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<p>ANÁLISE DE CONJUNTURA ECONÔMICA</p><p>Caro (a) estudante,</p><p>A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, analisa a formação de preços</p><p>no mercado, isto é, como a empresa e o consumidor convivem e decidem qual</p><p>o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados</p><p>específicos. Nesta aula, você aprenderá sobre a teoria da microeconomia, da</p><p>produção e sobre custo e formação de preço.</p><p>AULA – 3</p><p>MICROECONOMIA,</p><p>PRODUÇÃO, PREÇO E</p><p>CUSTOS</p><p>Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá</p><p>como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade</p><p>de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e</p><p>Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo.</p><p>▪ Compreender o conceito de psicologia</p><p>▪ Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia</p><p>▪ Conhecer as áreas de atuação do psicólogo.</p><p>➢ Definir microeconomia.</p><p>➢ Compreender a teoria microeconômica.</p><p>➢ Entender sobre custos e formação de preço de vendas.</p><p>3 MICROECONOMIA</p><p>Segundo Mendes (2018), o campo da economia pode ser dividido em dois</p><p>principais ramos de estudo: a microeconomia e a macroeconomia. Nessa aula,</p><p>enfatizaremos a Microeconomia.</p><p>Para Vasconcellos e Garcia (2019), a Microeconomia, ou Teoria dos Preços,</p><p>analisa a formação de preços no mercado, isto é, como a empresa e o consumidor</p><p>convivem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em</p><p>mercados específicos. Ela estuda o modo como as empresas e os indivíduos tomam</p><p>decisões, e o modo pelo qual esses tomadores de decisões interagem uns com os</p><p>outros. Considerando-se que os eventos macroeconômicos surgem a partir de</p><p>inúmeras interações microeconômicas, todos os modelos macroeconômicos precisam</p><p>ser coerentes com os fundamentos microeconômicos, mesmo que esses sejam</p><p>somente implícitos (MANKIW, 2021).</p><p>A teoria da microeconomia, não deve ser confundida com a economia</p><p>empresarial, por seu foco diferir, analisando a atuação da oferta e da demanda na</p><p>formação dos preços de mercado, isto é, o preço obtido através da interação de</p><p>grupos de consumidores e conjuntos de empresas que produzem um bem ou serviço</p><p>específico.</p><p>Ao estudar determinada empresa, do ponto de vista da administração,</p><p>prevalece a concepção contábil-financeira na formação do preço de venda de seu</p><p>produto, baseada, principalmente, nos custos de produção, enquanto na</p><p>microeconomia, prevalece a percepção do mercado em geral. Então alguns temas</p><p>como motivação, liderança, gestão de pessoas, marketing, entre outros, são próprios</p><p>da área de administração de empresas e não da microeconomia.</p><p>A contabilidade também difere, no enfoque econômico, mesmo quando se trata</p><p>de custos de produção, porque o economista, observa além dos custos efetivamente</p><p>incorridos, incluindo também os custos potenciais, resultantes das oportunidades</p><p>sacrificadas (isto é, os custos de oportunidade ou implícitos).</p><p>Na perspectiva econômica, os custos de produção, não são meramente os</p><p>gastos ou desembolsos financeiros, incorridos pela organização (custos explícitos),</p><p>“mas incluem também o quanto as empresas gastariam se tivessem de alugar ou</p><p>comprar no mercado os insumos que são de sua propriedade (custos implícitos)”</p><p>(VASCONCELLOS; GARCIA, p. 30, 2019).</p><p>Os consumidores, agentes de demandas, são aqueles que vão ao mercado,</p><p>obter um conjunto de bens ou serviços que maximizem sua utilidade, isto é, seu nível</p><p>de satisfação no consumo. O estabelecimento comercial ou a empresa é a</p><p>combinação desempenhada pelo empresário dos fatores de produção, capital,</p><p>trabalho, terra e tecnologia, organizados para obter a maior quantidade de produção</p><p>ou serviços ao menor custo.</p><p>Conforme Vasconcellos e Garcia (2019), deve-se pensar na microeconomia</p><p>como o estudo das partes menores. Devido ao fato dela estudar as unidades</p><p>integrantes da economia (consumidores, empresas, trabalhadores, proprietários dos</p><p>recursos, entre outros) e como se relacionam. Analisa o comportamento dos</p><p>consumidores e produtores para compreender o funcionamento global do sistema</p><p>econômico. Isto é, examina as ações dos agentes econômicos privados em relação à</p><p>produção e ao consumo. Assim sendo, a microeconomia investiga a possível</p><p>eficiência e equilíbrio do sistema econômico em geral.</p><p>Outra denominação da microeconomia é a Teoria dos preços. Trata-se do</p><p>funcionamento do livre mecanismo do sistema de preços, definindo as ações de</p><p>produtores e consumidores. Por exemplo, imagine um produtor prestes a decidir qual</p><p>dos variados produtos será mais lucrativo produzir com seus recursos escassos. Esse</p><p>é um típico problema microeconômico. Resumindo, a microeconomia está focada nos</p><p>seguintes aspectos:</p><p>➢ Comportamento do consumidor (deseja maximizar sua satisfação) e da</p><p>empresa (procura maximizar o lucro);</p><p>➢ Unidades individuais da economia (empresa e consumidor);</p><p>➢ Formação de preços de bens e serviços com base nas forças de oferta</p><p>e demanda, considerando-se as várias estruturas de mercado</p><p>(ROSSETTI, 2016).</p><p>Conforme as curvas de oferta e de demanda, analisa-se, em uma região, em</p><p>um país e até no mundo, o mercado de automóveis, de televisores, de aço, de soja,</p><p>de milho, de boi gordo, entre outros.</p><p>3.1 Divisão do estudo microeconômico</p><p>Para Vasconcellos e Garcia (2019), a teoria microeconômica consiste nos</p><p>seguintes tópicos:</p><p>➢ Análise da demanda: a teoria da demanda ou procura de uma</p><p>mercadoria, ou serviço, é dividida em teoria do consumidor (demanda</p><p>individual) e teoria da demanda de mercado.</p><p>➢ Análise da oferta: a teoria da oferta de um bem ou serviço também se</p><p>subdivide em oferta da firma individual e oferta de mercado. Na análise</p><p>da oferta da firma, discute-se a teoria da produção, que analisa as</p><p>relações entre quantidades físicas do produto e os fatores de produção,</p><p>e a teoria dos custos de produção, que envolve os preços dos insumos.</p><p>➢ Análise das estruturas de mercado: a partir da demanda e da oferta</p><p>de mercado, o preço e a quantidade de equilíbrio de um dado bem ou</p><p>serviço, são determinados. O preço e a quantidade, dependerão da</p><p>forma específica ou estrutura desse mercado, isto é, se ele é</p><p>competitivo, várias empresas produzindo um determinado produto, ou</p><p>concentrado algumas, ou apenas em uma única empresa.</p><p>Na análise das estruturas de mercado, os efeitos da oferta e da demanda são</p><p>avaliados, tanto no mercado de bens e serviços, quanto no mercado de fatores de</p><p>produção. As estruturas do mercado de bens e serviços são as seguintes:</p><p>a) Concorrência perfeita;</p><p>b) Concorrência imperfeita ou monopolística;</p><p>c) Monopólio;</p><p>d) Oligopólio.</p><p>As estruturas do mercado de fatores de produção são:</p><p>a) Concorrência perfeita;</p><p>b) Concorrência imperfeita;</p><p>c) Monopsônio;</p><p>d) Oligopsônio.</p><p>No mercado de fatores de produção, a busca por fatores de produção é</p><p>chamada de demanda derivada, pois a demanda por insumos (capital, mão de obra)</p><p>está vinculada à (ou derivada) da procura pelo produto final da empresa no mercado</p><p>de bens e serviços (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019).</p><p>3.2 Fundamentos Teóricos do comportamento do consumidor</p><p>As teorias gerenciais do comportamento de produtores e de consumidores</p><p>acrescentaram novos elementos às abordagens fundadas em objetivos de</p><p>maximização, seja do lucro, ou de satisfação individual. Existe muito mais variáveis</p><p>em jogo que as supostas pelas elegantes demonstrações neoclássicas. Porém, ainda</p><p>se precisa de ambas para ampla compreensão dos motivos que realmente</p><p>impulsionam esses dois agentes econômicos. A união das duas abordagens é mais</p><p>produtiva, do ponto de vista teórico. E mais convincente, quando conferida com a</p><p>realidade observada (ROSSETTI,</p><p>2016).</p><p>Conforme as abordagens teóricas tradicionais, consumidores e produtores,</p><p>embora ocupem posições aparentemente opostas no mercado em que participam,</p><p>compartilham essencialmente o mesmo objetivo, a maximização de suas satisfações.</p><p>Os produtores ficam satisfeitos quando obtêm o máximo lucro possível. Os</p><p>consumidores, quando maximizam a satisfação de suas necessidades e desejos. Por</p><p>um lado, as limitações para a realização desses objetivos advêm das condições</p><p>técnicas da produção, da disponibilidade e dos custos de recursos, da capacidade</p><p>instalada e do ambiente de mercado. Por outro lado, sucedem-se as restrições</p><p>orçamentárias. Contudo, dadas as limitações e as restrições com que se defrontam,</p><p>todos buscam a máxima satisfação de seus interesses.</p><p>Esses argumentos básicos da microeconomia, são formalmente comprovados</p><p>por diferentes enfoques teóricos. O comportamento do consumidor é justificado tanto</p><p>por noções tradicionais de utilidade e escolhas indiferentes, quanto por abordagens</p><p>mais amplas que consideram fatores extraeconômicos. E também o comportamento</p><p>do produtor pode ser teoricamente justificado tanto pelo pensamento neoclássico de</p><p>maximização do lucro, quanto por enfoques gerenciais mais recentes que consideram</p><p>os múltiplos objetivos perseguidos por organizações complexas, sendo fortemente</p><p>influenciadas pelas motivações decisivas de seus gerentes.</p><p>Essas abordagens, consideradas intercomplementares, são importantes para</p><p>entender os mecanismos de formação de preços observados em diferentes estruturas</p><p>de mercado, perfeita ou imperfeitamente competitivas. Conforme Rossetti (2016),</p><p>seus principais elementos são:</p><p>O conceito de utilidade e a satisfação do consumidor. As preferências do</p><p>consumidor: o conceito de indiferença, o processo de escolha e as posições</p><p>de equilíbrio. Os fatores extraeconômicos que influenciam as decisões de</p><p>consumidores. Os conceitos econômicos de custo e lucro: as regras teóricas</p><p>básicas de maximização. A abordagem gerencial: fatores extraeconômicos</p><p>que determinam o comportamento dos produtores (ROSSETTI, p. 464, 2016).</p><p>Existem três razões para a composição básica da curva da procura, uma função</p><p>de descendente que correlaciona inversamente preços e quantidades demandadas.</p><p>A primeira é a importância dos preços, na perspectiva do consumidor: para ele, os</p><p>preços são obstáculos, quando muito elevados. A segunda é a viabilidade de</p><p>substituição de produtos, impossível apenas no caso extremo de monopólio puro;</p><p>excetuando-se este caso-limite, a presença de produtos substitutos com preços mais</p><p>baixos ou em queda, reduz as quantidades procuradas de produtos de preços mais</p><p>altos ou em expansão. E a terceira é a utilidade atribuível ao produto: quanto mais</p><p>unidades disponíveis, menor é o nível de utilidade das últimas unidades em relação</p><p>às primeiras. Mesmo em relação a produtos que atendem a necessidades</p><p>fundamentais, a utilidade de uma única unidade disponível é necessariamente</p><p>superior à da segunda. Esta é superior à da terceira e assim por diante.</p><p>Segundo Rossetti (2016), aprofundando na compreensão destes fundamentos,</p><p>podemos observar e analisar como as curvas de procura podem ser derivadas a partir</p><p>de modelos teóricos tradicionais desenvolvidos com base nessas suposições, tendo,</p><p>assim, a possibilidade da criação de instrumentos analíticos que podem ser usadas</p><p>para ter dos fenômenos econômicos certa previsibilidade.</p><p>As primeiras evoluções da teoria do comportamento do consumidor devem-se</p><p>aos economistas da segunda metade do século XIX, que chegaram a afirmações</p><p>semelhantes, em trabalhos publicados quase na mesma época. O inglês W. S. Jevons</p><p>foi um deles. Suas reflexões sobre o comportamento do consumidor são muito mais</p><p>leis de lógica formal que econômica. Elas foram sintetizadas em (1871/1983) em</p><p>(Teoria da Economia Política), anteriormente, em 1870, ele publicou Lessons of Logic.</p><p>Através da fertilidade de sua imaginação e investigações lógicas, Jevons lançou as</p><p>bases para o princípio da utilidade marginal decrescente, o que levaria a interessantes</p><p>desenvolvimentos teóricos relacionados à função da procura. Outros autores do</p><p>mesmo período foram os austríacos C. Menger, F. Wieser e E. Böhm-Bawerk.</p><p>Em obras publicadas entre 1871 e 1884, eles chegaram a conclusões</p><p>semelhantes às de Jevons, associadas aos conceitos de utilidade, de valor e de</p><p>preços, mostrando como as escalas de procura decorrem do princípio da utilidade</p><p>marginal decrescente. Ainda no mesmo período, o francês L. Walras, docente em</p><p>Lausanne, em (Elementos de Economia Política Pura), de (1874/1983), também</p><p>associou o conceito de intensidade de satisfação do consumidor ao grau de utilidade</p><p>final dos produtos consumidos. E foi muito além em seus desenvolvimentos teóricos,</p><p>expondo como o equilíbrio geral da economia está relacionado à busca de satisfação</p><p>máxima por agentes econômicos individuais, agindo racionalmente.</p><p>Como os pensamentos desses economistas se baseava, em sua maioria, no</p><p>princípio da utilidade marginal, a denominação genérica que se dá à corrente de</p><p>pensamento econômico por eles desenvolvido é marginalismo, o conceito de</p><p>acréscimos marginais serviu a modelos teóricos em quase todos os campos da</p><p>economia, micro e macro, desde o comportamento de consumidores e de produtores,</p><p>até questões monetárias, fiscais e de equilíbrio geral. Sob muitos aspectos, o</p><p>marginalismo lapidou e reformulou os enfoques clássicos do final do século XVIII. E</p><p>forneceu os elementos para a síntese neoclássica feita por A. Marshall, na virada do</p><p>século XIX para o século XX, em seu notável (Princípios de Economia), em</p><p>(1890/1982).</p><p>3.3 Teoria da Produção</p><p>A teoria dos custos de produção constitui-se, em Economia, é denominada</p><p>teoria da oferta da firma individual. Os princípios da teoria dos custos de produção são</p><p>importantes para a análise dos preços e do emprego dos fatores, tal como de sua</p><p>alocação entre os diversos usos alternativos na economia.</p><p>Portanto, a teoria dos custos de produção serve de base para a análise das</p><p>relações presentes entre produção e custos dos fatores de produção: em uma</p><p>economia moderna, onde a tecnologia e processos produtivos desenvolvem</p><p>diariamente, o relacionamento entre a produção e os custos de insumos é muito</p><p>importante na análise da teoria da formação dos preços (VASCONCELLOS; GARCIA,</p><p>2019).</p><p>A teoria da produção, trata-se da relação técnica ou tecnológica entre</p><p>quantidades físicas de produtos (saídas/ outputs) e fatores de produção (entradas/</p><p>inputs), enquanto a teoria dos custos de produção, relaciona quantidades físicas de</p><p>produtos com os preços dos fatores de produção. Isto é, a teoria da produção dedica</p><p>apenas de relações físicas, enquanto a teoria dos custos de produção abrange</p><p>também os preços dos insumos.</p><p>3.3.1 Produção</p><p>A atividade de produção consiste em processos para transformar os elementos</p><p>adquiridos pela empresa em produtos para venda no mercado. O conceito de</p><p>produção refere-se não apenas a bens físicos e materiais, mas também a serviços</p><p>como atividades financeiras, transporte, comércio, entre outros.</p><p>O processo de produção, combina vários insumos ou fatores de produção para</p><p>produzir o bem ou serviço final. As maneiras como esses insumos são ligados formam</p><p>os processos ou métodos de produção, que podem ser intensivos em mão de obra</p><p>(usando mais mão de obra que outros insumos), intensivos em capital ou terra. Esse</p><p>processo será simples se for possível produzir um único produto (ou output) a partir</p><p>da combinação de fatores; se existe a possibilidade de produzir mais de um produto,</p><p>tem-se um processo de produção múltiplo.</p><p>Ao escolher o método ou processo de produção deve-se atentar para a sua</p><p>eficiência. O conceito de eficiência pode ser abordado de uma perspectiva técnica,</p><p>tecnológica ou, econômica. Um processo é tecnicamente eficiente (eficiência técnica</p><p>ou tecnológica) se usa uma quantidade menor de insumos para produzir uma</p><p>quantidade equivalente de produto em comparação com outros processos. A</p><p>eficiência econômica refere-se ao método de produção mais barato (ou seja, com</p><p>menor custo de produção) em comparação com outros métodos, para produzir a</p><p>mesma quantidade do produto.</p><p>3.4 Custos</p><p>Segundo Yanase (2018), independente da origem do preço de venda, isto é,</p><p>do mercado ou da concorrência, a apuração do custo é essencial para que os</p><p>negócios sejam administrados conforme a receita e os custos.</p><p>Em situações complexas, como em algum ramo da atividade industrial, por</p><p>exemplo, o custo do produto é constituído pela junção das matérias-primas, materiais</p><p>secundários, insumos, embalagens, mão de obra direta e custos indiretos de</p><p>fabricação. Já na atividade comercial, o cálculo dos custos é tarefa simples, porque</p><p>se deve apenas acrescentar ao preço da mercadoria as despesas como seguros, frete</p><p>e custo financeiro, se necessário.</p><p>Vale salientar que, a formação do custo, em atividades de serviços, apesar de</p><p>sua complexidade, não apresenta dificuldades, pois este custo é formado,</p><p>principalmente, pelos gastos eventuais materiais empregados e com mão de obra</p><p>direta.</p><p>Termologias usadas em custos</p><p>➢ Desembolso: é o ato do pagamento do sacrifício financeiro</p><p>incorrido pela aquisição de bens ou serviços.</p><p>➢ Gasto: decorre da compra de bens ou serviços, refere-se ao</p><p>sacrifício financeiro que a entidade realiza, tendo como contrapartida</p><p>a entrega ou promessa de entrega futura de ativos.</p><p>➢ Investimento: é o gasto que foi “ativado”, proporcionando</p><p>benefícios ao longo de diversos anos, durante sua vida útil.</p><p>➢ Custo: é o gasto em bens ou serviços aplicados para produzir</p><p>outros bens ou serviços.</p><p>➢ Despesa: são gastos com bens ou serviços, necessários para</p><p>que a entidade converta custos em receitas.</p><p>➢ Perda: é o gasto em bens ou serviços realizado de maneira</p><p>incomum e involuntária, logo é incapaz de gerar receitas (YANASE,</p><p>2018).</p><p>3.4.1 Preços de venda</p><p>Para Yanase (2018), através da apuração do custo, pode-se calcular o preço</p><p>de venda e agregar a ele também outras despesas e custos referentes às vendas.</p><p>Embora ele seja definido pela concorrência ou o mercado, compreender sua formação</p><p>é essencial.</p><p>Sabe-se que venda produz impostos e despesas com seguro, logística,</p><p>comissão, financeiras (decorrentes de financiamento dessa venda ao cliente, em</p><p>casos de recebimento a prazo). Ela também deve proporcionar sobras, visando</p><p>amortizar fração das despesas administrativas e gerais (despesas fixas ou despesas</p><p>estruturais), além de, resultados ou lucros, que financiem suas atividades</p><p>operacionais e remunerem seu capital investido.</p><p>3.4.2 Cálculo do preço de venda</p><p>O cálculo do preço de venda, de um produto, de uma mercadoria ou de</p><p>serviços, somente será possível pela apuração de seu custo. Para elaborar esse</p><p>cálculo, observe os estágios:</p><p>➢ Primeiro estágio: apuração do custo (custo).</p><p>➢ Segundo estágio: cálculo em percentual dos impostos incidentes</p><p>(despesas tributárias - DT).</p><p>➢ Terceiro estágio: cálculo em percentual das despesas comerciais, como</p><p>frete, comissão e seguro (despesas comerciais – DC).</p><p>➢ Quarto estágio: cálculo em percentual do custo financeiro, dado que,</p><p>normalmente, as vendas são financiadas pela empresa (despesas</p><p>financeiras – DF).</p><p>➢ Quinto estágio: definição do percentual da margem de lucro desejável</p><p>(margem – Mg).</p><p>➢ Sexto estágio: cálculo do percentual do “custo fixo” ou das “despesas</p><p>estruturais” em relação ao volume das receitas (custos fixos – CF).</p><p>Ao concluir esses estágios, “é possível a formação do preço de venda do</p><p>produto, da mercadoria ou do serviço” (YANASE, p.24, 2018).</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>JEVONS, William Stanley. (1871). A Teoria da Economia Política. São Paulo: Abril</p><p>Cultural, 1983. (Coleção Os Economistas).</p><p>MANKIW, N G. Princípios de microeconomia. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning,</p><p>2021.</p><p>MARSHALL, A. (1890). Princípios de Economia. São Paulo: Nova Cultura, 1982</p><p>(Coleção Os Economistas).</p><p>ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 21. ed. – São Paulo: Atlas, 2016.</p><p>VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 6.ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>WALRAS, M. L. (1874). Elementos de Economia Política Pura. São Paulo: Abril</p><p>Cultural, 1983 (Coleção Os Economistas).</p><p>YANASE, J. Custos e formação de preços. 1.ed. São Paulo: Trevisan, 2018.</p>