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<p>Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol</p><p>• Base cavitaria</p><p>• Restauração provisória</p><p>Função: fazer uma base cavitaria</p><p>Base cavitaria: o cimento recobre 1/3 da base</p><p>- Para restaurações em amálgama</p><p>O cimento bloqueia os estímulos de gelado, quente, etc.</p><p>Não se usa esses cimentos em resina composta</p><p>Restauração provisória – esse cimento se desfaz com o tempo</p><p>• Características:</p><p>1. Propriedade sedativa (anódino)</p><p>2. pH 7 (biocompatibilidade)</p><p>3. Isolante térmico</p><p>4. Baixa resistência mecânica</p><p>5. Não pode ser utilizado como base para restauração de resina</p><p>composta (o Eugenol não polimeriza, ele fica mole)</p><p>• Composição:</p><p>1. Pó: Óxido de Zinco (ZnO)</p><p>2. Líquido: Eugenol</p><p>• Reação de presa:</p><p>Influenciada pela quantidade de pó, pela umidade e pelo calor</p><p>Temperatura</p><p>Umidade Tempo de presa</p><p>Quantidade de pó</p><p>• Manipulação:</p><p>1. Pega o pó com a espátula 36 e adiciona na placa de vidro</p><p>2. Divide o pó em colunas (igual cocaína) para aos poucos ir</p><p>misturando as colunas de pó no líquido</p><p>3. Mistura o pó no líquido com a espátula, não com a ponta da</p><p>espátula</p><p>4. Tempo de trabalho – 45 segundos</p><p>5. Fica bom, quando se torna uma massinha e que não prega no</p><p>vidro</p><p>• Restaurações temporárias</p><p>1. Dura dias a semanas</p><p>• Aplicações</p><p>1. Obturações endodônticas</p><p>2. Materiais de moldagem</p><p>3. Cimentos cirúrgicos</p><p>Hidróxido de Cálcio</p><p>• Complexo dentinopulpar: relação da dentina com a polpa</p><p>• Dentina e polpa: mesma origem embriológica, mas a dentina</p><p>mineralizou enquanto a polpa tem nervos</p><p>• Dentina – odontoblastos (dentinogênese)</p><p>• Esmalte – ameloblastos (amelogênese)</p><p>• Dentina: tecido tubular - mais próximo da polpa, e quanto mais</p><p>túbulos têm, ou seja, tem uma alta permeabilidade</p><p>• Materiais utilizados – PROTEÇÃO</p><p>1. Hidróxido de Cálcio (indireta e direta)</p><p>2. Óxido de Zinco e Eugenol</p><p>3. Sistema adesivo</p><p>4. Cimento de Ionômero de Vidro</p><p>5. MTA</p><p>• Proteção indireta – não tem contato com a polpa</p><p>• Proteção direta - tem contato com a polpa</p><p>• Pasta de Hidróxido de Cálcio – pó + soro fisiológico</p><p>• Cimento de Hidróxido de Cálcio – autoativados</p><p>• Características:</p><p>1. Baixo custo</p><p>2. Fácil manipulação e utilização</p><p>3. pH alcalino (9,2 A 11,7) – básico para matar as bactérias que</p><p>gosta de ácido</p><p>4. Antibacteriano</p><p>5. Favorece a formação de dentina terciaria e alta solubilidade</p><p>6. Baixa resistência mecânica (aplica-se em camadas finas)</p><p>7. Proteger antes da aplicação do sistema adesivo</p><p>1. Manipulação: CIMENTO (pasta + pasta)</p><p>1. Duas pastas – 1 base + 1 catalizadora</p><p>2. Esse material fica em paredes de fundo (axial ou pulpar)</p><p>3. Formador cavitário para cavidades MUITO profundas – para</p><p>estimular a formação de dentina terciaria</p><p>4. Espátula 70</p><p>5. Une as duas pastas e tem que ficar em 1 cor só</p><p>6. Usa o aplicador de Hidróxido de Cálcio para levar o cimento</p><p>até as paredes de fundo</p><p>OBS: ESSE MATERIAL EM CONTATO COM SALIVA, SE</p><p>DISSOLVE, OU SEJA, NÃO SE USA EM PAREDES</p><p>CIRCUNDANTES</p><p>2. Manipulação: PÓ – Hidróxido de Cálcio P.A</p><p>1. Utilização em proteção pulpar direta</p><p>2. Joga o pó diretamente na polpa</p><p>3. Hidróxido de Cálcio – PASTA (Pó + água destilada)</p><p>1. Utilizada em tratamento expectante (quando tem risco de</p><p>exposição pulpar) – quando está nítido na radiografia que tem</p><p>um risco de exposição pulpar e assim protege o dente com</p><p>antecedência</p><p>4. Água de Hidróxido de Cálcio – Água de Cal</p><p>1. Hidróxido de Cálcio ou água de cal (100 mL de água para 10 g</p><p>de P.A)</p><p>2. Hemostático (casos de exposição pulpar) – estanca o sangue</p><p>Cimentos Odontológicos – Ionômero de Vidro</p><p>1. Ionômero de Vidro é uma mistura de:</p><p>• Cimento de silicato</p><p>Flúor alteração dimensional</p><p>• Cimento de policarbonato</p><p>Adesividade à estrutura dentária</p><p>2. Tipos de Ionômero de Vidro:</p><p>A. Convencional</p><p>• Pó: partículas de alumínio e silicato de cálcio</p><p>• Liquido: ácido poliacrílico e/ou polimaleico</p><p>B. Reforçado por metais</p><p>• Pó: igual ao convencional, com incorporação de partículas de liga de</p><p>amalgama</p><p>• Líquido: semelhante ao convencional</p><p>- Maior resistência</p><p>C. Modificado por resina</p><p>• Adição de grupos funcionais fotopolimerizáveis</p><p>D. Alta viscosidade</p><p>• Propriedade melhoradas, em especial a resistência</p><p>• Podem ser empregados em áreas de esforço mastigatório (em dentes</p><p>decíduos)</p><p>• Técnica do Tratamento Restaurador Atraumático – ART (dentes</p><p>decíduos – remove a dentina cariada com colher de dentina e aplica o</p><p>ionômero de alta viscosidade)</p><p>3. Classificação:</p><p>• Cimentação (C; Cem)</p><p>a) Braquetes ortodônticos e próteses fixas (coroas)</p><p>• Forramento (F) – proteção do CDP</p><p>• Restauração (R) – provisório e “definitiva” de classe V</p><p>(proteção do CDP – base sob restauração) – 4 frascos</p><p>(restaurador fotopolimerizável)</p><p>4. Propriedades dos CIVs Convencionais – fotopolimerizavel</p><p>(PRIMEIRO SUBSTITUTO DO HIDROXIDO DE CÁLCIO)</p><p>A. Liberação de flúor</p><p>- Maior intensidade nas primeiras 48 horas</p><p>- Após 48 horas a liberação diminui, e ela acontece devido ao</p><p>desgaste do material</p><p>- Efeito anticariogênico</p><p>B. Adesividade</p><p>- Por quelação: adesão por ligações químicas dos radicais</p><p>carboxílicos dos poliácidos aos íons de cálcio do esmalte, dentina</p><p>e cemento</p><p>- Adesão fraca, porem constante</p><p>- Maior ao esmalte e à dentina esclerosada, pois são mais</p><p>calcificados</p><p>C. Biocompatibilidade</p><p>- Em contato direto com o tecido não fazem mal e participam</p><p>favoravelmente no processo de reparação tecidual</p><p>- Não pode colocar em cima da polpa</p><p>- Possuem bom vedamento e diminuem a capacidade de penetração</p><p>de microrganismos</p><p>- Ácido poliacrílico: fraco, alto peso molecular e reação lenta</p><p>D. Coeficiente de expansão térmica</p><p>E. Estética</p><p>- Opaco</p><p>- Rugosidade superficial</p><p>- Difícil polimento</p><p>- Porosidade interna (bolhas durante a manipulação)</p><p>- Apto em molares</p><p>F. Mecânicas</p><p>- Menor resistência à compressão e á tração</p><p>G. Alteração dimensionais</p><p>- Sorção de líquidos; embebição</p><p>- Perda excessiva de líquidos: sinérese</p><p>- Solubilidade e desintegração</p><p>- Devem receber protetores de superfície (base de unha ou</p><p>vaselina)</p><p>5. Propriedades dos CIVs Resinosos - fotopolimerizavel</p><p>A. Menor liberação de flúor</p><p>B. Menor adesividade aos tecidos dentais, necessitando de um</p><p>“primer”</p><p>C. União química à resina composta</p><p>D. Estética inferior as resinas compostas</p><p>E. Maior coeficiente de expansão térmica</p><p>F. Maior resistência a compressão</p><p>6. Indicações</p><p>A. Cimentações</p><p>B. Proteção do CDP – forramento e base</p><p>C. Restaurações provisórias (químico)</p><p>D. Restaurações “definitivas” (fotopolimerizável) de cavidades classe</p><p>V em dentes permanentes – lesões cariosas e não cariosas</p><p>E. Restaurações ”definitivas” de dentes decíduos</p><p>7. Contraindicações</p><p>A. Áreas de esforço mastigatórias – dentes posteriores de classe I, II</p><p>e IV</p><p>8. Cuidados técnicos</p><p>A. Manter bem fechados os vidros</p><p>B. Proporcionamento pó/líquido – de acordo com as instruções do</p><p>fabricante</p><p>C. Agitar o frasco do pó antes de proporcionar e não agitar o frasco</p><p>do líquido</p><p>D. Manter o frasco do líquido na vertical para dispensar a gota</p><p>• Adequado para inserção</p><p>A. Aspecto brilhante</p><p>• Manipulação – Restauração Provisória</p><p>- Pó e líquido</p><p>- Espátula 24</p><p>- Aplicador de silicato número 1</p><p>- Agite o frasco de pó</p><p>- Pegue o pó com a colher, na medida correta e ponha na placa de vidro</p><p>- Divida o pó em colunas e junte com o líquido aos poucos</p><p>- Aglutinação; mistura do pó e o líquido</p><p>- Faça a mistura em varias partes da placa de vidro, e para limpar a</p><p>placa ponha água</p><p>PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR</p><p>• Pulpite: inflamação da polpa dentária</p><p>• Caneta de alta rotação: não se pode desligar a água</p><p>(refrigeração), pode</p><p>matar a polpa</p><p>1. Dentina</p><p>• Água (10%)</p><p>• Porção orgânica (20%) – Hidroxiapatita</p><p>• Porção inorgânica (70%) – Colágeno Tipo 1</p><p>• Permeável</p><p>• Tubular (mais perto da polpa, mais túbulos)</p><p>• Heterogênea (os túbulos tem diâmetros diferentes)</p><p>Primária: desenvolvimento ate a formação da raiz</p><p>Secundária: fisiológica (durante toda a vida) – quando jovem a</p><p>câmara pulpar é maior, ao longo dos anos a câmara pulpar vai</p><p>diminuindo</p><p>Terciária: reacional – quando há uma agressão, trauma ou cárie, os</p><p>odontoblastos formam dentina rapidamente e a reparadora – se a</p><p>agressão, trauma ou cárie mantam os odontoblastos, deve – se tratar</p><p>com algum material para estimular a formação de dentina terciária</p><p>(hidróxido de cálcio – P.A - Pó)</p><p>Esclerosada: deposição de mineral dentro dos túbulos</p><p>• Cárie crônica</p><p>• Deposição contínua de dentina</p><p>• Redução gradual do diâmetro do túbulo</p><p>• Fechamento dos túbulos</p><p>2. Polpa</p><p>• Sangue, vasos e nervos</p><p>• Água (75%)</p><p>• Matéria orgânica (25%)</p><p>• Mecanismos de defesa</p><p>- Esclerosamento</p><p>- Dentina terciária</p><p>- Dor</p><p>• Manutenção da vitalidade pulpar - OBSERVAR</p><p>- Condição pulpar</p><p>- Profundidade da cavidade</p><p>- Idade do dente</p><p>- Tipo de dentina remanescente</p><p>• Profundidade da cavidade</p><p>- Rasa: 1,5 mm da polpa</p><p>- Média:</p><p>- Profunda:</p><p>- Muito profunda: 0,5 mm da polpa</p><p>• Condição pulpar</p><p>- Anamnese</p><p>- Exame clínico e radiográfico</p><p>- Testes</p><p>• Tipo de dentina remanescente</p><p>- Dentina esclerosada</p><p>- Escura e dura</p><p>- Não se remove tecido duro</p><p>- Dentina infectada: é mole e deve ser removida</p><p>- Dentina afetada: fica em baixo da dentina infectada, é mais dura e</p><p>tem uma resistência, assim podendo ser mineralizada</p><p>3. Seleção de agente protetor</p><p>• Compatibilidade biológica</p><p>• Vedamento</p><p>• Isolamento térmico e elétrico</p><p>• Insolubilidade</p><p>• Resistência mecânica</p><p>• Formação de barreira mineralizada</p><p>4. Materiais utilizados</p><p>• Hidróxido de cálcio</p><p>• Cimento de óxido de zinco e eugenol</p><p>• Sistemas adesivos</p><p>• Cimento de ionômero de vidro</p><p>• MTA (Agregado Trióxido Mineral)</p><p>• Cimento de Zinco e Eugenol</p><p>- Restauração provisória</p><p>- Em baixo de amálgama</p><p>- pH 7,0</p><p>- Isolamento térmico</p><p>- Baixa resistência mecânica</p><p>- Não pode ser utilizado sob restauração de resina</p><p>• Cimento de Ionômero de Vidro</p><p>- Convencional (pó e líquido)</p><p>- Fotopolimerizável (aglutinação do pó e líquido)</p><p>• Sistema adesivo</p><p>- Une a resina ao dente</p><p>- Ácido, primer e adesivo</p><p>- Maior capacidade de selamento da dentina</p><p>- Obtenção de vedamento marginal adequado</p><p>- Esse coloca depois do material que estimula a formação de dentina</p><p>terciária, não se coloca ácido diretamente na polpa</p><p>• MTA</p><p>- Formação de dentina terciaria</p><p>- pH alcalino</p><p>- Melhores propriedades mecânicas em comparação ao hidróxido de</p><p>cálcio</p><p>5. Proteção indireta</p><p>• Não ocorreu exposição pulpar</p><p>• Cavidade rasa ou média</p><p>Resina composta – sistema adesivo</p><p>Amálgama – verniz cavitário ou sistema adesivo</p><p>• Cavidade profunda</p><p>Resina composta - CIV (forramento) + sistema adesivo</p><p>Amálgama – CIV (forramento) + verniz cavitaria</p><p>• Cavidade muito profunda</p><p>Resina composta – Cimento de Ca (OH)2 + CIV (forramento) +</p><p>sistema adesivo</p><p>Amálgama – Cimento de Ca (OH)2 + CIV (forramento) + verniz</p><p>cavitário</p><p>OBS: em dentina esclerosada aplica-se Ionômero de Vidro (forrador)</p><p>+ sistema adesivo + resina composta</p><p>Tratamento expectante</p><p>Indicações</p><p>• Pacientes jovens</p><p>• Lesões de cárie aguda, com rápida evolução</p><p>• Lesões muito profundas com risco de exposição pulpar</p><p>Objetivos</p><p>• Interromper o circuito metabólico bacteriano</p><p>• Remineralizar dentina afetada</p><p>• Hipermineralizar dentina subjacente</p><p>1 sessão</p><p>• Remoção parcial da cárie</p><p>• Limpeza cavitaria</p><p>• Proteção pulpar com Hidróxido de Cálcio na forma de pasta (pó +</p><p>soro)</p><p>• Selamento provisório com CIV ou OZE</p><p>• Aguardar 45 a 90 dias</p><p>2 sessão</p><p>• Remoção total da carie</p><p>• Proteção do CDP para cavidade muito profunda</p><p>• Restauração</p><p>6. Proteção direta</p><p>• Cárie</p><p>• Traumatismo</p><p>• Preparo cavitário</p><p>Causando exposição pulpar, pode tratar com:</p><p>Capeamento pular direto</p><p>- Exposição acidental da polpa (ausência de contaminação)</p><p>- Sangramento vermelho vivo e consistente</p><p>- 1 sessão: Pó ou pasta de Ca (OH)2 sobre a polpa exposta + CIV</p><p>(forramento)</p><p>Curetagem pulpar</p><p>- Aumenta a área de exposição com a caneta de alta rotação (ponta</p><p>diamantada esférica), gerando um trauma</p><p>- Faça o mesmo procedimento de capeamento pulpar direto</p><p>Pulpotomia</p><p>- Polpa em fase de transição</p><p>- Remoção total da polpa coronária</p><p>Preparos Cavitários Classe III, IV e V</p><p>1. Classe III: proximais de dentes anteriores SEM envolvimento</p><p>do ângulo incisal.</p><p>• Objetivo: estético</p><p>• O acesso pode ser por lingual ou vestibular – porém, o</p><p>melhor acesso é o direto.</p><p>• Dificuldade do preparo: presença do dente vizinho e</p><p>apinhamento dental – é necessário o afastamento</p><p>• Afastamento imediato: cunha de madeira</p><p>• Afastamento mediato: tiras ou anéis de borracha entre os</p><p>dentes no prazo de 24 hrs ou restauração provisória.</p><p>• Forma de conveniência:</p><p>a) Matriz de aço</p><p>b) Afastamento</p><p>c) Isolamento absoluto</p><p>• Forma de contorno:</p><p>a) Cavidade conservadora (remover apenas tecido</p><p>cariado)</p><p>b) Escolha do acesso (lingual, vestibular ou estritamento</p><p>proximal)</p><p>• Manter o esmalte sem suporte dentinário;</p><p>Acesso por lingual:</p><p>Razões para acesso por vestibular:</p><p>• Comprometimento da face vestibular</p><p>• Apinhamento dental</p><p>Acesso direto:</p><p>• Afastamento imediato ou mediato</p><p>• Forma de retenção:</p><p>a) Condicionamento ácido</p><p>b)</p><p>Acabamento da cavidade: quando o preparo cavitário invade a</p><p>face vestibular faz se um bisel no ângulo cavo superficial desta</p><p>região – angulação de 45°, largura 0,5 a 1,0 mm,</p><p>2. Classe IV: proximais de dentes anteriores COM envolvimento</p><p>do ângulo incisal.</p><p>Diferença entre dentina terciária (pigmentada) e cárie: com a</p><p>sonda clínica a dentina faz barulho, pois é mineralizada.</p>