Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>____________</p><p>1 De N. A. Cobb. 1914. Yearbook of the United States Department of Agriculture, p. 472.</p><p>Trilobitas, Quelicerados e Miriápodes</p><p>• FILO ARTHROPODA</p><p>∘ Subfilo Trilobita</p><p>∘ Subfilo Chelicerata</p><p>∘ Subfilo Myriapoda</p><p>Um escorpião.</p><p>Uma armadura</p><p>Em algum momento e em algum lugar durante a era Pré-Cambriana, aconteceu um importante marco da evolução da vida na</p><p>Terra. A cutícula macia do ancestral segmentado de animais que hoje denominamos artrópodes foi endurecida com a</p><p>deposição adicional de proteína e de um polissacarídio inerte denominado quitina. O exoesqueleto cuticular ofereceu proteção</p><p>contra predadores e outros perigos ambientais, e conferiu a seu possuidor uma lista formidável de outras vantagens seletivas.</p><p>Por exemplo, uma cutícula endurecida proporcionou um local mais seguro para a fixação da musculatura, permitiu que os</p><p>segmentos adjacentes e as articulações funcionassem como alavancas e melhorou enormemente o potencial para locomoção</p><p>rápida, incluindo o voo. Com certeza, uma armadura não poderia ser uniformemente rígida; o animal seria tão incapaz de se</p><p>mover quanto o Homem de lata enferrujado de O Mágico de Oz. As seções rígidas de cutícula estavam separadas entre si por</p><p>seções finas e flexíveis, que formavam suturas e articulações. O exoesqueleto cuticular teve um potencial evolutivo enorme.</p><p>As extensões articuladas de cada um dos segmentos tornaram-se apêndices.</p><p>À medida que as cutículas endurecidas evoluíam, ou talvez concomitantemente com isso, ocorreram muitas outras</p><p>modificações nos corpos e nos ciclos de vida dos protoartrópodes. O crescimento exigiu uma sequência de mudas cuticulares</p><p>controladas por hormônios. Os compartimentos celômicos reduziram sua função de esqueleto hidrostático, talvez causando</p><p>uma regressão do celoma e sua substituição por um sistema aberto de seios (hemocele). Os cílios locomotores desapareceram.</p><p>Essas modificações e outras são denominadas “artropodização”. Elas produziram animais em grande diversidade e</p><p>abundância, capazes de colonizar praticamente todos os habitats na Terra.</p><p>FILO ARTHROPODA</p><p>O filo Arthropoda (Gr. arthron, articulação + pous, podos, pé) é atualmente o filo com maior diversidade de espécies do</p><p>Reino Animal, sendo composto por mais de 75% de todas as espécies conhecidas. Aproximadamente, 1.100.000 espécies de</p><p>artrópodes foram registradas, e provavelmente o mesmo número ainda deve ser identificado e classificado (na realidade, com</p><p>base no levantamento da fauna de insetos no dossel das florestas pluviais, muitas estimativas de espécies ainda não descritas</p><p>são muito maiores). Os artrópodes incluem aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros, crustáceos, piolhos-de-cobra, centopeias,</p><p>insetos, além de outros grupos menos conhecidos. Existe também um rico registro fóssil que se estende à porção mais antiga</p><p>do período Pré-Cambriano.</p><p>Poucos artrópodes ultrapassam 60 cm de comprimento, e a maioria é muito menor. Entretanto, os euriptéridos da era</p><p>Paleozoica chegavam até 3 m, e alguns insetos precursores das libélulas (Protodonata) tinham envergadura de asas de cerca de</p><p>1 m. Atualmente, o maior artrópode, um caranguejo japonês do gênero Macrocheira (Gr. makros, grande + cheir, mão), atinge</p><p>aproximadamente 4 m; e o menor é o ácaro parasito* do gênero Demodex (Gr. dēmos, pessoa + dex, verme de madeira), que</p><p>mede menos de 0,1 mm de comprimento.</p><p>Os artrópodes são animais em geral ativos, com muita energia. Eles usam todas as formas de alimentação – carnívoros,</p><p>herbívoros e onívoros –, embora a maioria seja herbívora. Muitos artrópodes aquáticos são onívoros ou dependem de algas</p><p>para sua nutrição, e a maioria das formas terrestres alimenta-se principalmente de vegetais. Quanto à diversidade da</p><p>distribuição ecológica, os artrópodes não têm rivais.</p><p>Embora muitos artrópodes terrestres exerçam competição por alimento com os humanos e transmitam doenças sérias, são</p><p>essenciais na polinização de muitos dos vegetais utilizados na alimentação humana, e também servem de alimento no</p><p>ecossistema, produzem drogas e produtos como a seda, o mel, a cera de abelha e tinturas.</p><p>Os artrópodes estão distribuídos mais amplamente e mais densamente por todas as regiões da biosfera terrestre do que os</p><p>membros de qualquer outro filo eucariota. Eles são encontrados em todos os tipos de ambiente, desde as profundezas</p><p>oceânicas até altitudes bastante elevadas, e desde os trópicos até bem dentro das regiões polares do sul e do norte. Espécies</p><p>diferentes estão adaptadas para a vida no ar; sobre a terra; em água doce, salobra e marinha; e sobre os corpos de plantas e</p><p>outros animais ou dentro deles. Algumas espécies vivem em locais nos quais nenhum outro animal consegue sobreviver.</p><p>Relações entre os subgrupos de artrópodes</p><p>Os artrópodes são protostômios ecdisozoários, pertencentes ao clado Panarthropoda (ver Figura 18.1). Eles têm corpos</p><p>segmentados, uma cutícula quitinosa, frequentemente contendo cálcio, e apêndices articulados. O endurecimento crítico da</p><p>cutícula formando um exoesqueleto articulado é chamado, algumas vezes, de “artropodização”.</p><p>Os artrópodes diversificaram-se muito, porém é relativamente fácil identificar planos corporais específicos que</p><p>36</p><p>www.projetomedicina.com.br</p><p>c) Coanócito.</p><p>d) Parenquimal.</p><p>e) Cnidócito.</p><p>64 - (ACAFE SC)</p><p>O reino animal possui uma grande variedade de organismos, compreendendo cerca de um milhão</p><p>de espécies catalogadas, embora acredita-se que este número possa ser superior a três milhões de</p><p>espécies viventes.</p><p>A seguir está representa uma das hipóteses para explicar a filogenia animal.</p><p>Fonte:https://netnature.wordpress.com/2014/11/17/</p><p>biologiaavancada- rumo-aos-vertebrados (adaptada).</p><p>Considere as informações contidas na árvore filogenética e os conhecimentos relacionados ao</p><p>tema.</p><p>Assim, é correto afirmar, exceto:</p><p>a) Uma árvore filogenética é uma representação gráfica que organiza os seres vivos de acordo</p><p>com o seu grau de parentesco evolutivo. Pela análise da árvore filogenética pode-se concluir</p><p>que a estrela do mar possui um ancestral comum com os animais do Filo Chordata.</p><p>b) No Filo Chordata encontramos animais caracterizados pela presença de uma simetria bilateral,</p><p>notocorda, um tubo nervoso dorsal, fendas branquiais e uma cauda pós-anal, em pelo menos</p><p>uma fase de sua vida.</p><p>c) Pode-se afirmar que pseudoceloma, metameria e presença de apêndices articulados estão</p><p>presentes respectivamente nos Filos Nematoda, Annelida e Arthropoda.</p><p>http://www.projetomedicina.com.br/</p><p>37</p><p>www.projetomedicina.com.br</p><p>d) O Filo Porifera apresenta organismos extremamente simples, sendo desprovidos de tecidos e</p><p>órgão, apresentando somente células nervosas difusas.</p><p>65 - (UECE)</p><p>Os organismos aquáticos que fazem parte dos ecossistemas marinhos e de água doce são</p><p>classificados em três grupos de acordo com a sua capacidade de deslocamento. Considerando essa</p><p>classificação, analise as colunas abaixo e numere a Coluna II (definição) de acordo com a</p><p>classificação contida na Coluna I.</p><p>Coluna I CLASSIFICAÇÃO</p><p>1. Plâncton</p><p>2. Nécton</p><p>3. Bentos</p><p>Coluna II DEFINIÇÃO</p><p>( ) Conjunto de seres que têm um deslocamento passivo pela água, ou seja, são arrastados pelas</p><p>correntes marinhas ou mesmo pelas ondas.</p><p>( ) Organismos que vivem no fundo do mar e que podem ser sésseis (esponjas, algas</p><p>macroscópicas, cracas, ostras, anêmona) ou locomoverem-se no substrato (siris, caranguejos,</p><p>caramujos e estrelas-do-mar).</p><p>( ) Seres dotados de movimento ativo e que são capazes de nadar e vencer as correntes. Os</p><p>melhores exemplos são os peixes e os mamíferos aquáticos.</p><p>A sequência correta, de cima para baixo, é:</p><p>a) 2, 3, 1.</p><p>http://www.projetomedicina.com.br/</p><p>38</p><p>www.projetomedicina.com.br</p><p>b) 1, 2, 3.</p><p>c) 1, 3, 2.</p><p>d) 2, 1, 3.</p><p>66 - (UECE)</p><p>Cnidoblastos ou cnidócitos são células de defesa observadas em</p><p>a) pepinos-do-mar.</p><p>b) paramécios.</p><p>c) anêmonas.</p><p>d) ascídias.</p><p>67 - (UNIFOR CE)</p><p>Em novembro de 2014, em apenas</p><p>um dia, foram registrados 18 casos de pessoas queimadas por</p><p>animais marinhos em Fortaleza. Segundo especialistas, o vento acaba trazendo esses animais para a</p><p>beira da praia e acontecendo o contato com banhistas. Esses animais marinhos são pacíficos e se</p><p>alimentam de peixe e, portanto, não usam a queimadura como defesa pessoal. Mas quem toca</p><p>neles, mesmo que sem querer, acaba se machucando, pois eles possuem tentáculos com células</p><p>especializadas que contém estruturas urticantes chamadas nematocistos.</p><p>Fonte: http://tvdiario.verdesmares.com.br/noticias/regional</p><p>Adaptado. Acesso em 04 nov. 2014.</p><p>A qual filo animal pertence o animal marinho citado na notícia?</p><p>a) Porifera.</p><p>b) Cnidaria.</p><p>c) Nematoda.</p><p>http://www.projetomedicina.com.br/</p><p>http://tvdiario.verdesmares.com.br/noticias/regional</p><p>caracterizam os subgrupos dos artrópodes. Por exemplo, as centopeias e os milípedes têm troncos compostos de segmentos</p><p>semelhantes repetidos, enquanto as aranhas têm duas regiões do corpo distintas sem segmentos repetidos. O filo Arthropoda</p><p>está dividido em diversos subfilos, com base em nosso conhecimento atual das relações entre os subgrupos.</p><p>Tradicionalmente, centopeias e milípedes e formas aparentadas, chamadas de paurópodes e sínfilos, estavam agrupados</p><p>com os insetos no subfilo Uniramia. Todos os membros de Uniramia têm apêndices unirremes – aqueles com um único ramo –</p><p>em oposição aos apêndices birremes, os quais apresentam dois ramos (Figura 19.1). As filogenias construídas utilizando</p><p>dados moleculares não sustentam Uniramia como um grupo monofilético. Além disso, conforme as bases genéticas de</p><p>apêndices unirremes versus birremes foram sendo mais bem compreendidas (ver a seguir), tornou-se cada vez mais</p><p>improvável que todos os apêndices unirremes tenham sido herdados de um único ancestral comum com tais apêndices.</p><p>Atualmente, são definidos cinco subfilos de artrópodes. Centopeias, milípedes, paurópodes e sínfilos são colocados no</p><p>subfilo Myriapoda. Os insetos são colocados no subfilo Hexapoda. As aranhas, os carrapatos, os límulos e seus parentes</p><p>formam o subfilo Chelicetara. As lagostas, os caranguejos, as cracas e muitos outros formam o subfilo Crustacea. Nós</p><p>incluímos os “vermes-língua” do antigo filo Pentastomida em Crustacea. Os trilobitas, já extintos, foram agrupados no subfilo</p><p>Trilobita.</p><p>As relações filogenéticas entre os subfilos são controversas. Uma hipótese sustenta que todos os artrópodes que</p><p>apresentam uma peça bucal em particular, chamada de mandíbula (Figura 19.1), formam um clado chamado Mandibulata. Esse</p><p>clado inclui membros de Myriapoda, Hexapoda e Crustacea. Os artrópodes que não têm mandíbulas possuem quelíceras</p><p>(Figura 19.1), como exemplificado pelas aranhas. Assim, de acordo com a “hipótese mandibulada”, os miriápodes, os</p><p>hexápodes e os crustáceos são mais proximamente aparentados entre si do que qualquer um deles com os quelicerados. Os</p><p>críticos da hipótese mandibulada argumentam que as mandíbulas em cada grupo são tão diferentes entre si que poderiam não</p><p>ser homólogas. As mandíbulas dos crustáceos são multiarticuladas com superfícies para mastigar e morder na base da</p><p>mandíbula (mandíbula do tipo gnatobase), enquanto a dos miriápodes e hexápodes tem uma única articulação, sendo a</p><p>superfície mordedora localizada na margem distal (mandíbula integral). Também existem algumas diferenças nos músculos que</p><p>controlam os dois tipos. Os proponentes da hipótese mandibulada respondem que os 550 milhões de anos de história dos</p><p>mandibulados permitiram a evolução de mandíbulas diversas a partir de um tipo ancestral. Uma filogenia recente usando os</p><p>caracteres do genoma mitocondrial embasam a “hipótese da mandíbula”.</p><p>Nós assumimos que o subfilo Trilobita é o táxon-irmão para todos os outros artrópodes e que a primeira divisão no</p><p>último grupo separa os quelicerados de um ancestral comum de miriápodes, hexápodes e crustáceos. Assinalamos o subfilo</p><p>Crustacea como o táxon-irmão do subfilo Hexapoda (Figura 19.2). As evidências de uma relação próxima entre hexápodes e</p><p>crustáceos emergiram a partir de vários estudos filogenéticos que utilizam caracteres moleculares; esses estudos indicaram a</p><p>necessidade de uma reavaliação dos caracteres morfológicos nos membros de ambos os táxons. Unimos o subfilo Crustacea</p><p>com o subfilo Hexapoda no clado Pancrustacea. A natureza exata da relação de parentesco entre esses dois subfilos está sendo</p><p>debatida e encontra-se discutida nos Capítulos 20 e 21.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina