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<p>Considerando o caso clínico apresentado, responda as seguintes perguntas:</p><p>a) Você recomendaria que a paciente continuasse tomando chá de boldo</p><p>regularmente? Justifique sua resposta, apontando a possível racionalidade ou os</p><p>problemas dessa utilização e as orientações que devem ser feitas à paciente em</p><p>relação ao uso do boldo.</p><p>b) Sugira outra planta medicinal que a paciente possa utilizar para proteção do</p><p>fígado, incluindo a forma farmacêutica, a posologia e a forma de utilização.</p><p>a) Não. A primeira consideração é que a espécie de boldo que está sendo utilizada</p><p>não é o boldo-do-chile (Peumus boldus), pois a paciente cultiva a planta em casa,</p><p>e essa se trata de uma planta importada, não sendo possível cultivá-la no</p><p>Brasil.No Brasil, duas espécies conhecidas por boldo são geralmente confundidas</p><p>com o boldo-do-chile: o boldo brasileiro (Plectranthus barbatus) e o boldo baiano</p><p>(Vernonia condensata). Os dois foram incluídos no Formulário Fitoterápico da</p><p>Farmacopeia Brasileira para tratamento da dispepsia. Existem indícios de que o</p><p>boldo baiano tem potencial efeito hepatoprotetor, mas as duas espécies ainda</p><p>não foram tão estudadas como o boldo-do-chile. O relato da paciente sobre a</p><p>variação de pressão pode ser um indício de que a espécie utilizada é a</p><p>Plectranthus barbatus. Seu uso por pacientes em tratamento de hipertensão não é</p><p>recomendado, devido ao seu efeito hipotensor, podendo causar flutuações na</p><p>pressão do paciente. Para ter certeza da espécie que está sendo utilizada, poderia</p><p>ser recomendado que a paciente procure um profissional habilitado para</p><p>identificação da espécie. O profissional deve decidir junto com ela a substituição</p><p>do boldo cultivado em casa pelo boldo-do-chile, ou podem ser discutidas outras</p><p>opções. Caso a paciente decida pelo boldo-do-chile, o ideal seria procurar um</p><p>local confiável para a compra. Além disso, a forma indicada para preparo das</p><p>folhas de boldo é a infusão ou maceração em água em temperatura ambiente e</p><p>não o decocto, que pode comprometer seu efeito. Ao ferver folhas que são</p><p>relativamente frágeis, seus componentes químicos pode sofrer degradação. Por</p><p>fim, mesmo o boldo-do-chile não deve ser utilizado por período superior a um</p><p>mês.</p><p>b) A planta medicinal cujo efeito hepatoprotetor está mais bem estabelecido é o</p><p>cardo-mariano. Se a paciente tiver preferência pelo chá, sugere-se o preparo do</p><p>infuso utilizando entre 3 e 5 gramas das frutos secos, trituradas em 100ml de</p><p>água, 2 a 3 vezes aos dias. Existe também a opção de comprar o extrato</p><p>padronizado de cardo-mariano. Nesse caso, uma opção seria administrar uma</p><p>cápsula de extrato padronizado contendo cerca de 100mg de silimarina, 2 vezes</p><p>ao dia.</p>

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