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04 [20.03.2013] Memorial (ALTERADO)

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FACULDADE METROPOLITANA DO GRANDE RECIFE	
PROFESSORA: SHEILA RÉGIO
CURSO: DIREITO
TURMA: 1A – M
DATA DA AULA: 20/03/2013
RELATORES: ANDREZA GONÇALVES SALES SAMPAIO E DAYANE FRANÇA DUTRA
AVISOS!
Como não terminamos o debate do livro “A luta pelo direito” o qual estava previsto debater o 2º e 3º capitulo, então, na próxima aula (27.03.2013) haverá outro debate, dessa forma não precisará entregar a síntese. 
As pessoas que não debateram terão uma segunda oportunidade, pois, as pessoas que já participaram na aula passada terão que dar vez para quem ainda não falou. Sendo assim, essa é uma ótima oportunidade de ganhar pontos.
Ler o 4º e 5º capitulo do livro “A luta pelo o direito”, para debate na próxima aula.
Ler o livro “Convite à filosofia” de Marilena Chauí, Razão, e os princípios racionais, para debate previsto para o dia 03/04/2013. 
Uma ideia sugerida em sala pelo colega Josemar foi a de que uma pessoa a qual abordasse um determinado assunto, as outras pessoas deveriam complementar ou discutir sobre o assunto abordado, caso não tenha ninguém que complementasse o que foi abordado, então, a palavra poderia voltar para a pessoa que levantou o assunto exposto. Dessa maneira, daria oportunidade para que outras pessoas participassem.
	
Assuntos abordados:
I – Direito, conceito, significado e finalidade
II – Diferença entre coação e coerção
III – Normatividade Social
IV – Divisões das normatividades sociais
V - Debate
I - Direito, conceito, significado e finalidade
	
	Direito é uma ciência que tem como finalidade regular a ação humana na sociedade. 	Nele, encontramos: o direito de ser e ter, bem como o direito de se manifestar, mas eu não posso me manifestar do jeito que eu quero, portanto o direito procura determinar e regular a conduta humana para um melhor ajuste social. O maior objetivo do direito não é a justiça, mas sim a paz social. Hobbes já trazia em mente que nós abrimos mãos de algumas partes de nossa liberdade para viver em sociedade, tendo em vista que não fazemos tudo que queremos senão à convivência seria tétrica. 
Os sociólogos já diziam que temos uma série de mentiras sociais, ou seja, aquelas mentiras inofensivas as quais são a favor de uma boa causa. Por exemplo: quando perguntamos a alguém, como foi o seu final de semana? Muitas vezes nem queremos saber o que aconteceu, mas são essas mentiras sociais que harmonizam os relacionamentos interpessoais, porque viver com o diferente não é fácil. A todo o momento nos esbarramos com as diferenças no modo de pensar, de agir, de se comportar, nos desejos e diversas outras situações. Essa subjetividade que cada um de nós termos, muitas vezes acabam de uma certa forma atropelando o direito do outro. Diante disso nos perguntamos: como não atropelar os Direitos de outrem? Teríamos que ter regras para equilibrar as pessoas que pensam e que agem de formas tão distintas, para isso começou a ser trabalhada a chamada normatividade social, que nada mais é que normas as quais nortearão o homem a viver socialmente melhor.
II – Diferença entre coação e coerção
Os seus significados são similares, mas podemos diferenciar situações em que podemos utilizar uma ou outra. A palavra coerção significa o poder legal que as autoridades têm em impor leis e obrigar ao seu cumprimento. A palavra coação pode significar uma forma de violência física ou verbal que obriga uma pessoa a agir contra sua vontade ou que a impede de agir, bem como significar o ato de coar.
III - Normatividade social
	A normatividade social é uma questão histórica que até hoje continua. Tudo começou na sociedade primata onde havia carência do direito, não existia nenhuma regra. O homem começa a se interagir, a evoluir, a se organizar nos primeiros clãs, tribos e logo depois em suas primeiras cidadezinhas e com isso muitos problemas começam a surgir. No momento em que o homem começa a interagir uns com os outros e à aglomerar-se em grupos, e onde a individualidade começa a agir e surgem os choques culturais e ideológicos, então passasse a notar que há uma necessidade de regras para poder viver e sobreviver em sociedade ou então, nós nos mataríamos. Nota-se que não é fácil viver com o diferente, nesse momento a professora citou o casamento como um exemplo. 
No início se criou a moral, mas o que é a moral? Moral nada mais é do que a consciência coletiva que foi criada ao longo do tempo e foi percebida pelos erros e acertos que o homem foi enfrentando, criando-se assim uma visão a qual desejava- se que a perpetuação de certas atitudes, comportamentos sociais e certas ações fossem excluídas, a partir daí surge a ideia do certo e do errado. Na idade média, o conceito de errado receberá outra nomenclatura, ou seja, “pecado”. Aos poucos o homem vai se desenvolver em sociedade, através das chamadas condutas certas (dignidade, caráter). Já as condutas erradas, elas partem da ideia de algo ser considerado imoral, e com o passar do tempo recebem o nome de pecado, com base nisso entra a questão do sagrado “o homem inventa Deus” (François Marie Aronet, mais conhecido como Voltarie).
E como ele inventa essa ideia de Deus?
Tudo que ele não conseguia explicar na sua vivência ele colocava isso nas mãos de algo divino, superior, aquilo que ele não podia responder ele atribuía a esse poder maior e até chega a esse patamar de conhecimento que nós temos hoje. Você imagina um ser humano que está acostumado com o sol durante o dia e vem à noite e de repente na metade do dia acaba a luz do sol, o sol morre em sua concepção, o mundo está acabando, e de repente começa a apelar e fazer aqueles rituais e algo reverte àquela situação, depois o sol volta de novo e começa a brilhar. Então vem àquela questão do homem se sedimentando que haveria um poder acima dele que instituía as regras sociais, eles começavam a ver com certos rituais certas ações, essa “força maior” (por que ainda não tinha o nome DEUS) ele percebeu que determinadas práticas eram abençoados, e outras não. Dessa forma o homem através dos séculos vai se sedimentando nessa crença que tem algo além dele que estabelece regras e que ele tem que interagir em sociedade com as regras que eles mesmos compõem, mas observando sempre essa regra que extrapola essa convivência humana, mas que está ligado a um ser superior. Então se cria a moral do que é certo e errado, com o passar do tempo a sacralização desse poder supremo vai ser chamado de Deus. E essa divindade passa a ser representada através de Jesus Cristo, com isso a gente verá que a MORAL é a primeira norma social, e as outras que foram citadas na aula foi a norma religiosa, a educação e a norma jurídica.
Moral
Moral surge com a ideia de certo e errado. Aquilo que a gente quer ampliar como comportamento, difundir e aquilo que a gente quer excluir do comportamento social para que nós possamos viver em grupo organizado. E essa moral vai seguir aquela mesma construção que é feita pelos mitos e história e que tem no fundo uma moral, que direcionava a conduta humana e é passado de geração para geração, para que as pessoas entendessem porque foram utilizados os mitos e as parábolas, e com isso aprender qual a conduta correta a qual deveria ser tomada pelo homem, através dos simbolismos dessas histórias. Esses mitos e parábolas foram sacralizados pelas normas religiosas. 
Normas religiosas/ Normas jurídicas/ Educação
A religião é uma normatividade social. Ela também é um passo depois de uma adequação do individuo em sociedade. A religião é a normatividade social mais forte que tem, mais forte que a jurídica. Na normatividade social a religião tem muito mais força sobre o individuo que a norma jurídica. A norma religiosa traz a sanção eterna, já a jurídica não. A norma jurídica você pode pagar uma fiança ficar pouco tempo preso depois ser solto, já a sanção da norma religiosa é a morte, o inferno, é eterna. Portanto é mais temida do que a jurídica. 
	A religião ensina, mais a moralidade do que o Estado numa educação formal. Ela sim tem o papel muito veemente naeducação na realidade social, por isso, apesar dela não ser fonte do direito, por que nosso direito é “laico” (desassociado com o sagrado, mais bebe muito da fonte dela), ela vai determinar o que é moral ou não. Há questão da norma jurídica que só pode implementar normas que estiver de acordo com a moral vigente. Se uma lei for contra uma moral ela não vai se tornar lei, ou seja, se em tese ela é imoral ela não é lei.
 
 DEBATE DO LIVRO: LUTA PELO DIREITO
2º CAPITULO
A luta pelo direito não é apenas defender objeto em questão mais também os direitos, e a sua honra. Muitas vezes devemos abrir mão da razão para ser feliz, ou vice-versa. Às vezes está tudo a nosso favor a razão, a justiça, mas para ser feliz é melhor abrir mão? O direito é ponderação.
Uma guerra há perdas e ganhos. A ponderação, o bom senso, vale a pena lutar para ter razão?
Depende de cada caso, mas a ponderação, a atitude filosófica deve existir em todas as situações. Exemplo: tudo está ao meu favor a atitude de um ser, a ponderação, o bom senso, lutar por esse direito realmente vai significar a minha vida em termos de ganhos ou vou abrir mão da felicidade em lutar por uma coisa que vai me trazer mais malefícios do que benefícios. Isso acontece muito, na divisão de herança de família, ou seja, discursão por coisas de pequenos valores que abre mão do nome de direito que tem que ser igual, para abrir mão do que é felicidade em nome de simplesmente do direito e da razão, que muitas vezes nos levam a nada.
A razão é um instrumento para garantir a felicidade. É uma luta interior, onde lutamos contra o nosso ego e nossa vaidade. Ao longo do nosso dia estamos em uma luta pelo direito, ao nascermos já travamos uma luta pela sobrevivência, o mundo sem que percebamos nega essa existência daquilo que dizemos que amamos. Felicidade se ela não for racionalizada, ela é simplesmente satisfação sensorial dos prazeres carnais. A razão ela só tem sentindo se ela for um instrumento para a conquista da felicidade. Entre dois extremos, o equilíbrio é que se faz regra. A gente não pode ser extremista em nada da vida, extremismo não colabora, nós temos que buscar um equilíbrio pautado na ponderação, na ética, no amor, no respeito que assim agente tem como interagir na relatividade da vida. 
A existência humana não é simplesmente uma existência física, é uma existência também moral, então a gente não tem que trocar essa luta só por suprimentos da necessidade de sobrevivência não, a gente tem que lutar por suprimentos dessa existência moral, porque em nome da matéria o ser humano passa a vida toda lutando, só que ela não está percebendo que nessa luta mata, mais do que faz viver. Um bom exemplo citado em sala foi: se você recebe amor, você vai transcender amor. Dessa forma, quando a gente consegue transcender a justiça e chega nessa questão espiritual que eu possa ensinar na luta, porque é justo, fazendo o outro entender que está errado, mas também podemos transcender essa perspectiva e ensiná-lo através do amor sem constrangimento. A real luta daquele que está direcionado à pedagogia do amor, é lutar enquanto ele tem todo o direito, mas abrir-se para o outro, ver que o outro pode errar tanto quanto ele, e olhar o erro do outro e assim, se for possível com misericórdia e ver a possibilidade que ele ainda pode ser melhor, e pode melhorar sua perspectiva de vida, essa é a pedagogia do amor.
Participantes do Debate
	
 
 I Andréia
 I Ana Lúcia
 I Andreza
 I Amaro
 I Aprígio 
 II Carla
 I Dayane
 I Daniel
 I Fernando
 I Madalena
 I Nicolas
 I Noé
 II Renata
 II Roberto
 I Sulanita
 I Valdemir

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