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<p>' 10.37885/231014881</p><p>09</p><p>RESÍDUOS DE ANTIBIÓTICOS EM LEITE</p><p>BOVINO</p><p>Suelange Oliveira Cruz</p><p>Universidade Federal de Sergipe (UFS)</p><p>Lucas Soares Silva</p><p>Universidade Federal de Sergipe (UFS)</p><p>Maricleide Menezes de Lima</p><p>Universidade Federal de Sergipe (UFS)</p><p>Armando de Amorim Oliveira</p><p>Universidade Federal de Sergipe (UFS)</p><p>Jaciara Morais de Souza</p><p>Universidade Federal de Sergipe (UFS)</p><p>Norma Suely Evangelista Barreto</p><p>Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)</p><p>https://dx.doi.org/10.37885/231014881</p><p>153</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>RESUMO</p><p>Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre a presença</p><p>de resíduos de antibióticos em leite bovino e seus efeitos para o consumidor e</p><p>para a indústria beneficiadora, bem como os principais métodos de detecção</p><p>utilizados. Para desenvolvimento do trabalho foi realizado uma busca eletrônica</p><p>de artigos na língua portuguesa, publicados entre os anos de 2017 a 2022 nas</p><p>bases de dados Scielo, Portal de Periódicos da Capes e Google Acadêmico. O leite</p><p>é um alimento de alto valor nutritivo, porém diversos fatores podem alterar a</p><p>sua qualidade, como a presença de resíduos de antibióticos. Para o consumi-</p><p>dor os problemas estão relacionados à saúde humana, pois pode apresentar</p><p>desequilíbrio da microbiota intestinal, hipersensibilidades, choque anafilático e</p><p>resistência bacteriana. Para a indústria gera prejuízos com o descarte de leite</p><p>contaminado e inibição de bactérias fermentadoras. A presença de resíduos de</p><p>antibióticos no leite está diretamente relacionada com o tratamento de doenças</p><p>nos animais, como é o caso da mastite, onde os principais grupos de antibióticos</p><p>utilizados nos tratamentos são os betalactâmicos e as tetraciclinas. Para iden-</p><p>tificar a presença dos resíduos são utilizados métodos de cromatografia liquida</p><p>e gasosa e kits de testes rápidos, baseando-se no limite máximo de resíduo</p><p>que exige a legislação. Esta revisão evidencia a importância do entendimento</p><p>sobre a presença de resíduos de antibióticos em leite, suas causas e métodos</p><p>de detecção, para garantir a produção e comercialização segura e de qualidade,</p><p>tanto do leite quanto dos seus derivados, para o consumidor.</p><p>Palavras-chave: Antimicrobianos, Qualidade do Leite, Resistência Bacteriana.</p><p>154</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A produção de leite no Brasil está distribuída por todo o território nacional</p><p>e a heterogeneidade do processo produtivo é marcante. Essa atividade exerce</p><p>enorme importância econômica e social por gerar diversos empregos e renda,</p><p>possuindo grande relevância inclusive para as pequenas propriedades rurais,</p><p>que em sua maioria são familiares, tanto pelo número de famílias envolvidas</p><p>quanto pelo volume de leite produzido (CARVALHO e OLIVEIRA, 2006).</p><p>A indústria láctea é caracterizada como uma atividade socioeconômica</p><p>de grande importância no Brasil, isso ocorre por conta do elevado índice de con-</p><p>sumo não apenas do leite, mas também de seus derivados, o que o torna alvo de</p><p>vários programas de monitoramento de qualidade (PESCA et al., 2020). A cada</p><p>dia o mercado se torna mais exigente e busca não somente produzir grandes</p><p>quantidades, mas também qualidade em seus produtos, o que torna indispen-</p><p>sável o fornecimento de alimentos que sejam seguros (SILVA et al., 2019).</p><p>Apesar da grande importância do leite, o mesmo pode ser contaminado</p><p>com resíduos de medicamentos veterinários, praguicidas e outros contaminantes</p><p>químicos que comprometem a sua qualidade e podem oferecer risco à saúde</p><p>humana (FAO, 2009). A exposição aos antimicrobianos, pode levar ao desenvol-</p><p>vimento de resistência a micro-organismos, o que dificulta a ação terapêutica</p><p>destes medicamentos em pessoas que consumiram alimentos oriundos de</p><p>animais que receberam tratamento (PESCA et al., 2020).</p><p>A presença de antibióticos no leite também interfere diretamente na</p><p>fabricação de produtos, como, por exemplo, manteigas e cremes que podem</p><p>apresentar odores desagradáveis, e a inibição parcial de bactérias ácido láticas</p><p>que são utilizadas no processo de fermentação (STROHER et al., 2022).</p><p>Os antimicrobianos são substâncias químicas usadas para combater</p><p>micro-organismos (STROHER et al., 2020). A presença de antimicrobianos no</p><p>leite é considerado um resíduo químico e detectado com bastante frequência,</p><p>não apenas no Brasil, mas também no exterior (TALMA et al., 2019). Um agra-</p><p>vante disso, é que o leite mesmo após passar por tratamentos térmicos, como</p><p>a pasteurização, fervura ou a esterilização, os resíduos de antibióticos não são</p><p>eliminados (FERREIRA et al., 2012).</p><p>155</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>Diante disso, essa revisão teve como objetivo descrever aspectos sobre</p><p>a presença de resíduos de antibióticos em leite bovino e seus efeitos para o</p><p>consumidor e para a indústria beneficiadora, bem como os métodos de detecção</p><p>desses resíduos químicos no leite.</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>Este trabalho trata-se de uma revisão narrativa que consultou estudos</p><p>na literatura brasileira sobre o tema “Resíduos de antibióticos em leite bovino”.</p><p>Assim, foi realizado uma busca eletrônica de artigos na língua portuguesa,</p><p>publicados entre os anos de 2017 a 2022, nas bases de dados Scielo, Portal de</p><p>Periódicos da Capes e Google Acadêmico. Para a busca dos trabalhos foram</p><p>utilizados os seguintes descritores em português: antibióticos, leite, resíduos,</p><p>qualidade de leite e legislação.</p><p>Foram encontrados 7.330 materiais relacionados a pesquisa e foram</p><p>selecionados 30 artigos para compor essa revisão. A seleção dos artigos foi</p><p>realizada de acordo com as etapas preestabelecidas pelos revisores, sendo</p><p>elas: 1) apenas artigos escritos em português, 2) artigos que foram publicados</p><p>nos últimos 5 anos, 3) leitura de títulos e resumos dos artigos e 4) leitura dos</p><p>artigos completos. A verificação dos artigos para compor a revisão foi realizada</p><p>por dois pesquisadores entre fevereiro e abril de 2023.</p><p>Aspectos gerais do leite</p><p>Conforme o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos</p><p>de Origem Animal (RIISPOA) entende-se por leite sem outra especificação, o</p><p>produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene,</p><p>de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas (BRASIL, 2017).</p><p>De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,</p><p>o Brasil em 2021 produziu um total de 35,3 bilhões de litros de leite, ocupando</p><p>a terceira posição no ranking mundial de produção leiteira. Dentre os estados</p><p>produtores, Minas Gerais se destaca, respondendo por 27,2% do volume nacio-</p><p>nal, o equivalente a 9,6 bilhões de litros (IBGE, 2022).</p><p>156</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>Quanto ao mercado internacional apesar do Brasil estar entre os maio-</p><p>res produtores de leite do mundo, nunca conseguiu se firmar como um dos</p><p>principais exportadores, resultando em maior número de importações e menor</p><p>em exportações. Os principais produtos lácteos importados no Brasil em 2021</p><p>foram o leite em pó/condensado (75.797,84 t), queijos (31.963,86 t), soro e outros</p><p>(20.206,21 t), manteiga (5.999,92 t), leitinho/iogurte (2.546,13 t), doce de leite</p><p>(1.089,94 t), leite modificado (91,95 t) e leite UHT e creme (42,06 t). Em relação</p><p>aos produtos exportados tem-se o leite em pó/condensado (15.334,54 t), leite</p><p>UHT e creme (11.630,51 t), queijos (4.606,17 t), leite modificado (2.972,36 t), soro</p><p>e outros (2.177,99 t), doce de leite (768,50 t), leitinho/iogurte (759,59 t) e man-</p><p>teiga (580,95 t). Neste cenário o Brasil conseguiu atingir superávit apenas para</p><p>o leite UHT e para o leite modificado, ficando com déficit em todos os outros</p><p>produtos (LEITE et al., 2022).</p><p>O leite é um alimento de alto valor nutritivo e um dos mais completos</p><p>nutricionalmente por ser fonte de proteínas, lipídios, carboidratos, sais minerais</p><p>e vitaminas, além de fazer parte de uma das atividades mais importantes para</p><p>o país, contribuindo socioeconomicamente com a geração de emprego</p><p>e renda</p><p>(MULLER; REMPEL, 2021). Porém, uma série de fatores, como, por exemplo, idade</p><p>do animal, raça, alimentação, saúde da glândula mamária, estágio de lactação e</p><p>ambiência podem alterar a composição química do leite (MESSIAS et al., 2021).</p><p>Nesse contexto, outro fator que pode alterar a composição do leite é a</p><p>presença de resíduos químicos provenientes, principalmente, de antibióticos que</p><p>são utilizados para o tratamento dos animais (LOBATO e DE LOS SANTOS, 2019).</p><p>Legislação e controle de resíduos de antibióticos no leite</p><p>No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)</p><p>e o Ministério da Saúde por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária</p><p>(ANVISA), estabelecem diretrizes para o controle de resíduos de antibióticos</p><p>em alimentos de origem animal. O Limite Máximo de Resíduo (LMR) é um limite</p><p>de segurança, que após uma série de análises por órgãos competentes como a</p><p>Food and Agriculture Organization (FAO), pode estar presente no alimento sem</p><p>que venha a causar prejuízo a integridade orgânica de seres humanos e animais.</p><p>Além disso, o LMR é o parâmetro principal para validar testes de detecção</p><p>157</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>de resíduos de drogas em alimentos (STRÖHER et al., 2020). Neste âmbito, a</p><p>ANVISA, por meio da Instrução Normativa nº 162 de 2022 estabelece a ingestão</p><p>diária aceitável (IDA), a dose de referência aguda (DRfA) e os limites máximos</p><p>de resíduos (LMR) para insumos farmacêuticos ativos (IFA) de medicamentos</p><p>veterinários em alimentos de origem animal (BRASIL, 2022).</p><p>O Brasil conta ainda com o Plano Nacional de Controle de Resíduos</p><p>em Produtos de Origem Animal (PNCR/Animal) criado pelo MAPA em 1999 e</p><p>instituído pela Instrução Normativa Nº 42 de 1999, como ferramenta de geren-</p><p>ciamento de risco, que tem por objetivo promover a segurança química dos</p><p>alimentos de origem animal produzidos no país. Assim, são elaborados planos</p><p>anuais de amostragens e testes, onde os testes incluem ampla gama de drogas</p><p>veterinárias autorizadas, para verificar o atendimento dos limites máximos de</p><p>resíduos químicos (Tabela 1) em produtos animais aplicáveis no país e estabe-</p><p>lecidos pela ANVISA (BRASIL, 1999).</p><p>Tabela 1. Limites máximos de resíduos (LMR) para as principais substâncias dos principais grupos</p><p>de antibióticos, validado para leite.</p><p>Grupo de antibióticos Substância LMR (mcg/L)</p><p>Betalactâmicos e penicilinas</p><p>Penicilina G 4</p><p>Ampicilina 4</p><p>Amoxicilina 4</p><p>Cloxacilina 30</p><p>Dicloxacilina 30</p><p>Nafcilina 30</p><p>Betalactâmicos e cefalosporinas</p><p>Cefacetrila 125</p><p>Cefalônio 20</p><p>Cefalexina 100</p><p>Cefazolina 50</p><p>Cefoperazona 50</p><p>Cefquinoma 20</p><p>Ceftiofur 100</p><p>Cefapirina 60</p><p>Tetraciclinas</p><p>Clortetraciclina 100</p><p>Oxitetraciclina 100</p><p>Tretraciclinas 100</p><p>Fonte: ANVISA (2022).</p><p>158</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>O MAPA também estabeleceu por meio das Instruções Normativas Nº 76</p><p>e 77, em vigor desde 2018, o controle de resíduos de antibióticos no leite. No Art.</p><p>6º da IN de No 76, é estabelecido que o leite cru refrigerado não deve apresentar</p><p>substâncias estranhas à sua composição e que o leite cru refrigerado não deve</p><p>apresentar resíduos de produtos de uso veterinário e contaminantes acima dos</p><p>limites máximos previstos em normas complementares (BRASIL, 2018a).</p><p>A IN de No 77, em seu Art. 5 estabelece que é proibido ao produtor rural</p><p>enviar para estabelecimentos industriais o leite de fêmeas que estejam sendo</p><p>submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário durante o período</p><p>de carência recomendado pelo fabricante. Já no Art. 33, trata da detecção de</p><p>resíduos de produtos de uso veterinário pela indústria beneficiadora, onde</p><p>devem ser realizadas análises no leite do conjunto dos tanques ou dos latões</p><p>de cada veículo transportador. Ainda no mesmo artigo, é determinado que para</p><p>cada recebimento do leite, deve-se realizar análises de no mínimo dois grupos</p><p>de antibióticos, e que as análises de todos os grupos devem ser realizadas em</p><p>uma frequência estabelecida pelo próprio estabelecimento. O leite que não</p><p>apresentar conformidade deve sofrer destinação pelo estabelecimento conforme</p><p>normas complementares (BRASIL, 2018b).</p><p>Causas de resíduos de antibióticos no leite</p><p>A presença de resíduos de antibióticos tem sido detectada no leite com</p><p>maior frequência em diferentes países (LOBATO e DE LOS SANTOS, 2019). Uma</p><p>das principais causas da presença desses resíduos no leite se deve a mastite,</p><p>uma vez que os medicamentos são a principal forma de tratamento da doença,</p><p>além de outras doenças como diarreia e babesia (CARVALHO et al., 2020). Além</p><p>disso, os antibióticos também são utilizados como promotores de crescimento</p><p>para melhorar o desempenho dos animais (GUIMARÃES et al., 2019).</p><p>Atualmente, o uso de medicamentos na produção animal é visto pelos</p><p>produtores como indispensável, porém o uso de forma indiscriminada dos</p><p>antibióticos e sem respeitar os períodos de carência provocam grande impacto,</p><p>devido os resíduos deixados no leite (MESSIAS et al., 2021). Esses medicamen-</p><p>tos são utilizados para diversas finalidades como: terapêutico (tratamento de</p><p>infecções), profilaxia (prevenção), uso metafilático (para tentar impedir que</p><p>159</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>os animais adoeçam quando acontece contato com determinados agentes e</p><p>animais doentes) e como promotores de crescimento (modulando a microbiota</p><p>intestinal para aumentar o desempenho) (ZANELA et al., 2022). Essas substân-</p><p>cias deixadas no organismo do animal são secretadas pelo leite durante seu</p><p>período de carência (SOUZA et al., 2017).</p><p>Impacto do resíduo de antibióticos no leite</p><p>A presença de resíduo de antibióticos no leite traz prejuízos diversos</p><p>tanto para o consumidor, quanto para a indústria beneficiadora (GUIMARÃES</p><p>et al., 2019). Para a indústria, um deles é o descarte do leite devido a presença</p><p>de resíduos, que a apesar de ser menor ao volume captado, em valor monetá-</p><p>rio, gera prejuízos econômicos significantes (BASTOS et al., 2020). Além disso,</p><p>outro problema para a indústria ocorre na fabricação de produtos fermentados,</p><p>pois os resíduos de antibióticos podem inibir as bactérias ácido lácticas que</p><p>fazem o processo de fermentação (MESSIAS et al., 2021), e mesmo que o leite</p><p>com resíduo seja submetido a algum tratamento térmico não se consegue a</p><p>sua inativação (RIBEIRO, 2021).</p><p>Para o consumidor os problemas são ainda maiores, pois estão relacio-</p><p>nados diretamente à saúde humana. Um desses problemas está relacionado ao</p><p>risco microbiológico, pois a exposição aos resíduos contribui para o desenvol-</p><p>vimento de cepas bacterianas resistentes, além de desequilibrar a microbiota</p><p>intestinal e causar hipersensibilidades, enquanto em indivíduos alérgicos possa</p><p>ocorrer choques anafiláticos (SOUZA et al., 2017).</p><p>Outro problema para o consumidor diz respeito ao comprometimento com</p><p>tratamentos médicos futuros, pois a exposição frequente a baixas doses desse</p><p>tipo de resíduo pode gerar efeitos graves a longo prazo, como a resistência bac-</p><p>teriana frente a tratamentos com antimicrobianos (SILVA et al., 2022). Em virtude</p><p>disso, e por conta desses perigos químicos e microbiológicos, que cada vez mais</p><p>o consumidor apresenta rigorosidade e demonstra preocupação quando se</p><p>trata da segurança e qualidade dos alimentos (MEDEIROS et al., 2020; PESCA</p><p>et al., 2020). Por isso, seguir medidas que coíbam a presença de resíduos de</p><p>antimicrobianos no leite garante ao consumidor um alimento de qualidade e</p><p>sem riscos, e evita diversos prejuízos à indústria (MESSIAS et al., 2021).</p><p>160</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>Principais antibióticos encontrados no leite</p><p>As principais classes de antimicrobianos utilizados para o tratamento de</p><p>doenças em vacas leiterias são os betalactâmicos, aminoglicosídeos, lincosamidas,</p><p>macrolídeos, polimixinas, quinolonas, sulfas e tetraciclinas (ZANELA et al., 2022).</p><p>Dentre os diversos trabalhos de pesquisa relatando a presença de resíduos</p><p>de antibióticos</p><p>em diferentes regiões do país podemos citar o estudo Stroher</p><p>et al. (2020) ao avaliarem 135 amostras de leite cru refrigerado de pequenas</p><p>propriedades do Vale do Taquari-RS e encontrarem uma amostra positiva para</p><p>os betalactâmicos. Em 2022, o mesmo grupo de Stroher et al. (2022) relataram a</p><p>presença de antibióticos da classe fluoroquinolona após análise de 651 amostras</p><p>de leite cru refrigerado em produtores rurais da região Norte do Rio Grande do Sul.</p><p>Em Minas Gerais, estado de maior produção leiteira no país Caldeira e</p><p>Sola (2020), avaliando 56 amostras de leite cru, pasteurizado e UHT comer-</p><p>cializados no município de Unaí-MG, relataram a presença de resíduos de</p><p>betalactâmicos em uma amostra de leite cru. Em relação ao leite captado por</p><p>indústrias, Bastos et al. (2020) avaliando o volume de leite descartado por uma</p><p>indústria do Sul de Minas Gerais entre os anos de 2015 e 2018, obtiveram como</p><p>resultado um volume médio de descarte de 40.025,15 litros de leite contaminado</p><p>com antibióticos betalactâmicos e 4.772,00 litros de leite contaminados com</p><p>antibióticos tetraciclinas.</p><p>Na região Norte, no estado de Rondônia-RO a presença de tetraciclinas foi</p><p>detectada em uma amostra de leite no estudo de Dian et al. (2020), ao avaliarem</p><p>120 amostras de leite de produtores de cinco municípios do estado. Resultado</p><p>semelhante também foi observado em Rondônia, no município de Rolim de</p><p>Moura no trabalho de Silva et al. (2022) ao relatarem que de 99 amostras de</p><p>leite, sendo 93 de leite cru e 6 de leite UHT, 14 amostras se encontravam com</p><p>resultados positivos em amostras de leite cru e 3 em leite UHT ao usarem um</p><p>teste de detecção para 11 classes de antimicrobianos.</p><p>Na região Nordeste no estado do Rio Grande do Norte, Souza et al. (2017)</p><p>analisaram 112 amostra de leite cru em seis municípios do estado e detectaram</p><p>a presença de resíduos de betalactâmicos e tetraciclinas em três dos municí-</p><p>pios estudados. Carvalho et al. (2020) avaliando amostras de leite cru de seis</p><p>161</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>tanques de refrigeração em um município de Sergipe encontraram uma amostra</p><p>positiva para betalactâmicos.</p><p>Na Bahia, a detecção de resíduos de antibióticos foi relatada no trabalho</p><p>de Alves et al. (2023) ao avaliarem 18 amostras de diferentes produtores no</p><p>município de Vitória da Conquista – BA e verificarem duas amostras positivas</p><p>para betalactâmicos e tetraciclinas.</p><p>No estado do Ceará o não cumprimento do período de carência dos ani-</p><p>mais pelos produtores foi observado no trabalho de Guimarães et al. (2019) ao</p><p>avaliarem 90 amostras de leite cru, pasteurizado e UHT em dois municípios do</p><p>estado. Os autores relataram uma alta positividade (57 amostras) nos diferentes</p><p>tipos de leite para betalactâmicos e outros grupos.</p><p>Leite et al. (2019), avaliando as causas de não recebimento de leite cru</p><p>em uma indústria localizada na região Agreste de Pernambuco durante 8</p><p>meses do ano de 2016, registraram 122 casos de não recebimento de leite pela</p><p>indústria, desses, 32 (26,2%) não foram recebidos por estarem com presença</p><p>de resíduos de antibióticos.</p><p>Detecção de resíduos de antibióticos no leite</p><p>Para detectar a presença de resíduos de antibióticos no leite, tem sido</p><p>utilizado métodos confiáveis e precisos, tanto quantitativos como a cromatografia</p><p>líquida de alta eficiência (HPLC) e cromatografia a gás acoplada a espectro-</p><p>metria de massa (GC-MS), quanto qualitativos como os kits de testes rápidos</p><p>para detecção desses resíduos (LUIZ et al., 2020). A HPLC é uma técnica que</p><p>representa diversos avanços na área da cromatografia e quando combinada a</p><p>diferentes sistemas de detecção trata-se de uma das técnicas analíticas mais</p><p>utilizadas e de melhor desempenho, podendo ser acoplada ao espectrômetro de</p><p>massa (HPLC-MS) e à espectroscopia infravermelha (HPLC-IR) (TOLENTINO</p><p>JÚNIOR et al., 2021).</p><p>Os testes rápidos feitos por meio de kits identificam classes específicas</p><p>de antibióticos. A detecção é realizada por técnicas microbiológicas (inibição do</p><p>crescimento microbiano, receptor microbiano), técnicas imunoquímicas (intera-</p><p>ções antígeno-anticorpo) e técnicas físico-químicas (ultravioleta/detectores foto-</p><p>métricos visíveis, espectroscopia de fluorescência, eletroquímicos, polarimétricos</p><p>162</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>e espectrometria de massa) (SILVA et al., 2019). Alguns testes rápidos utiliza-</p><p>dos para detecção dos resíduos de antibióticos em leite são o TwinsensorBT,</p><p>ECLIPSE 50®, Charm® Cowside II Test, BTS®, SNAP® Beta-Lactam ST PLUS e</p><p>BetaStar® S Combo (SOUZA et al., 2017; BASTOS et al., 2020; MEDEIROS et al.,</p><p>2020; PESCA et al., 2020; SILVA et al., 2022; ULISESS et al., 2022;).</p><p>O TwinsensorBT é um teste imunoenzimático que detecta os grupos</p><p>beta-lactâmicos e tetraciclinas de forma rápida e simultânea. Ele possui um</p><p>formato de tiras onde se houver a presença de resíduo do antibiótico no leite,</p><p>a positividade é lida pelo aparecimento da coloração nas linhas (ULISESS et al.,</p><p>2022; JESUS et al., 2020).</p><p>O teste Cowside II Test utiliza o método colorimétrico, que se baseia na</p><p>inibição do crescimento bacteriano. No teste há poços contendo ágar e bactérias</p><p>que em contato com o leite permite o crescimento microbiano com alteração</p><p>da cor do meio (amarelo) devido a produção. Com a presença de resíduos de</p><p>antibióticos o crescimento microbiano é inibido permanecendo a cor original</p><p>do meio que é roxo ou purpura, devido o indicador de pH purpura de bromo-</p><p>cresol. O teste detecta as seguintes classes de antibióticos: beta-lactâmicos,</p><p>sulfonamidas, tetraciclinas, macrolídeos e aminoglicosídeos (SILVA et al., 2022).</p><p>O teste BTS se baseia na reação antígeno-anticorpo e imunocromatografia</p><p>sendo possível medir os níveis de beta-lactâmicos, tetraciclinas e sulfonamidas.</p><p>Ele é utilizado para avaliar a presença de antibiótico em leite bovino quanto de</p><p>outras espécies, tanto cru quanto beneficiado (PESCA et al., 2020).</p><p>O teste SNAP® Beta-Lactam ST PLUS é um teste enzimático onde há</p><p>uma matriz com suporte sólido absorvente localizado em uma unidade plástica</p><p>moldada que captura o antibiótico por uma proteína ligante. A presença de</p><p>antibióticos na amostra resulta no desenvolvimento de um spot colorido, que</p><p>pode ser comparado ao spot controle, este, por sua vez, oriundo de uma concen-</p><p>tração conhecida do antibiótico a ser detectado (MEDEIROS et al., 2020). Já o</p><p>teste BetaStar® S Combo é um teste que detecta resíduos de antibióticos das</p><p>classes dos beta-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e tetraciclinas de</p><p>forma rápida. É um teste validado pelo MAPA e muito utilizado na rotina das</p><p>indústrias de laticínios, como um teste de triagem (BASTOS et al., 2020).</p><p>163</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Essa revisão evidencia a importância do entendimento sobre a presença</p><p>de resíduos de antibióticos em leite bovino, bem como suas principais causas e</p><p>os métodos de detecção. Com isso, percebe-se a relevância do monitoramento</p><p>contínuo do teor de resíduos de antimicrobianos dentro das concentrações per-</p><p>mitidas de modo a garantir a produção e comercialização segura e de qualidade,</p><p>tanto do leite, quanto de seus derivados, para o consumidor.</p><p>O elevado número de relato de trabalhos com detecção de resíduos de</p><p>antibióticos no leite demonstra que os produtores não estão cumprindo com</p><p>o período de carência após o tratamento, principalmente no estado do Ceará.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVES, C. C. et al. Qualidade físico-química e microbiológica de leite cru refrigerado na Região</p><p>Sudoeste da Bahia. SaBios: Rev. Saúde e Biol., v.18, e023004, p. 1-8, 2023. DOI: https://doi.org/10.54372/</p><p>sb.2023.v18.3254</p><p>BASTOS, E. C. et al. Descarte de leite devido à presença de resíduos de antibióticos no Sul de Minas</p><p>Gerais. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, p. e72791110347, 2 dez. 2020. DOI: http://dx.doi.</p><p>org/10.33448/rsd-v9i11.10347</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,</p><p>PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa nº 42,</p><p>de 20 de dezembro de 1999. Altera o Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem</p><p>Animal - PNCR e os Programas de Controle de Resíduos em Carne - PCRC, Mel – PCRM, Leite –</p><p>PCRL e Pescado – PCRP. Diário Oficial da União, publicado em 22/12/1999, seção 1, página 253, 1999.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Decreto nº 9.013, de</p><p>29 de março de 2017. Dispõe sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de</p><p>origem animal. Diário Oficial da União, publicado em 30/03/2017, edição 62, seção 1, página 3, 2017.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa nº</p><p>76, de 26 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, publicado em 30/11/2018, edição 230, seção</p><p>1, p. 9, 2018a.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa nº</p><p>77, de 26 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, publicado em 30/11/2018, edição 230, seção</p><p>1, p. 10, 2018b.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Instrução</p><p>Normativa nº 162, de 01 de julho de 2022. Diário Oficial da União, publicado em 06/07/2022, edição</p><p>126, seção 1, p 238, 2022.</p><p>https://doi.org/10.54372/sb.2023.v18.3254</p><p>https://doi.org/10.54372/sb.2023.v18.3254</p><p>http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10347</p><p>http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10347</p><p>164</p><p>Zootecnia: tópicos atuais em pesquisa</p><p>CALDEIRA, B. R. M.; SOLA, M. C. Detecção de resíduos de antibióticos em leite cru, pasteurizado e</p><p>Ultra High Temperature (UHT) comercializados no município de Unaí, Minas Gerais. Research, Society</p><p>and Development, v. 9, n. 11, e95091110688, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10688</p><p>CARVALHO, G. R.; OLIVEIRA, A. F. O setor lácteo em perspectiva. Empresa Brasileira de Pesquisa</p><p>Agropecuária, Circular Técnica, v. 11, Campinas-SP, 2006. INSS 1414-4182</p><p>CARVALHO, R. N. G. DE et al. Detecção de resíduos de antibióticos em leite cru em fazendas de Aquidabã</p><p>– Sergipe. Pubvet, v. 14, n. 5, p. 1–7, maio 2020. DOI: https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n5a578.1-7</p><p>DIAN, P. H. M. Análise de antimicrobianos e análise físico-química do leite na região central do</p><p>estado de Rondônia. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 98091-98104, dez, 2020.</p><p>DOI:10.34117/bjdv6n12-342</p><p>FERREIRA, R. G. et al. Panorama da ocorrência de resíduos de medicamentos veterinários em leite</p><p>no Brasil. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, v. 19, n. 2, p. 30-49, 2012.</p><p>FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. The State of food and</p><p>agriculture. Roma, 2009.</p><p>GUIMARÃES, A. B. M. et al. Pesquisa de resíduos de antibióticos em leite in natura, pasteurizado e</p><p>UHT. Pubsaúde, v. 2, p. 1–14, 2019. DOI: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude2.a012</p><p>IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária Municipal 2021, IBGE, 2022.</p><p>JESUS, E. L. et al. Características físico-químicas do leite cru refrigerado sob inspeção federal. Research,</p><p>Society and Development, v. 9, n. 3, p. 1-16, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2302</p><p>LARYSSA, F. R. Fatores determinantes para a qualidade do leite e derivados. 1. ed. Monte Carmelo-</p><p>MG: Fucamp, 2021. v. 1.</p><p>LEITE, A. E. L. M. et al. Causas de não recebimento do leite cru refrigerado em usina de beneficiamento</p><p>do Agreste Meridional de Pernambuco. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 74, n. 2,</p><p>p. 86-95, abr/jun, 2019. DOI: 10.14295/2238-6416.v74i2.719</p><p>LEITE, J. L. B. et al. Déficit na balança comercial de lácteos. Empresa Brasileira de Pesquisas</p><p>Agropecuárias, Anuário Leite 2022, p. 70-73, 2022.</p><p>LOBATO, C. L. D. S.; DE LOS SANTOS, J. R. G. Resíduos de antibióticos no leite: causas e impactos para</p><p>a indústria e saúde pública. Science and Animal Health, v. 7, n. 3, p. 232–250, 2019. ISSN: 2318-356X</p><p>LUIZ, L. C.; BELL, M. J. V.; ANJOS, V. C. FT-NIR associado a método quimiométrico para discriminar</p><p>resíduos de antimicrobianos e antiparasitários no leite. Demetra, v. 15, n. 47945, p. 1-13, 2020. DOI:</p><p>10.12957/demetra.2020.47945</p><p>MEDEIROS, F. L. et al. Detecção de agentes antimicrobianos em leite UHT. Research, Society and</p><p>Development, v. 9, n. 8, p. 1-10. 19 jul. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6064</p><p>MESSIAS, C. T. et al. Ocorrência de resíduos de antibióticos e antiparasitários no leite para consumo</p><p>– Revisão de Literatura. Em: Gestão do Trabalho, Educação e Saúde: Desafios Agudos e Crônicos -</p><p>Volume 2. [s.l.] Editora Científica Digital, p. 334–350, 2021. DOI: https://dx.doi.org/10.37885/210303481</p><p>MULLER, T.; REMPEL, C. Qualidade do leite bovino produzido no Brasil – parâmetros físico-químicos</p><p>e microbiológicos: uma revisão integrativa. Vigilância Sanitária em Debate, v. 9, n. 3, p. 122–129, 1 jul.</p><p>2021. DOI: https://doi.org/10.7440/res64.2018.03</p><p>http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10688</p><p>https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n5a578.1-7</p><p>http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2302</p><p>http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6064</p><p>https://dx.doi.org/10.37885/210303481</p><p>https://doi.org/10.7440/res64.2018.03</p><p>165</p><p>ISBN 978-65-5360-514-5 - Vol. 4 - Ano 2023 - www.editoracientifica.com.br</p><p>PESCA, W. O. et al. Teste rápido para detectar resíduos de antibióticos no leite UHT: estudo realizado no</p><p>município de Ji-Paraná, Rondônia, Brasil. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 56809–56820,</p><p>2020. DOI:10.34117/bjdv6n8-188</p><p>SILVA, D. B. C. et al. Resíduos de protocolos terapêuticos empregados na Medicina Veterinária.</p><p>Investigação, v. 18, n. 6, p. 45-52, 2019. ISSN 2177-4080</p><p>SILVA, J. DE O. L. et al. Detecção de resíduos de antibióticos de leite UHT e leite in natura comercializado</p><p>de forma informal em feiras e em mercados no município de Rolim de Moura – RO. Research, Society</p><p>and Development, v. 11, n. 2, p. 1-11, 6 fev. 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i2.21804</p><p>SOUZA, L. B. DE et al. Resíduos de antimicrobianos em leite bovino cru no estado do Rio Grande</p><p>do Norte. Ciência Animal Brasileira, v. 18, p. 1-6, 27 nov. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1809-</p><p>6891v18e-23050</p><p>STRÖHER, A. J. et al. Detecção de antimicrobianos em leite cru refrigerado de propriedades do Vale</p><p>do Taquari-RS. V COINTER PDVAgro 2020. Anais... V Congresso Internacional das Ciências Agrárias,</p><p>2 fev. 2020. DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.VCOINTERPDVAgro.0412</p><p>STROHER, J. A. et al. Detecção de resíduos de antibióticos no leite cru refrigerado de produtores do</p><p>norte do Rio Grande do Sul. Revista Eletrônica Científica da UERGS, v. 8, n. 03, p. 247-257. 2022. DOI:</p><p>http://dx.doi.org/10.21674/2448-0479.83.247-257</p><p>TALMA, S. V. et al. Contagem de células somáticas e pesquisa de resíduos de antibióticos em leite</p><p>cru refrigerado. Anais Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), v. 1, n. 1, p. 575-579, 2019.</p><p>TOLENTINO JÚNIOR, D. S. et al. Revisão sobre cromatografia líquida acoplada à espectrometria de</p><p>massas aplicada à análise toxicológica de alimentos. Research, Society and Development, v. 10, n. 5,</p><p>p. 1-14, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15419</p><p>ULISESS, A. F. et al. 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