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Caderno - Contabilidade 3o Setor UDF

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Peter Augusto

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<p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>1</p><p>CADERNO DE ESTUDOS</p><p>2024</p><p>Apresentação</p><p>Unidade I: Aspectos Contábeis e Societários Parte I</p><p>Pronunciamento conceitual básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação</p><p>de Relatório Contábil-Financeiro. Os grupos Patrimoniais: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Os</p><p>grupos de Resultado: Receitas e Despesas. Vinculação entre os elementos. Limitações das Informação</p><p>Contábil.</p><p>Unidade II: Aspectos Contábeis e Societários Parte II</p><p>A Interpretação Técnica Geral (ITG 2002 – R1). Estrutura das Demonstrações Contábeis. Balanço</p><p>Patrimonial. Demonstração de resultados. Demonstração das mutações do patrimônio líquido.</p><p>Demonstração dos fluxos de caixa. Notas Explicativas. Abordagem ao Relatório da Administração, ao</p><p>Parecer do Conselho Fiscal, ao Parecer do Comitê de Auditoria; e, ao Relatório e Opinião dos Auditores</p><p>Independentes.</p><p>Unidade III: Aspectos Legais</p><p>Tipos de entidades. Constituição e formalização da entidade. Natureza Jurídica. Entidades sem fins</p><p>lucrativos e entidades beneficentes. Isenção da Contribuição para a Seguridade Social (INSS</p><p>patronal). As Organizações da Sociedade Civil (OSC). Obtenção do título de Organizações da</p><p>Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência</p><p>Social (CEBAS). Registro no CNAS.</p><p>Unidade IV: Aspectos Fiscais, Previdenciários e Sociais</p><p>Imunidade e Isenção. Tributos Diretos e Indiretos. Obrigações acessórias. Empregado: Admissão e</p><p>demissão. Folha de Pagamento e Encargos Sociais. E-Social.</p><p>Unidade V: Considerações finais</p><p>Orçamento. Controle. Controle Interno. Conselho Fiscal.</p><p>DISCIPLINA: Ferramentas de Gestão Contábil Aplicada ao Terceiro Setor</p><p>ENCONTROS: 05 e 19/10/2024</p><p>CARGA HORÁRIA: 18 h/a</p><p>PROFESSOR: Adriano de Andrade Marrocos</p><p>e-mail: professormarrocos@gmail.com</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>2</p><p>Apresentação</p><p>Uma abordagem inicial.</p><p>A Ciência Contábil fornece informações úteis aos seus usuários sobre as entidades ao apresentar</p><p>as demonstrações financeiras que consolidam, qualitativamente e quantitativamente, seu patrimônio</p><p>e o resultado das operações.</p><p>Objetivo da contabilidade:</p><p> Fornecer informações para a gestão das entidades.</p><p> Demonstrar a aplicação dos recursos recebidos.</p><p> Prestar contas aos doadores.</p><p> Garantir a conformidade.</p><p>Características da contabilidade:</p><p> Regime contábil: Competência (receitas e despesas são reconhecidas no período em que</p><p>ocorrem).</p><p> Não existe Lucro nem Prejuízo, mas, Superávit ou Déficit (valor restante da diferença entre as</p><p>receitas e as despesas).</p><p> A estrutura patrimonial definida pela ITG 2002 (R1).</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Contabilidade</p><p>Setor Produtivo Setor Público Setor Social</p><p>Particularidades, características, especificidades,...</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>3</p><p>O que é o Terceiro Setor?</p><p>O Estado Social é a representação da sociedade e está edificada, em termos sociológicos, em três</p><p>setores:</p><p>O 1º Setor é a Administração Pública, composto pelos órgãos que estão distribuídos nos poderes</p><p>executivo, legislativo e judiciário, nas esferas federal, estaduais e municipais. Também é denominado</p><p>de Estado.</p><p>O 2º setor é o Mercado, composto pelas empresas privadas (com finalidade de lucro), racionalmente</p><p>denominado de Setor Produtivo. Aqui, temos as empresas privadas, que geram emprego, oferecem</p><p>bens e serviços para a geração de bem-estar que decorre do consumo.</p><p>O 3º Setor é o de Interesse Social, composto por entidades sem finalidade de lucro, como associações,</p><p>fundações, sociedades cooperativas, organizações religiosas, sindicatos, dentre outras espécies.</p><p>Promovem o bem-estar social, cultural, ambiental, ..., combatem a exclusão social, oferecem</p><p>segurança alimentar e pessoal, promovem o desenvolvimento social e a cidadania, dentre outras</p><p>inúmeras situações não alcançadas pelos 1º e o 2º setores.</p><p>Apesar da denominação de “Terceiro”, na verdade se apresenta como a ligação entre o “primeiro” e o</p><p>“segundo” setores e busca eliminar ou mitigar as falhas de ambos.</p><p>Assim, nesta disciplina, estudaremos a Contabilidade aplicada ao Terceiro Setor.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>2º</p><p>Setor</p><p>3º Setor</p><p>1º</p><p>Setor</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>4</p><p>Unidade I: Aspectos Contábeis e Societários Parte I</p><p>Pronunciamento conceitual básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório</p><p>Contábil-Financeiro. Os grupos Patrimoniais: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Os grupos de Resultado:</p><p>Receitas e Despesas. Vinculação entre os elementos. Limitações das Informação Contábil.</p><p>Pronunciamento conceitual básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para</p><p>Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.</p><p>O Conselho Federal de Contabilidade editou, em 21/11/2019, a NBCTGEC1 - Estrutura Conceitual para</p><p>relatório financeiro.</p><p>Esta norma trouxe novos conceitos para o ensino da ciência contábil, que compreende:</p><p> Características qualitativas das informações financeiras úteis;</p><p> O objetivo e alcance das demonstrações financeiras; e,</p><p> Os conceitos de reconhecimento e mensuração.</p><p>Também apresentou os seguintes conceitos:</p><p>4.1. Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual são:</p><p>(a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade que reporta; e</p><p>(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.</p><p>4.2 Esses elementos estão vinculados aos recursos econômicos, reivindicações e mudanças em recursos econômicos e</p><p>reivindicações discutidos no Capítulo 1 e são definidos na Tabela 4.1.</p><p>Item discutido no</p><p>Capítulo 1</p><p>Elemento Definição ou descrição</p><p>Recurso econômico Ativo</p><p>Recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de</p><p>eventos passados.</p><p>Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios</p><p>econômicos.</p><p>Reivindicação</p><p>Passivo</p><p>Obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como</p><p>resultado de eventos passados.</p><p>Patrimônio líquido</p><p>Participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os</p><p>seus passivos.</p><p>Alterações em recursos</p><p>econômicos e</p><p>reivindicações, refletindo</p><p>o desempenho financeiro</p><p>Receitas</p><p>Aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumento</p><p>no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>Despesas</p><p>Reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções</p><p>no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>Outras alterações em</p><p>recursos econômicos e</p><p>reivindicações</p><p>–</p><p>Contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio e distribuições a</p><p>eles.</p><p>–</p><p>Troca de ativos ou passivos que não resultam em aumentos ou reduções no</p><p>patrimônio líquido.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>1 Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral Estrutura Conceitual. Esta norma revogou a Resolução CFC nº 1.374, de 12/11/2011; que</p><p>revogou a Resolução CFC nº 1.121, de 1º/04/2008; que revogou a Resolução CFC nº 785, de 1º/08/1995.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>5</p><p>A partir do que foi apresentado, trazemos, os seguintes conceitos:</p><p>Os grupos Patrimoniais: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.</p><p>Definição de Ativo:</p><p>4.3 Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados.</p><p>4.4 Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.</p><p>4.6 Direitos que têm o potencial de produzir benefícios econômicos assumem muitas formas, incluindo:</p><p>(a) direitos que correspondem à obrigação de outra parte (ver item 4.39), por exemplo: ...</p><p>(b) direitos</p><p>que não correspondem à obrigação de outra parte, por exemplo: ...</p><p>4.14 Um recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. Para que esse potencial</p><p>exista, não precisa ser certo, ou mesmo provável, que esse direito produzirá benefícios econômicos. É necessário</p><p>somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância, produzirá para a entidade benefícios econômicos</p><p>além daqueles disponíveis para todas as outras partes.</p><p>4.19 Controle vincula um recurso econômico à entidade. Avaliar se existe controle ajuda a identificar o recurso econômico que</p><p>a entidade contabiliza. Por exemplo, a entidade pode controlar parcela proporcional na propriedade sem controlar os</p><p>direitos decorrentes da posse de toda a propriedade. Nesses casos, o ativo da entidade é a parcela na propriedade que</p><p>ela controla e, não, os direitos decorrentes da posse de toda a propriedade, que ela não controla.</p><p>4.20 A entidade controla um recurso econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso do recurso econômico</p><p>e obter os benefícios econômicos que podem fluir dele. Controle inclui a capacidade presente de impedir outras partes de</p><p>direcionar o uso do recurso econômico e de obter os benefícios econômicos que podem fluir dele. Ocorre que, se uma</p><p>parte controla um recurso econômico, nenhuma outra parte controla esse recurso.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>ATIVO</p><p>controlado</p><p>pela</p><p>entidade</p><p>futuros</p><p>benefícios</p><p>econômicos</p><p>resultado</p><p>de eventos</p><p>passados</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>6</p><p>Definição de Passivo:</p><p>4.26 Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados.</p><p>4.28 O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.</p><p>4.29 A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática de evitar. A obrigação é sempre</p><p>devida à outra parte (ou partes). A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou</p><p>outras entidades, ou a sociedade em geral. Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a</p><p>obrigação é devida.</p><p>4.36 O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso econômico.</p><p>4.37 Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade transfira um recurso econômico</p><p>para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista, não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a</p><p>entidade será obrigada a transferir um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se</p><p>ocorrer evento futuro incerto especificado. É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma</p><p>circunstância, exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.</p><p>4.42 O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que exista como resultado de eventos</p><p>passados.</p><p>4.43 A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:</p><p>(a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação; e</p><p>(b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico que de outro modo não teria que</p><p>transferir.</p><p>PASSIVO</p><p>obrigação</p><p>presente</p><p>saída de</p><p>recursos</p><p>derivada</p><p>de</p><p>eventos</p><p>passados</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>7</p><p>Os grupos de Resultado: Receitas e Despesas.</p><p>Definição de Receita e de Despesa:</p><p>4.68 Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumentos no patrimônio líquido, exceto</p><p>aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.69 Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto</p><p>aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.71 Receitas e despesas são os elementos das demonstrações contábeis que se referem ao desempenho financeiro da</p><p>entidade. Os usuários das demonstrações contábeis precisam de informações tanto sobre a posição financeira da</p><p>entidade como de seu desempenho financeiro. Assim, embora receitas e despesas sejam definidas em termos de</p><p>mudanças em ativos e passivos, informações sobre receitas e despesas são tão importantes como informações sobre</p><p>ativos e passivos.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>8</p><p>Vinculação entre os elementos.</p><p>Limitações da Informação Contábil.</p><p>As demonstrações financeiras, ainda que sejam preparadas com observância às normas brasileiras de</p><p>contabilidade, enquanto modelo, também apresenta limitações intrínsecas, afinal, por mais que se</p><p>espere o reconhecimento e a mensuração de todos os fatos que impactem o patrimônio, sempre há o</p><p>risco de determinada operação não ser adequadamente registrada.</p><p>Por isso, o estudo permanente dos conceitos contábeis é fundamental.</p><p>Exemplos dessa limitação são o fato de que:</p><p> o Patrimônio Líquido não representa o valor de mercado;</p><p> os efeitos inflacionários não são reconhecidos;</p><p> pode ser necessário ajuste em decorrência de variação cambial</p><p> rendimento de aplicação financeira, quando da apuração da rentabilidade, exclui da Receita da</p><p>Atividade Operacional.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio menos distribuições</p><p>aos detentores de direitos sobre o patrimônio</p><p>Mutações do</p><p>patrimônio</p><p>líquido</p><p>Balanço patrimonial no início do período de relatório</p><p>Ativos menos passivos é igual ao patrimônio líquido</p><p>Balanço patrimonial no final do período de relatório</p><p>Ativos menos passivos é igual ao patrimônio líquido</p><p>Demonstrações do resultado e do resultado abrangente financeiro</p><p>Receitas menos despesas</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>9</p><p>Unidade II: Aspectos Contábeis e Societários Parte II</p><p>Estrutura das Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial. Demonstração de resultados. Demonstração das</p><p>mutações do patrimônio líquido. Demonstração dos fluxos de caixa. Notas Explicativas. A Interpretação Técnica</p><p>Geral (ITG 2002 – R1). Abordagem ao Relatório da Administração, ao Parecer do Conselho Fiscal, ao Parecer do</p><p>Comitê de Auditoria; e, ao Relatório e Opinião dos Auditores Independentes. Abordagem inicial à Análise das</p><p>Demonstrações Contábeis.</p><p>Estrutura das Demonstrações Contábeis.</p><p>O registro contábil das mutações patrimoniais é comprovado por meio do Livro Diário e do Livro Razão.</p><p>Destes registros é apresentado o Balancete de Verificação ou Balancete de Verificação do Razão2 -</p><p>primeira demonstração contábil - que traz todas as contas que apresentaram saldo no início e no fim</p><p>de cada período, além da movimentação ao longo do mesmo período.</p><p>Balancete de Verificação</p><p>Contas Devedoras Contas Credoras</p><p>Ativo</p><p>Passivo</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Despesas Receitas</p><p>Ao fim de cada período, é do Balancete de Verificação que as contas são reorganizadas e contribuem</p><p>para a apresentação das demonstrações financeiras.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Aqui, serão estudadas as seguintes demonstrações financeiras:</p><p> Balanço Patrimonial.</p><p> Demonstração do Resultado (do Período).</p><p> Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.</p><p> Demonstração dos Fluxos de Caixa.</p><p> Notas Explicativas.</p><p> Relatório da Administração.</p><p> Opinião dos Auditores Independentes.</p><p>2 O Livro Razão ou Livro Razão Auxiliar apresenta os mesmos registros constantes do Livro Diário, mas estão dispostos por contas e não em</p><p>ordem cronológica, ainda que assim estejam em cada conta. Desta forma, se sabe quais as mutações ocorridas em cada conta contábil.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>10</p><p>Balanço Patrimonial.</p><p>O nome desta demonstração representa o equilíbrio.</p><p>Também conhecido como</p><p>a demonstração estática do patrimônio, é destinada a evidenciar, qualitativa</p><p>e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade.</p><p>As contas são extraídas do Balancete de Verificação, mais precisamente as contas do Ativo, do Passivo</p><p>e do Patrimônio Líquido:</p><p>Balanço Patrimonial</p><p>Ativo</p><p>Passivo</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Ativo Total Passivo Total</p><p>O Ativo e o Passivo são assim segregados:</p><p> Ativos Circulantes: realizáveis (conversíveis em moeda) em até 12 meses.</p><p> Ativos não Circulantes: realizáveis (conversíveis em moeda) após 12 meses ou adquiridos sem</p><p>a finalidade de venda (revenda).</p><p> Passivo Circulante: obrigações com vencimento em até 12 meses.</p><p> Passivo não Circulante: exigíveis após 12 meses.</p><p> Patrimônio Líquido: representa o capital próprio.</p><p>Balanço Patrimonial</p><p>Ativo Passivo</p><p>Ativo Circulante Passivo Circulante</p><p>Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Ativo Total Passivo Total</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>11</p><p>Demonstração do Resultado (do Período).</p><p>O nome desta demonstração apresenta a apuração do resultado.</p><p>Também conhecida como demonstração dinâmica do patrimônio, trazendo a diferença entre a Receita</p><p>Total e a Despesa Total, indica se o resultado decorrente da gestão dos recursos da entidade foi</p><p>positivo ou negativo, ou seja, se apurou Superávit ou incorreu em Déficit.</p><p>As contas são extraídas do Balancete de Verificação, mais precisamente as contas das Receitas e das</p><p>Despesas:</p><p>Demonstração do Resultado do Período</p><p>Receita R$</p><p>(-) Despesas</p><p>= Superávit ou Déficit</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.</p><p>O nome desta demonstração apresenta a variação ou movimentação nas contas do Patrimônio Líquido.</p><p>As contas são extraídas do Balancete de Verificação, mais precisamente do Patrimônio Líquido.</p><p>Não tem por finalidade a apuração de nenhum resultado, apenas a movimentação.</p><p>Demonstração dos Fluxos de Caixa.</p><p>O nome desta demonstração apresenta a origem e a aplicação dos recursos que levaram ao saldo dos</p><p>recursos financeiros disponíveis para uso ao longo do ano.</p><p>Não tem por finalidade a apuração de nenhum resultado, apenas a movimentação.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>12</p><p>Sua estrutura apresenta três grupos de fluxo que são: das Atividades Operacionais, das Atividades de</p><p>Investimentos, e, das Atividades de Financiamento.</p><p>São dois os métodos existentes e aceitos internacionalmente.</p><p>O Método Indireto, a partir do Superávit ou do Déficit, apresenta a variação dos saldos das contas do</p><p>Ativo e do Passivo entre o primeiro e o último dia do período. O resultado apurado é comparável com</p><p>as contas que controlam, exclusivamente, os recursos financeiros disponíveis para uso. É uma</p><p>abordagem mais simplificada.</p><p>O Método Direto, relaciona toda a movimentação registrada nas contas que controlam,</p><p>exclusivamente, os recursos financeiros disponíveis para uso, eliminando as operações entre elas. Sua</p><p>elaboração é mais complexa.</p><p>A diferença é que o Método Indireto identifica a movimentação que gerou aumento ou diminuição de</p><p>recursos que, ao longo do ano, causaram impacto na variação do “caixa”, sendo mais indicado para</p><p>análise de crédito; enquanto o Método Direto identifica a movimentação que envolve o “caixa” da</p><p>entidade, sendo mais indicado para analisar a “saúde financeira” da entidade.</p><p>Ambos, permitem a previsão da capacidade de gerar caixa para pagamentos e investimentos, além</p><p>de identificar problemas financeiros.</p><p>A DFC passou a ser obrigatória em 2008, com a edição da Lei nº 11.638/2007, para todas as empresas</p><p>de capital aberto e aquelas com Patrimônio Líquido superior a R$ 2 milhões.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>13</p><p>Notas Explicativas.</p><p>Trata-se de informações adicionais às apresentadas nas demonstrações financeiras.</p><p>O principal objetivo das notas explicativas é facilitar a compreensão das demonstrações para os</p><p>usuários, de forma que todos que vão analisar seus resultados consigam compreendê-los, mesmo</p><p>sem ter se envolvido nas elaborações.</p><p>A Interpretação Técnica Geral (ITG 2002 – R1).</p><p>Em relação às normas brasileiras de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade baixou as</p><p>seguintes, aplicáveis ao nosso estudo:</p><p>Numeração Nome da Norma</p><p>ITG 2000 (R1) Escrituração Contábil</p><p>ITG 2002 (R1) Entidade sem Finalidade de Lucros</p><p>ITG 2003 (R2) Entidade Desportiva</p><p>ITG 2004 Entidade Cooperativa</p><p>NBC TG 07 (R2) Subvenção e Assistência Governamentais</p><p>NBC TG 23 (R2) Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro</p><p>ITG 1000</p><p>Normas aplicáveis e modelos de plano de contas e demonstrações contábeis para microentidade e</p><p>pequena empresa</p><p>NBC TG 1000 (R1) Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas</p><p>NBC TG 1001 Dispõe sobre a Contabilidade para Pequenas Empresas</p><p>NBC TG 1002 Dispõe sobre a contabilidade para microentidades</p><p>CTG 1000 Adoção Plena da NBC TG 1000</p><p>ITG 2002 (R1) – ENTIDADE SEM FINALIDADE DE LUCROS</p><p>Adiante, transcrevemos a ITG para observações, anotações e esclarecimentos, além de facilitar a</p><p>consulta pelos estudantes:</p><p>A letra R mais o número que identifica sua alteração (R1, R2, R3, ...) foram adicionados à sigla da interpretação para</p><p>identificarem o número da consolidação e facilitarem a pesquisa no site do CFC. A citação desta interpretação em outras normas</p><p>é identificada pela sua sigla sem referência a R1, R2, R3, pois essas referências são sempre da norma em vigor, para que, em</p><p>cada alteração da interpretação, não haja necessidade de se ajustarem as citações em outras normas.</p><p>Índice Item</p><p>OBJETIVO 1</p><p>ALCANCE 2 – 7</p><p>RECONHECIMENTO 8 – 21</p><p>DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 22 – 25</p><p>CONTAS DE COMPENSAÇÃO 26</p><p>DIVULGAÇÃO 27</p><p>APÊNDICE A</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>14</p><p>Objetivo</p><p>1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de reconhecimento das transações e</p><p>variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em</p><p>notas explicativas de entidade sem finalidade de lucros.</p><p>Alcance</p><p>2. A entidade sem finalidade de lucros pode ser constituída sob a natureza jurídica de fundação de direito privado,</p><p>associação, organização social, organização religiosa, partido político e entidade sindical.</p><p>3. A entidade sem finalidade de lucros pode exercer atividades, tais como as de assistência social, saúde, educação, técnico-</p><p>científica, esportiva, religiosa, política, cultural, beneficente, social e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e</p><p>interesses coexistentes, e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou comunitária.</p><p>4. Aplicam-se à entidade sem finalidade de lucros os Princípios de Contabilidade e esta Interpretação. Aplica-se também a</p><p>NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas ou as normas completas (IFRS completas) naqueles</p><p>aspectos não abordados por esta Interpretação.</p><p>5. Não estão abrangidos por esta Interpretação os Conselhos Federais, Regionais e Seccionais de profissões liberais,</p><p>criados por lei federal, de inscrição compulsória, para o exercício legal da profissão.</p><p>6. Esta Interpretação aplica-se às pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros, especialmente entidade</p><p>imune, isenta de impostos e contribuições para a seguridade social, beneficente de assistência social e atendimento aos</p><p>Ministérios que, direta ou indiretamente, têm relação com entidades sem finalidade de lucros e, ainda, Receita Federal do</p><p>Brasil e demais órgãos federais, estaduais e municipais.</p><p>7. Esta Interpretação aplica-se também à entidade sindical, seja confederação, central,</p><p>federação e sindicato; a qualquer</p><p>associação de classe; às outras denominações que possam ter, abrangendo tanto a patronal como a de trabalhadores.</p><p>Reconhecimento</p><p>8. As receitas e as despesas devem ser reconhecidas, respeitando-se o princípio da Competência. (Alterado pela ITG 2002</p><p>(R1))</p><p>9. As doações e as subvenções recebidas para custeio e investimento devem ser reconhecidas no resultado, observado o</p><p>disposto na NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais.</p><p>9A. Somente as subvenções concedidas em caráter particular se enquadram na NBC TG 07. (Incluído pela ITG 2002 (R1))</p><p>9B. As imunidades tributárias não se enquadram no conceito de subvenções previsto na NBC TG 07, portanto, não devem</p><p>ser reconhecidas como receita no resultado. (Incluído pela ITG 2002 (R1))</p><p>10. Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit,</p><p>de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais</p><p>atividades.</p><p>11. Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição</p><p>para custeio e investimento, bem como de isenção e incentivo fiscal registrados no ativo, deve ser em conta específica</p><p>do passivo.</p><p>12. As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais,</p><p>contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos,</p><p>e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais</p><p>contas da entidade.</p><p>13. Os benefícios concedidos pela entidade sem finalidade de lucros a título de gratuidade devem ser reconhecidos de forma</p><p>segregada, destacando-se aqueles que devem ser utilizados em prestações de contas nos órgãos governamentais.</p><p>14. A entidade sem finalidade de lucros deve constituir provisão em montante suficiente para cobrir as perdas esperadas</p><p>sobre créditos a receber, com base em estimativa de seus prováveis valores de realização e baixar os valores prescritos,</p><p>incobráveis e anistiados.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>15</p><p>15. O valor do superávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O superávit, ou parte de que tenha restrição</p><p>para aplicação, deve ser reconhecido em conta específica do Patrimônio Líquido.</p><p>16. O benefício concedido como gratuidade por meio da prestação de serviços deve ser reconhecido pelo valor efetivamente</p><p>praticado.</p><p>17. Os registros contábeis devem ser segregados de forma que permitam a apuração das informações para prestação de</p><p>contas exigidas por entidades governamentais, aportadores, reguladores e usuários em geral.</p><p>18. A dotação inicial disponibilizada pelo instituidor/fundador em ativo monetário ou não monetário, no caso das fundações,</p><p>é considerada doação patrimonial e reconhecida em conta do patrimônio social.</p><p>19. O trabalho voluntário, inclusive de membros integrantes dos órgãos da administração, no exercício de suas funções, deve</p><p>ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro. (Alterado pela</p><p>ITG 2002 (R1))</p><p>20. Aplica-se aos ativos não monetários a Seção 27 da NBC TG 1000, que trata da redução ao valor recuperável de ativos e</p><p>a NBC TG 01, quando aplicável.</p><p>21. Na adoção inicial desta Interpretação e da NBC TG 1000 ou das normas completas (IFRS completas), a entidade pode</p><p>adotar os procedimentos do custo atribuído (deemed cost) de que trata a ITG 10.</p><p>Demonstrações contábeis</p><p>22. As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas pela entidade sem finalidade de lucros, são o Balanço</p><p>Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a</p><p>Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas, conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da NBC TG</p><p>1000, quando aplicável.</p><p>23. No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo</p><p>Patrimônio Líquido. No Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio</p><p>Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por superávit ou déficit do período.</p><p>24. Na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de gratuidade concedidas e serviços</p><p>voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade.</p><p>25. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações devem ser classificadas nos fluxos das atividades operacionais.</p><p>Contas de compensação</p><p>26. Sem prejuízo das informações econômicas divulgadas nas demonstrações contábeis, a entidade pode controlar em conta</p><p>de compensação transações referentes a isenções, gratuidades e outras informações para a melhor evidenciação</p><p>contábil.</p><p>Divulgação</p><p>27. As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as</p><p>seguintes informações:</p><p>(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objetivos sociais;</p><p>(b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e</p><p>aplicação de recursos;</p><p>(c) relação dos tributos objeto de renúncia fiscal; (Alterada pela ITG 2002 (R1))</p><p>(d) as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas</p><p>subvenções;</p><p>(e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais recursos;</p><p>(f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;</p><p>(g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre</p><p>a situação financeira e os resultados futuros da entidade;</p><p>(h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo;</p><p>(i) informações sobre os seguros contratados;</p><p>(j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal,</p><p>segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação;</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>16</p><p>(k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado,</p><p>devendo ser observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua vida útil;</p><p>(l) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade;</p><p>(m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser</p><p>utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores</p><p>dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais</p><p>representativos;</p><p>(n) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos</p><p>dos serviços prestados.</p><p>APÊNDICE A – EXEMPLOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>17</p><p>Abordagem ao Relatório da Administração,</p><p>ao Parecer do Conselho Fiscal,</p><p>ao Parecer do Comitê de Auditoria; e,</p><p>ao Relatório e Opinião dos Auditores Independentes.</p><p>O Relatório de Administração e o extrato do Relatório e da Opinião dos Auditores Independentes</p><p>acompanham as demonstrações financeiras, quando exigido. O Parecer do Conselho Fiscal e o Parecer</p><p>do Comitê de Auditoria também podem ser exigidos na publicação, mas são divulgados nos “sites”</p><p>das entidades.</p><p>O Relatório da Administração apresenta dados relevantes sobre os atos de</p><p>gestão em cumprimento</p><p>ao conceito da transparência, além de atender exigência que trata da “descontinuidade” do negócio.</p><p>O Relatório e Opinião dos Auditores Independentes apresenta avaliação dos profissionais terceirizados</p><p>sobre os dados contábeis divulgados pelos profissionais internos, todos profissionais da contabilidade,</p><p>quer sejam Técnicos em Contabilidade, quer Contadores, ainda que não seja uma confirmação total</p><p>da observância às normas e da qualidade dos processos internos e das políticas contábeis.</p><p>O Parecer do Conselho Fiscal, tem por finalidade registrar uma análise prévia da prestação de contas</p><p>a ser levada à assembleia, tranquilizando associados, patrocinadores e doadores, pois que analisa</p><p>também se encaixa numa dessas categorias e não pode manter relação com dirigente.</p><p>O Comitê de Auditoria, é um olhar externo, profissional ou com larga experiência, que assessora os</p><p>dirigentes acompanhando a atuação dos auditores internos e independentes, além de orientar sobre</p><p>controles internos.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>18</p><p>Abordagem inicial à Análise das Demonstrações Contábeis.</p><p>A análise das demonstrações financeiras é uma das principais ferramentas para auxiliar a tomadas</p><p>de decisões.</p><p>De qualquer forma, não se deve tirar conclusões tendo como base o resultado de um ou de poucos</p><p>indicadores calculados, ou seja, como são muitos os indicadores a serem calculados, somente depois</p><p>de calcular certa quantidade, de compará-los e de correlacioná-los é que se poderá chegar a uma</p><p>conclusão mais acertada sobre a situação econômico-financeira da entidade e suas tendências.</p><p>Como a finalidade aqui é tratar de forma introdutória, apresentaremos alguns indicadores com a</p><p>finalidade de interpretar um exemplo didático (ainda que com base real) de forma a permitir uma</p><p>avaliação inicial de baixa complexidade.</p><p>Mas, importante destacar o papel de contribuir para administração como forma de definir</p><p>políticas e diretrizes e até mesmo “forçar” a tomada de decisão para ampliar ou modificar</p><p>tendências.</p><p>Outra questão relevante em nosso estudo é o conjunto de indicadores de desempenho, denominados</p><p>KPI (Keys-performance indicators) ou Indicadores-chave de Desempenho, que medem os resultados</p><p>das atividades estratégicas executadas pelos gestores em certo período.</p><p>Essa métrica é utilizada para avaliar o desempenho de uma entidade, desde que seu uso seja contínuo</p><p>e compõem o conjunto de KPIs de Produtividade, de Qualidade, de Capacidade, Estratégicos, de</p><p>Lucratividade, de Liquidez, inclusive é possível criar indicadores e combiná-los para apresentar</p><p>resultados relevantes.</p><p>Nesta disciplina estudaremos alguns indicadores de Liquidez e de Endividamento.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>19</p><p>Análise da Evolução Temporal e Análise de Composição</p><p>A Análise da Evolução Temporal, também denominada de Análise Horizontal, busca confirmar o</p><p>comportamento de cada conta no período compreendido entre o saldo anterior, correspondente ao</p><p>primeiro dia de cada período, e o saldo final, o último dia do mesmo período.</p><p>A diminuição ou crescimento de cada conta, em um determinado período, pode ser comparado com</p><p>períodos anteriores, de forma a examinar a correspondência entre o comportamento da conta e</p><p>cenários externos, como o cenário econômico local, nacional e até internacional, além de outras</p><p>possibilidades como o impacto nas contas de resultado em decorrência de uma gestão mais “firme”</p><p>ou de alterações na legislação tributária, por exemplo.</p><p>Enfim, é uma análise de tendência futura.</p><p>Já a Análise de Composição, também denominada Análise Vertical, busca contribuir para os</p><p>conceitos de materialidade e relevância, ainda que traga elevado grau de subjetividade.</p><p>Em que pese o índice ser relativo a único período, será necessário compará-lo com períodos anteriores.</p><p>A participação de cada conta no total formado (na demonstração financeira a que pertence) é</p><p>importante para redefinir ações de gestão, buscando aumentar ou diminuir a participação de</p><p>determinada conta.</p><p>A conta-base da análise vertical no Balanço Patrimonial será o Ativo Total e o Passivo Total e, na</p><p>Demonstração do Resultado, a Receita Bruta.</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>20</p><p>Análise Estática das Demonstrações Financeiras</p><p>A Análise Estática, em termos gerais, é composta por diversas metodologias que buscam a avaliação</p><p>por meio de indicadores, que estão assim dispostos:</p><p> Liquidez;</p><p> Endividamento e Estrutura de Capital;</p><p> Atividade ou Rotação;</p><p> Rentabilidade; e,</p><p> Lucratividade.</p><p>Esse sistema tem como objetivo fornecer informações gerenciais e estatísticas a partir de balanços</p><p>contábeis juntamente com as informações constantes nas notas explicativas.</p><p>Análise da Liquidez</p><p>Trata da capacidade de a entidade pagar seus compromissos e de saber quanto possui de recursos</p><p>financeiros para fazer frente às suas ações atuais e ações futuras.</p><p>Apresentamos os seguintes indicadores de Liquidez:</p><p>Liquidez Imediata</p><p>Mede a capacidade de fazer frente as suas obrigações no curtíssimo prazo (até 90 dias).</p><p>Disponibilidades3</p><p>LI = ---------------------------</p><p>Passivo Circulante</p><p>Liquidez Corrente</p><p>Mede a capacidade de fazer frente as suas obrigações no curto prazo (até 1 ano).</p><p>Ativo Circulante</p><p>LC = ---------------------------</p><p>Passivo Circulante</p><p>Liquidez Geral ou Total</p><p>Mede a capacidade de fazer frente as suas dívidas considerando os ativos e passivos de longo prazo, sem considerar a</p><p>realização de parte do Ativo Não Circulante composto pelos sub-grupos Investimentos Permanentes, Ativo Imobilizado e Ativo</p><p>Intangível.</p><p>Ativo Circulante + Ativo Realizável a L. Prazo</p><p>LG = -------------------------------------------------------------------</p><p>Passivo Circulante + Passivo Não Circulante</p><p>3 Título atual: Caixa e Equivalente de Caixa.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>21</p><p>Análise do Endividamento e Estrutura de Capital</p><p>Existem dois tipos de capital: o capital próprio e o capital de terceiros. A estrutura de capital leva à</p><p>avaliação das ações de aplicação desses recursos e sua combinação.</p><p>Tais índices evidenciam qual a origem de recursos, se estão concentrados no uso de recursos de</p><p>terceiros ou dos recursos dos associados e, no caso dos recursos de terceiros, se têm seus</p><p>vencimentos em curto prazo (circulante) ou longo prazo (exigível a longo prazo).</p><p>De forma mais objetiva, tais indicadores servem para sugerir a necessidade de identificar a origem</p><p>dos problemas e buscar alternativas para solucioná-los, incluindo ações como renegociação com</p><p>fornecedores, redução de despesas e evitar empréstimos, ou buscar renegociá-los com ouras</p><p>instituições financeiras.</p><p>Enfim, avaliam a capacidade de a organização crescer, de forma sustentável, com endividamento mais</p><p>consciente.</p><p>Esses índices estão relacionados adiante:</p><p>Endividamento Geral</p><p>Mede a utilização de recursos externos a curto e longo prazo para o financiamento dos investimentos totais.</p><p>Passivo Circulante + Passivo Não Circulante</p><p>EG = ---------------------------------------------------------------- x 100</p><p>Ativo Total 4</p><p>Endividamento Curto Prazo</p><p>Mede a captação de recursos externos de curto prazo em relação ao endividamento total junto a terceiros.</p><p>Passivo Circulante</p><p>ECP = ---------------------------------------------------------------- x 100</p><p>Passivo Circulante + Passivo Não Circulante</p><p>Endividamento Longo Prazo</p><p>Mede a utilização de recursos externos de longo prazo em relação ao endividamento total junto a terceiros.</p><p>Passivo Não Circulante</p><p>ELP = ---------------------------------------------------------------- x 100</p><p>Passivo Circulante + Passivo Não Circulante</p><p>Endividamento Total com garantia própria</p><p>Mede a captação total de recursos externos que estão garantidos pelo Capital Próprio.</p><p>Passivo Circulante + Passivo Não Circulante</p><p>EG/PL = ---------------------------------------------------------------- x 100</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>4 Pode ser utilizado o Passivo Total, pois deve apresentar o mesmo valor.</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>22</p><p>Anotações do(a) estudante:</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>23</p><p>Exercício</p><p>2023 2022</p><p>Ativo Circulante 201.826,28 198.776,97</p><p>Caixa e bancos a 5.208,04 9.554,05</p><p>Aplicações financeiras b 18.268,69 19.232,55</p><p>Créditos c 174.869,37 167.869,63</p><p>Almoxarifado d 3.480,18 2.120,74</p><p>Ativo Não Circulante 1.082.908,29 1.036.787,58</p><p>Veículos e 267.990,00 234.650,00</p><p>Máquinas e Equipamentos e 89.695,43 89.695,43</p><p>Móveis e Utensílios e 1.320.953,40 1.320.953,40</p><p>Computadores e 164.414,19 132.427,50</p><p>Equipamentos de Comunicação e 107.193,93 79.050,00</p><p>(-) Depreciação Veículos f - 180.617,92 - 158.147,67</p><p>(-) Depreciação Máquinas e Equipamentos f - 69.544,68 - 69.544,68</p><p>(-) Depreciação Móveis e Utensílios f - 503.048,01 - 503.048,01</p><p>(-) Depreciação Computadores f - 74.774,67 - 60.227,30</p><p>(-) Depreciação Equipamentos de Comunicação f - 39.353,39 - 29.021,10</p><p>Ativo Total 1.284.734,57 1.235.564,55</p><p>Passivo Circulante 459.117,52 536.878,70</p><p>Fornecedores g 86.696,14 16.078,41</p><p>Obrigações trabalhistas h 143.712,55 196.067,46</p><p>Provisões h 102.587,32 147.004,40</p><p>Obrigações fiscais e sociais i 85.614,19 78.434,88</p><p>Empréstimos j 35.770,76 65.763,27</p><p>Outras obrigações k 4.736,56 33.530,28</p><p>Passivo Não Circulante 12.535,37 21.936,89</p><p>Empréstimos a Longo Prazo j 12.535,37 21.936,89</p><p>Patrimônio Líquido 813.081,68 676.748,96</p><p>Patrimônio Social l 633.691,88 430.570,82</p><p>Reserva Legal m 63.369,19 43.057,08</p><p>Superávit do Período n 116.020,61 203.121,06</p><p>Passivo Total 1.284.734,57 1.235.564,55</p><p>a Caixa e Contas Bancárias de livre movimento</p><p>b Aplicações Financeiras com prazo inferior a 90 dias</p><p>c Impostos a Recuperar, Adiantamento a Funcionários, Adiantamento a Fornecedores, Adiantamento de Férias</p><p>d Estoque de Material de Escritório e produtos para consumo</p><p>e Ativo Imobilizado - Valor Original</p><p>f</p><p>Depreciação Acumulada considerando as Taxas Usuais, sem valor residual: 5 anos, 10 anos, 10 anos, 5 anos e 10</p><p>anos, respectivamente</p><p>g Compras a prazo</p><p>h Salários a pagar, acrescido de benefícios e outras dívidas relativas ao pessoal próprio.</p><p>i Tributos devidos, principalmente IRRF sobre salários, IRRF e PIS/COFINS/CSLL de pessoas jurídicas</p><p>j Operações de empréstimo junto a banco</p><p>k pequenas dívidas contratadas</p><p>l Contribuição inicial dos associados e acréscimos/decréscimos anuais com a incorporação do resultado do ano anterior</p><p>m reserva constituída anualmente a 10% do total do Patrimônio Social.</p><p>n Resultado do período</p><p>Pró-Reitoria de Pós-graduação e Extensão</p><p>24</p><p>Exercício:</p>

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