Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Validação de ELISA para o estudo de associação de subclasses de IgG específicas para Porphyromonas gingivalis e reações hansênicas</p><p>Gabriel Estrela Cerqueira1 ; Soraya Castro Trindade4</p><p>A hanseníase é uma enfermidade que envolve nervos e pele associada à infecção pelo Mycobacterium leprae (M. leprae) (MARAHATTA et al, 2018). As reações hansênicas se apresentam como um importante evento na evolução da hanseníase, mesmo após o seu tratamento, e alguns quadros inflamatórios e infecciosos têm sido apontados como fatores etiológicos. Neste cenário, condições bucais desfavoráveis, com destaque para a periodontite,</p><p>podem estar associadas às reações hansênicas (ANDRADE, LEHMAN, SCHREUDER, 2005; CORETELA et al, 2015). A periodontite é uma doença inflamatória que acomete o periodonto e sua etiologia está relacionada à exacerbação da resposta imunoinflamatória na presença de biofilme subgengival sinérgico e disbiótico (HAJISHENGALIS, LAMONT, 2014). Dentre a gama vasta de patógenos associados à periodontite, Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis) está bastante envolvido na destruição tecidual (KINANE, STATHOPOULOU, PAPAPANOU, 2017), sendo apontado como patógeno-chave na disbiose.</p><p>Tanto a hanseníase quanto a periodontite possuem evolução lenta, com manifestação clínica mediada pela relação entre o desafio microbiano e a resposta do hospedeiro. O predomínio da resposta imune celular ou humoral perante a infecção pelo M. leprae está intimamente ligado à evolução clínica da hanseníase. Dentre as formas clínicas principais da hanseníase, a hanseníase tuberculóide, que é a forma mais branda da doença, é a que apresenta maior predomínio de resposta imune celular (SOUSA, SOTTO, SIMÕES QUARESMA, 2017). Na forma virchowiana é observada uma ineficiência da resposta imune celular e uma exacerbação e especificidade da resposta humoral (intensa produção de anticorpos IgM, IgG e IgE contra o glicolipídio fenólico (PGL-1), antígeno da parede celular do bacilo). Como se trata de um bacilo intracelular, a resposta humoral é ineficaz para a sua eliminação (RIBEIRO, PASSOS, DOS SANTOS, 2014; HADI, FAIZAH, ALAMUDI, 2018).</p><p>No entanto, essa resposta humoral pode ser um indicador de reação hansênica, principalmente a do tipo 2 ou eritema nodoso hansênico, que é caracterizada pela intensa participação de imunoglobulinas dos isótopos G e M, produzidas por células B em resposta à presença de antígenos de M. Leprae. A concentração de IgG1 no soro desses indivíduos é maior do que nos que possuem forma mais leve da doença (RIBEIRO, PASSOS, DOS SANTOS, 2014; AMORIM et al, 2019).</p><p>Por outro lado, níveis altos de IgG também são encontrados no soro de indivíduos com periodontite (TRINDADE et al, 2007). Alguns fatores de virulência de P. gingivalis, a exemplo da proteína membrana externa HmuY, responsável para captação do heme (OLCZAC et al, 2008; TRINDADE et al, 2012), e do peptídeo Kgp12, um epítopo da Lys-gingipaína (SANTOS- LIMA et al, 2020), levam a um aumento de IgG no soro de indivíduos com condição periodontal mais avançada. A gravidade da condição periodontal também está associada a um nível alto de IgG2 e baixa de IgG4 em resposta aos complexos de adesina-proteinases RpgA-Kgp (O’BRIEN-SIMPSON et al, 2000).</p><p>Diante da escassez de investigações acerca da relação entre periodontite e reações hansênicas e, principalmente, da necessidade de detecção precoce dos indivíduos com hanseníase que têm uma maior chance de desenvolver as reações, o estudo visou validar imunoensaios para a pesquisa de subclasses de IgG específicas para antígenos de</p><p>Porphyromonas gingivalis no soro de indivíduos com hanseníase com e sem reação hansênicas.</p><p>MÉTODO</p><p>O estudo trata-se do tipo caso-controle, e para sua realização foram recrutados 139 indivíduos hansênicos assistidos no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), no município de Salvador-BA e fora coletado o soro desses pacientes. Sendo que destes 71 compuseram o Grupo Caso (participantes com diagnóstico de reação hansênica tipo 1 ou 2) e 68 o Controle (indivíduos sem o diagnóstico da referida reação).</p><p>Esse trabalho é vinculado ao Projeto “Reações hansênicas, condição bucal e qualidade de vida em indivíduos com hanseníase”, aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos sob o registro CAEE64476117.3.0000.0049.</p><p>Os indivíduos com diagnóstico de hanseníase foram selecionados no ambulatório Magalhães Neto do Hospital das Clínicas/Universidade Federal da Bahia. A hanseníase e reação hansênica foram diagnosticadas através da anamnese e exame dermatoneurológico por dermatologistas do HUPES, seguida da baciloscopia e exame histopatológico.</p><p>O diagnóstico de periodontite foi atribuído aos participantes que apresentaram quatro ou mais dentes com um ou mais sítios com profundidade de sondagem maior ou igual a 5mm, com perda de inserção clínica maior ou igual a 5mm e sangramento à sondagem no mesmo sítio (GOMES-FILHO et al, 2018). Os participantes sem periodontite foram aqueles com que não se encaixaram em qualquer nível de gravidade da doença (GOMES-FILHO et al, 2018) e apresentaram sangramento à sondagem</p><p>ANDRADE, A. R. C.; LEHMAN, L. F.; SCHREUDER, P. A. M. Como reconhecer e tratar reações hansênicas. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2005.</p><p>AMORIM, F. M. et al. Differential immunoglobulin and complement levels in leprosy prior to development of reversal reaction and erythema nodosum leprosum. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 13, n. 1, e0007089, 2019. DOI: 10.1371/journal.pntd.0007089</p><p>CORTELA, D. C. et al. Inflammatory mediators of leprosy reactional episodes and dental infections: a systematic review. Mediators of inflammation, n. 548540, 2015. DOI: 10.1155/2015/548540</p><p>GOMES-FILHO, I. S. et al. Clinical diagnosis criteria for periodontal disease: an update. J of Dental Health, Oral Disorders & Therapy, v. 9, n. 5, p. 354–6, 2018.</p><p>HADI, M. I.; FAIZAH, H.; ALAMUDI, M. Y. The overview of Anti-PGL-1 and Anti-IDALLE L-</p><p>ESAT 6 IgG antibody titers in household contact of leprosy. International Conference on Sustainable Health Promotion, v. 1, p. 1-4, 2018.</p><p>HAJISHENGALLIS, G.; LAMONT, R. Breaking bad: Manipulation of the host</p><p>response by Porphyromonas gingivalis. Trends in Immunology, v.44, p. 328-338, 2014.</p><p>KINANE, D. F.; STATHOPOULOU, P. G.; PAPAPANOU, P. N. Periodontal diseases. Nature Reviews Disease Primers, v. 3, p. 17038, 2017. DOI: 10.1038/nrdp.2017.38</p><p>MARAHATTA, S. B. et al. Perceived stigma of leprosy among community members and health care providers in Lalitpur district of Nepal: A qualitative study. PLoS Negl, v. 13, n. 12, p. e0209676, 2018. DOI: 10.1371/journal.pone.0209676</p><p>O’BRIEN-SIMPSON, N. M. et al. Serum immunoglobulin G (IgG) and IgG subclass responses to rgpa-kgp proteinase-adhesin complex of Porphyromonas gingivalis in adult periodontitis. Infection and Immunity, v. 68, n. 5, p. 2704-2712, 2000. DOI: 10.1128/iai.68.5.2704-2712.2000</p><p>OLCZAC, T. et al. Porphyromonas gingivalis HmuY and HmuR – further characterization of a novel mechanism of heme utilization. Archives of Microbiology, v. 183, p. 197-210, 2008. DOI: 10.1007/s00203-007-0309-7</p><p>RIBEIRO, S. L. E.; PASSOS, L. F. S.; DOS SANTOS, M. C. Anticorpos naturais e</p><p>autoanticorpos na hanseníase. Scientia Amazonia, v. 3, n. 3, p. 1-19, 2014. ISSN:2238.1910</p><p>SANTOS-LIMA, E. K. N. et al. Novel synthetic peptide derived from Porphyromonas gingivalis Lys-gingipain detects IgG-mediated host response in periodontitis. Anaerobe, v. 61, p. 102140, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.anaerobe.2019.102140</p><p>TRINDADE, S. C. et al. Antibody response to a chromatographic fraction of Porphyromonas gingivalis and its correlation with periodontal status. Revista Odonto Ciência (PUCRS. IMPRESSO), v. 22, n. 57, p. 197-203, 2007. ISSN-L: 0102-9460.</p><p>TRINDADE, S. C. et al. Induction of interleukin IL-1β, IL-10, IL-8 and immunoglobulin G by Porphyromonas gingivalis HmuY in humans. Journal Periodontal Research, v. 47, n. 1, p. 27-32, 2012. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1600-0765.2011.01401.x</p><p>SOUSA, J. R.; SOTTO, M. N.; SIMÕES QUARESMA, J. A. Leprosy as a complex infection: breakdown of the Th1 and Th2 immune paradigm in the immunopathogenesis of the disease. Frontiers in Immunology, v. 8, p. 1635, 2017. DOI: 10.3389/fimmu.2017.01635</p>

Mais conteúdos dessa disciplina