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<p>2019.2</p><p>1</p><p>Docente responsável: Dr. Marco Túlio Almeida</p><p>CCGBZOO049, CCG0163, CCGBEAG/CPCE061, CGB0126</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ</p><p>Campus Professora Cinobelina Elvas</p><p>Aula 4</p><p>Cruzamentos</p><p>Índices Zootécnicos</p><p>http://ufpi.br/</p><p>http://ufpi.br/</p><p>http://ufpi.br/</p><p>http://ufpi.br/</p><p>CRUZAMENTOS</p><p>2</p><p> Entendimentos</p><p>• Acasalamento</p><p>• Linhagens diferentes</p><p>• Espécies diferentes</p><p>• Melhoramento genético</p><p>• Seleção</p><p>3</p><p>CRUZAMENTOS</p><p>“Os cruzamentos permitem que genes desejáveis</p><p>possam ser incorporados mais rapidamente que por</p><p>intermédio dos métodos de seleção praticados</p><p>dentro da mesma raça”</p><p>Restle et al. (2002)</p><p>4</p><p>Fundamento</p><p>COMPLEMENTARIEDADE</p><p>A combinação das qualidades desejáveis das raças parentais permite a</p><p>obtenção de uma progênie de qualidade superior</p><p>HETEROSE (Vigor Híbrido)</p><p>Ganho adicional que permite que a produtividade dos cruzados exceda</p><p>a produtividade de ambas as raças-base</p><p>Razões para o cruzamento</p><p>5</p><p>HETEROSE</p><p>“É a superioridade dos produtos de cruzamento em relação aos pais.”</p><p>A heterose será maior quanto maior for a distância evolutiva entre as</p><p>raças em questão.</p><p> Os efeitos são maiores nas características de baixa herdabilidade, ou seja, nas</p><p>características muito influenciadas pelo meio ambiente e, por consequência, as que</p><p>menos respondem ao processo de seleção.”</p><p>Alencar, 1997</p><p>6</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>CARACTERÍSTICA HERDABILIDADE HETEROSE (%)</p><p>Peso ao nascimento 0,30 6</p><p>Produção de leite 0,20 9</p><p>Peso com um ano de idade 0,33 4</p><p>Peso da vaca na maturidade 0,50 1</p><p>Área de olho de lombo 0,42 2</p><p>7</p><p>Harlam et al. (1999)</p><p>Peso Desmama F1 = 320 kg</p><p>Mãe = 280 kg</p><p>Pai = 300 kg</p><p>CARACTERÍSTICA HETEROSE (%)</p><p>Medidas de carcaça, peso na maturidade Baixa (0 – 5)</p><p>Taxa de crescimento, produção de leite Média (5 – 10)</p><p>Habilidade materna, reprodução,</p><p>adaptabilidade</p><p>Alta (10 – 30)</p><p>8</p><p>Vaz Pires (2010)</p><p>9</p><p>VANTAGENS</p><p>Cruzamento Industrial?</p><p>A combinação ou o acasalamento de 2 ou mais raças</p><p>adaptadas para corte de diferentes tipos biológicos,</p><p>que tem por objetivo melhorar a eficiência na</p><p>produção de carne.</p><p>Bacci, 2004</p><p>10</p><p>Indústria é uma atividade econômica que surgiu na Primeira Revolução Industrial,</p><p>no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra, e que tem por finalidade</p><p>transformar matéria-prima em produtos elaborados pelo homem para fins</p><p>comerciais.</p><p>Variações</p><p>Puro de origem (PO) = 1 Raça A</p><p>Meio sangue ½ Raça A + ½ Raça B</p><p>Tricross ¼ Raça A + ¼ Raça B + ½ Raça C</p><p>4 Raças, 5 raças ... ¼ Raça A + ¼ Raça B + ¼ Raça C + ¼ Raça D</p><p>Etc...</p><p>Raça composta = 5/8 + 3/8</p><p>Puro por cruza (PC) = 31/32 Raça A</p><p>50% 50%</p><p>100%</p><p>25% 25% 50%</p><p>25% 25% 25% 25%</p><p>5/8 Angus + 3/8 Zebu</p><p>62,5% 37,5%</p><p>11Muito tempo para formar PC</p><p>12</p><p>CANCHIN (5/8 charolês + 3/8 Zebu)</p><p>13</p><p>PO PO</p><p>5/8 charolês + 3/8 Zebu</p><p>14</p><p>EXEMPLO DE CRUZAMENTO TERMINAL COM 2 RAÇAS</p><p>X</p><p>½ Limousin+½ Nelore</p><p>machos e fêmeas são</p><p>abatidos</p><p>Limousin Matrizes Nelore</p><p>TERMINAL COM 3 RAÇAS</p><p>X</p><p>X</p><p>Matrizes Nelore</p><p>Canchim</p><p>½ Canchim+ ¼ Angus + ¼ Nelore</p><p>Machos e fêmeas são abatidos</p><p>Matrizes ½ Angus ½ + Nelore</p><p>Red Angus</p><p>17</p><p>18</p><p>19</p><p>Considerações</p><p>20</p><p>A diversidade genética existente entre as raças bovinas pode ser utilizada de três</p><p>maneiras:</p><p>1.Criação ou introdução da raça pura melhor adaptada ao sistema de produção;</p><p>2.Formação de novas raças;</p><p>3.Utilização de sistemas de cruzamento.</p><p>21</p><p>Melhora nos ÍNDICES ZOOTECNICOS</p><p>22</p><p>https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Boi/notic</p><p>ia/2017/09/saiba-tudo-sobre-os-abates-halal-e-kosher.html</p><p>https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Boi/noticia/2017/09/saiba-tudo-sobre-os-abates-halal-e-kosher.html</p><p>23</p><p>24</p><p>0,7</p><p>25</p><p>Índices Zootécnicos</p><p>Por que medir?</p><p>Importância</p><p>Manter sob controle tudo o que ocorre na propriedade, e assim</p><p>tomar decisões mais precisas, corrigindo erros que por ventura</p><p>venham ocorrer.</p><p>27</p><p>Índices Zootécnicos?</p><p>São dados de produtividade!</p><p>Principal ferramenta de avaliação de desempenho dentro de</p><p>uma propriedade</p><p>A interpretação desses índices deve ser feita de</p><p>forma conjunta com as características do sistema de</p><p>produção empregado na propriedade</p><p>28</p><p>Espécie - Raças Alimentação Sistema de Produção</p><p>Quais fatores interferem?</p><p>29</p><p>Como podemos otimizar a produtividade?</p><p>BOM Gerenciamento dos Índices Zootécnicos</p><p>Permite a identificação de</p><p>falhas nos sistema de produção</p><p>e a definição de</p><p>estratégias para melhorar</p><p>a rentabilidade da atividade.</p><p>30</p><p>PRIMEIRO PASSO?</p><p> A primeira prática a ser adotada é a identificação dos animais</p><p>- brincos</p><p>- tatuagem</p><p>- marca com ferro quente</p><p>- marca a frio</p><p>- chips eletrônicos</p><p>etc</p><p>31</p><p>BRINCOS</p><p>32</p><p>33</p><p>34</p><p>35</p><p>Tatuador para identificação</p><p>36</p><p>Identificação a Frio</p><p>37</p><p>Identificação a Quente</p><p>38</p><p>39</p><p>40</p><p>41</p><p>SISBOV</p><p>42</p><p>SISBOV</p><p>43</p><p>• Manual</p><p>• Cadernetas</p><p>• Folhas avulsas</p><p>• Planilhas de campo</p><p>• Planilhas de software</p><p>• Eletrônica</p><p>• Uso de balanças, brincos eletrônicos e chip associados a softwares de</p><p>gerenciamento.</p><p>Coleta de dados</p><p>CURRAL</p><p>44</p><p>• Comparação de Custos x Resultados</p><p>• Identificar os melhores e piores animais = DESCARTE ORIENTADO</p><p>• Geração de banco de dados = EVOLUÇÃO</p><p>• INVESTIMENTOS</p><p>BENEFÍCIOS</p><p>45</p><p>Principais Índices</p><p>Zootécnicos</p><p>REPRODUTIVO PRODUTIVO</p><p>Macho: Capacidade em produzir</p><p>espermatozoides funcionais.</p><p>Fêmea: Capacidade em produzir</p><p>óvulos/ovócitos funcionais.</p><p>Fecundidade</p><p>47</p><p>• ÍNDICE DE FERTILIDADE/PRENHEZ</p><p>É a relação do número de fêmeas em cobertura que ficaram prenhes em</p><p>determinado período de exposição reprodutiva.</p><p>(No de Fêmeas prenhas / No Fêmeas em cobertura) x 100</p><p>REPRODUTIVO</p><p>Eficiência da Estação de Monta</p><p>Fêmea-Macho-Método</p><p>48</p><p>(Ferreira et al., 2013)</p><p>ÍNDICE DE PRENHEZ</p><p>REPRODUTIVO</p><p>49</p><p>REPRODUTIVO</p><p>50</p><p>Definição</p><p>Melhor ECC</p><p>51</p><p>• INDICE DE MORTALIDADE INTRA-UTERINA</p><p>Representa o índice de perdas de animais que foram abortados,</p><p>reabsorvidos ou natimortos</p><p>(No de Fêmeas prenhes - No Fêmeas que pariram) x 100</p><p>No de Fêmeas prenhes</p><p>REPRODUTIVO</p><p>Erros de diagnóstico</p><p>de gestação!</p><p>52</p><p>• ÍNDICE DE NATALIDADE</p><p>Mede o resultado das fêmeas em cobertura,</p><p>quantas conseguiram parir bezerros vivos ou não.</p><p>(No de Bezerros nascidos / No Fêmeas em cobertura) x 100</p><p>REPRODUTIVO</p><p>53</p><p>• TAXA DE DESMAME = EFICIÊNCIA REPRODUTIVA</p><p>É o mais importante na reprodução. Representa o total de animais</p><p>desmamados em relação às vacas expostas em reprodução dentro de</p><p>determinado ano agrícola</p><p>No de Bezerros desmamados x 100</p><p>No de Fêmeas em cobertura</p><p>REPRODUTIVO</p><p>REPRESENTA O SUCESSO</p><p>DE TODOS ANTERIORES!</p><p>54</p><p>REPRODUTIVO</p><p>55</p><p>• RELAÇÃO DE DESMAMA (%)</p><p>Percentual do peso da mãe, no dia da desmama</p><p>Peso do bezerro / Peso de sua mãe X 100</p><p>REPRODUTIVO</p><p>56</p><p>• PRODUÇÃO REAL (Kg)</p><p>Mostra quantos kg de bezerro a vaca desmamou no ano</p><p>Peso do bezerro X 365 / Intervalo entre partos de sua mãe</p><p>REPRODUTIVO</p><p>57</p><p>250 kg bezerro</p><p>IEP = 365</p><p>300 kg bezerro</p><p>IEP = 500</p><p>• PROLIFICIDADE</p><p>Quantidade de nascidos por fêmeas paridas</p><p>No de bezerros / No Fêmeas paridas x 100</p><p>REPRODUTIVO</p><p>100%</p><p>150%</p><p>58</p><p>*Taurinos são mais precoces que zebuínos</p><p>Idade à puberdade</p><p>REPRODUTIVO</p><p>59</p><p>Idade à primeira cobertura</p><p>REPRODUTIVO</p><p>60</p><p>60-70 % Peso adulto</p><p>61</p><p>15 meses parida</p><p>Fazenda Aliança (Set/2019)</p><p>62</p><p>63</p><p>Set / 2019</p><p>Fazenda Aliança</p><p>24 - 30 meses</p><p>64</p><p>REPRODUTIVO</p><p>PERÍODO DE SERVIÇO (PS)</p><p>Período em que ocorrem os acasalamentos, compreendido entre o</p><p>parto e a concepção.</p><p>PS IDEAL</p><p>+/- 75 DIAS</p><p>65</p><p>REPRODUTIVO</p><p>PERÍODO DE GESTAÇÃO (PG)</p><p>Compreendido entre a concepção e o parto subsequente.</p><p>PG Zebuínos: média 290 dias</p><p>PG taurinos: média 280 dias</p><p>66</p><p>REPRODUTIVO</p><p>INTERVALO ENTRE PARTOS (IEP)</p><p>Período compreendido entre dois partos</p><p>consecutivos.</p><p>Obtido pelo somatório: PS + PG</p><p>IDEAL 12 MESES</p><p>290 PG + 30 Inv. uterina + 45 para ficar prenhe.</p><p>67</p><p>REPRODUTIVO</p><p>PERÍODO DE LACTAÇÃO</p><p>• Período em que a fêmea produz leite;</p><p>• Variável, depende do objetivo da exploração e do tipo</p><p>de desmame adotado.</p><p>68</p><p>REPRODUTIVO</p><p>PERÍODO SECO</p><p>• Período em que a produção de leite cessa até nova parição.</p><p>• Os tecidos da glândula mamária se restabelecem.</p><p>1/3 final da gestação Parição</p><p>69</p><p>• MORTALIDADES</p><p>Relação entre o número de mortes e o total do rebanho.</p><p>Destaca-se que, devido a suscetibilidade a agentes patogênicos e predadores,</p><p>deve-se avaliar a mortalidade separadamente para bezerros, animais jovens</p><p>(desmame a 24 meses) e animais adultos (acima de 24 meses).</p><p>• MORTALIDADE EM BEZERROS</p><p>NO de bezerros mortos até o desmame / NO de bezerros nascidos x 100</p><p>• MORTALIDADE EM ANIMAIS JOVENS e ADULTOS</p><p>PRODUTIVO</p><p>CRIA</p><p>RECRIA</p><p>ENGORDA</p><p>70</p><p>• TAXA DE ABATE</p><p>Porcentagem de animais abatidos dentro do período determinado (ano).</p><p>Animais abatidos / Total do rebanho (inicial) x 100</p><p>PRODUTIVO</p><p>71</p><p>• TAXA DE DESFRUTE</p><p>Mede a capacidade do rebanho em gerar excedente.</p><p>Representa a produção (em arrobas ou cabeças) em um determinado</p><p>espaço de tempo em relação ao rebanho inicial.</p><p>Estoque Final – Estoque Inicial – Compras + vendas / Estoque inicial</p><p>PRODUTIVOS</p><p>PRODUTIVO</p><p>72</p><p>Kg de carne vendido x 100</p><p>Kg de carne estocado ____</p><p>Quanto maior a taxa de desfrute, maior a</p><p>produção interna do rebanho</p><p>Taxa de Desfrute</p><p>PRODUTIVO</p><p>73</p><p>74</p><p>75</p><p>Taxa de reposição anual ou de substituição (TR)</p><p>TR FÊMEAS: 20%</p><p>TR MACHOS: 30%</p><p>PRODUTIVO</p><p>76</p><p>77</p><p>78</p><p>* Fazenda tradicional – medo de mudar e falta de informações</p><p>79</p><p>Fazenda empresa - gerenciamento das informações gera lucro</p><p>80</p><p>“Você não consegue melhorar aquilo</p><p>que não pode medir!”</p><p>81</p><p>Dúvidas?</p><p>marco.almeida@ufpi.edu.br</p><p>Sala 6A</p><p>82</p><p>mailto:marco.almeida@ufpi.edu.br</p><p>83</p><p>Próxima Aula</p><p>1ª PROVA</p><p>OBRIGADO!</p>