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Materiais de Proteção do Complexo dentino-pulpar (PCDP) • Na odontologia a tendência é simplificar os procedimentos para evitar erros • Busca-se empregar somente 1 material que englobe todas as propriedades desejadas Classificação dos materiais de PCDP • Agentes SELADORES • Agentes FORRADORES • Agentes BASE Agentes para Selamento • LÍQUIDOS • Formam uma película protetora extremamente fina (1-50m) • Espessura muito pequena • Promove HIBRIDIZAÇÃO DENTINÁRIA • Utilizados em cavidades rasas • Não protege contra estímulos termoelétricos • Não possui propriedades bacteriostáticas TIPOS DE AGENTES DE SELAMENTO: o Vernizes cavitários o Sistemas adesivos Agentes para Forramento • PÓ + LÍQUIDO ou PASTAS • Película fina (0,2 a 1mm) • Utilizado em cavidades profundas • Baixa resistência mecânica • Solúvel em contato com a saliva (restrito às cavidades profundas) • Protege a polpa • Estimula a formação de dentina terciária • Bacteriostático ➢ O agente para forramento sempre será utilizado juntamente com um agente de base, pois sozinho não tem resistência mecânica e é solúvel na saliva TIPOS DE AGENTES DE FORRAMENTO: o Hidróxido de cálcio ( formulações) o Agregado trióxido mineral (MTA) o Cimento de óxido de zinco e eugenol (tipo IV) Agentes Base • PÓ + LÍQUIDO • Camada mais espessa (mais de 1mm) • Utilizado em cavidades médias a profundas • Protege o material de forramento (devido às suas baixas propriedades mecânicas e solubilidade) • Reconstruir parte da dentina perdida • Adequar o preparo cavitário (deixar a parte profunda na mesma altura que a mais rasa) • Protege contra estímulos termoelétricos TIPOS DE AGENTES BASE: o Cimento de ionômero de vidro (CIV) o Cimento de policarboxilato de zinco o Cimento de óxido de zinco e eugenol o Fosfato de zinco MATERIAIS UTILIZADOS EM CADA CASO: • CAVIDADES RASAS: agente de selamento (único que pode ser utilizado sozinho) • CAVIDADES MÉDIAS: agente base + agente de selamento • CAVIDADES PROFUNDAS: agente de forramento + agente base + agente de selamento Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol (ZOE) • Material de moldagem • Rígido de presa química (irreversível) O Óxido de Zinco e eugenol pode se apresentar na forma de cimentos ou pasta • Também conhecida como pasta zincoenólica Classificadas como pastas rígidas (tipo I) ou pastas macias (tipo II) • Forma de apresentação: pasta base/pasta catalisadora Composição • PASTA BASE – oxido de zinco, óleo vegetal (oliva ou linhaça) ou mineral, sal solúvel e água • PASTA CATALISADORA –eugenol, resina e carga (caulim e talco) • ÓXIDO DE ZINCO - componente reativo • ÓLEO VEGETAL/MINERAL - plastificador, auxilia na neutralização do eugenol • ÁGUA - inicia reação de presa • SAIS SOLÚVEIS - acetato de zinco, cloreto de zinco, álcoois primários ou ácido acético • EUGENOL -componente reativo que participa da reação de presa • RESINA - facilita a velocidade da reação/produto homogêneo e cremoso • ÓLEO DE CRAVO - substituto do eugenol • CARGA - substância inerte, melhora as características de manipulação Indicações • Segunda moldagem de prótese total (PT) • Reembasamento provisório de PT • Efeito terapêutico cirúrgico • Registro de mordida oclusal (pasta específica) Propriedades MUCOSTÁTICO: reproduz os tecidos moles sem causar seu deslocamento ESTABILIDADE DIMENSIONAL: satisfatória (contração menor que 0,1%) ESCOAMENTO: suficiente para a reprodução dos tecidos, diminui com o tempo de presa • Biocompatível • Propriedades antimicrobianas • ADERE MUITO À PELE E OUTRAS ESTRUTURAS (por isso deve-se usar vaselina no exterior da boca do paciente) Somente usada em edêntulos pois pode causar uma exodontia quando aplicada nos dentes Tempos Tempo de presa inicial e tempo de trabalho: 3 a 6 minutos Tempo de presa final: ZOE tipo I (+- 10min) ZOE tipo II (+-15min) Manipulação da ZOE Materiais: placa de vidro recoberta por papel impermeável, espátula 36 1. Proporção: mesmo comprimento da pasta base e da pasta catalisadora 2. TEMPO DE MISTURA: 1 minuto 3. Misturar até obter uma massa uniforme 4. Carregamento da moldeira: com a espátula 5. Moldagem: inserir a moldeira na boca do paciente, aprofundar, liberar lábios e língua 6. Remoção da moldagem: deve ser feita após a presa completa do material, em golpe único OBSERVAÇÕES: Devido ao grande poder da pasta ZOE de “grudar”, usa-se somente MOLDEIRAS INDIVIDUAIS e pede-se para que o paciente venha sem barba ou bigode Desinfecção • Glutaraldeído 2% ou Hiplocorito de Sódio 1% • Moldes → imersão por 10 min • Registros oclusais → borrifar Hidróxido de Cálcio Ca (OH)2 • Material de PCDP • AGENTE DE FORRAMENTO • Utilizado somente em cavidades profundas • Promove a proteção da polpa • Estimula a deposição de dentina terciária Pode se apresentar de duas formas: • Cimento de Hidróxido de Cálcio: pasta/pasta • Hidróxido de Cálcio P.A: pó e água Cimento de Hidróxido de Cálcio • Apresentação: pasta base + pasta catalisadora (a pasta única requer fotoativação) Utilizado para CAPEAMENTO INDIRETO → casos em que não houve exposição pulpar COMPOSIÇÃO: PASTA BASE: fosfato de cálcio, óxido de zinco e glicol salicilato PASTA CATALISADORA: hidróxido de cálcio, óxido de zinco e etil tolueno sulfonamida REAÇÃO DE PRESA: • Ácido-base, com produção de sal altamente básico e solúvel • Formação de uma matriz cristalina dura • Necrose por coagulação Propriedades Alcalino: não pode ser ácido por ser depositado muito próximo à polpa Padrão ouro em biocompatibilidade Quando em contato com a polpa o Hidróxido de Cálcio (Ca (OH)2) cauteriza superficialmente o tecido pulpar RADIOPACIDADE: aparece em raio-x Indicações • Preparos cavitários profundos sem exposição pulpar • Em conjunto com hidróxido de cálcio P.A no capeamento pulpar direto Manipulação e Tempos MATERIAIS o Pasta base o Pasta catalisadora o Placa de vidro revestida com papel impermeável o Espátula 24 ou 36 1. PROPORÇÃO: mesmo comprimento de pasta base e catalisadora 2. MANIPULAÇÃO: homogeneizar com a espátula 3. INSERÇÃO: somente no local mais profundo do preparo cavitário ESPATULAÇÃO: 10 segundos TEMPO DE TRABALHO: 2-3 minutos TEMPO DE PRESA: 6-7 minutos Hidróxido de Cálcio P.A Apresentação: Pó e Água • Mais densa e mineralizada • Utilizado para CAPEAMENTO DIRETO → casos de micro-exposição pulpar • Estimula a formação dentina reparadora (terciária) • Forma uma barreira mineralizada contra agressões à polpa Manipulação 1. Limpar o preparo cavitário com exposição pulpar com soro fisiológico + hidróxido de cálcio 2. Utilizar quadomilita para secar 3. Depositar o pó do hidróxido de cálcio na polpa 4. Após isso fazer um segundo forramento, utilizando agora o cimento de hidróxido de cálcio Godiva • Material de moldagem • Rígido de presa física (reversível) • É induzida pelo calor sendo amolecida em altas temperaturas e se tornando rígidaquando resfriada Subdividida em: • Godiva de ALTA FUSÃO: apresenta-se no formato de placa • Godiva de BAIXA FUSÃO: apresenta-se no formato de bastão Características • TERMOPLÁSTICO (amolece ou fica rígido conforme a temperatura) • Temperatura de transição do material: 55°/ 60°C • Sofre contração pela mudança de estado • Baixo custo • Fácil manipulação • Moldagem pode ser refeita com o mesmo material (basta aquecê-lo novamente) Composição Indicações GODIVA DE ALTA FUSÃO • Moldagem de pacientes EDÊNTULOS • Confecção de PT • Moldagens não retentivas • Regiões de rebordo GODIVA DE BAIXA FUSÃO • Registro de mordida • Estabilização de grampos • Selamento periférico Propriedades MUCOCOMPRESSIVO: capacidade de comprimir a mucosa • O suficiente para moldar sem deslocar tecidos moles TERMOPLASTICIDADE: capacidade de alterar seu estado conforme a temperatura • Aquecimento – mole • Resfriamento – rígida CONDUTIVIDADE TÉRMICA: capacidade de conduzir calor • Baixa • Tempo longo para o material aquecer e esfriar ESCOAMENTO: capacidade de escoar e tomar a forma do local • Pode sofrer distorções durante a remoção RIGIDEZ: anelasticidade, capacidade de resistir à deformação de forças • Alta rigidez • Baixa elasticidade ESTABILIDADE DIMENSIONAL: capacidade de manter suas dimensões sob variações ambientais • Baixa estabilidade • Vazar o gesso em 1 hora REPRODUÇÃO DE DETALHES • Baixa reprodução de detalhes • Detalhes superficiais (rebordo alveolar) Manipulação da Godiva 1. AMOLECIMENTO pelo calor (55°/60°C) • Calor de uma chama (lamparina) • Imersão em um plastificador com água quente (em desuso pela contaminação cruzada) • Micro-ondas Deve ser uniformemente amolecida 2. ASSENTAMENTO NA MOLDEIRA • Realizar a manipulação na mão • Assentar a godiva na moldeira 3. INSERÇÃO DA MOLDEIRA • Pressionar contra os tecidos • Manter na posição até que o material resfrie completamente • Não deve ser movimentada nem retirada antes do tempo (gera distorções) Manipulação na chama • A godiva não pode ferver ou entrar em ebulição, pois possui componentes voláteis e perde suas propriedades. Por isso, existe uma manipulação correta em cima da chama Chamas de álcool 70% não apresentam distinção de cor, somente chamas de combustíveis (álcool de posto) A manipulação deve ser feita ACIMA DA CHAMA AMARELA, a godiva não pode entrar em contato direto com a chama Após a moldagem com godiva, fazer um vazamento imediato com vibração moderada Separar a godiva do gesso após 60 minutos (tempo de presa do gesso) Desinfecção • Hipoclorito de sódio 1% • 10 min • Imersão do molde Forma correta Forma equivocada Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) • AGENTE DE BASE • Formato: pó (micropartículas de vidro) + líquido (ácido poliacrílico) • Camada mais espessa (>1mm) FUNÇÕES • Protege o agente de forramento • Único material que protege contra estímulos termoelétricos • Estimula a formação de dentina terciária • Adequa preparos cavitários Utilizado em cavidades médias a profundas Composição Formado pela junção de 2 outros cimentos: CIMENTO DE SILICATO DE ZINCO o Liberação de flúor o Baixa alteração dimensional CIMENTO DE POLICARBOXILATO DE ZINCO o Adesividade à estrutura dental Classificação QUANTO À COMPOSIÇÃO QUÍMICA: • Convencional • Alta viscosidade • Reforçado por metais • Modificado por resina QUANTO À INDICAÇÃO DO MATERIAL: • TIPO I: cimentação de artefatos ortodônticos ou protéticos • TIPO II: indicado para restauração, subdividido em: o A: materiais indicados para baixos esforços mastigatórios o B: materiais indicados para altos esforços mastigatórios • TIPO III: selamento de cicatrículas e fissuras, como base e forramento Indicações do CIV • Pediatria • Dentística • Prótese • Ortodontia • Cirurgia Reação de Presa • É uma reação EXOTÉRMICA • Inicia-se com a aglutinação do pó no líquido FASE 1: deslocamento de íons e ionização do ácido poliacrílico FASE 2: formação da matriz de polissais FASE 3: formação do gel de sílica e presa final o Fase de inserção na cavidade oral o 4 minutos o FASE SENSÍVEL À EMBEBIÇÃO TEMPO DE TRABALHO: 2 minutos TEMPO DE PRESA: 8-10 minutos Tem até 48h para polimerizar completamente o Nesse tempo libera flúor (por 48h) e desenvolve suas propriedades mecânicas Estrutura final: partículas não reagidas e outras circundadas por gel de sílica unidas quimicamente em uma matriz de polissais Propriedades ADESÃO • Em esmalte é maior que na dentina • Em dentina esclerosada é maior que dentina normal • Necessário remover a smear layer antes (fica sobre os túbulos dentinários) • Excelente vedamento marginal LIBERAÇÃO DE FLÚOR • Favorece o processo Des-Re • Antibacteriano • Remineraliza lesões de cárie BIOCOMPATIBILIDADE • Não deve ser utilizado diretamente sobre a polpa (Inflamação crônica) PROPRIEDADES TÉRMICAS • Coeficiente de expansão térmica linear semelhante à dentina PROPRIEDADES ESTÉTICAS • Não estético • Opaco • Rugoso • Poroso PROPRIEDADES MECÂNICAS • Baixas resistências às forças mecânicas • Baixa elasticidade • Inicialmente alto grau de sorção de água Com o tempo essas propriedades melhoram Sequência Clínica Antes de aplicar o agente de base deve-se aplicar ácido para melhorar a sua fixação CAVIDADE RASAS: ácido fosfórico CAVIDADES PROFUNDAS: ácido poliacrílico CIV CONVENCIONAL VANTAGENS: • Liberação de flúor por até 48h • Expansão térmica linear semelhante à dentina • Biocompatível DESVANTAGENS: • Longo tempo de presa (8min) • Baixa resistência mecânica • Não estético CIV MODIFICADO POR RESINA VANTAGENS: • Maior tempo de trabalho • Menor tempo de presa • Melhores propriedades mecânicas • Melhor estética DESVANTAGENS: • Precisa de um fotopolimerizador • Contração de polimerização CIV ENCAPSULADO VANTAGENS: • Melhora as propriedades do material • Corrige falhas do operador durante a manipulação DESVANTAGENS: • Necessita de dispositivos específicos para sua manipulação e inserção Resinas Acrílicas Indicações Propriedades BIOLÓGICAS • Biocompatível • Insolúvel e impermeável FÍSICAS • Resistência • Estabilidade dimensional ESTÉTICAS • Translucidez e transparência • Cor e pigmentos ECONÔMICAS • Baixo custo MANIPULAÇÃO • Fácil manipulação • Não produz gases ou pó tóxicos • Fácil polimento • Possibilidade de reparo O que são as Resinas Acrílicas? Tipos de Resina Acrílica RESINA ACRÍLICA ATIVADA QUIMICAMENTE (RAAQ) • São autopolimerizáveis APRESENTAÇÃO: PÓ → POLÍMERO LÍQUIDO → MONÔMERO Manipulação da RAAQ Proporção (em volume) Pó : líquido Polímero : monômero 3 : 1Alterações nessa proporção levam à contração, mudança nas propriedades e na biocompatibilidade MATERIAIS PARA MANIPULAÇÃO: • Resina Acrílica (pó+líquido) • Medidor de pó e de líquido • Pote Paladon • Espátula PASSOS: 1. Mede o volume de pó (3) e o de líquido (1) 2. Aglutina o pó no líquido dentro do pote Paladon 3. Fecha o pote e espera a presa do material Estágios Químicos de Polimerização 1. INDUÇÃO o Ativação das moléculas do iniciador, gerando radicais livres 2. PROPAGAÇÃO 3. TRANSFERÊNCIA DE CADEIA o Criação de um novo núcleo de crescimento a partir de uma cadeia que não foi terminada 4. TERMINAÇÃO o Término das reações em cadeia por ligação direta ou pela transferência de um átomo de H de uma cadeia em crescimento para outra Estágios Físicos de Polimerização 1) ARENOSO 2) FIBRILAR 3) PLÁSTICO 4) BORRACHÓIDE 5) DENSO Nesse estágio, quando não houver mais fibras, pode-se manipular a resina PODEM LEVAR À INIBIÇÃO DA POLIMERIZAÇÃO: • Impurezas no monômero • Presença de hidroquinona (inibidor) • Presença de oxigênio RESINA ACRÍLICA ATIVADA TERMICAMENTE (RAAT) APRESENTAÇÃO PÓ LÍQUIDO A manipulação é idêntica à da RAAQ (mesmos materiais, mesma proporção (3:1) Porém, NECESSITA DE UMA FONTE DE CALOR PARA INICIAR SUA REAÇÃO A fonte de calor pode ser uma termopolimerizadora ou um micro-ondas • Mesmos estágios de polimerização da RAAQ Resinas Compostas • PRINCIPAL MATERIAL RESTAURADOR ESTÉTICO • Vem substituindo a amálgama • Material restaurador direto Anteriormente formadas pela junção de duas resinas: Resina Acrílica + Resina Epóxica Composição • Matriz orgânica • Carga inorgânica • Agente de união • Sistema acelerador-iniciador • Inibidores • Modificadores de cor MATRIZ ORGÂNICA • Monômeros de baixo peso molecular • Regulam a viscosidade • Formam uma massa plástica para restaurar a estrutura dental perdida COMPOSTOS INIBIDORES • Evitam a polimerização espontânea e aumentam a vida útil das resinas • Principal é a hidroquinona • A exposição à luz polimeriza o material, a função dos inibidores é impedir que isso ocorra precocemente MODIFICADORES DE COR • Utilização de pigmentos inorgânicos – ÓXIDOS METÁLICOS • Esmalte – translúcido (menor quantidade de óxidos) • Dentina – opaca (maior quantidade de óxidos) SISTEMA ACELERADOR – INICIADOR • Permitem que o material polimerize a partir de um estímulo físico ou químico (calor ou luz visível) • A reação só começa quando o iniciador é estimulado por luz de um comprimento de onda específico • Canforoquinona (amarelado) vem sendo substituído por Sucerin - TPO CARGA INORGÂNICA • Aumenta as propriedades mecânicas • Regula a viscosidade • Baixo coeficiente de expansão térmica linear • Reduz a contração de polimerização e sorção de água Porém, em altas concentrações: • Aumenta a rugosidade • Dificulta passagem de luz • Dificulta o polimento e brilho superficial AGENTES DE UNIÃO • Une a carga inorgânica à matriz orgânica (natureza quimicamente distintas) • Com isso, as tensões mastigatórias são igualmente distribuídas entre a carga e a matriz • Aumenta a estabilidade hidrolítica e de cor Classificação das Resinas Compostas CLASSIFICAÇÃO POR TAMANHO DAS PARTÍCULAS DE CARGA • MACROPARTICULADAS • MICROPARTICULADAS • PARTÍCULAS PEQUENAS • HÍBRIDAS • MICRO-HÍBRIDAS • NANOPARTICULADAS MACROPARTICULADAS • Baixas propriedades mecânicas • Alta rugosidade superficial • Contraindicada em dentes posteriores MICROPARTICULADAS • Partículas de tamanho médio • Fácil polimento (mais lisa superficialmente) • Menor dureza e baixas propriedades mecânicas • Mais suscetível à sorção de água • Indicadas para restaurações estéticas PARTÍCULAS PEQUENAS • Alta resistência e alta concentração de carga • Indicadas para áreas com esforços mastigatórios HÍBRIDAS • Macroparticuladas + Microparticuladas • Uso universal MICRO-HÍBRIDAS • Boas propriedades mecânicas • Bom polimento • Uso universal NANOPARTICULADAS • Microparticuladas + Micro-Híbridas • Boas propriedades físicas e mecânicas • Vantagens estéticas • Uso universal CLASSIFICAÇÃO POR VISCOSIDADE • BAIXA VISCOSIDADE • MÉDIA VISCOSIDADE • ALTA VISCOSIDADE BAIXA VISCOSIDADE • Resinas Flow ou Fluidificadas • Se espalha mais facilmente em regiões cavitárias e de difícil acesso • Baixas propriedades mecânicas (elasticidade e resistência à compressão) INDICAÇÕES: o Selamento de fissuras o Cavidades conservativas o Base de restaurações de resina composta MÉDIA VISCOSIDADE • Resinas Regulares ou convencionais • Uso universal ALTA VISCOSIDADE • Resinas Condensáveis ou compactáveis • Escoam menos e se aderem menos aos instrumentos (facilitando a escultura) • Alta contração de polimerização • Pouco estéticas • Indicadas para restaurações de dentes posteriores Propriedades Físicas das resinas compostas • ALTA CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO o Devido à aproximação dos monômeros para formar as cadeias poliméricas Pode gerar: Fendas e Infiltração marginal; fratura do esmalte e fratura da restauração • SORÇÃO DE ÁGUA E SOLUBILIDADE o Possui elementos solúveis o Gera porosidades internas o A expansão leva ao aumento do volume e peso da restauração (pode ser benéfica, preenchendo as fendas geradas pela contração de polimerização) • RADIOPACIDADE o Possui elementos (metais) radiopacos o Aumenta sua visualização em raio-X (distinção dos tecidos dentais) o Permite a visualização da restauração quanto à sua adaptação e formação de bolhas • COMBINAÇÃO DA COR o Possui diferentes combinações de cores Propriedades da cor: Matiz, Croma e Valor MATIZ: nome da cor (amarronzado, alaranjado, acinzentado e avermelhado) CROMA/SATURAÇÃO: + claro ou +escuro; + saturado ou – saturado VALOR: luminosidade ou brilho da cor • ESTABILIDADE DA COR o Com o passar do tempo sofre sorção de água e de pigmentos o Rugosidade superficial leva à maior impregnação de pigmentos (importância do polimento) Propriedades Mecânicas das resinas compostas • RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E À TRAÇÃO o Ótima resistência à compressão o Resistência à compressão não indica resistência à tração • DESGASTE SUPERFICIAL o Maior em regiões de alto esforço mastigatório (molares) Selantes de Fóssulas e Fissuras • MATERIAIS DE PREVENÇÃO CONTRA A CÁRIE • Materiais resinosos e ionoméricos • Utilizados em regiões de MÁ COALESCÊNCIA DO ESMALTE o Locais rugosos o De difícil higienização o Alta suscetibilidade de desenvolvimento de cárie (8x mais suscetível) • Muito utilizado nas faces oclusais dos elementos posteriores, devido à grande quantidade de acidentes anatômicos (sulcos, fissuras, fossetas...) • O selanteatua como uma BARREIRA FÍSICA, uma película protetora, impedindo que microrganismos e restos alimentares entrem em contato com os sulcos e fissuras, dificultando a formação da cárie Indicações dos Selantes • Todas as crianças – dentes recém erupcionados • Fossas e fissuras de dentes posteriores hígidos recém-erupcionados • Hipoplasias • Manchas brancas • Sulcos profundos em superfícies lisas Contraindicações • Crianças/adolescentes com baixa suscetibilidade à cárie • Elementos dentais erupcionados a mais de 4 anos e livres de cárie • Elementos com sulcos e fóssulas rasas, de fácil higienização • PRESA: química (irreversível) • POLIMERIZAÇÃO: por meio de luz halógena (fotopolimerizador) • CARGA: regula a viscosidade do material (vidro de bário, silicato de lítio e de alumínio) → Os selantes apresentam baixa viscosidade, quando são aplicados “escorrem” e penetram nas fóssulas e fissuras do dente • CORANTE: branco, rosa, opaco, laranja Histórico dos selantes o Técnica do condicionamento ácido (1955) → Michael Buonocore o Bis-GMA → estrutura que preenche as microporosidades o Selantes de fossas e fissuras (1967) → Cueto e Buonocore Condicionamento Ácido Necessário de ser realizado antes de se aplicar o selante • O ácido leva à desmineralização parcial da região • Gera microfendas/microporos que servem de retenção para o selante • O condicionamento ácido requer preparos cavitários menores Técnica de Aplicação 1. Escolha do dente 2. Anestesia 3. IACO – Isolamento absoluto do campo operatório o Impede a contaminação do campo operatório o Impede que a saliva tampe as fossas e fissuras impedindo a retenção 4. Profilaxia – Pedra pomes e água 5. Condicionamento/aplicação ácido (concentração ideal 37%) Tempo de aplicação: o ESMALTE: 30 segundos o DENTINA: 15 segundos 6. Remoção do ácido com jato de água → 30 segundos ou mais 7. Jato de ar para secar a superfície 8. Aplicação do selante o Pequena quantidade apenas para cobrir as superfícies rugosas (grandes quantidades descaracterizam a face oclusal, diminuem a eficiência mastigatória e interferem na oclusão) o Espalhar com a sonda 9. Fotoativar por 40 segundos – A ponta do fotopolimerizador deve estar o + próximo da estrutura mas sem encostar nela 10. Testar resistência passando a sonda Para realizar a aplicação do flúor a superfície do dente deve estar limpa e seca O local do dente que se apresenta mais branquinho é onde o ácido foi depositado, ali deve ser aplicado o selante ATENÇÃO: 1. Espaços por baixo do selante (má aplicação) podem levar à cárie 2. O selante só pode ser aplicado se o dentista tiver certeza que no fundo dos sulcos não existem cáries Propriedades dos Selantes • União ao esmalte • Bom escoamento (baixa viscosidade) • Resistência ao desgaste • Baixa solubilidade • Polimerizável • Aplicação clínica (5min) Lesões Ativas x Paralisadas Clinicamente se diferenciam pelo tipo de biofilme sobre a lesão: • LESÃO ATIVA: biofilme espesso e pegajoso → selante ou restauração • LESÃO PARALISADA: ausência de biofilme ou presença de biofilme calcificado Leva ao “selamento biológico”, onde o biofilme calcificado preenche os sulcos e fissuras Sistemas Adesivos ADESÃO: união de duas substâncias quimicamente diferentes FATORES PARA O ÍNTIMO CONTATO DO ADESIVO COM O SUBSTRATO: • Umedecimento/molhamento do substrato • Substrato limpo • Baixo ângulo de contato • Viscosidade • Rugosidade da superfície Componentes do Sistema Adesivo • ÁCIDO • PRIMER • ADESIVO ÁCIDO • Realiza um processo de LIMPEZA QUÍMICA removendo a smear layer e a smear plug • Condiciona o esmalte e a dentina, desmineralizando parcialmente e criando microporosidades (áreas retentivas) ESMALTE: desmineraliza os núcleos DENTINA: desmineraliza parcialmente os túbulos dentinários, removendo a smear plug Smear layer (lama dentinária) é formada por: restos bacterianos, restos de brocas, pontas diamantadas, biofilme, sangue, etc. Geralmente, para a limpeza desse substrato, utiliza-se o Ácido Fosfórico 37% PRIMER • Hidrofílico • Umedece a dentina • Introduz HEMA (monômero) nos túbulos dentinários • Permite a ação do adesivo Possui um solvente: água, álcool ou acetona (na maioria das vezes acetona) • A finalidade do solvente é descolar a água, facilitando a infiltração dos monômeros e aumentando a força adesiva • Após aplicar o primer deve-se volatizar o solvente, visto que, o adesivo é hidrofóbico ADESIVO • Hidrofóbico • Sela os túbulos dentinários • Forma uma película seladora entre o dente e a restauração • ADERE A RESTAURAÇÃO AO DENTE Mecanismo de Adesão em Esmalte O esmalte é em sua maioria mineralizado • Formado por prismas contendo: o Cabeça o Corpo o Substância interprismática • Possui alta densidade e dureza • Alto módulo de elasticidade • Baixa resistência à tração • Alta fragilidade (principalmente se não possui dentina subjacente) PROCEDIMENTOS • CONDICIONAMENTO ÁCIDO o Ácido Fosfórico 37% (por 30s) o Limpa a região o Cria microporosidades pela desmineralização parcial dos prismas • LAVAGEM COM ÁGUA o Por no mínimo 30 segundos • SECAR COM JATO DE AR • APLICAR PRIMER COM MICROBRUSH • VOLATIZAR (Mín. 5 segundos → 15cm de distância) • APLICAR O ADESIVO COM OUTRO MICROBRUSH • FOTOATIVAR (de acordo com a indicação do fabricante a depender do comprimento de onda emitido pelo fotopolimerizador) Mecanismo de Adesão em Dentina A dentina é em sua maioria orgânica, contendo bastante água Possui alguns fatores prejudiciais à adesão: • Predominantemente tubular • Úmida • Possui prolongamentos odontoblásticos Quanto mais profunda maiores os túbulos dentinários, isso dificulta a adesão em cavidades profundas PROCEDIMENTOS • CONDICIONAMENTO ÁCIDO o Por 15 segundos o Limpa a smear layer o Cria microporosidades pela remoção da smear plug • LAVAGEM COM ÁGUA o Por no mínimo 15 segundos • SECAR COM JATO DE AR o Tomar cuidado para não secar excessivamente e desidratar a dentina • APLICAR PRIMER COM MICROBRUSH • VOLATIZAR (Mín. 5 segundos → 15cm de distância) • APLICAR O ADESIVO COM OUTRO MICROBRUSH • FOTOATIVAR (de acordo com a indicação do fabricante a depender do comprimento de onda emitido pelo fotopolimerizador) Classificação dos Sistemas Adesivos SISTEMAS ADESIVOS CONVENCIONAIS 3 PASSOS • Condicionamento Ácido: prepara o substrato para a adesão, desmineralizando e criando microporosidades retentivas • Primer: hidrofílico e compatível com a dentina úmida • Adesivo: hidrofóbico e compatível com a resina composta 2 PASSOS Após realizar o condicionamento ácido... A primeira camada aplicada corresponde ao primer → volatizar o solvente A segunda camada aplicada corresponde ao adesivo → volatizar o solvente e fotopolimerizar PAPEL DA ÁGUA NA ADESÃO A água mantém a dentina hidratada, permitindo a penetração dos monômeros SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES • O ÁCIDO está INCORPORADO AO PRIMER • A smearlayer não é removida, mas sim, INCORPORADA à interface de união Os sistemas autocondicionantes, porém, não eram suficientes para desmineralizar o esmalte dental SISTEMAS ADESIVOS UNIVERSAIS • Apresentam o ácido, primer e adesivo em um único frasco • Constituídos de 1 único passo • Porém não desmineralizam corretamente o esmalte, por isso, pode-se fazer o CONDICIONAMENTO ÁCIDO SELETIVO EM ESMALTE (aplicar ácido fosfórico somente no esmalte)