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<p>Casa - Árvore</p><p>- Pessoa</p><p>TÉCNICA PROJETIVA DE</p><p>DESENHO</p><p>H-</p><p>T-P</p><p>Manual e Guia de</p><p>Interpretação</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)</p><p>Buck, John N.</p><p>H-T-P: casa-arvore-pessoa, técnica projetiva de desenho:</p><p>manual e guia de interpretação /</p><p>John N. Buck; tradução de Renato Cury Tardivo;</p><p>revisão de Iraf Cristina Boccato Alves. --</p><p>1. ed. São Paulo: Vetor, 2003.</p><p>Título original: The house-tree-person</p><p>technique Bibliografia.</p><p>1. Casa-Árvore-Pessoa - Técnica projetiva de desenho 2. Desenho -</p><p>Psicologia 3. Técnicas projetivas I. Título.</p><p>03-1561</p><p>CDD-155.284</p><p>Índices para catálogo</p><p>sistemático:</p><p>1. H-T-P Técnica projetiva de desenho : Psicologia</p><p>155.284</p><p>ISBN: 85-7585-024-5</p><p>Tradução: Renato Cury Tardivo</p><p>Revisão: Iraí Cristina Boccato Alves</p><p>USO EXCLUSIVO DE PSICOLOGOS</p><p>©2002 - Vetor Editora Psico-Pedagógica</p><p>Ltda.</p><p>1992 - Western Psychological Services</p><p>É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por</p><p>qualquer meio existente e para qualquer finalidade, sem autorização por</p><p>escrito dos editores.</p><p>L</p><p>John N, Buck</p><p>Tradução: Renato Cury Tardivo</p><p>Revisão: Iraí Cristina Boccato Alves</p><p>Casa - Árvore</p><p>- Pessoa</p><p>TÉCNICA PROJETIVA DE</p><p>DESENHO</p><p>H-</p><p>T-P</p><p>Manual e Guia de</p><p>Interpretação</p><p>VETOR</p><p>EDITORA PSICO-PEDAGÓGICA</p><p>LTDA.</p><p>Rua Cubatão, 48 - CEP 04013-000 - SP</p><p>Tel. (11) 3146-0333 - Fax. (11) 3146-</p><p>0340</p><p>www.vetoreditora.com.br</p><p>vendas@vetcreditore.com.br</p><p>!</p><p>Este livro, incluindo muitos anos de estudos clínicos e experimentais, é dedicado à</p><p>minha esposa Fan, pois sem a sua paciência ilimitada, suas críticas construtivas</p><p>e seu incentivo, a técnica projetiva "House-Tree-Person" (H-T-P) nunca teria</p><p>sido desenvolvida.</p><p>Leve</p><p>John N. Buck 1964</p><p>1</p><p>Lista de figuras</p><p>Lista de tabelas</p><p>Agradecimentos</p><p>Capítulo 1 - Introdução</p><p>Descrição geral .......</p><p>Objetivo e aplicações clínicas</p><p>Princípios de uso....... Conteúdos</p><p>deste manual</p><p>Capítulo 2 - Administração.</p><p>Administrando o H-T-P</p><p>སཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾསཾ</p><p>Situação e tempo e de aplicação</p><p>Materiais de teste</p><p>Desenhos acromáticos</p><p>Inquérito posterior ao desenho</p><p>Lista de conceitos interpretativos</p><p>Desenhos coloridos</p><p>Capitulo 3 - Interpretação</p><p>Avaliação do desenho</p><p>Aspectos gerais do desenho</p><p>Sumário</p><p>ix</p><p>ix</p><p>xi</p><p>1</p><p>2</p><p>2</p><p>3</p><p>.5</p><p>.6</p><p>6</p><p>7</p><p>18</p><p>སཾ</p><p>19</p><p>21</p><p>22</p><p>22</p><p>22</p><p>23</p><p>33</p><p>33</p><p>34</p><p>34</p><p>35</p><p>38</p><p>40</p><p>41</p><p>42</p><p>42</p><p>42</p><p>43</p><p>45</p><p>47</p><p>47</p><p>49</p><p>50</p><p>50</p><p>51</p><p>54</p><p>Atitude</p><p>Tempo, latência, pausas ....</p><p>Capacidade crítica e rasuras</p><p>Comentários......</p><p>Características gerais do desenho</p><p>Proporção</p><p>Perspectiva......</p><p>Detalhes</p><p>Cor..........</p><p>Inquérito posterior ao desenho</p><p>Características do desenho específicas da figura.</p><p>Casa ......</p><p>Proporção</p><p>Perspectiva</p><p>Detalhes</p><p>Adequação da cor</p><p>Inquérito posterior ao desenho.</p><p>Árvore</p><p>Proporção</p><p>Perspectiva</p><p>Detalhes</p><p>Adequação da cor</p><p>vii</p><p>Inquérito posterior ao desenho.......</p><p>Pessoa</p><p>Proporção</p><p>Perspectiva</p><p>Detalhes</p><p>Adequação da cor</p><p>Inquérito posterior ao desenho......</p><p>Ilustrações de casos</p><p>Caso 1: Morris - 14 anos de idade, masculino (Buck)</p><p>Tempo....</p><p>Comentários</p><p>Capacidade crítica.....</p><p>Proporção</p><p>Perspectiva</p><p>Detalhes</p><p>Cor.</p><p>Inquérito posterior ao desenho.</p><p>Prognóstico.........</p><p>Caso 2: Paul - 28 anos de idade, sexo masculino (Hammer).</p><p>Caso 3: Dennis - 12 anos de idade, masculino (Jolles [1969])</p><p>Capítulo 4 - Desenhos do HTP de crianças e adultos: algumas questões e comparações -</p><p>L. Stanley Wenck, Ed.D. e Donna Rait</p><p>Desenhos do H-T-P de crianças abusadas</p><p>Abuso físico.......</p><p>Abuso sexual</p><p>Capítulo 5 - Fundamentação teórica e pesquisa</p><p>Referências</p><p>Apêndice......</p><p>Índice de conceitos interpretativos</p><p>vili</p><p>$5</p><p>54</p><p>57</p><p>58</p><p>58</p><p>59</p><p>62</p><p>62</p><p>119</p><p>120</p><p>120</p><p>120</p><p>120</p><p>120</p><p>121</p><p>121</p><p>122</p><p>122</p><p>123</p><p>123</p><p>124</p><p>129</p><p>138</p><p>138</p><p>139</p><p>143</p><p>149</p><p>157</p><p>187</p><p>:</p><p>}</p><p>Lista de figuras</p><p>1. Exemplo de um protocolo de registro do H-T-P</p><p>2. Exemplo de desenho da casa</p><p>3. Lista interpretativa de conceitos completada para o desenho mostrado na figura 2</p><p>4. Inquérito posterior ao desenho completado e régua para o desenho mostrado na figura 2 5. Sara</p><p>6. Marie</p><p>7. Katherine.</p><p>8. Gary....</p><p>9. Marlene</p><p>10. Morris</p><p>11. Curtis</p><p>12. Kevin</p><p>13. Dennis</p><p>14. Paul.</p><p>15. Phillip</p><p>16. Nenhum nome dado ......</p><p>17. Sherman</p><p>18. Ted</p><p>19. Edith...</p><p>Lista de tabelas</p><p>.8</p><p>24</p><p>25</p><p>..... 31</p><p>66</p><p>69</p><p>71</p><p>74</p><p>77</p><p>80</p><p>89</p><p>92</p><p>..... 95</p><p>.104</p><p>106</p><p>109</p><p>..110</p><p>113</p><p>116</p><p>1. Características gerais dos desenhos com hipóteses diagnósticas</p><p>diferenciais</p><p>'por grupo de idade</p><p>130</p><p>2. Características do desenho da casa com hipóteses diagnósticas diferenciais</p><p>por grupo de idade</p><p>132</p><p>3. Características do desenho da árvore com hipóteses diagnósticas diferenciais</p><p>por grupo de idade .......</p><p>133</p><p>4. Características do desenho da pessoa com hipóteses diagnósticas diferenciais</p><p>por grupo de idade</p><p>134</p><p>5. Características do H-T-P associadas a abuso físico</p><p>139</p><p>6. Características do H-T-P associadas a abuso sexual....</p><p>E</p><p>141</p><p>ix</p><p>1</p><p>INTRODUÇÃ</p><p>O</p><p>....</p><p>Por mais de 50 anos, os clínicos têm usado a técnica projetiva de desenho da Casa-</p><p>Árvore-Pessoa (House-Tree-Person, H-T-P) para obter informação sobre</p><p>como uma pessoa experiencia sua individualidade em relação aos outros e ao</p><p>ambiente do lar. Como todas as técnicas projetivas, o H-T-P estimula a projeção de</p><p>elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica,</p><p>permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados</p><p>para o estabeleci- mento de comunicação terapêutica efetiva.</p><p>Descrição Geral</p><p>OH-T-P foi planejado para incluir, no mínimo, duas fases. A primeira é não-</p><p>verbal, criativa e quase completamente não estruturada. Ela consiste em convidar o</p><p>indiví- duo a fazer um desenho a mão livre acromático, de uma casa, de uma árvore e</p><p>de uma pessoa. Um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto à que foi</p><p>primei- ramente desenhada pode ser solicitado. A segunda fase, um inquérito posterior</p><p>ao desenho bem estruturado, envolve fazer uma série de perguntas relativas às</p><p>associa- ções do indivíduo sobre aspectos de cada desenho. O examinador deve,</p><p>então, pros- seguir com a terceira e quarta fases. Na terceira fase, o indivíduo desenha</p><p>novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa (ou duas pessoas), dessa vez</p><p>usando crayons (giz de cera). Para a quarta fase, o examinador faz perguntas</p><p>adicionais sobre os desenhos coloridos. Dependendo do número de fases</p><p>incluídas, o procedimento pode levar de 30 minutos a uma hora e meia. Os</p><p>desenhos, então, são avaliados pelos sinais de psicopatologia existente ou potencial</p><p>baseados no conteúdo; características do desenho, como tamanho, localização; a</p><p>presença ou ausência de determinadas partes e as respostas do indivíduo durante o</p><p>inquérito.</p><p>A versão atual do H-T-P Manual e Guia de Interpretação foi substancialmente revisa-</p><p>da. Ao mesmo tempo em que houve uma preocupação em preservar a riqueza</p><p>clínica dos manuais anteriores de John Buck, o material foi consolidado e</p><p>reorganizado, para</p><p>I</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>melhorar o acesso ao conceitos clínicos interpretativos geralmente aceitos. As amos- tras de</p><p>desenhos estão diretamente relacionadas às características discutidas no capítulo de</p><p>Interpretação (capítulo 3). Outros complementos a essa versão incluem os</p><p>materiais relativos às diferenças entre os desenhos de crianças e de</p><p>adultos e um resumo das pesquisas sobre desenhos feitos por crianças que sofreram</p><p>abusos.</p><p>O Protocolo de Interpretação do H-T-P1 inclui uma parte do Inquérito Posterior ao</p><p>Desenho para cada desenho, que sugere perguntas e fornece</p><p>espaço para anotar as respostas do cliente e quaisquer observações significativas</p><p>do comportamento. De- pois da parte do Inquérito Posterior ao Desenho está uma Lista</p><p>de Conceitos Interpre- tativos, que</p><p>Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na Figura 2</p><p>28</p><p>Interpretação</p><p>CASA</p><p>ÁRVORE</p><p>✓Detalhes irrelevantes</p><p>Nuvens, sombras: ansiedade Montanhas:</p><p>defensividade Degraus e caminhos</p><p>longos ou estreitos: retraimento</p><p>Arbustos excessivos: insegu-</p><p>rança Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comumem</p><p>crianças pequenas Dimensão do</p><p>Detalhe Planta dos andares desenhada:</p><p>conflito severo, paranoia, orga-</p><p>nicidade</p><p>Sombreamento do Detalhe Excessivo:</p><p>ansiedade Seqüência do Detalhe:</p><p>normal</p><p>é telhado, paredes, porta, jane- la; ou linha de solo,</p><p>paredes, telhado</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener- gia,</p><p>organicidade</p><p>Leve: hésitação, medo, insegu- rança, força do</p><p>ego fraca</p><p>Fragmentação/dificuldade com</p><p>ângulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos,</p><p>iumaça, cercas; azul, azul-verde:</p><p>fundo, céu, corti- nas; marrom</p><p>paredes; verde: te- Ihado, grama;</p><p>laranja: laranjas; violeta: cortinas;</p><p>vermelho: cha- miné, tijolos, maçās,</p><p>cerejas; amerelo: sol, flores; amarelo-ver-</p><p>de: paisagem, grama</p><p>Detalhes irrelevantes</p><p>Nuvens, sombras: ansiedade</p><p>Arbustos excessivos: insegu- rança</p><p>Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comum em crianças</p><p>pequenas Dimensão do Detalhe</p><p>Unidimensional: recursos infe- riores</p><p>para busca de satisfação</p><p>Bidimensional não fechado: per- da</p><p>de controle</p><p>„Seqüência do Detalhe:</p><p>Excessivo: ansiedade „Seqüência do Detalhe: normal</p><p>é tronco, galho, folhas; ou parte</p><p>superior, galhos, tronco</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener- gia, organicidade</p><p>Leve: hesitação, medo, insegu- rança, força do ego fraca Fragmentação/dificuldade com</p><p>ângulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos; azul, azul-verde. fundo, céu; marrom: tronco; ver-</p><p>de folhas, grama; laranja: laran- jas;</p><p>vermelho: maçãs, cerejas: amarelo:</p><p>sol, flores; amarelo-ver- de paisagem,</p><p>grama</p><p>PESSOA</p><p>Detalhes Não Essencials (conti-</p><p>nuação)</p><p>Cabelo</p><p>Entatizado ou omitido: pre-</p><p>ocupações sexuais</p><p>Mãos/dedos</p><p>Luvas: agressividade repri- mida</p><p>Pontiagudos: "acting out"</p><p>Pétalas: imaturidade</p><p>Pescoço</p><p>Enfase: necessidade de con-</p><p>trole</p><p>Muito fino: psicose</p><p>Omitido: impulsividade Outros</p><p>Detalhes irrelevantes</p><p>Bengalas, espadas, armas: agres-</p><p>são, preocupação sexual Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comum em crianças pequenas</p><p>Dimensão do Detalhe</p><p>Sombreamento do Detalhe:</p><p>Excessivo: ansiedade</p><p>_____Seqüência do Detalhe:</p><p>(geral-</p><p>mente primeiro cabeça e</p><p>face)</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener- gia, organicidade</p><p>Leve: hesitação, medo, insegu- rança, ego fraco Fragmentação/dificuldade com àngulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos, cabelo; azul, azul-verde: fundo, céu, olhos; mar- rom: cabelo, roupas; verde: sué- teres, grama;</p><p>laranja: suéteres: violeta: cachecol,</p><p>roupas meno- res; vermelho: lábios,</p><p>suéters, ves- tidos, cabelo; rosa pele,</p><p>roupa; amarelo sol, cabelo; amarelo-ver-</p><p>de: grama</p><p>Figura 3 (continuação)</p><p>Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na Figura 2</p><p>29</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>CASA</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>„Escolha da cor: distúrbio geral</p><p>Combinações Bizarras:</p><p>distúrbio sério</p><p>„Cor usada apenas para contor- no:</p><p>superficialidade, reserva,</p><p>oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>„Diferenças muito grande de ta-</p><p>manho ou qualidade em relação aos</p><p>desenhos acromáticos: ca- pacidade</p><p>para permitir afeto „Cor fora dos</p><p>contornos: impul- sividade,</p><p>imaturidade, organici- dade</p><p>Uso extremamente incomurn de cores; distúrbios</p><p>gerais. Relacio-</p><p>nar Outros</p><p>ÁRVORE</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>Escolha da cor: distúrbio geral Combinações Bizarras; distúrbio sério</p><p>„Cor usada apenas para contor- no:</p><p>superficialidade, reserva,</p><p>oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>Diferenças muito grande de ta- manho ou qualidade em relação aos desenhos acromáticos: ca-</p><p>pacidade para permitir afeto Cor</p><p>fora dos contornos: impul-</p><p>sividade, imaturidade, organici-</p><p>dade</p><p>Uso extremamente incomum de cores:</p><p>distúrbios gerais. Relacio-</p><p>nar</p><p>Outros</p><p>PESSOA</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>„Escolha da cor: distúrbio geral</p><p>Combinações Bizarras:</p><p>distúrbio</p><p>sério</p><p>Cor usada apenas para contor- no:</p><p>superficialidade, reserva, oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>Diferenças muito grande de ta-</p><p>manho ou qualidade em relação</p><p>aos desenhos acromáticos: ca-</p><p>pacidade para permitir afeto Cor</p><p>fora dos contornos: impul-</p><p>sividade, imaturidade, organici-</p><p>dade</p><p>Uso extremamente incomum de cores:</p><p>distúrbios gerais. Relacio-</p><p>nar</p><p>Outros</p><p>Sintese Interpretativa:</p><p>$</p><p>Figura 3 (continuação)</p><p>Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na</p><p>Figura 2</p><p>30</p><p>Interpretação</p><p>INQUERITO POSTERIOR AO DESENHO</p><p>Para encurtar o inquérito dos desenhos coloridos, você deve fazer apenas as questões</p><p>indicadas por *</p><p>CASA</p><p>1.* Quantos andares tem esta casa? (Esta casa tem um andar superior?) Sótão, andar principal</p><p>2.</p><p>De que esta casa é feita? Madeira – cabana de madeira</p><p>3.* Esta é a sua própria casa? De quem ela é? Minka casa (no</p><p>futuro)</p><p>4.</p><p>Em que casa você estava pensando enquanto estava desenhando? Minha avó</p><p>(2) morta agora</p><p>5.</p><p>Você gostaria que esta casa fosse sua? Por que? Sim, tanqüilidade -</p><p>privacidade</p><p>6.* Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você escolheria para</p><p>você? Por que? Sótão – Vista bonita – poderia ficar</p><p>sozinho</p><p>7.* Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por que?</p><p>Ninguém - não é grande o</p><p>bastante</p><p>8.</p><p>Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe?</p><p>Loxge</p><p>9.</p><p>Quando você olha para esta casa, você tem a impressão de que ela está acima, abaixo ou</p><p>no mesmo nivel do que você? No mesmo nivel</p><p>10. Em que esta casa faz você pensar ou lembrar?</p><p>Floresta.</p><p>11. Em que mais? Tixar</p><p>férias,</p><p>12. É um tipo de casa feliz, amigável? Não –</p><p>apexas quieta.</p><p>13. O que nela lhe dá essa impressão? Sem muito barulho (2)</p><p>na floresta.</p><p>14. A maioria das casas são assim? Por que você acha isso?</p><p>Não - a maioria tem muitas pessoas, muita discussão, todos</p><p>muito juntos.</p><p>15.* Como está o tempo neste desenho? (Período do día e do ano; céu;</p><p>temperatura)</p><p>སཾསཾ.</p><p>Frio - primavera - depois da</p><p>chuva.</p><p>16. De que tipo de tempo você gosta? Thxio – outoko</p><p>~ fresco</p><p>17. De quem esta casa o faz lembrar? Por que? Meu pai (?) gostaria de un lugar</p><p>como esse (P)</p><p>Coisas que ela falava (2) quando costumava</p><p>conversar.</p><p>18.* Do que esta casa mais precisa? Por que? Cão de guarda (2) lá</p><p>na floresta.</p><p>tudo pode acontecer (9) ladrões, vândalos, pessoas descuidados (2) estupradores.</p><p>19.* Se “isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da casa),</p><p>quem</p><p>seria? Árvore - avó (2) cabelo cinza, faz sombra, Arbustos amigos (?) da escola mb.</p><p>Laura, Charlene</p><p>20. A que parte da casa esta chaminé está ligada? Meu quarto - Sempre tem kogo na lareira,</p><p>21. Inquérito da planta dos andares. (Desenhe uma planta dos andares com os nomes,</p><p>ex., Que cômo-</p><p>do é representado por cada janela? Quem geralmente está</p><p>lá?)</p><p>sala de estar</p><p>(9 traballo) fabricação</p><p>coziała</p><p>de jóias</p><p>escritório</p><p>escritório</p><p>escados wadadas</p><p>de</p><p>para</p><p>Sótão é meu quarto. As</p><p>janelas são apekas</p><p>elarabóias para a lez.</p><p>ÁRVORE</p><p>22.* Que tipo de árvore é esta?</p><p>23. Onde esta árvore realmente está localizada?</p><p>24.* Mais ou menos qual a idade desta árvore?</p><p>25. Esta árvore está viva?</p><p>26. O que hela lhe dá a impressão de que ela está viva?</p><p>27. O que provocou a sua morte? (se não estiver</p><p>viva)</p><p>28. Ela voltará a viver?</p><p>29. Alguma parte da árvore está morta? Qual parte? O que você acha que causou a sua morte?</p><p>Há</p><p>quanto tempo ela está morita?</p><p>30,* Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher?</p><p>31. O que nela lhe dá essa impressão?</p><p>32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma árvore, para onde ela estaria virada?</p><p>Figura 4</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>Completado e Régua para o Desenho</p><p>Mostrado na Figura 2</p><p>31</p><p>!</p><p>J</p><p>-</p><p>+</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>Centro Exato</p><p>(ALTO)</p><p>Árvore e Pessoa ↑</p><p>1</p><p>t</p><p>{</p><p>}</p><p>Árvore</p><p>(ALTO)</p><p>Posicione essa página sobre os dese-</p><p>nhos. Alinhe as margens verticais para</p><p>avaliar a localização horizontal, alinhe</p><p>as margens horizontais para avaliar a</p><p>localização vertical Use réguas para</p><p>avaliar o tamapheda imagem e do de-</p><p>Pesspá</p><p>Centro Exałó</p><p>i</p><p>(ALTO)</p><p>Casa</p><p>(ALT</p><p>O)</p><p>Casat</p><p>Centro Exato</p><p>སཾ</p><p>སཾ</p><p>Centip Exato</p><p>Figura 4 (continuação)</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho Completado e Régua para o Desenho</p><p>Mostrado na Figura 2</p><p>32</p><p>Capacidade Crítica e Rasuras</p><p>Interpretação</p><p>A capacidade para ver o trabalho de alguém objetivamente, para criticá-lo e para</p><p>aprender com a crítica é uma das primeiras funções intelectuais a ser afetada</p><p>na presença de forte emotividade e/ou de processos orgânicos. Alguns comentários</p><p>ver- bais sobre a capacidade artística, tais como "Nunca aprendi a desenhar" ou</p><p>"Isto aqui está fora de proporção” são comuns. Quando excessivos, tais</p><p>comentários indicam potencial para patologia, especialmente se não houver tentativas</p><p>para corrigir as fa- Ihas identificadas verbalmente. Comportamentos indicativos de</p><p>autocrítica incluem: 1. Abandono de um objeto não completado, recomeçando o</p><p>desenho em outro lugar</p><p>da página do desenho, sem apagar o desenho abandonado.</p><p>2. Apagar sem tentar redesenhar. Esse caso geralmente é restrito a um detalhe que</p><p>aparentemente despertou um forte conflito. O indivíduo pode fazer o detalhe uma vez,</p><p>mas não duas.</p><p>3. Apagar e redesenhar. Se o novo desenho resultar em melhora é um sinal</p><p>favorável. Entretanto, pode indicar patologia se a tentativa de correção representar</p><p>meticulosi- dade exagerada, ou uma tentativa inútil de obter perfeição ou se a</p><p>rasura for seguida de uma deterioração da qualidade da forma. Esta última</p><p>implica em uma reação emocional extremamente forte em relação ao objeto</p><p>desenhado, a seu significado simbólico ou à presença de deterioração orgânica,</p><p>ou a ambos.</p><p>Apagar e redesenhar persistentemente qualquer parte do desenho sugere forte-</p><p>mente conflito em relação ao detalhe ou ao que ele representa para o indivíduo.</p><p>Comentários</p><p>Comentários escritos feitos por um indivíduo, durante a fase de desenho, geral-</p><p>mente incluem nomes de pessoas, ruas, árvores, números ou outros elementos; eles</p><p>podem também ser figuras geométricas e rabiscos. Estes parecem representar</p><p>uma necessidade compulsiva para estruturar a situação o mais completamente</p><p>possível (indicativa de insegurança), ou uma necessidade compulsiva para</p><p>compensar uma idéia ou sentimento obsessivo ativado por alguma coisa no desenho.</p><p>Observações supérfluas, tais como "Eu vou colocar esta gravata nele", parecem ajudar</p><p>um indivíduo inseguro a estruturar a situação. Observações irrelevantes, tais</p><p>como "Você disse que hoje é o seu primeiro dia aqui?", parecem ter a função de</p><p>facilitar a situação de entrevista. Um número excessivo de comentários, comentários</p><p>irrelevantes ou bizarros indicam preocupação. Por exemplo, se enquanto</p><p>desenha sua casa o indivíduo comenta: "Eu não sei se os alicerces são firmes,</p><p>para começar e as janelas... Agora, onde está a minha porta? Eu coloquei as janelas</p><p>no lugar errado. Eu vou pôr a minha porta aqui; como devo fazer isso, doutor? Vamos</p><p>ver, eu estaria enganando se eu olhasse de que lado a maçaneta da porta está?</p><p>Estaria tudo bem se houvesse alguns degraus subindo? Lá estão os alicerces. A</p><p>arquitetura ficaria melhor se a janela menor ficasse no lado? Eu acho que sim. Isto é</p><p>um bebê chorando? Ele chora assim o tempo todo? Não é uma construção muito</p><p>clara. Isso é um teste de seu nervosismo? Sua clareza? Seria interessante se você não ficasse tão</p><p>nervoso." A refe- rência constante desta mulher aos alicerces de sua casa simboliza seu sentimento de</p><p>33</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>que os alicerces de sua situação no lar foram destruídos deslealmente por seu</p><p>mari- do. Seus sintomas principais eram considerável distratibilidade, incerteza</p><p>angustiante e dolorosa, e um sentimento de inadequação.</p><p>Verbalizações durante a fase do desenho freqüentemente incluem conteúdos</p><p>que foram reprimidos durante uma entrevista anterior, incluindo idéias de</p><p>orientação e perseguição. Parece que a tarefa de desenhar emprega energias,</p><p>que estiveram en- volvidas na defesa do ego, reprimindo a verbalização desse</p><p>material. Observações espontâneas são normalmente mais significativas,</p><p>quando avaliadas em relação à parte do desenho que acabou de ser</p><p>completada, que estava sendo feito quando a observação foi feita ou que foi</p><p>desenhado logo após a observação. Muitos indivíduos se tornam altamente</p><p>emotivos enquanto estão desenhando ou sendo questionados, presumivelmente por</p><p>causa de sua expressão do material reprimido até então. Qual- quer indivíduo</p><p>pode exibir sintomas de ansiedade durante a situação de entrevista do H-T-P.</p><p>Entretanto, expressões emocionais persistentes de menor ou maior intensida-</p><p>de ou repressão da expressão sempre indicam desequilíbrio da personalidade,</p><p>desa- justamento ou problema orgânico.</p><p>Características Gerais do Desenho</p><p>A proporção, a perspectiva e os detalhes em um desenho são características</p><p>ge- rais que podem fornecer informação sobre o funcionamento de um indivíduo</p><p>no con- texto de seu nível de funcionamento esperado. O uso adequado e apropriado</p><p>de detalhes é a primeira característica que se estabiliza no desenvolvimento. A</p><p>próxima é a capacidade de representar as proporções realistas e, em terceiro lugar, a</p><p>capaci- dade de reconhecer e representar a necessidade de perspectiva.</p><p>Em geral, a adequação e o uso apropriado dos detalhes fornecem um índice</p><p>das capacidades do indivíduo para reconhecer os elementos da vida diária e empregá-</p><p>los convencionalmente, bem como a capacidade de avaliar criticamente os elementos</p><p>da realidade em geral. A adequação da proporção nas figuras desenhadas</p><p>reflete a ca- pacidade do indivíduo para julgar, eficientemente, a solução de</p><p>problemas mais bási- cos, concretos e imediatos da vida diária. Determinar e</p><p>desenhar as proporções corretas envolve a capacidade do indivíduo para julgar</p><p>criticamente os problemas mais bási- cos apresentados pelo seu ambiente. Quando</p><p>as relações espaciais entre os elemen- tos em um desenho são estabelecidas pela</p><p>perspectiva, o indivíduo está mostrando a capacidade de reconhecer as</p><p>relações de cada todo no tempo e espaço simbólicos em relação aos outros</p><p>objetos do ambiente. Isto indica a capacidade do indivíduo para agir com visão crítica</p><p>nos relacionamentos mais abstratos e amplos da vida diária.</p><p>Proporção</p><p>As relações de proporção expressas pelo indivíduo em seus desenhos da casa,</p><p>árvore e pessoa freqüentemente revelam os valores atribuídos pelo indivíduo</p><p>aos</p><p>34</p><p>Interpretação</p><p>objetos, situações e pessoas. Relações proporcionais nos desenhos também forne-</p><p>cem um índice grosseiro da capacidade do indivíduo para atribuir valores</p><p>objetivos aos elementos da realidade e realizar julgamentos com facilidade e</p><p>flexibilidade.</p><p>Entre a figura desenhada e a folha do desenho. Os desenhos ocupam, em média,</p><p>de um a dois terços da área padrão de desenho. O uso de uma área extrema- mente</p><p>pequena do espaço disponível geralmente aponta um sentimento de inade-</p><p>quação, uma tendência de se afastar do ambiente ou uma rejeição do tema</p><p>principal do desenho (Figura 5). Um desenho que ocupa quase todo o espaço</p><p>disponível ou que, por causa de seu tamanho, tenha uma parte cortada pela margem</p><p>do papel geralmente indica um sentimento de frustração (Figura 10d). Indivíduos que</p><p>fazem esses desenhos grandes, freqüentemente, estão sentindo hostilidade em</p><p>relação a um ambiente restrito. Grande tensão e irritabilidade com sentimento de imobilidade</p><p>desamparada é indicada. Uma visão egocêntrica</p><p>da importância do próprio indivíduo</p><p>também pode ser um fator encoberto nos desenhos muito grandes.</p><p>Detalhes na figura desenhada. Em geral, um detalhe de tamanho maior do que a média</p><p>(comparado com os outros detalhes desenhados pelo indivíduo) implica muito</p><p>interesse e preocupação com o que o item simboliza para o indivíduo que</p><p>produziu o desenho. Um detalhe de tamanho menor do que a média normalmente</p><p>implica uma rejeição ou um desejo de rejeitar o que o item pode simbolizar para</p><p>o indivíduo.</p><p>Perspectiva</p><p>Um planejamento das relações espaciais no desenho da casa, da árvore e da pessoa</p><p>indica a capacidade do indivíduo para compreender e reagir com sucesso a aspectos</p><p>mais complexos, mais abstratos e mais exigentes da vida. A perspectiva também pode</p><p>ser vista como uma medida da compreensão do indivíduo.</p><p>Localização horizontal na página. Quanto mais afastado para a esquerda esti- ver</p><p>localizado o ponto médio da figura em relação ao ponto médio da folha, maior é</p><p>a probabilidade de que o indivíduo tenda a se comportar impulsivamente, buscar satis-</p><p>fação emocional, imediata e direta de suas necessidades e impulsos (Figura 5a - c;</p><p>veja, também, o capítulo 2 para uma descrição do ponto médio). De um ponto</p><p>de vista temporal, esse indivíduo está muita preocupado com o passado e estará</p><p>interessado principal e fortemente em si mesmo. De modo inverso, quanto mais</p><p>afastado estiver para direita o ponto médio do desenho do ponto médio da página,</p><p>maior a probabilidade de o indivíduo mostrar um comportamento estável, rigidamente</p><p>controlado, de estar propenso a adiar a satisfação de suas necessidades e impulsos</p><p>imediatos; e de pre- ferir satisfações intelectuais a emocionals (Figura 11b - c).</p><p>Esse indivíduo estará preocupado excessivamente com o futuro, de um ponto de</p><p>vista temporal, e tende a se preocupar muito com aqueles que compartilham de seu</p><p>ambiente e de suas opiniões.</p><p>Localização vertical na página. Quanto mais abaixo do ponto médio da folha estiver</p><p>localizado o ponto médio do desenho, maior é a probabilidade de o indivíduo se</p><p>sentir inseguro e inadequado, e de esse sentimento produzir uma depressão no</p><p>humor (Figura 10d). Indivíduos que desenham dessa maneira tendem a ser concre- tos</p><p>e a buscar satisfação mais na realidade do que na fantasia. Se o indivíduo vê o</p><p>35</p><p>:</p><p>:</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>desenho como continuando para além da margem inferior da página, ele pode</p><p>se sentir esmagadoramente oprimido. Quanto mais acima do ponto médio</p><p>estiver locali- zado o desenho, maior é a probabilidade de o indivíduo se sentir</p><p>lutando por objetivos inatingíveis (Figura 9). A localização do desenho acima do</p><p>ponto médio pode indicar que o indivíduo tende mais a buscar satisfação</p><p>na intelectualização ou na fantasia, do que na realidade.</p><p>Localização central na página. Quando o desenho se localizar ao redor do</p><p>ponto médio geométrico exato da página, o indivíduo geralmente é rígido para</p><p>compensar a ansiedade e insegurança (Figura 12 c).</p><p>Mudança da posição da página. Indivíduos com tendências agressivas e/ou ne-</p><p>gativistas podem mostrar rejeição à sugestão, recusando-se a aceitar a página</p><p>na posição apresentada. Por exemplo, esses indivíduos parecem sentir que</p><p>seria um sinal de fraqueza aceitar as instruções literalmente. Eles parecem</p><p>compelidos a virar a página, ainda que, ao fazê-lo, a relação ideal das</p><p>dimensões horizontal e vertical seja alterada, tornando a tarefa mais difícil. Essa</p><p>rotação da página revela um poten- cial para psicopatologia.</p><p>Quadrantes da página. Do ponto de vista dos quadrantes, duas questões se so-</p><p>bressaem. Primeiro, o quadrante superior esquerdo (particularmente seu canto extre-</p><p>mo superior esquerdo) é o "quadrante da regressão". Indivíduos com</p><p>deterioração psicótica ou orgânica muito freqüentemente localizam seus</p><p>desenhos nesse qua- drante, assim como os indivíduos que não atingiram um</p><p>alto nível de maturidade conceitual (Figura 5 a-c). No quadrante inferior direito,</p><p>o "quadrante incomum", um desenho quase nunca é colocado inteiro dentro dele.</p><p>Margens da página. Usos desviantes da margem ou margens da página são</p><p>sem- pre significativos. "Desenho cortado pelo papel é a amputação de parte do</p><p>desenho por uma ou mais margens (Figura 9b), algumas vezes, devido à relutância em</p><p>dese- nhar a parte em questão, por causa de associações desagradáveis. O</p><p>desenho corta- do na base da página pode ser detectado apenas através de</p><p>perguntas ou de um comentário espontâneo do indivíduo. Quanto mais o desenho se</p><p>estender para baixo na página, maior a probabilidade da repressão estar sendo usada</p><p>como uma estraté- gia para manter a integridade da personalidade. Indivíduos</p><p>com um forte potencial para ações explosivas podem produzir este tipo de desenho.</p><p>O desenho cortado na margem esquerda parece indicar uma fixação no passado e</p><p>medo do futuro. O dese- nho cortado à direita parece indicar um desejo de escapar</p><p>para o futuro. O desenho cortado também pode ser um indicador de lesões orgânicas.</p><p>O desenho na borda do papel ocorre quando parte do desenho toca a margem,</p><p>mas não parece se estender para além dela (Figura 18a). O uso da margem</p><p>superior deste modo sugere uma fixação no pensamento e na fantasia como</p><p>fonte de satisfação. O uso das margens laterais indica insegurança e. constrição;</p><p>o uso da margem inferior da página implica em depressão e em tendência a</p><p>comportar-se de uma maneira concreta e desprovida de imaginação. Este é o</p><p>menos patológico dos quatro usos desviantes das margens.</p><p>* Em inglês: "Paper chopping"</p><p>36</p><p>Interpretação</p><p>Relação com o observador. Os desenhos são usualmente representados como se</p><p>estivessem no mesmo nível do observador. Desvios deste padrão são a “visão de</p><p>pássaro" (Figura 13d), quando o desenho é visto de cima, e a "visão de minhoca"</p><p>(Figura 14a), quando o desenho é visto de baixo.</p><p>Distância aparente em relação ao observador. A distância é normalmente suge-</p><p>rida pelo tamanho muito pequeno do desenho, localização do desenho no alto</p><p>de uma colina ou em um vale profundo, ou por um grande número de detalhes</p><p>localizados entre o observador e o objeto desenhado. Essa distância implica em uma</p><p>forte neces- sidade de manter o "self" afastado e inacessível.</p><p>Posição. Os desenhos geralmente estão de frente para o observador, mas com</p><p>uma sugestão de profundidade ou, alternativamente, são desenhados em perfis par-</p><p>ciais. A ausência de qualquer sugestão de profundidade sugere um estilo rígido</p><p>e intransigente, que compensa sentimentos de inadequação e de insegurança</p><p>(Figura 9a). Um desenho apresentado em perfil completo, sem sugestão de que</p><p>existe um outro lado (Figura 15c), indica fortes tendências oposicionistas e de</p><p>afastamento. Esses desenhos são mais freqüentemente produzidos por indivíduos</p><p>que experienciam es- tados paranóicos.</p><p>Uma linha de solo normalmente fornece um ponto de referência para o objeto</p><p>desenhado (Figura 7a). Quando for desenhada como uma colina pode</p><p>representar sentimentos de isolamento e exposição, dependência materna ou</p><p>exibicionismo. Quan- do a linha de solo for inclinada para baixo e para a direita,</p><p>o indivíduo pode sentir que o futuro é incerto e talvez perigoso.</p><p>Transparências. Os indivíduos que apresentam um desenho em que um objeto,</p><p>que normalmente estaria coberto por alguma coisa esteja ainda visível cometem uma</p><p>falha grave no teste de realidade (Figura 16). Uma vez que as transparências</p><p>impli- cam em uma falha na função crítica, presume-se que elas indiquem nos</p><p>desenhos dos indivíduos sem deficiência mental a extensão em que a</p><p>organização da persona- lidade está rompida por fatores funcionais, orgânicos ou</p><p>ambos. O significado patoló- gico das transparências pode ser avaliado pelo seu</p><p>número e gravidade.</p><p>Movimento. A interpretação do movimento em um desenho envolve a intensida- de</p><p>ou a</p><p>violência do movimento, o prazer ou desprazer envolvidos no movimento e o grau em</p><p>que o movimento é voluntário (Figura 13f).</p><p>Consistência. Espera-se que a qualidade geral de cada desenho seja semelhan- te. Por</p><p>exemplo, se todos os detalhes essenciais estiverem presentes no desenho da casa, do</p><p>mesmo modo é esperado que os desenhos da árvore e da pessoa também estejam</p><p>completos. Variações na consistência entre os desenhos devem ser observa- das e</p><p>investigadas. O significado da variação na qualidade do desenho depende dos</p><p>detalhes desviantes e da magnitude da variação entre os desenhos ou entre os</p><p>deta- lhes dos desenhos. Uma deterioração progressiva da casa para a</p><p>árvore e para a pessoa geralmente acompanha cansaço ou negativismo crescente.</p><p>A progressão</p><p>* Em inglês: "worm" - verme, minhoca ou lagarta.</p><p>37</p><p>!</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>oposta, uma melhora na qualidade da casa para a árvore e para a pessoa indica medo</p><p>inicial ou dificuldade de adaptação à situação de entrevista.</p><p>Um prognóstico positivo é indicado se a árvore desenhada transmitir uma impres- são</p><p>mais saudável do que a pessoa, se os desenhos coloridos apresentarem um nível de</p><p>ajustamento melhor do que os acromáticos, ou se o H-T-P representar um</p><p>quadro da personalidade mais saudável do que o Rorschach. Um prognóstico negativo</p><p>é sugerido por mais indicadores de psicopatologia nos desenhos coloridos do que nos</p><p>acromáticos (Figura 14a, b, c); se o desenho da árvore transmitir uma impressão</p><p>diagnóstica mais pobre do que o da pessoa (Figura 12b, c), ou quando o H-T-P</p><p>produ- zir associações mais negativas do que o Rorschach.</p><p>Detalhes</p><p>O tipo e número de detalhes, o método de apresentação, a ordem de</p><p>produção e a ênfase colocada sobre eles podem geralmente ser considerados como</p><p>um índice de reconhecimento, de interesse e de reação aos elementos da vida</p><p>diária.</p><p>Detalhes essenciais. Mesmo a ausência de apenas um detalhe essencial deve ser</p><p>vista como séria; as implicações patológicas são maiores quanto mais detalhes</p><p>essenciais estiverem faltando e mais desenhos estiverem envolvidos. O uso mínimo de detalhes</p><p>essenciais ou abaixo da média, particularmente nos desenhos da casa e da árvore</p><p>sugere retraimento e/ou conflito na área representada ou simbolizada pelo</p><p>detalhe ou pelo desenho associado. Indivíduos retardados, com lesão cerebral, retraí-</p><p>dos ou deprimidos tendem a desenhar o mínimo de detalhes para cada desenho</p><p>(Figuras 5a-c). O uso excessivo de detalhes essenciais (como por</p><p>perseveração) implica preocupação exagerada, com o que pode ser</p><p>representado ou simbolizado pelo detalhe em questão (Figura 6a).</p><p>Detalhes não essenciais. O uso limitado de detalhes não essenciais, tais como cortinas nas</p><p>janelas, folhas nas árvores, roupas nas pessoas etc. indicam bom conta- to com a</p><p>realidade e uma interação sensível, provavelmente bem equilibrada com o</p><p>ambiente. O uso excessivo de detalhes sugere preocupação exagerada com o</p><p>ambien- te ou com a área simbolizada ou representada pelos detalhes usados ou por</p><p>suas associações. Os obsessivo-compulsivos tendem a desenhar um maior número de</p><p>detalhes deste tipo (Figura 6a).</p><p>Detalhes irrelevantes. Quando usados de forma limitada, como arbustos dese- nhados</p><p>próximo à casa; pássaros em árvores ou no céu; ou um animal de estimação</p><p>com a pessoa,</p><p>indicam uma insegurança básica moderada ou uma necessidade de</p><p>estruturação dar situação de maneira mais segura. Quando usados</p><p>excessivamente, eles sugerem uma ansiedade "flutuante livre" existente ou</p><p>potencial na área simboli- zada pelo detalhe. Nuvens, por exemplo, representam uma</p><p>ansiedade generalizada em relação ao objeto desenhado. O uso excessivo de</p><p>detalhes irrelevantes pode indicar uma forte necessidade de afastamento,</p><p>especialmente se eles tendem a su- plantar o tema principal do desenho (Figura 7a-</p><p>c).</p><p>Indivíduos em estado maníaco geralmente desenham um grande número de</p><p>deta- Ihes irrelevantes e, freqüentemente, incluem palavras, comentários e títulos.</p><p>Quanto melhor esses detalhes estiverem organizados e quanto mais próximos</p><p>eles estiverem</p><p>38</p><p>Interpretação</p><p>do objeto do desenho, maior será a probabilidade de que a ansiedade que eles</p><p>repre- sentam esteja bem canalizada e bem controlada. Quanto mais os detalhes</p><p>irrelevan- tes sobrepujarem o objeto do desenho, maior será a indicação de</p><p>potencial para patologia.</p><p>Se o sol não tiver sido desenhado, o clínico deve pedir para o indivíduo desenhá-lo</p><p>durante o Inquérito Posterior ao Desenho. O sol parece representar a figura de maior</p><p>autoridade ou de maior "valência" emocional dentro do ambiente do indivíduo, espe- cialmente</p><p>quando o sol for muito grande.</p><p>Detalhes bizarros. Detalhes bizarros, como pernas humanas sustentando uma casa ou</p><p>traços faciais desenhados no sol, indicam que o indivíduo tem um contato com a</p><p>realidade gravemente comprometido e á presença de grave psicopatologia.</p><p>Detalhes bizarros são raros, entretanto, o que muitas vezes parece ser um detalhe</p><p>bizarro à primeira vista é, posteriormente, considerado como uma relação proporcio- nal</p><p>ou espacial, ou um método de apresentação de um detalhe apropriado</p><p>incomuns. Dimensão do detalhe. Detalhes uni e bidimensionais (Figura 8a-c) tendem a</p><p>indicar baixa capacidade mental ou lesão cerebral. A exceção para este caso é a</p><p>"figura palito" da árvore ou da pessoa.</p><p>Sombreamento do detalhe. Sombreamentos saudáveis são produzidos de forma rápida,</p><p>leve e com poucos rabiscos casuais. São saudáveis porque envolvem abstra- ção e</p><p>uma certa quantidade de sensibilidade ao ambiente. O indivíduo não volta a</p><p>sombrear ou a reforçar. Sombreamentos que indicam patologia na forma de</p><p>ansieda- de e conflito são produzidos lentamente com atenção e força excessivas ou</p><p>sem respeitar os contornos.</p><p>Seqüência do detalhe. Qualquer desvio em relação à seqüência do desenho,</p><p>como uma ordem de apresentação pouco comum, um retorno compulsivo para</p><p>algo que foi previamente desenhado, apagar e redesenhar algo previamente</p><p>desenhado ou repetição de um detalhe indicam patologia potencial. A</p><p>dificuldade pode ser de concentração e de organização, ou do conflito</p><p>relacionado ao detalhe em questão. Como regra, não se retorna aos detalhes</p><p>que já foram completados. Se vários deta- lhes parecidos forem desenhados - como</p><p>uma série de janelas - eles serão finaliza- dos antes que algum outro tipo de detalhe seja</p><p>întroduzido.</p><p>Ênfase no detalhe. A ênfase em um detalhe é mostrada por comentários ou ex-</p><p>pressões emocionais claras, por seqüências pouco comuns em volta daquele deta- the,</p><p>pelo excesso de rasuras, pela lentidão ao desenhar o detalhe, por combinações</p><p>bizarras e por lesões desenhadas, tais como cicatrizes. A omissão ou não</p><p>completa- mento de um detalhe ou a recusa em comentar sobre ele também pode ser</p><p>interpre- tada como ênfase naquele detalhe. Essas ênfases implicam ansiedade ou</p><p>conflito relacionados ao detalhe em questão.</p><p>Qualidade da linha. Uma pessoa média tem pouca de dificuldade para desenhar linhas</p><p>relativamente retas. Os ângulos são geralmente bem definidos e as linhas cur- vas</p><p>fluem livremente e de modo controlado. Falhas na coordenação motora sugerem</p><p>• Valência - "Propriedade de um objeto ou região no espaço vital pela qual o objeto é desejado (valência</p><p>positiva) ou rejeitado (valência negativa)”. (Nick, E., Dicionário de Psicologia, São Paulo: Cultrix, s/d, p.</p><p>358).</p><p>39</p><p>rvute---</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>um desajustamento funcional da personalidade ou uma desordem do sistema nervo- so</p><p>central. Traçados fortes, desenhados com linhas pretas fortes</p><p>sugerem tensão; quando usadas em todo o desenho, essas linhas indicam</p><p>problemas orgânicos. Se eles forem usados em um detalhe específico, o</p><p>examinador deve presumir (a) uma fixação no objeto</p><p>desenhado (por exemplo:</p><p>a mão da pessoa sendo vista como fonte de culpa), e/ou (b) hostilidade</p><p>reprimida ou manifesta contra o detalhe desenhado ou o que ele simboliza. Se</p><p>os traçados fortes formarem o contorno da maior parte do desenho, enquanto</p><p>outras linhas dentro do desenho não são tão fortes, o indivíduo pode estar lutando</p><p>para manter a integridade do ego, e pode estar desconfortavel- mente consciente do</p><p>fato. Se os traçados fortes forem as linhas de solo e ou as mais altas, o indivíduo</p><p>pode estar tentando estabelecer contato com a realidade e reprimir a tendência</p><p>de obter satisfação na fantasia. Uma linha de solo muito forte é geralmen- te</p><p>interpretada como representando sentimentos de ansiedade nos</p><p>relacionamentos. Traçados extremamente leves usados em todo o desenho</p><p>indicam um sentimento de inadequação, indecisão ou medo de derrota. Linhas</p><p>que se tornam mais fracas à medida que a sessão progride indicam ansiedade</p><p>ou depressão generalizadas. Li- nhas fracas usadas somente para certos</p><p>detalhes parecem representar uma relutân- cia do indivíduo para desenhar</p><p>esses detalhes, por causa do que simbolizam. Traçados interrompidos</p><p>geralmente indicam indecisão, enquanto linhas muito contínuas podem estar</p><p>associadas à rigidez interna. Linhas que são interrompidas e nunca são unidas</p><p>podem indicar falha incipiente do funcionamento do ego.</p><p>A casa, em geral, requer apenas linhas retas. A pessoa geralmente necessita</p><p>de muitas linhas curvas. A árvore usualmente requer uma combinação desses dois</p><p>tipos. Variações dos tipos convencionais de linha para o desenho todo</p><p>aparentemente são indicadoras de patologia. Se as linhas forem rabiscadas pode</p><p>estar presente deterio- ração orgânica.</p><p>Cor</p><p>O principal objetivo de aplicar o H-T-P colorido é fornecer uma estimativa da</p><p>esta- bilidade das respostas do indivíduo nas tarefas do H-T-P, através do tempo e das</p><p>condições. O uso das cores pelo indivíduo, por si, fornece dados adicionais de diag-</p><p>nóstico e prognóstico. Entretanto, as cores devem ser tratadas apenas como um</p><p>sinal importante, quando elas não obedecerem à convenção ou realidade, quando elas</p><p>dominarem a forma do detalhe no qual foram usadas ou quando forem usadas espa-</p><p>lhadas de uma forma não usual.</p><p>Se a organização dos desenhos coloridos for melhor do que a dos desenhos</p><p>acro- máticos, o prognóstico será provavelmente melhor do que se os desenhos</p><p>acromáti- cos estiverem melhor organizados. Em crianças, isto é especialmente</p><p>verdade, porque indica uma resposta positiva ao calor humano.</p><p>Escolha. Quanto mais lento e mais indeciso o indivíduo for para escolher a cor de um detalhe</p><p>ou desenho, maior será a probabilidade de que o item a ser produzido tenha para ele</p><p>uma significação maior do que a média.</p><p>Aplicação. Quando um indivíduo usar apenas um crayon preto ou marrom e usá- lo</p><p>como um lápis isto sugere que ele possui uma tendência para evitar emoções</p><p>40</p><p>Interpretação</p><p>(Figura 13d). Indivíduos fortemente emotivos usam muitas cores; as crianças</p><p>usam mais cores do que os adultos. Isso está de acordo com a crença de que as</p><p>respostas emocionais precedem as respostas intelectuais no processo de</p><p>desenvolvimento. In- divíduos regredidos usam cores mais livremente e com</p><p>menos crítica do que os indi- víduos não regredidos, o que é acompanhado da perda</p><p>de interesse na forma por si (Figura 14d). Se mais de três quartos da área da</p><p>página do desenho for colorida, esta é uma indicação de que o indivíduo não</p><p>tem controle adequado da expressão emocio- nal. Se as cores ultrapassarem as</p><p>linhas periféricas é provável que o indivíduo tenha uma tendência a responder</p><p>impulsivamente a estímulos adicionais. O sombreamento é usado mais</p><p>freqüentemente nos desenhos coloridos do que nos acromáticos e ge- ralmente</p><p>são usadas mais cores no desenho da pessoa do que nos da casa e da árvore.</p><p>Adequação. Os contornos são geralmente executados em preto ou marrom. A</p><p>coloração de certos detalhes irrelevantes é tão estabelecida que qualquer</p><p>violação na convenção de sua apresentação pode ser considerada significativa.</p><p>Por exemplo, o sol é amarelo; o céu é azul; a grama é verde ou marrom; as sombras</p><p>são indicadas por sombreamento preto ou azul. Um indivíduo que se torna tão</p><p>ligado a cor, que a casa consiste apenas de uma parede de duas fileiras de</p><p>retângulos azuis, sobre duas fileiras de retângulos violetas, mostra sério</p><p>desajustamento. Do mesmo modo, um indivíduo que desenha uma árvore com um</p><p>tronco bidimensional e galhos unidimen- sionais que se estendem lateralmente da</p><p>base para a ponta, todos em azul; ou uma pessoa com corpo e cabeça azuis,</p><p>braços amarelos e pernas marrons revela um rompimento significativo com a</p><p>adequação da cor.</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>O inquérito Posterior ao Desenho pretende esclarecer aspectos obscuros dos de-</p><p>senhos e proporcionar ao indivíduo toda oportunidade de projetar sentimentos,</p><p>ne- cessidades, objetivos e atitudes através da descrição verbal e de</p><p>comentários sobre seus desenhos acromáticos e coloridos. Uma pessoa média,</p><p>bem ajustada vê a casa ocupada por um ser vivo e vê a árvore e a pessoa vivas.</p><p>Respostas ao inquérito que descrevem a casa temporariamente desocupada ou</p><p>deserta, a árvore morrendo ou morta e a pessoa doente, morrendo ou morta parecem</p><p>revelar desajustamento.</p><p>As respostas dadas durante o inquérito devem ser avaliadas de acordo com diver- sas</p><p>dimensões. O volume de respostas é importante: A recusa do indivíduo de fazer</p><p>qualquer comentário é patológica. "Eu não sei" não deve ser interpretado como falta de</p><p>resposta, nem é uma resposta satisfatória. Pelo fato de algumas questões serem</p><p>específicas e restritas, uma resposta curta pode não ser sempre considerada como</p><p>concisa, enquanto que uma resposta longa também não deve ser sempre considera- da</p><p>eloqüente. Por exemplo, pode-se ser surpreendido ao receber uma resposta mais longa</p><p>do que "homem" ou "mulher" para a pergunta "Esta pessoa é um homem ou uma</p><p>mulher?" Por outro lado, seria estranho receber menos do que várias palavras</p><p>41</p><p>I</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>em uma resposta positiva para a pergunta "O que ele (a) está pensando?" A mais longa</p><p>série de comentários produzida espontaneamente que o autor experienciou foi</p><p>feita por um homem psiconeurótico que entrou em um estado semelhante a um tran- se</p><p>e associou livremente milhares de palavras referentes a sua árvore e a outras de um</p><p>quadro dependurado na parede da sala do examinador.</p><p>As respostas devem ser avaliadas por sua relevância. Uma resposta irrelevante</p><p>para "Quantos anos ele (a) tem?" foi o comentário de um pré-psicótico "Ele tem</p><p>100, mas eu tenho 27. " Um paciente maníaco respondeu à pergunta sobre o</p><p>tempo nos desenhos "Todos os tipos de tempo. Neve, verão, outono, chuva,</p><p>seco, tudo!” A res- posta de um paciente psicótico para a pergunta "Alguma</p><p>parte da árvore está morta?" foi "Eu não posso ouvi-lo muito bem porque as pessoas</p><p>estão falando muito." Quando foi perguntado que pessoas, o paciente respondeu</p><p>"Ah, Deus e Dr. R." (Dr. R. morrera várias semanas antes). Uma resposta</p><p>moderadamente irrelevante pode ser dada à pergunta: "Em que esta pessoa faz</p><p>você pensar?" com "Ela me lembra de um aluno da quarta série tentando desenhar."</p><p>O grau em que as respostas, durante o inquérito, incluem material de auto-</p><p>referência ou confabulações deve ser observado.</p><p>Muitas vezes, objetos aparentemente irrelevantes desenhados ao redor do tema do</p><p>desenho representam membros da família ou pessoas com as quais o indivíduo</p><p>está intimamente ligado na vida diária. A sua relação espacial com o objeto</p><p>desenha- do pode ser paralela à proximidade ou distância destas relações</p><p>pessoais. Estes detalhes devem ser sempre investigados.</p><p>Características do Desenho Específicas da Figura</p><p>CASA</p><p>A casa parece estimular</p><p>uma mistura de associações conscientes e</p><p>inconscientes referentes aq lar e às relações interpessoais íntimas. Para a</p><p>criança, a casa parece salientar o ajustamento aos irmãos e aos pais, especialmente</p><p>com a mãe. Para os adultos, é representado o ajustamento a situações</p><p>domésticas em geral e, mais es- pecificamente, ao esposo (a) e aos filhos (se tiver</p><p>algum). O desenho da casa dá uma indicação da capacidade do indivíduo para agir sob</p><p>estresse e tensões nos relaciona- mentos humanos íntimos e para analisar</p><p>criticamente problemas criados pela situa- ção do lar. As, áreas de interpretação no</p><p>desenho da casa geralmente referem-se à acessibilidade, nível de contato com a</p><p>realidade e grau de rigidez do indivíduo.</p><p>Proporção</p><p>Se o telhado for grande em relação ao resto da casa, o indivíduo pode dedicar muito</p><p>tempo procurando satisfação na fantasia. Se a dimensão horizontal da parede for</p><p>superenfartizada em relação à vertical, o indivíduo pode estar funcionando</p><p>inefi- cientemente, porque o passado ou futuro interferem em sua atenção. Este</p><p>indivíduo pode ser considerado vulnerável a pressões ambientais, à medida que</p><p>muito dele, figurativamente falando, está disponível para os ataques no nível da</p><p>realidade. Se a</p><p>42</p><p>J</p><p>Interpretação</p><p>dimensão vertical for superenfatizada, sua satisfação provavelmente é obtida na fan-</p><p>tasia e evita, o máximo possível, o contato com a realidade.</p><p>Portas muito pequenas retratam os sentimentos de inadequação do indivíduo e</p><p>relutância em fazer contatos. Portas muito grandes sugerem superdependência dos</p><p>outros. Disparidade de tamanho entre as janelas é normal, com a janela da sala de estar</p><p>sendo geralmente a maior e a do banheiro, a menor. Quando a janela do ba- nheiro for</p><p>a maior, pode-se supor que a função do banheiro deve estar perturbando o</p><p>indivíduo, e deve-se suspeitar de conflitos referentes às funções sexuais e/ou</p><p>excre- toras. A janela da sala de estar menor do que as outras sugere rejeição a</p><p>relações sociais.</p><p>Uma chaminé muito grande indica preocupações sexuais e possível exibicionismo</p><p>(Figura 18a). Uma chaminé desproporcionalmente pequena sugere que o</p><p>indivíduo pode sentir falta de calor na situação do lar. Esta chaminé pode refletir</p><p>nos homens dúvidas a respeito de sua masculinidade (Figura 13a).</p><p>Um caminho que seja muito estreito na sua junção com a casa, mas que seja largo</p><p>no lado oposto conota uma tentativa de ocultar um desejo de se manter distante com</p><p>uma amabilidade aparente, mas superficial.</p><p>Perspectiva</p><p>Indivíduos mentalmente deficientes geralmente desenham casas com "perspecti-</p><p>va dupla", mostrando uma parede principal com paredes dos dois lados. As</p><p>paredes das duas extremidades são normalmente menores do que a parede principal</p><p>nestes desenhos (Figura 19a). As crianças pequenas também produzem esse</p><p>tipo de dese- nho. Esquizofrênicos, por outro lado, desenham as paredes das</p><p>duas extremidades maiores do que a principal (Figura 17a); os esquizofrênicos</p><p>parecem considerar que as paredes das extremidades protegem a parede</p><p>central ou principal.</p><p>Indivíduos esquizóides podem perder a perspectiva completamente em seus de- senhos</p><p>da casa. Por exemplo, eles podem desenhar uma parede e um telhado corre-</p><p>tos em um lado da casa, e uma linha vertical perpendicular ao solo no outro lado tanto</p><p>para a parede como para o telhado. O resultado é incongruente. Um lado mostra</p><p>profundidade e o outro parece cortado abruptamente. Isso parece indicar uma dificul-</p><p>dade organizacional inicial e talvez um bloqueio temporal.</p><p>Um indivíduo, experenciando exposição debilitante a pressões ambientais e muito</p><p>preocupado com o que os outros pensam, às vezes, irá desenhar uma casa em que os</p><p>quatro lados aparecem simultaneamente. Um indivíduo, vivenciando conflitos se- veros</p><p>na situação do lar, pode desenhar apenas um esquema ou planta da casa, refletindo</p><p>uma tentativa de estruturar toda a situação. É surpreendente a</p><p>tendência desses indivíduos para ilustrar seus sentimentos relativos aos problemas</p><p>apresenta- dos por vários cômodos ou pelos ocupantes costumeiros desses cômodos,</p><p>alterandó o tamanho dos cômodos ou sua localização real.</p><p>Uma moça jovem, solteira e grávida mostrou grande dificuldade em desenhar</p><p>uma varanda. Finalmente ela a desenhou em um ângulo incomum da casa, voltada</p><p>para a direita da página. Isso foi interpretado como uma expressão simbólica de sua</p><p>relutân- cia em aceitar uma extensão similar dela mesma (bebê) no futuro (direita da</p><p>página).</p><p>43</p><p>F</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>Margens da página. Um telhado que é cortado pela margem superior do papel</p><p>indica uma necessidade patológica de procurar satisfação na fantasía. O uso dos lados</p><p>da página como uma linha da parede lateral sugere uma insegurança generalizada.</p><p>Relação com o observador. Algumas vezes a casa é desenhada a partir de uma</p><p>"visão de minhoca". Isto sugere um sentimento de rejeição em relação à casa,</p><p>ou um esforço para obter uma situação inatingível no lar. Também pode representar</p><p>um dese- jo de se afastar (Figura 11a).</p><p>Distância aparente do observador. É mais provável que a casa seja</p><p>desenhada como distante do observador do que a árvore ou a pessoa,</p><p>particularmente, se a distância for obtida pela colocação de detalhes entre o todo</p><p>e o observador. Por exem- plo, um alcoólico crônico do sexo masculino</p><p>desenhou uma pequena cabana, mas não se contentou só com este desenho. Ele</p><p>desenhou árvores perto da cabana, de- pois um grande rio (com índios remando em uma</p><p>canoa) e depois uma rodovia entre a casa e os observadores. Isto foi interpretado</p><p>como uma expressão de um forte desejo de se afastar o máximo possível da</p><p>sociedade convencional, para viver onde ele pudesse se vestir e agir da forma como lhe</p><p>agrada sem medo de crítica.</p><p>Posição. Uma casa que é desenhada em perfil parcial, com uma parede lateral</p><p>e uma parede principal, normalmente indica uma tendência para se comportar</p><p>de modo sensível e flexível. A apresentação da casa em perfil completo indica</p><p>forte retraimento e tendências oposicionistas.</p><p>Transparências. Apenas indivíduos seriamente perturbados ou retardados</p><p>dese- nham uma casa com uma parede transparente. Se a chaminé nos fundos da</p><p>casa puder ser vista através das paredes (da frente e dos fundos), o indivíduo pode</p><p>estar vivenciando uma preocupação fálica sufocante e sente que esta</p><p>preocupação é obvia para os outros. Se a chaminé for transparente ou não tiver</p><p>profundidade, pode estar presente uma negação fálica, representando sentimentos</p><p>de impotência e/ou medo de castração.</p><p>Movimento. A casa geralmente é desenhada vertical e intacta. Qualquer repre-</p><p>sentação de movimento, tais como o telhado voando, as paredes caindo, etc. é pato-</p><p>lógica e expressiva de um colapso concomitante do ego sob ataque das pressões extra</p><p>ou intrapessoais, ou ambas, dependendo da explicação do colapso da casa. Uma</p><p>paciente esquizóide desenhou uma casa rudimentar com a chaminé e o telhado</p><p>no chão, derrubados por um tornado, ela explicou. Algumas semanas depois, ela entrou</p><p>em estado catatônico.</p><p>Sentimentos de pressões ambientais podem ser expressos simbolicamente por fumaça</p><p>que, em vez de sair da chaminé em direção ao céu, desvia para um lado,</p><p>indicando que o vento está soprando. A magnitude da pressão pode ser</p><p>expressa pelo grau de desvio da fumaça de um curso direto ou quase direto para cima.</p><p>A fumaça normalmente é desenhada soprando da esquerda para a direita da página: Se</p><p>ela for desenhada soprando da direita para a esquerda, presume-se que o indiví- duo</p><p>vê o futuro com pessimismo. A fumaça, muito raramente, é desenhada</p><p>soprando para os dois lados, a direita e a esquerda (Figura 14a). Essa</p><p>apresentação é bizarra e foi produzida apenas por indivíduos psicóticos. A</p><p>magnitude dos sentimentos</p><p>do indivíduo é freqüentemente revelada pela</p><p>quantidade de fumaça.</p><p>44</p><p>Interpretação</p><p>Detalhes</p><p>Detalhes essenciais. A casa deve ter, no mínimo, uma porta (a menos que so- mente a</p><p>lateral da casa seja desenhada - o que sugere patologia). Ela deve ter uma</p><p>porta, uma janela, uma parede e um telhado (a menos que seja identificada como uma</p><p>casa tropical ou outra habitação sem telhado) e deve ter uma chaminé ou um</p><p>meio de saída para a fumaça.</p><p>O telhado e as paredes da casa parecem representar, de uma forma rudimentar, o ego do</p><p>indivíduo: Os limites periféricos da personalidade são representados pelos limites</p><p>periféricos da parede e do telhado. Muita ênfase nessas linhas periféricas ou de</p><p>"contenção" indicam um esforço consciente para manter o controle. Linhas perifé-</p><p>ricas fracas e inadequadas sugerem um sentimento de colapso iminente e fraco con-</p><p>trole do ego. Quando a casa é considerada um auto-retrato do indivíduo, o</p><p>telhado representa as áreas do pensamento e da fantasia. O telhado pode se estender</p><p>até o chão e tornar-se, na verdade, tanto uma parede como um telhado. Esse tipo</p><p>de casa é produzido por esquizofrênicos que parecem estar simbolicamente</p><p>enfatizando o fato de que seu mundo é em grande parte fantasia (Figura</p><p>14a). Ênfase no beiral do telhado por reforçamento ou extensão para além das</p><p>paredes implica uma atitude de desconfiança usual excessivamente defensiva</p><p>(Figura 7a).</p><p>A porta e janelas usualmente representam acessibilidade; as portas dos fundos e</p><p>laterais parecem enfatizar evasão. A ênfase no revestimento, fechadura e/ou dobra- diça</p><p>da porta sugerem uma sensibilidade defensiva. A ênfase na maçaneta sugere excesso</p><p>de consciência da função da porta e/ou preocupação fálica. As janelas da casa</p><p>constituem formas menos diretas e imediatas de interação com o ambiente do</p><p>que a porta. Uma janela sem vidraças, grades ou indicação de materiais de vidro</p><p>é geralmente desenhada por indivíduos com tendências negativistas que dizem:</p><p>"Eu tornarei impossível você ver dentro" (Figura 8a). Um grande número de</p><p>grades pode expressar um sentimento de que o quarto atrás da janela é uma prisão;</p><p>fechaduras nas janelas indicam uma atitude manifestamente defensiva. Um grande</p><p>número de janelas descobertas.implicam que o indivíduo tende a comportar-se de modo</p><p>áspero e direto. Indivíduos sexualmente desajustados mostram a tendência para ver</p><p>portas e janelas como substitutos oral, vaginal ou retal. As janelas do andar térreo são</p><p>mais freqüentemente omitidas ou distorcidas no tamanho ou na localização do</p><p>que as jane- las dos andares superiores. Ocasionalmente, as janelas ou portas da casa</p><p>são dese- nhadas abertas. Uma casa descrita como ocupada indica um alto grau de</p><p>acessibilidade tranqüila. Se for dito que a casa está desocupada pode-se supor que</p><p>existe uma extraordinária falta de defesa do ego. Em cada caso, a interpretação</p><p>estará sujeita a modificações pela descrição do indivíduo sobre o tempo no desenho.</p><p>Quando a chaminé é desenhada com facilidade e sem distorções ou ênfases, im- plica</p><p>que o indivíduo tem uma maturidade e equilíbrio sensual satisfatórios. A omis- são da</p><p>chaminé não representa um sério desajustamento, bem como a ênfase excessiva na chaminé.</p><p>Indivíduos desajustados sexualmente tendem a tratar a cha- miné como um símbolo</p><p>fálico. Abundância de fumaça da chaminé indica considerável tensão interna,</p><p>presumivelmente ocasionada por relações insatisfatórias com aque- les com</p><p>quem o sujeito vive. Crianças pequenas comumente desenham a chaminé em</p><p>ângulo reto com um telhado triangular.</p><p>45</p><p>کچھ</p><p>i</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>Crianças pequenas e indivíduos regredidos podem organizar os detalhes</p><p>essenciais da casa de modo antropomórfico, de modo que eles lembrem uma</p><p>pessoa (Figura 8a). Detalhes não essenciais. Cortinas e indicadores de materiais de</p><p>construção são detalhes não essenciais comuns para a casa. Venezianas,</p><p>sombreamento e cortinas que não estiverem completamente fechadas indicam</p><p>uma interação com o ambiente conscientemente controlada, que é</p><p>acompanhada por alguma ansiedade (Figura 12a). Se os três forern usados, o</p><p>indivíduo é provavelmente muito defensivo. Se algumas janelas forem</p><p>mostradas com sombras, cortinas ou vidraças, enquanto outras não, o Inquérito</p><p>Posterior ao Desenho deve incluir investigação referente ao quarto a que</p><p>pertence a janela que difere, tal como quem ocupa o cômodo e que tipo de cômodo é</p><p>este. A atitude do indivíduo em relação ao ocupante ou à função do cômodo</p><p>pode explicar o desvio. Um grande número de janelas sombreadas ou com cortinas,</p><p>por outro lado, indica preocupação excessiva relativa à interação com o</p><p>ambiente.</p><p>Materiais do telhado são freqüentemente representados por métodos que variam</p><p>desde contorno meticuloso de cada telha até rabiscos dispersos sugerindo a presen-</p><p>ça do material. Materiais fácil e não compulsivamente desenhados parecem indicar</p><p>uma consciência moderada de diferenciação da superfície e uma boa</p><p>capacidade para interação equilibrada com o ambiente. Detalhes meticulosos</p><p>dos materiais impli- cam tendências obsessivo-compulsivas. Os materiais são</p><p>menos freqüentemente desenhados para as paredes do que de qualquer</p><p>outra parte da casa, e mais freqüen- temente para a chaminé do que para</p><p>qualquer outra parte da casa. Canos para es- coamento da água no telhado e calhas</p><p>representam atitude defensiva (e normalmente suspeita), com um esforço</p><p>concomitante para canalizar estímulos desagradáveis.</p><p>1 S</p><p>Detalhes irrelevantes. Arbustos e caminho são detalhes irrelevantes comuns para a</p><p>casa. Arbustos desenhados perto da casa representam uma necessidade de erguer</p><p>barreiras defensivas do ego ou de estabelecer contato com os outros de uma maneira</p><p>mais formal. Arbustos também podem representar pessoas do ambiente do</p><p>indivíduo. Árvores muitas vezes representam pessoas que possuem</p><p>fortes valências positivas ou negativas para o indivíduo. O examinador deve</p><p>identificar essas pessoas durante o Inquérito Posterior ao Desenho. Uma árvore</p><p>irrelevante desenhada próximo à casa geralmente representa o indivíduo e pode</p><p>retratar seus fortes sentimentos de rejeição pelos pais e grande necessidade de</p><p>sua afeição. A localização da árvore perto da casa e na proximidade imediata dos</p><p>arbustos (mais tarde identificados como irmãos) pode expressar uma necessidade</p><p>de aceitação do indivíduo por parte de seus irmãos e/ou irmãs. Tulipas ou flores</p><p>semelhantes a margaridas são, às vezes, desenhadas nas proximidades da</p><p>casa, geralmente por indivíduos esquizóides ou crianças muito pequenas. Um</p><p>caminho facilmente desenhado e bem proporcional parece implicar que o indivíduo</p><p>exerce controle e tato no seu contato com os outros. Um longo cami- nho sugere</p><p>acessibilidade diminuída.</p><p>As vezes, uma linha no meio da parede é desenhada para enfatizar o fato da</p><p>casa ter dois andares. Isso sugere uma compartimentalização indesejável da</p><p>personalida- de com ênfase somática. Quando são desenhados degraus, eles, às vezes,</p><p>condu- zem a uma parede vazia, indicando uma forte ambivalência em fazer contato</p><p>com pessoas muito próximas. Detalhes degradantes, tais como um banheiro</p><p>externo ou</p><p>46</p><p>Interpretação</p><p>uma grande lata de lixo que são desenhados perto da casa que é, por outro lado, uma</p><p>mansão, indicando sentimentos de hostilidade agressiva. Se não houver linha de solo</p><p>ou a casa estiver suspensa acima da linha do solo, o contato do indivíduo com a</p><p>realidade pode ser tênue.</p><p>Nuvens indicam ansiedade generalizada (Figura 11a). Montanhas são, às vezes,</p><p>desenhadas nos fundos e indicam uma atitude defensiva e necessidades de depen-</p><p>dência. Chuva e neve, embora raras, implicam uma forte necessidade do indivíduo em</p><p>expressar seus sentimentos de estar sendo submetido a pressões ambientais fortes e</p><p>opressivas. A neve tem mais implicações patológicas do que a chuva.</p><p>Dimensão do detalhe. A casa quase nunca</p><p>inclui características unidimensionais. Lesões</p><p>orgânicas são fortemente indicadas se o indivíduo começa a casa como se</p><p>fosse fazer um desenho convencional em três dimensões, mas termina produzindo o</p><p>equivalente a um esquema.</p><p>Sombreamento do detalhe. O sombreamento normal da casa inclui a representa- ção do</p><p>material da parede e linhas cruzando a janela para representar vidro. Sombras</p><p>desenhadas espontaneamente e antes que o sol seja desenhado representam uma</p><p>situação de conflito na qual a ansiedade é vivida no nível consciente.</p><p>Seqüência do detalhe. Muitos indivíduos começam a casa desenhando o telhado,</p><p>as paredes, uma porta e uma janela; ou desenhando a linha de solo, paredes e um</p><p>telhado. Indivíduos inseguros desenhamn, às vezes, simetricamente (duas chaminés,</p><p>duas janelas, duas portas etc.) (Figura 15a); indivíduos gravemente desajustados às</p><p>vezes desenham de forma segmentada (detalhe por detalhe sem considerarem as</p><p>relações dos detalhes entre si ou com o todo).</p><p>Adequação da cor</p><p>A casa pode ser produzida em qualquer cor sem violar a realidade do ponto de</p><p>vista cromático. Tipicamente, a chaminé é vermelha, preta ou marrom; a fumaça</p><p>é preta ou marrom; o telhado é preto, verde, vermelho ou marrom; as paredes são</p><p>pretas, marrons, verdes, vermelhas, amarelas ou azuis; as portas e as molduras das</p><p>janelas são pretas, marrons, verdes, vermelhas ou azuis; e as venezianas são</p><p>pretas, verdes, marrons, azuis ou vermelhas.</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>As questões listadas nesta seção para cada desenho estão numeradas de acordo</p><p>com o Protocolo de Interpretação do H-T-P.</p><p>1. Quantos andares tem esta casa? Esta é uma pergunta que testa a realidade. Também</p><p>mede a atenção, já que indivíduos altamente perturbados ou retraídos res- pondem sem</p><p>olhar para os desenhos.</p><p>2. De que esta casa é feita? É uma boa prática determinar o que o material</p><p>da casa significa para o sujeito. Tijolos, por exemplo, podem representar estabilidade</p><p>para um indivíduo e economia de manutenção para outro.</p><p>3. Esta casa é a sua própria casa? De quem é ela? Muito freqüentemente, os indivíduos</p><p>costumam desenhar suas próprias casas, mas eles raramente as reprodu- zem corretamente -</p><p>por diversas razões, além do fato que a maioria das pessoas não</p><p>47</p><p>!</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>desenha com a exatidão de um arquiteto. Uma razão pode ser porque a casa é um</p><p>auto-retrato do indivíduo, quando ele age numa situação que envolve os aspectos mais</p><p>íntimos de suas relações interpessoais. Uma outra pode ser porque os</p><p>indivíduos tendem a enfatizar os aspectos da casa que tenham significados mais</p><p>agradáveis ou desagradáveis para eles. Essa ênfase pode incluir exagero ou</p><p>diminuição de um de- talhe e/ou distorção da proporção e da perspectiva. Uma</p><p>terceira razão pode ser o fato de que a casa em parte, às vezes, representa</p><p>várias habitações do passado, do presente e do futuro. Se a casa pertencer a uma</p><p>outra pessoa, determinar se é vista como um lugar positivo ou negativo.</p><p>4. Em que casa você estava pensando enquanto estava desenhando? Esta per-</p><p>gunta procura obter informações que levem a uma identificação mais precisa. A</p><p>casa desenhada, bem como a árvore e a pessoa, podem ter diversas</p><p>identidades.</p><p>5. Você gostaria que esta casa fosse sua? Por que? A resposta do indivíduo a esta</p><p>pergunta pode revelar atitudes em relação a seu lar e às pessoas com quem</p><p>ele partilha o lar. Pode mostrar que tipo de casa o indivíduo gostaria de ter, a força do</p><p>desejo de possuí-la e a probabilidade de que este objetivo produzirá frustração.</p><p>Se o indivíduo preferir esta casa à sua, por ser maior, é provável que exista uma</p><p>superlota- ção real ou um sentimento de frustração. Se a casa é rejeitada por ser</p><p>grande de- mais, o indivíduo pode se sentir inseguro em sua casa atual.</p><p>6. Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você</p><p>escolheria para você? Por que? O desejo expresso de indivíduos retraídos de</p><p>procurarem refúgio em um quarto dos fundos do andar de cima pode ser surpreen-</p><p>dente. Um quarto de um andar superior pode ser escolhido, pois assim o indivíduo pode</p><p>olhar para fora mais facilmente. Indivíduos desconfiados tendem a escolher quartos</p><p>que lhes permitam a observação total dos arredores das portas. Ocasional-</p><p>mente, as razões para a escolha de um quarto no andar de baixo revelarão sentimen-</p><p>tos de insegurança e a necessidade de se estar mais próximo da realidade. Qualquer</p><p>outra escolha que não seja a de um quarto pode ser vista como significativa e pode ser</p><p>interpretada em termos da significação do cômodo particular escolhido. A</p><p>posição do cômodo escolhido em relação aos outros quartos pode indicar o grau de</p><p>proximi- dade sentido em relação a cada membro da família.</p><p>7. Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por que? Crianças</p><p>desajustadas podem revelar forte necessidade de afeto e aprovação paterna dizendo</p><p>que querem os pais morando com elas, mas não os seus irmãos. Indivíduos forte-</p><p>mente paranóicos geralmente preferem morar sozinhos ou com outra pessoa que eles</p><p>possam dominar. Os pacientes rapidamente detectam o significado desta per- gunta e</p><p>evitam respostas diretas; a tentativa de evasão pode ser mais reveladora do que uma</p><p>resposta franca.</p><p>8. Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe? Esta é uma</p><p>outra pergunta que testa a realidade e respostas diretas, contradizendo a realidade, são</p><p>significativas. Normalmente a proximidade parece significar capacidade de reali- zação</p><p>ou sentimentos de calor e acolhimento, ou ambos. A distância sugere luta ou</p><p>sentimentos de rejeição, ou ambos.</p><p>9. Quando você olha para esta casa, você tem a impressão que ela está acima,</p><p>abaixo ou no mesmo nível do que você? As respostas a esta pergunta parecem se</p><p>referir a relações pessoais, com ênfase no lar e na família.</p><p>48</p><p>:</p><p>Interpretação</p><p>10. Em que esta casa faz você pensar ou lembrar? A qualidade da associação é</p><p>importante, bem como sua valência para o indivíduo,</p><p>11. Em que mais? É importante dar ao indivíduo a oportunidade de</p><p>expandir suas associações em cada desenho. Aqui, mais uma vez, a qualidade das</p><p>relações entre as idéias é tão interessante como o seu tom positivo ou negativo para o</p><p>cliente.</p><p>12. É um tipo de casa feliz, amigável? O tom emocional que acompanha</p><p>uma resposta negativa pode dizer muito sobre o ponto de vista do indivíduo em</p><p>relação ao lar e aos que o habitam. Respostas altamente evasivas podem indicar</p><p>valências forte- mente negativas.</p><p>13. O que nela lhe dá essa impressão? Ocasionalmente um indivíduo tentará justi- ficar</p><p>uma resposta descrevendo detalhes físicos superficiais da casa, descrevendo-a como</p><p>uma casa feliz porque ela tem cortinas, fumaça saindo da chaminé, etc. Res- postas a</p><p>esta questão serão uma expressão direta dos sentimentos do indivíduo refe- rentes às</p><p>pessoas que ocupam a casa desenhada e sua opinião ou seus sentimentos em relação</p><p>a eles.</p><p>14. A maioria das casa é assim? Por que você acha isso? Esta pergunta tenta determinar</p><p>em que extensão têm sido generalizados os sentimentos hostis ou amigá- veis do</p><p>indivíduo em relação à casa e a seus ocupantes.</p><p>15. Como está o tempo neste desenho? (período do ano e do dia, céu, temperatura).</p><p>16. De que tipo de tempo você gosta? Esta pergunta mostra o nível de estresse ou</p><p>calor humano no lar.</p><p>17. De quem esta casa faz você lembrar? Por que? Muitas vezes a pessoa nomea- da é</p><p>um membro íntimo da família do indivíduo.</p><p>18. Do que esta casa mais precisa? Por que? Respostas definidas expressam,</p><p>normalmente, a necessidade do indivíduo de afeto, abrigo, segurança e boa saúde.</p><p>19. Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da</p><p>casa), quem seria? Freqüentemente objetos aparentemente irrelevantes desenha- dos</p><p>ao redor da casa representam membros da família ou pessoas com</p><p>as quais o indivíduo</p><p>está intimamente associado. A distância deles em relação à casa na folha do desenho</p><p>pode caracterizar estas relações pessoais.</p><p>20. A que parte da casa esta chaminé está ligada? Se a chaminé desenhada suge- rir</p><p>patologia, esta pergunta pode ajudar a identificar relações familiares relevantes ou</p><p>aspectos da vida no lar.</p><p>21. Inquérito da planta dos andares. (Desenhe uma planta dos andares com os nomes,</p><p>ex., Que cômodo é representado por cada janela? Quem geralmente está lá?)</p><p>A planta da casa pode expressar através de distorções de proporção,</p><p>dificuldade de apresentação ou omissão de um ou mais quartos, a presença de</p><p>conflitos entre os ocupantes da casa ou a função costumeira de um ou mais cômodos.</p><p>ARVORE</p><p>A árvore, que parece estimular menos associações conscientes e mais asso- ciações</p><p>subconscientes e inconscientes do que os outros dois desenhos, é uma ex-</p><p>49</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>pressão gráfica da experiência de equilíbrio sentida pelo indivíduo e da visão de</p><p>seus recursos de personalidade para obter satisfação no e do seu ambiente.</p><p>A qualidade do desenho da árvore parece refletir uma capacidade do indivíduo</p><p>para avaliar criticamente suas relações com o ambiente. Áreas adicionais</p><p>de interpre- tação incluem o quadro subconsciente do indivíduo em relação ao</p><p>seu desenvolvi- mento, contato com a realidade, sentimento de equilíbrio</p><p>interpessoal e (quando a árvore representa uma outra pessoa) pressões</p><p>interpessoais.</p><p>Proporção</p><p>Uma árvore muito pequena sugere fortes sentimentos de inadequação para lidar</p><p>com o ambiente. Uma árvore muito grande, particularmente uma que é cortada</p><p>pelas margens da folha, implica uma busca de satisfação supercompensatória,</p><p>fantasia, ou ambas e conota, na melhor das hipóteses, hipersensibilidade.</p><p>Uma árvore com um tronco muito fino ou muito pequeno e com uma grande</p><p>estru- tura de galhos (ou copa) indica um equilíbrio precário da personalidade</p><p>por causa da excessiva busca de satisfação (Figura 15b). Uma pequena</p><p>estrutura de galhos com um tronco muito grande sugerem um equilíbrio precário da</p><p>personalidade, por causa da frustração gerada pela incapacidade de</p><p>satisfazer fortes necessidades básicas (Figura 12b).</p><p>Um tronco com uma base larga, mas que se torna muito fino a uma pequena</p><p>distância acima da base implica um ambiente anterior sem estimulação calorosa</p><p>e saudável. Um tronco que é mais estreito na base do que em um ponto mais alto é</p><p>uma forte indicação de patologia, que sugere um esforço além das forças</p><p>do indivíduo, com uma implicação concomitante de um possível colapso do</p><p>controle do ego.</p><p>Perspectiva</p><p>Localização vertical na página. Normalmente, a árvore é desenhada mais para cima</p><p>no eixo vertical da folha do que a casa ou a pessoa.</p><p>Margens da página. O uso do lado do papel como um lado do tronco sugere ten-</p><p>dências agressivas reativas à constrição de espaço, com uma sensibilidade</p><p>aumentada resultante. Essas tendências podem ser reprimidas ou não.</p><p>Relação com o observador. A árvore desenhada abaixo do observador parece</p><p>simbolizar um sentimento do indivíduo de depressão ou derrota. Uma árvore dese-</p><p>nhada como se estivesse parcialmente no alto de uma montanha parece simbolizar um</p><p>sentimento de esforço ou uma necessidade de proteção e segurança, o que é</p><p>parcialmente fornecido pelo lado da montanha, Uma árvore desenhada no topo de</p><p>uma montanha nem sempre indica um sentimento de superioridade. Ao contrário pelo</p><p>fato de estar exposta e, portanto sujeita ao ataque dos elementos, pode representar um</p><p>sentimento de isolamento concomitante a uma luta por autonomia.</p><p>Posição. Embora seja impossível desenhar a árvore de perfil, às vezes, um indivi- duo</p><p>irá, indicar que a árvore está mostrando seu lado para ele.</p><p>Transparências. Raízes que estão obviamente abaixo do solo, mas mesmo</p><p>assim são visíveis, sugerem fortemente uma falha patológica no contato com a</p><p>realidade (Figura 14b).</p><p>50</p><p>44</p><p>Interpretação</p><p>Movimento. A árvore é mais desenhada em movimento do que a casa. Quando é óbvio que um</p><p>forte vento está soprando, como quando a árvore está curvada para um lado, o</p><p>indivíduo pode estar sujeito a fortes pressões ambientais, mas ainda resiste e</p><p>luta para manter o equilíbrio. A árvore desenhada com suas folhas caindo pode</p><p>ex- pressar a impressão do indivíduo de que está sendo psicologicamente</p><p>despido, per- dendo a capacidade para ocultar pensamentos, emoções e</p><p>fortes sentimentos de culpa. O indivíduo que produz este tipo de árvore também</p><p>pode sentir uma perda da capacidade de fazer ajustamentos mais refinados e</p><p>delicados ao ambiente. Crianças dependentes freqüentemente desenham</p><p>macieiras e mostram seu sentimento de re- jeição ao desenharem as maçãs</p><p>caídas ou caindo. Galhos caídos ou caindo expres- sam a certeza do indivíduo</p><p>de que ele está perdendo a capacidade para lidar com as pressões ambientais.</p><p>Detalhes</p><p>+</p><p>Detalhes essenciais. A árvore deve ter um tronco e pelo menos um galho. O tronco</p><p>parece representar o sentimento básico de poder do indivíduo. Os galhos, por seu</p><p>tamanho e posição em relação ao tronco e à página, parecem indicar os</p><p>recursos de obtenção de satisfação do indivíduo. Galhos parcialmente bidimensionais</p><p>e som- breados e galhos apresentados com sombreamento desenhado fácil e</p><p>rapidamente parecem representar o ajustamento mais maduro. Galhos que se dirigem</p><p>para o cen- tro da árvore, em vez de convencionalmente se dirigirem para fora,</p><p>implicam fortes tendências ruminativas e são vistos em desenhos de obsessivo-</p><p>compulsivos. Galhos grossos e curtos, como se fossem cortados perto do tronco podem</p><p>indicar tendências suicidas; galhos quebrados ou mortos parecem representar</p><p>eventos traumáticos vivi- dos pelo indivíduo. Galhos reforçados sugerem um</p><p>sentimento de inadequação na busca de satisfação. Quanto maior a flexibilidade da</p><p>estrutura e melhor a organização dos galhos da árvore, maior é a capacidade</p><p>presumida do indivíduo para obter satis- fação de seu ambiente, se todas as outras</p><p>condições se mantém iguals. A árvore, particularmente seu tronco, é prontamente vista</p><p>como um substituto fálico para indiví- duos desajustados sexualmente.</p><p>Detalhes não essenciais. A folhagem é freqüentemente desenhada empregando</p><p>sombreamento e, às vezes, com detalhe cuidadoso; um sistema de galhos e a casca</p><p>da árvore são comuns. Quando a casca é desenhada facilmente uma interação bem</p><p>equilibrada está implicada, enquanto que a casca desenhada com linhas muito</p><p>pesa- das e consistentes refletem a presença de ansiedade. A casca que é</p><p>desenhada meticulosa e cuidadosamente sugere que o indivíduo possa estar</p><p>compulsivamente muito preocupado com sua relação com o ambiente presente (Figura</p><p>7b). Cicatrizes desenhadas no tronco devem ser investigadas durante o Inquérito</p><p>Posterior ao Dese- nho (Figura 12b).</p><p>As folhas podem ser cosméticas ou funcionais. Como enfeites (cosméticas), elas</p><p>decoram e cobrem o esqueleto da árvore. Funcionalmente, elas servem para estabe- lecer o</p><p>contato mais imediato e direto com o ambiente. Folhas desenhadas meticulo- sa e cuidadosamente</p><p>são sinais de características obsessivo-compulsivas.</p><p>51</p><p>:</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>Trepadeira no tronco ou casca tipo trepadeira têm sido encontradas</p><p>representando um sentimento de que o indivíduo está perdendo ou já perdeu o</p><p>controle de impulsos constrangedores e/ou que os outros estão cientes de que ele</p><p>tem idéias ou necessi- dades proibidas. As frutas são desenhadas normalmente por</p><p>crianças e, ocasional- mente, por mulheres grávidas.</p><p>Para a maioria dos indivíduos, a estrutura da raiz parece representar, em um nível</p><p>superficial, a fonte de satisfação elementar e a estabilidade das forças da</p><p>personalida- de. Em um nível mais profundo, a estrutura da raiz representa</p><p>impulsos básicos, ele-</p><p>mentares. Raízes que penetram fácil e delicadamente dentro</p><p>do solo implicam um bom contato com a realidade. Raízes como garras que</p><p>parecem agarrar o solo, mais do que entrar nele revelam a presença de fortes</p><p>atitudes agressivas e paranóicas.</p><p>Detalhes irrelevantes. Pássaros ou animais desenhados nos galhos da árvore ou na</p><p>grama ao redor da base do tronco são comuns. Ocasionalmente, o indivíduo iden- tifica o</p><p>pássaro ou animal como uma pessoa com forte valência para ele. Mesmo</p><p>quando a identificação não for estabelecida, interpretações cautelosas podem ser feitas</p><p>baseadas nas características do pássaro ou animal ou em sua ação no dese-</p><p>nho. As implicações de um abutre voando sobre a árvore ou de um cavalo com o rabo</p><p>levantado, pronto para defecar na árvore são óbvias. Mais sutil é o desenho de uma</p><p>árvore com a cabeça de um esquilo saindo de um buraco do tronco. Isto foi</p><p>interpre- tado como simbolizando que um sentimento obsessivo de culpa está,</p><p>infelizmente, fora de controle e tem potencialidades destrutivas.</p><p>Uma linha de solo é mais freqüente no desenho da árvore do que no da casa ou da</p><p>pessoa. Uma linha de solo em formato de arco convexo aponta dependência mater- na,</p><p>com sentimentos de isolamento e desamparo, se a árvore for relativamente pe- quena</p><p>ou estiver inadequadamente organizada. Uma árvore grande e vigorosa</p><p>fundamentalmente implica que o indivíduo tem fortes necessidades para dominação e</p><p>exibicionismo. Às vezes, a linha de solo adquire a forma de uma caixa sem</p><p>nenhu- ma relação com a árvore, o que indica contato inadequado com a</p><p>realidade.</p><p>Crianças muitas vezes desenham uma árvore de Natal. Quando adultos desenham</p><p>uma árvore de Natal alegremente ornamentada, a presença de narcisismo</p><p>bem desen- volvido, tendências regressivas e uma forte necessidade de cuidado e</p><p>proteção são sugeridas. As crianças freqüentemente desenham duas árvores que são</p><p>identificadas como o pai e a mãe. Por outro lado, uma ou mais árvores adicionais</p><p>indicam patologia. Uma pessoa desenhada perto da árvore geralmente revela</p><p>patologia. Um indiví- duo severamente perturbado com uma relação infeliz com</p><p>seu pai desenhou uma árvore enorme caída no chão com um homem, identificado</p><p>como o pai do paciente, em pé ao lado dela e trazendo um machado em suas mãos.</p><p>Ocasionalmente uma face humana é desenhada na estrutura dos galhos e reconhecida</p><p>depois pelo indiví- duo. Tais faces normalmente possuem significados negativos para</p><p>os indivíduos.</p><p>Dimensão do detalhe. Uma árvore composta de um tronco unidimensional com galhos</p><p>unidimensionais é algumas vezes desenhada (Figura 8b). Galhos unidimen- sionais</p><p>indicam que os recursos de busca de satisfação do indivíduo são inferiores,</p><p>particularmente, se não houver uma organização com galhos conectados entre si e com</p><p>o tronco. Indivíduos com lesões orgânicas avançadas muitas vezes desenham</p><p>32</p><p>Interpretação</p><p>uma árvore com tronco unidimensional e galhos unidimensionais tortuosos, que não formam</p><p>um sistema.</p><p>A maior parte dos desenhos da árvore são pelo menos bidimensionais. Galhos</p><p>bidimensionais desenhados como dedos ou bastões e com organização limitada</p><p>im- plicam forte hostilidade. Galhos bidimensionais fálicos sugerem o temor de</p><p>castra- ção. Galhos desenhados em duas dimensões, mas sem fechamento nas</p><p>extremidades, indicam falta de controle na expressão dos impulsos (Figura 12b).</p><p>Uma árvore com forma de um buraco de fechadura, sem linhas fechando a base circular, com</p><p>estrutura circular, sem sombreamento dos galhos e sem linha fechando a base do tronco</p><p>reflete fortes tendências oposicionistas. É como se o indivíduo dis- sesse,</p><p>"Eu vou desenhar com o mínimo que eu puder para fazer uma árvore reconhe- cível." A</p><p>árvore "Nigg`s" é como a árvore buraco de fechadura, exceto pelo fato de sua copa não</p><p>ser sombreada, possuir bordas como dentes de serra que de certa forma lembram as</p><p>bordas serrilhadas de um quebra-nozes. Essa árvore é geralmente pro- duzida por</p><p>indivíduos de personalidade rígida e compartimentalizada.</p><p>Sombreamento do detalhe. O sombreamento é mais freqüentemente usado na árvore do que na</p><p>casa ou na pessoa. A estrutura de galhos da árvore e a folhagem são</p><p>geralmente indicadas por sombreamento total; a casca da árvore é normalmente</p><p>representada com sombreamento parcial. "Sombras brancas" são uma</p><p>estratégia rara, que sugere pensamentos esquizóides, em que os galhos são</p><p>indicados como tendo partes dos galhos bidimensionais mostradas através do</p><p>espaço branco, e sem que a área das folhas seja realmente desenhada, dando</p><p>ao próprio espaço uma sugestão de solidez. Quando os galhos forem indicados sem</p><p>o uso de sombreamento, tendên- cias oposicionistas podem estar presentes.</p><p>Seqüência do detalhe. A árvore é normalmente desenhada pela produção do</p><p>tronco, de um sistema de galhos e, depois da folhagem; ou fazendo a parte</p><p>superior da árvore, os galhos (com ou sem indicações de sombras), depois o tronco e a</p><p>base do tronco. Uma seqüência do desenho da árvore que indica desajustamento é</p><p>aquela em que o indivíduo começa fazendo de uma forma adequada, mas</p><p>termina dese- nhando galhos unidimensionais ou bidimensionais de forma vaga,</p><p>sem apagar a pro- dução original.</p><p>Patologia é indicada se dois galhos bidimensionais forem desenhados, um abaixo do</p><p>outro (à esquerda) começando do topo da árvore, seguido de galhos parecidos à direita,</p><p>mas que não se unem entre si ou ao tronco. As duas linhas do tronco, não unidas no</p><p>topo ou na base, e que não tocam os galhos são, então, desenhadas, seguidas de uma</p><p>linha periférica unindo as pontas externas dos galhos.</p><p>Ênfase no detalhe. Ênfase exagerada nos galhos do lado esquerdo da</p><p>árvore pelo número e/ou tamanho sugerem um desequilíbrio da personalidade</p><p>ocasionado por uma forte tendência de busca de satisfação emocional</p><p>direta e imediata. Ênfase exagerada no lado direito sugere desequilíbrio produzido</p><p>também por uma forte ten- dência a evitar ou adiar satisfação emocional e a</p><p>procurar satisfação através do esfor- ço intelectual. Por outro lado, simetria absoluta</p><p>na estrutura dos galhos implica sentimentos de ambivalência e incapacidade em</p><p>aceitar dominância para qualquer forma de ação.</p><p>53</p><p>Adequação da Cor</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>Os troncos das árvores tendem a ser desenhados em marrom ou preto. Os galhos são</p><p>geralmente desenhados em marrom e preto; a folhagem em verde, amarelo, ver-</p><p>melho, marrom e preto; as frutas em vermelho, amarelo e verde; e as flores em verme-</p><p>Iho, laranja, azul e violeta.</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>22. Que tipo de árvore é esta? Os indivíduos normalmente desenham as árvores mais</p><p>comuns da vizinhança de suas casas.</p><p>23. Onde esta árvore realmente está localizada? Muito freqüentemente, os indiví- duos</p><p>desenham a árvore perto de uma casa do passado ou da atual, ou de um lugar</p><p>associado a uma experiência de alta valência negativa ou positiva. Se a árvore está em</p><p>uma floresta, a definição do indivíduo de uma floresta pode ser reveladora. Para</p><p>alguns, é um lugar de paz, tranquilo e de solidão; para outros, um lugar de medo e</p><p>ameaçador. A resposta "em um grupo de árvores" sugere que o indivíduo</p><p>precisa e gosta de companhia.</p><p>24. Mais ou menos qual a idade desta árvore? Muito freqüentemente, a idade é a</p><p>idade cronológica ou idade sentida pelo indivíduo. Às vezes, é o número</p><p>de anos que o indivíduo viveu após a puberdade, o número de anos que o</p><p>ambiente tem sido sentido como insatisfatório ou a idade da pessoa</p><p>representada pela árvore.</p><p>25. Esta árvore está viva? Nenhum indivíduo bem ajustado já respondeu "não". Uma</p><p>resposta negativa usualmente indica que o indivíduo sente-se fisiologicamente</p><p>inferior ou psicologicamente inadequado, culpado, profundamente deprimido ou</p><p>algu- ma combinação desses sentimentos. Ocasionalmente, perguntas adicionais</p><p>revela- rão que o indivíduo</p><p>fornece uma referência imediata dos conceitos</p><p>interpretativos comuns para cada desenho. Tanto aos psicólogos experientes</p><p>como os novatos considerarão esta Lista um material auxiliar conveniente. As</p><p>características interpretativas do Pro- tocolo foram indexadas no Manual para fácil</p><p>consulta. Este novo Protocolo de Inter- pretação fornece todas as informações</p><p>essenciais de uma sessão de desenho para serem registradas e integradas de uma</p><p>forma consistente.</p><p>Objetivos e Aplicações Clínicas</p><p>O uso projetivo dos desenhos tem um lugar em diversas áreas da atividade</p><p>clínica. A tarefa pode ser vista como uma amostra inicial de comportamento que</p><p>possibilita ao clínico o acesso às reações do indivíduo a uma situação</p><p>consideravelmente não es- truturada. A capacidade do cliente e do clínico de</p><p>permanecerem em contato e de articularem experiências sob essas circunstâncias é um</p><p>importante indicador prognós- tico. Os desenhos também estimulam o estabelecimento de</p><p>interesse, conforto e con- fiança entre o examinador e o cliente.</p><p>Para propósitos diagnósticos, o H-T-P fornece informações, que, quando relacio-</p><p>nadas à entrevista e a outros instrumentos de avaliação, podem revelar conflitos e</p><p>interesses gerais dos indivíduos, bem como aspectos específicos do ambiente</p><p>que ele ache problemáticos. Na terapia em andamento, os desenhos podem refletir</p><p>mudan- ças globais no estado psicológico de um indivíduo.</p><p>Princípios de Uso</p><p>População. O uso do H-T-P é mais adequado para indivíduos acima de 8 anos de</p><p>idade. E mais comumente aplicado em crianças e as diferenças entre as</p><p>característi- cas de desenhos de adultos e crianças têm sido identificadas (veja</p><p>o capítulo 4). A natureza atraente da tarefa de desenhar torna o uso do H-T-P especialmente</p><p>ade- quado nas situações onde a comunicação verbal direta de materiais conflitivos é</p><p>im- provável por causa de obstáculos nas capacidades verbal e motivacional.</p><p>Usuários do teste. Os usuários do H-T-P devem ter sido treinados e supervisiona- dos na</p><p>aplicação individual de instrumentos clínicos para crianças e adultos. Quem</p><p>1 Além do novo Manual, estão disponíveis um protocolo revisto (Folha para Desenho) (WPS Product No.</p><p>W-6A) e um novo Protocolo de Interpretação (WPS Product No. W-282). O Protocolo de interpretação</p><p>também é publicado pela Vetor Editora.</p><p>2</p><p>Introdução</p><p>não tiver experiência na área de avaliação dos testes projetivos deve trabalhar com um</p><p>supervisor clínico até que seja obtido um bom nível de concordância mútua na</p><p>habilidade de aplicação e avaliação.</p><p>Conteúdos deste Manual</p><p>Os capítulos restantes detalham os procedimentos de administração e</p><p>estratégias de interpretação do H-T-P. O capítulo 2 descreve os procedimentos</p><p>básicos para administrar o instrumento, para registrar as respostas do inquérito</p><p>posterior ao dese- nho e as características do desenho. O capítulo 3 descreve as</p><p>características do desenho associadas à psicopatologia ou ao potencial para</p><p>psicopatologia junto com material ilustrativo de casos. O capítulo 4 discute as</p><p>diferenças entre desenhos de adultos e de crianças e algumas das</p><p>características únicas dos desenhos de crianças abusadas, e o capítulo 5</p><p>descreve a abordagem teórica do H-T-P, bem como pesqui- sas representativas</p><p>conduzidas sobre e com o instrumento.</p><p>t</p><p>3</p><p>2</p><p>ADMINISTRAÇ</p><p>ÃO</p><p>O H-T-P é aplicado geralmente em uma situação face a face, como parte de uma</p><p>avaliação inicial ou de uma intervenção terapêutica em andamento de um</p><p>determina- do indivíduo. Na situação de avaliação, o H-T-P pode ser empregado</p><p>como uma tare- fa de aquecimento inicial ou como uma ponte entre uma</p><p>avaliação com lápis e papel e uma entrevista clínica completa.</p><p>Administrando o H-T-P</p><p>Situação e Tempo de Aplicação</p><p>O cliente deve sentar-se em frente a uma mesa, em uma posição confortável para</p><p>desenhar. A sala ou área onde o desenho será feito deve ser silenciosa e sem distra- ções. A</p><p>aplicação do H-T-P requer de 30 a 90 minutos, dependendo do número de</p><p>desenhos solicitados pelo examinador. No mínimo, podem ser pedidos três desenhos e</p><p>conduzido um inquérito sobre cada desenho. O tempo da interpretação variará de</p><p>acordo com o nível de experiência do clínico.</p><p>Materiais do Teste</p><p>Será necessário um Protocolo para desenho do H-T-P1 e um Protocolo de</p><p>Interpre- tação para cada conjunto (acromático e cromático) do desenho da casa, da</p><p>árvore e da pessoa a serem solicitados. Um Protocolo de Inquérito Posterior ao</p><p>Desenho e de interpretação do desenho da pessoa deve ser utilizado para cada</p><p>pessoa adicional desenhada (opcional - veja a seção Descrição Geral do capítulo</p><p>1).</p><p>Vários lápis pretos No. 2 (ou mais macio) com borrachas também serão necessá-</p><p>rios juntamente com um conjunto de crayons (pelo menos oito cores</p><p>vermelho,</p><p>'No Brasil costura-se usar uma folha de papel sulfite branco, tamanho A4, para cada</p><p>desenho.</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>laranja, amarelo, verde, azul, violeta, marrom e preto), caso os desenhos coloridos</p><p>sejam pedidos. Um relógio ou cronômetro é necessário para anotar a latência</p><p>(tempo gasto até o início do desenho) e o tempo total dos desenhos.</p><p>Desenhos Acromáticos</p><p>Preencha as informações de identificação na primeira página do Protocolo de de-</p><p>senho do H-T-P. Apresente a página do Protocolo relativa à casa para o cliente</p><p>com a palavra CASA no topo da página (de acordo com o ângulo de visão do</p><p>cliente). Note que a página do formulário de desenho relatíva à casa deve ser</p><p>apresentada na hori- zontal para que se faça uma avaliação adequada,</p><p>enquanto que as páginas relativas à árvore e à pessoa devem ser</p><p>apresentadas na vertical. Você deve ter uma clara visão da página enquanto o</p><p>cliente estiver desenhando, de modo que você possa anotar a ordem dos detalhes</p><p>desenhados, observar e registrar eventos incomuns na seqüência dos desenhos na</p><p>primeira página do Protocolo de interpretação. Não há limite de tempo.</p><p>Instrua o cliente a escolher um lápis, e diga: “Eu quero que você desenhe uma casa.</p><p>Você pode desenhar o tipo de casa que quiser. Faça o melhor que puder. Você</p><p>pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o</p><p>me- Ihor possível."</p><p>Caso o indivíduo demonstre preocupação em relação às suas capacidade</p><p>para desenhar, enfatize que o H-T-P não é um teste de habilidades artísticas</p><p>e que o desenho deve ser, apenas, fruto de seu maior esforço. Se o indivíduo</p><p>quiser usar régua para auxílio no desenho, ressalte que o desenho deve ser à mão</p><p>livre.</p><p>Comece a cronometrar assim que você tiver terminado de dar as instruções e</p><p>considerar que o indivíduo entendeu bem a tarefa. Enquanto o desenho estiver sendo</p><p>completado anote: (a) a latência inicial (intervalo de tempo entre o final das instru- ções</p><p>e o cliente realmente começar o desenho), (b) ordem dos detalhes</p><p>desenhados, (c) duração das pausas e o detalhe específico desenhado quando</p><p>a pausa ocorrer, (d) qualquer verbalização espontânea ou demonstração de</p><p>emoção e o detalhe que estiver sendo desenhado quando essas ocorrerem, e (e) o</p><p>tempo total utilizado para completar o desenho. Este material é anotado como</p><p>Observações Gerais na página 1 do Protocolo de Interpretação. Veja na Figura</p><p>1. (Os números dentro de círculos neste capítulo referem-se aos números dos</p><p>círculos escurecidos na Figura 1.)</p><p>Apresente as páginas relativas à árvore e à pessoa da mesma maneira que</p><p>você apresentou a da casa, com o nome da figura no topo da página de acordo com o</p><p>ângulo de visão do sujeito, e anote o tempo e as observações de comportamento</p><p>para cada desenho. Um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto pode</p><p>ser solicitado neste momento. Se o desenho adicional da pessoa deve ou não ser</p><p>pedido é uma questão do tempo disponível (ele irá aumentar</p><p>vê a árvore mais adormecida do que morta, o que é um sinal</p><p>de esperança.</p><p>26. O que nela lhe dá a impressão de que ela está viva? A resposta a esta questão</p><p>pode ser a primeira indicação de que o indivíduo vê a árvore em movimento,</p><p>variando desde um pequeno tremor das folhas, até um clara oscilação do</p><p>tronco. Outras res- postas indicam que tais qualidades como força, vigor, etc.,</p><p>criam a impressão de vida na árvore. A resposta mais óbvia é a de que a árvore deve</p><p>estar viva porque tem folhagem.</p><p>27. O que provocou a sua morte? (se não estiver viva) Quando vermes,</p><p>insetos, parasitas, ferrugem, relâmpago, vento ou, ocasionalmente, ações</p><p>malignamente agres- sivas de crianças ou adultos são apontados como a causa</p><p>da morte, o indivíduo ex- pressa a convicção de que alguma coisa extrapessoal</p><p>é a culpada. Se, entretanto, for dito que a causa é o apodrecimento de alguma</p><p>parte ou da árvore inteira, um senti- mento de que alguma coisa dentro do "self" é</p><p>culpada é indicado.</p><p>28. Ela voltará a viver? Às vezes, o indivíduo dirá que a árvore está morta,</p><p>quando quer realmente dizer que ela perdeu suas folhas no inverno. Perguntar se a</p><p>árvore viverá outra vez, pode ajudar a determinar se é este o caso,</p><p>29. Alguma parte da árvore está morta? Qual parte? O que você acha que</p><p>causou a sua morte? Há quanto tempo ela está morta? Folhas mortas podem indicar</p><p>incapa- cidade de fazer ajustamentos mais controlados e delicados como ambiente.</p><p>Muito</p><p>54</p><p>:</p><p>Interpretação</p><p>comumente, os galhos ou as raízes são vistas como mortas ou partes mortas.</p><p>Galhos mortos parecem expressar a crença do indivíduo de que muita</p><p>frustração foi produzi- da apenas por fatores extrapessoais do</p><p>ambiente. Às vezes, um galho morto repre- senta um trauma físico ou</p><p>psicológico, e a localização do galho ao longo do tronco pode indicar a idade</p><p>relativa em que o trauma ocorreu. Raízes mortas implicam dese- quilíbrio ou</p><p>desintegração intrapessoal com o início de uma séria perda de contato com a</p><p>realidade. Um indivíduo que desenha a árvore com um tronco morto revela uma severa perda</p><p>de controle do ego.</p><p>A pergunta sobre há quanto tempo a árvore está morta permite determinar a im-</p><p>pressão do indivíduo da duração de seu desajustamento, o que geralmente não</p><p>coin- cide com a data fornecida na história do paciente. Quando o indivíduo especifica</p><p>uma data deve-se determinar o evento que fixou a data tão firmemente em sua</p><p>memória. Como na questão 28, às vezes o indivíduo irá dizer que uma parte da</p><p>árvore está morta por ter perdido suas folhas no inverno. Perguntar se.a parte que</p><p>esta morta voltará a viver um dia pode ajudar a determinar se é este o caso.</p><p>30. Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher? Em geral,</p><p>pinheiros ou abetos são vistos como masculinas; bordos e árvores frutíferas como</p><p>femininas. Para crianças, esta questão traz a identificação da árvore com o pai,</p><p>a mãe ou outra pessoa com quem a criança se identifica.</p><p>31. O que nela lhe dá esta impressão? O sexo atribuído à árvore parece ser nor-</p><p>malmente determinado por características, tais como a forma, a força, a aspereza, a</p><p>graciosidade, a fragilidade, etc. Algumas vezes, entretanto, certos aspectos da árvore</p><p>são vistos como partes correspondentes específicas da figura humana. Os</p><p>longos galhos de uma sempre-viva lembraram a um indivíduo o cabelo de sua mãe.</p><p>Uma pequena garota desajustada afirmou explosivamente que ela viu o punho</p><p>de seu pai no meio da estrutura dos galhos de uma árvore de bordo, "Exatamente</p><p>como ele costumava levantá-lo para bater em minha mãe!"</p><p>32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma árvore para onde ela estaria virada?</p><p>Como a árvore não tem frente, lado e nem costas, exceto como vista pelo observador,</p><p>a resposta do indivíduo a esta pergunta é uma projeção de sua relação com o</p><p>ambiente. A resposta pode também revelar a atitude de pessoa representada</p><p>pela árvore em relação ao indivíduo.</p><p>33. Essa árvore está sozinha ou em um grupo de árvores? Respostas a essa ques- tão</p><p>não são muito significantes, a não ser que tenham forte carga emocional. Sentimen-</p><p>tos de isolamento e/ou uma necessidade de associação com outros são</p><p>freqüentemente estimulados aqui.</p><p>34. Quando você olha para esta árvore, você tem a impressão de que ela está acima,</p><p>abaixo ou no mesmo nível do que você? Para alguns indivíduos, uma árvore</p><p>desenhada crescendo no topo de uma colina simboliza esforço tenso em relação a um</p><p>objetivo distante e talvez inatingível. Para outros, reflete necessidade de autono- mia e</p><p>domínio. Para muitos, uma árvore desenhada parcialmente protegida por um montanha</p><p>indica uma necessidade de proteção e auxílio. Uma árvore desenhada claramente</p><p>abaixo do observador quase invariavelmente conota depressão de hu- mor, bem como um</p><p>sentimento de inferioridade.</p><p>55</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>35. Como está o tempo neste desenho? (Período do dia e ano; céu; temperatura)</p><p>Supõe-se que a árvore expressa um sentimento consciente ou subconsciente</p><p>do self do indivíduo em relação ao ambiente. Uma vez que as forças externas</p><p>que afetam uma árvore viva são amplamente metereológicas, não é</p><p>surpreendente que muitos indivíduos sejam capazes de expressar</p><p>simbolicamente seus sentimentos de que seu ambiente é protetor e amigável ou</p><p>opressor e hostil. Os indivíduos po- dem descrever condições de tempo</p><p>desagradáveis em detalhe, apesar da ausência de qualquer representação de</p><p>tais condições no desenho. A significação que o tem- po descrito tem para o</p><p>indivíduo deve ser explorada. Obviamente, o significado de um tempo frio, por</p><p>exemplo, não será o mesmo para alguém que o prefira, em relação a outro</p><p>que não, o faça. Crianças pequenas geralmente preferem a neve porque</p><p>gostam de brincar nela.</p><p>36. Há algum vento soprando? Mostre-me em que direção ele está soprando.</p><p>Que tipo de vento é este? O vento simboliza sentimentos de pressão de forças</p><p>ambientais, pessoais ou situacionais. Um jovem adulto com uma neurose severa</p><p>respondeu: "É a calma antes da tempestade." Para a pergunta do</p><p>examinador: "A tempestade irá danificar a árvore?" foi obtida a resposta,</p><p>"Não, eu acho que não. É a tranqüilidade antes da guerra atômica. Não irá</p><p>destruir a árvore; apenas o cachor- ro." O indivíduo reiterou várias vezes que a sua</p><p>árvore, obviamente um auto-retrato, representava a "Beleza e o cachorro, que</p><p>estava farejando o tronco da árvore, significava o "Homem".</p><p>'</p><p>Normalmente o vento é descrito como soprando horizontalmente da esquerda</p><p>para a direita. Isso revela, na ausência de intensidade incomum, a tendência do campo psi-</p><p>cológico de locomoção do passado (esquerda) para o futuro (direita). Ventos</p><p>que têm intensidade acima da média e que desviam da direção</p><p>convencional parecem ser signi- ficativos; um indivíduo muito perturbado, por</p><p>exemplo, afirmou que o vento estava so- prando em todas as direções</p><p>simultaneamente. Ventos descritos como soprando do chão para o alto da árvore,</p><p>cruzando a página diagonalmente para cima, simbolizam um forte desejo de</p><p>escapar da realidade. O inverso se aplica a ventos ditos como so- prando</p><p>diagortalmente de um canto superior para o inferior oposto (e a conotação tem- poral,</p><p>esquerda para passado, direita para futuro, parece se manter). O vento descrito</p><p>como soprando da direita para esquerda pode indicar uma tendência a regredir sob</p><p>pressões ambientais ou intrapessoais. Indivíduos narcisistas podem descrever o vento</p><p>como soprando "em minha direção".</p><p>A descrição do indivíduo da velocidade, umidade e temperatura do vento pode</p><p>ser reveladoras. Um vento descrito como soprando com grande força, muito</p><p>úmido, muito seco, muito quente, muito frio ou alguma combinação desse tipo, sugere</p><p>que o indiví- duo sofre pressões dolorosas de uma ou mais fontes ambientais. O grau</p><p>da pressão sentida</p><p>presumivelmente corresponde ao grau de variação em</p><p>relação a um estado de tempo calmo. Isto pressupõe, é claro, que a resposta</p><p>não seja apenas uma descri- ção do tempo na hora do exame.</p><p>37. O que esta árvore faz você lembrar?</p><p>38. O que mais? Assim como para os outros desenhos, a qualidade destas</p><p>associa- ções deve ser observada de acordo com o seu torn positivo ou</p><p>negativo.</p><p>56</p><p>www</p><p>Interpretação</p><p>39. Esta árvore é saudável? O que nela lhe dá essa impressão? Os indivíduos</p><p>têm expressado imagem corporal, sentimentos de inadequação, isolamento, pressões</p><p>am- bientais, etc., mais facilmente nos comentários sobre a árvore do que nos relativos</p><p>à pessoa, aparentemente, porque a árvore não desperta fortes sentimentos de</p><p>identifica- ção ou nem muitas associações conscientes ou tão próximas do nível da</p><p>consciência como a pessoa. Logicamente, uma resposta negativa pode apenas indicar</p><p>uma preocu- pação do indivíduo acerca de sua saúde ou da saúde da pessoa</p><p>que a árvore representa. 40. Esta árvore é forte? O que nela lhe dá essa impressão?</p><p>Saúde e força são duas qualidades diferentes para muitas pessoas. A presença</p><p>de saúde não implica, necessariamente, presença concomitante de força ou</p><p>vice-versa. A resposta indica a estimativa do indivíduo da sua própria força do ego.</p><p>Quando a estrutura da raiz da árvore não for desenhada, o examinador deve pedir ao</p><p>indivíduo para desenhar, já que ela pode representar sua visão da força e da</p><p>qualidade dos aspectos da personalidade teorizados como estando abaixo do</p><p>nível consciente.</p><p>41. De quem esta árvore faz você lembrar? Muitas vezes, estes são indivíduos com quern</p><p>o cliente se identifica fortemente.</p><p>42. Do que esta árvore mais precisa? Por que? Respostas claras comumente ex-</p><p>pressam simbolicamente as necessidades do indivíduo de afeto, proteção,</p><p>seguran- ça e boa saúde. Respostas como “luz do sol” ou “água” são</p><p>freqüentes e devem ser consideradas como particularmente significativas.</p><p>43. Alguém já machucou esta árvore? Como? Essas respostas costumam indicar o grau</p><p>em que o indivíduo sente-se agredido pelo ambiente. A localização do ferimen-</p><p>to pode ser informativo. Ferimento na raiz implica uma ameaça à capacidade funda-</p><p>mental do indivíduo de se manter em contato com a realidade; ferimentos nos galhos</p><p>podem indicar obstáculos à obtenção de satisfação bem sucedida por um</p><p>indivíduo cujos processos de pensamento estão basicamente intactos.</p><p>44. Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da</p><p>árvore), quem ele poderia ser? Da mesma forma que nos outros desenhos, o</p><p>examinador deve observar a qualidade destas associações, bem como seus</p><p>signifi- cados positivos ou negativos para o cliente.</p><p>pessoa</p><p>PESSOA</p><p>A pessoa desenhada estimula mais associações conscientes do que a casa ou a</p><p>árvore, incluindo a expressão direta da imagem corporal. A qualidade do desenho</p><p>reflete a capacidade do indivíduo para atuar em relacionamentos e para submeter o</p><p>"self" e as relações interpessoais à avaliação crítica objetiva. Este desenho</p><p>desperta sentimentos tão intensos que indivíduos paranóicos ou psicopatas podem se</p><p>recusar a fazê-los. Áreas adicionais de interpretação para o desenho da</p><p>pessoa podem se referir ao conceito do indivíduo de seu papel e atitude sexuais em</p><p>relação a um rela- cionamento interpessoal específico ou a relacionamentos</p><p>interpessoais em geral.</p><p>57</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>***144 32?? *--* !! |</p><p>Proporção</p><p>Uma diferença acentuada de proporções entre o lado esquerdo e o direito da</p><p>pes- soa sugere confusão no papel sexual, especificamente, e desequilíbrio da</p><p>personali- dade, em geral.</p><p>Indivíduos desajustados que colocam ênfase indevida na inteligência ou na fanta- sia</p><p>como uma fonte de satisfação geralmente desenham uma cabeça muito grande.</p><p>Cabeças desproporcionalmente pequenas são desenhadas por indivíduos</p><p>obsessivo- compulsivos e podem representar uma negação do lugar de</p><p>pensamentos dolorosos e sentimentos de culpa. Olhos pequenos conotam um</p><p>desejo de ver o mínimo possí- vel. Uma boca muito grande implica erotismo oral</p><p>e/ou tendências agressivas orais. Um pescoço longo e fino sugere</p><p>características esquizoides.</p><p>Um tronco desproporcionalmente grande implica a presença de muitos impulsos</p><p>insatisfeitos que o indivíduo pode sentir intensamente (Figura 19c). Um tronco</p><p>des- proporcionalmente pequeno sugere uma negação de impulsos do corpo e/ou sen-</p><p>timentos de inferioridade. Um tronco comprido e estreito carrega conotações</p><p>esquizóides. O tamanho do ombro é um indicador do sentimento de força básica</p><p>ou poder, tanto físico como psicológico. Ombros desproporcionalmente grandes</p><p>revelam sentimentos de força ou muita preocupação acerca da necessidade de</p><p>força ou poder (Figura 18c), enquanto que ombros muito pequenos implicam</p><p>sentimentos de inferio- ridade. Desigualdade no tamanho dos ombros sugere</p><p>desequilíbrio da personalidade. Braços muito longos implicam esforço para</p><p>ambição exagerada, enquanto braços muito curtos conotam a ausência de</p><p>esforço (Figura 19c). Braços largos sugerem um sentimento básico de força para</p><p>luta; braços finos retratam sentimentos de fraqueza. Mãos grandes implicam</p><p>impulsividade e falta de capacidade nos aspectos mais refi- nados do convívio social</p><p>(Figura 15c). Mãos pequenas sugerem uma relutância para estabelecer contatos</p><p>mais intimos e refinados na convivência psicossocial.</p><p>Pernas desproporcionalmente longas conotam um forte esforço para autonomía,</p><p>enquanto pernas muito curtas implicam sentimentos de constrição. Disparidade no</p><p>tamanho das pernas sugere ambivalência relacionada ao esforço para autonomia ou</p><p>independência. Pés muito grandes indicam necessidade de segurança e</p><p>sugerem uma necessidade de demostrar virilidade. Pés desproporcionalmente</p><p>pequenos im- plicam constrição e dependência (Figura 19c).</p><p>Perspectiva</p><p>Margens da página. Se as pernas forem cortadas pela margem inferior da</p><p>página, o sentimento de falta de autonomia do indivíduo é provavelmente quase</p><p>esmagadora. Quando as pernas forem desenhadas cortadas pelo papel, o clínico deve</p><p>descobrir qual seria a extensão da perna para baixo da borda inferior da folha.</p><p>Relação com o observador. A pessoa é raramente desenhada como acima do</p><p>observador. Quando isto ocorrer, a significação parece ser a de que o indivíduo dese- ja</p><p>manter-se afastado do convívio social ou sente-se oprimido e dominado pela pes- soa</p><p>representada.</p><p>Posição. Uma pessoa desenhada totalmente de frente, sem sugestão de profun-</p><p>didade e os braços completamente estendidos em ângulo reto com o tronco,</p><p>implica</p><p>58</p><p>Interpretação</p><p>que o indivíduo é essencialmente rígido e intransigente e que, entretanto,</p><p>apresenta uma profunda necessidade de ocultar sentimentos de inadequação e</p><p>insegurança com uma sugestão de prontidão para enfrentar tudo direta e</p><p>firmemente (Figura 19c).</p><p>O perfil parcial é uma apresentação comum da pessoa. Uma pessoa</p><p>desenhada em perfil completo, sem nenhuma sugestão de que existe um outro</p><p>lado, implica forte retraimento e tendências oposicionistas (Figura 15c). Esta</p><p>apresentação é mais co- mumente usada por indivíduos que experienciam</p><p>claros estados paranóicos. Uma pessoa desenhada de costas para o</p><p>observador indica afastamento esquizo-paranóico, no qual o indivíduo rejeita</p><p>diretamente o convívio psicossocial e, em muitos casos, a realidade também. Um</p><p>desvio da cabeça, como se ela estivesse menos voltada para o observador do</p><p>que o corpo, implica séria evasão e afastamento, mas não tanto como quando é</p><p>apresentada a parte posterior da cabeça.</p><p>A posição dos braços pode ser reveladora. Braços relaxados e flexíveis indicam</p><p>bom ajustamento, braços tensos mantidos firmemente colados ao corpo sugerem</p><p>rigidez (Figura 10c). Braços cruzados no tórax</p><p>conotam desconfiança e atitudes</p><p>hos- tis. Braços desenhados atrás das costas da pessoa implicam relutância em</p><p>conhecer outros caminhos. Braços cruzados de forma que as mãos estejam dobradas</p><p>sobre a pélvis é uma postura freqüentemente desenhada por mulheres melancólicas em</p><p>pro- cesso involutivo e desajustadas sexualmente. Às vezes, os braços são</p><p>desenhados de forma que eles não são uma parte integral do tronco, mas que no</p><p>entanto parecem se estender por trás do tronco para a frente dos dois lados do corpo e</p><p>de algum modo que parecem estar forçando a pessoa para frente. Eles são chamados</p><p>braços com- pulsivos e mostram que o próprio indivíduo, às vezes, acha que ele está</p><p>atuando de forma descontrolada. Mãos desenhadas nos bolsos conotar evasão controlada,</p><p>mas esta interpretação pode ser modificada pela explicação do indivíduo dos</p><p>conteúdos das mãos ou do bolso (Figura 18c).</p><p>Uma posição aberta das pernas pode representar desafio e/ou forte necessidade</p><p>de segurança. Se as pernas forem desenhadas fortemente unidas, em uma atitude de</p><p>paralisia, rigidez e tensão, possivelmente indica desajustamento sexual. A</p><p>posição dos pés pode ser mais expressiva. Por exemplo, uma pessoa</p><p>desenhada na ponta dos pés pode conotar um tênue contato com a realidade ou</p><p>um forte desejo de fuga. Pés apontado para direções diametralmente opostas,</p><p>com a pessoa totalmente de frente, podem revelar sentimentos ambivalentes.</p><p>Transparências. A mais comum e menos significativa transparência para a pes-</p><p>soa é um braço visto através da manga da blusa. No entanto, órgãos corporais visí-</p><p>veis como o coração ou os pulmões sugerem fortemente a presença de</p><p>patologia.</p><p>Movimento. O movimento pode indicar sentimentos de ajustamento satisfatório do</p><p>indivíduo. Uma pessoa andando de forma relaxada e fácil sugere bom ajustamen- to,</p><p>por exemplo. Corrida controlada, como em uma maratona, sugere uma forte ne-</p><p>cessidade de realização. Corrida "cega", entretanto, sugere que o indivíduo deve</p><p>ser vítima de estados de pânico em alguns momentos.</p><p>Detalhes</p><p>Detalhes essencials. A pessoa deve ter uma cabeça, um tronco, duas pernas e dois</p><p>braços, a não ser que apenas um deles possa ser visto ou que a ausência seja</p><p>59</p><p>iv...</p><p>:</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>explicada de algum modo, como por uma amputação, por exemplo. Os traços faciais</p><p>devem incluir dois olhos, um nariz, uma boca e duas orelhas, a não ser que a</p><p>posição seja tal que as orelhas não possam ser vistas, ou sua ausência seja explicada</p><p>verbal- mente como por uma mutilação.</p><p>Considera-se que a cabeça representa a área de inteligência, controle e fantasia.</p><p>Os olhos, receptores de estímulo visual, são talvez os detalhes mais reveladores</p><p>da constelação facial. Eles são normalmente os primeiros detalhes faciais desenhados</p><p>pelas crianças pequenas. Olhos desenhados como buracos ocos, sem nenhuma</p><p>ten- tativa de indicar a íris ou a pupila, implicam uma forte evitação de estímulos</p><p>visuais desagradáveis (Figura 8c). Um indivíduo exprimiu uma tendência de</p><p>excluir estímulos visuais e procurar satisfação na fantasia desenhando os olhos de</p><p>sua pessoa virados para dentro. No Inquérito Posterior ao Desenho, ele comentou que</p><p>estava olhando a si mesmo pensar. Omissão completa de olhos é patológica e deve se</p><p>suspeitar da presença de alucinações visuais. Omissão das orelhas pode</p><p>indicar a presença de alucinações auditivas, embora as orelhas sejam</p><p>freqüentemente omitidas por indiví- duos retardados bem ajustados. A boca,</p><p>presumivelmente a receptora das sensa- ções mais precoces de prazer, pode</p><p>também ser um instrumento de agressão; esta probalidade é aumentada com a</p><p>presença de dentes (Figura 8c). Acredita-se que o queixo seja um símbolo de</p><p>masculinidade.</p><p>O tronco é a sede das necessidades e impulsos físicos básicos; a ausência do</p><p>tronco implica a negação de impulsos corporais (figura 5c). Os ombros</p><p>expressam o sentimento do indivíduo de força básica ou poder. Ombros bem</p><p>desenhados, nitida- mente arredondados, implicam uma expressão de poder</p><p>bem equilibrada, branda, flexível e estável. Ombros claramente quadrados conotam</p><p>atitudes hostis e demasia- damente defensivas (Figura 11c). Os braços são vistos</p><p>como instrumentos de contro- le ou para fazer mudanças no ambiente. A</p><p>omissão dos dois braços implica um forte sentimento de inadequação; tendências</p><p>suicidas podem estar presentes e deve-se suspeitar de um forte temor de castração.</p><p>Esquizofrénicos tendem a desenhar braços que se parecem com asas, com penas</p><p>curtas e largas em vez de dedos. Desenhar a parte inferior do tronco -o local dos</p><p>impulsos sexuais - causa grande dificuldade para muitos indivíduos desajustados. A</p><p>incapacidade de fechar a base da pélvis é um forte indicador de patologia.</p><p>As pernas, como os instrumentos do corpo para locomoção, podem ser</p><p>considera- das como representando a visão que o indivíduo tem de sua</p><p>autonomia dentro do ambiente. A ausência de pernas sugere fortes sentimentos</p><p>de constrição e provavel- mente preocupações igualmente fortes de castração.</p><p>Detalhes não essenciais. Um pescoço, mãos, pés, cabelo e roupas são normal-</p><p>mente incluídos no desenho da pessoa. O pescoço, unindo a cabeça (área do contro-</p><p>le) ao corpo (considerada área dos impulsos), é um indicador da coordenação</p><p>entre a cabeça e o corpo. Omissão de uma linha do queixo na representação</p><p>da pessoa toda de frente ou uma linha na base do pescoço em perfil implicam</p><p>um preocupante fluxo livre dos impulsos básicos do corpo com uma provável falta de</p><p>controle adequado. A mesma significação é ainda mais forte quando todo o</p><p>pescoço for omitido. Nesses</p><p>60</p><p>Interpretação</p><p>casos, o indivíduo sentem-se à mercê de seus impulsos corporais que freqüentemen- te</p><p>ameaçam dominá-lo (Figura 9c).</p><p>A representação direta dos genitais na pessoa não é considerada anormal se de-</p><p>senhada por uma criança pequena. Genitais cuidadosamente desenhados na pessoa</p><p>nua indicam patologia mais provavelmente, quando são feitos por uma criança</p><p>mais velha ou por um adulto.</p><p>As mãos são instrumentos mais refinados de ações defensivas ou ofensivas no</p><p>ambiente; a ausência das mãos pode expressar um sentimento de inadequação.</p><p>Dedos pontiagudos em uma mão rudimentar, ou desenhados como saindo do</p><p>final do ante- braço, conotam hostilidade (Figura 9c). Dedos como pétalas são</p><p>uma forma mais infantil de representação. Os pés são instrumentos refinados</p><p>para modificar e contro- lar a locomoção; eles também são usados como armas</p><p>de ataque. A omissão dos pés implica fortes sentimentos de constrição. Mesmo</p><p>em desenhos de indivíduos bem ajustados com boa aptidão para desenho, os</p><p>pés são geralmente o detalhe de todo o corpo desenhado de forma mais pobre.</p><p>Detalhes irrelevantes. Objetos desenhados normalmente têm uma relação íntima</p><p>com o indivíduo e servem para indicar o que a pessoa desenhada está fazendo. Um</p><p>cachimbo, charuto ou cigarro podem indicar um erotismo oral moderado. Bengalas,</p><p>espadas e outras armas implicam a presença de tendências agressivas e</p><p>também podem ter associações fálicas para o indivíduo.</p><p>Dimensão do detalhe. Uma "figura palito" unidimensional, às vezes, é desenhada</p><p>por indivíduos deficientes mentalmente ou com lesões orgânicas. Quando dedos uni-</p><p>dimensionais forem desenhados encerrados por uma linha estão implícitos esforços</p><p>conscientes para suprimir impulsos agressivos (Figura 10c).</p><p>Sombreamento do detalhe. Pelo sombreamento de todo o tronco da pessoa, o indivíduo</p><p>pode mostrar que o corpo está vestido. O sombreamento parcial com uma série</p><p>de linhas cruzando as pernas podem sugerir uma roupa. Mãos fortemente som-</p><p>breadas são consideradas características da culpa masturbatória, mas, como</p><p>essa culpa é comum e mãos sombreadas não, estas não devem ser</p><p>interpretadas rotinei- ramente desta maneira.</p><p>Seqüência do detalhe. Em muitos casos, a pessoa é iniciada pelo</p><p>desenho da cabeça,</p><p>das características faciais (olhos, nariz etc.), pescoço, tronco, braços (com dedos</p><p>ou mãos), depois as pernas e pés (ou pernas, depois braços). Uma seqüência</p><p>patológica será vista quando o indivíduo começar desenhando um pé e fizer a</p><p>cabeça e as características faciais por último. O adiamento da</p><p>representação das características faciais pode refletir uma tendência para</p><p>negar os receptores de estímulos externos ou um desejo de postergar a</p><p>identificação da pessoa pelo máximo de tempo possível. Desenhar os dedos ou a</p><p>mão por último, ou quase por último, reflete uma relutância acentuada para estabelecer</p><p>contatos íntimos e imediatos com o ambiente, às vezes, determinada por um desejo</p><p>de evitar sentimentos reveladores de inadequação.</p><p>Enfase no detalhe. A ênfase exagerada no nariz sugere preocupações</p><p>fálicas e possível temor da castração (Figura 12c). A ênfase excessiva nas orelhas</p><p>ocorre usualmente em desenhos de indivíduos paranóicos (figura 17c). Esses</p><p>indivíduos</p><p>61</p><p>***</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>S</p><p>podem estar expressando fortes desejos para ouvir distintamente aquilo que</p><p>eles sentem que os outros estão dizendo sobre eles. Pouca ênfase nas orelhas pode</p><p>indi- car um desejo de impedir a entrada da crítica. A ênfase exagerada no</p><p>queixo implica a necessidade de domínio social; pouca ênfase indica um sentimento</p><p>de impotência social.</p><p>A linha da cintura pode ser considerada a coordenadora dos impulsos de poder (parte</p><p>superior do tronco) e dos impulsos sexuais (parte inferior do tronco). Ênfase</p><p>exagerada na cintura, normalmente expressa pela dificuldade em desenhar um</p><p>cinto ou por um cinto muito sombreado, implica forte conflito entre a expressão e o</p><p>controle dos impulsos sexuais. Ênfase nos joelhos ou nas nádegas de</p><p>uma pessoa masculina desenhada por um indivíduo do sexo masculino</p><p>pode indicar a presença de fortes impulsos homossexuais. Muito detalhamento</p><p>dos pés, como atenção minuciosa aos laços do sapato, aos dedos do pé, etc.,</p><p>sugeré características obsessivas com um forte componente narcisista-exibicionista</p><p>(Figura 10c).</p><p>A ênfase em certos itens da roupa parecem ter implicações específicas. Muita</p><p>ênfase no cinto implica preocupação e interesse sexual excessivo. Muita</p><p>ênfase na gravata conota preocupação fálica e sentimentos de impotência.</p><p>Uma multiplicidade de botões sugere regressão ou, quando desenhada por uma</p><p>criança, forte dependên- cia à mãe.</p><p>Qualidade da Linha. Enfase nas linhas periféricas da cabeça sugere fortes</p><p>esfor- ços para a manter o controle frente a fantasias perturbadoras e ideação</p><p>obsessiva ou alucinatória.</p><p>Adequação da Cor</p><p>As cores típicas usadas para a pessoa são o preto e o marrom para o contorno;</p><p>preto, marrom, amarelo e vermelho para os cabelos; azul, marrom e preto para os</p><p>olhos; vermelho e preto para os lábios; preto e marrom para ternos; e preto, marrom,</p><p>verde, vermelho e azul para os sapatos.</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>45. Esta pessoa é um homem ou uma mulher (menino ou menina)? Um</p><p>indivíduo que afirma que uma figura obviamente feminina em roupas masculinas é um</p><p>homem, ou que uma figura obviamente masculina de vestido é uma mulher, confirmará</p><p>verbal- mente a impressão já criada pelo desenho, isto é, de que o indivíduo manifesta</p><p>confusão e indecisão no papel sexual que pode ser patológica. Indivíduos muito fe-</p><p>chados ou altamente perturbados freqüentemente dizem que a pessoa é do sexo</p><p>oposto do que foi representado. Este tipo de falha no teste da realidade é sempre</p><p>patológica.</p><p>46. Quantos anos ele (a) tem? O objetivo principal desta pergunta é descobrir o quanto</p><p>a idade aparente da pessoa desenhada se aproxima da idade atribuída pelo</p><p>indivíduo. Ocasionalmente, a idade estabelecida representa a idade sentida pelo indi-</p><p>víduo em vez da idade cronológica.</p><p>47. Quem é ele (a)? Essa tentativa brusca para determinar a identidade da</p><p>pessoa desenhada é respondida muitas vezes com: "Eu não sei". Freqüentemente o</p><p>indi-</p><p>62</p><p>Interpretação</p><p>víduo irá mais tarde identificar a pessoa durante o questionamento direto. Muitas</p><p>vezes a pessoa será identificada posteriormente como alguém diferente e o desenho</p><p>pode, na verdade, representar uma combinação de pessoas diferentes.</p><p>48. Ele (ela) é um parente, um amigo ou o que? Esta pergunta pode ajudar a</p><p>estabelecer a valência positiva ou negativa que a pessoa identificada apresenta para o</p><p>indivíduo.</p><p>49. Em quem você estava pensando enquanto estava desenhando? Em alguns casos, o</p><p>indivíduo nomeado aqui não é aquele que foi dito representar a figura. A resposta</p><p>"Ninguém” não é necessariamente evasão ou falsificação, uma vez que o</p><p>indivíduo pode não ter pensado conscientemente em alguém durante a produção</p><p>do desenho.</p><p>50. O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isso? Esta pergunta tenta</p><p>determinar o quanto a ação aparente da pessoa desenhada se aproxima da</p><p>descrição verbal do indivíduo. A questão pode, também, estimular sentimentos de</p><p>pressão ou compulsão. As ações descritas pelo indivíduo, bem como a</p><p>força e o grau em que elas estão de acordo com a representação gráfica,</p><p>podem ser altamente significativas. A ausência de movimento não indica</p><p>necessariamente patologia; a menos que ela seja rígida, excessivamente controlada e</p><p>essencialmente defeituosa.</p><p>51. O que ele (a) está pensando? Esta pergunta pode estimular evidências de</p><p>pensamentos obsessivos e/ou alucinatórios do indivíduo. Se o indivíduo vê a</p><p>pessoa desenhada como um auto-retrato, ele revelará muitas vezes neste ponto</p><p>sentimentos bem desenvolvidos de culpa, raiva, confusão ou ressentimento. Se o</p><p>indivíduo vê a pessoa desenhada como alguém mais, os pensamentos expressos</p><p>podem represen- tar o que esta pessoa pensa dele.</p><p>52. Como ele se sente? Por que? A resposta a esta pergunta normalmente parece</p><p>expressar os sentimentos do indivíduo em relação à situação que envolve a</p><p>pessoa desenhada. A pergunta pode, também, fornecer estímulo suficiente para</p><p>produzir comentários diretos referentes aos sentimentos do indivíduo em relação</p><p>às condições do presente ou a assuntos que ele ainda não foi capaz de</p><p>discutir. Às vezes, a respos- ta "feliz❞ é, simplesmente, uma evasão.</p><p>53. Ent que esta pessoa faz você pensar ou lembrar?</p><p>54. Em que mais? Essas perguntas provocam associações sobre a pessoa dese-</p><p>nhada e sobre relacionamentos interpessoais em geral.</p><p>55. Esta pessoa está bem? Para indivíduos que usam doenças como formas de</p><p>fuga, esta pergunta costuma estimular descrições detalhadas de queixas</p><p>somáticas. Indivíduos com problemas psicossomáticos dificilmente responderão</p><p>afirmativamen- te a esta questão; enquanto que aqueles que fingem ser doentes</p><p>responderão que sim. Em alguns casos, a questão libera hostilidade anteriormente</p><p>reprimida contra a pessoa representada no desenho.</p><p>56. O que nele (a) lhe dá essa impressão? Indivíduos com capacidade intelectual limitada</p><p>costumam dizer que a figura parece bem porque ela não parece doente.</p><p>57. Esta pessoa está feliz? Esta questão muitas vezes precipita expressões de quei- xas,</p><p>medos e ansiedades que tenham sido parcial ou totalmente reprimidos.</p><p>Às vezes ela gera comentários hostis sobre a pessoa representada no desenho. Uma</p><p>resposta afirmativa pode ser uma evasão.</p><p>63</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>58. O que nele (a) lhe dá essa impressão? Muitos indivíduos são compelidos a</p><p>valer-se de seus sentimentos sobre si mesmos para responder a essa questão</p><p>satisfato- riamente.</p><p>59. A maioria das pessoas é assim? Por que? Esta pergunta tenta estabelecer se os</p><p>sentimentos do indivíduo em relação à pessoa, particularmente se eles forem</p><p>desagradáveis ou hostis, são generalizados nas relações interpessoais. A per-</p><p>gunta seguinte "Por que" pode trazer muita informação referente à simpatia e</p><p>empatia do</p><p>indivíduo.</p><p>60. Você acha que gostaria desta pessoa?</p><p>61. Por que? Um indivíduo que se sente maltratado pode lançar-se</p><p>veementemente em defesa dessa pessoa. É improvável que os</p><p>narcisistas respondam negativa- mente a esta questão.</p><p>62. Como está o tempo neste desenho? (período do dia e ano; céu;</p><p>temperatura) Raramente o indivíduo desenhará detalhes que indicam o-tempo, tais</p><p>como pin- gos de chuva ou flocos de neve no desenho da pessoa. Portanto</p><p>a representação gráfica do tempo exige cuidado no inquérito posterior ao</p><p>desenho, e presume-se que seja altamente significativa. A projeção do tempo na</p><p>figura descreve a visão do indivíduo sobre as relações ambientais e</p><p>interpessoais.</p><p>63. De quem esta pessoa o faz lembrar? Por que? Esta pergunta pode trazer a primei-</p><p>ra identificação franca da pessoa. Por outro lado, o indivíduo nomeado aqui</p><p>pode ser a quinta pessoa nomeada pelo sujeito como representada pelo</p><p>desenho. En- quanto tal multiplicidade de identificação é rara, não é incomum que a</p><p>figura da pessoa represente, no mínimo, duas pessoas - o indivíduo e alguém</p><p>mais de significado particular para ele. A explicação do porquê a pessoa</p><p>desenhada o faz lembrar de alguém além do primeiro nome dito é, geralmente,</p><p>reveladora. 64. Do que esta pessoa mais precisa? Por que? Freqüentemente, o</p><p>indivíduo usa o pronome na primeira pessoa do singular para responder a esta</p><p>pergunta. As ques- tões de "necessidades" estão entre as mais produtivas do inquérito</p><p>posterior ao desenho. As necessidades podem ser expressas direta, simbolicamente,</p><p>ou am- bas e podem abranger desde as totalmente físicas às psicológicas mais</p><p>abstratas. 65. Alguém já machucou essa pessoa? Como? Experiências</p><p>traumáticas em relacio- namentos com os outros geralmente são reveladas na</p><p>resposta a esta pergunta. 66. Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer coisa</p><p>desenhada separada da pessoa principal), quem seria? Para todos os desenhos, as</p><p>respostas a esta ques- tão são importantes tanto pelo seu tom negativo ou positivo</p><p>como pela qualidade das associações produzidas.</p><p>67. Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo? Quanto maior a discrepância</p><p>entre aparência objetiva do desenho e a descrição da roupa usada pela pessoa,</p><p>menor é a compreensão da realidade pelo indivíduo. O tipo de roupa pode fornecer</p><p>insigth sobre as necessidades do indivíduo. Por exemplo, o uniforme de um</p><p>gene- ral sugeriria necessidades de status e poder. A completa falta de roupa</p><p>pode indicar um sentimento de desamparo e exposição, ou fortes tendências</p><p>narcisis- tas e exibicionistas. Isso pode, também, expressar um desejo de degradar</p><p>algu- ma outra pessoa ou de colocá-la em uma posição embaraçosa.</p><p>64</p><p>Interpretação</p><p>68. (Peça para o cliente desenhar um sol e uma linha de solo em cada desenho)</p><p>Suponha que o sol seja uma pessoa que você conhece-quem seria? A resposta a</p><p>esta pergunta em cada desenho pode identificar as fontes de calor humano para o</p><p>indivíduo. Entretanto, se o sol desenhado for muito grande, então as pessoas aqui</p><p>identificadas poderão ser aquelas que são percebidas pelo indiví- duo como</p><p>dominadoras. Se ninguém for identificado, o indivíduo pode apresentar</p><p>extrema dificuldade de identificação com os outros.</p><p>:</p><p>65</p><p>है�</p><p>de 10 a 15 minutos a</p><p>duração da sessão do H-T-P) e da preferência individual do psicólogo. Caso a</p><p>pessoa adicio- nal seja solicitada, retire a primeira página do Protocolo de</p><p>interpretação relativa à pessoa. A segunda página é constituída pelo Inquérito</p><p>Posterior ao Desenho (frente) e pela Lista de Interpretação de Conceitos (atrás).</p><p>6</p><p>T</p><p>Administração</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho</p><p>Uma vez que o desenho acromático (feito com o lápis preto) esteja completo, é</p><p>essencial dar ao indivíduo uma oportunidade de definir, descrever e interpretar cada</p><p>desenho e para expressar pensamentos, idéias, sentimentos ou memórias</p><p>associa- dos. A seção do Inquérito Posterior ao Desenho do Protocolo de</p><p>Interpretação sugere algumas perguntas para facilitar esse processo e fornece espaço</p><p>para anotar as respos- tas do indivíduo 2.0 principal objetivo, entretanto, é compreender</p><p>o cliente extraindo o maior número possível de informações sobre o conteúdo e o</p><p>contexto de cada dese- nho. Você deve, portanto, seguir qualquer linha de</p><p>investigação que parecer proveito- sa a esse respeito e que o tempo e o rapport</p><p>com o indivíduo permitam. Todas as posições, detalhes ou relações incomuns entre</p><p>detalhes devem ser anotados e inves- tigados. Qualquer detalhe implícito, como</p><p>componentes básicos escondidos atrás da figura ou que se estendem para além</p><p>da margem da página, devem ser investigados, bern como qualquer aspecto do</p><p>desenho que não estiver claro. Detalhes que forem adicionados durante o inquérito</p><p>também devem ser identificados. Note que, no final da seqüência sugerida na seção</p><p>do Inquérito Posterior ao Desenho, é pedido ao sujeito para desenhar um sol e</p><p>uma linha de base nos desenhos que não possuem esses detalhes.3</p><p>Ao usar o H-T-P, você deve contar com sua experiência e com os princípios bási- cos de</p><p>entrevistas clínicas para determinar o quanto e quando a investigação de uma dada</p><p>característica do desenho é apropriada. Alguns exemplos de verbalizações ou</p><p>detalhes sobre cada desenho cujos esclarecimentos podem produzir materiais clíni-</p><p>cos significativos estão incluídos aqui. (O capítulo 3 inclui um questionário</p><p>expandido com interpretações para cada desenho.)</p><p>Casa</p><p>Você gostaria que esta casa fosse sua? Peça para o indivíduo descrever as dife-</p><p>renças entre a casa desenhada e a casa em que ele mora realmente e pergunte</p><p>qual a probabilidade de ele um dia ter uma casa semelhante à desenhada.</p><p>Qual quarto você escolheria para você? Determine como este se compara com a</p><p>localização do quarto ocupado por ele em sua casa atual.</p><p>Árvore</p><p>Onde esta árvore realmente está localizada? Se a resposta for "na selva" ou "na floresta",</p><p>pergunte sobre o significado da selva ou da floresta para o indivíduo.</p><p>Como está o tempo neste desenho? Se a resposta coincidir exatamente com as</p><p>condições do tempo no momento do questionário, determine se esta é a única influên-</p><p>cia na resposta do indivíduo, ou se há outros fatores determinando a sua resposta.</p><p>Que tipo de vento é esse? Continue sempre explorando, para determinar como o</p><p>indivíduo se sente em relação ao tipo de vento descrito.</p><p>7</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>Casa - Árvore - Pessoa TÉCNICA PROJETIVA</p><p>DE DESENHO</p><p>H-T-P</p><p>Protocolo de</p><p>Interpretação</p><p>Nome:</p><p>Sexo: () Masculino /( ) Feminino Idade: Escolaridade:</p><p>Fonte do Encaminhamento:</p><p>Motivo do Encaminhamento:</p><p>Examinador</p><p>Data:</p><p>Lápis Cor</p><p>OBSERVAÇÕES</p><p>Gerais</p><p>Casa:</p><p>Tempo para começar o desenho</p><p>(Latência):</p><p>Tempo para completar o desenho:</p><p>Árvore: Tempo para começar o</p><p>desenho (Latència):</p><p>Tempo para completar o desenho:</p><p>Pessoa: Tempo para começar o desenho (Latência):</p><p>Tempo para completar o desenho:</p><p>©2002 - Vetor Editora Psico-Pedagógica</p><p>Ltda.</p><p>© 1992 - Western Psychological</p><p>Services</p><p>É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por</p><p>qualquer meio existente</p><p>e para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores.</p><p>Figura 1</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>8</p><p>Samkomakarva kandundjai tur kas gone a mha</p><p>Administração</p><p>INQUERITO POSTERIOR AO DESENHO</p><p>Para encurtar o inquérito dos desenhos coloridos, você deve fazer apenas as questões</p><p>indicadas por</p><p>CASA</p><p>1.* Quantos andares tem esta casa? (Esta casa tem um andar</p><p>superior?)}</p><p>2.</p><p>De que esta casa é feita?</p><p>3.* Esta é a sua própria casa? De quem ela é?</p><p>4.</p><p>Em que casa você estava pensando enquanto estava</p><p>desenhando?</p><p>5.</p><p>Você gostaria que esta casa fosse sua? Por</p><p>que?</p><p>6.* Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você</p><p>escolheria para</p><p>você? Por que?</p><p>7.* Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por que?</p><p>8.</p><p>Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe?</p><p>9.</p><p>Quando você olha para esta casa, você tem a impressão de que ela está acima, abaixo ou no mesmo</p><p>nível do que você?</p><p>10. Em que esta casa faz você pensar ou</p><p>lembrar?</p><p>11. Em que mais?</p><p>12. É um tipo de casa feliz,</p><p>amigável?</p><p>13. O que nela the dá essa impressão?</p><p>14. A maioria das casas são assim? Por que você acha isso?</p><p>15.* Como está o tempo neste desenho? (Período do dia e do ano; céu;</p><p>temperatura)</p><p>16. De que tipo de tempo você gosta?</p><p>17. De quem esta casa o faz lembrar? Por</p><p>que?</p><p>18.* Do que esta casa mais precisa? Por que?</p><p>19." Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da casa), quem</p><p>seria?</p><p>20. A que parte da casa esta chaminé está ligada?</p><p>21. Inquérito da planta dos andares. (Desenhe uma planta dos andares com os nomes, ex., Que cômo-</p><p>do é representado por cada janela? Quem geralmente está</p><p>lá?)</p><p>ÁRVORE</p><p>22.* Que tipo de árvore é esta?</p><p>23. Onde esta árvore realmente está localizada?</p><p>24.* Mais ou menos qual a idade desta árvore?</p><p>25.* Esta árvore está viva?</p><p>26. O que nela lhe dá a impressão de que ela está</p><p>viva?</p><p>27. O que provocou a sua morte? (se não estiver</p><p>viva)</p><p>28. Ela voltará a viver?</p><p>29. Alguma parte da árvore esté morta? Qual parte? O que você acha que causou a sua morte?</p><p>Hå</p><p>quanto tempo ela está morta?</p><p>30.* Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher?</p><p>31. O que nela lhe dá essa impressão?</p><p>32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma árvore, para onde ela estaria</p><p>virada?</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>:</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>33. Esta árvore está sozinha ou em um grupo de</p><p>árvores?</p><p>34. Quando você olha para esta árvore, você tem a impressão de que ela está acima, abaixo ou</p><p>no</p><p>mesmo nivel do que você?</p><p>35.* Como está o tempo neste desenho? (Período do día e ano; céu; temperatura)</p><p>36.* Há algum vento soprando? Mostre-me em que direção ele está soprando. Que tipo de</p><p>vento é esse?</p><p>37. O que esta árvore faz você lembrar?</p><p>38. O que mais?</p><p>39. Esta árvore è saudável? O que nela lhe dá essa</p><p>impressão?</p><p>40. Esta árvore è forte? O que nela lhe dá essa impressão?</p><p>41. De quem esta árvore faz você lembrar?</p><p>42.* Do que esta árvore mais precisa? Por que?</p><p>43. Alguém já machucou esta árvore? Como?.</p><p>44.* Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da árvore),</p><p>quern ele</p><p>poderia ser?</p><p>PESSOA</p><p>45.* Esta pessoa é um homem ou uma mulher? (menino ou menina)?</p><p>46.* Quantos anos ele (a) tem?</p><p>47.* Quem é ele (a)?</p><p>48. Ele (a) é um parente, um amigo ou o que?</p><p>49. Em quem você estava pensando enquanto estava desenhando?</p><p>50.* O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo</p><p>isso?</p><p>51. O que ele (a) está pensando?</p><p>52. Como ele (a) se sente? Por que?</p><p>53.* Em que a pessoa faz você pensar ou</p><p>lembrar?</p><p>54. Em que mais?</p><p>55. Esta pessoa está bem?</p><p>56. O que nele (a) lhe dá essa impressão?</p><p>57. Esta pessoa está feliz?</p><p>58. O que nele (a) the dá essa</p><p>impressão?</p><p>59. A maioria das pessoas é assim? Por que?</p><p>60. Você acha que gostaria desta pessoa?</p><p>61. Por que?</p><p>62. Como está o tempo neste desenho? (Período do dia e ano; céu; temperatura)</p><p>63. De quem esta pessoa</p><p>o faz lembrar? Por</p><p>que?</p><p>64.* Do que esta pessoa mais precisa? Por que?</p><p>65. Alguém já machucou esta pessoa? Como?</p><p>66.* Se "isto" fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da pessoa), quem</p><p>seria?</p><p>67.* Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?</p><p>68. (Peça para o cliente desenhar um sol e uma linha de solo em cada</p><p>desenho)</p><p>Suponha que o sol fosse uma pessoa que você conhece - quern seria?</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>10</p><p>i</p><p>Administração</p><p>LISTA DE CONCEITOS INTERPRETATIVOS</p><p>Verifique características incomuns que possam indicar sinais de patologia ou potencial para patolo- gia</p><p>quando consideradas em combinação com a história do paciente, problemas apresentados e</p><p>respos- tas a outros instrumentos de avaliação. Os conceitos interpretativos listados não são exaustivos e</p><p>constituem apenas linhas gerais de orientação. Interpretações clínicas devem ser</p><p>baseadas na experiên- cia clínica e nos conhecimentos do Manual do H-T-P ou de outros materiais</p><p>publicados.</p><p>CASA</p><p>Características Normais (circule</p><p>"S" se estiver na faixa normal)</p><p>S/N Tempo 10-12 minutos,</p><p>latência</p><p>in- ferioridade</p><p>Distância: refraimento Posição/apresentação - perfil completo ou de costas: reiral- mento, paranóia Postura grotesca: psicopatolo- gia</p><p>severa</p><p>Mistura de perfil e frente: orga-</p><p>nicidade, retardamento, psicose</p><p>Linha de solo: necessidade de segurança,</p><p>ansiedade „Transparências:</p><p>orientação po- bre para a</p><p>realidade; psicose se representar</p><p>órgãos internos. Não incomum em</p><p>crianças pe- quenas Movimento Outros</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>12</p><p>Administração</p><p>Detalhes</p><p>CASA</p><p>Excessivos: obsessividade com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas</p><p>Bizarros: psicose; Comum emn</p><p>crianças pequenas</p><p>Detalhes Essenciais: uma pa- rede, telhado, porta,</p><p>janela, cha- miné Comumente omitida</p><p>em crianças pequenas</p><p>„Antropomórficos: regressão,</p><p>organicidade; Não incomum em</p><p>crianças Chaminé</p><p>Enfase: preocupações se- xuais</p><p>Omissão: falta de calor no lar Furnaça excessiva:</p><p>tensão in- tensa no lar</p><p>Em ângulo reto: regressão; Não</p><p>incomum em crianças Porta</p><p>Ausência: inacessibilidade,</p><p>isolamento Grande:</p><p>dependência” Pequena:</p><p>reserva, inade- quação,</p><p>indecisão</p><p>Com dobradiça / fechadura: atitude defensiva</p><p>Aberta: necessidade de calor Omissões: conflito relativo à</p><p>parte omitida Telhado</p><p>Enfase: introversão, fantasia Apenas telhado: psicose</p><p>Linha simples: constrição</p><p>Beiral enfatizado: descon- fiança</p><p>Paredes</p><p>Firtas ou tracas: limites do ego fracos</p><p>Enfase: esforço para man- ter o controle do ego</p><p>Ausência: contato pobre com a</p><p>realidade Perspectiva dupla:</p><p>regressão Não incomum em</p><p>crianças pequenas</p><p>Transparentes: Comum em crianças pequenas</p><p>Enfase horizontal: pressões</p><p>ambientals</p><p>Enfase vertical: contato po- bre com a realidade,</p><p>preo- cupações sexuais;</p><p>Comum em crianças pequenas</p><p>Detalhes</p><p>ÁRVORE</p><p>Excessivos: obsessividade com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas</p><p>Bizarros: psicose; Comum em</p><p>crianças pequenas Detalhes</p><p>Essencials: tronco e pelo menos um</p><p>galho</p><p>Galhos</p><p>Excessivos: compensação, mania</p><p>Muito altos: esquizoldia</p><p>Quebrados/mortos:</p><p>possibili- dade de suicidio,</p><p>impotência Cobertos de</p><p>algodão: culpa Como espelho</p><p>das raízes: psicose Copa</p><p>Em forma de nuvens: fantasia</p><p>Rabiscada: labilidade Achatada:</p><p>pressão do am- biente, negação</p><p>Linha de solo</p><p>Árvore desenhada numa de-</p><p>pressão da linha do solo: in-</p><p>capacidade</p><p>Árvore desenhada no topo de uma colina: grandiosidade, isolamento</p><p>Buraco de fechadura, "Nigg`s": oposição, hostili- dade</p><p>Omissões: conflito relativo à parte omitida</p><p>„Dividida: psicose, organici-</p><p>dade</p><p>Tronco</p><p>Base larga: dependência</p><p>Longo: regressão, inade-</p><p>quação</p><p>Cicatrizes: trauma Unidimensional:</p><p>organicidade Animais:</p><p>regressão; Comum em crianças</p><p>pequenas Enfase vertical:</p><p>contato com a realidade</p><p>pobre, preocu- pações sexuais;</p><p>Comum em crianças pequenas</p><p>Base estreita: perda de con-</p><p>trole Tipo</p><p>Frutífera ou de Natal: depen- dência, imaturidade; Co- mum em crianças pequenas Morta: distúrbios</p><p>severos Árvore com muda:</p><p>regressão</p><p>Detalhes</p><p>PESSOA</p><p>Excessivos: obsessividade com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em</p><p>crianças pequenas Bizarros:</p><p>psicose; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Detalhes Essenciais: cabeça, tronco, braços, pernas, traços facials. Omissão de partes do corpo são comuns em crianças</p><p>pequenas. -</p><p>Braços</p><p>Énfase: grande</p><p>necessidade de realização,</p><p>agressão, punição se não for</p><p>desenha- da a própria pessoa</p><p>Multo finos: dependência,</p><p>organicidade</p><p>Omilidos - muito pequenos -</p><p>ocultos: culpa, inadequa- ção,</p><p>rejeição se não for de- senhada a</p><p>própria pessoa Em forma de asa:</p><p>esquizoidia -Cabeça</p><p>Grande: regressão, grandio- sidade Comum em crianças pequenas</p><p>Pequena: inadequação Irregular ou não ligada: orga- nicidade, psicose</p><p>Apenas de costas: paranoia</p><p>Desenhada por último: psi-</p><p>copatologia severa</p><p>Traços facials</p><p>Omitidos ou leves: retrai- mento</p><p>Ênfase: dominação social compensatória</p><p>Perfil: paranóia</p><p>De animal ou bizarros: psi-</p><p>cose</p><p>Sombreamento ou outra cor que não seja a cor da pele: psicopatologia severa</p><p>-Olhos</p><p>Enfase: parandia</p><p>Pequenos - fechados -</p><p>omitidos: introversão,</p><p>voyeurismo</p><p>Pupilas omitidas: conta- to pobre com a realida- de; Comum em crianças pequenas Orelhas</p><p>Éntase excessiva: para-</p><p>nóía, alucinações audi- tivas</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>13</p><p>:</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>CASA</p><p>Detalhes (continuação)</p><p>Janelas</p><p>Enfase: ambivalência social</p><p>Ausência: retraimento</p><p>Muitas: exibicionismo</p><p>Abertas: controle do ego</p><p>pobre</p><p>Sem vidraça: hostilidade</p><p>..</p><p>Detalhes Não Essenciais Enfase</p><p>nas cortinas: retraimen- to, evasão</p><p>Enfase nas calhas; defesa, des-</p><p>confiança</p><p>Venezianas fechadas: retrai-</p><p>mento</p><p>Quiros</p><p>ÁRVORE</p><p>Detalhes (continuação)</p><p>Vento soprando: pressões</p><p>ambientais</p><p>Detalhes Não Essenciais Énfase na casca da árvore: an- siedade, depressão; meticulosi- dade:</p><p>obsessividade compulsiva Folhas soltas:</p><p>falha nos meca- nismos de superar</p><p>dificuldades Grandes:</p><p>compensação Raízes ornitidas:</p><p>insegurança; gar- ras: parandia; finas/</p><p>chão trans- parente/ mortas: contato</p><p>pobre com a realidade,</p><p>organicidade Trepadeiras: perda de</p><p>controle Frutas: dependência,</p><p>rejeição se estiverem caindo; Comum</p><p>em crianças pequenas Outros</p><p>PESSOA</p><p>Detalhes (continuação)</p><p>Боса</p><p>Értase: dependência;</p><p>Co- mum em crianças pe-</p><p>quenas</p><p>Omitida: agressão oral, depressão</p><p>Dentes: agressão</p><p>Nariz</p><p>Êntase: preocupações</p><p>se-</p><p>xuais; Comum em crian-</p><p>ças pequenas</p><p>Gênero</p><p>Oposto desenhado primeiro:</p><p>conflito com a identificação</p><p>do gênero Pernas</p><p>Omitidas, diminuídas, corta- das: desamparo, perda de autonomia</p><p>Posição juntas: rigidez, tensão</p><p>Posição afastadas:</p><p>agressão Posição instável:</p><p>insegu- rança, dependência</p><p>Omissões: conflito relativo à parte</p><p>omitida</p><p>Tronco e corpo aberto, frag-</p><p>mentado ou omitido: psicopa-</p><p>tologia severa, organicidade;</p><p>Comum em crianças pe-</p><p>quenas</p><p>Seios: imaturidade Linha mediana</p><p>vertical; infe- rioridade,</p><p>dependência Ombros</p><p>quadrados ou enfa. tizados:</p><p>hostilidade</p><p>Linha da cintura enfatizada: conflito sexual; Comum em crianças pequenas Apertada: explosividade Detalhes Não Essenciais</p><p>-Roupas</p><p>Muita ou pouca roupa: narcisis-</p><p>mo, desajustamento sexual</p><p>Énfase em botões: imaturi-</p><p>dade; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Genitals desenhados: pato- logia, a não ser para crian- ças muito novas; Comum em estudantes de artes ou em adultos em psicanálise Pes</p><p>Omitidos ou cortados: de- samparo, perda de autono- mia, preocupações sexuais Dedos dos pés em figura vestida: agressão</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>14</p><p>Administração</p><p>CASA</p><p>ÁRVORE</p><p>Detalhes irrelevantes Nuvens,</p><p>sombras: ansiedade Montanhas:</p><p>defensividade</p><p>Degraus e caminhos longos ou estreitos: retraimento</p><p>Arbustos excessivos: insegu-</p><p>rança</p><p>Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comumem</p><p>crianças pequenas Dimensão do</p><p>Detalhe</p><p>Planta dos andares desenhada: conflito severo, paranoia,</p><p>orga- nicidade</p><p>Sombreamento do Detalhe Excessivo:</p><p>ansiedade „Seqüência do Detalhe:</p><p>normal</p><p>é telhado, paredes, porta, jane- la; ou linha de solo,</p><p>paredes, telhado</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener- gia, organicidade</p><p>Leve hesitação, medo, insegu- rança, força do ego</p><p>fraca Fragmentação/dificuldade</p><p>com ângulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos, fumaça,</p><p>cercas; azul, azul-verde: fundo, câu,</p><p>corti- nas; marrom paredes; verde:</p><p>te- Ihado, grama; laranja: laranjas;</p><p>violeta: cortinas; vermelho: cha- miné,</p><p>tijolos, maçãs, cerejas; amarelo: sol,</p><p>flores; amarelo-ver- de: paisagem, grama</p><p>4</p><p>Detalhes irrelevantes</p><p>Nuvens, sombras: ansiedade Arbustos excessivos: insegu- rança Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comum em crianças pequenas Dimensão do Detalhe Unidimensional: recursos infe-</p><p>riores para busca de satisfação</p><p>Bidimensional não fechado: per-</p><p>da de controle</p><p>„Seqüência do Detalhe: Excessivo:</p><p>ansiedade „Seqüência do Detalhe:</p><p>normal</p><p>é tronco, galho, folhas; ou parte</p><p>superior, galhos, tronco</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener gia, organicidade</p><p>Leve: hesitação, medo, insegu- rança, força do ego fraca Fragmentação/dificuldade</p><p>com ângulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos; azul, azul-verde. fundo, céu; marrom: tronco; ver- de</p><p>folhas, grama; faranja: laran- jas;</p><p>vermelho: maçãs, cerejas; amarelo:</p><p>sol, flores; amarelo-ver- de: paisagem,</p><p>grama</p><p>PESSOA</p><p>Detalhes Não Essenciais (conti-</p><p>nuação)</p><p>Cabelo</p><p>Enfatizado ou omitido: pre-</p><p>ocupações sexuais</p><p>-Mãos/dedos</p><p>Luvas: agressividade repri-</p><p>mida</p><p>Pontiagudos: "acting out"</p><p>Pétalas: imaturidade</p><p>Pescoço</p><p>Enfase: necessidade de con- trole</p><p>Muito fino: psicose</p><p>Omitido: impulsividade Outros</p><p>Detalhes irrelevantes</p><p>Bengalas, espadas, armas:</p><p>agressão, preocupação sexual Outros</p><p>Detalhes Bizarros Comum em</p><p>crianças pequeñas</p><p>Dimensão do Detalhe</p><p>Sombreamento do Detalhe:</p><p>Excessivo: ansiedade</p><p>Seqüência do Detalhe: (geral-</p><p>mente primeiro cabeça e face)</p><p>Qualidade da Linha</p><p>Forte: tensão, ansiedade, ener-</p><p>gia, organicidade</p><p>Lave: hesitação, medo, insegu-</p><p>rança, ego fraco</p><p>Fragmentação/dificuldade com</p><p>Angulos: organicidade Outros</p><p>Uso Convencional das Cores Preto: contornos, cabelo; azul, azul-verde, fundo, céu, olhos; mar- rom: cabelo, roupas; verde: sué- teres, grama;</p><p>laranja: suéteres; violeta: cachecol,</p><p>roupas meno- res; vermelho: lábios,</p><p>suéters, ves- tidos, cabelo; rosa:</p><p>pele, roupa; amarelo: sol, cabelo;</p><p>amarelo-ver- de, grama</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>15</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>CASA</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>Escolha da cor: distúrbio geral Combinações</p><p>Bizarras: distúrbio</p><p>sério</p><p>Cor usada apenas para contor- no:</p><p>superficialidade, reserva,</p><p>oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>__Diferenças muito grande de ta-</p><p>manho ou qualidade em relação aos</p><p>desenhos acromáticos: ca- pacidade</p><p>para permitir afeto Cor fora dos</p><p>contornos: impul- sividade,</p><p>imaturidade, organici- dade</p><p>Uso extremamente incomum de cores:</p><p>distúrbios gerais. Relácio-</p><p>nar</p><p>Outros</p><p>ÁRVORE</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>Escolha da cor, distúrbio geral</p><p>„Combinações Bizarras: distúrbio</p><p>sério</p><p>Cor usada apenas para contor- no: superficialidade, reserva, oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>Diferenças muito grande de ta- manho ou qualidade em relação aos desenhos acromáticos:</p><p>ca- pacidade para permitir afeto Cor</p><p>fora dos contornos: impul- sividade,</p><p>imaturidade, organici- dade</p><p>Uso extremamente incomum de cores:</p><p>distúrbios gerais. Relacio-</p><p>nar Outros</p><p>PESSOA</p><p>Uso Geral das Cores</p><p>Escolha da cor: distúrbio geral _____Combinações Bizarras; distúrbio</p><p>sério</p><p>Cor usada apenas para contor- no: superficialidade, reserva, oposição</p><p>Branco usado como cor: aliena- ção</p><p>Diferenças muito grande de la-</p><p>manho ou qualidade em relação</p><p>aos desenhos acromáticos: ca-</p><p>pacidade para permitir afeto</p><p>Cor fora dos contornos: impul-</p><p>sividade, imaturidade, organici-</p><p>dade</p><p>Uso extremamente incomum de</p><p>cores: distúrbios gerais. Relacio-</p><p>nar</p><p>Outros</p><p>Síntese Interpretativa:</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>16</p><p>སཾ</p><p>+</p><p>مواليد</p><p>Árvore</p><p>t</p><p>HW</p><p>t</p><p>Administração</p><p>Centro Exato</p><p>(ALTO)</p><p>Árvore e Pessoa</p><p>(ALTO)</p><p>Posicione essa página sobre os dese- nhos. Alinhe as margens verticais para avaliar a localização horizontal, alinhe as</p><p>margens horizontais para avaliar a</p><p>localização vertical. Use réguas para</p><p>avaliar o tamanho da imagem e do de-</p><p>talhe.</p><p>Pessoa</p><p>Centro Exato</p><p>7</p><p>(ALTO)</p><p>t</p><p>(ALTO)</p><p>Casa ↑</p><p>(ALT</p><p>O)</p><p>Casa</p><p>↑</p><p>Centro Exato</p><p>5</p><p>LA</p><p>Figura 1 (continuação)</p><p>Exemplo de um Protocolo de Registro do H-T-P</p><p>17</p><p>:</p><p>Centro Exato</p><p>?</p><p>H-T-P - Manual e Guía de Interpretação</p><p>Esta árvore é saudável? Esta árvore é forte? Se o indivíduo não conseguir respon- der,</p><p>peça-lhe para desenhar a estrutura da raiz da árvore, caso ele ainda não a tenha</p><p>desenhado e faça uma anotação do pedido.</p><p>Pessoa</p><p>O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isto?” Se a resposta for"</p><p>“está apenas ali", pergunte onde é "all", e o que possivelmente a pessoa estava</p><p>fa- zendo ou irá fazer. Caso a resposta for "andando" ou outro movimento, pergunte</p><p>aonde a pessoa está indo e o que ela irá fazer ao chegar lá. Se a resposta for</p><p>"eu não sei" ou "isto é só um desenho”, ajude o indivíduo a se envolver na projeção</p><p>sugerindo- lhe que conte uma história sobre a pessoa do desenho ou pergunte o</p><p>que a pessoa do desenho parece estar fazendo.</p><p>Como ele (a) se sente? Pergunte sempre "Por que?", a menos que haja razões</p><p>para crer que essa pergunta comprometerá seriamente o rapport.</p><p>O que nesta pessoa lhe dá a impressão de que ela está feliz (triste, brava etc.)?</p><p>Se a resposta for uma simples descrição de uma expressão facial ("ele [a] está</p><p>sorrin- do"), pergunte do que a pessoa está rindo e com que freqüência esta</p><p>pessoa dese- nhada sente-se dessa maneira.</p><p>13 *</p><p>Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?" Se a pessoa desenhada estiver</p><p>nua, pergunte porque ela está nua e se ela se sente à vontade.</p><p>Lista de Conceitos Interpretativos</p><p>Uma vez que a sessão de desenhos e o Inquérito Posterior ao Desenho tiverem</p><p>terminado, vire para a página da Lista de Conceitos Interpretativos do Protocolo</p><p>de Interpretação. E apresentada uma lista de características para cada desenho.</p><p>Inicial- mente, veja a seção de Características Normais da lista e marque S (Sim)</p><p>para aque- las que se aplicam a cada desenho. A seguir marque todas as pausas</p><p>incomuns, comentários ou outros comportamentos diferentes anotados enquanto os</p><p>desenhos estavam sendo feitos na seção de Observações Gerais na primeira</p><p>página do Proto- colo. Depois, marque os aspectos de proporção, perspectiva,</p><p>detalhes e cor (para os desenhos coloridos) que estejam presentes nos desenhos e</p><p>que possam indicar a presença de patologia.</p><p>Uma régua é fornecida na parte de trás do protocolo de desenho para ajudá- lo a</p><p>avaliar as variações na proporção, perspectiva e tamanhos de detalhes*.</p><p>Também são fornecidas marcações para ajudar a avaliar a localização do</p><p>desenho na página. Por exemplo, na Figura 1 está localizado no ponto da</p><p>página em que geralmente a casa é centralizada na vertical, e 6 indica o centro</p><p>horizontal comum da casa. Colo- cando o desenho sob a página de trás do Protocolo</p><p>de interpretação com as margens horizontais alinhadas e a seta apontando na</p><p>direção do topo do desenho, o grau de</p><p>*</p><p>Crivo de Avaliação em Anexo.</p><p>18</p><p>t</p><p>Administração</p><p>variação da localização vertical normal da casa pode ser medido. Quando as</p><p>mar- gens verticais do desenho e do protocolo estiverem alinhadas, a</p><p>localização horizon- tal do desenho pode ser medida. Marcações similares são</p><p>fornecidas para os desenhos da árvore e da pessoa e para o centro real da página.</p><p>(Note que no Protocolo de Interpretação do Desenho da pessoa, a régua e</p><p>marcações de centralização estão localizadas na página do Inquérito Posterior ao</p><p>Desenho).</p><p>Algumas hipóteses clínicas comuns relacionadas para cada característica dos de- senhos</p><p>são apresentadas na Lista de Conceitos. Interpretativos Esses conceitos e ilustrações</p><p>de casos relacionados podem ser encontrados no índice deste Manual, para</p><p>facilitar a revisão do texto relacionado. A Lista de Conceitos Interpretativos é apenas</p><p>um guia para a estabelecimento de hipóteses clínicas. O grau de certeza com o qual</p><p>uma hipótese particular pode ser aplicada em um dado indivíduo irá, sempre,</p><p>depender de informação adicional como a história do paciente, problemas</p><p>apresenta- dos e resultados de procedimentos de avaliação adicionais. Sua</p><p>experiência clínica, ou a de seu supervisor, o conhecimento do Manual do H-T-P e o</p><p>conhecimento da literatura</p><p>sobre interpretação projetiva de desenhos sempre irão</p><p>modificar sua inter- pretação dos desenhos e a apresentação dos resultados no H-T-</p><p>P.</p><p>*</p><p>Desenhos Coloridos</p><p>Considera-se que os Desenhos coloridos feitos após os desenhos acromáticos e</p><p>o Inquérito Posterior ao Desenho evocam um nível mais profundo de</p><p>experiência do que os desenhos acromáticos (veja o capítulo 5). Se os desenhos</p><p>coloridos forem feitos, peça primeiro ao indivíduo para nomear as cores dos</p><p>crayons disponíveis. Anote qualquer indicação de daltonismo no Protocolo de</p><p>Interpretação e considere o encaminhamento para um teste mais formal. Depois,</p><p>marque no local indicativo de "Cores" na primeira página do protocolo de</p><p>Interpretação.</p><p>Solicite os desenhos da casa, árvore e pessoa da mesma maneira e com as mes-</p><p>mas instruções dadas para os desenhos acromáticos. Da mesma forma que durante os</p><p>desenhbs acromáticos o tempo e as observações de comportamento devem ser</p><p>anotadas no Protocolo de Interpretação,</p><p>Como nos desenhos acromáticos, o principal objetivo é obter o maior número pos-</p><p>sível de informações esclarecedoras sobre o conteúdo e o contexto de cada</p><p>desenho. Entretanto, para diminuir o tempo e o cansaço, você pode fazer</p><p>apenas as perguntas do Inquérito Posterior ao Desenho que estão marcadas com um</p><p>asterisco (*). Além disso, pergunte para o examinando sobre as diferenças</p><p>significativas entre os dese- nhos acromáticos e cromáticos, e sobre o significado no</p><p>tratamento de detalhes inco- muns ou bizarros ou de suas omissões.</p><p>Use a Lista de Conceitos Interpretativos para os desenhos coloridos da mesma maneira</p><p>que para os desenhos acromáticos. Para a avaliação dos desenhos colori- dos</p><p>é fornecida uma lista dos usos convencionais das cores. Uma seção adicional da lista,</p><p>"Usos Gerais de Cores", deve ser usada para observar as características de cores</p><p>específicas do desenho que podem estar associadas com psicopatologia.</p><p>19</p><p>7</p><p>3</p><p>INTERPRETAÇÃ</p><p>O</p><p>O material obtido durante a sessão dos desenhos do H-T-P não será "avaliado" pelo senso</p><p>comum. O Protocolo de Interpretação do H-T-P pretende ser apenas um</p><p>instrumento para ajudar o clínico a concentrar-se mais nas características relevantes</p><p>dos desenhos do cliente para desenvolver uma interpretação clínica. O material deste</p><p>capítulo e do capítulo 4 pretende orientar o desenvolvimento de hipóteses</p><p>interpreta- tivas sobre o significado clínico dos desenhos de um cliente; estas</p><p>hipóteses nunca devem ser usadas isoladamente no diagnóstico da psicopatologia.</p><p>Uma vez formula- das, entretanto, elas podem ser combinadas com a história</p><p>clínica completa e com instrumentos padronizados de avaliação adicionais para</p><p>aprofundar a compreensão clínica das pressões intrapessoais, interpessoais e</p><p>ambientais do cliente. Todos os relatórios e discussões dos resultados do H-T-P devem ser</p><p>baseados em conheci- mentos teóricos e de pesquisas introduzidos no capítulo 5, na</p><p>experiência clínica prática e em conhecimentos da literatura relevante sobre a</p><p>interpretação projetiva de desenhos.</p><p>Este capítulo está dividido em quatro seções. A primeira seção dá instruções</p><p>gerais sobre a avaliação de desenhos. A segunda seção, Aspectos Gerais dos</p><p>Desenhos, relaciona os conceitos interpretativos comumente usados para</p><p>avaliar observações gerais de comportamento, características de desenhos e material</p><p>de entrevista perti- nente a todos os três desenhos do H-T-P. A terceira seção,</p><p>Características do Dese- nho Específicas da Figura, descreve as características</p><p>específicas de cada figura e discute seu possível significado clínico; o material do</p><p>Inquérito Posterior ao Desenho específico de cada figura também está incluído. A</p><p>quarta seção, Ilustrações de Ca- sos, apresenta casos como exemplos da análise</p><p>integrada das características obser- vadas no desenho, as respostas do Inquérito</p><p>Posterior ao Desenho, a história clínica do paciente e os resultados de outros</p><p>instrumentos de avaliação. Resumos de casos para indivíduos cujos desenhos</p><p>estão incluídos neste capítulo, mas cujos casos não fo- ram discutidos na seção</p><p>Ilustrações de Casos podem ser encontrados no Apêndice A. Os clínicos que</p><p>estiverem sendo treinados no uso da Técnica do H-T-P podem con- siderar útil</p><p>preencher as Listas de Conceitos Interpretativos para cada conjunto de</p><p>į</p><p>H-T-P</p><p>Manual e Guia de Interpretação</p><p>desenhos ilustrativos antes de fazerem a leitura das histórias de casos e o comentário do</p><p>desenho fornecidos neste Manual.</p><p>Avaliação do Desenho</p><p>Examinar o desenho em relação à localização, ao tamanho, à orientação e</p><p>à qua- lidade geral, bem como os desvios nas áreas gerais apresentadas na lista de</p><p>caracte- rísticas do desenho que tenham algum possível significado clínico. Um</p><p>exemplo de desenho da casa é apresentado na Figura 2. Faça um sinal (✔) próximo a</p><p>qualquer área em que as características do desenho pareçam ser</p><p>desviantes (Figura 3). Con- sulte as seções interpretativas neste capítulo para</p><p>avaliar o possível significado deste aspecto do desenho para o indivíduo em</p><p>questão. Por exemplo, na Figura 2, a chami- né foi primeiramente desenhada</p><p>muito grande, depois apagada e redesenhada em tamanho menor e com um</p><p>ângulo peculiar. Após consultar o item Capacidade Crítica e Rasuras na seção</p><p>Aspectos Gerais do Desenho deste capítulo, pode ser visto que, como não há outras</p><p>rasuras nesta figura, não foi feito um sinal em "Rasura" na Figura 3. Um sinal foi</p><p>colocado ao lado de "Enfase no Detalhe", porque a chaminé foi enfati- zada pela</p><p>rasura e pela diminuição na qualidade do detalhe refeito. A categoria "Cha-</p><p>miné" na seção "Detalhes Essenciais” da lista foi marcada. Você pode, agora,</p><p>consultar a seção da chaminé da seção Características do Desenho</p><p>Específicas da Figura para interpretar as hipóteses associadas a este aspecto do</p><p>desenho. Uma vez que cada figura tenha sido avaliada desta maneira, avalie as</p><p>respostas do Inquérito Pos- terior ao Desenho (veja Figura 4), a consistência da</p><p>qualidade de figura para figura, a história e a idade do cliente (veja capítulo 4) e</p><p>os resultados de quaisquer outros procedimentos de avaliação disponíveis para</p><p>formular uma análise apropriada da sessão de desenho.</p><p>Aspectos Gerais do Desenho</p><p>Atitude</p><p>A atitude do indivíduo para com o H-T-P fornece uma medida grosseira sobre a sua</p><p>disposição global para rejeitar uma tarefa nova e, talvez, difícil. A atitude comum é de</p><p>uma aceitação razoável. Os desvios variam entre dois extremos: (a) da aceita- ção</p><p>total ao hiperegotismo1, e (b) da indiferença, derrotismo e abandono à rejeição</p><p>aberta. Raramente os sentimentos de impotência do indivíduo com distúrbios orgâni-</p><p>cos, quando se deparam com uma tarefa que exige criatividade, levarão o indivíduo a</p><p>rejeitar completamente o H-T-P. Da mesma forma, dificilmente um indivíduo hostil irá</p><p>E</p><p>1</p><p>Egotismo - Tendência em pensar apenas em si mesmo e considerar a si mesmo melhor e mais</p><p>importante do que as outras pessoas. Tendência a monopolizar a atenção, mostrando desconsideração</p><p>pelas opiniões alheias.</p><p>22</p><p>Interpretação</p><p>recusar de maneira direta a realização do H-T-P, ainda que possam rejeitar todas as</p><p>outras tentativas de um exame psicológico formal.</p><p>A atitude em relação a cada desenho será influenciada pelas associações desper-</p><p>tadas pelo objeto do desenho. Normalmente o desenho mais rejeitado é o da</p><p>pessoa. Há uma série de razões para isso: (a) muitos indivíduos desajustados têm</p><p>suas maio- res dificuldades nas relações interpessoais; (b) o desenho da figura</p><p>humana parece despertar mais associações no nível consciente ou próximas da</p><p>consciência do que os desenhos da casa ou da árvore; e (c) a consciência corporal</p><p>acentuada torna os indivíduos desajustados pouco à vontade.</p><p>Tempo, Latência, Pausas</p><p>O tempo despendido para completar os</p><p>desenhos pode fornecer informações</p><p>valio- sas acerca dos significados dos objetos desenhados e de suas partes</p><p>respectivas para o indivíduo. Geralmente, o número de detalhes e seu método de</p><p>apresentação devem justificar o tempo gasto para a produção dos</p><p>desenhos; os três desenhos levam, normalmente, entre 2 e 30 minutos para</p><p>serem completados. Aqueles que desenham com rapidez incomum parecem fazê-lo</p><p>para se livrarem de uma tarefa desagradável. Os que levam um tempo excessivo</p><p>em um desenho podem fazê-lo devido a sua relutância em produzir algo, ou por</p><p>causa do significado emocional in- tenso do símbolo envolvido ou ambos.</p><p>Indivíduos maníacos podem demorar um grande intervalo de tempo em função</p><p>da riqueza de detalhes irrelevantes desenhados. Os obsessivo-compulsivos</p><p>também levam muito tempo por causa da sua tendência para produzir</p><p>meticulosamente todos os detalhes relevantes. Se um indivíduo não come- çar</p><p>a desenhar dentro de 30 segundos após receber as instruções, o potencial para</p><p>psicopatologia está presente. Um atraso sugere forte conflito; durante o</p><p>inquérito pos- terior ao desenho o examinador deve tentar identificar os fatores que</p><p>produziram esse conflito.</p><p>Quando o indivíduo fizer uma pausa de mais do que 5 segundos em cada dese- nho, um</p><p>conflito é fortemente sugerido. A parte do objeto que estiver sendo desenha- da, tiver</p><p>acabado de ser desenhada ou que for desenhada em seguida pode representar a</p><p>origem do conflito; esta área deve ser investigada durante o inquérito. Pausas du-</p><p>rante comentários ou respostas durante a fase de inquérito também devem ser</p><p>inves- tigadas.</p><p>t</p><p>23</p><p>:</p><p>CASA</p><p>H-T-P - Manual e Guia de Interpretação</p><p>FE</p><p>Figura 2</p><p>Exemplo de Desenho da Casa</p><p>24</p><p>Interpretação</p><p>LISTA DE CONCEITOS INTERPRETATIVOS</p><p>Verifique características incomuns que possam indicar sinais de patologia ou potencial para patolo- gia</p><p>quando consideradas em combinação com a história do paciente, problemas apresentados e</p><p>respos- tas a outros instrumentos de avaliação. Os conceitos interpretativos listados não são</p><p>exaustivos e constituem apenas linhas gerais de orientação, Interpretações clínicas devem ser</p><p>baseadas na experiên- cia clínica e nos conhecimentos do Manual do H-T-P ou de outros materiais</p><p>publicados.</p><p>CASA</p><p>Características Normais (circule</p><p>"S" se estiver na faixa normal)</p><p>Tempo 10-12 minutos,</p><p>latência</p><p>Distancia: retraimento</p><p>Posição/apresentação - se não está</p><p>de frente: retraimento, pa- randia</p><p>Linha de solo: necessidade de</p><p>segurança, ansiedade</p><p>„Transparências: pobre orienta- ção</p><p>para a realidade; Não inco- mum</p><p>em crianças pequenas</p><p>Movimento: pressões ambien-</p><p>tais Outros</p><p>Perspectiva</p><p>PESSOA</p><p>Localização do desenho na på-</p><p>gina</p><p>À esquerda: retraimento,</p><p>regres- são, organicidade</p><p>(hemisfério esquerdo),</p><p>preocupação consi- go mesmo,</p><p>fixação no passado, .impulsividade,</p><p>necessidade de</p><p>gratificação imediata</p><p>À direita: preocupação com o</p><p>amblente, antecipação do futu- ro,</p><p>estabilidade/controle, capa- cidade</p><p>de adiar a gratificação Centrat:</p><p>rigidez, Comum em crianças</p><p>pequenas.</p><p>Superior: esforço irrealista, sa- Hisfação na fantasia, frustração. Superior à esquerda é comum em crianças pequenas. Inferior:</p><p>concretisrno, depres- são,</p><p>insegurança, inadequação.</p><p>„Rotação: oposição</p><p>Queda sugerida: extrema an- gústia</p><p>Margens do Papel</p><p>Inferior: necessidade de apoio Lateral: sentimento de constrição Superior: medo ou fuga do am- biente</p><p>Margem impedindo completa.</p><p>mento do desenho: organicidade</p><p>„Relação com o observador</p><p>Vista de cima: rejeição, grandio-</p><p>sidade compensatória</p><p>Vista de baixo: retraimento, in- ferioridade</p><p>Distância: retraimento</p><p>Posição/apresentação - perfil completo ou de costas: retrai- mento, paranoia Postura grotesca: psicopatolo- gia severa</p><p>Mistura de perfil e frente: orga-</p><p>nicidade, retardamento, psicose Linha de</p><p>solo: necessidade de segurança,</p><p>ansiedade</p><p>Transparências: orientação po- bre para a realidade; psicose se representar órgãos internos. Não incomum em crianças pe- quenas</p><p>-Movimento</p><p>Outros</p><p>Figura 3 (continuação)</p><p>Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na</p><p>Figura 2</p><p>26</p><p>Interpretação</p><p>Detalhes</p><p>CASA</p><p>✓ Excessivos: obsessividade com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas Bizarros:</p><p>psicose; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Detalhes Essenciais: uma pa- rede,</p><p>telhado, porta, janela, cha- mine</p><p>Comumente omitida em crianças</p><p>pequenas</p><p>„Antropomórficos: regressão,</p><p>organicidade; Não incomum em</p><p>crianças ✓Chaminé</p><p>Ênfase; preocupações se- xuals</p><p>Omissão; falta de calor no lar Fumaça excessiva:</p><p>tensão in- tensa no lar</p><p>Em ângulo reto: regressão;</p><p>Não incomum em crianças</p><p>Porta</p><p>Ausência: inacessibilidade, Isolamento</p><p>Grande: dependências 'a</p><p>Pequena; reserva, inade.</p><p>quação, indecisão</p><p>Com dobradiça /techadura:</p><p>atitude defensiva</p><p>Aberta: necessidade de calor Omissões; conflito relativo à parte</p><p>omitida Telhado</p><p>Enfase: introversão, fantasia Apenas telhado:</p><p>psicose Linha simples:</p><p>constrição Beiral enfatizado:</p><p>descon- fiança Paredes</p><p>Fipas ou fracas: limites do ego fracos</p><p>Énfase: esforço para man- ter o controle do ego</p><p>Ausência: contato pobre com a</p><p>realidade</p><p>Perspectiva dupla: regressão Não incomum em</p><p>crianças pequenas</p><p>Transparentes: Comum em</p><p>crianças pequenas Enfase</p><p>horizontal: pressões ambientais</p><p>Enfase vertical: contato po- bre com a realidade,</p><p>preo- cupações sexuais;</p><p>Comum em crianças pequenas</p><p>Detalhes</p><p>ÁRVORE</p><p>Excessivos: obsessividade com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas ......Bizarros: psicose; Comum em</p><p>crianças pequenas</p><p>Detalhes Essenciais: tronco e pelo menos um galho</p><p>Galhos</p><p>Excessivos: compensação, mania</p><p>Muito altos: esquizoidia</p><p>Quebrados/mortos: possibili-</p><p>dade de suicídio, impotência</p><p>Cobertos de algodão: culpa</p><p>Como espelho das raizes:</p><p>psicose Copa</p><p>En forma de nuvens: fantasia</p><p>Rabiscada: labilidade Achatada:</p><p>pressão do am- biente,</p><p>negação Linha de solo</p><p>Árvore desenhada numa de- pressão da linha do solo: in- capacidade</p><p>Árvore desenhada no topo de</p><p>uma colina: grandiosidade,</p><p>isolamento</p><p>Buraco de fechadura, "Nigg's": oposição, hostili- dade</p><p>Omissões: conflito relativo à parte</p><p>omitida Dividida: psicose,</p><p>organici- dade Tranco</p><p>Base larga: dependência Longo: regressão, inade- quação</p><p>Cicatrizes: trauma</p><p>Unidimensional: organicidade Animais: regressão; Comum em crianças pequenas Enfase</p><p>vertical: contato com a realidade</p><p>pobre, preocu- pações sexuais;</p><p>Comum em crianças pequenas</p><p>Base estreita: perda de con-</p><p>trole Tipo</p><p>Frutifera ou de Natal: depen- dência, imaturidade; Co- mum em crianças pequenas Morta:</p><p>distúrbios severos Árvore com</p><p>muda: regressão</p><p>PESSOA</p><p>Detalhes ______Excessivos: obsessividade</p><p>com-</p><p>pulsiva, ansiedade</p><p>Falta: retraimento; Comum em</p><p>crianças pequenas Bizarros:</p><p>psicose; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Detalhes Essenciais: cabeça, tronco, braços, pernas, traços facials. Omissão de partes do corpo são comuns em crianças pequenas.</p><p>Braços</p><p>Enfase: grande necessidade de realização, agressão, punição se não for desenha- da a própria pessoa Muito finos: dependência,</p><p>organicidade Omitidos-muito</p><p>pequenos ocultos: culpa,</p><p>inadequa- ção, rejeição se</p><p>não for de- senbada a própria</p><p>pessoa Em forma de asa:</p><p>esquizoidia Cabeça</p><p>Grande: regressão, grandio- sidade Comum em crianças pequenas</p><p>Pequena: inadequação Irregular ou não ligada: orga- nicidade, psicose</p><p>Apenas de costas: parandia Desenhada por último: psi-</p><p>copatologia severa</p><p>-Traços faciais</p><p>Omitidos ou leves: retrai- mento</p><p>Entase: dominação social compensatória</p><p>Perfil: parandia</p><p>De animal ou bizarros: psi-</p><p>Cose</p><p>Sombreamento ou outra cor que não seja a cor da pele: psicopatología severa</p><p>Olhos</p><p>Enfase: paranoia Pequenos - fechados – omitidos: introversão, voyeurismo</p><p>Pupilas omitidas: conta- to pobre com a realida. de; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Orelhas</p><p>Enfase excessiva: para- ndia, alucinações audì- tivas</p><p>Figura 3 (continuação)</p><p>Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na Figura 2</p><p>27</p><p>17</p><p>H-T-P Manual e Guia de Interpretação</p><p>CASA</p><p>Detalhes (continuação)</p><p>Janelas</p><p>Enfase: ambivalencia social</p><p>Ausência: retraimento</p><p>Muitas: exibicionismo</p><p>Abertas: controle do ego</p><p>pobre</p><p>Sem vidraça: hostilidade</p><p>Detalhes Não Essencials Enfase nas</p><p>cortinas: retraimen- to, evasão</p><p>Enfase nas calhas: defesa, des-</p><p>confiança</p><p>Venezianas fechadas: retrai- mento</p><p>Outros</p><p>ÁRVORE</p><p>Detalhes (contínuação)</p><p>Vento soprando: pressões</p><p>ambientais</p><p>Detalhes Não Essenciais Éntase na</p><p>casca da árvore: an- siedade,</p><p>depressão; meticulosi- dade:</p><p>obsessividade compulsivä Folhas</p><p>soltas: fatha nos meca- nismos de</p><p>superar dificuldades Grandes:</p><p>compensação Raízes omitidas:</p><p>insegurança; garras: paranoia; finas/</p><p>chão transparente/ mortas: contato</p><p>pobre com a realidade, organi-</p><p>cidade</p><p>Trepadeiras: perda de controle</p><p>Frutas: dependência, rejeição se</p><p>estiverem caindo; Comum em crianças</p><p>pequenas Outros</p><p>PESSOA</p><p>Detalhes (continuação)</p><p>Boca</p><p>Enfase: dependência;</p><p>Co- mum em crianças pe-</p><p>quenas</p><p>Omitida: agressão oral, depressão</p><p>Dentes: agressão</p><p>Nariz</p><p>Êníase: preocupações</p><p>se-</p><p>xuais; Comum em crian-</p><p>ças pequenas</p><p>Género</p><p>Oposto desenhado primeiro:</p><p>conflito com a identificação</p><p>.do género</p><p>Pernas</p><p>Omitidas, diminuídas, corta- das: desamparo, perda de autonomia</p><p>Posição juntas: rigidez,</p><p>tensão Posição afastadas:</p><p>agressão Posição instável:</p><p>insegu- rança, dependência</p><p>Omissões: conflito relativo à parte</p><p>omitida</p><p>Tronco e corpo aberto, frag-</p><p>mentado ou omitido: psicopa-</p><p>tologia severa, organicidade;</p><p>Comum em crianças pe- quenas</p><p>Seios: immaturidade</p><p>Linha mediana vertical; infe-</p><p>rioridade, dependência Ombros</p><p>quadrados ou enfa- tizados:</p><p>hostilidade</p><p>Linha da cintura enfatizada: conflito</p><p>sexual; Comum em crianças</p><p>pequenas Apertada: explosividade</p><p>Detalhes Não Essenciais</p><p>Roupas</p><p>Muita ou pouca roupa: narcisis-</p><p>mo, desajustamento sexual</p><p>Enfase em botões: imaturi-</p><p>dade; Comum em crianças</p><p>pequenas</p><p>Genitals desenhados: pato- logia, a não ser para crian- ças muito novas, Comum em estudantes de artes ou em adultos em psicanálise Pés</p><p>Omitidos ou cortados: de- samparo, perda de autono- mia, preocupações sexuais Dedos dos pés em figura vestida: agressão</p><p>Figura 3 (continuação)</p><p>Lista</p>