Logo Passei Direto
Buscar

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>UNIDADE 1</p><p>O nosso encontro de hoje tem como objetivo apresentar os assuntos iniciais da</p><p>Contabilidade. É o começo da nossa jornada, alunos! A primeira pergunta que deve</p><p>vir a sua mente é a seguinte: o que é Contabilidade?</p><p>Trata-se de uma Ciência Social, a qual vem se desenvolvendo desde que a</p><p>Humanidade começou a sentir a necessidade de acumular e registrar riqueza e a</p><p>fazer operações mercantis. A Ciência Contábil surge e se aperfeiçoa com a missão de</p><p>captar, escriturar, interpretar fatos que afetavam o PATRIMÔNIO de pessoas.</p><p>Nos dias atuais, a doutrina nos apresenta diversas definições para a nossa</p><p>querida ciência, mas separamos duas delas para vocês, vejam:</p><p>Temos em destaque o caráter científico da Contabilidade e sua missão como</p><p>instrumento de auxílio à gestão das entidades. Agora vejamos outra definição trazida</p><p>pela doutrina:</p><p>Ciência</p><p>Orientação</p><p>Controle</p><p>Registro</p><p>Estuda e Pratica</p><p>Definição oficial de contabilidade: Contabilidade é a ciência que estuda e pratica</p><p>as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma</p><p>administração econômica (1º Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).</p><p>A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado</p><p>a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica,</p><p>financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização</p><p>(FIPECAFI).</p><p>O QUE É CONTABILIDADE?</p><p>Nessa definição, elaborada pelo IPECAFI (atual FIPECAFI), temos</p><p>apresentado o viés de sistema de informação que a Contabilidade também possui.</p><p>Existem fatos relevantes que estão ocorrendo e modificando o patrimônio de</p><p>entidades contábeis, isto é, pessoas físicas, jurídicas, ou até mesmo, entes</p><p>despersonalizados, mas que são de interesse da ciência contábil. Esses fatos são</p><p>registrados, trabalhados e externalizados na forma de informações úteis para os</p><p>devidos interessados. Interessante não é mesmo?</p><p>Exemplo: se você é um grande investidor e quer empregar o seu CAPITAL em</p><p>uma grande rede de supermercados brasileira, não vai querer analisar cada contrato</p><p>assumido pela entidade, pegar todas as notas fiscais de venda, de compra, para saber</p><p>como anda a saúde financeira daquela companhia, não é?</p><p>Pois então, a Contabilidade irá te fornecer todas essas informações, de</p><p>modo sistematizado e padronizado, através das DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>também chamada em certas situações de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. A</p><p>principal finalidade da contabilidade é fornecer informações aos seus usuários</p><p>para ajuda-los a tomarem decisões.</p><p>Existe uma técnica contábil que reúne todos os documentos que contenham</p><p>fatos contábeis, isto é, fato que são geram alterações na riqueza da entidade,</p><p>lançando-os nos registros contábeis respectivos, como livros, fichas, que darão</p><p>suporte para a elaboração e publicação das demonstrações contábeis. Essa técnica</p><p>contábil é chamada de ESCRITURAÇÃO. É mais ou menos assim:</p><p>Contabilidade</p><p>Sistema de</p><p>Informação</p><p>Prover Usuários</p><p>com informações</p><p>Econômicas,</p><p>financeiras, Físicas</p><p>e de Produtividade</p><p>Relacionada com a</p><p>Entidade</p><p>Exemplo de fatos que são escriturados:</p><p>Então, ao nos depararmos com os arquivos contábeis de uma entidade,</p><p>encontraremos todos esses fatos registrados. Você já viu a utilidade da Contabilidade,</p><p>querido aluno. Então podemos avançar.</p><p>AA</p><p>Por ser uma ciência, a Contabilidade possui objeto de estudo próprio que é o</p><p>patrimônio das entidades. Por patrimônio, entenda o conjunto de bens, direitos e</p><p>obrigações da entidade. Confesse que nossa ideia inicial é apenas pensar em</p><p>patrimônio como nossos bens, não é mesmo? “Estou estudando porque desejo</p><p>formar um bom patrimônio”. Mas, para a Contabilidade, as obrigações das</p><p>entidades, como por exemplo, suas dívidas, também integram o conceito de</p><p>patrimônio.</p><p>Além disso, percebam que estamos usando o termo “entidade” e não</p><p>empresas, pois não são apenas as sociedades empresárias que são estudadas pela</p><p>nossa ciência. Pessoas Físicas, Órgãos Públicos também podem ser campo de</p><p>aplicação da Contabilidade, como será visto.</p><p>Es</p><p>cr</p><p>it</p><p>u</p><p>ra</p><p>çã</p><p>o</p><p>Compra de</p><p>mercadorias</p><p>Venda de</p><p>mercadorias</p><p>Recebimento de</p><p>clientes</p><p>Pagamento de</p><p>fornecedores</p><p>Compra de terreno</p><p>Patrimônio</p><p>Bens</p><p>Direitos</p><p>Obrigações</p><p>OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE</p><p>O campo de aplicação da Contabilidade são as AZIENDAS. Por azienda</p><p>devemos entender o patrimônio de uma pessoa que é gerido de maneira organizada.</p><p>A Contabilidade se aplica a entidades que tenham fins lucrativos (empresários), quer</p><p>não (União, Estados, associações, por exemplo).</p><p>A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em</p><p>três tipos, a saber:</p><p>1) azienda econômica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro.</p><p>2) aziendas econômico-sociais: São exemplo as associações, cuja sobra</p><p>líquida é destinada a outros fins que não a remuneração do capital empregado. Por</p><p>exemplo, a associação de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro que obteve</p><p>ao término do exercício com a limpeza e o cultivo de árvores na região.</p><p>3) aziendas sociais: Não possui escopo lucrativo, tal como a União, Estados,</p><p>Municípios.</p><p>A finalidade principal da ciência contábil, que algumas vezes pode também ser</p><p>chamada de objetivo, é fornecer a seus usuários informações sobre a situação</p><p>patrimonial e financeira da entidade para os seus USUÁRIOS.</p><p>As demonstrações contábeis, conceito que já será melhor apresentado, são</p><p>preparadas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas</p><p>finalidades distintas e necessidades diversas.</p><p>CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE</p><p>Dica: Azienda lembra “fazenda”, não é mesmo? E fazenda combina com campo!</p><p>Hahaha. Olha aí um bizu para vocês não esquecerem mais disso!</p><p>FINALIDADE DA CONTABILIDADE E</p><p>USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES</p><p>Fornecer Informações Finalidade da Contabilidade</p><p>Os usuários das demonstrações contábeis podem ser externos ou</p><p>internos, conforme tenham ou não ligação e acesso às informações da a entidade</p><p>que as reporta. Assim sendo, um empregado de hierarquia inferior ou um sócio</p><p>minoritário, mesmo sendo “de dentro” da empresa, não tem livre acesso às</p><p>informações contábeis da empresa. Deve aguardar que sejam externadas. Nesse</p><p>caso, são considerados usuários EXTERNOS.</p><p>Usuários Internos: Alta e Média Gerência da empresa; Conselho de</p><p>Administração; Acionistas Controladores. Estão preocupados com o retorno dos seus</p><p>investimentos, continuidade da empresa, decisões em nível estratégico.</p><p>Usuários Externos: Empregados; Investidores; Credores por empréstimos;</p><p>Fornecedores; Clientes; Governo e suas agencias.</p><p>Há uma norma contábil muito importante chamado CPC 00 – Estrutura</p><p>Conceitual Básica da Contabilidade. Nele, temos a seguinte disposição:</p><p>Assim, em que pese estarmos dizendo que os usuários podem ser externos ou</p><p>internos, há também aqueles que são os usuários PRINCIPAIS, ou seja, aqueles a</p><p>quem as demonstrações contábeis se destinam principalmente.</p><p>Os usuários principais são aqueles que não podem exigir à entidade</p><p>informações diretamente, como nós, pessoas físicas, eu, você, ou alguém que vá</p><p>emprestar dinheiro para a empresa. Esses são os usuários primários.</p><p>Usuário</p><p>Principal da</p><p>Contabilidade</p><p>Não pode exigir</p><p>a informação</p><p>diretamente</p><p>Utiliza relatórios</p><p>financeiros para</p><p>fins gerais</p><p>1.5 Muitos investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e</p><p>potenciais, não podem exigir que as entidades que reportam forneçam informações</p><p>diretamente a eles, devendo se basear em relatórios financeiros para fins gerais para</p><p>muitas das informações financeiras de que necessitam. Consequentemente, eles</p><p>são os principais usuários aos quais se destinam relatórios financeiros para fins</p><p>gerais.</p><p>Os usuários principais são, essencialmente, os usuários externos, que não</p><p>podem solicitar</p><p>se</p><p>concretizasse, como fretes sobre vendas, mão-de-obra. A doutrina contábil também</p><p>chama esse conceito de confrontação de receitas e despesas, ou até mesmo, de</p><p>princípio da realização das receitas.</p><p>UNIDADE 3</p><p>Para apurarmos o DESEMPENHO da entidade, em determinado PERÍODO</p><p>CONTÁBIL, uma visão DINÂMICA, temos que efetuar o confronto das RECEITAS</p><p>e as DESPESAS da entidade, que chamamos de resultado do exercício!</p><p>Os resultados obtidos com vendas de produtos, os ganhos obtidos com aluguéis,</p><p>juros, variações monetárias etc., são chamados de receitas. Em contrapartida,</p><p>salários, custo da mercadoria vendida, juros, aluguéis, tributos DO PERÍODO são as</p><p>despesas.</p><p>Devemos confrontar as receitas e despesas obtidas por uma entidade no</p><p>período para que, ao término, saibamos se temos um lucro ou prejuízo. Uma vez</p><p>encontrado o “rédito”, isto é, o resultado do exercício, temos de transferi-lo para o</p><p>patrimônio líquido, já que o lucro/prejuízo do exercício pertence à entidade, é</p><p>agregado à sua riqueza própria. Relembrando:</p><p>Existe uma demonstração contábil bastante analítica, que evidencia a apuração do</p><p>resultado: a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Vamos apresentar a</p><p>APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>estrutura simplificada da DRE, com a apuração do resultado e sua transferência para</p><p>o balanço patrimonial da entidade.</p><p>De maneira simplificada, a demonstração do resultado do exercício possui:</p><p>Receita de Vendas</p><p>(-) Custo das Mercadorias Vendidas</p><p>(=) Resultado Bruto (ou Lucro Bruto)</p><p>(-) Despesas</p><p>- De vendas</p><p>- Administrativas</p><p>- Financeiras</p><p>- Outras Despesas</p><p>(=) Lucro antes do Imposto de Renda e Participações</p><p>(-) Despesa com Imposto de Renda</p><p>(=) Lucro antes das Participações sobre o Lucro</p><p>(-) Participações</p><p>(=) Lucro Líquido</p><p>É importante destacar que a DRE apresenta apenas contas de resultado, isto é.</p><p>Despesas e receitas de diversos tipos. Uma característica importante das contas</p><p>de resultado é que elas têm “vida curta”. Como assim, professor?</p><p>As contas de despesas e receitas têm seus saldos encerrados ao final de cada</p><p>período contábil. Assim sendo, as contas de resultado INICIAM E TERMINAM O</p><p>EXERCÍCIO ZERADAS, ou seja, sem saldo. Vejam essa Demonstração do Resultado</p><p>do Exercício simplificada:</p><p>Receita de Vendas 2.000</p><p>(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (1.500)</p><p>(=) Resultado Bruto (ou Lucro Bruto) 500</p><p>(-) Despesas -</p><p>(=) Lucro Líquido 500</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>Se vocês observarem, temos uma conta de Receita de Vendas, com saldo de 2.000 e</p><p>uma conta de despesa, CMV, com saldo de 1.500. Se prepararmos os razonetes, com</p><p>os respectivos saldos, teríamos o seguinte:</p><p>Agora, iremos encerrar, “matar”, as contas de resultado, fazendo um lançamento</p><p>contrário à natureza delas, com o mesmo valor e a contrapartida será uma conta</p><p>transitória, também de resultado, chamada de APURAÇÃO DO RESULTADO DO</p><p>EXERCÍCIO (ARE):</p><p>• Encerramento da conta de receita:</p><p>D – Receita de Vendas 2.000</p><p>C – ARE 2.000</p><p>• Encerramento da conta de despesa:</p><p>D – ARE 1.500</p><p>C – CMV 1.500</p><p>Nossos razonetes ficam assim:</p><p>As contas de resultado estão zeradas, então temos um único razonete, ARE, com</p><p>todas as receitas e despesas da entidade. Se as receitas foram maiores do que as</p><p>despesas, a conta ARE terá saldo credor, o que significa LUCRO no período. Se</p><p>as receitas foram menores do que as despesas, a conta ARE terá saldo devedor,</p><p>o que significa PREJUÍZO no período. Resumindo:</p><p>ARE</p><p>LUCRO</p><p>SALDO</p><p>CREDOR</p><p>PREJUÍZO</p><p>SALDO</p><p>DEVEDOR</p><p>Como temos apenas uma conta de receita e uma de despesa, fizemos apenas dois</p><p>lançamentos. Agora, em uma DRE mais completa, poderíamos ter diversas contas de</p><p>resultado para encerrar. O próximo passo é transferir o Resultado do exercício</p><p>para a conta Lucros Acumulados, no PL (Patrimônio Líquido). É a ligação da</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício com o Balanço Patrimonial.</p><p>Contabilização:</p><p>D – ARE 500</p><p>C – Lucros Acumulados (PL) 500</p><p>Agora, vejam como ficaria o Balanço Patrimonial:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 7.000,00</p><p>Duplicatas a Receber 2.000,00</p><p>Estoque 1.500,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 10.000,00</p><p>Lucros Acumulados 500,00</p><p>Total do Ativo 10.500,00 Total do Passivo + PL 10.500,00</p><p>Não importa nesse momento, de onde vieram os saldos do ativo, passivo e PL. Nosso</p><p>objetivo é apenas apresentar a apuração do resultado e a transferência para o Balanço</p><p>Patrimonial.</p><p>Veremos agora os diversos lançamentos contábeis que nos ajudarão a entender como</p><p>a Contabilidade registra os fatos que geram alterações no patrimônio das entidades.</p><p>Exemplo: Quatro sócios constituem a sociedade DRA, com capital social de R$</p><p>100.000,00, sendo R$ 25.000,00 para cada. Ainda não houve a entrega dos recursos,</p><p>apenas a subscrição do capital.</p><p>CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Capital social a integralizar (retificadora do patr. Líquido) 100.000,00</p><p>C – Capital social (patrimônio líquido) 100.000,00</p><p>Sobre o nosso lançamento, ainda não houve entrega de recursos por parte dos</p><p>sócios, passo que será realizado no lançamento seguinte.</p><p>A integralização ou realização é a efetiva entrega dos recursos por parte dos</p><p>sócios. Pode ser feita em dinheiro ou bens.</p><p>Exemplo: Dois dos sócios integralizam suas respectivas partes, em dinheiro, no total</p><p>de R$ 50.000,00, entregando o recurso.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Caixa (ativo) 50.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (retificadora PL) 50.000,00</p><p>Exemplo: A entidade comprou mercadorias à vista, no valor de R$ 10.000,00.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 10.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 10.000,00</p><p>Estamos debitando a conta mercadorias, afinal, está entrando mercadoria na</p><p>empresa (e ativo aumenta a débito), e creditando a conta caixa já que está saindo</p><p>dinheiro desta fonte de recursos.</p><p>Exemplo: A entidade comprou mercadorias a prazo, com fornecedores, no valor de</p><p>R$ 20.000,00. Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 20.000,00</p><p>C – Fornecedores (passivo) 20.000,00</p><p>INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL EM DINHEIRO</p><p>AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS À VISTA SEM</p><p>INCIDÊNCIA DE RTRIBUTOS</p><p>AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS A PRAZO SEM</p><p>INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS</p><p>A conta fornecedora será sempre uma conta de passivo para registrar as</p><p>compras de mercadorias realizadas a prazo.</p><p>Exemplo: Os dois sócios faltantes integralizaram sua parte do capital social. Um deles</p><p>com um terreno, no valor de R$ 25.000,00. O outro com um veículo, financiado, cujo</p><p>valor era R$ 30.000,00, mas ainda há saldo a pagar de R$ 5.000,00.</p><p>Atendendo ao Princípio da Entidade, os bens e também a dívida que está sobre o</p><p>veículo, são transferidos para a entidade que está se formando. Vejam que importante.</p><p>Lançamentos:</p><p>• Sócio que integralizou terreno:</p><p>D – Terrenos (ativo) 25.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (patrimônio líquido) 25.000,00</p><p>• Sócio que integralizou com veículo:</p><p>D – Veículos (ativo) 30.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (patrimônio líquido) 25.000,00</p><p>C – Financiamentos a pagar (passivo) 5.000,00</p><p>Atenção especial ao segundo lançamento! Neste caso, o veículo entregue foi</p><p>avaliado em R$ 30.000,00. Porém, R$ 5.000,00 são dívidas que o sócio possui</p><p>referentes ao veículo.</p><p>Devemos lançar o veículo no ativo, afinal é um bem. A conta capital social a</p><p>integralizar está diminuindo, já que o sócio está quitando a sua obrigação de</p><p>realizar o capital social. Além disso, está transferindo R$ 5.000,00 em dívidas,</p><p>valor que</p><p>será registrado em conta de passivo.</p><p>Exemplo: Venda das primeiras mercadorias adquiridas, por R$ 25.000,00, à vista,</p><p>sem incidência de tributos.</p><p>INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL COM</p><p>TERRENOS E VEÍCULOS</p><p>VENDA DE MERCADORIAS À VISTA SEM INCIDÊNCIA DE</p><p>TRIBUTOS</p><p>Como regra, atendendo ao princípio da competência, a receita é reconhecida</p><p>quando a mercadoria for entregue. Assim, temos o seguinte: estamos vendendo</p><p>mercadoria. Isso gera receita!</p><p>Agora, precisamos saber que essa mercadoria teve um custo, certo? O confronto</p><p>entre as receitas e o custo da mercadoria vendida e as despesas geradas com</p><p>vendas é feito na demonstração do resultado do exercício.</p><p>Resumidamente: R$ 25.000,00 – R$ 10.000,00 (valor da aquisição) = R$ 15.000,00</p><p>(lucro apurado na operação).</p><p>Vamos fazer a contabilização dessa venda? São dois passos:</p><p>Lançamentos:</p><p>• Pelo reconhecimento da receita:</p><p>D – Caixa (ativo) 25.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 25.000,00</p><p>• Pela baixa da mercadoria no estoque:</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (despesa) 10.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 10.000,00</p><p>No primeiro lançamento, como está entrando dinheiro no caixa, aumentamos o</p><p>ativo por meio de débito. A contrapartida será a conta receita de vendas, que é</p><p>creditada.</p><p>No segundo lançamento, devemos lançar o custo da mercadoria vendida, que,</p><p>embora leve este nome, é uma conta de despesa, pois um ativo está sendo</p><p>“consumido” pela venda. A contrapartida do custo da mercadoria vendida (CMV)</p><p>é a conta mercadorias (creditada, diminuindo o estoque), afinal, a mercadoria</p><p>está sendo baixada do estoque.</p><p>Exemplo: Venda das mercadorias adquiridas por R$ 20.000,00, a prazo, pelo valor</p><p>de R$ 50.000,00. Uma vez que a venda se deu a prazo, temos de saber que haverá,</p><p>nesta hipótese, a existência de uma das seguintes contas: duplicatas a receber,</p><p>clientes, E como essas contas se comportarão? Ora, se estamos vendendo a prazo,</p><p>VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO SEM INCIDÊNCIA</p><p>DE TRIBUTOS</p><p>estamos criando um direito (portanto, um ativo), o qual deverá ser debitado (ativo</p><p>aumenta a débito). A contrapartida será uma conta de receita.</p><p>Lançamentos:</p><p>1. Pelo reconhecimento da receita:</p><p>D – Clientes (ativo) 50.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 50.000,00</p><p>2. Pela baixa das mercadorias</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 20.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 20.000,00</p><p>Exemplo: Uma vez que a sociedade em tela tinha perspectiva promissora no</p><p>mercado, o sócio Z ingressou no quadro de acionistas, pagando R$ 150.000,00, por</p><p>ações que tinham valor de R$ 100.000,00.</p><p>Esta é a hipótese prevista na Lei 6404/76 (LSA) conhecida como ágio na emissão</p><p>de ações. Vejam que ele pagou R$ 50.000,00 a mais pelas ações do que o valor</p><p>nominal. Segundo a LSA, o nome técnico para esse excesso pago é reserva de</p><p>capital. Como regra, as ações são registradas pelo seu valor nominal que é a razão</p><p>entre o Capital Social e o número de ações:</p><p>Teoricamente, se a empresa obteve um ganho nessa operação, parecido como o</p><p>que ocorre em uma venda, o aluno pensaria que esse valor a mais se trataria de</p><p>uma receita. Correto? Mas não!</p><p>Vamos pedir para vocês anotarem um bizu: transações de capital da empresa com</p><p>seus sócios, como por exemplo, emissão de novas ações, aquisições de ações</p><p>da própria entidade NÃO representam receitas tampouco despesas, mas são</p><p>lançadas DIRETAMENTE NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Então, agora você conhece</p><p>mais uma conta que integra o Patrimônio Líquido: Reservas de Capital.</p><p>ENTRADA DE SÓCIO NA EMPRESA, COM ÁGIO NA</p><p>EMISSÃO DE AÇÕES</p><p>Vejamos agora, os lançamentos:</p><p>D – Caixa (ativo) 150.000,00</p><p>C – Capital social (Patrimônio líquido) 100.000,00</p><p>C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações (PL) 50.000,00</p><p>Exemplo: O veículo tem vida útil de 5 anos, sem valor residual. A empresa reconheceu</p><p>a despesa de depreciação anual.</p><p>Os ativos imobilizados (veículos, equipamentos), aqueles utilizados nas</p><p>atividades fins da entidade, sofrem desgaste pela ação do tempo, pelo uso, pela</p><p>obsolescência. Como a contabilidade deve refletir ao máximo a situação</p><p>econômica e financeira da entidade, devemos reconhecer a redução do valor do</p><p>ativo. Essa redução é conhecida como depreciação. Para reconhecer a</p><p>depreciação, faremos o lançamento seguinte:</p><p>Portanto, como o veículo tem valor de aquisição de R$ 30.000,00 e vida útil de 5 anos,</p><p>podemos, por meio de regra de três simples encontrar o percentual de depreciação</p><p>de 20% ao ano.</p><p>Calculemos:</p><p>Se deprecia 100% em 5 anos</p><p>Deprecia X% em 1 ano</p><p>X = 20%</p><p>Logo, 20% x 30.000,00 = R$ 6.000,00</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesa de depreciação (resultado) 6.000,00</p><p>C – Depreciação acumulada (retificadora do ativo) 6.000,00</p><p>RECONHECIMENTO DE DEPRECIAÇÃO DO VEÍCULO</p><p>Como reconhecer a depreciação?</p><p>- Debitamos a conta despesa de depreciação, já que está havendo uma perda, por</p><p>causa da desvalorização do ativo.</p><p>- Creditamos a conta depreciação acumulada, que vai ser retificadora do ativo,</p><p>diminuindo o saldo contábil do ativo.</p><p>Exemplo: A empresa faz adiantamento de R$ 15.000,00 a um fornecedor, para</p><p>recebimento de mercadoria que será produzida e entregue no prazo de 1 mês.</p><p>Sabemos que, na contabilidade, a mercadoria somente será reconhecida no</p><p>estoque quando entrar no estabelecimento do comprador, o que chamamos de</p><p>tradição.</p><p>Quando houver o adiantamento a fornecedores vamos tirar o dinheiro do caixa</p><p>(diminuindo o ativo a crédito) e debitaremos a conta de ativo, chamada</p><p>adiantamento a fornecedores. Por quê?</p><p>Pois temos um direito, a saber, o de receber as mercadorias na data estipulada no</p><p>contrato de compra e venda. Vejamos:</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Adiantamento a fornecedores (ativo) 15.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 15.000,00</p><p>Exemplo: Passado o período estipulado no contrato, as mercadorias foram entregues.</p><p>Uma vez decorrido o prazo, os fornecedores entregaram os produtos.</p><p>Agora sim vamos dar entrada nas mercadorias no estoque, em contrapartida,</p><p>vamos baixar os direitos decorrentes do adiantamento. Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 15.000,00</p><p>C – Adiantamento a fornecedores (ativo) 15.000,00</p><p>Exemplo: A empresa firmou contrato de aluguel de determinado prédio, no valor de</p><p>R$ 60.000,00 por ano, sem realizar qualquer adiantamento. Passado o transcurso</p><p>do primeiro mês, a empresa apropriou o aluguel, no valor de R$ 5.000,00. O</p><p>pagamento será feito posteriormente.</p><p>Caro aluno, a Contabilidade possui um vocabulário bem peculiar e, aos poucos, a</p><p>gente precisa se acostumar com ele, ok? Quando dizemos que a empresa</p><p>ADIANTAMENTO A FORNECEDORES</p><p>ENTREGA DE MERCADORIAS RELATIVAS AO</p><p>ADIANTAMENTO A FORNECEDORES</p><p>RECONHECIMENTO DE DESPESA DE ALUGUEL</p><p>APROPRIOU o aluguel, precisamos entender que o FATO GERADOR DA</p><p>DESPESA COM ALUGUEL ACONTECEU.</p><p>Apropriar ou Incorrer ou Transcorrer uma despesa ou uma receita significa que o fato</p><p>gerador ocorreu e, de acordo com o Regime de Competência, temos que</p><p>reconhecer o efeito no resultado, independente do pagamento ou recebimento.</p><p>Portanto, no nosso lançamento, teremos de reconhecer uma despesa de aluguel</p><p>mensalmente, ainda que o pagamento seja feito posteriormente. Vamos aprender a</p><p>contabilizar a despesa com aluguel?</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesas de aluguel (resultado) 5.000,00</p><p>C – Aluguéis a pagar (passivo) 5.000,00</p><p>Exemplo: Pagamento da dívida com fornecedores (de R$ 20.000,00), com desconto</p><p>obtido de R$ 5.000,00.</p><p>Imaginem a seguinte situação! Temos uma dívida com os fornecedores no valor de R$</p><p>20.000,00 para ser quitada em 90 dias. Este é o valor da nossa obrigação, correto?</p><p>Porém, sobrou uma graninha no caixa e decidimos ANTECIPAR o</p><p>pagamento da</p><p>dívida. Em virtude disso, foi concedido um desconto financeiro (ou também</p><p>chamado desconto condicional) no valor de R$ 5.000,00, havendo um</p><p>desembolso de R$ 15.000,00 para liquidar a obrigação.</p><p>Na Contabilidade, temos basicamente dois tipos de desconto: desconto financeiro</p><p>(CONDICIONAL) ou desconto comercial (INCONDICIONAL). O desconto</p><p>COMERCIAL ou INCONDICIONAL é aquele concedido NO MOMENTO DA</p><p>NEGOCIAÇÃO, dado para aquele cliente “chorão”.</p><p>Por exemplo: o valor da mercadoria é R$ 1.000, mas o cliente fala que vai pagar à</p><p>vista, ou vai comprar uma quantidade maior de produtos, e NA HORA de fechar o</p><p>negócio, consegue uma redução e compra a mercadoria por 900. Esse é o desconto</p><p>incondicional, ou desconto comercial. Dado no momento da negociação.</p><p>Para quem concede esse desconto ele pode ser contabilizado como uma</p><p>despesa que reduz a receita de vendas. Então, no nosso exemplo, quem efetuou a</p><p>venda iria registrar uma receita de vendas de 1.000 e uma despesa com desconto</p><p>comercial ou incondicional concedido de 100.</p><p>PAGAMENTO DOS FORNECEDORES COM DESCONTO FINANCEIRO</p><p>Lançamento:</p><p>D – Bancos (ativo) 900,00</p><p>D – Descontos incondicional concedidos (resultado) 100,00</p><p>C – Receita de Vendas (resultado) 1.000,00</p><p>O desconto incondicional não é despesa financeira! Muito cuidado, trata-se de</p><p>dedução da receita bruta de vendas, apresentada no início da demonstração do</p><p>resultado do exercício.</p><p>Quem obtém esse desconto não precisa contabilizá-lo, não representa uma</p><p>receita. No exemplo da venda de mercadorias, o adquirente irá registrar a mercadoria</p><p>por 900, simples assim:</p><p>Lançamento:</p><p>D – Estoque (ativo) 900,00</p><p>C – Bancos (ativo) 900,00</p><p>Por sua vez, o desconto condicional ou desconto financeiro é aquele que</p><p>depende de determinada condição a ser cumprida pelo cliente, como, por</p><p>exemplo, a quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de 10%.</p><p>Esse desconto é concedido em MOMENTO POSTERIOR À NEGOCIAÇÃO.</p><p>Anotem esse bizu.</p><p>A condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o pagamento.</p><p>Não o fazendo, não receberá. No caso de venda de mercadorias a prazo, por exemplo,</p><p>o desconto financeiro é aquele concedido APÓS A SAÍDA DA MERCADORIA DO</p><p>ESTABELECIMENTO.</p><p>Usando o nosso exemplo original, vamos fazer a contabilização:</p><p>Pagamento da dívida com fornecedores (de R$ 20.000,00), com desconto obtido de</p><p>R$ 5.000,00. Como está havendo uma espécie de “ganho”, já que esperávamos</p><p>desembolsar uma quantia de R$ 20.000,00 e necessitaremos somente de R$</p><p>15.000,00 para liquidar, vamos reconhecer uma receita no valor de R$ 5.000,00.</p><p>No geral, as receitas decorrem de aumento de ativos, mas aqui vemos um caso</p><p>que a redução de um passivo é fato gerador de receita. O lançamento é feito do</p><p>seguinte modo:</p><p>D – Fornecedores (passivo) 20.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 15.000,00</p><p>C – Descontos Financeiro obtido (resultado) 5.000,00</p><p>Exemplo: O cliente João adiantou à sociedade o valor de R$ 30.000,00, por</p><p>mercadorias que receberá futuramente. Ele efetuou a compra relativa a todas as</p><p>mercadorias existentes no estoque (custo: R$ 15.000,00).</p><p>Nesta hipótese, temos de pensar o seguinte: já houve entrega das mercadorias?</p><p>Não! Portanto, não há que ser dado baixa no estoque enquanto este fato não</p><p>acontecer. Tampouco, faremos o reconhecimento da receita de vendas.</p><p>O que faremos, quando do recebimento do adiantamento, é debitar a conta caixa</p><p>(aumentando o ativo). A contrapartida será uma conta de obrigação, a qual será</p><p>creditada. Por que obrigação? Ora, passamos a ter uma obrigação com o cliente, qual</p><p>seja, a de entregar a mercadoria na data estipulada no contrato de compra e venda.</p><p>Assim, efetuaremos o seguinte lançamento:</p><p>• Pelo recebimento do adiantamento:</p><p>D – Caixa (Ativo) 30.000,00</p><p>C – Adiantamento de clientes (Passivo) 30.000,00</p><p>Exemplo: Transcorrido o prazo, as mercadorias foram entregues aos clientes. Agora,</p><p>sim; uma vez que as mercadorias foram entregues ao cliente, devemos:</p><p>- Reconhecer uma receita de venda.</p><p>- Dar baixa na mercadoria do estoque;</p><p>- Reconhecer o custo da mercadoria vendida.</p><p>Lançamentos:</p><p>1. Pelo reconhecimento da receita de vendas:</p><p>D – Adiantamento de clientes (passivo) 30.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 30.000,00</p><p>2. Pela baixa no estoque:</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 15.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 15.000,00</p><p>ADIANTAMENTO DE CLIENTES</p><p>ENTREGA DAS MERCADORIAS RELATIVAS AO ADIANTAMENTO</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o pagamento antecipado das despesas de seguro do</p><p>veículo para 12 meses, no valor de R$ 12.000,00. Passado um mês do pagamento,</p><p>foi reconhecida a primeira despesa de seguro.</p><p>Vamos raciocinar um pouco. Estamos pagando a contratação de seguro hoje. A</p><p>prestação de serviço se dá no momento do pagamento ou ao longo do período</p><p>contratado? Ao longo do período contratado (geralmente ano).</p><p>Se vamos CONSUMIR O SERVIÇO DA COBERTURA DO SEGURO DURANTE</p><p>TODO ANO, não podemos reconhecer a despesa totalmente no momento do</p><p>pagamento. Temos que fazer esse reconhecimento aos poucos.</p><p>Então, ao efetuar o pagamento antecipado de uma despesa, seja ela de seguros, de</p><p>aluguel, de assinatura de periódico, de salários ou qualquer outra coisa, devemos:</p><p>Lançamentos:</p><p>1 – Pelo pagamento:</p><p>D – Despesas antecipadas – Seguros (ativo circulante) 12.000,00</p><p>C – Caixa (ativo circulante) 12.000,00</p><p>2 – Pelo reconhecimento do primeiro mês do seguro:</p><p>D – Despesa de seguros (resultado) 1.000,00</p><p>C – Despesas antecipadas – Seguros (ativo circulante) 1.000,00</p><p>Se o seguro é de 12.000 para todo o ano, de maneira linear, podemos contabilizar</p><p>12.000/12 = 1.000 de despesa por mês.</p><p>PAGAMENTO ANTECIPADO DE DESPESA COM SEGURO</p><p>Lançamentos relativos a despesas antecipadas:</p><p>1 – No momento do pagamento: Debita a conta despesas antecipadas (direito do</p><p>ativo, portanto, aumentando este grupo) e credita a conta disponível – caixa ou</p><p>bancos, já que está saindo dinheiro para o pagamento.</p><p>2 – Com o transcurso do tempo: Debita a conta despesa (despesa de seguros,</p><p>de aluguel etc.) e credita a conta despesa antecipada (reduzindo o valor do direito</p><p>conforme o tempo vai passando).</p><p>Exemplo: do total de valores a receber de clientes, a empresa estima que irá ter uma</p><p>perda no valor de 10%, em virtude de inadimplência.</p><p>Sabemos que quase todas as empresas, para sobreviver no mercado, precisam</p><p>realizar vendas a prazo. Ao mesmo tempo, sabemos que nem todas as vendas a prazo</p><p>são liquidadas. Existe o que costumeiramente chamamos de calote. Assim,</p><p>devemos fazer um ajuste na conta duplicatas a receber/clientes, com base na</p><p>melhor estimativa disponível, para reconhecer as possíveis perdas.</p><p>Com base em uma ESTIMATIVA VÁLIDA, FUNDAMENTADA, vamos lançar uma</p><p>conta a despesa de resultado (despesa com perdas estimadas com clientes) e</p><p>crédito de uma conta retificadora do ativo, que ficará reduzindo as contas a</p><p>receber (perdas estimadas com clientes). No nosso caso, a estimativa será: 10%</p><p>de R$ 50.000,00 = R$ 5.000,00.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesa com perdas estimadas com clientes (Resultado) 5.000,00</p><p>C – Ajuste para perdas estimadas com clientes (Ret. Ativo) 5.000,00</p><p>Exemplo: Cliente liquidou a obrigação de R$ 50.000,00, obtendo um desconto de</p><p>10%, pelo pagamento antecipado.</p><p>Descontos concedidos! Aqui vale uma nota interessante. Neste caso, a empresa</p><p>está oferecendo desconto. Assim, tínhamos estimado que receberíamos R$</p><p>50.000,00, mas, em verdade, para atrair mais rapidamente o dinheiro, oferecemos um</p><p>desconto caso o cliente liquide antecipadamente. Esse tipo de desconto, na</p><p>contabilidade, é chamado de desconto condicional ou desconto financeiro.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Caixa (Ativo) 45.000,00</p><p>D – Descontos financeiros concedidos (Resultado)</p><p>5.000,00</p><p>C – Clientes (Ativo) 50.000,00</p><p>RECONHECIMENTO DE PERDAS ESTIMADAS COM CLIENTES</p><p>CLIENTES LIQUIDARAM A DÍVIDA, COM DESCONTO CONCEDIDO</p><p>PELA EMPRESA</p><p>liqui</p><p>Tendo em vista que a empresa não teve perda, não faz sentido manter aquela</p><p>estimativa no balanço patrimonial. Nesse caso, devemos fazer a sua reversão.</p><p>Se antes o lançamento havia sido feito com uma despesa na DRE e tendo como</p><p>contrapartida a conta retificadora do ativo, agora, para reverter, temos que zerar a</p><p>conta, registrando como contrapartida uma conta de receita (já que é como se</p><p>empresa tivesse um ganho: ela esperava perder 5.000, mas isso não se concretizou).</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Ajuste para perdas estimadas com clientes (Ret. Ativo) 5.000,00</p><p>C – Reversão da estimativa de Perda (Receita) 5.000,00</p><p>Exemplo: A entidade efetuou a compra de ações da própria empresa, no valor de R$</p><p>5.000,00.</p><p>Quando a empresa adquire suas próprias ações, o registro é feito na conta de</p><p>Ações em Tesouraria que é retificadora do Patrimônio Líquido (ou seja, diminui o</p><p>saldo da conta PL). Gravem isso.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) 5.000,00</p><p>C – Caixa (Ativo) 5.000,00</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o cálculo dos salários dos funcionários do mês, conforme</p><p>o regime de competência, no valor de R$ 7.000,00. O pagamento será feito somente</p><p>no dia 15 do mês subsequente. Aqui, temos de saber o seguinte: o salário deve ser</p><p>reconhecido mês a mês pela empresa como despesa, como propõe o regime de</p><p>competência.</p><p>O lançamento para reconhecer o salário devido no mês é:</p><p>D – Despesas de salários (Resultado) 7.000,00</p><p>C – Salários a pagar (Passivo) 7.000,00</p><p>Posteriormente, quando o salário for pago, é lançado:</p><p>REVERSÃO DA PERDA ESTIMADA COM CLIENTES</p><p>AÇÕES EM TESOURARIA</p><p>RECONHECIMENTO DA DESPESA DE SALÁRIOS</p><p>D – Salários a pagar (Passivo) xx</p><p>C – Disponível (Caixa ou bancos – Ativo) xx</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o reconhecimento e o pagamento de dividendos, no valor</p><p>de 50% do lucro do exercício.</p><p>- Dividendos: é uma espécie de remuneração do capital empregado pelos sócios</p><p>na empresa. Nada tem a ver com a participação dos sócios com trabalho nas</p><p>atividades da empresa. Se, por exemplo, o estatuto de determinada companhia prevê</p><p>que 50% do lucro será destinado ao pagamento de dividendos e o lucro foi de R$</p><p>41.000,00, então, temos que R$ 20.500,00 serão pagos a todos aqueles que tenham</p><p>participação no capital da entidade, de acordo com as normas ali previstas, mesmo</p><p>que não tenham vinculação alguma empregatícia com a entidade.</p><p>Os dividendos não são considerados como despesa na demonstração do</p><p>resultado do exercício, justamente porque são transações com os sócios e</p><p>representam a distribuição do lucro já apurado na DRE. Para sua contabilização,</p><p>primeiro apuramos o valor do lucro do exercício (cálculo este feito na DRE). Depois</p><p>disso, transferimos esse lucro para o PL (pois o lucro faz parte do capital próprio da</p><p>empresa).</p><p>Lançamento:</p><p>D – Lucro do exercício (apuração DRE) 41.000,00</p><p>C – Lucros acumulados (aumentando o PL) 41.000,00</p><p>Feito isso, subtraímos o valor do dividendo (reduzindo a conta lucros acumulados) e</p><p>criamos uma conta de passivo, uma obrigação a pagar para os sócios, chamada</p><p>dividendos a pagar.</p><p>Fica assim:</p><p>D – Lucros acumulados (diminuindo o PL) 20.500,00</p><p>C – Dividendos a pagar (aumentando o passivo) 20.500,00</p><p>Quando houver o pagamento destes valores aos sócios, lançamos:</p><p>D – Dividendos a pagar (liquidando a obrigação) 20.500,00</p><p>C – Caixa (diminuindo o ativo) 20.500,00</p><p>RECONHECIMENTO DE DIVIDENDOS</p><p>“A destinação de lucro para dividendos a pagar gera diminuição do Patrimônio</p><p>Líquido, mas não é uma despesa do exercício.”</p><p>Portanto, todos os nossos razonetes ficam assim:</p><p>As demonstrações contábeis, por fim, ficarão assim:</p><p>APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>DESPESAS RECEITAS</p><p>Custo da Mercadoria Vendida 45.000,00</p><p>Despesa de depreciação 6.000,00</p><p>Despesa de aluguel 5.000,00</p><p>Despesa de seguro 1.000,00</p><p>Despesa com perda estim. Clientes 5.000,00</p><p>Descontos financeiros concedidos 5.000,00</p><p>Despesa de salários 7.000,00</p><p>Receita de vendas 105.000,00</p><p>Descontos obtidos 5.000,00</p><p>Reversão da estimativa de perda 5.000,00</p><p>Total 74.000,00 Total 115.000,00</p><p>LUCRO DO PERÍODO (115.000,00 – 74.000,00) = 41.000,00</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 222.500,00</p><p>Despesa Antecipada 11.000,00</p><p>Terrenos 25.000,00</p><p>Veículos 30.000,00</p><p>(-) Depreciação acumulada -6.000,00</p><p>Financiamento a pagar 5.000,00</p><p>Aluguéis a pagar 5.000,00</p><p>Salários a pagar 7.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 200.000,00</p><p>Reserva de Capital 50.000,00</p><p>Lucros Acumulados 20.500,00</p><p>(-) Ações em tesouraria -5.000,00</p><p>Total do Ativo 282.500,00 Total do Passivo + PL 282.500,00</p><p>O intervalo de tempo ao qual as demonstrações contábeis se referem é chamado</p><p>de exercício social. Para a LSA o exercício social terá duração de 1 (um) ano e a</p><p>data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da</p><p>companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração</p><p>diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).</p><p>Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em</p><p>31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de março. Imagine-</p><p>se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei não</p><p>determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se,</p><p>alternativamente, poderá durar pelo período de 15 meses.</p><p>Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine</p><p>em 31 de dezembro. Entretanto, por questões fiscais, é muito difícil que na</p><p>prática as sociedades adotem data diferente.</p><p>Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar,</p><p>seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e</p><p>financeira da entidade. No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens,</p><p>direitos e obrigações da empresa. Esta informação é estática, pois funciona tal</p><p>qual uma fotografia da entidade em determinado momento.</p><p>Balanço</p><p>Patrimonial</p><p>Posição</p><p>Patrimonial</p><p>Posição</p><p>Financeira</p><p>REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DA</p><p>DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>Definição de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido de acordo com o CPC 00 (R2):</p><p>Costuma-se definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa. Conforme</p><p>visto anteriormente, segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico</p><p>presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. Por seu</p><p>turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios</p><p>econômicos.</p><p>Vamos analisar os principais itens:</p><p>Ativo</p><p>Recurso</p><p>econômico</p><p>presente</p><p>Direito</p><p>Potencial de</p><p>Benefícios</p><p>Controlado pela</p><p>entidade</p><p>Resultado de</p><p>eventos</p><p>passados</p><p>ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS</p><p>Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como</p><p>resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o</p><p>potencial de produzir benefícios econômicos.</p><p>Passivo é a obrigação presente da entidade de transferir um recurso</p><p>econômico como resultado de eventos passados.</p><p>Patrimônio Líquido é participação residual nos ativos da entidade após a</p><p>dedução de todos os seus passivos.</p><p>DEFINIÇÃO DE ATIVO</p><p>1) Recurso Econômico presente controlado: o controle, e não a propriedade</p><p>jurídica, é determinante para a definição do ativo. Como consequência, um bem que</p><p>é alugado, em certas situações, pode ser classificado no ativo da entidade.</p><p>2) Potencial de benefícios econômicos: Para caracterizar um ativo, é necessário</p><p>que o bem resulte em futuros benefícios econômicos para a empresa, como por</p><p>exemplo, receber fluxos de caixa, trocar recursos econômicos com outra parte</p><p>em condições favoráveis. Assim sendo, um veículo adquirido por R$ 100.000,</p><p>mas que sofre um grave acidente e nem como sucata serve mais, não representa</p><p>mais um ativo.</p><p>3) Como Resultado De Eventos Passados: O ativo é resultado de algo que já</p><p>ocorreu. Ou seja, a intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com lucro,</p><p>não atende à definição de ativo.</p><p>O passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com</p><p>terceiros”. O pronunciamento CPC 00 (R2), por seu turno, fornece a seguinte</p><p>definição: obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico</p><p>como resultado de eventos passados.</p><p>Vamos analisar os principais itens:</p><p>1) Obrigação presente da entidade: A obrigação é o dever ou responsabilidade que</p><p>a entidade não tem a capacidade prática de evitar. Gastos previstos e/ou</p><p>esperados, como regra, não constituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de</p><p>Passivo</p><p>Obrigação</p><p>Presente</p><p>Tranferir um</p><p>recurso</p><p>econômico</p><p>Resultado de</p><p>eventos</p><p>passados</p><p>DEFINIÇÃO DE PASSIVO</p><p>aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro de 2 anos,</p><p>ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação</p><p>presente. Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a</p><p>troca dos motores.</p><p>2) Transferência de recurso econômico: a obrigação deve ter o potencial de exigir</p><p>que a entidade transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes).</p><p>3) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo. Ainda</p><p>que o pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já</p><p>deve ter ocorrido.</p><p>O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios</p><p>aplicado na empresa”. Podemos dizer também que o patrimônio líquido é o capital</p><p>próprio. Para o pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o Participação</p><p>residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos.” Ou</p><p>seja, é o que sobra após deduzir todos os passivos dos ativos.</p><p>Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos patrimoniais, é</p><p>interessante que vocês saibam que assim se divide o balanço patrimonial:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO CIRCULANTE</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>UNIDADE 4</p><p>No balanço patrimonial, as contas serão classificadas segundo os elementos do</p><p>patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a</p><p>análise da situação financeira da companhia (LSA, art. 178).</p><p>No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos</p><p>elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:</p><p>I – ativo circulante; e</p><p>II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,</p><p>imobilizado e intangível.</p><p>Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez. A</p><p>liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito.</p><p>Desta forma, começaremos a expor as contas no ativo pela maior</p><p>conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o</p><p>próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações</p><p>financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou outra</p><p>que tenha baixíssima liquidez. Resumindo:</p><p>O ativo se divide em:</p><p>1) Ativo circulante; e</p><p>2) Ativo não circulante.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO</p><p>Segundo a Lei 6.404:</p><p>Atenção! O ativo é dividido em circulante e não circulante. Portanto, em regra, quando</p><p>você vir um balanço patrimonial, será essa a classificação que estará lá! Mas os</p><p>Pronunciamentos Contábeis melhoram esse entendimento e permitem uma certa</p><p>flexibilização para essa apresentação.</p><p>Quando a apresentação por liquidez for mais confiável, apresentamos as</p><p>informações com base na liquidez e não em circulante e não circulante.</p><p>- Disponibilidades</p><p>As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou que nele possam</p><p>ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta</p><p>movimento.</p><p>Exemplos de disponibilidades:</p><p>- Caixa.</p><p>- Contas bancárias</p><p>- Numerários em trânsito, como por exemplo, remessas para filiais, depósitos, ordem</p><p>de pagamento;</p><p>Ativo Circulante</p><p>Disponibilidades</p><p>Direitos realizáveis no</p><p>curso do exercício</p><p>social subsequente</p><p>Aplicações de recursos</p><p>em despesas do</p><p>exercício seguinte</p><p>Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante:</p><p>as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social</p><p>subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;</p><p>ATIVO CIRCULANTE</p><p>- Aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente</p><p>conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante</p><p>risco de mudança de valor.</p><p>- Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente</p><p>Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser</p><p>reais ou pessoais. Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas,</p><p>produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os direitos (clientes,</p><p>adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).</p><p>Atenção! O correto é que fiquem no circulante as operações que vencem nos 12</p><p>meses seguintes à data de encerramento do balanço.</p><p>- Despesas Antecipadas</p><p>As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas</p><p>despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com</p><p>antecedência ou serão pagas no curto prazo e ainda não foram para o resultado</p><p>pelo regime de competência.</p><p>Pelo regime de competência, se você efetua um pagamento de 12 meses de um</p><p>contrato de seguro ou de aluguel, então terá direito a utilizar o seguro ou o imóvel</p><p>alugado. Contudo, a despesa somente deve ser incorrida mês a mês.</p><p>O ativo não circulante é composto por:</p><p>1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;</p><p>2 – investimentos;</p><p>3 – imobilizado;</p><p>4 – intangível.</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>- Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo</p><p>Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável</p><p>a longo prazo é composto por:</p><p>● Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte:</p><p>O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.20x0. O</p><p>exercício social seguinte é 20x1. Os direitos a receber em 20x2 e exercícios</p><p>posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser reais</p><p>(animais em criação ou bens que exijam longo período de produção) ou pessoais</p><p>(duplicatas a receber).</p><p>- Ativo Não Circulante – Investimentos</p><p>Ativo não</p><p>Circulante</p><p>RLP</p><p>Investimentos</p><p>Imobilizado</p><p>Intangível</p><p>Art. 179. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos</p><p>realizáveis após o</p><p>término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas,</p><p>adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas</p><p>(artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não</p><p>constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;</p><p>Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:</p><p>III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e</p><p>os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que</p><p>não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;</p><p>Resumindo:</p><p>● Participações permanentes</p><p>São investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulativo. Os</p><p>benefícios esperados são pela permanência desses investimentos na empresa, como</p><p>um projeto de expansão de negócios.</p><p>Petrobras adquire participação de 50% em bloco exploratório na Namíbia - esse</p><p>é um exemplo real de um investimento permanente, pois a Petrobras não está</p><p>comprando uma participação acionária nesse bloco aguardando a valorização das</p><p>ações e depois se desfazer delas. A intenção é obter benefícios pela sinergia dos</p><p>ativos das duas empresas.</p><p>- Ativo Não Circulante – Imobilizado</p><p>ANC -</p><p>Investimentos</p><p>Participações</p><p>Permanentes</p><p>Direitos</p><p>Não</p><p>classificáveis no</p><p>AC</p><p>Não se destinem</p><p>à manutenção</p><p>das atividades</p><p>Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:</p><p>IV – No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos</p><p>destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou</p><p>exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que</p><p>transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 11.638, de 2007).</p><p>Segundo o CPC 27:</p><p>Esquematizando:</p><p>- Ativo Não Circulante – Intangível</p><p>Podemos dizer, de maneira resumida, que os intangíveis são aqueles ativos que</p><p>não têm existência física. Como exemplos de intangíveis, temos: direitos de</p><p>exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder</p><p>Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.</p><p>Conforme a lei 6.404:</p><p>Ativo Imobilizado</p><p>Mantido para uso na</p><p>produção ou fornecimento</p><p>Mercadorias</p><p>Prestação de serviços</p><p>Mantido para aluguel a</p><p>outros (quando o aluguem</p><p>não é atividade fim)</p><p>Mantido para fins</p><p>administrativos</p><p>Espera-se utilizar por mais de</p><p>1 período</p><p>Item tangível</p><p>Ativo imobilizado é o item tangível que:</p><p>(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou</p><p>serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e</p><p>(b) se espera utilizar por mais de um período.</p><p>Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:</p><p>VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos</p><p>destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,</p><p>inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)</p><p>Esquematizando:</p><p>Exemplos de itens que podem ser enquadrados nessa categoria são: softwares,</p><p>patentes, direitos autorais.</p><p>Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam</p><p>considerados ativos intangíveis, a saber:</p><p>O passivo representa nada mais do que as obrigações que a sociedade tem perante</p><p>terceiros. O pronunciamento CPC 00 (R2) fornece a seguinte definição: obrigação</p><p>presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de</p><p>eventos passados.</p><p>Ativo Intangível</p><p>Direitos que tenham</p><p>como objeto bem</p><p>incorpóreo</p><p>Destinados à</p><p>manutenção da</p><p>companhia</p><p>Ou exercido com</p><p>essa finalidade</p><p>Inclusive o fundo de</p><p>comércio adquirido</p><p>Ativo Intangível</p><p>Não monetário,</p><p>sem substância</p><p>física</p><p>Identificável</p><p>Controlável</p><p>Geração de</p><p>benefícios</p><p>futuros</p><p>PASSIVO</p><p>Esquematizando:</p><p>1 - Obrigação presente da entidade: A obrigação é o dever ou responsabilidade</p><p>que a entidade não tem a capacidade prática de evitar. Gastos previstos e/ou</p><p>esperados não constituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a</p><p>previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro de 1 ano, ao custo de</p><p>R$100.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente. Dentro</p><p>de um ano, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos motores.</p><p>2 - Transferência de recurso econômico: a obrigação deve ter o potencial de</p><p>exigir que a entidade transfira um recurso econômico para outra parte (ou</p><p>partes).</p><p>3 - Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo.</p><p>Ainda que o pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já</p><p>deve ter ocorrido.</p><p>O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não</p><p>circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:</p><p>Passivo</p><p>Obrigação</p><p>Presente</p><p>Transferir um</p><p>Recurso</p><p>econômico</p><p>Resultado de</p><p>Eventos Passados</p><p>PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de</p><p>direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,</p><p>quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se</p><p>tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único</p><p>do art. 179 desta Lei.</p><p>Visualizaremos através do seguinte esquema:</p><p>Acima um exemplo da classificação em circulante e não circulante. A Lei 6.404/76</p><p>adota como marco temporal a data do encerramento do exercício social.</p><p>Contudo, se não estivermos falando dessa data, devemos considerar o período</p><p>de 12 meses.</p><p>Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para</p><p>contingências, salários a pagar, ICMS a recolher. Além disso, o CPC 00 (R2)</p><p>apresenta uma definição para passivo: Passivo é uma obrigação presente da entidade</p><p>de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados.</p><p>- Conceito e Estrutura</p><p>Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a</p><p>dedução de todos os seus passivos. De acordo com a Lei 6.404/76:</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do</p><p>patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a</p><p>análise da situação financeira da companhia.</p><p>III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes</p><p>de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos</p><p>acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).</p><p>Composição do Patrimônio Líquido:</p><p>Capital Social</p><p>(-) Capital a Realizar</p><p>Reserva de Lucro</p><p>Reserva de Capital</p><p>Ajuste de Avaliação Patrimonial</p><p>(-) Prejuízo Acumulado</p><p>(-) Ações em Tesouraria</p><p>- Capital Social</p><p>Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o início é</p><p>a existência do chamado capital social. Os sócios precisam aportar bens para que</p><p>essa companhia possa aplicar e dar início às atividades. Esse aporte é chamado de</p><p>subscrição.</p><p>O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da</p><p>sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social</p><p>a realizar. A lei das SA dispõe que:</p><p>No Balanço Patrimonial fica assim:</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 10.000,00</p><p>(-) Capital Social a Realizar -4.000,00</p><p>(=) Capital Social Realizado 6.000,00</p><p>Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por</p><p>dedução, a parcela ainda não realizada.</p><p>Exemplo 1: constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.</p><p>Lançamento:</p><p>D – Caixa 100.000,00</p><p>C – Capital Social 100.000,00</p><p>Razonetes:</p><p>Exemplo 2: a sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00,</p><p>sendo apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio,</p><p>lançaremos:</p><p>D – Caixa 50.000,00 (Ativo)</p><p>D – Capital Social</p><p>a Realizar 50.000,00 (- PL)</p><p>C – Capital Social 100.000,00(PL)</p><p>Razonetes:</p><p>Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em</p><p>dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.</p><p>A subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de ingressar</p><p>na sociedade, formalizando através dos instrumentos jurídicos pertinentes. Ainda</p><p>não houve entrega dos recursos. A realização ou integralização do capital social</p><p>é a entrega efetiva dos recursos pelo sócio.</p><p>- Reserva de Capital</p><p>Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer</p><p>característica de exigibilidade atual ou futura. Basicamente, temos duas espécies</p><p>de reservas, ambas classificadas no patrimônio líquido: as de lucros e as de</p><p>capital.</p><p>Dica: “Sempre que você vir uma conta iniciando com reserva, saiba que será</p><p>uma conta integrante do Patrimônio Líquido”.</p><p>As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de</p><p>terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado</p><p>do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido.</p><p>Com base no artigo 182 da Lei das Sociedades Anônimas:</p><p>Esquematizando:</p><p>Reserva de Capital</p><p>Ágio na emissão de</p><p>ações</p><p>Produto da</p><p>alienação de partes</p><p>beneficiárias</p><p>Produto da</p><p>alienação de bônus</p><p>de subscrição</p><p>Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que</p><p>registrarem:</p><p>a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte</p><p>do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância</p><p>destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações</p><p>de debêntures ou partes beneficiárias;</p><p>b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;</p><p>- Ajuste de Avaliação Patrimonial</p><p>Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de</p><p>reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação</p><p>patrimonial.</p><p>O ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir</p><p>valores de ativos e de passivos. A nova redação prescreve:</p><p>Esquematizando:</p><p>AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL</p><p>Enquanto não computado no resultado do exercício;</p><p>Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo;</p><p>Em decorrência da avaliação a valor justo.</p><p>- Ações em Tesouraria</p><p>As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa</p><p>e mantidas na sua “tesouraria”. Essa operação representa transações de capital da</p><p>entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade,</p><p>ou seja, não geram despesas tampouco receitas. A conta “ações em tesouraria”</p><p>é redutora do Patrimônio Líquido (PL).</p><p>Art. 183, § 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto</p><p>não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de</p><p>competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor</p><p>atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua</p><p>avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas</p><p>pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo §</p><p>3o do art. 177.</p><p>Ações em tesouraria Redutora do PL</p><p>A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar</p><p>negociação com informações privilegiada. É permitida, entretanto, a aquisição,</p><p>para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso,</p><p>a compra é suportada pelo saldo das reservas, exceto a reserva legal.</p><p>As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto e os custos de</p><p>transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem</p><p>ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.</p><p>Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem</p><p>ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação,</p><p>resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que</p><p>houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o</p><p>resultado da entidade. Esquematizando:</p><p>‘A compra e alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou</p><p>prejuízo em transações com sócios fica no PL, não no Resultado.</p><p>Esquematizando:</p><p>Operações com</p><p>ações em</p><p>tesouraria</p><p>Custos de</p><p>transação na</p><p>aquisição</p><p>Acréscimo do</p><p>custo de</p><p>aquisição</p><p>Custo de</p><p>transação na</p><p>alienação</p><p>Redução do lucro</p><p>ou acréscimo do</p><p>prejuízo</p><p>Operações com</p><p>ações em</p><p>tesouraria</p><p>Ganho com ações</p><p>em tesouraria</p><p>PL: Reserva de</p><p>Capital</p><p>Perda com ações</p><p>em tesouraria</p><p>PL: diminuindo a</p><p>reserva</p><p>- Reservas de Lucros</p><p>As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do</p><p>período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, e</p><p>posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa não entrega aos</p><p>acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja para</p><p>resguardar o capital social. Segundo a Lei das SA:</p><p>Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são zeradas.</p><p>O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter quatro</p><p>destinações:</p><p>Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro de</p><p>1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para</p><p>aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos</p><p>legais).</p><p>Com a alteração da lei das S.A a conta antigamente denominada de lucros ou</p><p>prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja,</p><p>haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta</p><p>específica do PL. Isso não quer dizer que a conta de Lucros Acumulados não existe</p><p>mais, tenha cuidado. Sobrando algo na conta lucros acumulados, devem ser</p><p>pagos dividendos adicionais.</p><p>Destinação no</p><p>lucro do Exercício</p><p>Compensação de</p><p>Prejuizos</p><p>Reservas de</p><p>Lucros</p><p>Dividendos</p><p>Aumento do</p><p>Capital Social</p><p>Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas</p><p>pela apropriação de lucros da companhia.</p><p>As reservas de lucro atualmente existentes são as seguintes:</p><p>- Reserva legal;</p><p>- Reservas estatutárias;</p><p>- Reservas para contingências;</p><p>- Reservas de incentivos fiscais;</p><p>- Reservas de retenção de lucros;</p><p>- Reservas de lucros a realizar;</p><p>- Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos;</p><p>- Reserva de prêmio na emissão de debêntures;</p><p>- Lucros ou Prejuízos Acumulados</p><p>Não é mais possível, com as mudanças recentes advindas na contabilidade, que a</p><p>empresa retenha lucros injustificadamente. Assim sendo, a conta lucros</p><p>acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do</p><p>fechamento da demonstração. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta</p><p>conta deixou de existir.</p><p>Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser</p><p>utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a partir</p><p>dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo</p><p>uma conta de PL, o seu saldo é credor. Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos</p><p>acumulados diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.</p><p>Segundo a Lei 6.404/76:</p><p>Art. 189. Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente</p><p>absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva</p><p>legal, nessa ordem.</p><p>A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta</p><p>o desempenho da entidade através do confronto entre receitas e despesas. Por</p><p>essa característica, possui caráter dinâmico. Se as receitas forem maiores que as</p><p>despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário, sobrepondo-se as</p><p>despesas às receitas, temos prejuízo.</p><p>Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas</p><p>e</p><p>despesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento ou</p><p>recebimento. A Lei 6.404/76 é clara ao ordenar a utilização do regime de competência</p><p>na contabilidade:</p><p>Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com</p><p>obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de</p><p>contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis</p><p>uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de</p><p>competência.</p><p>A demonstração do resultado do exercício – DRE - objetiva evidenciar a situação</p><p>econômica da entidade, quando verificamos se a mesma apresenta lucro ou</p><p>prejuízo NO PERÍODO CONTÁBIL. Imagine que a empresa tenha as seguintes</p><p>receitas e despesas:</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Despesa A 50 Receita A 100</p><p>Despesa B 150 Receita B 200</p><p>Despesa C 100 Receita C 50</p><p>Total das Despesa 300 Total da Receitas 350</p><p>Lucro Líquido 50</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO-DRE</p><p>Percebam que a empresa apurou lucro no período de 50. O lançamento para</p><p>transferir esse valor para o patrimônio líquido é o seguinte:</p><p>Débito: Lucro líquido 50</p><p>Crédito: Lucros acumulados 50</p><p>Feito isso, a DRE ficará com o saldo zerado (dizemos encerrada) e teremos transferido</p><p>o valor para a conta lucros acumulados (contra transitória que fica no PL, até a</p><p>distribuição destes valores). Vejamos:</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Despesa A 50 Receita A 100</p><p>Despesa B 150 Receita B 200</p><p>Despesa C 100 Receita C 50</p><p>Total das Despesa 300 Total da Receitas 350</p><p>Lucro do Período 50 Lucro Líquido 50</p><p>LUCROS ACUMULADOS (PL)</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Lucro Líquido 50</p><p>E se fosse o contrário? Se tivéssemos prejuízo no exercício. Bem, nesta hipótese,</p><p>temos a seguinte situação (Imaginando que tenhamos um prejuízo de R$ 100,00).</p><p>Segundo a Lei 6.404/76 sobre a DRE:</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>SEGUNDO A LEI 6.404/76</p><p>SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício</p><p>Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:</p><p>I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os</p><p>abatimentos e os impostos;</p><p>II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços</p><p>vendidos e o lucro bruto;</p><p>III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das</p><p>receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas</p><p>operacionais;</p><p>IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;</p><p>(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)</p><p>V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para</p><p>o imposto;</p><p>VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes</p><p>beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou</p><p>fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem</p><p>como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)</p><p>VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do</p><p>capital social.</p><p>§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:</p><p>a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da</p><p>sua realização em moeda; e</p><p>b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes</p><p>a essas receitas e rendimentos.</p><p>O pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) salienta que a</p><p>demonstração do resultado do exercício relata o desempenho (performance) da</p><p>entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e despesas.</p><p>DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC</p><p>00 (R2) – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE</p><p>O próprio pronunciamento apresenta definições mais completas sobre os conceitos</p><p>de receita e despesa:</p><p>4.68 Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que</p><p>resultam em aumentos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a</p><p>contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.69 Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que</p><p>resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a</p><p>distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.70 Decorre dessas definições de receitas e despesas que contribuições de</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio não são receitas, e distribuições a</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio não são despesas.</p><p>Esquematizando:</p><p>Segundo a Lei 6.404/76 a demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro</p><p>ou prejuízo obtido no exercício, tem a seguinte estrutura:</p><p>Estrutura da demonstração do resultado do exercício</p><p>Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)</p><p>(-) IPI sobre faturamento bruto</p><p>Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta</p><p>(-) Deduções da receita bruta</p><p>Devoluções e cancelamento de vendas</p><p>Abatimentos sobre vendas</p><p>Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais</p><p>Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)</p><p>Ajuste a valor presente sobre clientes</p><p>Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida</p><p>(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est. final)</p><p>Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias</p><p>(-) Despesas operacionais</p><p>Com vendas</p><p>Administrativas</p><p>Gerais</p><p>Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)</p><p>Outras despesas operacionais</p><p>+ Outras receitas operacionais</p><p>Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido</p><p>(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)</p><p>+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)</p><p>Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido</p><p>(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL</p><p>Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações</p><p>(-) Participações estatutárias sobre o lucro</p><p>Debenturistas</p><p>Empregados</p><p>Administradores</p><p>Partes beneficiárias</p><p>Fundo de assistência/previdência a empregados</p><p>Lucro ou prejuízo líquido do exercício</p><p>Auditoria é uma técnica contábil, cujo objetivo precípuo é constatar se as</p><p>demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,</p><p>em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.</p><p>Em outros termos, o Auditor vai avaliar se a entidade auditada seguiu as normas</p><p>que orientam a forma de apresentar as demonstrações contábeis, uma vez que</p><p>elas são importantes no processo de tomadas de decisões de diversos usuários</p><p>(acionistas e outras partes interessadas, como órgãos reguladores, governo, etc.).</p><p>Existem outros tipos (e enfoques) de auditoria, como por exemplo: auditoria</p><p>operacional (ou de gestão), auditoria de sistemas, auditoria de compliance,</p><p>auditoria ambiental, auditoria na saúde etc.</p><p>As auditorias podem variar de acordo com diversos critérios, como por exemplo:</p><p>o objetivo, a periodicidade e o posicionamento do auditor/órgão fiscalizador. O</p><p>objetivo de uma auditoria pode, por exemplo, estar relacionado à necessidade de</p><p>se verificarem falhas em um processo de forma a propor ações corretivas.</p><p>A periodicidade de uma auditoria pode estar relacionada à necessidade de lei ou</p><p>regulamento, bem como ao tipo de negócio. Há uma série de classificações trazidas</p><p>pelas próprias normas de auditoria e, principalmente, pela doutrina.</p><p>No Brasil, de acordo com a Lei nº 6.404/76, a auditoria independente é obrigatória</p><p>para as demonstrações financeiras das companhias abertas:</p><p>Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com</p><p>obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de</p><p>contabilidade geralmente aceitos,</p><p>devendo observar métodos ou critérios contábeis</p><p>uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de</p><p>competência. [...]</p><p>§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda,</p><p>as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão</p><p>obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela</p><p>registrados.</p><p>Também se submetem à obrigatoriedade da auditoria independente (externa) as</p><p>chamadas Sociedades de Grande Porte, ou seja, aquelas que tiverem – no</p><p>TÉCNICA CONTÁBIL AUDITORIA</p><p>exercício anterior – ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual</p><p>superior a R$ 300 milhões, bem como:</p><p>• Instituições Financeiras;</p><p>• Companhias de Seguros;</p><p>• Fundos de previdência complementar;</p><p>• Fundações públicas ou privadas consideradas de interesse público;</p><p>• Empresas subordinadas a agências reguladoras;</p><p>Uma das classificações mais importantes é a que separa a Auditoria em Interna e</p><p>Externa.</p><p>- Auditoria Interna</p><p>Auditorias internas são realizadas dentro das organizações com intuito de</p><p>auxiliar a administração no cumprimento de seus objetivos, agregando valor ao</p><p>seu resultado final. Para isso, é papel da auditoria interna recomendar soluções</p><p>para problemas apontados ao longo dos trabalhos, além de apresentar subsídios</p><p>para aperfeiçoamento dos PROCESSOS, da GESTÃO e dos CONTROLES</p><p>INTERNOS. Vejamos o que diz a norma que trata da Auditoria Interna (NBC TI 01 –</p><p>Auditoria Interna):</p><p>A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos</p><p>e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,</p><p>adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de</p><p>informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de</p><p>gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade</p><p>no cumprimento de seus objetivos (NBC TI 01, item 12.1.1.3).</p><p>A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque</p><p>técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao</p><p>resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento</p><p>dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da</p><p>recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.</p><p>(NBC TI 01 item 12.1.1.4).</p><p>CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA</p><p>Diferentemente do auditor independente (externo), o auditor interno, via de regra, é</p><p>funcionário da entidade, e está subordinado diretamente à Administração (mais</p><p>alto nível). É errado, portanto, afirmar que a Auditoria Interna está subordinada à</p><p>Controladoria ou a qualquer outro órgão que não a</p><p>Administração/Presidência/Conselho de Administração (trata-se de uma pegadinha</p><p>clássica aplicada pelas bancas). O auditor interno, não obstante sua posição</p><p>funcional, deve preservar sua autonomia profissional.</p><p>- Auditoria Externa</p><p>O objetivo da auditoria independente (ou externa) é aumentar o grau de</p><p>confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, o que é</p><p>alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor.</p><p>O auditor externo observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de</p><p>forma bem ampla; ele tem melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.</p><p>Segue um quadro comparativo, com as principais diferenças entre Auditoria Interna</p><p>e Auditoria Externa.</p><p>DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA</p><p>Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa</p><p>Sujeito Funcionários da empresa</p><p>(interno) – via de regra.</p><p>Profissional independente</p><p>(externo).</p><p>Ação e Objetivo Exames dos controles</p><p>operacionais.</p><p>Exame das demonstrações</p><p>financeiras.</p><p>Finalidade Promover melhorias nos</p><p>controles operacionais.</p><p>Opinar sobre as</p><p>demonstrações financeiras.</p><p>Relatório Principal Recomendações de</p><p>controle interno e eficiência</p><p>administrativa.</p><p>Relatório (parecer).</p><p>Grau de</p><p>independência</p><p>Menos amplo. Mais amplo.</p><p>Interessados no</p><p>trabalho</p><p>Própria Empresa. Empresa e público em geral.</p><p>Responsabilidade Trabalhista. Profissional, civil e criminal.</p><p>Continuidade do</p><p>trabalho</p><p>Contínuo. Periódico/ Pontual.</p><p>Tipo de Auditoria Contábil e operacional Contábil</p><p>Quem exerce as</p><p>atividades</p><p>Profissional Contábil com registro no CRC (Conselho</p><p>Regional de Contabilidade).</p><p>Documento que</p><p>produz</p><p>Relatório</p><p>Fonte: Auditoria Contábil – Teoria e Prática – Crapaldi (2012) – Adaptado</p><p>O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à</p><p>independência, no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações</p><p>contábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o Código de Ética Profissional</p><p>do Contabilista, relacionados à auditoria de demonstrações contábeis bem como as</p><p>normas profissionais aplicáveis.</p><p>De acordo com a NBC TA 200 (R1) – Objetivos Gerais do Auditor Independente</p><p>e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, os princípios</p><p>fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor, quando da condução de</p><p>auditoria de demonstrações contábeis, listados a seguir:</p><p>REQUISITOS ÉTICOS RELACIONADOS À AUDITORIA DE</p><p>DEMONSTRAÇÃOES CONTÁBEIS</p><p>Definição dos princípios éticos</p><p>Integridade – ser direto e honesto em todos as relaço es profissionais e comerciais</p><p>Objetividade – não comprometer julgamentos profissionais ou comerciais devido a</p><p>comportamento tendencioso , a conflito de interesse ou a influência indevida de outros .</p><p>Competência profissional e devido zelo – obter e manter o conhecimento profissional e</p><p>habilidade no nível necessário para assegurar que o cliente ou a organização</p><p>empregadora receba serviço profissional competente , com base em padro es te cnicos e</p><p>profissionais atuais e legislaça o relevante ; e atuar de forma diligente e de acordo com os</p><p>padro es te cnicos e profissionais aplica veis .</p><p>Confidencialidade ( ou sigilo) – respeitar a confidencialidade das informações obtidas</p><p>em decorre ncia de relaço es profissionais e comerciais .</p><p>Comportamento profissional – cumprir com as leis e os regulamentos pertinentes e</p><p>evitar qualquer conduta da qual o profissional da contabilidade tenha conhecimento ou deva</p><p>ter conhecimento que possa desacreditar a profissão .</p><p>A Análise de Demonstrações Contábeis é uma técnica que se utiliza de métodos</p><p>e processos científicos (estatísticos) na decomposição, comparação e interpretação</p><p>do conteúdo das demonstrações contábeis, para obtenção de informações</p><p>analíticas.</p><p>As demonstrações contábeis representam de forma estruturada a posição financeira</p><p>e o desempenho das entidades. São elas:</p><p>● Balanço Patrimonial;</p><p>● Demonstração do Resultado do Exercício;</p><p>● Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;</p><p>● Demonstração do Valor Adicionado; e</p><p>● Demonstração dos Fluxos de Caixa.</p><p>A análise desses relatórios financeiros relatam a situação econômica financeira atual,</p><p>as causas que determinam a evolução apresentada e as tendências futuras. Para</p><p>analisar os dados evidenciados no balanço patrimonial e na DRE utilizamos os</p><p>métodos de análise vertical e de análise horizontal.</p><p>- Análise Vertical</p><p>Segundo Silva (2006), o objetivo da análise vertical é mostrar a participação</p><p>relativa de cada conta do demonstrativo contábil em relação ao total do</p><p>conjunto. Exemplo:</p><p>ATIVO 2023</p><p>Caixa R$ 15.200,00</p><p>Vendas a receber R$ 34.150,00</p><p>Estoque R$ 77.800,00</p><p>Matéria prima R$ 19.000,00</p><p>Veículos R$ 73.000,00</p><p>Total R$ 219.000,00</p><p>TÉCNICA CONTÁBIL ANÁLISE</p><p>O cálculo da análise vertical é feito da seguinte forma:</p><p>Na DRE = conta a ser analisada</p><p>Receita liquida</p><p>No Ativo = conta a ser analisada</p><p>Ativo Total</p><p>No Passivo = conta a ser analisada</p><p>Passivo Total</p><p>- Análise Horizontal</p><p>Já o objetivo da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de cada</p><p>uma das contas que compõem as demonstrações contábeis.</p><p>ATIVO 2023 2022</p><p>Caixa R$ 15.200,00 R$ 19.600,00</p><p>Vendas a receber R$ 34.150,00 R$ 31.800,00</p><p>Estoque R$ 77.800,00 R$ 95.000,00</p><p>Matéria prima R$ 19.000,00 R$ 21.400,00</p><p>Veículos R$ 73.000,00 R$ 70.500,00</p><p>Total R$ 219.150,00 R$ 238.300,00</p><p>O elemento do qual pretende-se averiguar a evolução é fixado, a parte-se para a</p><p>quantificação dos valores desse elemento nos momentos em que se deseja efetuar</p><p>as comparações. Representam um número tal que possa ser diretamente confrontado</p><p>com o valor antigo e expresso em termos de base cem (100).</p><p>Análise Horizontal = (Valor do período atual / Valor do período anterior) – 1 x 100.</p><p>Este ramo da contabilidade surgiu com a Revolução Industrial, no século XVIII. O</p><p>surgimento de empresas industriais, com processos de produção cada vez mais</p><p>complexos, exigia uma técnica de apuração do custo dos produtos mais elaborada</p><p>que as empresas comerciais. Assim, a Contabilidade de Custos tinha, inicialmente,</p><p>como principal função a avaliação de estoques nas empresas industriais.</p><p>Atualmente, a Contabilidade de Custos fornece informações tanto para a</p><p>Contabilidade Financeira (apuração dos estoques e do custo das vendas, elaborado</p><p>a partir dos princípios contábeis) quanto para a Contabilidade Gerencial (custo-</p><p>padrão, custos para decisão, para controle etc.). Podemos dizer que a Contabilidade</p><p>de Custos apresenta três grandes áreas de atuação: apuração do custo, controle</p><p>e informações para decisão. Esquematizando:</p><p>Principais conceitos relacionados a contabilidade de custos:</p><p>1. Custo é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou</p><p>serviços.</p><p>2. Gasto compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro</p><p>para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa</p><p>de entrega de ativos (normalmente dinheiro).</p><p>3. Desembolso: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.</p><p>4. Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis</p><p>a futuro(s) período(s).</p><p>5. Despesa: Bem ou serviço consumido diretamente ou indiretamente para a</p><p>obtenção de receitas.</p><p>6. Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.</p><p>Contabilidade</p><p>de Custos</p><p>Apuração do</p><p>custo</p><p>Controle</p><p>Informações</p><p>para decisão</p><p>NOÇÕES DE CUSTOS</p><p>7. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro</p><p>da fábrica.</p><p>8. Custo da Produção acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada</p><p>do período. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores</p><p>existentes em unidades que só foram completadas no presente período.</p><p>9. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos</p><p>bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção</p><p>de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas</p><p>épocas diferentes.</p><p>10. Custos Primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta.</p><p>11. Custos de Transformação: soma de todos os Custos de Produção, exceto os</p><p>relativos a matérias primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem</p><p>nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens</p><p>compradas, etc.).</p><p>12. Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos</p><p>produtos. Exemplo: matéria prima, mão de obra direta, embalagens, etc.</p><p>13. Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos</p><p>produtos. A sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária.</p><p>Exemplo: Aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc.</p><p>14. Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção.</p><p>Exemplo: Matéria prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de</p><p>matéria-prima.</p><p>15. Custos Fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade</p><p>produzida. Exemplo: Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade</p><p>produzida.</p><p>informações para a empresa. Usam as informações contábeis para a</p><p>tomada de decisão (conceder empréstimo, vender a prazo, comprar ações da</p><p>empresa etc.).</p><p>A Contabilidade tem em sua essência, basicamente, duas funções:</p><p>a) função administrativa: como função administrativa, a contabilidade ajuda</p><p>no controle do patrimônio. A saber, por exemplo, quanto temos de mercadoria em</p><p>estoque, quanto temos de pagar de tributos.</p><p>b) função econômica: a função econômica da contabilidade está atrelada à</p><p>apuração do lucro ou prejuízo da entidade, também conhecido como “RÉDITO”</p><p>ou resultado do exercício. Não tem erro de digitação aqui, haha. É RÉDITO mesmo!</p><p>Tal apuração é feita em uma demonstração específica, chamada</p><p>Demonstração do Resultado do exercício, por meio da comparação entre as</p><p>receitas e despesas. Quando as receitas são maiores que as despesas, temos</p><p>lucro. Caso contrário, prejuízo.</p><p>Já sabemos que o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações</p><p>de uma entidade. A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direitos</p><p>de ativo, parte positiva do patrimônio. Por seu turno, as obrigações serão chamadas</p><p>de passivo, parte negativa do patrimônio.</p><p>Função Administrativa</p><p>• Controle do Patrimônio</p><p>Função econômica</p><p>• Apuração do lucro ou prejuízo</p><p>FUNÇÕES DA CONTABILIDADE</p><p>COMPONENTES PATRIMONIAIS (ATIVO,</p><p>PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO)</p><p>Assim, gravemos:</p><p>Ativo: bens e direitos.</p><p>Passivo: obrigações.</p><p>Contabilmente, bens são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e</p><p>que possam ser avaliados em termos monetários, conforme afirma o Mestre Osni</p><p>Moura Ribeiro. Os bens hoje, basicamente, podem ser divididos em bens</p><p>corpóreos e incorpóreos (os chamados ativos intangíveis).</p><p>- Ativos são os bens e direitos da empresa. Assim, quando a empresa compra uma</p><p>máquina para ser usada na produção, está comprando um Ativo.</p><p>- Passivos são as obrigações da empresa. Aquilo que ela tem que pagar. Digamos</p><p>que uma empresa compre uma máquina para usar na produção e irá pagar em 12</p><p>prestações mensais. A máquina (já vimos) é um ativo. A dívida com o fornecedor</p><p>(as 12 prestações que a empresa tem que pagar) é um Passivo.</p><p>- Patrimônio Líquido é a diferença entre os ativos e os passivos de uma</p><p>entidade. Também conhecido como RIQUEZA PRÓPRIA ou SITUAÇÃO LÍQUIDA.</p><p>Imagine que uma empresa decida encerrar suas operações. Se ela vender todos</p><p>os seus ativos e pagar todas as dívidas, o que sobra para os sócios e seu</p><p>patrimônio líquido.</p><p>BENS</p><p>Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens, temos de lembrar</p><p>que eles integram o grupo do ativo. Guardem esta regra. Os “bens” podem receber</p><p>também as seguintes classificações:</p><p>Bens Numerários: são as “disponibilidades”, ou seja, o dinheiro prontamente</p><p>disponível para uso.</p><p>Bens de Venda: São as mercadorias e produtos destinados à venda.</p><p>Bens de Uso: São os bens usados nas atividades da empresa. Normalmente ficam</p><p>registrados em um grupo chamado de Ativo Imobilizado.</p><p>Bens de Renda: São os bens usados primordialmente para gerar rendas.</p><p>Os direitos são aquelas quantias que nossa entidade tem a receber ou a recuperar</p><p>em negócios jurídicos celebrados com terceiros, tal como uma venda a prazo</p><p>realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque que tenho a receber.</p><p>Os direitos também integram o grupo que estamos chamando de ativo.</p><p>A</p><p>Resumidamente, são valores que a minha empresa deve a terceiros, tais como</p><p>impostos a pagar, salários a pagar. As obrigações, por seu turno, compõem o grupo</p><p>que chamamos de passivo.</p><p>DIREITOS</p><p>OBRIGAÇÕES</p><p>Técnica Contábil significa como o conhecimento contábil é aplicado. São,</p><p>basicamente, quatro as técnicas utilizadas na contabilidade: escrituração,</p><p>elaboração das demonstrações contábeis, auditoria e análise das</p><p>demonstrações contábeis. Vejamos o que elas representam.</p><p>A escrituração é o registro feito por meio de uma metodologia própria dos fatos</p><p>que são relevantes para as entidades ocorridos em determinado PERÍODO</p><p>CONTÁBIL, como por exemplo, compra de mercadorias, pagamento de funcionários.</p><p>Escriturar um fato contábil pode ser chamado também de “contabilizar”.</p><p>As demonstrações financeiras são “relatórios” padronizados, cada um com uma</p><p>estrutura e função, um compilado de tudo o que ocorreu na empresa durante o</p><p>chamado exercício social. Existem diversas demonstrações, cada uma com seu</p><p>objetivo, e na hora certa serão apresentadas para vocês.</p><p>As entidades, em sua constituição, elegem o que chamamos de exercício</p><p>social, isto é, um intervalo de tempo que verificaremos tudo o que ocorreu de relevante</p><p>e que gera alteração no patrimônio da entidade. Segundo a Lei 6404/76 (Lei das</p><p>Sociedades por Ações):</p><p>TÉCNICAS CONTÁBEIS</p><p>ESCRITURAÇÃO</p><p>ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será</p><p>fixada no estatuto. Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de</p><p>alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.</p><p>EXERCÍCIO SOCIAL 1 ANO</p><p>Uma vez elaboradas as demonstrações contábeis, elas precisam passar pela</p><p>verificação sobre se a escrituração está correta nos termos do que prescrevem as</p><p>normas contábeis. Esse processo é chamado de auditoria. Segundo a Lei 6.404:</p><p>Depois que as demonstrações foram publicadas e auditadas, os seus usuários têm</p><p>interesse nas informações nelas contidas. Um investidor desejará saber, por exemplo,</p><p>o quanto essa empresa está dando de retorno para seus acionistas.</p><p>Tudo isso é feito através da técnica contábil chamada de análise das demonstrações</p><p>contábeis ou análise de balanços.</p><p>Pessoal, seguindo em nosso estudo, vocês devem saber que a Contabilidade</p><p>também possui uma base legal para estudo. Esse alicerce, hoje, se encontra na Lei</p><p>6.404/76 (também chamada de Lei das Sociedades por Ações). Antes dessa lei, a</p><p>Contabilidade Brasileira era fortemente influenciada pela escola ITALIANA, mas Lei</p><p>6404/76 marcou uma grande influência norte-americana em nossa contabilidade.</p><p>Além dessa legislação, precisamos saber que, em 2007, nós tivemos um marco</p><p>importantíssimo para a convergência da contabilidade nacional aos padrões</p><p>AUDITORIA</p><p>Art. 177: § 3° As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,</p><p>ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão</p><p>obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela</p><p>registrados.</p><p>ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE</p><p>CONVERGÊNCIA INTERNACIONAL DA CONTABILIDADE</p><p>internacionais. Mas, professor, o que é isso? Ocorre há anos um processo de</p><p>convergência de padrões contábeis pelo mundo. Não é padronização, pois existem</p><p>e sempre existirão particularidades de cada país, mas caminhamos a cada dia para</p><p>essa convergência.</p><p>Aqui no Brasil, as Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 trouxeram avanços gigantes</p><p>para esse processo, alterando a Lei 6.404/76 e permitindo a adoção de diversas</p><p>normas internacionais pelas empresas brasileiras. Outro fato importante é o</p><p>surgimento Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que edita os chamados</p><p>Pronunciamentos Contábeis ou CPCs. Esses pronunciamentos são separados por</p><p>temas e são, praticamente, traduções de normas emitidas por órgãos internacionais,</p><p>com pequenas adaptações à realidade brasileira.</p><p>As normas do CPC, no primeiro momento, não são obrigatórias às empresas,</p><p>mas os diversos entes reguladores publicam os documentos emitidos pelo comitê na</p><p>forma de resoluções praticamente idênticas, que passam a vincular quem esteja</p><p>submetido à sua circunscrição (como o CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANS).</p><p>A Contabilidade é uma ciência, por esse motivo,</p><p>possui seus princípios, os</p><p>quais serão estudados ao longo do curso. Nesse momento, já apresentaremos para</p><p>vocês o Princípio da Entidade.</p><p>Imagine, por exemplo, que dois sócios tenham decidido constituir uma empresa</p><p>para vender artigos esportivos do Flamengo, o maior time do Brasil (Não pode rir).</p><p>Precisamos entender que a pessoa jurídica constituída para as atividades</p><p>empresariais é autônoma em relação aos sócios. Por exemplo: os bens e direitos da</p><p>empresa são distintos dos bens e direitos dos sócios. De maneira bem resumida, isso</p><p>é Autonomia da pessoa jurídica – Princípio da Entidade:</p><p>Sócio</p><p>A</p><p>Sócio</p><p>B</p><p>Sociedade</p><p>(pessoa</p><p>distinta)</p><p>PRINCÍPIO DA ENTIDADE</p><p>Ainda no campo do direito empresarial (aplicado à Contabilidade), temos que</p><p>um dos requisitos para a constituição de uma sociedade é a existência do capital</p><p>social. O que é isso?</p><p>Bom, em regra, os sócios precisam empregar recursos para que essa entidade</p><p>comece a “ter vida própria”. Tudo tem um começo, não é pessoal? Esse recurso</p><p>aplicado é chamado de capital social.</p><p>Bom, a partir de agora, introduziremos mais alguns conceitos importantíssimos para</p><p>nosso estudo. De maneira bem resumida, a Contabilidade atua na seguinte sequência</p><p>de eventos:</p><p>Então, depois da escrituração, nós temos de elaborar as demonstrações contábeis. A</p><p>principal delas é o balanço patrimonial.</p><p>O balanço patrimonial evidencia a posição patrimonial e financeira da entidade, a</p><p>chamada estática patrimonial.</p><p>Sociedade se</p><p>forma</p><p>São praticados</p><p>fatos que alteram</p><p>o patrimônio</p><p>(compras, vendas,</p><p>etc)</p><p>Esses fatos são</p><p>escriturados em</p><p>livros</p><p>Elaboramos as</p><p>demonstrações</p><p>contábeis</p><p>Se for o caso,</p><p>elas são</p><p>auditadas</p><p>Publicamos</p><p>Atenção! Capital social: valor que os sócios entregam para a sociedade, para que</p><p>a entidade possa ter início ou para ingressarem posteriormente no quadro</p><p>societário.</p><p>INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS:</p><p>ESTÁTICA PATRIMONIAL</p><p>Esquematizemos:</p><p>É como se tirássemos uma fotografia da companhia em determinado ponto. Então,</p><p>ao final do que chamamos de exercício social, pegamos todos os saldos dos</p><p>elementos patrimoniais e colocamos nas diversas demonstrações contábeis.</p><p>Vejam um exemplo de um balanço patrimonial bem simplificado:</p><p>Empresa D.R.A /S. A – Balanço Patrimonial em 31.12.23</p><p>Ativo Saldo (R$) Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Caixa R$ 2.000,00 Passivo Saldo (R$)</p><p>Bancos R$ 1.600,00 Contas a Pagar R$ 7.000,00</p><p>Contas a Receber R$ 6.000,00 Fornecedores R$ 3.600,00</p><p>Estoque de Materiais R$ 6.000,00 Total do Passivo R$ 10.600,00</p><p>Terrenos R$ 3.400,00 Patrimônio Líquido Saldo (R$)</p><p>Veículos R$ 1.000,00 Capital R$ 8.000,00</p><p>Lucros Acumulados R$ 1.400,00</p><p>Total do Patrimônio Líquido R$ 9.400,00</p><p>Total do Ativo R$ 20.000,00 Total do Passivo + Patrimônio</p><p>Líquido</p><p>R$ 20.000,00</p><p>O que precisamos saber e aprender nesse momento:</p><p>Posição Patrimonial</p><p>- Relação de Bens, Direitos e</p><p>Obrigações da Entidade.</p><p>Posição Financeira - Valor Monetário dos itens</p><p>patrimoniais.</p><p>Esquematizamos:</p><p>Grupo Origem ou aplicação? O que é?</p><p>Ativo Aplicação de recursos Representa os bens e</p><p>direitos da entidade.</p><p>Passivo Origem de recursos Representa as obrigações</p><p>da entidade.</p><p>Patrimônio Líquido Origem de recursos Representa o capital</p><p>próprio da entidade.</p><p>- A principal demonstração contábil é o balanço patrimonial!</p><p>- O balanço patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido!</p><p>- O lado esquerdo do balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado</p><p>de lado positivo do balanço patrimonial, apresenta as aplicações de recursos</p><p>e elenca os bens e direitos que estão sob o controle dessa entidade. Também</p><p>por CONVENÇÃO é chamado de lado DEVEDOR OU LADO DOS DÉBITOS. E</p><p>aqui, meu querido aluno, eu peço encarecidamente que você ACEITE essas</p><p>convenções e seja feliz!</p><p>- O lado direito do balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado</p><p>de lado negativo do balanço patrimonial, apresenta as origens de recursos e</p><p>elenca as obrigações da empresa com seus sócios (Patrimônio Líquido) ou</p><p>com terceiros (Passivo). Também por CONVENÇÃO é chamado de lado</p><p>CREDOR OU LADO DOS CRÉDITOS.</p><p>- Os elementos patrimoniais dessa entidade, bens, direitos, obrigações e</p><p>patrimônio líquido estão registados em CONTAS CONTÁBEIS. Por exemplo, a</p><p>entidade possui em seu ativo, uma conta para registrar o valor dos seus terrenos</p><p>outra no passivo para registrar sua dívida com fornecedores.</p><p>Graficamente:</p><p>Ativo Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Aplicação de Recursos Origem de Recursos</p><p>Assim, o capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes básicas: capital</p><p>próprio (quando vem dos sócios, registrado do Patrimônio Líquido) e capital de</p><p>terceiros (quando vem do passivo, das obrigações).</p><p>Bom, caro aluno, vamos analisar nosso balanço patrimonial novamente:</p><p>Empresa D.R.A /S. A – Balanço Patrimonial em 31.12.23</p><p>Ativo Saldo (R$) Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Caixa R$ 2.000,00 Passivo Saldo (R$)</p><p>Bancos R$ 1.600,00 Contas a Pagar R$ 7.000,00</p><p>Contas a Receber R$ 6.000,00 Fornecedores R$ 3.600,00</p><p>Estoque de Materiais R$ 6.000,00 Total do Passivo R$ 10.600,00</p><p>Terrenos R$ 3.400,00 Patrimônio Líquido Saldo (R$)</p><p>Veículos R$ 1.000,00 Capital R$ 8.000,00</p><p>Lucros Acumulados R$ 1.400,00</p><p>Total do Patrimônio Líquido R$ 9.400,00</p><p>Total do Ativo R$ 20.000,00 Total do Passivo + Patrimônio</p><p>Líquido</p><p>R$ 20.000,00</p><p>Vamos observar algumas situações juntos?</p><p>O total do ativo é de R$ 20.000 e o total do Passivo + Patrimônio Líquido também é</p><p>de R$ 20.000. Ou seja, o total do lado direito do balanço patrimonial é exatamente</p><p>igual ao lado esquerdo.</p><p>Isso não é uma coincidência, na verdade, a forma como esses elementos patrimoniais</p><p>foram registrados nos levaram e essa condição. Precisamos entender, desde agora,</p><p>que TODA A APLICAÇÃO DE RECURSOS POSSUI UMA ORIGEM DE MESMO</p><p>VALOR. Ou seja, se eu compro R$ 6.000 em mercadorias, isto é, aplicando recurso</p><p>no ativo, NECESSARIAMENTE há uma origem do mesmo valor, isto é, R$ 6.000 que</p><p>deu lastro para essa operação.</p><p>Anotem:</p><p>APLICAÇÕES DE RECURSOS = ORIGEM DE RECURSOS</p><p>Como consequência desse fundamento, o ativo será sempre será igual ao total do</p><p>passivo + patrimônio líquido! Na Contabilidade, essa igualdade é representada por</p><p>uma equação que recebe o nome de equação fundamental da contabilidade.</p><p>Então, se temos um ativo total no valor de R$ 20.000,00 e um passivo no valor de R$</p><p>10.600,00; qual será o valor do Patrimônio Líquido (PL)? R$ 20.000,00 – R$ 10.600,00</p><p>= R$ 9.400,00.</p><p>Na Contabilidade temos o ativo (bens e direitos) e o passivo (obrigações) da</p><p>entidade. Agora, vejamos o seguinte exemplo. A empresa DRA tem os seguintes itens</p><p>patrimoniais registradas em sua contabilidade, com os respectivos valores:</p><p>Contas R$</p><p>Caixa 100,00</p><p>Duplicatas a Receber 200,00</p><p>Estoques 50,00</p><p>Fornecedores 60,00</p><p>Empréstimos a pagar 40,00</p><p>Classificando, temos nesta situação o seguinte:</p><p>▪ Bens: caixa e estoques = 100 + 50.</p><p>▪ Direitos: duplicatas a receber = 200.</p><p>▪ Obrigações: fornecedores + empréstimos a pagar = 60 + 40 = 100.</p><p>A partir de agora, toda vez que falarmos em ativo e passivo, graficamente vocês</p><p>devem visualizar do seguinte modo:</p><p>Equação fundamental da Contabilidade Ativo= Passivo + PL</p><p>SITUAÇÃO LÍQUIDA E EQUAÇÃO FUNDAMENTAL</p><p>DO PATRIMÔNIO</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens Obrigações</p><p>Direitos</p><p>Essa tabela representa uma fotografia da companhia em determinado momento e, na</p><p>verdade, é uma simplificação da principal demonstração contábil: o balanço</p><p>patrimonial.</p><p>O balanço patrimonial evidencia a posição patrimonial e financeira da entidade e será</p><p>estudado de maneira bem detalhada. Esquematizemos:</p><p>No nosso exemplo, portanto, teremos:</p><p>O ativo representa os bens e direitos que estão aplicados nas atividades</p><p>empresariais, o passivo representa o capital que devemos a terceiros, os capitais</p><p>de terceiros que estão empregados na nossa atividade.</p><p>Por isso, contabilmente, diz-se que o ativo representa a aplicação de recursos na</p><p>entidade. Já o passivo representa uma origem. Estes recursos que os terceiros</p><p>empregam nas atividades da empresa são chamados de capital de terceiros. Em uma</p><p>Contabilidade regularmente escriturada, o total das aplicações de recursos será</p><p>sempre igual à origem de recursos. Guardem isso! Graficamente:</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 100,00 Fornecedores 60,00</p><p>Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00</p><p>Duplicatas a Receber 200,00</p><p>Posição Patrimonial</p><p>- Relação de Bens, Direitos e</p><p>Obrigações da Entidade.</p><p>Posição Financeira - Valor Monetário dos itens</p><p>patrimoniais.</p><p>Ativo Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Aplicação de Recursos Origem de Recursos</p><p>Mas imaginem comigo. Quando o sócio vai constituir as atividades empresarias ele</p><p>emprega somente capitais de terceiros ou também entrega capitais próprios às</p><p>atividades? Ora, entrega também capital próprio. Na contabilidade, este capital</p><p>próprio é chamado de situação líquida.</p><p>No exemplo que demos, temos o seguinte:</p><p>Vejam que no ativo temos um total de R$ 350,00, enquanto no passivo tem apenas</p><p>R$ 100,00. Está faltando alguma coisa para equilibrar essa “balança”. As origens não</p><p>tem que ser igual às aplicações?</p><p>O que podemos inferir? Os R$ 250,00 faltantes estão do lado direito do balanço</p><p>patrimonial e representam a chamada situação líquida ou patrimônio líquido</p><p>(capital próprio) da empresa. Portanto, fica assim:</p><p>E como fizemos para achar o valor da situação líquida? Ainda que sem perceber,</p><p>utilizamo-nos de uma equação algébrica básica: a equação fundamental básica da</p><p>contabilidade.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 100,00 Fornecedores 60,00</p><p>Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00</p><p>Duplicatas a Receber 200,00</p><p>Total 350,00 Total 100,00</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 100,00 Fornecedores 60,00</p><p>Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00</p><p>Duplicatas a Receber 200,00 Situação Líquida 250,00</p><p>Total 350,00 Total 100,00</p><p>Equação fundamental da</p><p>contabilidade</p><p>Ativo = Passivo + Patrimônio</p><p>Líquido</p><p>O lado esquerdo do balanço patrimonial sempre deve ser igual ao lado direito.</p><p>Esta é uma regra que, em uma escrita contábil regular, não comporta exceção.</p><p>No geral, a expressão situação líquida pode ser entendida também como</p><p>patrimônio líquido (embora o patrimônio líquido seja uma das espécies do gênero</p><p>situação líquida). Vejamos os tipos de situações líquidas patrimoniais existentes.</p><p>TIPOS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA EXISTENTES</p><p>Ativo maior do que</p><p>passivo</p><p>Ativo menor que</p><p>passivo</p><p>Ativo igual a</p><p>passivo</p><p>Ativo igual à</p><p>situação líquida</p><p>1 - Ativo maior do que passivo</p><p>Ativo = Passivo + Situação Liquida</p><p>Situação líquida = Ativo – Passivo = 2.000,00 – 500,00 = 1.500,00.</p><p>Neste exemplo temos 75% de capital próprio (1.500/2000), o que pode representar</p><p>uma boa administração da empresa.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>LADO ESQUERDO LADO DIREITO</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>APLICAÇÃO DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 500,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>TIPOS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA EXISTENTES</p><p>Neste tipo de situação, temos:</p><p>▪ Ativo > Passivo exigível</p><p>▪ Situação líquida > 0</p><p>2 - Ativo maior do que passivo</p><p>Esta é a situação líquida em que se “deve mais do que se tem”.</p><p>Imagine uma empresa que tenha tão-somente R$ 1.000 em caixa e um carro velho</p><p>avaliado em R$ 1.000, mas deve R$ 2.500 a um fornecedor. Esta é a chamada</p><p>situação líquida negativa, pois os elementos negativos superam os elementos</p><p>positivos do balanço.</p><p>Essa parte do Passivo para o qual não temos recursos suficientes para pagar é</p><p>denominada passivo a descoberto. Vejam que a expressão é utilizada pois há um</p><p>passivo que está descoberto ou como alguns autores chamam patrimônio</p><p>líquido negativo! Mesmo se nos desfizermos de todos os bens e direitos, não será</p><p>suficiente para quitar as obrigações.</p><p>3 - Ativo igual ao passivo</p><p>Nesta situação o ativo é igual ao passivo exigível, não havendo que se falar em</p><p>resíduo (sobra) para os proprietários no caso de dissolução da empresa, isto é, não</p><p>existe capital próprio. O total dos bens e direitos é igual aos valores das obrigações</p><p>dos proprietários.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 2.500,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 2.000,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>A situação líquida neste caso é nula. Temos:</p><p>▪ Ativo = Passivo</p><p>▪ Patrimônio Líquido = Zero</p><p>4 - Ativo igual ao passivo</p><p>Este é o caso típico da constituição da sociedade. Quando um sócio emprega R$</p><p>100,00 de capital nas atividades (e este é o único fato contábil existente), teremos:</p><p>O ativo é igual ao patrimônio líquido. Pode ser o caso também de uma entidade que</p><p>somente trabalhe com recursos próprios e não queria captar capitais de terceiros.</p><p>Neste tipo de situação, temos:</p><p>▪ Ativo = Patrimônio Líquido</p><p>▪ Passivo = Zero</p><p>Algumas consequências lógicas:</p><p>De tudo o que expusemos até o momento, podemos tomar algumas conclusões. São</p><p>elas:</p><p>O ativo pode ser maior ou igual a zero. O ativo não poderá, jamais, ser negativo.</p><p>Não podemos ter, por exemplo, um veículo que valha R$ - 100,00.</p><p>Isso também vale para o passivo, que pode ser maior ou igual a zero, mas não</p><p>negativo. Não há possibilidade de ter obrigação de R$ - 1.000,00 com terceiros.</p><p>O patrimônio líquido (situação líquida), por seu turno, pode ser positivo, negativo ou</p><p>nulo.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 100,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 100,00</p><p>Total 100,00 Total 100,00</p><p>UNIDADE 2</p><p>Os eventos que ocorrem no dia a dia de uma entidade podem ser divididos</p><p>basicamente em dois grandes grupos:</p><p>A) Atos contábeis ou Atos Administrativos.</p><p>B) Fatos contábeis ou Fatos Administrativos.</p><p>Os atos contábeis ou administrativos são acontecimentos que ocorrem na</p><p>entidade e não provocam alterações do patrimônio, ou apenas irão alterar o</p><p>Patrimônio no futuro, tais como admissão de empregados, assinatura de um contrato</p><p>de compra, venda, o aval de um título de crédito, uma fiança prestada em favor de</p><p>terceiros.</p><p>Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser</p><p>apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:</p><p>Os fatos contábeis, por sua vez, são os acontecimentos que provocam</p><p>variações no patrimônio da entidade. Os fatos contábeis são contabilizados através</p><p>das contas patrimoniais (ativo, passivo, patrimônio líquido) e/ou das contas de</p><p>resultado (receitas e despesas).</p><p>Alunos, agora vamos começar a colocar a “mão na massa”, vendo como os</p><p>fatos contábeis alteram o Patrimônio das entidades. O que faremos nesse momento?</p><p>Vamos fazer a constituição de uma empresa, desde o começo, e cada fato contábil</p><p>ATOS E FATOS CONTÁBEIS</p><p>Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas</p><p>e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para</p><p>esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.</p><p>VARIAÇÕES DE ELEMENTOS PATRIMONIAIS</p><p>que ocorrer, iremos apresentar um balanço patrimonial para entendermos como a</p><p>Contabilidade “pensa”.</p><p>É um exercício extremamente importante para seu avanço nos estudos. Se</p><p>possível, faça algumas vezes antes de avançar no curso. Vai ser muito bom para</p><p>vocês, eu garanto.</p><p>1ª Operação – Subscrição do Capital Social:</p><p>Os Sócios A e B decidem investir R$ 12.000 em dinheiro para começar a empresa</p><p>DRA S/A, que atuará no ramo</p><p>de prestação de serviços.</p><p>Chamamos de SUBSCRIÇÃO o ato pelo qual os sócios se comprometem,</p><p>formalmente, a entregar recursos para a constituição de uma empresa. Pensem da</p><p>seguinte forma: a subscrição é uma PROMESSA para entregar recursos para a</p><p>entidade. Por seu turno, a INTEGRALIZAÇÃO é o ato pelo qual os sócios efetivamente</p><p>entregam os recursos.</p><p>Após a ocorrência desse fato, o balanço patrimonial da empresa DRA S/A fica assim:</p><p>2ª Operação – Aquisição de um Edifício:</p><p>A empresa adquire, à vista, um edifício para suas instalações por R$ 3.600. Percebam</p><p>que teremos o surgimento para empresa de um novo ativo, que é o edifício, ok? Então</p><p>vamos registrar esse novo ativo em uma CONTA específica de edifícios.</p><p>Mas não é somente isso, pessoal? O caixa da empresa foi afetado, pois a compra foi</p><p>efetuada à vista. Assim sendo, o saldo do meu caixa passará a ser de 12.000 –</p><p>3.600 = 8.400.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DRA S/A</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 12.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 12.000,00</p><p>Total 12.000,00 Total 12.000,00</p><p>3ª Operação – Compra de Materiais:</p><p>A empresa adquire, a prazo, materiais para prestação de serviços, por R$ 6.000.</p><p>Opa, olhem que legal isso. A empresa deve registrar a chegada de mais um ativo, o</p><p>estoque de materiais no valor de 6.000. Mas aqui, a compra foi A PRAZO, ou seja,</p><p>não temos alteração no caixa para registrar, blz?</p><p>Mas, surge para empresa uma OBRIGAÇÃO de pagar R$ 6.000 aos fornecedores,</p><p>concorda? Como temos que pensar em termos contábeis: a dívida com</p><p>fornecedores foi a ORIGEM de recursos que foram APLICADOS na aquisição de</p><p>materiais. Nosso balanço patrimonial ficou assim:</p><p>4ª Operação – Compra de Veículo:</p><p>A empresa adquire, à vista, um veículo para entrega, por R$ 600.</p><p>Já estamos ficando bons nisso! Temos que registrar o aumento de ativo, Veículos, e</p><p>a diminuição de outro ativo: o caixa da empresa, que ficará com saldo de 8.400 – 600</p><p>= 7.800. Ficamos assim:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DRA S/A</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa</p><p>Edifício</p><p>8.400,00</p><p>3.600,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 12.000,00</p><p>Total 12.000,00 Total 12.000,00</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DRA S/A</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa</p><p>Edifício</p><p>Estoque de Materiais</p><p>8.400,00</p><p>3.600,00</p><p>6.000,00</p><p>Fornecedores 6.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 12.000,00</p><p>Total 18.000,00 Total 18.000,00</p><p>5ª Operação – Venda de Parte do Edifício:</p><p>A empresa decidiu vender, por R$ 2.400, metade do edifício adquirido. O comprador</p><p>emitiu uma Nota Promissória e podemos considerar que o edifício foi dividido em</p><p>partes iguais. Esse fato já é mais interessante! Vamos um passo de cada vez:</p><p>- Se a empresa efetua uma venda a prazo, surge para ela um direito, um ativo,</p><p>registrado, por exemplo, em uma conta de Duplicatas a Receber, com saldo de R$</p><p>2.400.</p><p>- O valor total dos edifícios era de 3.600 e a empresa vendeu a metade dele. Portanto,</p><p>temos que registrar a diminuição, a baixa do ativo em 3.600 x 0,50 = 1.800. Assim</p><p>sendo, a conta de Edifícios ficará com saldo de 3.600 – 1.800 = 1.800.</p><p>- O edifício foi vendido por 2.400 e possuía custo de 1.800. Portanto, a entidade</p><p>apurou um LUCRO na operação de 2.400 – 1.800 = 600.</p><p>E aqui, pessoal, temos um fato muito interessante. Os lucros ou prejuízos apurados</p><p>pela entidade são lançados no Patrimônio Líquido da empresa.</p><p>As alterações ocorridas no Patrimônio Líquido de uma empresa são oriundas,</p><p>basicamente, de operações com os sócios e os lucros/prejuízos apurados pela</p><p>empresa. Anotem isso!</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DRA S/A</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa</p><p>Edifício</p><p>Estoque de Materiais</p><p>Veículos</p><p>7.800,00</p><p>3.600,00</p><p>6.000,00</p><p>600,00</p><p>Fornecedores 6.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 12.000,00</p><p>Total 18.000,00 Total 18.000,00</p><p>Nosso balanço patrimonial ficará assim:</p><p>E aí, pessoal? O que acharam desse exercício? Legal, não é mesmo? Essa</p><p>metodologia é chamada de “Contabilidade por Balanços sucessivos”, ou seja, a cada</p><p>fato ocorrido, preparamos um balanço patrimonial para verificarmos a posição</p><p>patrimonial da empresa. Ela é apresentada em livros como Contabilidade Introdutória</p><p>– Equipe de professores da FEA – USP e pelo professor José Carlos Marion.</p><p>Mas não se preocupem, pois veremos que não há necessidade de fazer</p><p>um balanço para cada fato ocorrido, até porque seria muito trabalhoso. Mas esse</p><p>exercício já apresentou como algumas ideias, como as origens e aplicações de</p><p>recursos, funcionam, bem com o significado das variações de saldo no balanço</p><p>patrimonial. Isso é um grande ganho para seus estudos.</p><p>As alterações principais do Patrimônio Líquido ou Situação Líquida da entidade são</p><p>decorrentes de:</p><p>- Entradas e saídas de capital oriundas dos sócios da empresa. Por exemplo, a</p><p>integralização de capital promovida pelos sócios na constituição da empresa ou até</p><p>mesmo, em momento posterior, com a chegada de novos membros da sociedade.</p><p>- Resultado do período apurado durante as operações da empresa. Também</p><p>chamado de “RÉDITO”, o resultado do exercício representa o confronto entre as</p><p>RECEITAS e DESPESAS da entidade.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DRA S/A</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa</p><p>Edifício</p><p>Estoque de Materiais</p><p>Veículos</p><p>Duplicatas a Receber</p><p>7.800,00</p><p>1.800,00</p><p>6.000,00</p><p>600,00</p><p>2.400,00</p><p>Fornecedores 6.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social</p><p>Lucros</p><p>12.000,00</p><p>600,00</p><p>Total 18.600,00 Total 18.600,00</p><p>VARIAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Essas fontes podem gerar alterações POSITIVAS OU NEGATIVAS, isto é, aumentos</p><p>ou diminuições nesse grupo patrimonial.</p><p>Agora vamos conhecer o conceito contábil de Receitas e Despesas, elementos</p><p>relacionados com a PERFORMANCE da entidade. Enquanto ativos, passivos e</p><p>patrimônio líquido apresentam a posição patrimonial da empresa em determinado</p><p>momento, as receitas e despesas possuem um caráter DINÂMICO, evidenciando</p><p>o desempenho da entidade EM DETERMINADO PERÍODO.</p><p>Existem diversas definições para RECEITA na doutrina contábil, mas, nesse</p><p>momento, precisamos entender que receitas representam aumentos nos ativos da</p><p>empresa, sejam em DINHEIRO ou em DIREITOS (valores a receber), em virtude da</p><p>VENDA de mercadorias, prestação de SERVIÇOS ou APLICAÇÕES FINANCEIRAS.</p><p>RECEITAS</p><p>Exemplos de fatos que geram Receitas:</p><p>- Venda de Mercadorias à vista ou a prazo;</p><p>- Prestação de Serviços diversos (limpeza, manutenção); -</p><p>Aplicações Financeiras;</p><p>- Venda de Terrenos por valor superior ao custo de aquisição; (Ganho de Capital).</p><p>Além disso, a diminuição de um passivo (redução ou extinção de obrigações)</p><p>SEM A NECESSIDADE DE ENTREGAR UM ATIVO também gera uma receita.</p><p>Por exemplo, quando eu pago uma dívida com fornecedor, estou entregando</p><p>um ativo, ou seja, dinheiro, para quitar a obrigação, certo? Essa operação NÃO gera</p><p>uma receita para a entidade.</p><p>Agora, se o fornecedor decide PERDOAR a dívida, total ou parcialmente,</p><p>temos a diminuição de um passivo, sem a necessidade de entregar um ativo.</p><p>Aqui temos o reconhecimento de uma receita.</p><p>Precisamos ter em mente que o reconhecimento de uma receita SEMPRE</p><p>irá acarretar o aumento do Patrimônio Líquido. Isso é fundamental. Mas a “volta”</p><p>não é verdade, pois nem todo o aumento de Patrimônio Líquido representa uma</p><p>receita. O aumento do Patrimônio Líquido ocorrido pela chegada de um novo sócio</p><p>NÃO é uma receita.</p><p>Para o nosso estudo de Contabilidade, consideramos que DESPESA é o</p><p>CONSUMO DE UM BEM OU DE UM SERVIÇO, geralmente como ESFORÇO para</p><p>obter receitas. Vou explorar um pouco mais esses conceitos de uma forma simples.</p><p>Exemplos</p><p>de Receitas</p><p>Receita de</p><p>Vendas</p><p>Receitas</p><p>Financeiras</p><p>Receitas de</p><p>Serviços</p><p>Transações da empresa com seus sócios não representam receitas nem</p><p>despesas.</p><p>DESPESAS</p><p>Quando um empregado está ali, desempenhando suas atribuições, a</p><p>empresa</p><p>está CONSUMINDO um serviço, a mão-de-obra desse funcionário, como um esforço</p><p>para manter suas atividades e obter receitas. Ali está ocorrendo uma DESPESA para</p><p>a Contabilidade.</p><p>Despesas representam diminuições nos ativos ou aumentos no Passivo. Uma</p><p>despesa pode gerar a diminuição de um ativo, como por exemplo, a saída de caixa,</p><p>ou entrega de um bem, mas também pode gerar o surgimento de um passivo. Aqui</p><p>é importante destacar que despesas e passivos são conceitos diferentes.</p><p>Por fim, é necessário ter em mente que o reconhecimento de uma despesa</p><p>SEMPRE irá acarretar a DIMINUIÇÃO do Patrimônio Líquido. Porém, nem toda a</p><p>diminuição de Patrimônio Líquido representa uma despesa. A diminuição do</p><p>Capital Social da empresa pela saída de um sócio gera a diminuição do Patrimônio</p><p>Líquido, mas não é despesa.</p><p>Na Contabilidade, conta é o “nome dado aos componentes patrimoniais (bens,</p><p>direitos e obrigações) e de resultado (despesas e receitas)”. De agora em diante,</p><p>quando falarmos em caixa de uma empresa, falaremos em conta caixa. Os registros</p><p>contábeis são feitos através das contas.</p><p>Existem diversas classificações para as contas ou rubricas contábeis de acordo</p><p>com a natureza, nível de detalhamento, itens que registram. Veremos as mais</p><p>importantes.</p><p>DESPESA = CONSUMO DE BENS OU SERVIÇOS EM DETERMINADO</p><p>PERÍODO.</p><p>Exemplos de fatos que geram Despesas:</p><p>- Consumo de materiais de limpeza e itens de almoxarifado;</p><p>- Utilização de serviços diversos (manutenção, limpeza);</p><p>- Demais despesas administrativas;</p><p>CONTAS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES</p><p>Quando analisamos os elementos nelas registrados, as contas podem ser de dois</p><p>tipos: patrimoniais e de resultado.</p><p>- CONTAS PATRIMONIAIS</p><p>As contas patrimoniais são as que representam os bens, direitos, obrigações e o</p><p>patrimônio líquido da entidade. Por exemplo, conta caixa, conta fornecedores, conta</p><p>capital social. Apresentam a chamada ESTÁTICA PATRIMONIAL, ou seja, a posição</p><p>patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento.</p><p>Contas Patrimoniais</p><p>Ativo</p><p>Passivo</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>- CONTAS DE RESULTADO</p><p>As contas de resultado são as receitas e despesas. Elas não estão no balanço</p><p>patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou prejuízo.</p><p>Aparecem na demonstração do resultado do exercício. Por exemplo, receita de</p><p>vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobre vendas, despesas</p><p>administrativas. Apresentam o caráter dinâmico, isto é a PERFORMACE da entidade</p><p>durante o período analisado.</p><p>Contas de Resultado</p><p>Receita</p><p>Despesa</p><p>Uma característica importante das contas de resultado é que elas têm “vida curta”.</p><p>Como assim, professor? As contas de despesas e receitas têm seus saldos</p><p>encerrados ao final de cada período contábil. Assim sendo, as contas de resultado</p><p>INICIAM E TERMINAM O EXERCÍCIO ZERADAS, ou seja, sem saldo.</p><p>Quanto à natureza, as contas podem ser classificadas em CONTAS</p><p>DEVEDORAS OU CREDORAS.</p><p>Contas Devedoras representam APLICAÇÕES DE RECURSOS, por isso que</p><p>as contas de Ativo e as contas de Despesas possuem natureza DEVEDORA, isto é,</p><p>CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO</p><p>CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA</p><p>GOSTAM de DÉBITO. Estamos APLICANDO RECURSOS em Bens e Direitos, como</p><p>dinheiro em caixa, estoques, máquinas e despesas com salários, por exemplo.</p><p>Por seu turno, as contas CREDORAS representam a ORIGEM dos recursos,</p><p>assim, contas de Passivo, Patrimônio Líquido e as contas de Receitas possuem</p><p>natureza CREDORA, isto é, GOSTAM de CRÉDITO. Uma dívida com fornecedor, ou</p><p>seja, um passivo, é a origem de recursos para poder adquirir uma mercadoria a prazo.</p><p>O Capital Social é a origem de recursos, oriundas dos sócios, para que a empresa</p><p>inicie as suas atividades.</p><p>Para que possamos entender o sentido contábil essas expressões e avançarmos no</p><p>nosso estudo, de maneira objetiva, pedimos que vocês tenham em mente os</p><p>seguintes conceitos:</p><p>Chegamos a um ponto crucial para o entendimento da disciplina. Pedimos aqui o</p><p>seguinte: desvinculem as noções de devedor e credor (falaremos lançamento</p><p>a crédito e lançamento a débito) do sentido comum em que as palavras são</p><p>utilizadas.</p><p>Resumindo:</p><p>Por fim, débito e crédito na Contabilidade, de maneira simples:</p><p>Conta O que são? Exemplo Aumenta Diminui</p><p>Ativo Bens e direitos Caixa Débito Crédito</p><p>Passivo Obrigações Fornecedores Crédito Débito</p><p>Patrimônio Liquido Capital Próprio Capital Social Crédito Débito</p><p>Receitas Vendas Venda</p><p>Mercadorias</p><p>Crédito Débito</p><p>Despesas Consumo de Serviços Despesa com</p><p>salários</p><p>Débito Crédito</p><p>Retificar traz a ideia de corrigir, ajustar. Assim sendo, esse tipo especial de conta</p><p>possui natureza contrária ao grupo no qual está inserida. Como assim, professor? Já</p><p>explico.</p><p>Uma conta retificadora do Ativo, não possui a natureza desse grupo, isto é,</p><p>devedora; possui natureza credora. Logo, ela ao invés de aumentar o saldo do grupo,</p><p>irá diminuí-lo. Se eu tenho uma conta de ativo com saldo de R$ 100 e outra conta</p><p>retificadora com saldo de R$ 10, o saldo do grupo será de R$ 100 – R$ 10 = R$ 90,00.</p><p>De maneira similar, uma conta retificadora do Passivo ou Patrimônio Líquido, não</p><p>possui natureza credora; possui natureza devedora.</p><p>ATIVO</p><p>NATUREZA</p><p>DEVEDORA</p><p>RETIFICADORA</p><p>DO ATIVO</p><p>NATUREZA</p><p>CREDORA</p><p>- Se eu debitar uma conta devedora, seu saldo aumenta.</p><p>- Se eu creditar uma conta devedora, seu saldo diminui.</p><p>- Se eu debitar uma conta credora, seu saldo diminui.</p><p>- Se eu creditar uma conta credora, seu saldo aumenta.</p><p>CONTAS RETIFICADORAS</p><p>As contas retificadoras são apresentadas no balanço patrimonial com saldo negativo,</p><p>entre parêntesis, para que possamos diminuir o saldo do grupo.</p><p>As contas, a partir de agora, serão apresentadas graficamente, por meio no</p><p>chamado razonete. Trata-se de uma simplificação do livro Razão, o qual será</p><p>estudado oportunamente.</p><p>A título de exemplo, mostremos o razonete da conta caixa:</p><p>Funcionará assim para todas as contas, sejam elas patrimoniais ou de resultado: toda</p><p>vez que desejarmos fazer lançamentos contábeis, devemos “abrir” um razonete.</p><p>A conta tem por objetivo representar cada um dos itens contábeis, quer patrimoniais,</p><p>quer de resultado. Embora, as contas sejam representadas da forma descrita acima</p><p>“T”, formalmente, elas são apresentadas em um livro contábil chamado de razão.</p><p>PASSIVO E PL</p><p>NATUREZA</p><p>CREDORA</p><p>RETIFICADORA</p><p>DO PASSIVO E</p><p>PL</p><p>NATUREZA</p><p>DEVEDORA</p><p>RAZONETES E CONTAS</p><p>FUNÇÕES E ESTRUTURA DAS CONTAS</p><p>Vamos fazer uma análise, por exemplo da conta caixa. Primeiro deve-se analisar: a</p><p>qual grupo pertence a conta caixa? Ao “ativo”, logo, é uma conta de natureza</p><p>devedora, isto é, aumenta a débito, e consequentemente diminui a crédito.</p><p>Exemplo:</p><p>- Recebimento de R$ 100,00 em espécie, pela integralização de capital social.</p><p>- Saída de R$ 50,00 referente aquisição de mercadorias.</p><p>- Entrada de R$ 30,00 referente a venda de mercadorias;</p><p>O razonete ficaria assim:</p><p>Além disso, as contas podem ser vistas por dois aspectos: qualitativos e</p><p>quantitativos.</p><p>Segundo o aspecto qualitativo, devemos olhar para o que a conta representa. Por</p><p>exemplo, a conta caixa, em seu aspecto qualitativo, representa os numerários que</p><p>temos guardados. Já pelo aspecto quantitativo representa o quanto temos</p><p>guardado, o valor propriamente dito.</p><p>A seguir será apresentado um resumo com as principais contas utilizados em</p><p>contabilidade:</p><p>CONTAS PATRIMONIAIS</p><p>CONTA DESCRIÇÃO SUMÁRIA</p><p>ATIVO</p><p>Caixa Dinheiro em poder da empresa</p><p>Banco Conta corrente</p><p>Clientes Contas a receber de clientes</p><p>Duplicatas Valores a receber de vendas realizadas</p><p>Contas a receber Outras contas a receber</p><p>Mercadorias Estoque de mercadorias para a venda</p><p>CONTAS CONTÁBEIS</p><p>Máquinas Bens</p><p>pertencentes à empresa</p><p>Veículos Bens pertencentes à empresa</p><p>Imóveis Bens pertencentes à empresa</p><p>Móveis Bens pertencentes à empresa</p><p>Intangível Bens incorpóreos pertencentes à empresa</p><p>PASSIVO</p><p>Fornecedores Valores a paga para fornecedores</p><p>Duplicatas a pagar Valores a pagar de compras realizadas</p><p>Contas a paga Outros valores a pagar</p><p>Impostos a recolher Impostos (IR, ICMS, etc.) a recolher</p><p>Empréstimos Empréstimos a pagar</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social Capital que foi prometido pelos sócios</p><p>Reservas de Lucro Reserva Legal, de Contingência, etc.</p><p>Reserva de Capital Ágio na emissão de ações</p><p>CONTAS DE RESULTADO</p><p>RECEITAS CUSTOS DESPESAS</p><p>- Receitas de Vendas.</p><p>- Receitas Financeiras.</p><p>- Receitas de Aluguel.</p><p>- Receitas de Comissão.</p><p>- Receitas de Serviços.</p><p>-Custo das mercadorias</p><p>vendidas.</p><p>-Custo dos produtos vendidos.</p><p>-Custo dos serviços prestados</p><p>-Despesas Administrativas.</p><p>- Salários e ordenados.</p><p>- Depreciação.</p><p>- Despesa de Frete.</p><p>- Despesas de Aluguel.</p><p>Essas são as principais contas utilizadas. É claro que há uma infinidade de outras</p><p>contas, mas por enquanto, essas ajudarão na compreensão do conteúdo.</p><p>Relembrando, existem basicamente quatro técnicas contábeis:</p><p>O objetivo nesta unidade é estudarmos com detalhes a escrituração contábil,</p><p>especialmente o que prevê a ITG 2000 (R1), norma do Conselho Federal de</p><p>Contabilidade que trata dessa técnica contábil.</p><p>Com a finalidade de dar orientação geral para a execução da escrituração, a ITG 2000</p><p>(R1), prescreve certas formalidades. Vejamos:</p><p>Destacamos que a escrituração contábil é feita através de contas e, na contabilidade,</p><p>conta é o nome dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos e</p><p>obrigações) e de resultado (despesas e receitas).</p><p>Técnicas</p><p>Contábeis</p><p>Escrituração</p><p>Elaboração das demonstrações contábeis</p><p>Auditoria</p><p>Análise de Balanços</p><p>ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL</p><p>A escrituração contábil deve ser executada:</p><p>a) em idioma e em moeda corrente nacionais;</p><p>b) em forma contábil;</p><p>c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;</p><p>d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou</p><p>emendas; e</p><p>e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em</p><p>elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.</p><p>O conjunto de todas as contas existentes dentro de uma entidade, para uniformizar os</p><p>registros contábeis, é denominado plano de contas. O plano de contas varia também</p><p>de uma empresa para outra. Assim, uma indústria de roupas não terá o mesmo plano</p><p>de contas de um supermercado.</p><p>De acordo com o professor Osni Moura Ribeiro, “é essencial que um plano de</p><p>contas contenha pelo menos as seguintes partes: elenco de contas, manual de</p><p>contas e modelos de demonstrações contábeis padronizadas”.</p><p>De acordo como o autor, o elenco de contas é a relação de contas utilizadas pela</p><p>empresa e envolve a titulação (nome) e o código da conta. Por seu turno, o Manual</p><p>de Contas tem a função de apresentar informações minuciosas sobre cada</p><p>conta, como por exemplo, função, funcionamento, documentos que suportam os</p><p>registros contábeis.</p><p>Na contabilidade, o caminho utilizado para se escriturar é o método das partidas</p><p>dobradas. Esse método consiste em considerar que para todo e qualquer item que</p><p>ingressa no patrimônio, há um lugar de onde ele é proveniente. Ou seja, não há</p><p>geração espontânea de patrimônio, mas sim uma origem para todo elemento que</p><p>se aplica no patrimônio, passando a integrá-lo.</p><p>Plano de Contas</p><p>Elenco de Contas</p><p>Relação de</p><p>Contas</p><p>Manual de Contas</p><p>Informações</p><p>Minunciosas</p><p>Modelos de</p><p>Demonstrações</p><p>Contábeis</p><p>Definição de Plano de contas: conjunto de todas as contas existentes dentro de</p><p>uma entidade para uniformizar os registros contábeis.</p><p>MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS</p><p>Ao registro de um fato contábil chamamos lançamento. Este é efetuado em</p><p>livros contábeis próprios como o diário, razão, caixa, duplicatas a receber etc.</p><p>Ao conjunto de registros ou lançamentos é que chamamos escrituração. Antes de</p><p>aprendermos a efetuar lançamentos em espécie, devemos entender quando e quais</p><p>contas são lançadas a débito ou a crédito.</p><p>É importante relembrarmos para não confundirmos a palavra débito da linguagem</p><p>comum com a utilizada na terminologia contábil. Débito não é algo ruim ou bom.</p><p>Débito é uma operação que aumenta o saldo de uma conta devedora e diminui</p><p>o saldo de uma conta credora. Crédito é uma operação que aumenta o saldo de</p><p>uma conta credora e diminui o saldo de uma conta devedora.</p><p>Podemos representar as contas graficamente através de um “T”, chamado de</p><p>razonete. Por uma convenção, o lado esquerdo é sempre o lado do débito, e o lado</p><p>direito é o lado do crédito. Assim:</p><p>APLICAÇÕES</p><p>DE</p><p>RECURSOS</p><p>ORIGEM DE</p><p>RECURSOS</p><p>CONTAS LANÇADAS A DÉBITO E A CRÉDITO</p><p>Regra Geral:</p><p>- As contas do ativo, retificadoras do passivo, retificadoras do PL e as de despesa</p><p>têm natureza devedora.</p><p>- As contas do passivo, PL, retificadoras do ativo e as de receita têm natureza</p><p>credora.</p><p>E o que quer dizer saldo devedor e saldo credor? Simples. Saldo devedor</p><p>significa dizer que o total dos débitos em uma conta supera o total dos créditos.</p><p>Assim, se tenho registrado na conta caixa R$ 1.000,00 em débitos e R$ 600,00 em</p><p>créditos, isto me dá um saldo devedor total de R$ 400,00. Agora, tivéssemos R$</p><p>4.000,00 de créditos na conta fornecedores e R$ 1.000,00 de débitos, o saldo seria</p><p>credor de R$ 3.000,00.</p><p>O saldo poderia também ser nulo, quando os totais dos créditos e dos débitos</p><p>se equivalem. Assim, se a conta caixa aumentar em R$ 500, por causa de um</p><p>recebimento de Duplicatas a Receber, teremos a seguinte alteração no nosso “T”,</p><p>chamado também de razonete:</p><p>Como as contas do ativo têm natureza devedora, elas aumentam quando lançamos</p><p>ali, no lado do débito. Somente isso quer dizer “a conta do ativo tem natureza</p><p>devedora”. Significa dizer que ela aumenta a débito e diminui, consequentemente,</p><p>a crédito.</p><p>Por outro lado, a contas de natureza credora (Passivo, Patrimônio Líquido e</p><p>Receitas) aumentam com lançamentos a crédito e diminuem com lançamentos</p><p>a débito.</p><p>Observem este balanço patrimonial:</p><p>Equivale a:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 300,00</p><p>Mercadorias 200,00</p><p>Fornecedores 200,00</p><p>Capital Social 300,00</p><p>TOTAL 500,00 TOTAL 500,00</p><p>Agora, suponhamos que essa entidade tenha sido constituída por dois sócios,</p><p>que firmaram contrato social criando a pessoa jurídica DRA. Eles dispuseram de R$</p><p>300 (R$ 150 cada) para dar início às atividades. Esse montante inicial pode ser em</p><p>dinheiro ou em quaisquer bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (Lei 6.404/76,</p><p>art. 7º) e é denominado de capital social.</p><p>Vamos analisar a situação: o Caixa aumentou (passou de zero para R$ 300).</p><p>A conta Caixa é uma conta do Ativo e tem natureza devedora. Se o saldo da conta</p><p>Caixa aumentou, vamos debitar a conta, para representar esse aumento. O PL</p><p>também aumentou. Mas o PL tem natureza credora. Portanto, vamos creditar a</p><p>conta Capital Social, no PL, em contrapartida ao débito efetuado na conta caixa.</p><p>Em vez de efetuarmos um balanço patrimonial para apresentar o estado</p><p>patrimonial da entidade, iremos fazer um lançamento desta operação será feito da</p><p>forma seguinte:</p><p>Débito – Caixa (ativo)...................................................300,00</p><p>Crédito – Capital Social (patrimônio líquido)................300,00</p><p>Razonetes:</p><p>Vejam que interessante. Acabamos de efetuar um lançamento contábil utilizando o</p><p>Método das Partidas Dobradas.</p><p>Só para garantir que entendemos o que está rolando nesse lançamento:</p><p>- Qual a origem do recurso? Isso mesmo, o Capital Social no valor de 300.</p><p>- Onde foi aplicado o recurso? No ativo da empresa, caixa, também no valor</p><p>de 300.</p><p>Agora, já em funcionamento,</p><p>esta empresa compra mercadorias a prazo, no valor de</p><p>R$ 200,00. Vejamos o lançamento contábil:</p><p>Débito – Mercadorias - Estoque (ativo)..................................200,00</p><p>Crédito – Fornecedores (passivo)..........................................200,00</p><p>Razonetes:</p><p>Observem. As mercadorias estão sendo compradas, passando, com a entrega a</p><p>serem propriedade da empresa. Debitamos a conta Estoque para registrar o</p><p>aumento pela entrada da mercadoria. E creditamos a conta Fornecedores (que é</p><p>uma conta de Passivo e tem natureza credora) para registrar a dívida da empresa</p><p>com os fornecedores.</p><p>Resumo! Com base no método das partidas dobradas, algumas conclusões</p><p>podem ser tomadas:</p><p>- A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos.</p><p>- Um ou mais débitos numa ou mais contas deve corresponder a um ou mais</p><p>créditos de valor equivalente em uma ou mais contas.</p><p>- O total do ativo será sempre igual à soma do passivo exigível com o patrimônio</p><p>líquido.</p><p>- O total do ativo mais a despesa será sempre igual à soma do passivo exigível</p><p>com o patrimônio líquido mais as receitas.</p><p>Por exemplo, o lançamento de uma compra à vista de mercadorias no valor de R$</p><p>100 pode ser descrito da seguinte forma:</p><p>Manaus/AM, 15 de outubro de 2023.</p><p>Débito – Mercadorias</p><p>Crédito – Caixa</p><p>Conforme nota fiscal de compra n. 1.000, emitida pela empresa X LTDA R$ 100.</p><p>Para questões de prova basta fazer:</p><p>D – Mercadorias</p><p>C – Caixa 100</p><p>ou</p><p>Mercadorias</p><p>a Caixa 100.</p><p>ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UM LANÇAMENTO</p><p>É essencial que consto em um lançamento, conforme previsão da ITG 2000 (R1),</p><p>item 6:</p><p>a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;</p><p>b) conta devedora;</p><p>c) conta credora;</p><p>d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de</p><p>histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro</p><p>próprio;</p><p>e) valor do registro contábil;</p><p>f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que</p><p>integram um mesmo lançamento contábil.</p><p>Atenção! A preposição “a” indica conta creditada, ou seja, Mercadorias A Caixa</p><p>significa Débito na conta mercadorias e crédito na conta caixa.</p><p>Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos,</p><p>desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos</p><p>e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das</p><p>formalidades extrínsecas daquele.</p><p>Os lançamentos podem ser de:</p><p>Envolve uma conta a débito e uma conta a crédito.</p><p>Exemplo: compra de mercadorias à vista.</p><p>D – Mercadorias 100</p><p>C – Caixa 100</p><p>A</p><p>Envolve uma conta a débito e duas ou mais a crédito.</p><p>Exemplo: compra de mercadoria, metade à vista, metade a prazo.</p><p>D – Mercadorias 100</p><p>C – Caixa 50</p><p>C – Fornecedores 50</p><p>Ou assim,</p><p>Mercadorias 100</p><p>a Diversos</p><p>a Caixa 50</p><p>a Fornecedores 50</p><p>Envolve duas ou mais contas a débito e uma conta a crédito.</p><p>Exemplo: Realização da prestação de serviço, recebida metade à vista e metade para</p><p>30 dias.</p><p>D – Caixa 100</p><p>D – Clientes 100</p><p>C – Receita de prestação de serviços 200</p><p>FÓRMULAS DE LANÇAMENTO</p><p>1ª FÓRMULA</p><p>2ª FÓRMULA</p><p>3ª FÓRMULA</p><p>Envolve duas ou mais contas a débito e duas ou mais contas a crédito.</p><p>Exemplo: compra de canetas, no valor de R$ 100, sendo metade à vista e metade a</p><p>prazo, a ser utilizada metade como estoque de material de consumo e metade como</p><p>mercadoria para revenda.</p><p>D – Material de consumo 50</p><p>D – Mercadoria para revenda 50</p><p>C – Caixa 50</p><p>C – Fornecedores 50</p><p>Decorem:</p><p>Lançamento Débito Crédito</p><p>1ª Fórmula 1 1</p><p>2ª Fórmula 1 2</p><p>3ª Fórmula 2 1</p><p>4ª Fórmula 2 2</p><p>Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado com</p><p>erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:</p><p>A) estorno;</p><p>B) transferência; e</p><p>C) complementação</p><p>Em qualquer das formas citadas acima, o histórico do lançamento deve precisar o</p><p>motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.</p><p>4ª FÓRMULA</p><p>É só ver a sequência de números e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem crescente.</p><p>Observação: onde está escrito 2, deve ser entendido como 2 ou mais.</p><p>RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL</p><p>AA</p><p>O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o</p><p>totalmente.</p><p>Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta</p><p>indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do registro para a</p><p>conta adequada.</p><p>Lançamento de complementação é aquele que vem posteriormente</p><p>complementar, aumentando ou reduzindo o valor anteriormente registrado. A</p><p>complementação para reduzir um lançamento também é conhecida por estorno</p><p>parcial.</p><p>AAA</p><p>Além desses, temos também a ressalva, que ocorre quando, antes mesmo de</p><p>encerrarmos o lançamento, percebemos a incorreção, corrigindo no próprio histórico.</p><p>A correção se dá com a utilização de palavras tais como “digo”, “ou melhor”,</p><p>“em tempo”.</p><p>Em resumo:</p><p>Retificação do</p><p>Lançamento</p><p>Estorno</p><p>Lançamento</p><p>inverso, anulando</p><p>totalmente</p><p>Transferência</p><p>Transposição para</p><p>a conta adequada</p><p>Complementação</p><p>Complementa</p><p>(aumentando ou</p><p>reduzindo)</p><p>Ressalva</p><p>CCorreção antes</p><p>do término do</p><p>lançamento</p><p>ESTORNO</p><p>TRANSFERÊNCIA</p><p>COMPLEMENTAÇÃO</p><p>RESSALVA</p><p>Fatos contábeis ou Fatos Administrativos são aqueles que promovem alteração no</p><p>patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma entidade. Já os atos</p><p>contábeis são atos relevantes que não alteram o patrimônio da entidade, tal</p><p>como a contratação de empregados, o simples fato de se conceder fiança a um</p><p>terceiro ou avalizar um cheque. Os fatos contábeis são divididos hoje em três grupos:</p><p>1) Permutativos; 2) Modificativos; 3) Mistos.</p><p>Como o próprio nome já diz, os fatos permutativos alteram o patrimônio somente</p><p>em aspectos qualitativos. Seria como, por exemplo, trocar dinheiro por mercadorias,</p><p>por exemplo. Sim, a compra de mercadorias. Os fatos permutativos configuram</p><p>apenas trocas, permutas, entre bens do ativo e passivo exigível, sem que haja</p><p>alteração no valor total do patrimônio líquido e contas de resultado.</p><p>Os fatos modificativos são aqueles que alteram, para mais ou para menos, o</p><p>patrimônio líquido. Envolvem contas de resultados (receitas e despesas).</p><p>Fatos</p><p>Permutativos</p><p>Contas do</p><p>Ativo</p><p>Contas do</p><p>Passivo</p><p>Contas do</p><p>Ativo e Passivo</p><p>Contas do PL</p><p>TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS</p><p>FATO PERMUTATIVO OU QUALITATIVO</p><p>FATO MODIFICATIVO OU QUANTITATIVO</p><p>Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo.</p><p>Acarreta, portanto, alterações no ativo e PL, no passivo e no PL ou no ativo, passivo e PL.</p><p>1) Fato misto aumentativo</p><p>É quando o fato misto de aumenta a situação líquida patrimonial. Pagamento de uma</p><p>duplicata no valor de R$ 1.000,00, com desconto de R$ 200,00.</p><p>D – Duplicatas a pagar 1.000,00 (- Passivo)</p><p>C – Bancos 800,00 (- Ativo)</p><p>C – Descontos financeiros 200,00 (+ Resultado = Receita)</p><p>2) Fato misto diminutivo</p><p>É quando o fato misto que diminui a situação líquida patrimonial. O exemplo clássico aqui</p><p>é o pagamento de uma duplicata, de R$ 1.000,00 com a incidência de juros de 10%, por</p><p>exemplo: Lançamento:</p><p>Débito – Duplicatas a pagar 1.000</p><p>Débito – Despesa de juros 100</p><p>Fatos</p><p>Modificativos ou</p><p>Quantitativo</p><p>Envolve contas de</p><p>Receita ou</p><p>Despesa</p><p>Aumentativo</p><p>Diminutivo</p><p>Fato</p><p>Permutativo</p><p>Fato</p><p>Midificativo</p><p>Fato Misto</p><p>FATO MISTO</p><p>Crédito – Bancos conta movimento 1.100</p><p>A escrituração</p><p>é encontrada nos livros contábeis e fiscais. Atualmente, esses registros</p><p>são feitos, quase que totalmente, de forma digital. Mas para fins didáticos, em alguns</p><p>momentos temos que pensar um pouco como isso era feito manualmente, ok?</p><p>Como o nome indica, o livro diário é um livro que contém o registro de todo e cada</p><p>lançamento em ordem cronológica, fato que nos permite compreender a sequência</p><p>de acontecimentos ocorridos na empresa. Por registrar todos os fatos contábeis</p><p>ele é classificado como um livro principal.</p><p>É obrigatório para a quase que totalidade dos empresários (ressalva-se o pequeno</p><p>empresário previsto na LC 123/2006). O registro de uma operação no livro Diário é</p><p>denominado de “PARTIDA DE DIÁRIO”, ou simplesmente “LANÇAMENTO”.</p><p>De acordo com o Código Civil, serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o</p><p>de resultado econômico (DRE), devendo ambos ser assinados por técnico em</p><p>Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.</p><p>O livro diário e o livro Razão possuem algumas formalidades, extrínsecas e</p><p>intrínsecas, que, atualmente são apresentadas para livros no formato não digital e no</p><p>formato digital:</p><p>Formato Não Digital:</p><p>Formalidades</p><p>Extrínsecas</p><p>Finalidade: Dificultar</p><p>adulteração</p><p>- Deve ser encadernado</p><p>- As folhas devem ser</p><p>numeradas</p><p>- Devem conter termo de</p><p>abertura de encerramento</p><p>ESCRITURAÇÃO – LIVROS CONTÁBEIS E FISCAIS</p><p>LIVRO DIÁRIO</p><p>Formato Digital:</p><p>Formalidade dos livros em formato digital:</p><p>a) serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade</p><p>regularmente habilitado;</p><p>b) quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público</p><p>ou entidade competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1)).</p><p>Observação: Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há</p><p>necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo</p><p>magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela</p><p>entidade.</p><p>Resumindo, o diário é:</p><p>- Obrigatório (exigido pelo Código Civil);</p><p>- Principal (registra todos os fatos contábeis);</p><p>- Comum (para todas as empresas);</p><p>- Cronológico (fatos contábeis registrados em ordem cronológica).</p><p>S</p><p>O livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e sistemático</p><p>(leva em conta principalmente a organização das informações). Segundo a legislação</p><p>do IR (Imposto de Renda), os contribuintes sujeitos à apuração do lucro real devem</p><p>escriturar o livro razão. Vejamos um exemplo de lançamento no livro razão:</p><p>Formalidades</p><p>Íntrisecas</p><p>Finalidade: Resguardar a</p><p>fidedignidade dos fatos</p><p>- Deve seguir uma ordem</p><p>cronológica</p><p>- Não deve conter rasuras,</p><p>borrões...</p><p>- A escrituração deve ser feita</p><p>em língua e moeda nacionais</p><p>LIVRO RAZÃO</p><p>Razão Analítico (Exemplo)</p><p>DRA Comércio LTDA Data:</p><p>CNPJ: 00.000.000/0001-00 Período:</p><p>Conta: Banco Conta Movimento – XXXX/SA</p><p>Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo</p><p>01.10.2023 Saldo Inicial 1.000,00 D</p><p>02.10.2023 Depósito 500,00 1.500,00 D</p><p>03.10.2023 Cheque nº xxx 200,00 1.300,00 D</p><p>Totais 500,00 200,00 1.300,00 D</p><p>Esses dois são os principais livros objeto de estudo da contabilidade. Em sentido</p><p>estrito, APENAS O LIVRO DIÁRIO É OBRIGATÓRIO.</p><p>O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que são</p><p>relacionadas todas as contas, sejam ela patrimoniais ou de resultado.</p><p>O objetivo desse demonstrativo é verificarmos se foi aplicado corretamente o</p><p>Método das Partidas Dobradas. Gravem isso! Caso haja a existência de débito sem</p><p>crédito correspondente, o balancete irá apresentar.</p><p>Destacamos que as informações necessárias para a elaboração do balancete de</p><p>verificação são oriundas do livro Razão, guardem isso.</p><p>Vale enfatizar que nem todos os erros de escrituração são constatáveis no balanço</p><p>patrimonial. Por exemplo: se a empresa efetuar a venda de mercadorias a prazo e,</p><p>por engano, registrar a entrada de caixa, o balancete de verificação não irá apresentar</p><p>esse erro.</p><p>o balancete de verificação mais comum é o de duas colunas, mas encontramos</p><p>na doutrina modelos com 4, 6 e 8 colunas. Cada um deles apresenta mais informações</p><p>BALANCETE DE VERIFICAÇÃO</p><p>LIVRO RAZÃO SALDOS</p><p>CONTÁBEIS</p><p>BALANCETE DE</p><p>VERIFICAÇÃO</p><p>sobre as contas, sendo de exercícios anteriores, saldos devedores e credores, e o</p><p>saldo final. Exemplo:</p><p>Pessoal, na Contabilidade temos basicamente duas modalidades ou critérios de</p><p>reconhecimento de despesas ou receitas.</p><p>Um deles, é mais simplificado, e se preocupa com as entradas e saídas de caixa</p><p>ou equivalentes de caixa, por isso, é chamado de Regime de Caixa.</p><p>Por exemplo: efetuei uma venda de mercadorias no dia 16 de outubro de 2023, mas</p><p>só vou receber em novembro. Para o Regime de Caixa, a receita somente será</p><p>reconhecida quando entrar o “dindin”, isto é, no mês de novembro, ainda que a</p><p>venda tenha sido feita em outubro.</p><p>Contudo temos outro regime de apuração, mais aprofundado, e que se preocupa</p><p>com o MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR das receitas e despesas,</p><p>o que não é, necessariamente a entrada ou saída de caixa. Assim, a receita de</p><p>venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega da mercadoria, isto</p><p>é, quando a venda é efetuada. Tudo isso, independentemente do recebimento ou</p><p>pagamento. Guardem isto: a receita é recebida quando GANHA, ainda que não</p><p>tenha sido recebida.</p><p>A despesa com salários, por sua vez, é reconhecida no mês que os trabalhadores</p><p>prestam o serviço, ou seja, quando INCORRIDA, ainda que não tenha sido paga.</p><p>O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica nos apresenta alguns conceitos importantes</p><p>sobre o Regime de Competência:</p><p>REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA</p><p>Resumindo, o reconhecimento de receitas e despesas de acordo com o Regime de</p><p>Competência nos traz informações melhores para avaliação do desempenho da</p><p>empresa. Se a venda foi feita em outubro e recebida em novembro, precisamos</p><p>evidenciar essa alteração no período de outubro, pois foi nesse período que ocorreu</p><p>o fato gerador. Esse é o regime que deve ser adotado pelas entidades como regra.</p><p>Inclusive, há previsão expressa na Lei 6404/76:</p><p>Para concluirmos esse tema, devemos destacar que, por consequência do Regime de</p><p>Competência, temos a chamada simultaneidade de receitas e despesas</p><p>correlatas.</p><p>Como funciona isso, professor?</p><p>Vamos responder através de um exemplo: a entidade efetuou a venda de mercadorias</p><p>no dia 26/01/2023 e irá receber em 90 dias. Por consequência do regime de</p><p>competência, ao mesmo tempo que reconhecermos a receita de vendas, iremos</p><p>reconhecer as despesas que tem relação com essa operação, como por exemplo, o</p><p>O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos e</p><p>circunstâncias sobre reivindicações e recursos econômicos da entidade que</p><p>reporta nos períodos em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os</p><p>pagamentos e recebimentos à vista resultantes ocorram em período</p><p>diferente.</p><p>Isso é importante porque informações sobre os recursos econômicos e</p><p>reivindicações da entidade que reporta e mudanças em seus recursos econômicos</p><p>e reivindicações durante o período fornecem uma base melhor para a</p><p>avaliação do desempenho passado e futuro da entidade do que informações</p><p>exclusivamente sobre recebimentos e pagamentos à vista durante esse</p><p>período.</p><p>Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,</p><p>com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios</p><p>de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios</p><p>contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o</p><p>regime de competência.</p><p>custo da mercadoria vendida, as despesas necessárias para que essa venda</p>

Mais conteúdos dessa disciplina