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<p>Economia e Gestão do Setor</p><p>Público</p><p>ICSC - UNIP – 2024/2 – Chácara Sto. Antônio</p><p>Prof.: Ms Evandro Noro Fernandes</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Ementa:</p><p>Esta disciplina trata do papel do Estado na economia e seus</p><p>impactos na sociedade. Sendo assim, estuda-se a origem, a</p><p>estrutura e as funções do Estado diante as falhas de mercado,</p><p>como também as principais teorias de economia do setor</p><p>público e seus conceitos de endividamento e falhas de</p><p>governo. Trata ainda, do planejamento público por meio da</p><p>relação dos objetivos de governo e de suas políticas públicas,</p><p>bem como do planejamento orçamentário e dos resultados da</p><p>política fiscal brasileira no Brasil contemporâneo.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Objetivos:</p><p>Saber compreender como o papel do Estado e a administração das</p><p>finanças públicas, isto é, a implantação e implementação das políticas</p><p>fiscal e tributária, e seus resultados impactam nas práticas de</p><p>planejamento e gestão administrativas das instituições produtivas,</p><p>familiares, de outras esferas públicas e das relações com o resto do</p><p>mundo.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Conteúdo Programático:</p><p> 1. Fundamentos do Estado, das Formas e das Funções do Governo</p><p> 1.1 – Estado, Governo e Sociedade</p><p> 1.2 – Teoria da Burocracia</p><p> 2. Teoria da regulação e seus fundamentos</p><p> 2.1 As sete questões da teoria da regulação</p><p> 2.2 A questão central da teoria da regulação</p><p> 3. Conceitos Básicos</p><p> 3.1 - Teoria das Finanças Públicas</p><p> 3.2 - Conceitos Básicos Relevantes: o caso do Brasil</p><p> 4. As Falhas de Mercado, Externalidades e Bens Públicos</p><p> 5. O Estado e as Empresas Estatais no Desenvolvimento Econômico</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Conteúdo Programático:</p><p> 6. O Sistema Tributário Brasileiro</p><p> 7. O Sistema Federativo e o Fenômeno da Descentralização</p><p> 8. Seguridade Social</p><p> 9. As Falhas de Governo</p><p> 9.1 – Teoria da Escolha Pública</p><p> 9.2 – Corrupção e Produção de Bens Públicos</p><p> 10. Planejamento e Processo Orçamentário</p><p> 10.1 – Planejamento de governo e políticas públicas</p><p> 10.2 – Fundamentos do Orçamento-Programa</p><p> 10.3 – Processo Orçamentário</p><p> 11. A Política Fiscal Brasileira no período recente</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Avaliação – Atividades - Avisos:</p><p>Duas provas ao semestre, conforme calendário escolar.</p><p>provável:</p><p>Avaliações parciais: em sala, em grupo, resenhas e seminário.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Aspectos iniciais:</p><p> A economia do Setor Público envolve as questões normativas e</p><p>positivas. Envolvendo não só o que o governo deveria fazer, mas</p><p>também da aquilo que ele faz, e porque, tantas vezes não faz o que</p><p>deveria fazer.</p><p> Em princípio, portanto, a economia do setor público deveria envolver o</p><p>estudo das causas e consequências de toda forma de ação do governo.</p><p> A ideia que tangencia a toda a discussão em economia do setor público</p><p>é que estamos lidando com uma economia mista. Há de uma lado o</p><p>setor privado e de outro lado o governo.</p><p>Setor privado: no qual os agentes são livres para fazer suas escolhas.</p><p>Governo: que procura estabelecer políticas de maneira a induzir (ou</p><p>estimular) determinadasescolhas.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Aspectos iniciais:</p><p> Desta forma, para que possamos avaliar políticas dos governos,</p><p>precisamos primeiramente saber quais os efeitos das</p><p>intervenções do governo sobre as ações das pessoas. Precisamos</p><p>de teorias para entender como os indivíduos tomam decisões,</p><p>que motivações levam a dadas decisões.</p><p> A teoria econômica nos oferece o arcabouço fundamental para tal</p><p>tarefa. Exploraremos a teoria do consumidor geralmente a partir</p><p>da hipótese de racionalidade e a teoria da Firma geralmente</p><p>pressupondo que seu objetivo fundamental é a maximização do</p><p>lucro. Estaremos avaliando o resultado da interação dos</p><p>indivíduos com as Firmas a partir da ideia de equilíbrio,</p><p>principalmente o equilíbrio competitivo.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Histórico:</p><p> Musgrave [1959] o texto do autor foi considerada a bíblia das</p><p>finanças públicas.</p><p>O mencionado autor dividia a atuação do Estado em três ramos</p><p>distintos: eficiência; distribuição ou equidade (separado de eficiência),</p><p>e; estabilização.</p><p> Evoluções decorridas do fim dos anos 60:</p><p>Do pondo de vista do escopo, a preocupação com a equidade e</p><p>aspectos distributivos das políticas governamentais em geral, voltam</p><p>para o centro da agenda, após um período em que estes aspectos</p><p>ficaram em segundo plano. Esta mudança baseou-se uma visão</p><p>pragmática quanto à dificuldade de produzir qualquer avanço na</p><p>definição de políticas públicas quando julga- mentos de valor são vistos</p><p>como arbitrários sob as amarras do teorema de impossibilidade de</p><p>Arrow.</p><p>Economia e Gestão do Setor Público</p><p>Histórico:</p><p> Evoluções decorridas do fim dos anos 60:</p><p>Uma outra mudança relevante foi a crítica à figura do governo</p><p>benevolente utilizado nos modelos de finanças públicas a partir da</p><p>escola da Escolha Pública (Public Choice Theory) erguida sobre as obras</p><p>de Buchanan, Tullock e North. O ponto fundamental dessa literatura é o</p><p>reconhecimento de que os governantes e os burocratas são também</p><p>agentes racionais e motiva- dos por interesses próprios, os quais podem</p><p>ou não estar alinhados com os da sociedade.</p><p>Conteúdo Programático:</p><p> 1. Fundamentos do Estado, das Formas e das</p><p>Funções do Governo</p><p>Examinar o Estado com o enfoque da sua organização e administração.</p><p>Examinar o Estado enquanto organização, como um sistema social</p><p>formalmente estruturado, que, como as demais organizações, precisa ser</p><p>efetivo e eficiente.</p><p>O Estado é a instituição que organiza a ação coletiva dos cidadãos de</p><p>cada Estado-nação, através da constituição nacional, e de todas as</p><p>demais instituições legais ou jurídicas que cria ou legitima, e que fazem</p><p>parte constitutiva dele próprio.</p><p>Nesta qualidade, que o Estado moderno desempenha o papel econômico</p><p>fundamental de institucionalizar os mercados, e, mais amplamente, de</p><p>promover o desenvolvimento econômico do país e a segurança econômica</p><p>de cada um de seus cidadãos.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Estado-nação, Estado, e Aparelhodo Estado:</p><p>O Estado nação (país, Estado nacional, ou nação) é a instituição soberana</p><p>que serve de base para o Sistema Global que vivemos. Dentro de cada</p><p>Estado-nação temos uma sociedade, um Estado inclusive suas instituições</p><p>com poder coercitivo, e o respectivo território.</p><p> Estado-nação: é o ente político soberano;</p><p> Estado: é a organização dentro desse país com poder de legislar e</p><p>tributar a respectiva sociedade.</p><p>O Estado é portanto uma organização com poder extroverso sobre a</p><p>sociedade que lhe dá origem e legitimidade, e o sistema jurídico dotado de</p><p>coercibilidade sobre todos os membros desse Estado nacional.</p><p>Dentro do Estado, por sua vez, existe um aparelho, ou organização estatal,</p><p>e um sistema institucional normativo constituído por leis relativamente</p><p>permanentes e por políticas públicas mais transitórias.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Estado-nação, Estado, e Aparelhodo Estado:</p><p>O próprio Estado enquanto aparelho é uma instituição organizacional, ao</p><p>passo que as instituições que ele cria para regular a vida social são</p><p>instituições puramente normativas.</p><p>O Estado é o instrumento de ação coletiva por excelência da sociedade. É</p><p>a forma através da qual a sociedade busca alcançar seus objetivos</p><p>políticos fundamentais: a ordem ou estabilidade social, a liberdade, o bem</p><p>estar, e a justiça social.</p><p>A ordem implica em uma definição mínima de Estado. Se não houver</p><p>ordem pública, se a propriedade e os contratos não forem minimamente</p><p>respeitados, não haverá Estado.</p><p>Três teorias básicas disputam a compreensão do Estado:</p><p> Ahistórica;</p><p> Anormativa e</p><p> Acontratualista.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Sociedade e Estado:</p><p>O homem é um ser social e, portanto não sobrevive sozinho, para</p><p>sobreviver precisa se associar, unir-se aos seus iguais. Assim</p><p>sendo, vemos que os agrupamentos primários são aqueles</p><p>onde</p><p>existe uma associação, mas que ainda não apresentam um fim, não</p><p>estão submetidos a um poder, não visam o bem comum.</p><p>Como observado, para os contratualistas a sociedade é fruto da</p><p>vontade humana. Os naturalistas, por outro lado, defendem que a</p><p>sociedade decorre da natureza humana. É comum, grupo de</p><p>pessoas se reunirem em determinados lugares em função de</p><p>objetivos comuns.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Sociedade e Estado:</p><p>.Dallari argúi que em toda sociedade existe: a) uma finalidade ou</p><p>valor social; b) manifestações de conjunto ordenadas e c) o poder</p><p>social.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Formas e Funções do Governo:</p><p>Quando falamos de formas de governo, referimo-nos ao modo</p><p>como um determinado governo organiza e divide seus poderes e,</p><p>sobretudo, como aplica o poder sobre quem é governado. Com o</p><p>passar dos tempos, as formas de governo sofreram mudanças e</p><p>foram teorizadas por diferentes filósofos e teóricos políticos. Entre</p><p>as formas mais conhecidas, podemos citar: tirania, monarquia,</p><p>democracia, república, principado e despotismo.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Formas e Funções do Governo:</p><p>Do ponto de vista econômico, a ação governamental atende a</p><p>certas funções básicas. Estas tendem, por sua vez, a afetar os</p><p>rumos do crescimento e os parâmetros do desenvolvimento</p><p>econômico. A literatura aponta para três funções básicas: função</p><p>estabilizadora, função alocativa e função distributiva.</p><p>A função estabilizadora é exercida por meio de instrumentos de</p><p>política fiscal (forma de gasto do orçamento público e política</p><p>tributária) e política monetária (política de crédito, interferências na</p><p>oferta e demanda de moeda e sua influência sobre o nível de juros)</p><p>de caráter anti-cíclico. Ou seja, a função estabilizadora, por meio da</p><p>política fiscal e a política monetária, procura minimizar os efeitos</p><p>dos ciclos econômicos - estes entendidos como oscilações nos</p><p>níveis gerais de produto, emprego, renda e nível geral de preços da</p><p>economia.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Formas e Funções do Governo:</p><p>. No Brasil, ao longo dos anos 1980 e grande parte dos anos 1990, o</p><p>foco da política econômica se centrava principalmente, mas não</p><p>exclusivamente, na função estabilizadora. Os diversos planos</p><p>econômicos lançados ao longo desse período refletem nitidamente</p><p>esta prioridade.</p><p>A função distributiva atende a certos preceitos ou critérios</p><p>socialmente aceitos de distribuição de renda. Sejam ou não</p><p>efetivas, as políticas de renda levadas a cabo pelo governo do</p><p>Presidente Lula representam um bom exemplo da função</p><p>distributiva. Parte do orçamento do governo é destinada a</p><p>programas sociais (Programa Fome Zero, Bolsa Família, Bolsa</p><p>Escola, etc.) desejados socialmente - haja vista que uma das</p><p>bandeiras da campanha presidencial foi a busca de combate à fome</p><p>no país. Durante o governo FHC, esta função, ligada a política de</p><p>ajuste fiscal, ficou por conta da criação do Fundo Social de</p><p>Emergência (FSE), lançado antes do Plano Real.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Formas e Funções do Governo:</p><p>A função alocativa visa desviar o emprego de uma parcela dos</p><p>recursos da economia (capital, trabalho e recursos naturais</p><p>diversos) para oferta e ou provisão de bens e serviços tidos</p><p>públicos. Devido as certas características de mercado, estes bens e</p><p>serviços não são ofertados na quantidade e ou preços ótimos do</p><p>ponto de vista social. São exemplos da função alocativa muitos dos</p><p>programas de governo que afetam seguimentos e ou setores que</p><p>ofertam infraestrutura (saneamento básico, transporte, energia e</p><p>telecomunicações).</p><p>Devido ao volume de recursos exigidos para execução de projetos,</p><p>prazos de maturação dos empreendimentos, complementariedades</p><p>de investimento e externalidades ligadas à oferta nesses mercados,</p><p>a relação custo-benefício tende a afastar o volume investido do</p><p>necessário ao atendimento das demandas sociais.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das Formas</p><p>e das Funções do Governo</p><p>Formas e Funções do Governo:</p><p>Um bom exemplo dessa falha foi a crise vivida pelo setor de</p><p>geração e distribuição de energia elétrica no ano de 2001. Quem</p><p>se lembra do temor do famoso "apagão" vivido no ano 2001 e que</p><p>ainda restringe o crescimento nacional?.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>BUROCRACIA é a organização eficiente por excelência - governo</p><p>dos técnicos</p><p>Burocracia, em geral, é um sistema de controle social baseado na</p><p>racionalidade (adequação dos meios para se alcançar os fins) tendo</p><p>em vista a eficiência na obtenção dos resultados esperados.</p><p>A Teoria Burocrática foi formalizada por Max Weber (sociólogo</p><p>alemão, no qual veremos logo), emprestando a administração uma</p><p>conceituação lógica e formal para dirigir um sistema social, ou seja,</p><p>a empresa.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>Segundo ele, a Burocracia é o único modo de organizar</p><p>eficientemente um grande número de pessoas, e, assim, expande-</p><p>se inevitavelmente com o crescimento econômico e político.</p><p>A Teoria da Burocracia vem da premissa de que a burocracia é a</p><p>organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a</p><p>burocracia explica nos mínimos detalhes como as coisas deverão</p><p>ser feitas.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>BUROCRACIA - é uma forma de organização que enfatiza:</p><p>- PRECISÃO</p><p>- RAPIDEZ</p><p>- CLAREZA</p><p>- FIABILIDADE</p><p>- EFICIÊNCIA</p><p>Atingidas através da criação de uma fixa divisão</p><p>de tarefas, supervisão de hierárquica, regras detalhadas e</p><p>regulamentos,</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>A Burocracia, segundo a definição Weberiana, é uma tentativa de</p><p>formalizar e coordenar o comportamento humano por meio do</p><p>exercício da autoridade racional legal, para atingimento de objetivos</p><p>organizacionais gerais.</p><p>(De acordo com Max Weber, a burocracia é um sistema que busca organizar, de forma estável e</p><p>duradoura, a cooperação de um grande número de indivíduos, cada qual detendo uma função</p><p>especializada)</p><p>Administração burocrática significa fundamentalmente exercício do</p><p>controle baseado no conhecimento (competência técnica) e este</p><p>aspecto é o que a faz especificamente racional ” Weber</p><p>Max Weber, sociólogo alemão, é considerado o fundador da Teoria da</p><p>Burocracia. Para Weber, burocracia significa o tipo de organização onde a</p><p>racionalidade e eficiência atinge o seu grau mais elevado. Weber enumerou</p><p>algumas características de uma organização ideal do ponto de vista da</p><p>burocracia:</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>1.Formalização: todas as atividades de uma organização devem</p><p>estar definidas por escrito (rotinas e procedimentos) e a organização</p><p>deve operar de acordo com um conjunto de leis ou regras</p><p>(regulamentos, regimento interno, estatutos, etc.).</p><p>2.Divisão do Trabalho: cada empregado tem um cargo com um</p><p>conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades oficiais e</p><p>delimitados.</p><p>3.Princípio da Hierarquia: Cada empregado recebe ordens que</p><p>guiam suas ações. Cada função mais baixa está sob controle e</p><p>supervisão da mais alta. Cada funcionário tem apenas um único</p><p>chefe. Daí forma-se a estrutura piramidal da burocracia.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>4. Impessoalidade: o funcionário ideal desempenha com</p><p>imparcialidade no relacionamento com outros ocupantes de cargos. A</p><p>burocracia enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam, pois</p><p>as pessoas entram e saem da organização, mas os cargos</p><p>permanecem para garantir a continuidade e perpetuação.</p><p>5.Competência Técnica: a seleção e a promoção dos</p><p>empregados são baseadas na competência técnica e</p><p>qualificação profissional dos candidatos,</p><p>sem preferências</p><p>pessoais. Daí a utilização de testes e concursos para</p><p>preenchimento de cargos ou promoções.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p> 6. Profissionalização do funcionário: os funcionários da</p><p>burocracia são profissionais pois são especialistas em face da</p><p>divisão do trabalho; são assalariados de acordo com suas funções</p><p>ou posição hierárquica; seus cargos constituem a sua principal</p><p>atividade dentro da organização; são nomeados pelo seu</p><p>superior imediato; seus mandatos são por tempo indeterminado e</p><p>seguem carreiras dentro da organização.</p><p> Weber, baseado em princípios protestantes, foi quem primeiro</p><p>definiu a Burocracia não como um sistema social, mas como</p><p>um tipo de poder suficiente para a funcionalidade eficaz das</p><p>estruturas organizacionais, sejam estas pertencentes ao</p><p>Governo ou de domínio econômico privado.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia :</p><p>Na Burocracia a liderança se dá tipicamente a ponte de regras</p><p>impessoais, escritas e através de uma estrutura hierárquica; o</p><p>poder é legítimo e depende exclusivamente do grau de</p><p>especialidade e competência técnica de quem o detém.</p><p>Existem três formas de sociedade e de autoridade –</p><p>tradicional, carismática e burocrática. A dominação burocrática</p><p>tem um aparato administrativo que corresponde à burocracia.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>As formas de autoridade segundo Weber:</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Elementos da Teoria da Burocracia:</p><p> AUTORIDADE;</p><p> PODER;</p><p> HIERARQUIA;</p><p> DISCIPLINA;</p><p> ORDEM e; CONTROLE.</p><p>Weber concebeu a teoria da Burocracia como algo que tornasse a</p><p>organização eficiente e eficaz, garantindo com ela: rapidez;</p><p>racionalidade; homogeneidade de interpretação das normas;</p><p>redução dos atritos, discriminações e subjetividades internos;</p><p>padronização da liderança (decisões iguais em situações iguais) e,</p><p>mais importante, o alcance dos objetivos.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>A Burocracia, em síntese, busca amenizar as consequências das</p><p>influências externas à organização e harmonizar a especialização dos</p><p>seus colaboradores e o controle das suas atividades de modo a se</p><p>atingir os objetivos organizacionais através da competência e</p><p>eficiência, sem considerações pessoais.</p><p>Características da teoria da Burocracia:</p><p> CARÁTER LEGAL DAS NORMAS E REGULAMENTOS: A</p><p>organização é baseada em uma espécie de legislação própria que</p><p>define antecipadamente como a organização burocrática deverá</p><p>funcionar. Essas normas e regulamentos são previamente</p><p>estabelecidos por escrito.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Características da teoria da Burocracia:</p><p> CARÁTER FORMAL DAS COMUNICAÇÕES: Todas as ações e</p><p>procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e</p><p>documentos adequados.</p><p> CARÁTER RACIONAL E DIVISÃO DO TRABALHO: A divisão do</p><p>trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos</p><p>objetivos a serem atingidos: a eficiência da organização. Há uma</p><p>divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo</p><p>as atribuições de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as</p><p>condições necessárias.</p><p> IMPESSOALIDADE NAS RELAÇÕES: A distribuição de</p><p>atividades é feita em termos de cargos e funções e não de</p><p>pessoas envolvidas, daí o caráter impessoal da burocracia.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Características da teoria da Burocracia:</p><p> HIERARQUIA DA AUTORIDADE: Fixa a chefia nos diversos</p><p>escalões de autoridade. A hierarquia é a ordem e subordinação, a</p><p>graduação de autoridade correspondente ás diversas categorias de</p><p>participantes, funcionários, classes, etc.</p><p> ROTINAS E PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS: A disciplina no</p><p>trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um conjunto</p><p>de regras e normas que tentam ajudar completamente o funcionário</p><p>às exigências do cargo e as da organização (a máxima</p><p>produtividade).</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Características da teoria da Burocracia:</p><p>TÉCNICA E MERITOCRATA: A burocracia é uma organização da qual</p><p>a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência</p><p>técnica e não em preferências pessoais. A admissão, transferência e</p><p>a promoção dos funcionários são baseadas em critérios válidos para</p><p>toda a organização, levando em consideração a competência, mérito,</p><p>e a capacidade.</p><p> ESPECULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: O administrador não é</p><p>necessariamente o dono do negócio ou um grande acionista da</p><p>organização, mas um profissional especializado na administração.</p><p>Esta separação entre os rendimentos e os bens privados e os</p><p>públicos é a característica específica da burocracia.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Características da teoria da Burocracia:</p><p> PROFISSIONALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO (SEPARAÇÃO</p><p>PATRIMONIAL) E DOS PARTICIPANTES: Cada funcionário da</p><p>burocracia é um profissional, pois são especialistas, assalariados,</p><p>ocupantes de um cargo, são nomeados superiores hierárquicos,</p><p>seguem carreira dentro da organização, não possuem propriedade</p><p>dos meios de produção e administração e, por fim, são fiéis ao cargo</p><p>e se identificam com os objetivos da empresa.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Vantagens da teoria da Burocracia:</p><p> do funcionamento;</p><p> Univocidade de interpretação;</p><p> Padronização de rotinas e procedimentos;</p><p> Redução de conflitos;</p><p> Subordinação natural aos mais antigos;</p><p> Confiabilidade nas regras do negócio;</p><p> Hierarquia formalizada</p><p> Precisão na definição de cargos e operações.</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Modo de administração em que os assuntos são resolvidos por</p><p>um conjunto de funcionários sujeitos a uma hierarquia e</p><p>regulamento rígidos, desempenhando tarefas administrativas e</p><p>organizativas caracterizadas por uma extrema racionalização e</p><p>impessoalidade, e também pela tendência rotineira e pela</p><p>centralização do poder decisivo</p><p>1. Fundamentos do Estado, das</p><p>Formas e das Funções do Governo</p><p> Teoria da Burocracia:</p><p>Modo de administração em que os assuntos são resolvidos por um</p><p>conjunto de funcionários sujeitos a uma hierarquia e regulamento</p><p>rígidos, desempenhando tarefas administrativas e organizativas</p><p>caracterizadas por uma extrema racionalização e impessoalidade, e</p><p>também pela tendência rotineira e pela centralização do poder</p><p>decisivo</p><p>As disfunções da Burocracia são as seguintes:</p><p>2. Teoria da regulação e seus fundamentos</p><p> Regularização Econômica:</p><p>Regulação econômica é a área da Economia que estuda o</p><p>funcionamento do sistema econômico através da regularidade de</p><p>preços e de quantidades produzidas, ofertadas e demandadas</p><p>através da interação econômica entre as respectivas partes do</p><p>sistema econômico: o Estado, as empresas, os credores, os</p><p>trabalhadores, os consumidores e os fornecedores.</p><p>2. Teoria da regulação e seus fundamentos</p><p> Francesa: Concebida em meados da década de 1970, teve como</p><p>ponto de partida uma crítica severa à economia neoclássica, a qual</p><p>procurou ultrapassar através de uma síntese eclética entre diversas</p><p>escolas de pensamento econômico (keynesianismo, marxismo,</p><p>institucionalismo americano, historicismo alemão, etc.).</p><p> Americana: Enfoca a intervenção do Estado em determinados</p><p>setores da economia, em especial os de infraestrutura (energia,</p><p>telefonia, vigilância sanitária, transportes etc.),adota o termo de forma</p><p>não tão abrangente.</p><p>Regulação Econômica –Origem:</p><p>Duas correntes:</p><p>2. Teoria da regulação e seus</p><p>fundamentos</p><p>(visão normativa) –Características:</p><p> Uso da autoridade governamental e do poder coercitivo do</p><p>estado;</p><p> Pode assumir vários arranjos institucionais;</p><p> Dispõe de uma grande gama de instrumentos;</p><p> Implica direcionamento de agentes privados;</p><p> Requer expertise e técnica/burocrática;</p><p> Possui grau significativo de delegação de autoridade</p><p>discricionária e normativa;</p><p> Impõe grandes desafios para accountability e controle.</p><p>2. Teoria da regulação e seus</p><p>fundamentos</p><p>(visãopositiva)</p><p> Regulação responde a grupos de interesse que agem para</p><p>maximizar suas rendas (Stigler, 1971);</p><p> Grupos podem utilizar o poder coercitivo do Estado para</p><p>distribuir renda a seu favor.</p><p>2. Teoria da regulação e seus</p><p>fundamentos</p><p>(visãopositiva)</p><p> Grupos pequenos e bem organizados se beneficiarão da regulação</p><p>mais do que os grupos grandes e difusos (ou à custa destes últimos);</p><p> A política regulatória procurará preservar a distribuição de recursos</p><p>entre os agentes/atores;</p><p> A regulação é sensível às perdas de bem-estar, pois os seus</p><p>benefícios se concentram em sua capacidade de distribuir riqueza.</p><p>Normativa vs. Positiva</p><p> Teoria Normativa–Intervenção direta do Estado no ambiente econômico;</p><p>Analisa “quando a regulação deve ocorrer”.</p><p> Teoria Positiva –Formação das bases de ação do Estado em face da</p><p>atuação dos agentes privados; Analisa os fundamentos da economia.</p><p>2. Teoria da regulação e seus</p><p>fundamentos</p><p>(Microeconomia e Regulação)</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p></p><p> A atividade “regulatória” sempre esteve entre as atribuições do Estado,</p><p>a partir de sua estrutura tradicional, como ministérios ou órgãos a eles</p><p>subordinados;</p><p>Esgotamento do modelo puramente estatal de fornecimento de bens e</p><p>serviços públicos:</p><p> Crise fiscal dos Estados;</p><p> Baixos níveis de crescimento econômico;</p><p> Dificuldades em prover políticas públicas de qualidade;</p><p> Esgotamento da propriedade pública (empresas estatais) como modo de regulação →</p><p>Fins da década de 1980 e princípio da década de 1990.</p><p> Consolidação dos argumentos nos quais se baseiam a moderna teoria</p><p>da regulação (Estado Regulador vs. Estado Provedor).</p><p> O Estado Regulador, com suas instituições características expressas por</p><p>agências independentes especializadas, criadas em substituição à</p><p>propriedade privada, teve sua origem nos Estados Unidos</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Reforma Regulatória proposta pela OCDE (década de 1990) → atuação</p><p>do Estado em três categorias da atividade regulatória:</p><p> Regulação Econômica − intervenção direta nas decisões de mercado (definição de</p><p>preços, competição, entrada e saída de novos agentes nos mercados, etc.) Para a</p><p>OCDE a reforma deveria se propor a aumentar a eficiência econômica por meio da</p><p>redução de barreiras à competição e à inovação, utilizando a desregulamentação,</p><p>privatização e fornecendo estrutura para o funcionamento e a supervisão das</p><p>atividades do mercado.</p><p> Regulação Social − proteção do interesse público nas áreas de saúde, segurança,</p><p>meio ambiente e em questões nacionais.</p><p> Regulação Administrativa − procedimentos administrativos por meio dos quais o</p><p>governo intervém nas decisões econômicas (“red-tapes”). De acordo coma OCDE os</p><p>governos deveriam buscar em suas reformas regulatórias eliminar as formalidades</p><p>desnecessárias, simplificando práticas desnecessárias, melhorando sua</p><p>transparência e atuação.</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>→ ênfase nos princípios de</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Mudança para o Estado Regulador</p><p>governança:</p><p> Accountability e transparência dos processos decisórios envolvidos na fixação das</p><p>regras e normas;</p><p> Transparências das regras as serem seguidas;</p><p> Accountability e transparência das atividades dos atores regulados;</p><p> Accountability e transparência dos reguladores;</p><p> Accountability e transparência dos processos de avaliação</p><p> Elementos motivadores para criação das Agências Reguladoras:</p><p> Necessidade de elevação do grau de comprometimento do poder público com a</p><p>manutenção de decisões, leis e normas que afetam diretamente os agentes do</p><p>mercado;</p><p> Delegação de poderes para as agências reguladoras → descentralização</p><p>administrativa;</p><p> Falhas de Governo (rent-seeking, captura) → ocorrem em maior extensão com a</p><p>proximidade de um poder central–maior dependência.</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Falhas de Governo:</p><p> “Rent-seeking”- ocorre quando grupos de interesses envolvem com apolítica,</p><p>visando a obtenção de vantagens sobre os demais grupos. Para alguns autores,</p><p>nesse caso, mesmo que regulação em defesa do interesse público fosse possível</p><p>na teoria, na prática os interesses particulares se sobrepõem ao interesses</p><p>públicos.</p><p> Captura - ocorre quando os organismos regulatórios se encontram muito</p><p>próximos dos regulados, favorecendo o aumento dos riscos de interferência de</p><p>interesses particulares nas decisões públicas, consequentemente afetando a</p><p>independência e a qualidade da regulação. Ocorre muitas vezes devido à</p><p>assimetria de informação entre o governo e afirma, o que faz com que o regulador</p><p>se aproxime do regulado visando a obtenção de informações e identificação dos</p><p>seus reais objetivos.</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Argumentos favoráveis às Agências Reguladoras:</p><p> Expertise – as Ars estão mais próximas dos setores regulados do que outros núcleos</p><p>burocráticos, podendo mais facilmente obter informações relevantes. Estrutura</p><p>organizacional mais flexível constitui ambiente de trabalho mais atraente para</p><p>especialistas;</p><p> Flexibilidade − agências reguladoras autônomas mostram – se mais capazes de</p><p>flexibilizar suas decisões adotando ajustes regulatórios;</p><p> Compromisso com credibilidade – as Ars estão mais distantes das influências políticas</p><p>diretas e das pressões eleitorais rotineiras;</p><p> Estabilidade – as Ars propiciam um ambiente regulatório mais estável e previsível;</p><p> Eficácia e eficiência –como resultado dos fatores citados anteriormente, as agências</p><p>reguladoras conduzem a um melhor resultado regulatório, que pode ser traduzido em</p><p>melhor desempenho dos mercados;</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Argumentos favoráveis às Agências Reguladoras:</p><p> Participação pública e transparência – o processo decisório das Ars é mais aberto e</p><p>transparente que outros núcleos burocráticos e, assim, é mais sensível aos interesses</p><p>sociais difusos, como os dos consumidores;</p><p> Custos da tomada de decisão – a delegação para as Ars reduz os custos da tomada</p><p>de decisão, como pode ser observado na presença de desacordos sobre</p><p>determinadas políticas;</p><p> Transferência de responsabilidades – as Ars permitem aos políticos evitar</p><p>responsabilidades quando ocorrem falhas ou quando decisões impopulares são</p><p>tomadas;</p><p> Incertezas políticas – as instituições são menos facilmente mutáveis que as políticas e</p><p>as Ars constituem um meio de os políticos fixarem políticas que irão perdurar além de</p><p>seus mandatos</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos</p><p> Delegação de autoridade para Agências Reguladoras → contratos</p><p>permeados por assimetrias de informação e de recursos;</p><p> Dificuldades dos reguladores em obter informações acuradas dos regulados;</p><p> Restrições orçamentárias que afetam a fiscalização dos contratos → custeio das</p><p>Agências.</p><p> Objetivos de acompanhamento atingidos impondo incentivos, restrições</p><p>e penalidades ao regulado → superação das assimetrias:</p><p> Coibir a exploração oportunista;</p><p> Mitigar a discrepância entre comportamentos ex-ante e ex-post;</p><p> Minimizar o Risco Moral e a Seleção Adversa.</p><p> Impor dificuldade de revisão de regras por parte da ação política dos</p><p>regulados:</p><p> Os reguladores podem criar apoios dos favorecidos pelas novas regras, tornando</p><p>politicamente mais difícil reverter as ações realizadas</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>RegulaçãoEconômica vs. Interesse Público</p><p> Decisão de “regular” e motivações dos reguladores sujeitas às decisões</p><p>na esfera política –“ações” contra problemas ocasionados</p><p>pelo</p><p>mercado;</p><p> Ações dos grupos sociais e econômicos junto à esfera política;</p><p> Estudos dos padrões de relacionamento entre reguladores e regulados.</p><p> Redução dos níveis de incerteza em ambiente de negócios;</p><p> Conferir credibilidade às relações sociais em uma economia de</p><p>mercado;</p><p> Garantia ao cumprimento dos contratos (redução de possibilidades de</p><p>descumprimento);</p><p> Estabelecimento de “compromissos” (commitment):</p><p> Estabilidade contratual;</p><p> Estabilidade de regras;</p><p> Limitação da possibilidade de expropriação de rendas ou ativos.</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p>2. O ESTADO E A REGULAÇÃO</p><p> Objetivos de acompanhamento atingidos impondo incentivos,</p><p>restrições e penalidades ao regulado → superação das assimetrias:</p><p> Coibir a exploração oportunista;</p><p> Mitigar a discrepância entre comportamentos ex-ante e ex-post;</p><p> Minimizar o Risco Moral e a Seleção Adversa.</p><p>Impor dificuldade de revisão de regras por parte da ação política</p><p>dos regulados:</p><p> Os reguladores podem criar apoios dos favorecidos pelas novas</p><p>regras, tornando politicamente mais difícil reverter as ações</p><p>realizadas</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Teoria das FinançasPúblicas:</p><p>As finanças públicas, no Estado moderno, não somente um meio de</p><p>assegurar a cobertura para as despesas do governo; são, também,</p><p>fundamentalmente, um meio de intervir na economia, de pressionar ou</p><p>estimular a estrutura produtiva e de modificar as formas distribuição de</p><p>renda.</p><p>A atividade financeira do Estado se caracteriza pelo instrumental</p><p>necessário à obtenção de recursos, visando à viabilização do atendimento e</p><p>à satisfação das necessidades públicas.</p><p>Para Kioshi Harada, “ a finalidade do Estado é a realização do bem comum,</p><p>conceituado como sendo um ideal que promove o bem-estar e conduz a um</p><p>modelo de sociedade, que permite o pleno desenvolvimento das</p><p>potencialidades humanas.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Teoria das FinançasPúblicas:</p><p>Assim, para atender as suas obrigações definidas constitucionalmente, o</p><p>Estado necessita:</p><p>OBTER: Receitas Públicas; CRIAR: Crédito Público (endividamento); PLANEJAR</p><p>E GERIR: Orçamento Público; DESPENDER: Despesa Pública.</p><p>Cabe salientar que, para exercer sua atividade financeira, o Estado deverá</p><p>observar e cumprir as normas jurídicas específicas reguladoras da matéria,</p><p>caracterizada como objeto de estudo do Direito Financeiro.</p><p>De uma forma geral, a teoria das finanças públicas gira em torno da</p><p>existência das falhas de mercado que tornam necessária a presença do</p><p>governo, o estudo das funções do governo, da teoria da tributação e do gasto</p><p>público.</p><p>As falhas de mercado: são fenômenos que impedem que a economia alcance</p><p>o ótimo de Pareto, ou seja, o estágio de welfare economics, ou estado de</p><p>bem estar social através do livre mercado, sem interferência do governo. São</p><p>elas...</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Teoria das FinançasPúblicas:</p><p> 1- Existência dos bens públicos: bens que são consumidos por diversas pessoas ao</p><p>mesmo tempo – ex. rua. Os bens públicos são de consumo indivisível e não excludente.</p><p>Assim, uma pessoa adquirindo um bem público não tira o direito de outra adquiri-lo</p><p>também.</p><p> 2- Existência de monopólios naturais: monopólios que tendem a surgir devido ao</p><p>ganho de escala que o setor oferece – ex. água, energia. O governo acaba sendo</p><p>obrigado a assumir a produção ou criar agências que impeçam a exploração dos</p><p>consumidores.</p><p> 3- As externalidades: uma fábrica pode poluir um rio e ao mesmo tempo gerar</p><p>empregos. Assim, a poluição é uma externalidade negativa porque causa danos ao meio</p><p>ambiente e a geração de empregos é uma externalidade positiva por aumentar o bem</p><p>estar e diminuir a criminalidade. Ogoverno deverá agir no sentido de inibir atividades que</p><p>causem externalidades negativas e incentivar atividades causadoras de externalidades</p><p>positivas.</p><p> 4- Desenvolvimento, emprego e estabilidade: principalmente em economias em</p><p>desenvolvimento a ação governamental é muito importante no sentido de gerar</p><p>crescimento econômico através de bancos de desenvolvimento, criar postos de trabalho</p><p>e de buscar a estabilidade econômica.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Bens Públicos/Semi-públicos/Privados, Bens Privados</p><p>Produzidos por empresas ou entidades particulares vendidos livremente</p><p>no mercado a quem os procura sempre possível identificar quem (e</p><p>quanto) os consome sempre possível cobrar um preço só a quem os</p><p>consome (e diretamente proporcional à quantidade consumida)</p><p>apropriação individual.</p><p>Bens Públicos: Indivisibilidade: procura é coletiva impossível identificar</p><p>quem consome, impossível medir a quantidade consumida por cada um,</p><p>impossível cobrar um preço apenas a quem consome impossibilidade de</p><p>exclusão: uma vez disponível para um, está disponível para todos não é</p><p>possível excluir ninguém da sua utilização produção (ou provisão) pelo</p><p>Estado financiado através de impostos.</p><p>Semi-Públicos: Tecnicamente são bens privados, mas o Estado ajuda a</p><p>prover (e a financiar, subsidiando) parte significativa desses bens e</p><p>serviços em causa: a dignidade da pessoa humana e a qualidade de vida.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Arelação entre as falhas de mercado:</p><p>• Os problemas que ocorrem em função da ineficiência do mercado se</p><p>sobrepõem.</p><p>• Cabe portanto a sociedade solucioná-los.</p><p>• Deixando de lado as diferenças políticas e ideológicas, bem como a</p><p>visão dessas sobre a eficiência do mercado para conduzir a sociedade</p><p>ao bem estar.</p><p>• O governo é necessário para guiar, corrigir e complementar o sistema</p><p>de mercado.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Cabe portanto a sociedade solucioná-los.</p><p>• Nas sociedades modernas a relação econômica e social precisa de um</p><p>agente capaz de intermediar os conflitos.</p><p>• As distorções da economia de mercado, toram a distribuição da renda</p><p>na economia desigual.</p><p>• A segurança nacional deve ser resguardada.</p><p>• A oferta de moeda para as relações financeiras.</p><p>• A saúde dos pessoas é um elemento necessário para a produtividade</p><p>dos agentes econômicos.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Cabe portanto a sociedade solucioná-los.</p><p>• Utilizando os instrumentos de intervenção econômica de que dispõe o</p><p>Estado, o Governo desenvolve as seguintes funções com objetivos</p><p>específicos, porém inter-relacionados e, em muitos casos, conflitantes,</p><p>demandando dessa forma coordenação macroeconômica. São as</p><p>seguintes as funções e respectivos propósitos da intervenção</p><p>econômica do Governo na economia:</p><p>• Função alocativa: coordenar i ajuste na alocação de recursos;</p><p>• Função distributiva: ordenar a situação de equilíbrio da distribuição da</p><p>riqueza e da renda; e</p><p>• Função estabilizadora: garantir estabilidade ao processo econômico.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Oobjetivoda política fiscal e as funçõesdo governo</p><p>• Alocativa</p><p>• Distributiva</p><p>•</p><p>• Estabilizadora.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> AfunçãoAlocativa</p><p>• Está associada a forte de bens públicos:</p><p>• O financiamento dos bens públicos ocorre de forma compulsória</p><p>através dos impostos.</p><p>• Infra-estrutura econômica.</p><p>• Rodovias, Ferrovias, Portos, Aeroportos, Saneamento Básico, Energia e</p><p>outros.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Afunçãodistributiva</p><p>• Está associada a distribuição de renda na economia.</p><p>• Distribuição de fatores de produção - Capital, Terra e Trabalho.</p><p>• Programas de transferência de renda (Bolsa Família).</p><p>• Programas de subsídios a setores econômicos, o caso do setor primário.</p><p>• Tributação das famílias de renda mais elevada e subsidiando os</p><p>indivíduos de renda mais baixa.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Ogastopúblico:</p><p>Temos observado um fenômeno de crescente participação do gasto</p><p>público no PIB em todas as principais economias mundiais. Esse fato é</p><p>historicamente explicado pelo envelhecimento da população e pelo</p><p>processo de urbanização. É importante ressaltar que a elevação do</p><p>gasto público tem sido total ou parcialmente compensada com</p><p>elevação tributária, não causando grandes impactos no percentual da</p><p>dívida dobre o produto interno.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Teoria da tributação:</p><p>O imposto de renda é uma tributação direta muito eficaz. Segundo dados</p><p>históricos, o IRPF tem apresentado</p><p>características de progressividade ao</p><p>longo do tempo. Infelizmente o IRPJ não tem alcançado muito sucesso.</p><p>Além de inibir a produção ele pode causar perda de competitividade do</p><p>produto nacional frente ao produto importado, pelo o que se observa. O</p><p>imposto sobre o patrimônio, como o IPTU e o IPVA, são de fácil cobrança e</p><p>controle e tendem a penalizar os indivíduos com maior poder aquisitivo.</p><p>Entretanto, o IPTU, por exemplo, é falho no momento em que o inquilino de</p><p>um imóvel paga o imposto ou um estabelecimento comercial encarece seus</p><p>produtos, embutindo tal imposto nos preços. O imposto sobre as vendas,</p><p>embora muito utilizado, não é o mais indicado por questões de</p><p>progressividade. Além disso, um bem com maior número de etapas de</p><p>produção é mais penalizado do que os demais.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Teoria da tributação:</p><p>Pelo conceito da equidade, cada indivíduo deve contribuir com uma</p><p>quantia justa; pelo conceito da progressividade, as alíquotas devem</p><p>aumentar à medida que são maiores os níveis de renda dos contribuintes;</p><p>pelo conceito da neutralidade, a tributação não deve desestimular o</p><p>consumo, produção e investimento; e, por fim, pelo conceito da</p><p>simplicidade, o cálculo, a cobrança e a fiscalização relativa aos tributos</p><p>devem ser simplicados a fim de reduzir custos administrativos.</p><p>Impostos são tributos cobrados cujo valor arrecadado não tem um fim específico.</p><p>As contribuições são tributos cujos recursos devem ser legalmente destinados a</p><p>finalidades pré-estabelecidas. Taxas são tributos para manutenção do</p><p>funcionamento de um serviço dirigido a uma comunidade de indivíduos.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> AfunçãoEstabilizadora:</p><p>• Surge com mais ênfase com a crise de 29, através dos trabalhos do</p><p>economista John Maynard Keynes.</p><p>• Segundo Keynes, o limite do emprego era dado pelo nível de</p><p>demanda da economia: As firmas só iriam contratar se tivessem uma</p><p>expectativa positiva quanto as suas vendas.</p><p>• Dessa maneira, Keynes destacou o papel do estado para induzir a</p><p>economia mediante seus gastos.</p><p>• Neste sentido, o estado poderia ser utilizado para garantir a geração</p><p>de emprego e controle da inflação.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Instrumentosda política fiscal para garantir a funçãoestabilizadora:</p><p>• Aumento do gasto corrente do governo;</p><p>• Aumento do investimento público em bens públicos;</p><p>• Redução da alíquota de impostos;</p><p>• Emissão de papel moeda para financiar o déficit público.</p><p>• Redução do nível de moeda disponível na economia;</p><p>• Emissão de títulos vinculados a uma taxa básica de juros.</p><p>• Reservas cambiais para intervir no preço do câmbio.</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p> Tripé dasFinançasPúblicas</p><p>Constituição Federal (1988)</p><p>Lei 4320/64</p><p>Lei Complementar 101/2000 (LRF)</p><p>Ainda:</p><p>Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p>3. Conceitos Básicos</p><p>LAYOUT DE DIVISOR DE SEÇÃO</p><p>Incluir subtítulo aqui</p>

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