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<p>ENEM</p><p>História da Arte</p><p>Música Brasileira</p><p>IT0279 - (Enem)</p><p>A cidade</p><p>E a situação sempre mais ou menos,</p><p>Sempre uns com mais e outros com menos.</p><p>A cidade não para, a cidade só cresce</p><p>O de cima sobe e o de baixo desce.</p><p>CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos. Rio</p><p>de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento).</p><p>A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma</p><p>questão presente nos centros urbanos brasileiros que se</p><p>refere ao(à)</p><p>a) déficit de transporte público.</p><p>b) estagnação do setor terciário.</p><p>c) controle das taxas de natalidade.</p><p>d) elevação dos índices de criminalidade.</p><p>e) desigualdade da distribuição de renda.</p><p>IT0244 - (Enem)</p><p>Epitáfio</p><p>Devia ter amado mais</p><p>Ter chorado mais</p><p>Ter visto o sol nascer</p><p>Devia ter arriscado mais</p><p>E até errado mais</p><p>Ter feito o que eu queria fazer</p><p>Queria ter aceitado</p><p>As pessoas como elas são</p><p>Cada um sabe a alegria</p><p>E a dor que traz no coração</p><p>[...]</p><p>Devia ter complicado menos</p><p>Trabalhado menos</p><p>Ter visto o sol se pôr</p><p>Devia ter me importado menos</p><p>Com problemas pequenos</p><p>Ter morrido de amor</p><p>BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da úl�ma</p><p>semana.</p><p>Rio de Janeiro: Abril Music, 2001 (fragmento).</p><p>O gênero epitáfio, palavra que significa uma inscrição</p><p>colocada sobre lápides, tem a função social de</p><p>homenagear os mortos. Nesse texto, a apropriação desse</p><p>gênero no �tulo da letra da canção cria o efeito de</p><p>a) destacar a importância de uma pessoa falecida.</p><p>b) expressar desejo de reversão de a�tudes.</p><p>c) registrar as caracterís�cas pessoais.</p><p>d) homenagear as pessoas sepultadas.</p><p>e) sugerir notações para lápides.</p><p>IT0287 - (Enem)</p><p>O meu pai era paulista</p><p>Meu avô, pernambucano</p><p>O meu bisavô, mineiro</p><p>Meu tataravô, baiano</p><p>Vou na estrada há muitos anos</p><p>Sou um ar�sta brasileiro</p><p>CHICO BUARQUE. Paratodos. 1993. Disponível em:</p><p>www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 29 jun. 2015</p><p>(fragmento).</p><p>A caracterís�ca familiar descrita deriva do seguinte</p><p>aspecto demográfico:</p><p>a) Migração interna.</p><p>b) População rela�va.</p><p>c) Expecta�va de vida.</p><p>d) Taxa de mortalidade.</p><p>e) Índice de fecundidade.</p><p>IT0214 - (Enem)</p><p>1@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Caminhando contra o vento,</p><p>Sem lenço e sem documento</p><p>No sol de quase dezembro</p><p>Eu vou</p><p>O sol se reparte em crimes</p><p>Espaçonaves, guerrilhas</p><p>Em cardinales bonitas</p><p>Eu vou</p><p>Em caras de presidentes</p><p>Em grandes beijos de amor</p><p>Em dentes, pernas, bandeiras</p><p>Bombas e Brigi�e Bardot</p><p>O sol nas bancas de revista</p><p>Me enche de alegria e preguiça</p><p>Quem lê tanta no�cia</p><p>Eu vou</p><p>VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso. São</p><p>Paulo: Phillips, 1967 (fragmento).</p><p>É comum coexis�rem sequências �pológicas em um</p><p>mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os �pos</p><p>textuais que se destacam na organização temá�ca são</p><p>a) descri�vo e argumenta�vo, pois o enunciador detalha</p><p>cada lugar por onde passa, argumentando contra a</p><p>violência urbana.</p><p>b) disserta�vo e argumenta�vo, pois o enunciador</p><p>apresenta seu ponto de vista sobre as no�cias</p><p>rela�vas à cidade.</p><p>c) exposi�vo e injun�vo, pois o enunciador fala de seus</p><p>estados �sicos e psicológicos e interage com a mulher</p><p>amada.</p><p>d) narra�vo e descri�vo, pois o enunciador conta sobre</p><p>suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo tempo</p><p>que a descreve.</p><p>e) narra�vo e injun�vo, pois o enunciador ensina o</p><p>interlocutor como andar pelas ruas da cidade</p><p>contando sobre sua própria experiência.</p><p>IT0233 - (Enem)</p><p>Pequeno concerto que virou canção</p><p>Não, não há por que men�r ou esconder</p><p>A dor que foi maior do que é capaz meu coração</p><p>Não, nem há por que seguir cantando só para explicar</p><p>Não vai nunca entender de amor quem nunca soube</p><p>amar</p><p>Ah, eu vou voltar pra mim</p><p>Seguir sozinho assim</p><p>Até me consumir ou consumir toda essa dor</p><p>Até sen�r de novo o coração capaz de amor</p><p>VANDRE, G. Disponível em:</p><p>h�p://www.letras.terra.com.br. Acesso em 29 jun. 2011.</p><p>Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da</p><p>função poé�ca da linguagem, que é percebida na</p><p>elaboração ar�s�ca e cria�va da mensagem, por meio de</p><p>combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto,</p><p>entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da</p><p>função emo�va ou expressiva, por meio da qual o</p><p>emissor</p><p>a) imprime à canção as marcas de sua a�tude pessoal,</p><p>seus sen�mentos.</p><p>b) transmite informações obje�vas sobre o tema de que</p><p>trata a canção.</p><p>c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um</p><p>certo comportamento.</p><p>d) procura explicar a própria linguagem que u�liza para</p><p>construir a canção.</p><p>e) obje�va verificar ou fortalecer a eficiência da</p><p>mensagem veiculada.</p><p>IT0228 - (Enem)</p><p>Óia eu aqui de novo xaxando</p><p>Óia eu aqui de novo para xaxar</p><p>Vou mostrar pr'esses cabras</p><p>Que eu ainda dou no couro</p><p>Isso é um desaforo</p><p>Que eu não posso levar</p><p>Que eu aqui de novo cantando</p><p>Que eu aqui de novo xaxando</p><p>Óia eu aqui de novo mostrando</p><p>Como se deve xaxar</p><p>Vem cá morena linda</p><p>Ves�da de chita</p><p>Você é a mais bonita</p><p>Desse meu lugar</p><p>Vai, chama Maria, chama Luzia</p><p>Vai, chama Zabé, chama Raque</p><p>Diz que eu tou aqui com alegria</p><p>BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em:</p><p>www.Iuizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013</p><p>(fragmento).</p><p>A letra da canção de Antônio de Barros manifesta</p><p>aspectos do repertório linguís�co e cultural do Brasil. O</p><p>verso que singulariza uma forma caracterís�ca do falar</p><p>popular regional é:</p><p>2@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) “Isso é um desaforo”.</p><p>b) “Diz que eu tou aqui com alegria”.</p><p>c) “Vou mostrar pr'esses cabras”.</p><p>d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”.</p><p>e) “Vem cá morena linda, ves�da de chita”.</p><p>IT0286 - (Enem)</p><p>O progresso</p><p>Eu queria não ver todo o verde da terra morrendo</p><p>E das águas dos rios os peixes desaparecendo</p><p>Eu queria gritar que esse tal de ouro negro</p><p>Não passa de um negro veneno</p><p>E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos.</p><p>ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Roberto Carlos. Rio</p><p>de Janeiro: CBS, 1976 (fragmento).</p><p>O trecho da letra da canção avalia o uso de combus�veis</p><p>fósseis com base em sua potencial contribuição para</p><p>aumentar o(a)</p><p>a) base da pirâmide etária.</p><p>b) alcance da fronteira de recursos.</p><p>c) degradação da qualidade de vida.</p><p>d) sustentabilidade da matriz energé�ca.</p><p>e) exploração do trabalho humano.</p><p>IT0253 - (Enem)</p><p>Agora eu era herói</p><p>E o meu cavalo só falava inglês.</p><p>A noiva do cowboy</p><p>Era você, além das outras três.</p><p>Eu enfrentava os batalhões,</p><p>Os alemães e seus canhões.</p><p>Guardava o meu bodoque</p><p>E ensaiava o rock para as ma�nês.</p><p>CHICO DUARQUE. João e Maria, 1977 (fragmento).</p><p>Nos terceiro e oitavo versos da letra da canção, constata-</p><p>se que o emprego das palavras cowboy e rock expressa a</p><p>influência de outra realidade cultural na língua</p><p>portuguesa. Essas palavras cons�tuem evidências de</p><p>a) regionalismo, ao expressar a realidade sociocultural de</p><p>habitantes de uma determinada região.</p><p>b) neologismo, que se caracteriza pelo</p><p>aportuguesamento de uma palavra oriunda de outra</p><p>língua.</p><p>c) jargão profissional, ao evocar a linguagem de uma área</p><p>específica do conhecimento humano.</p><p>d) arcaísmo, ao representar termos usados em outros</p><p>períodos da história da língua.</p><p>e) estrangeirismo, que significa a inserção de termos de</p><p>outras comunidades linguís�cas no português.</p><p>IT0255 - (Enem)</p><p>Piraí, Piraí, Piraí</p><p>Piraí bandalargou-se um pouquinho</p><p>Piraí infoviabilizou</p><p>Os ares do município inteirinho</p><p>Com certeza a medida provocou</p><p>Um certo vento de redemoinho</p><p>Diabo de menino agora quer</p><p>Um ipod e um computador novinho</p><p>Certo é que o sertão quer virar mar</p><p>Certo é que o sertão quer navegar</p><p>No micro do menino interne�nho</p><p>GIL, G. Banda larga cordel. Geleia Geral. 2008.</p><p>Disponível em: h�p://www.gilbertogil.com.br. Acesso</p><p>em: 24 abr. 2010 (fragmento).</p><p>No texto, encontram-se as expressões "bandalargou-se",</p><p>"infoviabilizou" e "interne�nho", que indicam a influência</p><p>da tecnologia digital na língua. Em relação à</p><p>dinamicidade da língua no processo de comunicação,</p><p>essas expressões representam</p><p>a) a expansão vocabular influenciada pelo uso co�diano</p><p>de ferramentas da cultura digital.</p><p>b) o desconhecimento das regras de formação de</p><p>palavras na língua.</p><p>IT0262 - (Enem)</p><p>O rap cons�tui-se em uma expressão ar�s�ca por meio</p><p>da qual os MCs relatam poe�camente a condição social</p><p>em que vivem e retratam suas experiências co�dianas.</p><p>SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J. Hip hop: da rua para</p><p>a escola. Porto Alegre: Sulina, 2008.</p><p>O “relato poé�co” é uma caracterís�ca fundamental</p><p>desse gênero musical, em que o</p><p>23@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) MC canta de forma melodiosa as letras, que retratam a</p><p>complexa realidade em que se encontra.</p><p>b) rap se limita a usar sons eletrônicos nas músicas, que</p><p>seriam responsáveis por retratar a realidade da</p><p>periferia.</p><p>c) rap se caracteriza pela proximidade das notas na</p><p>melodia, em que a letra é mais recitada do que</p><p>cantada, como em uma poesia.</p><p>d) MC canta enquanto outros músicos o acompanham</p><p>com instrumentos, tais como o contrabaixo elétrico e</p><p>o teclado.</p><p>e) MC canta poemas amplamente conhecidos,</p><p>fundamentando sua atuação na memorização de suas</p><p>letras.</p><p>IT0252 - (Enem)</p><p>Sambinha</p><p>Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.</p><p>Afobadas braços dados depressinha</p><p>Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da</p><p>rua.</p><p>As costureirinhas vão explorando perigos...</p><p>Ves�do é de seda.</p><p>Roupa-branca é de morim.</p><p>Falando conversas fiadas</p><p>As duas costureirinhas passam por mim.</p><p>—Você vai?</p><p>—Não vou não?</p><p>Parece que a rua parou pra escutá-las.</p><p>Nem trilhos sapecas</p><p>Jogam mais bondes um pro outro.</p><p>E o Sol da tardinha de abril</p><p>Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens.</p><p>As nuvens são vermelhas.</p><p>A tardinha cor-de-rosa.</p><p>Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas...</p><p>Fizeram-me peito batendo</p><p>Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!</p><p>Isto é...</p><p>Uma era ítalo-brasileira.</p><p>Outra era áfrico-brasileira.</p><p>Uma era branca.</p><p>Outra era preta.</p><p>ANDRADE, M. Os melhores poemas. São Paulo: Global,</p><p>1988.</p><p>Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira</p><p>fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poé�co,</p><p>como parte de seu projeto de configuração de uma</p><p>iden�dade linguís�ca e nacional. No poema de Mário de</p><p>Andrade, esse projeto revela-se, pois</p><p>a) o poema capta uma cena do co�diano — o caminhar</p><p>de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas o</p><p>andamento dos versos é truncado, o que faz com que</p><p>o evento perca a naturalidade.</p><p>b) a sensibilidade do eu poé�co parece captar o</p><p>movimento dançante das costureirinhas —</p><p>depressinha — que, em úl�ma instância, representam</p><p>um Brasil de “todas as cores”.</p><p>c) o excesso de liberdade usado pelo poeta ao</p><p>desrespeitar regras grama�cais, como as de</p><p>pontuação, prejudica a compreensão do poema.</p><p>d) a sensibilidade do ar�sta não escapa do viés machista</p><p>que marcava a sociedade do início do século XX,</p><p>machismo expresso em “que até dão vontade pros</p><p>homens da rua”.</p><p>e) o eu poé�co usa de ironia ao dizer da emoção de ver</p><p>moças “tão modernas, tão brasileiras”, pois faz</p><p>questão de afirmar as origens africana e italiana das</p><p>mesmas.</p><p>IT0226 - (Enem)</p><p>Essa pequena</p><p>Meu tempo é curto, o tempo dela sobra</p><p>Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora</p><p>Temo que não dure muito a nossa novela, mas</p><p>Eu sou tão feliz com ela</p><p>Meu dia voa e ela não acorda</p><p>Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida</p><p>Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas</p><p>Não canso de contemplá-la</p><p>Feito avarento, conto os meus minutos</p><p>Cada segundo que se esvai</p><p>Cuidando dela, que anda noutro mundo</p><p>Ela que esbanja suas horas ao vento, ai</p><p>Às vezes ela pinta a boca e sai</p><p>Fique à vontade, eu digo, take your �me</p><p>Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas</p><p>O blues já valeu a pena</p><p>CHICO BUARQUE. Disponível em:</p><p>www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012.</p><p>O texto Essa pequena registra a expressão subje�va do</p><p>enunciador, trabalhada em uma linguagem informal,</p><p>comum na música popular. Observa-se, como marca da</p><p>variedade coloquial da linguagem presente no texto, o</p><p>uso de</p><p>24@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso</p><p>inusitado no português.</p><p>b) expressões populares, que reforçam a proximidade</p><p>entre o autor e o leitor.</p><p>c) palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.</p><p>d) formas pronominais em primeira pessoa.</p><p>e) repe�ções sonoras no final dos versos.</p><p>IT0242 - (Enem)</p><p>Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo.</p><p>Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas</p><p>arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena</p><p>sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca.</p><p>VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M.</p><p>A. Cultura e par�cipação nos anos 60.</p><p>São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).</p><p>O movimento tropicalista, consagrador de diversos</p><p>músicos brasileiros, está relacionado historicamente</p><p>a) à expansão de novas tecnologias de informação, entre</p><p>as quais, a Internet, o que facilitou imensamente a sua</p><p>divulgação mundo afora.</p><p>b) ao advento da indústria cultural em associação com</p><p>um conjunto de reivindicações esté�cas e polí�cas</p><p>durante os anos 1960.</p><p>c) à parceria com a Jovem Guarda, também considerada</p><p>um movimento nacionalista e de crí�ca polí�ca ao</p><p>regime militar brasileiro.</p><p>d) ao crescimento do movimento estudan�l nos anos</p><p>1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crí�ca</p><p>ao tradicionalismo dos costumes da sociedade</p><p>brasileira.</p><p>e) à iden�ficação esté�ca com a Bossa Nova, pois ambos</p><p>os movimentos �nham raízes na incorporação de</p><p>ritmos norte-americanos, como o blues.</p><p>IT0258 - (Enem)</p><p>Metáfora</p><p>Gilberto Gil</p><p>Uma lata existe para conter algo,</p><p>Mas quando o poeta diz: “Lata”</p><p>Pode estar querendo dizer o incon�vel</p><p>Uma meta existe para ser um alvo,</p><p>Mas quando o poeta diz: “Meta”</p><p>Pode estar querendo dizer o ina�ngível</p><p>Por isso não se meta a exigir do poeta</p><p>Que determine o conteúdo em sua lata</p><p>Na lata do poeta tudonada cabe,</p><p>Pois ao poeta cabe fazer</p><p>Com que na lata venha caber</p><p>O incabível</p><p>Deixe a meta do poeta não discuta,</p><p>Deixe a sua meta fora da disputa</p><p>Meta dentro e fora, lata absoluta</p><p>Deixe-a simplesmente metáfora.</p><p>Disponível em: h�p://www.letras.terra.com.br. Acesso</p><p>em: 5 fev. 2009.</p><p>A metáfora é a figura de linguagem iden�ficada pela</p><p>comparação subje�va, pela semelhança ou analogia</p><p>entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a</p><p>linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O</p><p>trecho em que se iden�fica a metáfora é:</p><p>a) “Uma lata existe para conter algo”.</p><p>b) “Mas quando o poeta diz: ’Lata’”.</p><p>c) “Uma meta existe para ser um alvo”.</p><p>d) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.</p><p>e) “Que determine o conteúdo em sua lata”.</p><p>IT0219 - (Enem)</p><p>Ó Pátria amada.</p><p>Idolatrada,</p><p>Salve! Salve!</p><p>Brasil, de amor eterno seja símbolo</p><p>O lábaro que ostentas estrelado,</p><p>E diga o verde-louro dessa flâmula</p><p>— “Paz no futuro e glória no passado.”</p><p>Mas, se ergues da jus�ça a clava forte,</p><p>Verás que um filho teu não foge à luta,</p><p>Nem teme, quem te adora, a própria morte.</p><p>Terra adorada,</p><p>Entre outras mil,</p><p>És tu, Brasil,</p><p>Ó Pátria amada!</p><p>Dos filhos deste solo és mãe gen�l,</p><p>Pátria amada, Brasil!</p><p>Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque</p><p>Estrada.</p><p>Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).</p><p>O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do</p><p>Brasil é jus�ficado por tratar-se de um(a)</p><p>a) reverência de um povo a seu país.</p><p>b) gênero solene de caracterís�ca protocolar.</p><p>c) canção concebida sem interferência da oralidade.</p><p>d) escrita de uma fase mais an�ga da língua</p><p>portuguesa.</p><p>e) artefato cultural respeitado por todo o povo</p><p>brasileiro.</p><p>IT0212 - (Enem)</p><p>25@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Sou o coração do folclore nordes�no</p><p>Eu sou Mateus e Bas�ão do Boi-bumbá</p><p>Sou o boneco de Mestre Vitalino</p><p>Dançando uma ciranda em Itamaracá</p><p>Eu sou um verso de Carlos Pena Filho</p><p>Num frevo de Capiba</p><p>Ao som da Orquestra Armorial</p><p>Sou Capibaribe</p><p>Num livro de João Cabral</p><p>Sou mamulengo de São Bento do Una</p><p>Vindo no baque solto de maracatu</p><p>Eu sou um auto de Ariano Suassuna</p><p>No meio da Feira de Caruaru</p><p>Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta</p><p>Levando a flor da lira</p><p>Pra Nova Jerusalém</p><p>Sou Luiz Gonzaga</p><p>E sou do mangue também</p><p>Eu sou mameluco, sou de Casa Forte</p><p>Sou de Pernambuco, sou o Leão</p><p>do Norte</p><p>LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In: LENINE;</p><p>SUZANO, M. Olho de peixe. São Paulo: Vetas. 1993</p><p>(fragmento).</p><p>O fragmento faz parte da canção brasileira</p><p>contemporânea e celebra a cultura popular nordes�na.</p><p>Nele, o ar�sta exalta as diferentes manifestações</p><p>culturais pela</p><p>a) valorização do teatro, música, artesanato, literatura,</p><p>dança, personagens históricos e ar�stas populares,</p><p>compondo um tecido diversificado e enriquecedor da</p><p>cultura popular como patrimônio regional e</p><p>nacional.</p><p>b) iden�ficação dos lugares pernambucanos,</p><p>manifestações culturais, como o bumba meu boi, as</p><p>cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais,</p><p>fazendo com que essa canção se apresente como uma</p><p>referência à cultura popular nordes�na.</p><p>c) exaltação das raízes populares, como a poesia, a</p><p>literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito,</p><p>como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido</p><p>cultural, que transforma o popular em erudito.</p><p>d) caracterização das festas populares como iden�dade</p><p>cultural localizada e como representantes de uma</p><p>cultura que reflete valores históricos e sociais próprios</p><p>da população local.</p><p>e) apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do</p><p>bumba meu boi e dos autos como representação da</p><p>musicalidade e do teatro popular religioso, bastante</p><p>comum ao folclore brasileiro.</p><p>IT0281 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>A melhor banda de todos os tempos da úl�ma semana</p><p>O melhor disco brasileiro de música americana</p><p>O melhor disco dos úl�mos anos de sucessos do passado</p><p>O maior sucesso de todos os tempos entre os dez</p><p>maiores fracassos</p><p>Não importa contradição</p><p>O que importa é televisão</p><p>Dizem que não há nada que você não se acostume</p><p>Cala a boca e aumenta o volume então.</p><p>MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os</p><p>tempos da úl�ma semana.</p><p>São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).</p><p>TEXTO II</p><p>O fe�chismo na música e a regressão da audição</p><p>Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a</p><p>seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje</p><p>num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia</p><p>perguntar: para quem a música de entretenimento serve</p><p>ainda como entretenimento? Ao invés de entreter,</p><p>parece que tal música contribui ainda mais para o</p><p>emudecimento dos homens, para a morte da linguagem</p><p>como expressão, para a incapacidade de comunicação.</p><p>ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural,</p><p>1999.</p><p>A aproximação entre a letra da canção e a crí�ca de</p><p>Adorno indica o(a)</p><p>a) lado efêmero e restri�vo da indústria cultural.</p><p>b) baixa renovação da indústria de entretenimento.</p><p>c) influência da música americana na cultura brasileira.</p><p>d) fusão entre elementos da indústria cultural e da</p><p>cultura popular.</p><p>e) declínio da forma musical em prol de outros meios de</p><p>entretenimento.</p><p>IT0251 - (Enem)</p><p>26@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A foto mostra integrantes de um grupo de choro tocando</p><p>instrumentos de diferentes classificações. Nessa</p><p>formação, o instrumento que representa a família</p><p>a) das madeiras é a flauta transversal.</p><p>b) das cordas friccionadas é o bandolim.</p><p>c) dos metais é o pandeiro.</p><p>d) das percussões com membrana é o afoxé.</p><p>e) das cordas percur�das é o cavaquinho.</p><p>IT0467 - (Enem PPL)</p><p>A harpa congolesa representada na fotografia é um</p><p>instrumento musical que faz parte de tradições africanas.</p><p>Sua classificação acús�ca tem correspondência com o</p><p>a) berimbau, já que ambos produzem som por meio de</p><p>corda vibrante.</p><p>b) agogô, uma vez que a matriz africana é</p><p>comum aos</p><p>dois</p><p>instrumentos.</p><p>c) atabaque, levando em conta a pele es�cada que cobre</p><p>o corpo do instrumento.</p><p>d) reco-reco, considerando-se a madeira como elemento</p><p>de base para sua construção.</p><p>e) xilofone, em função de ser encontrado em diversas</p><p>culturas de miscigenação africana.</p><p>IT0552 - (Enem PPL)</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>O instrumento feito de lâminas metálicas e cabaça é</p><p>comum a manifestações musicais na África e no Brasil.</p><p>Nos textos, apesar de figurarem em contextos</p><p>geográficos separados pelo Oceano Atlân�co e terem</p><p>cerca de um século de distanciamento temporal, a</p><p>semelhança do instrumento demonstra a</p><p>27@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) vinculação desses instrumentos com a cultura dos</p><p>negros escravizados.</p><p>b) influência da cultura africana na construção da</p><p>musicalidade brasileira.</p><p>c) condição de colônia europeia comum ao Brasil e</p><p>grande parte da África.</p><p>d) escassez de variedade de instrumentos musicais</p><p>relacionados à cultura africana.</p><p>e) importância de registros ar�s�cos na difusão e</p><p>manutenção de uma tradição musical.</p><p>IT0693 - (Enem PPL)</p><p>Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da</p><p>Mar�nica, o danzón de San�ago de Cuba e o rag�me</p><p>norte-americano, vemos que todos são adaptações da</p><p>polca. A diferença de resultado se deve ao sotaque</p><p>inerente à música de cada colonizador (português,</p><p>espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma</p><p>maior influência da música religiosa.</p><p>CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo:</p><p>Editora 34, 1998 (adaptado).</p><p>Além do sotaque inerente à música de cada colonizador e</p><p>da influência religiosa, que outro elemento auxiliou a</p><p>cons�tuir os gêneros de música popular citados no texto?</p><p>a) A região da África de origem dos escravos, trazendo</p><p>tradições musicais e religiosas de tribos dis�ntas.</p><p>b) O relevo dos países, favorecendo o isolamento de</p><p>comunidades, aumentando o número de gêneros</p><p>musicais surgidos.</p><p>c) O conjunto de portos, que favorecem o trânsito de</p><p>diferentes influências musicais e credos religiosos.</p><p>d) A agricultura das regiões, pois o que é plantado exerce</p><p>influência nas canções de trabalho durante o plan�o.</p><p>e) O clima dos países em questão, pois as temperaturas</p><p>influenciam na composição e vivacidade dos ritmos.</p><p>IT0694 - (Enem PPL)</p><p>Sem flecha, na rima</p><p>O grupo de rap Brô MCs, criado no final de 2009, é</p><p>formado pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother)</p><p>Bruno/Clemerson e Kelvin/Charles, jovens que cresceram</p><p>ouvindo hip hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo,</p><p>em Dourados, Mato Grosso do Sul.</p><p>— Desde o começo a gente não queria impor uma</p><p>cultura estranha que invadisse a cultura indígena —</p><p>afirma o produtor, chamando a atenção para o grande</p><p>destaque do Brô MCs: as letras em língua indígena.</p><p>Expressar-se em língua originária e fazer com que os</p><p>jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma na�vo</p><p>é uma das mo�vações do grupo.</p><p>A dificuldade maior vem dos crí�cos, que não aceitam</p><p>o fato de que a cultura indígena é dinâmica e sempre</p><p>incorpora novidades.</p><p>— “Mas índio cantando rap?”, tem gente que</p><p>ques�ona. O rap é de quem canta, é de quem gosta, não</p><p>é só dos americanos — avalia Dani [o vocal feminino].</p><p>BONFIM, E. Revista Língua Portuguesa, n. 81, jul. 2012</p><p>(adaptado).</p><p>Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a</p><p>indagação “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto</p><p>de vista que evidencia</p><p>a) desqualificação dos indígenas como músicos,</p><p>desmerecendo sua capacidade musical devido a sua</p><p>cultura.</p><p>b) desvalorização da cultura rap em contrapar�da às</p><p>tradições musicais indígenas, mo�vo pelo qual os</p><p>índios não devem cantar rap.</p><p>c) preconceito por parte de quem não concebe que os</p><p>índios possam conhecer o rap e, menos ainda, cantar</p><p>esse gênero musical.</p><p>d) equívoco por desconsiderar as origens culturais do</p><p>gênero musical, ligadas ao contexto urbano.</p><p>e) entendimento do rap como um gênero ultrapassado</p><p>em relação à linguagem musical dos indígenas.</p><p>28@professorferretto @prof_ferretto</p><p>c) a derivação de palavras sob a influência de falares</p><p>arcaicos.</p><p>d) a incorporação de palavras estrangeiras sem</p><p>adaptações à língua portuguesa.</p><p>e) a apropriação de conceitos ultrapassados</p><p>disseminados pelas influências estrangeiras.</p><p>IT0284 - (Enem)</p><p>"Águas de março definem se falta luz este ano".</p><p>Esse foi o �tulo de uma reportagem em jornal de</p><p>circulação nacional, pouco antes do início do</p><p>racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001.</p><p>3@professorferretto @prof_ferretto</p><p>No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a</p><p>u�lização de recursos hídricos, estabelecida nessa</p><p>manchete, se jus�fica porque</p><p>a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige</p><p>a manutenção de um dado fluxo de água nas</p><p>barragens.</p><p>b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição</p><p>consomem grande quan�dade de energia elétrica.</p><p>c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas</p><p>u�liza grande volume de água para refrigeração.</p><p>d) o consumo de água e de energia elétrica u�lizadas na</p><p>indústria compete com o da agricultura.</p><p>e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação</p><p>implica abundante consumo de água.</p><p>IT0269 - (Enem)</p><p>O meu lugar,</p><p>Tem seus mitos e seres de luz,</p><p>É bem perto de Oswaldo Cruz,</p><p>Cascadura, Vaz Lobo, Irajá.</p><p>O meu lugar,</p><p>É sorriso, é paz e prazer,</p><p>O seu nome é doce dizer,</p><p>Madureira, ia, Iaiá.</p><p>Madureira, ia, Iaiá</p><p>Em cada esquina um pagode um bar,</p><p>Em Madureira.</p><p>Império e Portela também são de lá,</p><p>Em Madureira.</p><p>E no Mercadão você pode comprar</p><p>Por uma pechincha você vai levar,</p><p>Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar,</p><p>Em Madureira.</p><p>CRUZ, A. Meu lugar. Disponível em:</p><p>www.vagalume.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010</p><p>(fragmento).</p><p>A análise do trecho da canção indica um �po de interação</p><p>entre o indivíduo e o espaço. Essa interação explícita na</p><p>canção expressa um processo de</p><p>a) autossegregação espacial.</p><p>b) exclusão sociocultural.</p><p>c) homogeneização cultural.</p><p>d) expansão urbana.</p><p>e) pertencimento ao espaço.</p><p>IT0271 - (Enem)</p><p>Canto dos lavradores de Goiás</p><p>Tem fazenda e fazenda</p><p>Que é grande perfeitamente</p><p>Sobe serra desce serra</p><p>Salta muita água corrente</p><p>Sem lavoura e sem ninguém</p><p>O dono mora ausente.</p><p>Lá só tem caçambeiro</p><p>Tira onda de valente</p><p>Isso é que é grande barreira</p><p>Que está em nossa frente</p><p>Tem muita gente sem terra</p><p>Tem muita terra sem gente.</p><p>MARTINS, J. S. Ca�veiro da terra. São Paulo: Ciências</p><p>Humanas, 1979.</p><p>No canto registrado pela cultura popular, a caracterís�ca</p><p>do mundo rural brasileiro no século XX destacada é a</p><p>a) atuação da bancada ruralista.</p><p>b) expansão da fronteira agrícola.</p><p>c) valorização da agricultura familiar.</p><p>d) manutenção da concentração fundiária.</p><p>e) implementação da modernização conservadora.</p><p>IT0232 - (Enem)</p><p>Não tem tradução</p><p>[...]</p><p>Lá no morro, se eu fizer uma falseta</p><p>A Risoleta desiste logo do francês e do inglês</p><p>A gíria que o nosso morro criou</p><p>Bem cedo a cidade aceitou e usou</p><p>[...]</p><p>Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição</p><p>Não entende que o samba não tem tradução no idioma</p><p>francês</p><p>Tudo aquilo que o malandro pronuncia</p><p>Com voz macia é brasileiro, já passou de português</p><p>Amor lá no morro é amor pra chuchu</p><p>As rimas do samba não são I love you</p><p>E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny</p><p>Só pode ser conversa de telefone</p><p>ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos</p><p>bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, n.54. São</p><p>Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento).</p><p>As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila</p><p>Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação</p><p>do ar�sta com seu tempo e com as mudanças polí�co-</p><p>culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são</p><p>modernas. Nesse fragmento do samba Não tem</p><p>tradução, por meio do recurso da metalinguagem, o</p><p>poeta propõe</p><p>4@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) incorporar novos costumes de origem francesa e</p><p>americana, juntamente com vocábulos estrangeiros.</p><p>b) respeitar e preservar o português padrão como forma</p><p>de fortalecimento do idioma do Brasil.</p><p>c) valorizar a fala popular brasileira como patrimônio</p><p>linguís�co e forma legí�ma de iden�dade nacional.</p><p>d) mudar os valores sociais vigentes à época, com o</p><p>advento do novo e quente ritmo da música popular</p><p>brasileira.</p><p>e) ironizar a malandragem carioca, aculturada pela</p><p>invasão de valores étnicos de sociedades mais</p><p>desenvolvidas.</p><p>IT0218 - (Enem)</p><p>Um amor desse</p><p>Era 24 horas lado a lado</p><p>Um radar na pele, aquele sen�mento alucinado</p><p>Coração ba�a acelerado</p><p>Bastava um olhar para eu entender</p><p>Que era hora de me entregar pra você</p><p>Palavras não faziam falta mais</p><p>Ah, só de lembrar do seu perfume</p><p>Que arrepio, que calafrio</p><p>Que o meu corpo sente</p><p>Nem que eu queira, eu te apago da mente</p><p>Ah, esse amor</p><p>Deixou marcas no meu corpo</p><p>Ah, esse amor</p><p>Só de pensar, eu grito, eu quase morro</p><p>AZEVEDO, N; LEÃO, W. QUADROS, R. Coração pede</p><p>socorro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).</p><p>Essa letra de canção foi composta especialmente para</p><p>uma campanha de combate à violência contra as</p><p>mulheres, buscando conscien�zá-las acerca do limite</p><p>entre relacionamento amoroso e relacionamento</p><p>abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a</p><p>a) revelação da submissão da mulher à situação de</p><p>violência, que muitas vezes a leva à morte.</p><p>b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelas da</p><p>mulher agredida, que con�nuamente pede socorro.</p><p>c) exploração de situação de duplo sen�do, que mostra</p><p>que atos de dominação e violência não configuram</p><p>amor.</p><p>d) divulgação da importância de denunciar a violência</p><p>domés�ca, que a�nge um grande número de</p><p>mulheres no país.</p><p>e) naturalização de situações opressivas, que fazem parte</p><p>da vida de mulheres que vivem em uma sociedade</p><p>patriarcal.</p><p>IT0234 - (Enem)</p><p>TEXTO 1</p><p>Onde está a hones�dade?</p><p>Você tem palacete reluzente</p><p>Tem joias e criados á vontade</p><p>Sem ter nenhuma herança ou parente</p><p>Só anda de automóvel na cidade...</p><p>E o povo pergunta com maldade:</p><p>Onde está a hones�dade?</p><p>Onde está a hones�dade?</p><p>O seu dinheiro nasce de repente</p><p>E embora não se saiba se é verdade</p><p>Você acha nas ruas diariamente</p><p>Anéis, dinheiro e felicidade...</p><p>Vassoura dos salões da sociedade</p><p>Que varre o que encontrar em sua frente</p><p>Promove fes�vais de caridade</p><p>Em nome de qualquer defunto ausente...</p><p>ROSA. N Disponível em: h�p://www.mpbnet.com.br.</p><p>Acesso em: abr. 2010</p><p>TEXTO II</p><p>Um vulto da história da música popular brasileira,</p><p>reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em</p><p>1910, no Rio de Janeiro; portanto, se es�vesse vivo,</p><p>estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos</p><p>de idade, ví�ma de tuberculose, deixando um acervo de</p><p>grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas</p><p>de suas letras representam a sociedade contemporânea,</p><p>como se �vessem sido escritas no século XXI.</p><p>Disponível em: h�p://www.mpbnet.com.br. Acesso em:</p><p>abr. 2010</p><p>Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural</p><p>brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a</p><p>valores e situações de um povo. A atualidade da</p><p>5@professorferretto @prof_ferretto</p><p>canção Onde está a hones�dade?, de Noel Rosa,</p><p>evidencia-se por meio</p><p>a) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem</p><p>duvidosa de alguns.</p><p>b) da crí�ca aos ricos que possuem joias, mas não têm</p><p>herança.</p><p>c) da maldade do povo a perguntar sobre a</p><p>hones�dade.</p><p>d) do privilégio de alguns em clamar pela hones�dade.</p><p>e) da insistência em promover eventos beneficentes.</p><p>IT0211 - (Enem)</p><p>Hino à Bandeira</p><p>Em teu seio formoso retratas</p><p>Este céu de puríssimo azul,</p><p>A verdura sem par destas matas,</p><p>E o esplendor do Cruzeiro do Sul.</p><p>Contemplando o teu vulto sagrado,</p><p>Compreendemos o nosso dever,</p><p>E o Brasil por seus filhos amado,</p><p>Poderoso e feliz há de ser!</p><p>Sobre a imensa Nação Brasileira,</p><p>Nos momentos de festa ou de dor,</p><p>Paira sempre sagrada bandeira</p><p>Pavilhão da jus�ça e do amor!</p><p>BILAC, O.: BRAGA, F. Disponível em:</p><p>www2.planalto.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2017</p><p>(fragmento).</p><p>No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso u�lizado</p><p>para exaltar o símbolo nacional na medida em que</p><p>a) remete a</p><p>um momento futuro.</p><p>b) promove a união dos cidadãos.</p><p>c) valoriza os seus elementos.</p><p>d) emprega termos religiosos.</p><p>e) recorre à sua história.</p><p>IT0235 - (Enem)</p><p>Carnavália</p><p>Repique tocou</p><p>O surdo escutou</p><p>E o meu corasamborim</p><p>Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por</p><p>mim?</p><p>[…]</p><p>ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002</p><p>(fragmento).</p><p>No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a</p><p>junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao</p><p>mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola</p><p>de samba e a situação emocional em que se encontra o</p><p>autor da mensagem, com o coração no ritmo da</p><p>percussão.</p><p>Essa palavra corresponde a um(a)</p><p>a) estrangeirismo, uso de elementos linguís�cos</p><p>originados em outras línguas e representa�vos de</p><p>outras culturas.</p><p>b) neologismo, criação de novos itens linguís�cos, pelos</p><p>mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.</p><p>c) gíria, que compõe uma linguagem originada em</p><p>determinado grupo social e que pode vir a se</p><p>disseminar em uma comunidade mais ampla.</p><p>d) regionalismo, por ser palavra caracterís�ca de</p><p>determinada área geográfica.</p><p>e) termo técnico, dado que designa elemento de área</p><p>específica de a�vidade.</p><p>IT0247 - (Enem)</p><p>Frevo Nino Pernambuquinho</p><p>É o frevo</p><p>Arrastando a mul�dão, fervendo.</p><p>É na ponta do pé e no calcanhar</p><p>É no calcanhar e na ponta do pé com a direita</p><p>É na ponta do pé e no calcanhar com a esquerda</p><p>Saci-pererê, saci-pererê com a direita</p><p>Saci-pererê com a esquerda</p><p>Girando, girando, girando no girassol</p><p>É o frevo no pé e a sombrinha no ar.</p><p>É na ponta do pé e no calcanhar</p><p>Pisando em brasa</p><p>Pisando em brasa porque o chão está pegando fogo</p><p>Na Avenida Guararapes</p><p>Arrastando o Galo da Madrugada</p><p>Olha a tesoura, para cortar todos os males.</p><p>É o frevo no pé e a sombrinha no ar.</p><p>DUDA. Perré-bumbá. Recife: Gravadora Independente,</p><p>1998 (fragmento).</p><p>A letra da canção apresenta o frevo como uma expressão</p><p>da cultura corporal que pode ser reconhecida por meio</p><p>da descrição de</p><p>6@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) diversos ritmos.</p><p>b) diferentes passos.</p><p>c) dis�ntos adereços.</p><p>d) vários personagens.</p><p>e) uso de instrumentos.</p><p>IT0223 - (Enem)</p><p>Querido diário</p><p>Hoje topei com alguns conhecidos meus</p><p>Me dão bom-dia, cheios de carinho</p><p>Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus</p><p>Eles têm pena de eu viver sozinho</p><p>[...]</p><p>Hoje o inimigo veio me espreitar</p><p>Armou tocaia lá na curva do rio</p><p>Trouxe um porrete a mó de me quebrar</p><p>Mas eu não quebro porque sou macio, viu</p><p>HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro:</p><p>Biscoito Fino, 2013 (fragmento).</p><p>Uma caracterís�ca do gênero diário que aparece na letra</p><p>da canção de Chico Buarque é o(a)</p><p>a) diálogo com interlocutores próximos.</p><p>b) recorrência de verbos no infini�vo.</p><p>c) predominância de tom poé�co.</p><p>d) uso de rimas na composição.</p><p>e) narra�va autorreflexiva.</p><p>IT0243 - (Enem)</p><p>Texto I</p><p>Chão de esmeralda</p><p>Me sinto pisando</p><p>Um chão de esmeraldas</p><p>Quando levo meu coração</p><p>À Mangueira</p><p>Sob uma chuva de rosas</p><p>Meu sangue jorra das veias</p><p>E �nge um tapete</p><p>Pra ela sambar</p><p>É a realeza dos bambas</p><p>Que quer se mostrar</p><p>Soberba, garbosa</p><p>Minha escola é um cata-vento a girar</p><p>É verde, é rosa</p><p>Oh, abre alas pra Mangueira passar</p><p>BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque de</p><p>Mangueira. Marola Edições Musicais</p><p>Ltda. BMG. 1997. Disponível</p><p>em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.</p><p>Texto II</p><p>Quando a escola de samba entra na Marquês de Sapucaí,</p><p>a plateia delira, o coração dos componentes bate mais</p><p>forte e o que vale é a emoção. Mas, para que esse</p><p>verdadeiro espetáculo entre em cena, por trás da cor�na</p><p>de fumaça dos fogos de ar��cio, existe um verdadeiro</p><p>batalhão de alegria: são costureiras, aderecistas,</p><p>diretores de ala e de harmonia, pesquisador de enredo e</p><p>uma infinidade de garantem que tudo esteja perfeito na</p><p>hora do desfile.</p><p>AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetáculo dos</p><p>bas�dores. Revista de Carnaval 2010:</p><p>Mangueira. Rio de Janeiro: Estação Primeira de</p><p>Mangueira, 2010.</p><p>Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradição e o</p><p>compromisso dos dirigentes e de todos os componentes</p><p>com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira.</p><p>Uma das diferenças que se estabelece entre os textos é</p><p>que</p><p>a) o ar�go jornalís�co cumpre a função de transmi�r</p><p>emoções e sensações, mais do que a letra de música.</p><p>b) a letra de música privilegia a função social de</p><p>comunicar a seu público a crí�ca em relação ao samba</p><p>e aos sambistas.</p><p>c) a linguagem poé�ca, no Texto I, valoriza imagens</p><p>metafóricas e a própria escola, enquanto a linguagem,</p><p>no Texto II, cumpre a função de informar e envolver o</p><p>leitor.</p><p>d) ao associar esmeraldas e rosas às cores da escola, o</p><p>Texto I acende a rivalidade entre escolas de samba,</p><p>enquanto o Texto II é neutro.</p><p>e) o Texto I sugere a riqueza material da Mangueira,</p><p>enquanto o Texto II destaca o trabalho na escola de</p><p>samba.</p><p>IT0216 - (Enem)</p><p>Blues da piedade</p><p>Vamos pedir piedade</p><p>Senhor, piedade</p><p>Pra essa gente careta e covarde</p><p>Vamos pedir piedade Senhor, piedade</p><p>Lhes dê grandeza e um pouco de coragem</p><p>CAZUZA. Cazuza: O poeta não morreu. Rio de Janeiro:</p><p>Universal Music, 2000 (fragmento).</p><p>Todo gênero apresenta elementos cons�tu�vos que</p><p>condicionam seu uso em sociedade. À letra de canção</p><p>iden�fica-se com o gênero ladainha, essencialmente,</p><p>pela u�lização da sequência textual</p><p>7@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) exposi�va, por discorrer sobre um dado tema.</p><p>b) narra�va, por apresentar uma cadeia de ações.</p><p>c) injun�va, por chamar o interlocutor à par�cipação.</p><p>d) descri�va, por enumerar caracterís�cas de um</p><p>personagem.</p><p>e) argumenta�va, por incitar o leitor a uma tomada de</p><p>a�tude.</p><p>IT0239 - (Enem)</p><p>O hip hop tem sua filosofia própria, com valores</p><p>construídos pela condição das experiências vividas nas</p><p>periferias de muitas cidades. Colocando-se como um</p><p>contraponto à miséria, às drogas, ao crime e à violência,</p><p>o hip hop busca interpretar a realidade social. Seu</p><p>obje�vo é justamente encontrar saídas e fornecer uma</p><p>alterna�va à população excluída.</p><p>SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J. Hip hop: da rua para</p><p>a escola.</p><p>Porto Alegre: Sulina, 2008.</p><p>As autoras abordam no texto um movimento cultural que</p><p>também tem caracterís�cas reconhecidas</p><p>a) nos traços e formas que representam personagens de</p><p>olhos desproporcionalmente maiores e expressivos,</p><p>conhecidos como mangá.</p><p>b) nas formas de se ves�r e de cortar os cabelos com</p><p>obje�vos contestadores à ordem social, próprios do</p><p>movimento punk.</p><p>c) nas frases e dizeres de qualquer espécie, rabiscados</p><p>sobre fachadas de edi�cios, que marcam a pichação.</p><p>d) nos movimentos leves e sincronizados com os pés que</p><p>deslocam o dançarino, denominado moonwalk.</p><p>e) nas declamações rápidas e ritmadas de um texto, com</p><p>alturas aproximadas, caracterís�cas do rap.</p><p>IT0260 - (Enem)</p><p>O grupo O Teatro Mágico apresenta composições</p><p>autorais que têm referências esté�cas do rock, do pop e</p><p>da música folclórica brasileira. A originalidade dos seus</p><p>shows tem relação com a ópera europeia do século XIX a</p><p>par�r da</p><p>a) disposição cênica dos ar�stas no espaço teatral.</p><p>b) integração de diversas linguagens ar�s�cas.</p><p>c) sobreposição entre música e texto literário.</p><p>d) manutenção de um diálogo com o público.</p><p>e) adoção de um enredo como fio condutor.</p><p>IT0238 - (Enem)</p><p>O movimento "hip-hop" é tão urbano quanto as grandes</p><p>construções de concreto e as estações de metrô, e cada</p><p>dia se torna mais presente nas grandes metrópoles</p><p>mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova</p><p>lorque. É formado por três elementos: a música (o rap),</p><p>as artes plás�cas (o grafite) e a dança (o "break"). No</p><p>"hip-hop" os jovens usam as expressões ar�s�cas como</p><p>uma forma de resistência polí�ca.</p><p>Enraizado nas camadas populares urbanas, o "hip-hop"</p><p>afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso</p><p>polí�co a favor dos excluídos, sobretudo dos negros.</p><p>Apesar de ser um movimento originário das periferias</p><p>norte-americanas, não encontrou barreiras no Brasil,</p><p>onde se instalou com certa naturalidade - o que, no</p><p>entanto, não significa que o "hip-hop" brasileiro</p><p>não</p><p>tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é</p><p>8@professorferretto @prof_ferretto</p><p>híbrido: rap com um pouco de samba, "break" parecido</p><p>com capoeira e grafite de cores muito vivas.</p><p>(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004)</p><p>De acordo com o texto, o "hip-hop" é uma manifestação</p><p>ar�s�ca �picamente urbana, que tem como principais</p><p>caracterís�cas</p><p>a) a ênfase nas artes visuais e a defesa do caráter</p><p>nacionalista.</p><p>b) a alienação polí�ca e a preocupação com o conflito de</p><p>gerações.</p><p>c) a afirmação dos socialmente excluídos e a combinação</p><p>de linguagens.</p><p>d) a integração de diferentes classes sociais e a exaltação</p><p>do progresso.</p><p>e) a valorização da natureza e o compromisso com os</p><p>ideais norte-americanos.</p><p>IT0222 - (Enem)</p><p>Fim de semana no parque</p><p>Olha o meu povo nas favelas e vai perceber</p><p>Daqui eu vejo uma caranga do ano</p><p>Toda equipada e o �ozinho guiando</p><p>Com seus filhos ao lado estão indo ao parque</p><p>Eufóricos brinquedos eletrônicos</p><p>Automa�camente eu imagino</p><p>A molecada lá da área como é que tá</p><p>Provavelmente correndo pra lá e pra cá</p><p>Jogando bola descalços nas ruas de terra</p><p>É, brincam do jeito que dá</p><p>[...]</p><p>Olha só aquele clube, que da hora</p><p>Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha</p><p>Olha quanta gente</p><p>Tem sorveteria, cinema, piscina quente</p><p>[...]</p><p>Aqui não vejo nenhum clube poliespor�vo</p><p>Pra molecada frequentar nenhum incen�vo</p><p>O inves�mento no lazer é muito escasso</p><p>O centro comunitário é um fracasso</p><p>RAClONAlS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue,</p><p>1994 (fragmento).</p><p>A letra da canção apresenta uma realidade social quanto</p><p>à distribuição dis�nta dos espaços de lazer que</p><p>a) retrata a ausência de opções de lazer para a população</p><p>de baixa renda, por falta de espaço adequado.</p><p>b) ressalta a irrelevância das opções de lazer para</p><p>diferentes classes sociais, que o acessam à sua</p><p>maneira.</p><p>c) expressa o desinteresse das classes sociais menos</p><p>favorecidas economicamente pelas a�vidades de</p><p>lazer.</p><p>d) implica condições desiguais de acesso ao lazer, pela</p><p>falta de infraestrutura e inves�mentos em</p><p>equipamentos.</p><p>e) aponta para o predomínio do lazer contempla�vo, nas</p><p>classes favorecidas economicamente; e do prá�co, nas</p><p>menos favorecidas.</p><p>IT0268 - (Enem)</p><p>O mestre-sala dos mares</p><p>Há muito tempo nas águas da Guanabara</p><p>O dragão do mar reapareceu</p><p>Na figura de um bravo marinheiro</p><p>A quem a história não esqueceu</p><p>Conhecido como o almirante negro</p><p>Tinha a dignidade de um mestre-sala</p><p>E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas</p><p>Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas</p><p>Jovens polacas e por batalhões de mulatas</p><p>Rubras cascatas jorravam nas costas</p><p>dos negros pelas pontas das chibatas...</p><p>BLANC, A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível</p><p>em: www.usinadeletras.com.br. Acesso em: 19 jan. 2009.</p><p>Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata,</p><p>liderada por João Cândido, e descrita na música, foi</p><p>a) a rebelião de escravos contra os cas�gos �sicos,</p><p>ocorrida na Bahia, em 1848, e repe�da no Rio de</p><p>Janeiro.</p><p>b) a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de</p><p>marinheiros dos navios que faziam o tráfico negreiro.</p><p>c) o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra o</p><p>cas�go de chibatadas em soldados desertores na</p><p>Guerra do Paraguai.</p><p>d) a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos, em</p><p>1910, contra os cas�gos e as condições de trabalho na</p><p>Marinha de Guerra.</p><p>e) o protesto popular contra o aumento do custo de vida</p><p>no Rio de Janeiro, em 1917, dissolvido, a chibatadas,</p><p>pela polícia.</p><p>IT0278 - (Enem)</p><p>9@professorferretto @prof_ferretto</p><p>No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos anos</p><p>1950 – quando efe�vamente a canção popular começou</p><p>a ser objeto de debate e análise por parte das elites</p><p>culturais – desenvolveram-se duas principais vertentes</p><p>interpreta�vas da nossa música: a vertente da tradição e</p><p>a vertente da modernidade, dualismo que não surgiu</p><p>nesta época e nem se restringe ao tema da produção</p><p>musical. Desde pelo menos 1922, a tensão entre</p><p>“tradicional” e “moderno” ocupa o centro do debate</p><p>polí�co-cultural no país, refle�ndo o dilema de uma elite</p><p>em busca da iden�dade brasileira.</p><p>ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro:</p><p>Record, 2013.</p><p>A manifestação cultural que, a par�r da década de 1960,</p><p>pretendeu sinte�zar o dualismo apresentado no texto</p><p>foi:</p><p>a) Jovem Guarda, releitura do rock anglófono com letras</p><p>em português.</p><p>b) Samba-canção, combinação de ritmos africanos com</p><p>tons de boleros.</p><p>c) Tropicália, junção da música pop internacional com</p><p>ritmos nacionais.</p><p>d) Brega, amostra do dia a dia dos setores populares com</p><p>temas român�cos.</p><p>e) Cancioneiro caipira, retrato do co�diano do homem</p><p>do campo com melodias tristes.</p><p>IT0257 - (Enem)</p><p>Som de preto</p><p>O nosso som não tem idade, não tem raça</p><p>E não tem cor.</p><p>Mas a sociedade pra gente não dá valor.</p><p>Só querem nos cri�car, pensam que somos animais.</p><p>Se exis�a o lado ruim, hoje não existe mais,</p><p>porque o ‘funkeiro’ de hoje em dia caiu na real.</p><p>Essa história de ‘porrada’, isto é coisa banal</p><p>Agora pare e pense, se liga na ‘responsa’:</p><p>se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança.</p><p>É som de preto</p><p>De favelado</p><p>Mas quando toca ninguém fica parado</p><p>Música de Mc’s Amilcka e Chocolate.</p><p>In: Dj Marlboro. Bem funk. Rio de Janeiro, 2001</p><p>(adaptado).</p><p>À medida que vem ganhando espaço na mídia, o funk</p><p>carioca vem abandonando seu caráter local, associado às</p><p>favelas e à criminalidade da cidade do Rio de Janeiro,</p><p>tornando-se uma espécie de símbolo da marginalização</p><p>das manifestações culturais das periferias em todo o</p><p>Brasil. O verso que explicita essa marginalização é:</p><p>a) “O nosso som não tem idade, não tem raça”.</p><p>b) “Mas a sociedade pra gente não dá valor”.</p><p>c) “Se exis�a o lado ruim, hoje não existe mais”.</p><p>d) “Agora pare e pense, se liga na ‘reponsa’”.</p><p>e) “se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança”.</p><p>IT0229 - (Enem)</p><p>Por onde houve colonização portuguesa, a música</p><p>popular se desenvolveu basicamente com o mesmo</p><p>instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem</p><p>juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou</p><p>em Goa. O caráter nostálgico, sen�mental, é outro ponto</p><p>comum da música das colônias portuguesas em todo o</p><p>mundo. O kronjong, a música �pica de Jacarta, é uma</p><p>espécie de lundu mais lento, tocado comumente com</p><p>flauta, cavaquinho e violão. Em Goa não é muito</p><p>diferente.</p><p>De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte</p><p>da música popular desenvolvida nos países colonizados</p><p>por Portugal compar�lha um instrumental, destacando-</p><p>se o cavaquinho e o violão. No Brasil, são exemplos de</p><p>música popular que empregam esses mesmos</p><p>instrumentos:</p><p>a) Maracatu e ciranda.</p><p>b) Carimbó e baião.</p><p>c) Choro e samba.</p><p>d) Chula e siriri.</p><p>e) Xote e frevo.</p><p>IT0283 - (Enem)</p><p>SOBRADINHO</p><p>O homem chega, já desfaz a natureza</p><p>Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar</p><p>O São Francisco lá pra cima da Bahia</p><p>Diz que dia menos dia vai subir bem devagar</p><p>E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que</p><p>dizia que o Sertão ia alagar.</p><p>SÁ E GUARABYRA. Disco Pirão de peixe com pimenta.</p><p>Som Livre, 1977 (adaptado).</p><p>O trecho da música faz referência a uma importante obra</p><p>na região do rio São Francisco. Uma consequência</p><p>socioespacial dessa construção foi</p><p>10@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) a migração forçada da população ribeirinha.</p><p>b) o rebaixamento do nível do lençol freá�co local.</p><p>c) a preservação da memória histórica da região.</p><p>d) a ampliação das áreas de clima árido.</p><p>e) a redução das áreas de agricultura irrigada.</p><p>IT0220 - (Enem)</p><p>As atrizes</p><p>Naturalmente</p><p>Ela sorria</p><p>Mas não me dava trela</p><p>Trocava a roupa</p><p>Na minha frente</p><p>E ia bailar sem mais aquela</p><p>Escolhia qualquer um</p><p>Lançava olhares</p><p>Debaixo do meu nariz</p><p>Dançava colada</p><p>Em novos pares</p><p>Com um pé atrás</p><p>Com um pé a fim</p><p>Surgiram outras</p><p>Naturalmente</p><p>Sem nem olhar a minha cara</p><p>Tomavam banho</p><p>Na minha frente</p><p>Para sair com outro cara</p><p>Porém nunca me importei</p><p>Com tais amantes</p><p>[...]</p><p>Com tantos filmes</p><p>Na minha mente</p><p>É natural que toda atriz</p><p>Presentemente represente</p><p>Muito para mim</p><p>CHICO BUARQUE. Carioca. Rio de Janeiro:</p><p>Biscoito Fino,</p><p>2006 (fragmento).</p><p>Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada</p><p>função da linguagem para marcar a subje�vidade do eu</p><p>lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa</p><p>admiração está marcada em:</p><p>a) “Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela”.</p><p>b) “Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com</p><p>outro cara”.</p><p>c) “Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a</p><p>minha cara”.</p><p>d) “Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do</p><p>meu nariz”.</p><p>e) “É natural que toda atriz/ Presentemente represente/</p><p>Muito para mim”.</p><p>IT0237 - (Enem)</p><p>A música pode ser definida como a combinação de sons</p><p>ao longo do tempo. Cada produto final oriundo da</p><p>infinidade de combinações possíveis será diferente,</p><p>dependendo da escolha das notas, de suas durações, dos</p><p>instrumentos u�lizados, do es�lo de música, da</p><p>nacionalidade do compositor e do período em que as</p><p>obras foram compostas.</p><p>11@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Das figuras que apresentam grupos musicais em ação,</p><p>pode-se concluir que o(os) grupo(s) mostrado(s) na(s)</p><p>figura(s)</p><p>a) 1 executa um gênero caracterís�co da música</p><p>brasileira, conhecido como chorinho.</p><p>b) 2 executa um gênero caracterís�co da música clássica,</p><p>cujo compositor mais conhecido é Tom Jobim.</p><p>c) 3 executa um gênero caracterís�co da música</p><p>europeia, que tem como representantes Beethoven e</p><p>Mozart.</p><p>d) 4 executa um �po de música caracterizada pelos</p><p>instrumentos acús�cos, cuja intensidade e nível de</p><p>ruído permanecem na faixa dos 30 aos 40 decibéis.</p><p>e) 1 a 4 apresentam um produto final bastante</p><p>semelhante, uma vez que as possibilidades de</p><p>combinações sonoras ao longo do tempo são</p><p>limitadas.</p><p>IT0290 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>Ouve o barulho do rio, meu filho</p><p>Deixa esse som te embalar</p><p>As folhas que caem no rio, meu filho</p><p>Terminam nas águas do mar</p><p>Quando amanhã por acaso faltar</p><p>Uma alegria no seu coração</p><p>Lembra do som dessas águas de lá</p><p>Faz desse rio a sua oração.</p><p>MONTE, M. et al. O rio. In: Infinito par�cular. Rio de</p><p>Janeiro: Sony: Universal Music, 2006 (fragmento).</p><p>TEXTO II</p><p>O atra�vo ecoturís�co não é somente o banho de</p><p>cachoeira, sentar e caminhar pela praia, cavalgar, mas</p><p>conhecer a biodiversidade, às vezes supostamente em</p><p>ex�nção. Observar baleias, nadar com o golfinho, tocar</p><p>em corais, sair ao encontro de dezenas de jacarés em seu</p><p>habitat natural são símbolos que fascinam um ecoturista.</p><p>A natureza é transformada em espetáculo diferente da</p><p>vida urbana moderna.</p><p>SANTANA, P. V. Ecoturismo: uma indústria sem chaminé?</p><p>São Paulo: Labur Edições, 2008.</p><p>São iden�ficadas nos textos, respec�vamente, as</p><p>seguintes posturas em relação à natureza:</p><p>a) Exploração e roman�zação.</p><p>b) Sacralização e profanação.</p><p>c) Preservação e degradação.</p><p>d) Segregação e democra�zação.</p><p>e) Idealização e mercan�lização.</p><p>IT0288 - (Enem)</p><p>Sozinho vai descobrindo o caminho</p><p>O rádio fez assim com seu avô</p><p>Rodovia, hidrovia, ferrovia</p><p>E agora chegando a infovia</p><p>Para alegria de todo o interior</p><p>GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em:</p><p>www.uol.vagalume.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010</p><p>(fragmento).</p><p>O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas</p><p>centrais da globalização, diretamente associada ao</p><p>processo de</p><p>a) evolução da tecnologia da informação.</p><p>b) expansão das empresas transnacionais.</p><p>c) ampliação dos protecionismos alfandegários.</p><p>d) expansão das áreas urbanas do interior.</p><p>e) evolução dos fluxos populacionais.</p><p>IT0240 - (Enem)</p><p>Texto I</p><p>Mama África</p><p>Mama África (a minha mãe)</p><p>é mãe solteira</p><p>e tem que fazer</p><p>mamadeira todo dia</p><p>além de trabalhar</p><p>como empacotadeira</p><p>nas Casas Bahia</p><p>Mama África tem tanto o que fazer</p><p>além de cuidar neném</p><p>além de fazer denguim</p><p>filhinho tem que entender</p><p>Mama África vai e vem</p><p>mas não se afasta de você</p><p>quando Mama sai de casa</p><p>seus filhos se olodunzam</p><p>rola o maior jazz</p><p>Mama tem calos nos pés</p><p>Mama precisa de paz</p><p>Mama não quer brincar mais</p><p>filhinho dá um tempo</p><p>é tanto contratempo</p><p>no ritmo de vida de Mama</p><p>CHICO CÉSAR. Mama África. São Paulo: MZA Music, 1995.</p><p>Texto II</p><p>12@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A pesquisa, realizada pelo IBGE, evidencia caracterís�cas</p><p>das famílias brasileiras, também tema�zadas pela</p><p>canção Mama África. Ambos os textos destacam o(a)</p><p>a) preocupação das mulheres com o mercado de</p><p>trabalho.</p><p>b) responsabilidade das mulheres no sustento das</p><p>famílias.</p><p>c) comprome�mento das mulheres na recons�tuição do</p><p>casamento.</p><p>d) dedicação das mulheres no cuidado com os filhos.</p><p>e) importância das mulheres nas tarefas diárias.</p><p>IT0282 - (Enem)</p><p>O cân�co da terra</p><p>Eu sou a terra, eu sou a vida.</p><p>A �, ó lavrador, tudo quanto é meu.</p><p>Teu arado, tua foice, teu machado.</p><p>O berço pequenino de teu filho.</p><p>O algodão de tua veste</p><p>e o pão de tua casa.</p><p>E um dia bem distante</p><p>a mim tu voltarás.</p><p>E no canteiro materno de meu seio</p><p>tranquilo dormirás.</p><p>Plantemos a roça.</p><p>Lavremos a gleba.</p><p>CORALINA, C. Textos e contextos: poemas dos becos de</p><p>Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 1997</p><p>(fragmento).</p><p>No contexto das dis�ntas formas de apropriação da terra,</p><p>o poema de Cora Coralina valoriza a relação entre</p><p>a) grileiros e controle territorial.</p><p>b) meeiros e divisão do trabalho.</p><p>c) camponeses e uso da natureza.</p><p>d) indígenas e manejo agroecológico.</p><p>e) la�fundiários e fer�lização do solo.</p><p>IT0248 - (Enem)</p><p>É uma par�da de futebol</p><p>A bandeira no estádio é um estandarte</p><p>A flâmula pendurada na parede do quarto</p><p>O dis�n�vo na camisa do uniforme</p><p>Que coisa linda é uma par�da de futebol</p><p>Posso morrer pelo meu �me</p><p>Se ele perder, que dor, imenso crime</p><p>Posso chorar se ele não ganhar</p><p>Mas se ele ganha, não adianta</p><p>Não há garganta que não pare de berrar</p><p>REIS, N; ROSA. 5. Samba poconé. São Paulo: Sony, 1996</p><p>(fragmento).</p><p>No Brasil, além de um esporte de compe�ção, o futebol é</p><p>um meio de interação social que desperta paixão nas</p><p>pessoas. No trecho da letra da canção, esse esporte é</p><p>apresentado como um(a)</p><p>a) modalidade espor�va técnica.</p><p>b) forma de controle da violência.</p><p>c) esporte organizado com regras.</p><p>d) elemento da iden�dade nacional.</p><p>e) fator de alienação social do povo.</p><p>IT0250 - (Enem)</p><p>Entrevista – Tony Bello�o</p><p>A língua é rock</p><p>Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à frente</p><p>de programa televisivo em que discute a língua</p><p>portuguesa por meio da música</p><p>O que o atraiu na proposta de Afinando a Língua?</p><p>No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa que</p><p>falasse de língua portuguesa usando a música como</p><p>atra�vo, principalmente, para os jovens. Com o passar do</p><p>tempo, ele foi se transformando num programa sobre a</p><p>linguagem usada em letras de música, no jornalismo, na</p><p>literatura de ficção e na poesia. Como não sou um cara</p><p>de TV, trago a experiência de escritor e músico, e sempre</p><p>par�cipo de forma mais a�va do que como um mero</p><p>13@professorferretto @prof_ferretto</p><p>apresentador. Estou nas reuniões de pauta e faço</p><p>sugestões nos roteiros. Mas o conteúdo é feito pelo</p><p>pessoal do Futura.</p><p>Quais as vantagens e desvantagens do ensino da língua</p><p>por meio das letras de música?</p><p>Não sou pedagogo ou educador, então só vejo vantagens,</p><p>porque as letras de música usam uma linguagem que é a</p><p>do dia a dia, principalmente, dos jovens. A música é algo</p><p>que lhes dá prazer e, dida�camente, pode fazer as vezes</p><p>de algo que o aluno tem a noção de ser entediante –</p><p>estudo da língua, sentar e abrir um livro. Ao ouvir uma</p><p>música, os exemplos surgem. É a grande vantagem e</p><p>sempre foi a ideia do programa.</p><p>Disponível em: h�p://revistalingua.uol.com.br. Acesso</p><p>em: 8 ago. 2012 (fragmento).</p><p>Os gêneros textuais são definidos por meio de sua</p><p>estrutura, função e contexto de uso. Tomando por base a</p><p>estrutura dessa entrevista, observa-se que</p><p>a) a organização em turnos de fala reproduz o diálogo</p><p>que ocorre entre os interlocutores.</p><p>b) o tema e o suporte onde foi publicada jus�ficam a</p><p>ausência de traços da linguagem informal.</p><p>c) a ausência de referências sobre o entrevistado é uma</p><p>estratégia para induzir à leitura do texto na íntegra.</p><p>d) o uso do destaque gráfico é um recurso de edição para</p><p>ressaltar</p><p>a importância do tema para o entrevistador.</p><p>e) o entrevistado é um especialista em abordagens</p><p>educacionais alterna�vas para o ensino da língua</p><p>portuguesa.</p><p>IT0285 - (Enem)</p><p>Grileiro de terra</p><p>O jagunço falou com o caboclo</p><p>Conversando na sua varanda</p><p>Meu patrão vai tomar suas terras</p><p>Tá cercado por todas as bandas</p><p>Acho bom sair quanto antes</p><p>Pegue a sua família e se manda</p><p>Porque saibas que um mal acordo</p><p>É melhor do que boa demanda</p><p>TAVIANO & TAVARES. Disponível em: www.kboing.com.br.</p><p>Acesso em: 16 abr. 2015 (fragmento).</p><p>A situação de conflito descrita é caracterís�ca de espaços</p><p>rurais onde ocorre o processo de</p><p>a) formação de sistema de parceria.</p><p>b) homologação de reservas extra�vistas.</p><p>c) falsificação de �tulos de propriedades.</p><p>d) terceirização de mão de obra empregada.</p><p>e) desagregação de organizações coopera�vistas.</p><p>IT0236 - (Enem)</p><p>Cuitelinho</p><p>Cheguei na bera do porto</p><p>Onde as onda se espaia.</p><p>As garça dá meia volta,</p><p>Senta na bera da praia.</p><p>E o cuitelinho não gosta</p><p>Que o botão da rosa caia.</p><p>Quando eu vim da minha terra,</p><p>Despedi da parentaia.</p><p>Eu entrei em Mato Grosso,</p><p>Dei em terras paraguaia.</p><p>Lá �nha revolução,</p><p>Enfrentei fortes bataia.</p><p>A tua saudade corta</p><p>Como o aço de navaia.</p><p>O coração fica aflito,</p><p>Bate uma e outra faia.</p><p>E os oio se enche d´água</p><p>Que até a vista se atrapaia.</p><p>Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó.</p><p>BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.</p><p>São Paulo: Parábola, 2004.</p><p>Transmi�da por gerações, a canção Cuitelinho manifesta</p><p>aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua</p><p>forma de falar, além de registrar um momento histórico.</p><p>Depreende-se disso que a importância em preservar a</p><p>produção cultural de uma nação consiste no fato de que</p><p>produções como a canção Cuitelinho evidenciam a</p><p>a) recriação da realidade brasileira de forma ficcional.</p><p>b) criação neológica na língua portuguesa.</p><p>c) formação da iden�dade nacional por meio da tradição</p><p>oral.</p><p>d) incorreção da língua portuguesa que é falada por</p><p>pessoas do interior do Brasil.</p><p>e) padronização de palavras que variam regionalmente,</p><p>mas possuem mesmo significado.</p><p>IT0241 - (Enem)</p><p>An�ga viola</p><p>14@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A minha an�ga viola</p><p>Feita de pau de pinhero</p><p>É minha eterna lembrança</p><p>Do meu tempo de violero</p><p>A saudade dos fandango</p><p>Do meu sertão brasilero.</p><p>O recortado e ca�ra</p><p>Faiz lembrá dos mu�rão</p><p>O xote alembro as gaúchas</p><p>O churrasco no galpão</p><p>As moda de viola é triste</p><p>Faiz chorá quem tem paixão.</p><p>O baião é lá do Norte</p><p>Paulista é o cateretê</p><p>Quando escuto Cana-Verde</p><p>Alembro de Tietê</p><p>Numa festa do Divino</p><p>Que me encontrei com você.</p><p>A valsa é uma serenata</p><p>Na janela das morena</p><p>O rasqueado faiz lembrá</p><p>O cantar das siriema</p><p>Do tempo de boiadero</p><p>Nas madrugada serena.</p><p>Cantei muitos desafio</p><p>Já fui cabra fandanguero</p><p>Na congada já fui rei</p><p>Em todo sertão minero</p><p>Hoje só canto a saudade</p><p>Do folclore brasilero.</p><p>TONICO E TINOCO. Cantando para o Brasil, 1963.</p><p>Disponível em: h�p://letras.terra.com.br. Acesso em: 24</p><p>set. 2011.</p><p>A letra da música de Tonico e Tinoco revela que, entre</p><p>tantas funções da língua, ela contribui para a preservação</p><p>da iden�dade nacional sertaneja. No texto, o que</p><p>caracteriza linguis�camente essa iden�dade?</p><p>a) O uso de adje�vos qualificadores das experiências do</p><p>enunciador.</p><p>b) O emprego de palavras contrárias à destruição da</p><p>natureza.</p><p>c) As escolhas lexicais caracterizadoras da fala</p><p>coloquial.</p><p>d) As palavras suges�vas do caráter român�co do</p><p>homem sertanejo.</p><p>e) A marca pronominal indica�va de um interlocutor</p><p>feminino.</p><p>IT0221 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>Terezinha de Jesus</p><p>De uma queda foi ao chão</p><p>Acudiu três cavalheiros</p><p>Todos os três de chapéu na mão</p><p>O primeiro foi seu pai</p><p>O segundo, seu irmão</p><p>O terceiro foi aquele</p><p>A quem Tereza deu a mão</p><p>BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro</p><p>da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Outra interpretação é feita e par�r das condições sociais</p><p>daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem</p><p>cantava a can�ga, e música falava do casamento como</p><p>um des�no natural na vida da mulher, na sociedade</p><p>brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A</p><p>música prepara a moça para o seu des�no não apenas</p><p>inexorável, mas desejável; o casamento, estabelecendo</p><p>uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho,</p><p>marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua</p><p>vida.</p><p>Disponível em: h�p://provsjose.blogspot.com.br. Acesso</p><p>em: 5 dez. 2012.</p><p>O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a</p><p>mobilização da língua oral que, em determinados</p><p>contextos,</p><p>a) assegura existência de pensamentos contrários à</p><p>ordem vigente.</p><p>b) mantém a heterogeneidade das formas de relações</p><p>sociais.</p><p>c) conserva a influência sobre certas culturas.</p><p>d) preserva a diversidade cultural e comportamental.</p><p>e) reforça comportamentos e padrões culturais.</p><p>IT0256 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>Cinema Novo</p><p>O filme quis dizer: “Eu sou o samba”</p><p>A voz do morro rasgou a tela do cinema</p><p>E começaram a se configurar</p><p>Visões das coisas grandes e pequenas</p><p>Que nos formaram e estão a nos formar</p><p>Todas e muitas: Deus e o diabo, vidas secas, os fuzis,</p><p>Os cafajestes, o padre e a moça, a grande feira, o desafio</p><p>Outras conversas, outras conversas sobre os jeitos do</p><p>Brasil</p><p>VELOSO, C.; GIL, G. In: Tropicália 2. Rio de Janeiro:</p><p>Polygram, 1993 (fragmento).</p><p>TEXTO II</p><p>15@professorferretto @prof_ferretto</p><p>O cinema brasileiro par�u da consciência do</p><p>subdesenvolvimento e da necessidade de superá-lo de</p><p>maneira total, em sen�do esté�co, filosófico, econômico:</p><p>superar o subdesenvolvimento com os meios do</p><p>subdesenvolvimento. Tropicalismo é o nome dessa</p><p>operação; por isso existe um cinema antes e depois do</p><p>Tropicalismo. Agora nós não temos mais medo de</p><p>afrontar a realidade brasileira, a nossa realidade, em</p><p>todos os sen�dos e a todas as profundidades.</p><p>ROCHA, G. Tropicalismo, antropologia, mito, ideograma.</p><p>In: Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra;</p><p>Embrafilme, 1981 (adaptado).</p><p>Uma das aspirações do Cinema Novo, movimento</p><p>cinematográfico brasileiro dos anos 1960, incorporadas</p><p>pela letra da canção e detectáveis no texto de Glauber</p><p>Rocha, está na</p><p>a) retomada das aspirações antropofágicas pela prá�ca</p><p>intertextual.</p><p>b) problema�zação do conceito de arte provocada pela</p><p>geração tropicalista.</p><p>c) materialização do passado como instrumento de</p><p>percepção do contemporâneo.</p><p>d) síntese da cultura popular em sintonia com as</p><p>manifestações ar�s�cas da época.</p><p>e) formulação de uma iden�dade brasileira calcada na</p><p>tradição cultural e na crí�ca social.</p><p>IT0259 - (Enem)</p><p>Aquarela do Brasil</p><p>Brasil!</p><p>Meu Brasil brasileiro</p><p>Meu mulato inzoneiro</p><p>Vou cantar-te nos meus versos</p><p>O Brasil, samba que dá</p><p>Bamboleio que faz gingar</p><p>O Brasil do meu amor</p><p>Terra de Nosso Senhor</p><p>Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!</p><p>Ah! Abre a cor�na do passado</p><p>Tira a mãe preta do Cerrado</p><p>Bota o rei congo no congado</p><p>Brasil! Pra mim!</p><p>Deixa cantar de novo o trovador</p><p>A merencória luz da lua</p><p>Toda canção do meu amor</p><p>Quero ver a sá dona caminhando</p><p>Pelos salões arrastando</p><p>O seu ves�do rendado</p><p>Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!</p><p>ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento).</p><p>Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de</p><p>Ary Barroso é um exemplo �pico de</p><p>a) música de sá�ra.</p><p>b) samba exaltação.</p><p>c) hino revolucionário.</p><p>d) propaganda eleitoral.</p><p>e) marchinha de protesto.</p><p>IT0246 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade</p><p>em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face</p><p>do resto do mundo. Isto em todos os setores e,</p><p>sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os</p><p>maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que</p><p>perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e</p><p>sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais</p><p>foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso</p><p>vira-la�smo [...]. É um problema de fé em si mesmo. O</p><p>brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-</p><p>latas.</p><p>RODRIGUES, N. À sombra das chuteiras imortais. São</p><p>Paulo: Cia. das Letras,</p><p>1993.</p><p>TEXTO II</p><p>A melhor banda de todos os tempos da úl�ma semana</p><p>As músicas mais pedidas</p><p>Os discos que vendem mais</p><p>As novidades an�gas</p><p>Nas páginas dos jornais</p><p>Um idiota em inglês</p><p>Se é idiota, é bem menos que nós</p><p>Um idiota em inglês</p><p>É bem melhor do que eu e vocês</p><p>A melhor banda de todos os tempos da úl�ma semana</p><p>O melhor disco brasileiro de música americana</p><p>O melhor disco dos úl�mos anos de sucessos do passado</p><p>O maior sucesso de todos os tempos entre os dez</p><p>maiores fracassos</p><p>TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da úl�ma</p><p>semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).</p><p>O verso do Texto II que estabelece a adequada relação</p><p>temá�ca com “o nosso vira-la�smo”, presente no Texto I,</p><p>é:</p><p>16@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) “As novidades an�gas”.</p><p>b) “Os discos que vendem mais”.</p><p>c) “O melhor disco brasileiro de música americana”.</p><p>d) “A melhor banda de todos os tempos da úl�ma</p><p>semana”.</p><p>e) “O maior sucesso de todos os tempos entre os dez</p><p>maiores fracassos”.</p><p>IT0280 - (Enem)</p><p>Par�cipei de uma entrevista com o músico Renato</p><p>Teixeira. Certa hora, alguém pediu para listar as</p><p>diferenças entre a música sertaneja an�ga e a atual. A</p><p>resposta dele surpreendeu a todos: “Não há diferença</p><p>alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma</p><p>música que espelha a vida do homem no campo, e a</p><p>música não mente. O que mudou não foi a música, mas a</p><p>vida no campo”. Faz todo sen�do: a música caipira de raiz</p><p>exalava uma solidão, um certo distanciamento do país</p><p>“moderno”. Exigir o mesmo de uma música feita hoje,</p><p>num interior conectado, globalizado e rico como o que</p><p>temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a música</p><p>reflete seu próprio tempo.</p><p>BARCINSKI. A. Mudou a música ou mudaram os</p><p>caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 (adaptado).</p><p>A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte</p><p>aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro:</p><p>a) Crescimento do sistema de produção extensiva.</p><p>b) Expansão de a�vidades das novas ruralidades.</p><p>c) Persistência de relações de trabalho compulsório.</p><p>d) Contenção da polí�ca de subsídios agrícolas.</p><p>e) Fortalecimento do modelo de organização</p><p>coopera�va.</p><p>IT0254 - (Enem)</p><p>Brazil, capital Buenos Aires</p><p>No dia em que a bossa nova inventou o Brazil</p><p>Teve que fazer direito, senhores pares,</p><p>Porque a nossa capital era Buenos Aires,</p><p>A nossa capital era Buenos Aires.</p><p>E na cultura-Hollywood o cinema dizia</p><p>Que em Buenos Aires havia uma praia</p><p>Chamada Rio de Janeiro</p><p>Que como era gelada só podia ter</p><p>Carnaval no mês de fevereiro.</p><p>Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu</p><p>E Mangueira o imortalizou na avenida</p><p>Originária das tangas</p><p>Com que as índias fingiam</p><p>Cobrir a graça sagrada da vida.</p><p>Tom Zé. Disponível em h�p://letras.terra.com.br. Acesso</p><p>em: abr. 2010.</p><p>O texto de Tom Zé, crí�co de música, letrista e cantor,</p><p>insere-se em um contexto histórico e cultural que, dentro</p><p>da cultura literária brasileira, define-se como</p><p>a) contemporâneo à poesia concre�sta e por ela</p><p>influenciado.</p><p>b) sucessor do Roman�smo e de seus ideais</p><p>nacionalistas.</p><p>c) expressão do modernismo brasileiro influenciado pelas</p><p>vanguardas europeias.</p><p>d) representante da literatura engajada, de resistência ao</p><p>Estado Novo.</p><p>e) precursor do movimento de afirmação nacionalista, o</p><p>Tropicalismo.</p><p>IT0249 - (Enem)</p><p>Argumento</p><p>Tá legal</p><p>Eu aceito o argumento</p><p>Mas não me altere o samba tanto assim</p><p>Olha que a rapaziada está sen�ndo a falta</p><p>De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim</p><p>Sem preconceito</p><p>Ou mania de passado</p><p>Sem querer ficar do lado</p><p>De quem não quer navegar</p><p>Faça como o velho marinheiro</p><p>Que durante o nevoeiro</p><p>Leva o barco devagar.</p><p>PAULINHO DA VIOLA. Disponível em:</p><p>www.paulinhodaviola.com.br. Acesso em: 6 dez. 2012.</p><p>Na letra da canção, percebe-se uma interlocução. A</p><p>posição do emissor é conciliatória entre as tradições do</p><p>samba e os movimentos inovadores desse ritmo. A</p><p>estratégia argumenta�va de concessão, nesse cenário, é</p><p>marcada no trecho</p><p>a) "Mas não me altere o samba tanto assim".</p><p>b) "Olha que a rapaziada está sen�ndo a falta".</p><p>c) "Sem preconceito / Ou mania de passado".</p><p>d) "Sem querer ficar do lado / De quem não quer</p><p>navega".</p><p>e) "Leva o barco devagar".</p><p>IT0231 - (Enem)</p><p>17@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento</p><p>da contracultura. O desafio à tradição nessa criação</p><p>musical é caracterizado por</p><p>a) letras e melodias com caracterís�cas amargas e</p><p>depressivas.</p><p>b) arranjos baseados em ritmos e melodias</p><p>nordes�nos.</p><p>c) sonoridades experimentais e confluência de elementos</p><p>populares e eruditos.</p><p>d) temas que refletem situações domés�cas ligadas à</p><p>tradição popular.</p><p>e) ritmos con�dos e reservados em oposição aos</p><p>modelos estrangeiros.</p><p>IT0225 - (Enem)</p><p>Yaô</p><p>Aqui có no terreiro</p><p>Pelú adié</p><p>Faz inveja pra gente</p><p>Que não tem mulher</p><p>No jacutá de preto velho</p><p>Há uma festa de yaô</p><p>Ôi tem nêga de Ogum</p><p>De Oxalá, de lemanjá</p><p>Mucama de Oxossi é caçador</p><p>Ora viva Nanã</p><p>Nanã Buruku</p><p>Yô yoo</p><p>Yô yooo</p><p>No terreiro de preto velho iaiá</p><p>Vamos saravá (a quem meu pai?)</p><p>Xangô!</p><p>VIANA, G. Agó, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.</p><p>A canção Yaô foi composta na década de 1930 por</p><p>Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu</p><p>a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua</p><p>usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.</p><p>Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor</p><p>a) promove uma crí�ca bem-humorada às religiões afro-</p><p>brasileiras, destacando diversos orixás.</p><p>b) ressalta uma mostra da marca da cultura africana, que</p><p>se mantém viva na produção musical brasileira.</p><p>c) evidencia a superioridade da cultura africana e seu</p><p>caráter de resistência à dominação do branco.</p><p>d) deixa à mostra a separação racial e cultural que</p><p>caracteriza a cons�tuição do povo brasileiro.</p><p>e) expressa os rituais africanos com maior auten�cidade,</p><p>respeitando as referências originais.</p><p>IT0227 - (Enem)</p><p>Assum preto</p><p>Tudo em vorta é só beleza</p><p>Sol de abril e a mata em frô</p><p>Mas assum preto, cego dos óio</p><p>Num vendo a luz, ai, canta de dor</p><p>Tarvez por ignorança</p><p>Ou mardade das pió</p><p>Furaro os óio do assum preto</p><p>Pra ele assim, ai, cantá mio</p><p>Assum preto veve sorto</p><p>Mas num pode avuá</p><p>Mil veiz a sina de uma gaiola</p><p>Desde que o céu, ai, pudesse oiá</p><p>GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em:</p><p>www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012</p><p>(fragmento).</p><p>As marcas da variedade regional registradas pelos</p><p>compositores de Assum preto resultam da aplicação de</p><p>um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a</p><p>pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é</p><p>resultado de uma mesma regra a</p><p>18@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.</p><p>b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.</p><p>c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.</p><p>d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata</p><p>em frô”.</p><p>e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.</p><p>IT0263 - (Enem)</p><p>Good-bye</p><p>"Não é mais boa noite, nem bom dia</p><p>Só se fala good morning, good night</p><p>Já se desprezou o lampião de querosene</p><p>Lá no morro só se usa a luz da Light</p><p>Oh yes!"</p><p>A marchinha "Good-bye", composta por Assis Valente há</p><p>cerca de 50 anos, refere-se ao ambiente das favelas dos</p><p>morros cariocas. A estrofe citada mostra</p><p>a) como a questão do racionamento da energia elétrica,</p><p>bem como a da penetração dos anglicismos no</p><p>vocabulário brasileiro, iniciaram-se em meados do</p><p>século passado.</p><p>b) como a modernidade, associada simbolicamente à</p><p>eletrificação e ao uso de anglicismos, a�ngia toda a</p><p>população brasileira, mas também como, a despeito</p><p>disso, persis�a a desigualdade social.</p><p>c) como as populações excluídas se apropriavam aos</p><p>poucos de elementos de modernidade, saindo de uma</p><p>situação de exclusão social, o que é sugerido pelo</p><p>�tulo da música.</p><p>d) os resultados benéficos da polí�ca de boa vizinhança</p><p>norte-americana, que permi�a aos poucos que o Brasil</p><p>se inserisse numa cultura e economia globalizadas.</p><p>e) o desprezo do compositor pela cultura e pelas</p><p>condições de vida atrasadas</p><p>caracterís�cas do</p><p>"morro", isto é, dos bairros pobres da cidade do Rio de</p><p>Janeiro.</p><p>IT0266 - (Enem)</p><p>Chegança</p><p>Sou Pataxó,</p><p>Sou Xavante e Carriri,</p><p>Ianomâmi, sou Tupi</p><p>Guarani, sou Carajá.</p><p>Sou Pancaruru,</p><p>Carijó, Tupinajé,</p><p>Sou Po�guar, sou Caeté,</p><p>Ful-ni-ô, Tupinambá</p><p>Eu atraquei num porto muito seguro,</p><p>Céu azul, paz e ar puro...</p><p>Botei as pernas pro ar.</p><p>Logo sonhei que estava no paraíso,</p><p>Onde nem era preciso dormir para sonhar.</p><p>Mas de repente me acordei com a surpresa:</p><p>Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.</p><p>Da grande-nau</p><p>Um branco de barba escura,</p><p>Ves�ndo uma armadura me apontou pra me pegar.</p><p>E assustado dei um pulo da rede,</p><p>Pressen� a fome, a sede,</p><p>Eu pensei: “vão me acabar”.</p><p>Levantei-me de Borduna já na mão.</p><p>Aí, sen� no coração,</p><p>O Brasil vai começar.</p><p>NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o</p><p>mundo, 1998.</p><p>A letra da canção apresenta um tema recorrente na</p><p>história da colonização brasileira, as relações de poder</p><p>entre portugueses e povos na�vos, e representa uma</p><p>crí�ca à ideia presente no chamado mito</p><p>a) da democracia racial, originado das relações cordiais</p><p>estabelecidas entre portugueses e na�vos no período</p><p>anterior ao início da colonização brasileira.</p><p>b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os</p><p>povos na�vos se associaram economicamente aos</p><p>portugueses, par�cipando dos negócios coloniais</p><p>açucareiros.</p><p>c) do brasileiro recep�vo, oriundo da facilidade com que</p><p>os na�vos brasileiros aceitaram as regras impostas</p><p>pelo colonizador, o que garan�u o sucesso da</p><p>colonização.</p><p>d) da natural miscigenação, resultante da forma como a</p><p>metrópole incen�vou a união entre colonos, ex-</p><p>escravas e na�vas para acelerar o povoamento da</p><p>colônia.</p><p>e) do encontro, que iden�fica a colonização portuguesa</p><p>como pacífica em função das relações de troca</p><p>estabelecidas nos primeiros contatos entre</p><p>portugueses e na�vos.</p><p>IT0215 - (Enem)</p><p>Seu delegado</p><p>Eu sou viúvo e tenho um filho homem</p><p>Arrumei uma viúva e fui me casar</p><p>A minha sogra era muito teimosa</p><p>Com o meu filho foi se matrimoniar</p><p>Desse matrimônio nasceu um garoto</p><p>Desde esse dia que eu ando é louco</p><p>19@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Esse garoto é filho do meu filho</p><p>E o filho da minha sogra é irmão da minha mulher</p><p>Ele é meu neto e eu sou cunhado dele</p><p>A minha nora é minha sogra</p><p>Meu filho meu sogro é</p><p>Nessa confusão já nem sei quem sou</p><p>Acaba esse garoto sendo meu avô.</p><p>TRIO FORROZÃO. Agitando a rapaziada. Rio de Janeiro:</p><p>Natasha Records, 2009.</p><p>Nessa letra da canção, a suposição do úl�mo verso</p><p>sinaliza a intenção do autor de</p><p>a) ironizar as relações familiares modernas.</p><p>b) reforçar o humor da situação representada.</p><p>c) expressar perplexidade em relação ao parente.</p><p>d) atribuir à criança a causa da dúvida existencial.</p><p>e) ques�onar os lugares predeterminados da família.</p><p>IT0264 - (Enem)</p><p>Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma</p><p>peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a</p><p>reputação de traidor que foi atribuída a Calabar,</p><p>pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses</p><p>na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632.</p><p>- Calabar traiu o Brasil que ainda não exis�a? Traiu</p><p>Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar</p><p>havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade</p><p>escravista e discriminatória, traiu a elite branca?</p><p>Os textos referem-se também a esta personagem.</p><p>Texto I:</p><p>"... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível</p><p>História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos</p><p>os séculos"</p><p>Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do</p><p>Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949.</p><p>Texto II</p><p>"Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas</p><p>de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara</p><p>Ma�as de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora</p><p>ferido, e desertara em consequência de vários crimes</p><p>pra�cados..." (os crimes referidos são o de contrabando e</p><p>roubo).</p><p>CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José</p><p>Olympio, 1959.</p><p>Pode-se afirmar que:</p><p>a) A peça e os textos abordam a temá�ca de maneira</p><p>parcial e chegam às mesmas conclusões.</p><p>b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com</p><p>relação à suposta traição de Calabar, e o texto II</p><p>mostra uma posição contrária à a�tude de Calabar.</p><p>c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à</p><p>a�tude de Calabar, e a peça demostra uma posição</p><p>indiferente em relação ao seu suposto ato de traição.</p><p>d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta</p><p>traição de Calabar, ao contrário do texto I, que</p><p>condena a a�tude de Calabar.</p><p>e) A peça ques�ona a validade da reputação de traidor</p><p>que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II</p><p>descreve ações posi�vas e nega�vas dessa</p><p>personagem.</p><p>IT0224 - (Enem)</p><p>Carta ao Tom 74</p><p>Rua Nascimento Silva, cento e sete</p><p>Você ensinando pra Elizete</p><p>As canções de canção do amor demais</p><p>Lembra que tempo feliz</p><p>Ah, que saudade,</p><p>Ipanema era só felicidade</p><p>Era como se o amor doesse em paz</p><p>Nossa famosa garota nem sabia</p><p>A que ponto a cidade turvaria</p><p>Esse Rio de amor que se perdeu</p><p>Mesmo a tristeza da gente era mais bela</p><p>E além disso se via da janela</p><p>Um can�nho de céu e o Redentor</p><p>É, meu amigo, só resta uma certeza,</p><p>É preciso acabar com essa tristeza</p><p>É preciso inventar de novo o amor</p><p>MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua</p><p>gente. São Paulo: Universal: Philips, 1975 (fragmento).</p><p>O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes</p><p>apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando</p><p>que o eu poé�co e o interlocutor</p><p>a) compar�lhem uma visão realista sobre o amor em</p><p>sintonia com o meio urbano.</p><p>b) troquem no�cias em tom nostálgico sobre as</p><p>mudanças ocorridas na cidade.</p><p>c) façam confidências, uma vez que não se encontram</p><p>mais no Rio de Janeiro.</p><p>d) tratem pragma�camente sobre os des�nos do amor e</p><p>da vida citadina.</p><p>e) aceitem as transformações ocorridas em pontos</p><p>turís�cos específicos.</p><p>20@professorferretto @prof_ferretto</p><p>IT0230 - (Enem)</p><p>Aqui é o país do futebol</p><p>Brasil está vazio na tarde de domingo, né?</p><p>Olha o sambão, aqui é o país do futebol</p><p>[...]</p><p>No fundo desse país</p><p>Ao longo das avenidas</p><p>Nos campos de terra e grama</p><p>Brasil só é futebol</p><p>Nesses noventa minutos</p><p>De emoção e alegria</p><p>Esqueço a casa e o trabalho</p><p>A vida fica lá fora</p><p>Dinheiro fica lá fora</p><p>A cama fica lá fora</p><p>A mesa fica lá fora</p><p>Salário fica lá fora</p><p>A fome fica lá fora</p><p>A comida fica lá fora</p><p>A vida fica lá fora</p><p>E tudo fica lá fora</p><p>SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em:</p><p>www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011</p><p>(fragmento).</p><p>Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson</p><p>Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal</p><p>de movimento e expressão da tradição nacional, é</p><p>apresentado de forma crí�ca e emancipada devido ao</p><p>fato de</p><p>a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.</p><p>b) ser apresentado como uma a�vidade de lazer.</p><p>c) ser iden�ficado com a alegria da população</p><p>brasileira.</p><p>d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo</p><p>futebol.</p><p>e) ser associado ao desenvolvimento do país.</p><p>IT0277 - (Enem)</p><p>No tempo da independência do Brasil, circulavam nas</p><p>classes populares do Recife trovas que faziam alusão à</p><p>revolta escrava do Hai�:</p><p>Marinheiros e caiados</p><p>Todos devem se acabar,</p><p>Porque só pardos e pretos</p><p>O país hão de habitar.</p><p>AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos</p><p>pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.</p><p>O período da independência do Brasil registra conflitos</p><p>raciais, como se depreende</p><p>a) dos rumores acerca da revolta escrava do Hai�, que</p><p>circulavam entre a população escrava e entre os</p><p>mes�ços pobres, alimentando seu desejo por</p><p>mudanças.</p><p>b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a</p><p>rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na</p><p>Noite das Garrafadas.</p><p>c) do apoio que escravos e negros forros deram à</p><p>monarquia, com a perspec�va de receber sua proteção</p><p>contra as injus�ças do sistema escravista.</p><p>d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos</p><p>demonstravam contra os marinheiros, porque estes</p><p>representavam a elite branca opressora.</p><p>e) da expulsão de vários</p><p>líderes negros independen�stas,</p><p>que defendiam a implantação de uma república negra,</p><p>a exemplo do Hai�.</p><p>IT0213 - (Enem)</p><p>TEXTO I</p><p>É pau, é pedra, é o fim do caminho</p><p>É um resto de toco, é um pouco sozinho</p><p>É um caco de vidro, é a vida, é o sol</p><p>É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol</p><p>É peroba-do-campo, é o nó da madeira</p><p>Caingá, candeia, é o ma�ta-pereira</p><p>TOM JOBIM. Águas de março. O Tom de Jobim e o tal de</p><p>João Bosco (disco de bolso). Salvador: Zen Produtora,</p><p>1972 (fragmento).</p><p>TEXTO II</p><p>A inspiração súbita e certeira do compositor serve ainda</p><p>de exemplo do lema an�go: nada vem do nada. Para</p><p>ninguém, nem mesmo para Tom Jobim. Duas fontes são</p><p>razoavelmente conhecidas. A primeira é o poema O</p><p>caçador de esmeraldas, do mestre parnasiano Olavo</p><p>Bilac: “Foi em março, ao findar da chuva, quase à</p><p>entrada/ do outono, quando a terra em sede</p><p>requeimada/bebera longamente as águas da estação</p><p>[...]”. E a outra é um ponto de macumba, gravado com</p><p>sucesso por J. B. Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é</p><p>pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo”.</p><p>Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom; mas o</p><p>que se vê em Águas de março vai muito além: tudo se</p><p>transforma numa outra coisa e numa outra música, que</p><p>recompõem o mundo para nós.</p><p>NESTROVSKI, A. O samba mais bonito do mundo. In: Três</p><p>canções de Tom Jobim. São Paulo: Cosac Naify, 2004.</p><p>Ao situar a composição no panorama cultural brasileiro, o</p><p>Texto II destaca o(a)</p><p>21@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) diálogo que a letra da canção estabelece com</p><p>diferentes tradições da cultura nacional.</p><p>b) singularidade com que o compositor converte</p><p>referências eruditas em populares.</p><p>c) caráter inovador com que o compositor concebe o</p><p>processo de criação ar�s�ca.</p><p>d) rela�vização que a letra da canção promove na</p><p>concepção tradicional de originalidade.</p><p>e) o resgate que a letra da canção promove de obras</p><p>pouco conhecidas pelo público no país.</p><p>IT0267 - (Enem)</p><p>A gente não sabemos escolher presidente</p><p>A gente não sabemos tomar conta da gente</p><p>A gente não sabemos nem escovar os dentes</p><p>Tem gringo pensando que nóis é indigente</p><p>Inú�l</p><p>A gente somos inú�l</p><p>MOREIRA, R. Inú�l. 1983 (fragmento).</p><p>O fragmento integra a letra de uma canção gravada em</p><p>momento de intensa mobilização polí�ca. A canção foi</p><p>censurada por estar associada</p><p>a) ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início</p><p>da ditadura militar.</p><p>b) a uma crí�ca ao regime ditatorial que, mesmo em sua</p><p>fase final, impedia a escolha popular do presidente.</p><p>c) à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava,</p><p>naquele contexto, a conscien�zação da sociedade por</p><p>meio da música.</p><p>d) a dominação cultural dos Estados Unidos da América</p><p>sobre a sociedade brasileira, que o regime militar</p><p>pretendia esconder.</p><p>e) à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência</p><p>polí�ca do povo brasileiro.</p><p>IT0217 - (Enem)</p><p>Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri,</p><p>Irerê, meu companheiro,</p><p>Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria?</p><p>Ai triste sorte a do violeiro cantadô!</p><p>Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô,</p><p>Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê:</p><p>Que tua flauta do sertão quando assobia,</p><p>Ah! A gente sofre sem querê!</p><p>Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão,</p><p>Ah! Como uma brisa amolecendo o coração,</p><p>Ah! Ah!</p><p>Irerê, solta teu canto!</p><p>Canta mais! Canta mais!</p><p>Prá alembrá o Cariri!</p><p>VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e</p><p>oito violoncelos (1938-1945). Disponível em:</p><p>h�p://euterpe.blog.br. Acesso em: 23 abr. 2019.</p><p>Nesses verbos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em</p><p>uma ambientação linguis�camente apoiada no(a)</p><p>a) uso recorrente de pronomes.</p><p>b) variedade popular da língua portuguesa.</p><p>c) referência ao conjunto da fauna nordes�na.</p><p>d) exploração de instrumentos musicais eruditos.</p><p>e) predomínio de regionalismos lexicais nordes�nos.</p><p>IT0245 - (Enem)</p><p>Vaca Estrela e Boi Fubá</p><p>Seu doutô, me dê licença</p><p>Pra minha história contar</p><p>Hoje eu tô em terra estranha</p><p>É bem triste o meu penar</p><p>Eu já fui muito feliz</p><p>Vivendo no meu lugar</p><p>Eu �nha cavalo bão</p><p>Gostava de campear</p><p>Todo dia eu aboiava</p><p>Na porteira do currá</p><p>[...]</p><p>Eu sou fio do Nordeste</p><p>Não nego meu naturá</p><p>Mas uma seca medonha</p><p>Me tangeu de lá pra cá</p><p>PATATIVA DO ASSARÉ. Intérpretes: PENA BRANCA;</p><p>XAVANTINHO; TEIXEIRA, R.</p><p>Ao vivo em Tatuí. Rio de Janeiro: Kuarup Discos, 1992</p><p>(fragmento).</p><p>Considerando-se o registro linguís�co apresentado, a</p><p>letra dessa canção</p><p>a) exalta uma forma específica de dizer.</p><p>b) u�liza elementos pouco usuais na língua.</p><p>c) influencia a maneira de falar do povo brasileiro.</p><p>d) discute a diversidade lexical de um dado grupo</p><p>social.</p><p>e) integra o patrimônio linguís�co do português</p><p>brasileiro.</p><p>IT0261 - (Enem)</p><p>Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida</p><p>com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não</p><p>deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música</p><p>22@professorferretto @prof_ferretto</p><p>popular brasileira. A par�r da década de 70 do século</p><p>passado, em lugar do produto musical de exportação de</p><p>nível internacional prome�do pelos baianos com a</p><p>“retomada da linha evolutória”, ins�tuiu-se nos meios de</p><p>comunicação e na indústria do lazer uma nova era</p><p>musical.</p><p>TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular: da</p><p>modinha ao tropicalismo. São Paulo: Art, 1986</p><p>(adaptado).</p><p>A nova era musical mencionada no texto evidencia um</p><p>gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou</p><p>à realidade brasileira. Esse gênero está representado pela</p><p>obra cujo trecho da letra é:</p><p>a) A estrela d’alva / No céu desponta / E a lua anda tonta</p><p>/ Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa</p><p>e João de Barro)</p><p>b) Hoje / Eu quero a rosa mais linda que houver / Quero</p><p>a primeira estrela que vier / Para enfeitar a noite do</p><p>meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran)</p><p>c) No rancho fundo / Bem pra lá do fim do mundo / Onde</p><p>a dor e a saudade / Contam coisas da cidade. (No</p><p>rancho fundo, Ary Barroso e Lamar�ne Babo)</p><p>d) Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém</p><p>está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha</p><p>negra, Rita Lee)</p><p>e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que os</p><p>beijinhos que eu darei / Na sua boca. (Chega de</p><p>saudade, Tom Jobim e Vinicius de Moraes)</p><p>IT0265 - (Enem)</p><p>Ó sublime pergaminho</p><p>Libertação geral</p><p>A princesa chorou ao receber</p><p>A rosa de ouro papal</p><p>Uma chuva de flores cobriu o salão</p><p>E o negro jornalista</p><p>De joelhos beijou a sua mão</p><p>Uma voz na varanda do paço ecoou:</p><p>“Meu Deus, meu Deus</p><p>Está ex�nta a escravidão”</p><p>MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime</p><p>Pergaminho.</p><p>Disponível em h�p:// www.letras.terra.com.br. Acesso</p><p>em: 28 abr. 2010.</p><p>O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma</p><p>concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em</p><p>nossa memória, mas que não encontra respaldo nos</p><p>estudos históricos mais recentes. Nessa concepção</p><p>ultrapassada, a abolição é apresentada como</p><p>a) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que</p><p>demandavam a redução da jornada de trabalho.</p><p>b) concessão do governo, que ofereceu bene�cios aos</p><p>negros, sem consideração pelas lutas de escravos e</p><p>abolicionistas.</p><p>c) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo</p><p>responsável pela o�mização da inclusão social dos</p><p>libertos.</p><p>d) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os</p><p>agentes históricos envolvidos na questão: fazendeiros,</p><p>governo e escravos.</p><p>e) forma de inclusão social, uma vez que a abolição</p><p>possibilitaria a concre�zação de direitos civis e sociais</p><p>para os negros.</p><p>IT0270 - (Enem)</p><p>Ô ô, com tanto pau no mato</p><p>Embaúba* é coroné</p><p>Com tanto pau no mato, ê ê</p><p>Com tanto pau no mato</p><p>Embaúba é coroné</p><p>*Embaúba: árvore comum e inú�l por ser podre por</p><p>dentro, segundo o historiador Stanley Stein.</p><p>STEIN, S. J. Vassouras: um município brasileiro de café,</p><p>1850-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990</p><p>(adaptado).</p><p>Os versos fazem parte de um jongo, gênero poé�co-</p><p>musical cantado por escravos e seus descendentes no</p><p>Brasil no século XIX, e procuram expressar a</p><p>a) exploração rural.</p><p>b) bravura senhorial.</p><p>c) resistência cultural.</p><p>d) violência escravista.</p><p>e) ideologia paternalista.</p>

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