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<p>O idoso dá conta de se cuidar sozinho?</p><p>Condições de conclusão</p><p>Desde o nascimento o ser humano vai alcançando independência e autonomia para realizar atividades que dizem respeito ao autocuidado como vestir-se sozinho, tomar banho e alimentar-se. Com o passar dos anos, a criança vai ficando cada vez mais independente. No entanto, com a chegada da velhice, algumas condições básicas são afetadas, como a locomoção, por exemplo. Com isto, progressivamente o idoso vai ficando mais debilitado. Esta condição faz com que a pessoa idosa fique mais dependente de alguém para lhe auxiliar em questões relacionadas às Atividades de Vida Diária (AVD).</p><p>De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Pessoa Idosa, a deficiência nas AVD é uma incapacidade funcional para “tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, transferir-se da cama para a cadeira, ser continente e alimentar-se com a própria mão – e qual a proporção de idosos independentes” (BRASIL, 2006, p.9). Nesta mesma perspectiva, é considerado independente o idoso “que é capaz de realizar sem dificuldades e sem ajuda todas as atividades de vida diária citadas acima” (BRASIL, 2006, p. 9).</p><p>Por outro lado, são considerados idosos com potencial para desenvolver alguma fragilidade aqueles que apresentem dificuldade nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Estas são: preparar refeições, controlar a própria medicação, fazer compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas e reparos domésticos e sair de casa sozinho utilizando uma condução coletiva (BRASIL, 2006, p. 9-10).</p><p>Portanto, reforçamos que este último subgrupo merece atenção específica dos profissionais de saúde que acompanham a população idosa. Desta forma, deverão ser acompanhados com maior frequência tanto através de visitas domiciliares como de atendimento periódico.</p><p>O incentivo à independência requer investimento de tempo e paciência. Pode levar mais tempo em ajudar e orientar o idoso a desempenhar estas tarefas do que fazer por ele. No entanto, temos que levar em conta que permitir e incentivar que o idoso faça sozinho as AVD favorecem a autoestima e autovalorização.</p><p>Dicas para o cuidador</p><p>Vestir-se e Despir-se</p><p>· Deve-se estimular o ato de vestir-se sozinho, dando instruções com palavras fáceis de serem entendidas.</p><p>· Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de vestuário e as cores que mais o agradam. Apenas supervisione, pois pode ser que haja necessidade de auxiliá-lo na combinação das cores.</p><p>· Tenha calma e paciência, não o apresse enquanto ele executa sua rotina de vestir-se ou despir-se. Proporcione a ele tempo suficiente para executar a tarefa.</p><p>· Lembre-se que, mesmo gastando um tempo maior para realizar a atividade, a manutenção da independência é fundamental.</p><p>Alimentar-se</p><p>· Lembre-se que sempre que possível o idoso deve ser responsável pela escolha do alimento e do horário das refeições de acordo com seus hábitos e rotinas.</p><p>· Sempre que possível levar o idoso à mesa para que ele se alimente com toda a família.</p><p>· Cuidado ao servir a comida ao idoso! Certifique-se que a temperatura está adequada (nem muito quente, nem muito fria) e que a quantidade será suficiente.</p><p>· Se o idoso estiver com tremores ou déficits motores que dificultem a realização da atividade, adaptações podem ser providenciadas como, por exemplo, engrossador do cabo do talher, ventosas no prato e copo adaptado.</p><p>Banho e higiene pessoal</p><p>· A rotina do banho é essencial. Mudanças de horário e da maneira de como conduzir o banho devem ser evitadas.</p><p>· O cuidador deve, na medida do possível, deixar que o idoso realize a tarefa de banhar-se. A melhor maneira de o cuidador agir é na condição de incentivador, auxiliar e protetor.</p><p>· Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia do idoso, deve-se pedir que vá se despindo.</p><p>· Sempre respeitar a intimidade do idoso, mantendo-o em local adequado e vestido enquanto se prepara o banho.</p><p>· Garantir a acessibilidade do idoso a todo o material necessário durante o banho.</p><p>Percebemos que as AVD devem ser incentivadas progressivamente, garantindo que o idoso participe da execução das tarefas cotidianas respeitando suas limitações impostas pela idade.</p><p>Depois de estudar o conteúdo dessa aula, assista ao vídeo abaixo para ver como autonomia e a independência podem gerar qualidade de vida aos idosos.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa. Portaria nº 2.528. Brasília, 19 de outubro de 2006.</p><p>ROCHA, Telma Toledo. Atividades de Vida Diária (AVD). Disponível em: www.ciape.org.br/matdidatico/telma/aula_terapia_ocupacional_cu.doc</p><p>Este material foi baseado em:</p><p>PINHEIRO, Ângela Fernanda Santiago. Saúde do Homem e do Idoso. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais/Rede e-Tec Brasil, Montes Claros: 2015.</p><p>O idoso dá conta de se cuidar sozinho?</p><p>Condições de conclusão</p><p>Desde o nascimento o ser humano vai alcançando independência e autonomia para</p><p>realizar atividades que dizem respeito ao autocuidado como v</p><p>estir</p><p>-</p><p>se sozinho, tomar</p><p>banho e alimentar</p><p>-</p><p>se. Com o passar dos anos, a criança vai ficando cada vez mais</p><p>independente. No entanto, com a chegada da velhice, algumas condições básicas são</p><p>afetadas, como a locomoção, por exemplo. Com isto, progressivamente o</p><p>idoso vai</p><p>ficando mais debilitado. Esta condição faz com que a pessoa idosa fique mais</p><p>dependente de alguém para lhe auxiliar em questões relacionadas às Atividades de Vida</p><p>Diária (AVD).</p><p>De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Pessoa Ido</p><p>sa, a deficiência nas</p><p>AVD é uma incapacidade funcional para “tomar banho, vestir</p><p>-</p><p>se, usar o banheiro,</p><p>transferir</p><p>-</p><p>se da cama para a cadeira, ser continente e alimentar</p><p>-</p><p>se com a própria mão</p><p>–</p><p>e</p><p>qual a proporção de idosos independentes” (BRASIL, 2006, p.9). N</p><p>esta mesma</p><p>perspectiva, é considerado independente o idoso “que é capaz de realizar sem</p><p>dificuldades e sem ajuda todas as atividades de vida diária citadas acima” (BRASIL,</p><p>2006, p. 9).</p><p>Por outro lado, são considerados idosos com potencial para desenvolver</p><p>alguma</p><p>fragilidade aqueles que apresentem dificuldade nas atividades instrumentais de vida</p><p>diária (AIVD). Estas são: preparar refeições, controlar a própria medicação, fazer</p><p>compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas e</p><p>reparos</p><p>domésticos e sair de casa sozinho utilizando uma condução coletiva (BRASIL, 2006, p.</p><p>9</p><p>-</p><p>10).</p><p>Portanto, reforçamos que este último subgrupo merece atenção específica dos</p><p>profissionais de saúde que acompanham a população idosa. Desta forma, deverão se</p><p>r</p><p>acompanhados com maior frequência tanto através de visitas domiciliares como de</p><p>atendimento periódico.</p><p>O incentivo à independência requer investimento de tempo e paciência. Pode levar mais</p><p>tempo em ajudar e orientar o idoso a desempenhar estas tarefas</p><p>do que fazer por ele. No</p><p>entanto, temos que levar em conta que permitir e incentivar que o idoso faça sozinho as</p><p>AVD favorecem a autoestima e autovalorização.</p><p>Dicas para o cuidador</p><p>Vestir</p><p>-</p><p>se e Despir</p><p>-</p><p>se</p><p>·</p><p>Deve</p><p>-</p><p>se estimular o ato de vestir</p><p>-</p><p>se sozinho, dand</p><p>o instruções com palavras</p><p>fáceis de serem entendidas.</p><p>·</p><p>Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de vestuário e as cores que mais o</p><p>agradam. Apenas supervisione, pois pode ser que haja necessidade de auxiliá</p><p>-</p><p>lo</p><p>na combinação das cores.</p>