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<p>17/03/2018 MOMENTOS CONTRATUAIS (FASES CONTRATUAIS) | Renata Valera</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/2015/09/12/momentos-contratuais-fases-contratuais/ 1/4</p><p>Renata Valera</p><p>Anotações de aulas, resumos, vídeos sobre Direito</p><p>MOMENTOS CONTRATUAIS (FASES</p><p>CONTRATUAIS)</p><p>12/09/2015 · por Renata Valera · em DIREITO CIVIL. ·</p><p>Conforme aduz Amanda Cruz Vargas[1], “a relação contratual não consiste somente na celebração de</p><p>um contrato e no seu respectivo cumprimento”, pois “ela envolve diversas fases, diferentemente</p><p>caracterizadas”.</p><p>Segundo Ademir de Oliveira Costa Júnior[2], o contrato é “uma sucessão de atos destinados a uma</p><p>finalidade”. Para o autor, esta consideração permite a identificação de fases contratuais, de “três</p><p>momentos do processo contratual”, que são: a fase pré-contratual, a fase contratual propriamente</p><p>dita e a fase pós-contratual.</p><p>1. FASE PRÉ-CONTRATUAL</p><p>De acordo com Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho[3], “o nascimento de um contrato</p><p>segue um verdadeiro iter ou processo de formação”.</p><p>Neste sentido também se manifesta Paulo Lôbo[4], que afirma que tendo em vista a sequência de</p><p>momentos na formação dos contratos, Enzo Roppo “qualifica a formação do contrato como um</p><p>processo”.</p><p>Assim, conforme Carlos Roberto Gonçalves[5], a formação dos contratos segue 3 (três) fases:</p><p>(1ª) fase de negociações preliminares (ou fase de punctuação);</p><p>(2ª) fase de proposta (ou oferta, ou policitação); e</p><p>(3ª) fase de aceitação (ou oblação).</p><p>A primeira fase, ou seja, a fase de negociações preliminares (ou fase de punctuação), consoante a</p><p>lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho[6], “consiste no período de negociações</p><p>preliminares, anterior à formação do contrato”. É a fase das tratativas iniciais, em que os negociantes</p><p>estabelecem expectativas para a formação de um eventual contrato.</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/2015/09/12/momentos-contratuais-fases-contratuais/</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/author/renatavalera/</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/category/direito-civil/</p><p>17/03/2018 MOMENTOS CONTRATUAIS (FASES CONTRATUAIS) | Renata Valera</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/2015/09/12/momentos-contratuais-fases-contratuais/ 2/4</p><p>Apesar de não ter sido disciplinada expressamente no Código Civil, esta fase é tutelada pelo Direito, pois</p><p>as expectativas são protegidas juridicamente, em razão do princípio da boa-fé, que produz efeitos</p><p>mesmo antes da formação dos contratos.</p><p>As negociações não impõem às partes o dever de contratar. Porém, as tratativas iniciais já se sujeitam aos</p><p>efeitos do princípio da boa-fé (art. 422 do Código Civil). Logo, a quebra abusiva das negociações pode</p><p>acarretar a configuração da responsabilidade civil do negociante (responsabilidade pré-contratual). Nos</p><p>dizeres de Paulo Lôbo[7], “ninguém é obrigado a contratar (…). Todavia, ao se dar início a um</p><p>procedimento negociatório, é preciso observar sempre se, a depender das circunstâncias do caso</p><p>concreto, já não se formou uma legítima expectativa de contratar. Dizer, portanto, que há direito</p><p>subjetivo de não contratar não quer dizer que os danos, daí decorrentes, não devam ser indenizados,</p><p>haja vista que, (…) independentemente da imperfeição da norma positivada, o princípio da boa-fé</p><p>objetiva também é aplicável a esta fase pré-contratual, notadamente os deveres acessórios de lealdade e</p><p>confiança recíprocas.”</p><p>Registro importante faz Paulo Lôbo[8], ao salientar que: “Esses atos preparatórios, característicos da fase</p><p>de puntuação, não se identificam com o denominado contrato preliminar, figura jurídica que será</p><p>estudada em momento oportuno. A promessa de contrato, também denominada pré-contrato ou</p><p>contrato preliminar, é aquele negócio jurídico que tem por objeto a obrigação de fazer um contrato</p><p>definitivo. O exemplo mais comum é o compromisso de venda, o qual, como se sabe, pode inclusive</p><p>gerar direito real. Cuida-se de modalidade contratual que deverá conter todos os requisitos essenciais ao</p><p>contrato definitivo (com exceção da forma), e cujo regramento — inexistente no Código de 1916 —</p><p>encontra-se nos arts. 462 a 466 do Código de 2002.”</p><p>A segunda fase, ou seja, a fase de proposta (ou oferta, ou policitação), ainda conforme ensina Paulo</p><p>Lôbo[9], “consiste na oferta de contratar que uma parte faz à outra, com vistas à celebração de</p><p>determinado negócio (daí, aquele que apresenta a oferta é chamado de proponente, ofertante ou</p><p>policitante)”. Continua o doutrinador afirmando que se trata de uma “declaração receptícia de</p><p>vontade”, que deve ser séria e concreta para ter força vinculante, de modo que “meras conjecturas ou</p><p>declarações jocosas não traduzem proposta juridicamente válida e exigível”. Sendo assim, a proposta</p><p>tem força vinculante (força obrigatória), então se o proponente a realizou, deve cumpri-la e, caso se</p><p>recuse a cumprir a proposta realizada, pode ser compelido ao cumprimento, pela via judicial. Exceção a</p><p>esta regra está disposta no art. 429 do Código Civil.</p><p>A terceira fase, isto é, a fase de aceitação (ou oblação) é a “a aquiescência a uma proposta</p><p>formulada”, nos dizeres de Paulo Lôbo[10]. Por meio da aceitação, o aceitante (oblato) adere ao</p><p>conteúdo da proposta formulada. O aceitante não pode mudar o conteúdo da proposta, senão isso não é</p><p>uma aceitação, é uma contraproposta (nova proposta). Nas palavras de Paulo Lôbo[11] “se a aceitação</p><p>for feita fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará em nova proposta. Ou seja,</p><p>caso a aquiescência não seja integral, mas feita intempestivamente ou com alterações (restritivas ou</p><p>ampliativas), converter-se-á em contraproposta, nos termos do art. 431 do Código Civil”.</p><p>Estas fases (fase de punctuação; fase de proposta, ou oferta, ou policitação; e fase de aceitação ou</p><p>oblação) correspondem à fase pré-contratual.</p><p>2. FASE CONTRATUAL</p><p>Com o ato de aceitação (na fase de oblação) é que se inicia o contrato (e, portanto, a fase contratual</p><p>propriamente dita).</p><p>17/03/2018 MOMENTOS CONTRATUAIS (FASES CONTRATUAIS) | Renata Valera</p><p>https://renatavalera.wordpress.com/2015/09/12/momentos-contratuais-fases-contratuais/ 3/4</p><p>Nos dizeres de Marcia Pelissari Gomes[12], “os contratos se aperfeiçoam no momento da aceitação</p><p>(exceção contratos reais)”, o que é de simples entendimento “quando presentes as partes, pois no instante</p><p>em que a proposta é aceita cruzam-se as vontades, ultimam-se as avenças, ou seja, tem-se o</p><p>aperfeiçoamento com a aceitação imediata”.</p><p>Sobre o momento em que se considera a formação do contrato entre ausentes, a teoria da agnição[13]</p><p>indica que o momento da aceitação é o momento técnico da formação do contrato.</p><p>3. FASE PÓS-CONTRATUAL</p><p>Com a extinção do contrato, inicia-se a fase pós contratual.</p><p>Notas:</p><p>[1] VARGAS, Amanda Cruz. As fases da responsabilidade contratual e suas implicações nas relações</p><p>consumeristas fomentadas pela publicidade. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011.</p><p>Disponível em:</p><p>civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 79.</p><p>[8] Lôbo, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 80.</p><p>[9] Lôbo, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 80.</p><p>[10] Lôbo, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 84.</p><p>[11] Lôbo, Paulo. Direito civil: contratos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 85.</p><p>[12] GOMES, Marcia Pelissari. Aceitação nos Contratos. Disponível em:</p>

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