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ENG025 UFBA SEGURANÇA Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C1 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS ESTRUTURAIS ENG025 UFBA MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA • Antes da renascença os construtores baseavam-se no empirismo, A segurança das construções • Método Clássico • Método Determinístico • Método das Tensões Admissíveis – Estudos científicos realizados sobre comportamento de elementos estruturais, – Revolução Industrial, surgimento de novos materiais, Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C2 construções era, dessa forma, assumida em função das experiências anteriores. – Revolução Industrial, surgimento de novos materiais, – Introdução de métodos científicos de verificação da segurança das estruturas. – A partir do século 18 até meados do século 20. – Carregamentos de projeto eram deterministicamente admitidos os máximos valores para uma utilização normal da estrutura. – Verificação da segurança é efetuada pela limitação das máximas tensões obtidas nos cálculos. – Adotados coeficientes de segurança (fs) minorar os valores das resistências, determinadas em ensaios para cada tipo de esforço solicitante dos diversos materiais. ENG025 UFBA Método Semi-Probabilístico dos Estados Limites • Verificação da segurança, – Quanto às características dos materiais (métodos mais precisos de ensaios), têm considerado conceitos. – As variáveis estruturais são consideradas grandezas aleatórias. – Teorias de probabilidade e técnicas estatísticas para a determinação de coeficientes de variação, que indicam a dispersão dos dados que caracterizam Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C3 as ações e as resistências dos materiais. • As solicitações correspondentes às cargas majoradas pelos coeficientes são comparadas com a capacidade resistente da estrutura (estados limites). • As grandezas empregadas nos cálculos (ações e resistências) são aleatórias e apresentam imprecisões, estando associadas a um grau de probabilidade de virem a ser superadas. ENG025 UFBA MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES • ELU – ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS (SEGURANÇA) – Perda de equilíbrio (hipoestática), ressonânica. – Ruptura ou deformação plástica mecânica do elemento estrutural Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C4 • ELS – ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO (DESEMPENHO) – Deslocamento excessivo (ELS), que tornem a estrutural imprestável ou inadequada para seu uso por deslocamentos, vibrações, danos locais (abertura de fissuras) – Considera o desempenho estético. ENG025 UFBA MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES • MAJORAR os esforços teóricos (característicos ou nominais ) Sk, multiplicando por um fator de ponderação que torne pequena a probabilidade de que ele seja superado durante a vida útil da estrutura. Esses esforços teóricos Sk, são os esforços normais ( Nk ), esforço cortante (Vk) e o momento fletor (Mk). Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C5 fletor (Mk). • MINORAR a resistência teórica (característica ou nominal ) Rk de cada componente estrutural, dividindo por um fator de minoração que torne pequena a probabilidade de que ela seja menor do que o valor calculado. Essa resistência teórica é a resistência ao escoamento fy ou resistência a ruptura fu, dada para cada tipo de aço. ENG025 UFBA MÉTODOS DOS ESTADOS LIMITES • A majoração das cargas e a minoração da capacidade resistente dos materiais estão baseados nas incertezas de projeto estrutural que são: – ações (pode ocorrer uma carga maior que a especificada) Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C6 – características mecânicas dos materiais (valor da resistência utilizada pode ser menor valor especificado) – modelo estrutural adotado para determinação do comportamento (esforços solicitantes, deslocamentos etc) devido à ações. – imperfeições na execução – existência de algum modo de falha desconhecido – erros humanos ENG025 UFBA Segurança para materiais Resistências • características fk,inf = fk • valor característico inferior, 5% de probabilidade de ser ultrapassado Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C7 ultrapassado • cálculo fd = fk / γm • reduzindo a probabilidade de ser inferior ENG025 UFBA Segurança para materiais Resistências • γm = γm1 . γm2 . γm3 – γγγγm1: considera a variabilidade da resistência dos materiais envolvidos – γγγγm2: considera a diferença entre a resistência do material no corpo de prova e na estrutura Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C8 no corpo de prova e na estrutura – γγγγm3: considera os desvios gerados na construção e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das resistências Material/Norma Estados limites Últimos (ELU) Serviço (ELS) Aço γs = 1,15 fyd = fyk / 1,15 γs = 1 Concreto γc = 1,4 fcd = fck / 1,4 γc = 1 ENG025 UFBA Segurança para ações • Valor característico da Ação (F) – superior, 5% de probabilidade de ser ultrapassado. • Os modelos da mecânica das Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C9 • Fk,sup = Fk • Sk = f(Fk) (modelo) • Sd = γf . Sk • Os modelos da mecânica das estruturas relacionam ação e solicitação • Valor cálculo Solicitante (S) – Reduzindo a probabilidade de ser ultrapassado. ENG025 UFBA Esforços solicitantes e Combinações das Ações • Combinações Últimas (ELU): –Normais – Especiais / Construção – Excepcionais Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C10 – Excepcionais • Combinações de Serviço(ELS): –Quase-permanentes – Frequentes –Raras ENG025 UFBA Símbolos Ações (F) Permanentes Variáveis Excepcionais (g) (q) (e) Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C11 (g) (q) (e) Diretas Fg Fq Fe Indiretas Fε Fε ENG025 UFBA Coeficientes de Ponderação das ações • γf = γf1 x γf2 x γf3 onde: –γγγγf1 : considera a variabilidade das ações – γγγγf2 : considera a simultaneidade de atuação das ações Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C12 f2 das ações • (γγγγf2 = ψ0, ψ1 ou ψ2) –γγγγf3 : considera os desvios gerados nas construções e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das solicitações ENG025 UFBA Combinações últimas normais ∑ ∑ = = Ψ+γ+γ= m 1i n 2j k,Qjj0k,1Qqk,Gigid FFFF Efeitos Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C13 Ações Efeitos Desfavoráveis Favoráveis Permanentes Grande variabilidade γg = 1,4 γg = 0,9 Pequena variabilidade γg = 1,3 γg = 1,0 Variáveis γq = 1,4 γε = 1,0 ENG025 UFBA Combinações últimas normais ∑ ∑ = = Ψ+γ+γ= m 1i n 2j k,Qjj0k,1Qqk,Gigid FFFF Ações em geral Variações uniforme de temperatura em relação á média anual local ψ Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C14 Variações uniforme de temperatura em relação á média anual local ψ0 = 0,6 Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral ψ0 = 0,4 Pressão dinâmica do vento nas estruturas em que a ação variável principal tem pequena variabilidade durante grandes intervalos de tempo (exemplo: edifícios de habitação) ψ0 = 0,6 Cargas acidentais dos edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas ψ0 = 0,4 Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas ψ0 = 0,7 Bibliotecas, arquivos, oficinas, e garagens ψ0 = 0,8 ENG025 UFBA Combinações últimas normais S = 1,4S + 1,4S Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C15 Sd = 1,4Sgk + 1,4Sqk ENG025 UFBA Combinações últimas especiais ou de construção ∑ ∑ = = Ψ+γ+γ= m 1i n 2j k,Qjef,j0k,1Qqk,Gigid FFFF Ações Efeitos Desfavoráveis Favoráveis Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C16 • Em geral, o fator ψ0j,ef é igual ao fator ψ0j adotado nas combinações normais Ações Desfavoráveis Favoráveis Permanentes Grande variabilidade γg = 1,3 γg = 0,9 Pequena variabilidade γg = 1,2 γg = 1,0 Variáveis γq = 1,2 γε = 1,0 ENG025 UFBA Combinações últimas excepcionais ∑ ∑ = = Ψγ++γ= m 1i n 1j k,Qjef,j0qexc,Qk,Gigid FFFF Ações EfeitosDesfavoráveis Favoráveis Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C17 • Em geral, o fator ψ0j,ef é igual ao fator ψ0j adotado nas combinações normais Desfavoráveis Favoráveis Permanentes Grande variabilidade γg = 1,2 γg = 0,9 Pequena variabilidade γg = 1,1 γg = 1,0 Variáveis γq = 1,0 γε = 0,0 ENG025 UFBA Coeficientes de ajustamento • γn = γn1 γn2 – γn1 ≤ 1,2 em função da ductilidade de uma eventual ruína – γn2 ≤ 1,2 em função da gravidade das consequências de Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C18 – γn2 ≤ 1,2 em função da gravidade das consequências de uma eventual ruína • Outros fatores a considerar – Comportamento com não linearidade geométrica – Ações com distribuição truncada ENG025 UFBA Combinações de utilização das ações Combinações de ações Ponderação Quase permanentes ∑ ∑ = = Ψ+= m 1i n 1j k,Qjj2k,Giuti,d FFF Frequentes ∑ ∑Ψ+Ψ+= m n k,Qjj2k,1Q1k,Giuti,d FFFF Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C19 ∑ ∑ = = Ψ+Ψ+= 1i 2j k,Qjj2k,1Q1k,Giuti,d FFFF Raras ∑ ∑ = = Ψ++= m 1i n 2j k,Qjj1k,1Qk,Giuti,d FFFF ENG025 UFBA Combinações de utilização das ações ações em geral ψ1 ψ2 variações uniforme de temperatura em relação á média anual local 0,5 0,3 pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,2 0,0 pressão dinâmica do vento nas estruturas em que a ação variável principal tem pequena variabilidade durante grandes intervalos de tempo (exemplo: edifícios de 0,2 0,0 Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C20 grandes intervalos de tempo (exemplo: edifícios de habitação) 0,2 0,0 cargas acidentais dos edifícios ψ1 ψ2 locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas 0,3 0,2 locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas 0,6 0,4 bibliotecas, arquivos, oficinas, e garagens 0,7 0,6 V e r p a d r ã o ENG025 UFBA Método probabilístico • Determinação estatística da probabilidade de ruína da construção, considerando-se a aleatoriedade das ações e dos efeitos estruturais correspondentes, tendo em vista os estados limites; Prof. Ricardo Fernandes Carvalho, C21 tendo em vista os estados limites; • Determinação estatística das margens de segurança, tendo em vista o comportamento das estruturas, ao serem atingidos os estados limites.
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