2013/Adaptada - De acordo com o critério funcional, o conceito de</p><p>Administração Pública é um complexo de atividades concretas e imediatas</p><p>desempenhadas sob os termos e condições da lei, visando o atendimento das</p><p>necessidades coletivas.</p><p>Comentários:</p><p>Para o critério da Administração Pública, o Direito Administrativo é percebido em</p><p>duas acepções: subjetiva e objetiva. No sentido subjetivo ou orgânico, o Direito</p><p>leva em consideração aqueles que praticam a ação, no caso, “agentes, pessoas</p><p>e órgãos”. Por sua vez, na acepção objetiva ou funcional ou material, o</p><p>Direito diz respeito às atividades propriamente realizadas pelas pessoas do</p><p>Estado. Em sentido finalístico, o Estado-administrador desempenha: serviços</p><p>públicos, poder de polícia, fomento e intervenção.</p><p>Em minhas aulas costumo alertar para o fato de que as bancas preferem o uso</p><p>dos sinônimos. O sentido subjetivo diz respeito ao sujeito, enfim, aquele que</p><p>pratica. Por isso, a banca prefere citar “orgânico e formal”. Para o sentido objetivo,</p><p>a banca, no caso, usa as expressões “material” ou “funcional”.</p><p>Gabarito: CERTO.</p><p>QUESTÃO 03 - ESAF - Analista Técnico-Administrativo</p><p>(MF)/2013/Adaptada - O sentido subjetivo da expressão Administração Pública</p><p>está relacionado à natureza da atividade exercida por seus próprios entes.</p><p>Comentários:</p><p>A banca só fez inverter os conceitos de objetivo e subjetivo. No sentido</p><p>objetivo, a expressão Administração Pública está relacionada à natureza da</p><p>atividade exercida por seus próprios entes.</p><p>Gabarito: ERRADO.</p><p>QUESTÃO 04 - FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem</p><p>Especialidade"/2012 - Em seu sentido subjetivo, a administração pública pode</p><p>ser definida como</p><p>a) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime de</p><p>direito público, para a realização dos interesses coletivos.</p><p>b) o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o exercício da</p><p>função administrativa do Estado.</p><p>c) os órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal.</p><p>São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias.</p><p>d) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para</p><p>realizar atividades de Governo de forma descentralizada. São exemplos as</p><p>Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 17|20</p><p>e) as entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com</p><p>patrimônio próprio e capital exclusivo da União, se federal, criadas para exploração</p><p>de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de</p><p>contingência ou conveniência administrativa.</p><p>Comentários:</p><p>A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme o</p><p>contexto em que esteja inserida.</p><p>Em um primeiro sentido, subjetivo, orgânico ou formal, que é do que trata a</p><p>questão, a expressão Administração Pública diz respeito aos entes que exercem a</p><p>atividade administrativa (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos). Já o</p><p>sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade exercida</p><p>pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função Administrativa, que é</p><p>exercida predominantemente pelo Poder Executivo.</p><p>Cabe ressaltar que não é só o Poder Executivo quem edita atos administrativos. A</p><p>diferença básica é que compete tipicamente ao Poder Executivo administrar, e,</p><p>consequentemente, editar atos administrativos, ao passo que os outros Poderes,</p><p>ao administrarem, exercem atribuição atípica. Assim, caso o examinador afirme</p><p>que apenas o Executivo exerce a função administrativa, estará ERRADO.</p><p>Em sentido material, objetivo, ou funcional, administração pública consiste nas</p><p>atividades levadas a efeito pelos órgãos e agentes incumbidos de atender as</p><p>necessidades da coletividade. Nesse sentido, a expressão deve ser grafada mesmo</p><p>com iniciais minúsculas, por se tratar efetivamente da atividade administrativa.</p><p>Assim entende a doutrina majoritária. Sob o ponto de vista material, a</p><p>administração pública abarca as seguintes atividades: fomento, a polícia</p><p>administrativa, o serviço público e a intervenção administrativa.</p><p>Ok, vistos dois dos sentidos mais importantes da expressão Administração Pública,</p><p>analisem-se os itens, para que encontremos o gabarito:</p><p>- Letra A: ERRADA. A administração pública, como atividade concreta e imediata</p><p>desenvolvida pelo Estado, diz respeito ao sentido OBJETIVO.</p><p>- Letra B: CERTA. Isso mesmo! A Administração Pública, em termos subjetivos,</p><p>diz respeito ao o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o</p><p>exercício da função administrativa do Estado. Este é o gabarito da questão!</p><p>- Letra C: ERRADA. Os “organismos dirigentes” o poder central, traduz um tanto</p><p>mais o sentido POLÍTICO da Administração Pública, que também pode envolver tal</p><p>atividade, caso perceba-se, como dito, o sentido político da expressão.</p><p>- Letra D: ERRADA. Dois erros no item: 1º) a Administração, em sentido subjetivo,</p><p>também abrange órgãos (não só entidades); 2º) os ÓRGÃOS/ENTIDADES da</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não foram pensados para desempenhar as atividades</p><p>de governo, mas sim administrativas. As atividades políticas de governo são</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 18|20</p><p>incumbência do Poder Executivo e Legislativo, em seus mais altos escalões</p><p>(Presidência da República, Ministérios, Câmara e Senado, no que se refere à</p><p>União).</p><p>- Letra E: ERRADA. Este é conceito exato de empresa pública, que consta do</p><p>Decreto Lei 200, de 1967, e, portanto, não é o de Administração Pública, em</p><p>sentido subjetivo.</p><p>Gabarito: letra “B”.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 19|20</p><p>4. Questões apresentadas em aula</p><p>QUESTÃO 01 - Analista/CVM –</p><p>ESAF – 2010- Partindo-se do</p><p>pressuposto de que a função política</p><p>ou de governo difere da função</p><p>administrativa, é correto afirmar que</p><p>estão relacionadas(os) à função</p><p>política, exceto.</p><p>a) comando</p><p>b) coordenação</p><p>c) execução</p><p>d) direção</p><p>e) planejamento</p><p>QUESTÃO 02 - ESAF - Analista</p><p>Técnico-Administrativo</p><p>(MF)/2013/Adaptada - De acordo</p><p>com o critério funcional, o conceito de</p><p>Administração Pública é um complexo</p><p>de atividades concretas e imediatas</p><p>desempenhadas sob os termos e</p><p>condições da lei, visando o</p><p>atendimento das necessidades</p><p>coletivas.</p><p>QUESTÃO 03 - ESAF - Analista</p><p>Técnico-Administrativo</p><p>(MF)/2013/Adaptada - O sentido</p><p>subjetivo da expressão Administração</p><p>Pública está relacionado à natureza da</p><p>atividade exercida por seus próprios</p><p>entes.</p><p>QUESTÃO 04 - FCC - Analista</p><p>Judiciário (TRE</p><p>SP)/Administrativa/"Sem</p><p>Especialidade"/2012 - Em seu</p><p>sentido subjetivo, a administração</p><p>pública pode ser definida como</p><p>a) a atividade concreta e imediata que</p><p>o Estado desenvolve, sob o regime de</p><p>direito público, para a realização dos</p><p>interesses coletivos.</p><p>b) o conjunto de órgãos e de pessoas</p><p>jurídicas ao qual a Lei atribui o</p><p>exercício da função administrativa do</p><p>Estado.</p><p>c) os órgãos ligados diretamente ao</p><p>poder central, federal, estadual</p><p>ou</p><p>municipal. São os próprios organismos</p><p>dirigentes, seus ministérios e</p><p>secretarias.</p><p>d) as entidades com personalidade</p><p>jurídica própria, que foram criadas</p><p>para realizar atividades de Governo de</p><p>forma descentralizada. São exemplos</p><p>as Autarquias, Fundações, Empresas</p><p>Públicas e Sociedades de Economia</p><p>Mista.</p><p>e) as entidades dotadas de</p><p>personalidade jurídica de direito</p><p>privado, com patrimônio próprio e</p><p>capital exclusivo da União, se federal,</p><p>criadas para exploração de atividade</p><p>econômica que o Governo seja levado</p><p>a exercer por força de contingência ou</p><p>conveniência administrativa.</p><p>- CPF:</p><p>ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Prof. Adriel Monteiro</p><p>Aula inaugural</p><p>Prof. Adriel Monteiro www.concurseiro24horas.com.br 20|20</p><p>GABARITOS:</p><p>01 – C 02 - CERTO 03 - ERRADO 04 - B</p><p>- CPF:</p><p>Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)</p><p>http://www.tcpdf.org</p>