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Simulado Liberdade e Autonomia

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SOMOS LIVRES OU DETERMINADOS?
Quando nos referimos ao conceito de liberdade, entramos no campo da Ética, pois podemos fazê-lo a partir de diversas perspectivas. Há os que descrevem da possibilidade de escolha livre e outros para quem uma pessoa livre é aquela que pensa e age por si própria, não é constrangida a fazer o que não deseja nem é escrava ou prisioneira de seu destino.
Destino e Determinismo
Uma das características da consciência mítica é a aceitação do destino. A ideia de destino significa que o homem não pode escolher para onde vai, ou mesmo o que fazer, mesmo que seja contra a sua vontade. Algo fora dele decidirá, e não há nada que ele possa fazer para mudar seu futuro ou alterar seu presente. Esta ideia tem caráter religioso e pode-se dizer que foi introduzida na Filosofia pelos estoicos.
Para os estoicos, havia uma causa necessária para tudo, ou seja, o mundo inteiro segue certas leis, e essas leis obrigam as pessoas a agirem e morrerem sem poderem decidir por si. Esta ideia de causa necessária, posteriormente aplicada à ciência, significa que tudo tem uma causa e um efeito; O destino de tudo já foi decidido pelo seu passado, ou melhor, pela sua causa. 
Entretanto, muitos filósofos não admitem a existência do destino, embora cheguem a concordar que as pessoas fazem escolhas condicionadas, que resultam de determinações, pois haveria vários e pequenos motivos que acabaram por criar o ocorrido.
Liberdade
A conclusão que se pode chegar com isso é que são escolhas que definem nossa liberdade. É o ato de escolher que nos torna responsáveis por tudo o que fazemos, pois, à diferença de todos os outros seres do planeta, é que nós, humanos, podemos impedir que as causas do mundo – sejam elas quais forem, pequenas ou grandes – ditem o nosso destino.
Ora, se não houvesse liberdade, seríamos incapazes de mudar a própria vida e tudo dependeria do que está fora de nós. Mesmo reconhecendo a existência de vários elementos que poderíamos chamar de causas, cabe ao homem entregar-se a elas ou não. 
Para Sartre, a liberdade não se resume ao que podemos escolher. Ela se dá pela invenção de possibilidades. Nós podemos inventar nossas opções. Mas, isso acontece, sobretudo, quando nós inventamos a nós mesmo. Se recordarmos John Locke, ele pressupunha que todos nós nascemos vazios, mas com nossas experiências podemos adquirir o conhecimento e, portanto, tornamo-nos alguma coisa.
A mais profunda liberdade é poder escolher o que somos e não apenas o que fazemos. Nós escolhemos um projeto para nós mesmos, o que Sartre chama de compromisso. Nós nos comprometemos com nossos valores, gostos, sonhos, desejos e projetos. Sobre o que somos e o que seremos, nós decidimos. A razão disto tudo é a liberdade, que nos permite tornarmo-nos um tipo de pessoa, voltar atrás ou mudar para outra direção.
A liberdade exige cada vez mais liberdade. Liberdade de ser o indivíduo que queremos – bons, felizes, tristes, inteligentes, cultos, esportistas, verdadeiros, fingidos, torcedores fanáticos de um time de futebol, mães solteiras... Liberdade de escolha – mesmo com limites, a partir da nossa vida, nós decidimos a criação de outra vida para nós. Podemos sempre repetir: “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.”
Mas ninguém é livre sozinho. Para nós fazermos e refazermos, precisamos dos outros com as mesmas possibilidades. É a liberdade dos outros que garante a nossa liberdade. Imagine se ninguém fosse livre a não ser você; seria como um jogo de futebol em que todos os demais jogadores estivessem presos ao chão. Que gosto teria de ser vitorioso sozinho, sem ter alguém para comemorar ou entristecer-se conosco, partilhando conquistas e derrotas?
Quanto mais livre são os outros, mais livres nós somos. Cada um com sua liberdade pode inventar a si mesmo e, assim, reinventar o mundo, as cidades, os grupos, lembrando, sempre, que a violência entre os homens começa quando alguém não respeita a liberdade do outro. Daí a frase de Sartre “O homem faz-se; não está realizado logo de início, faz-se escolhendo a sua moral”, isto é, o ser humano deve considerar-se acabado, pronto, completo: é preciso construir-se – sempre – a partir do uso da liberdade.
Segundo as concepções tradicionais, o ser humano possui uma essência, uma natureza humana universal. Sartre defende a ideia de que há um projeto predeterminado que nos define a todos mesmo antes de nascermos. Não há segundo ele, uma essência humana comum a todos. Para Sartre, primeiro nascemos e existimos no mundo e depois, nos fazemos. Daí sua célebre frase: “A existência precede a essência”. Em suma, o que difere o homem das demais coisas é que só ele é livre, porque nada mais é do que seu projeto.
Sendo assim, “o homem está condenado a ser livre”, não temos outra saída a não ser escolher, pois mesmo quando decidimos não escolher nada, essa já é uma escolha! Daí uma outra frase de Sartre: “O homem não é livre de não ser livre”.
Podemos ou não deixar nos influenciar pelas outras pessoas, modelos, conselhos, mandamentos religiosos, mas, no limite, as consequências da conduta seguida sempre recaem sobre nós mesmos. Temos que aceitar que somos donos do nosso próprio projeto de vida.
Isso quer dizer que temos que definir a nós mesmos, decidir o tipo de ser humano que queremos nos tornar. Claro que isso não significa que não tenhamos que aceitar nenhuma limitação. Por exemplo: Evidentemente o corpo humano não permite que saiamos voando por aí ao saltar de um telhado. Contudo, dentro das escolhas realistas, não podemos evitar a responsabilidade pelas decisões que tomamos. O filósofo nos lembra que a liberdade vem necessariamente acompanhada da responsabilidade.
Porque somos livres temos que assumir todas as consequências de nossas ações. Mais do que isso: quando escolhemos fazer ou não fazer algo, escolhemos pressupondo que esta opção é melhor. Ou seja, nossa escolha aponta para o fato de preferirmos (por ser melhor, de algum modo) fazer tal coisa e não outra.
Desse modo, nossas decisões pelo tipo de pessoa que queremos ser trazem implicitamente, um modelo do que consideramos adequado. Este modelo tem um impacto sobre as outras pessoas, nossas decisões autorizam toda a humanidade a optar pela mesma coisa que nós.
Autonomia
Autonomia é a capacidade ética do indivíduo criar suas próprias normas. Em todos os lugares, existem sempre muitas normas, disciplinando quase tudo. Algumas são escritas; outras nem sequer são faladas. Em geral, essas normas foram feitas a partir da organização dos espaços, segundo a vontade de que conduziu essa organização.
A escola, por exemplo, está cheia de regras e você pode aproveitar esse ambiente para discutir o tema. São normas que vão do uso do boné ao uso do banheiro; normas sobre a preservação do silêncio quando o (a) professor (a) está falando; normas que proíbem a “cola” na prova, além de muitas outras. Em casa, também, há muitas normas, tais como as que, disciplinam o uso da TV e do som, as que exigem respeito à limpeza da casa, as que orientam a distribuição de tarefas e responsabilidade domésticas. Até entre amigos deve haver normas que possam preservar o respeito mútuo e a amizade, ou que recomendem tratar com distribuição as atitudes e os familiares deles, por exemplo.
Bem antes de nascermos, já somos submetidos a normas, inclusive criadas longe de nossa cidade ou nosso país. Por exemplo, você aprendeu nas aulas de História que o Estado brasileiro, de constituição tripartite, inspira-se num modelo criado na Europa há muitos anos. É importante perceber que, embora nem sempre as regras ajudem todas as pessoas, são necessárias para o convívio social e a valorização da vida e da dignidade.
As normas são criadas pela influência dos costumes das sociedades ou por quem detém autoridade. Nem sempre, porém, essas leis são capazes de nos orientar em nossas escolhas. É como se ficassem a um passo atrás da nossa vida e não conseguissem resolver todos os problemas que temos, individual e coletivamente. Às vezes, até mesmoa obediência a uma lei ou uma vida, como acontece nos EUA, onde a pena de morte – vigente em muitos Estados – autoriza a execução de criminosos, o que pode levar a erros irremediáveis, como aconteceu, por exemplo, em 1989, quando Carlos de Luna foi executado, não existindo até hoje qualquer prova científica que possa ligá-lo ao crime, acreditando-se em sua inocência. Mas, o que fazer se não é possível corrigir o erro?
Cada norma visa a defender um interesse. Existem normas que procuram proteger a vida humana, enquanto outras visam a defender o lucro inescrupuloso, como acontece, por exemplo, como o tráfico de drogas, cujas regras – não escritas – ofendem a dignidade das pessoas, sem qualquer respeito por suas vidas e pela sociedade, em geral, muitas vezes comprando a segurança de marginais à custa de pequenos favores à comunidade.
As regras dentro de nós
Além disso, há regras dentro de nós mesmos, criadas pelas nossas necessidades e pelos nossos desejos. Temos necessidade de comer, beber, dormir, fazer amor, se divertir, passear, conhecer coisas novas... Os desejos, e geral, partem das nossas necessidades, mas podem extrapolá-las, criando necessidades que ne sempre são boas. Por exemplo, temos necessidades de ter um calçado que não faça mal à saúde dos pés e das costas, mas há quem mate ou quem gaste todo o dinheiro do mês por um tênis de marca. Tudo isso extrapola a necessidade da vida, tornando-se uma necessidade somente do desejo pode produzir normas de conduta pouco inteligentes ou até cruéis.
Quando obedecemos apenas a leis ou a normas que procedem dos desejos ou da necessidade, vivemos na heteronomia (hetero= de fora; nomia= norma), quando as normas são produzidas em lugares diferentes da nossa razão, e é justamente a razão que tem a capacidade de produzir normas que nos permitem viver nossa liberdade.
Quando a razão procura normas para o bem das pessoas fora do lugar das decisões individuais, chamamos a isso de Política, ou seja, normas que devem ser boas para todos. Quando a razão procura normas boas para as decisões pessoais, chamamos a isso Ética.
Mas, e o conhecimento? Qual sua capacidade de ajudar na criação de normas, dentro e fora de nós? Para começar a perceber essas relações, é importante entendermos a necessidade de desenvolver nossa inteligência, pois só assim podemos atingir o “eu penso”, ou seja, nós mesmos. Entretanto, o “eu penso” é limitado, porque a razão é ilimitada. Ela não atende todas as coisas que experimentamos, independentemente de termos de tomar decisões sobre elas. Além disso, se temos de desejos que nos fazem sofrer e paixões que nem sempre sabemos controlar, onde a razão vai encontrar a solução? 
A autonomia
Relembrando a biografia de Emanuel Kant, podemos dizer que ele sabia que a razão pura, dotada só de ideias e categorias, é limitada. Por isso, existe a razão prática, que procede da experiência e cria normas para nós mesmos, a qual é capaz de criar regras para as situações da vida que envolva sentimentos, desejos e as outras pessoas.
Quando a razão cria normas, pensando a partir de nós mesmos, em nossas necessidades, desejos e todos seus limites, chamamos a isso de autonomia, que é a capacidade de criarmos e obedecermos às regras que inventamos para nós mesmos (auto=norma).
Mas, como criar normas para nós mesmos que seja justa? A resposta pode ser simplificada da seguinte forma: precisamos encontrar os imperativos, que nada mais são do que normas sem conteúdo, que servem para o indivíduo e para todo mundo. A regra é simples: “O que é justo para mim deve ser justo para todos.” Existem dois tipos de imperativos, a saber, os imperativos hipotéticos, que organizam nossa vontade para conseguir objetivos, e os imperativos categóricos, que produzem o bem por meio da ideia de dever.
Após esta exposição, os alunos serão questionados com as seguintes questões:
Afinal, o que é o imperativo categórico?
O imperativo categórico é uma lei ética que não tem conteúdo, mas apenas forma. Ela afirma que nosso agir deve ser pautado por uma lei que possa servir a todos os homens.
Exemplos:
Ex. 1) Qual o objetivo? Passar no Vestibular. 
Para você e todas as pessoas como seria possível alcançar esse objetivo?
R= Devemos estudar muito.
Imperativo hipotético: “Para passar no vestibular, devemos estudar muito.”
Ex. 2) Qual o objetivo? Ter um carro.
Para você e todas as pessoas como seria possível alcançar esse objetivo?
R= Devemos trabalhar e economizar.
Imperativo hipotético: “Para ter um carro, devemos trabalhar e economizar”.
Observação:
Seria possível ouvir, por exemplo, que, para conseguir ter um carro, bastar roubar, ou pedir para os pais ou um parente rico. No entanto, nem todas as pessoas podem pedir para o pai, e é crime roubar. Entretanto, todos podem trabalhar e economizar, independentemente de sua condição social. Por exemplo, um pobre não pode ganhar um carro dos pais, mas pode trabalhar para ter um, do mesmo modo que um rico, embora possa ganhar um carro dos pais, também pode trabalhar e economizar para comprá-lo.
No quadro seguinte, o que era a condição hipotética, torna-se objetivo.
Você pode continuar o exercício quantas vezes julgar necessário
“Age com base em uma máxima que também possa ter validade como uma lei universal.”
 Kant, Immanuel. Metafísica dos costumes. Tradução: Edson Bini. Bauru: Edipro, 2003
Este conceito pode ser apresentado em linguagem mais simples, “age com uma norma que também possa valer para todos”, ou ainda, “o que você não deve obedecer, os outros também deve”, “o que você não deve obedecer, os outros também não devem”.
Exemplos:
“Toda vez que eu sentir raiva, darei um soco na pessoa que me irrita.”
Considere para o raciocínio que esta lei deve ser praticada por todos:
 “Todas as vezes que as pessoas sentirem raiva darão um soco na pessoa que as irrita.”
Considere outro ponto de vista, a partir do raciocínio:
“Todas as vezes que eu irritar uma pessoa, ela deve me dar um soco.”
“Todas as vezes que minha mãe irritar alguém, ela deve levar um soco.”
“Todas as vezes que a pessoa que eu amo irritar uma pessoa, ele deve levar um soco.”
Contudo, considerando que eu não quero ser socado quando irritar alguém, não devo criar uma regra que só possa valer para as outras pessoas, as de que gostamos e as de que não gostamos. Por isso, podemos refazer a fórmula inicial, como, por exemplo:
“Todas as vezes que eu sentir raiva, não devo socar quem me irrita.”
Assim, o raciocínio pode continuar a ser invertido:
“Todas as vezes que as pessoas sentirem raiva, não devem socar a quem as irrita.”
“Todas as vezes que minha mãe irritar uma pessoa, não deve levar um soco.”
“Todas as vezes que a pessoa que eu amo irritar uma pessoa, não deve levar um soco.”
Assim funciona o imperativo categórico, como forma que serve para guiar nossa vontade. O bem surge na medida em que nós legislamos sobre nossa conduta, em relação à conduta de todas as pessoas.
Com base no texto, responda o simulado abaixo.
Nome: _______________________________________________________________________________
Série: _____ Turma: _____ Turno: _____________ Professor: Wermerson Disciplina: Filosofia
Questões
1ª) A frase abaixo que melhor define o existencialismo de Sartre em sua célebre frase “ A existência precede a essência” é:
a) O homem primeiramente se define, depois existe.
b) O homem existe e se define concomitamente na caminhada.
c) Para existir o homem tem de descobrir sua essência.
d) O homem primeiramente existe, depois se define.
2ª) (ENEM) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são ascausas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. 
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
a) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
c) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
d) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
e) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.
3ª) Jean-Paul Sartre enfatizando sobre a liberdade nos remete a uma máxima sartreana segundo a qual:
a) A liberdade, no âmbito da existência, não possui limites.
b) A liberdade é obra do acaso.
c) O homem está condenado a ser livre.
d) A liberdade e a condição econômica são aspectos diretamente ligados.
4ª) (ENEM) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais. 
5ª) (ENEM) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente. 
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) estabelecimento de limites aos atos públicos e às instituições do governo.
e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
6. (ENEM) “Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta” Imperativo categórico. (Immanuel Kant, filósofo alemão do século XVIII).
Esta frase de Kant traduz os princípios fundamentais da ética kantiana e significa que:
a) devemos agir sempre pensando em nós mesmos, sem nos importar com os outros.
b) devemos sempre agir pensando nos outros, sem nos importar com nós mesmos.
c) nossa ação deve sempre estar fundamentada em nossos desejos, exclusivamente.
d) nossa ação deve ser racionalmente decidida, de forma que possa valer para todos e não apenas para nós mesmos.
e) nossa ação deve ser decidida instintivamente, de forma tal que valha tanto para nós mesmos como também para todos os outros.
7. “Determinismo é o termo científico empregado, a partir do século XIX, para referir-se às relações causais necessárias que regem a realidade conhecida e controlada pela ciência e, no caso da ética, para referir-se ao ser humano como objeto das ciências naturais (química e biologia) e das ciências humanas ( sociologia e psicologia)...”
Marilena Chauí, Convite à Filosofia, Rio de Janeiro: Ática, 2005, p. 332).
A partir deste entendimento, o determinismo concebe a liberdade:
a) contínua, a liberdade é inata ao homem.
b) possível de ser vivida, já que se origina das vontades elaboradas pelo próprio homem.
c) uma necessidade, haja vista a independência do indivíduo em relação à cultura. 
d) ilusória, pois são leis e causas da natureza que induzem seus pensamentos e sentimentos.
e) momentânea, pois se dá de acordo com cada momento histórico.
8. Em O existencialismo é um humanismo, Sartre cita Dostoievski: "Se Deus não existe, tudo é permitido". A interpretação de Sartre sobre essa sentença está indicada de modo mais adequado em: 
a) Defender que “tudo é permitido” significa que o homem não deve assumir o que faz, pois todos os homens são essencialmente determinados por forças sociais.
b) Para Sartre, a expressão “tudo é permitido” significa que o homem livre nunca deve considerar os outros e pode fazer tudo o que quiser, sem assumir qualquer responsabilidade.
c) Nesse texto, Sartre quer mostrar que sua teoria da liberdade pressupõe que o homem é sempre responsável pelas escolhas que faz e que nenhuma desculpa deve ser usada para justificar qualquer ato.
d) O homem não é responsável por tudo o que faz, sim o destino.
e) Para o existencialismo, a liberdade significa a total recusa da responsabilidade.
9. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”. 
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado). 
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)
a) condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto 
b) legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio
c) busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.
d) caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens.
e) impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.
10. (Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
a) assegura que aação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.
b) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
d) materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.
e) permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.
11. "O homem está condenado a ser livre." (Jean-Paul Sartre) 
Assinale a alternativa que expressa a idéia dessa frase de Sartre. 
a) As ações humanas seguem um padrão de rigorosa necessidade. 
b) A liberdade humana é uma crença produzida pela imaginação. 
c) O homem é totalmente livre, e não pode deixar de sê-lo, porque não possui qualquer essência que o predetermine. 
d) O homem é livre em alguns de seus atos e determinado em outros. 
e) A natureza humana comporta um destino ao qual o homem não pode furtar-se.
12. (UFU/2008) Leia o texto a seguir. “A doutrina que lhes estou apresentando é justamente o contrário do quietismo, visto que ela afirma: a realidade não existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda, acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida”. 
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13. Filosofia 109
 Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa CORRETA. 
1. A frase “a realidade não existe a não ser na ação” significa que é o homem aquele que cria toda a realidade possível e imaginável, que o homem é o ser que cria o mundo todo a partir de sua existência.
1. O existencialismo sartreano é uma espécie muito particular de quietismo, porque afirma que o homem é livre a partir do momento em que deixa a decisão sobre a própria existência nas mãos dos outros. 
1. Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é do que a sua vida”, ele está dizendo que todos são iguais na indeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferente ser responsável ou não pelas ações praticadas.
1. O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo, porque defende que a vida humana é feita a partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do homem é um projeto que se realiza em plena liberdade. 
13. “Quando te custa levantar de manhã, tem presente este pensamento: desperto para um trabalho de homem. Enfada-me ainda sair para o mister para o qual fui posto no mundo? Ou fui constituído para me aquecer deitado sob as cobertas?” Para os estoicos, é imperativo que cada homem assuma: 
a) a postura de buscar o prazer moderado, respeitando os deuses e a natureza. 
b) suas responsabilidades e deveres, agindo assim de acordo com a natureza e o destino. 
c) a impossibilidade de se alcançar um critério forte que permita uma distinção entre as filosofias, de modo que a felicidade deriva da epoché (a suspensão do juízo). 
d) a inutilidade das convenções sociais. 
e) a postura altiva da busca pelo conhecimento das primeiras causas.
14. (UEA) Por outras palavras, escolhemos o conselheiro e ainda comprometermo-nos a nós próprios. A prova está em que, se sois cristãos, direis: consulte um padre. Mas, há padres colaboracionistas, padres oportunistas, padres resistentes. Qual escolher? E se [alguém] escolhe um padre resistente, ou padre colaboracionista, já decidiu sobre o gênero de conselho que vai receber. (Jean-Paul Sartre. O existencialismo é um humanismo, 1973.)
Jean-Paul Sartre procura responder à possível objeção a um argumento essencial da filosofia existencialista, segundo o qual 
a) a ação humana deve ser orientada pelo conhecimento racional.
b) A vida humana é historicamente determinada por fatores materiais.
c) O homem é livre à medida que reconhece seus interesses sociais.
d) O homem confere livremente sentido a sua própria vida.
e) A angústia do indivíduo solitário pode ser atenuada pelas crenças religiosas.
15. Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu entendimento sem a direção de outro indivíduo! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.
(KANT, I. Resposta à pergunta: que é ‘Esclarecimento’ (‘Aufklärung’). Trad. Floriano de Souza Fernandes, 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p.100-117.)
Tendo em vista a compreensão kantiana do Esclarecimento (Aufklärung) para a constituição de uma compreensão tipicamente moderna do humano, assinale a alternativa correta. 
a) Fazer uso do próprio entendimento implica a destruição da tradição, na medida em que o poder da tradição impede a liberdade do pensamento. 
b) A superação da condição de menoridade resulta do uso privado da razão, em que o indivíduo faz uso restrito do próprio entendimento. 
c) A saída da menoridade instaura uma situação duradoura, pois as verdadeiras conquistas do Esclarecimento se afiguram como irreversíveis. 
d) A menoridade é uma tendência decorrente da natureza humana, sendo, por esse motivo, superada no Esclarecimento, com muito esforço. 
e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a liberdade, concebida como a possibilidade de se fazer uso público da razão.

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