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<p>Professor Wagner Damazio</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas)</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>463</p><p>1436</p><p>B) ERRADA. De fato, greve de servidores públicos pode ser considerada legal. Contudo, o direito de</p><p>greve não se aplica a servidores da área de segurança pública, conforme o Tema de Repercussão</p><p>Geral nº 541 do STF:</p><p>“1 - O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis</p><p>e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. 2 - É</p><p>obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das</p><p>carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da</p><p>categoria.”</p><p>C) ERRADA. No Recurso Extraordinário nº 693.456, ficou decidida a Tese 531 de Repercussão Geral,</p><p>nos dizeres a seguir:</p><p>“A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do</p><p>exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo</p><p>funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo,</p><p>incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público”.</p><p>Portanto, a regra geral é que a Administração Pública proceda ao desconto, PODENDO haver</p><p>compensação das horas paradas em função de acordo. Por outro lado, se a greve se deu em virtude</p><p>de ilicitude praticada pelo Poder Público, não há que se falar em desconto nas remunerações.</p><p>D) CORRETA. Conforme afirmado nos comentários da alternativa C, a regra geral é pelo desconto na</p><p>remuneração dos servidores. Ademais, as greves de servidores são possíveis e reconhecidas pelo</p><p>STF, mesmo diante da inexistência de lei específica apta a regulamentar o assunto.</p><p>E) ERRADA. Também conforme consta nos comentários da alternativa C, não há obrigatoriedade em</p><p>existir a compensação das horas paradas a fim de se evitar o desconto nas remunerações. Isso se</p><p>dará apenas se houver acordo.</p><p>5. 2018/FEPESE/PGE-SC/Procurador do Estado</p><p>José ingressou como servidor do Município “X” em 1980, sem concurso público e pelo regime</p><p>da Consolidação das Leis do Trabalho. No prazo adequado, e após a promulgação da</p><p>Constituição Federal de 1988, foi aprovado o estatuto dos servidores públicos daquele ente</p><p>federado, passando ele a ser servidor público estatutário, até sua exoneração.</p><p>Observado isso, é correto afirmar:</p><p>a) Como há dois períodos baseados em regimes diversos, prevalece aquele ocorrido por último,</p><p>o que determina a competência da Justiça comum.</p><p>b) Como se trata de servidor público municipal, mesmo em relação aos pedidos formulados</p><p>com base no regime celetista, a competência para julgamento é da justiça comum estadual.</p><p>c) A discussão a respeito da competência para conhecer os pedidos, tanto aqueles decorrentes</p><p>do regime celetista, como aqueles decorrentes do regime estatutário, envolve competência</p><p>em razão da matéria, a qual é relativa e não pode ser conhecida de ofício pelo juiz.</p>