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<p>Professor Wagner Damazio</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas)</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>960</p><p>1436</p><p>Gabarito: Letra A.</p><p>44. 2016/TRT-4ª REGIÃO/ TRT-4ª REGIÃO (RS)/Juiz do Trabalho</p><p>Considere as assertivas abaixo sobre a aplicação da Lei no 8.429/1992 (Lei de Improbidade</p><p>Administrativa), segundo a doutrina e a jurisprudência.</p><p>I - Nem todo ato ilegal caracteriza necessariamente ato de improbidade.</p><p>II - Consideram-se atos de improbidade apenas os que importem enriquecimento ilícito ou</p><p>causem prejuízo ao Erário.</p><p>III - Em qualquer hipótese de ato de improbidade, admite-se a responsabilidade objetiva do</p><p>agente, bastando a existência de dano efetivo.</p><p>Quais são corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas I e II.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários</p><p>I-Correto. Nem todo ato ilegal se caracteriza como ato de improbidade administrativa, conforme</p><p>jurisprudência do STJ a seguir apresentada:</p><p>ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IMPROBIDADE</p><p>ADMINISTRATIVA. ARTS. 10 E 11 DA LEI 8.429/92. RECEBIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. INDÍCIOS DA PRÁTICA DE</p><p>IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. IN DUBIO PRO SOCIETATE. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. I. Agravo interno</p><p>aviado contra decisão que julgara recurso interposto contra decisum publicado na vigência do CPC/2015. II. Na</p><p>origem, trata-se de ação civil pública, proposta pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER</p><p>em face de Carlos Miranda Pagnoncelli e outros, imputando-lhes a prática de atos de improbidade</p><p>administrativa, previstos nos arts. 10, caput, II, VIII e X, e 11, caput e II, da Lei 8.429/92, por indevida dispensa</p><p>de licitação. III. No caso, o Tribunal de origem reconheceu a dispensa indevida de licitação. Contudo, concluiu</p><p>pela "inexistência de indícios de dolo ou culpa grave ao se dispensar a licitação na hipótese em comento".</p><p>Segundo o acórdão recorrido, "ainda que se possa cogitar de quebra de competitividade, em virtude de não</p><p>terem sido analisadas todas as opções disponíveis no mercado, a conduta do agente público deve ser analisada</p><p>à luz do princípio da legalidade. Ocorre que nem toda violação ao princípio da legalidade configura ato de</p><p>improbidade administrativa. É imprescindível à sua tipificação que o ato ilegal tenha origem em conduta</p><p>desonesta, ardilosa, denotativa de falta de probidade do agente público". Nesse contexto, registra que "não</p><p>há elemento probatório indicativo nos autos de que os demandados, culposamente, criaram uma situação</p><p>emergencial para causar prejuízo ao erário. Na verdade, houve uma sucessão de pendências e erros na realização</p><p>do processo licitatório e na sua agilização que causou uma ilegalidade a ser corrigida, se ainda não o foi". (STJ -</p><p>AgInt no AREsp: 1274653 RS 2018/0079340-2, Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de Julgamento:</p><p>13/11/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/11/2018) (grifos não constantes do original)</p>