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Historia do Brasil 821 
O ministro da guerra, general Setembrino, foi 
incumbido de apaziguar o Estado. Ao chegar a Porto 
Alegre, irrompeu, sob as janelas do hotel em que se hos­
pedara, tremenda arruaça. Visitava-o nesta ocasião - com 
a sua imperturbavel austeridade - Borges de Medeiros. 
A policia respondeu ao fogo; e ao exclamar Setembrino 
- que ela estava matando o povo - o presidente redar­
guiu: - A policia está cumprindo o seu dever, e defen­
derá a ordem, seja contra quem fôrl (1) Não era arro­
gante; era sincero. Ao governo central não convinha 
aliás a guerra civil, que se seguiria, infalível, à inter­
venção; preferiu negociar. Chegou ao acôrdo de Pedras 
Altas (nome da estancia de Assis Brasil, em que se 
firmou). pelo qual Borges continuaria no governo, porem 
mediante o compromisso da reforma constitucional que 
obstasse às reeleições, fizesse eletivos o vice-presidente do 
Estado e os intendentes municipais, e com isto atendesse 
à queixa principal dos libertadores. Borges cumpriu o 
pacto: .e a reforma da constituição de Castilhos renovou 
a vida rio-grandense. Ganhou a batalha encerrando a 
sua carreira de diretor vitalício da politica republicana. 
Na de 1924 se entronca a revolução de 1930. O regime 
orgânico de 1891 dividira até aí os partidos riogranden­
ses; a sua revogação os uniria. E dessa união resultaria, 
maciça, a sublevação contra os principias do presiden­
cialismo pessoal, das oligarquias regionais, do conluio 
federal que as protegía, moralmente destroçados nesta 
brusca transformação de costumes. 
Reviravolta. 
· Na Bahia, a coligação sobrepujava o situacionismo; 
e Seabra, numa sagaz tentativa de neutralizá-la, indicou 
para sucessor o Dr. Góes Calmon, conciliação semelhante 
(I) SERTon10 DE CAsTno, op. ci t ., p. 456. 
322 Pedro Calmon 
à de Sergio de Loreto no Recife. Passou pela cabeça do 
astuto politico desorganizar com isto a falange inimiga 
(uns a favor outros contra o candidato apolitico) for­
çando a demissão do ministro da agricultura se Bernardes 
se opuzesse ao nome do seu irmão? (1) O fato é que, ado­
tado este pela coligação, Seabra mudou de idéia, e, com 
o núcleo intransigente do partido, ficou com o de Arlindo 
Leoni. Perdeu a maioria da assembléia; eleito foi Góes 
Calmon, e por ela proclamado, se empossou, garantido, 
já então, pelo aparato de força, assim terrestre como naval, 
que convidava o governador a desistir de qualquer velei­
dade de reação. Em 29 de Março de 24 subia assim ao 
governo o ruysmo, espertado em 1917, belicoso em 1919, 
derrotado em 1920, ligado em 22 à sorte do governo 
federal. 
Novamente a rebelião. 
A legislatura de 1923 começou conturbada pelas 
"depurações" que - eliminando como de h ábito os · can­
didatos indesejaveis - ainda mais comprometeram a 
maioria no julgamento das ruas. Irineu Machado, 
favorito do eleitorado carioca, não voltou ao Senado, por­
que este, segundo o parecer do senador Pereira Lobo (e 
lhe ficou anedótica, a "matematica", n a contagem das 
urnas) reconheceu Mendes T avares. Os sucessos do Es­
tado do Rio e do Rio Grande aprofundaram o fôsso, entre 
o Catete e os adversarias civis; o pronunciamento (26 de 
Dezembro de 23) dos oficiais presos (2) agravou as dispo­
sições dos militares inconformados. Em Janeiro, chegou 
ao presidente a primeira denuncia de uma trama extensa, 
(1) A candidatura mais plauslvel era de Aurelino, a ma is falada 
a de Pedro Lago: mas o presidente se inclinou para a "de concfflação", 
de Góes Calmon, conservando com isto o seu ministro. 
(2) JUAREZ TAVORA, Â guisa d e depoimento sobre a revoluçdo bra-
1ileira de 19!/4, 1, 66, S. Paulo 1927. 
Historia do Brasil 823 
que culminaria com o ataque, quando voltasse de trem 
pelo Paraná, ao ministro Setembrino (1). Fizeram-se no 
Rio novas prisões. Seria em São Paulo a revolução: ao 
comando do antigo federalista general reformado Isidoro 
Dias Lopes (2). Deflagrou - surpreendendo as autoridades 
locais - na madrugada de 5 de Julho. 
Era presidente do Estado Carlos de Campos. Suce­
dera a Washington Luís provocando na política situacio­
nista uma cisão grave. As preferencias do P. R. P. pare­
ciam fixadas em Alvaro de Carvalho. Mais uma vez, 
prevaleceu a vontade do governo, neste caso irresistível, 
porque Bernardes apoiava Washington, que lealmente o 
apoiára nas horas decisivas. Mas enfraquecera o grupo 
dominante, cobrando energia a oposição concentrada no 
jornal de Júlio de Mesquita, esse persistente partido 
democratico cerro de que a sua oportunidade não 
tardaria. A inquietação partidária em S. Paulo favoreceu 
o plano audaz dos jóvens oficiais reunidos em torno de 
Isidoro: julgavam ter auxilio civil, ambiente propício, 
a ressonancia de elites descontentes, ansiando pela refor­
ma. . . Não lhes foi difícil espalhar a conjura pelos 
quarteis de infantaria e artilharia; e graças ao major 
Miguel Costa, se infiltraram na força publica. Era a sua 
intenção lançar um ataque súbito à cidade, que não resis­
tiria à surprêsa; e, formando dois destacamentos, atirá­
los para Santos e Barra do Pirai, engrossados por certo, no 
Vale do Paraíba, pela adesão de outras unidades. Ao 
ímpeto da arrancada as populações confraternizariam; e 
(I) SERTORIO DE CASTRO, ibid., 470, 
(2) Vd. JuARRZ TAVORA, ibid., p. 100 e segs. O golpe contra Setem­
brlno seria a 28 de Dezembro de 23, em Ponta Grossa. Era o tenente 
Magalhães Barata "alma do movimento" no Paraná, TAVORA, ibid., p. 110. 
O governo soube do plano e mandou detê-lo em S. Paulo. A delação 
- em torno dos movimentos do tenente - fez fracassar, não só o 
assalto ao trem do ministro, sinal do levante, como a revolta do general 
Isidoro, em julho, pois este, que percorria as guarnições do sul, teve 
de interromper o trabalho e se recolheu a S. Paulo com uma Impressão 
Incompleta das suas possibilidades. 
324 Pedro Calmon 
no Rio, onde não lhes faltavam adeptos, o governo, per­
plexo e impotente, havia de capitular ... (1) Falhou o 
projeto por uma série de pequenos incidentes que retar­
daram as conexões entre os grupos, e por fim, quando 
naquela antemanhã os conspiradores se apossaram, sem 
disparar um tiro, dos quarteis do bairro da Luz, lhes 
desvaneceram as possibilidades de exito. O principal 
desses imprevistos foi a ação pronta do comandante da 
região, general Abilio de Noronha, que se apresentou, mo­
mentos depois, aos quarteis da policia, onde os revolu­
cionarios tinham deixado uma guarda, e restaurou neles a 
obediencia ao governo (2) . O capitão Joaquim Tavora 
com um pelotão de cavalaria (do regimento de Miguel 
Costa) aprisionou o general: porém a este tempo, avisado 
do que ocorria, Carlos de Campos chamava a palacio os 
elementos fieis da policia e dos bombeiros e se comunicava 
telegraficamente com o Catete. 
Sublevação e,n São Paulo. 
Entre 5 e 8 de Julho travaram-se combates de rua, 
troou a artilharia, rastilhou a luta pelos quarteirões cen­
trais (3), fracassou o assalto ao palacio do presidente, não 
conseguiram os rebeldes manter-se na repartição dos cor­
reios e telegrafos, aos arredores chegaram os primeiros 
escalões legalistas. E a noticia das providencias esmaga­
dôras do governo federal! Malograram as articulações 
com o sul, o norte, o oéste, ou se reduziram, assim, em 
Mato Grosso, em Sergipe, na Amazonia, a revoltas locais, 
prontamente circunscritas (4). No Congresso Nacional 
(1) JUAREZ TAVORA, ibid., p. 176, 
(2) Vcl. Amuo DE NoRONHA, Narrando a verdade, p. 55 e segs. 
(3) Vd. AURELIANO LEITE, Dias de pavor, p. 44 e segs., S. P a ulo 
1924; e o diario d e JosÉ CARLOS DE MACEDO SOARES, Justiça, p. 25 e segs., 
Paris 1925. 
(4) Revoltou-se o 26 ele caçadores em Belem, 26 a 28 de Julho (vd . 
CANDIDO COSTA, O Livro do centenario, p. 174 e segs., Belem 1924) ; o 
28.0 , com a força publica, depôs em Aracajú o governador do Estado, 
 
 
 
 
 
 
 
Esse texto é de 2004, época em que o golpe civil-militar de 1964 completou 40 anos. A partir do 
discurso do personagem da charge, assinale a alternativa correta.a) Refere-se às consequências da lei de Anistia, criada em 1979 e responsável pelo perdão dos 
crimes políticos cometidos tanto por militares quanto por civis entre o último governo Vargas e 
o ano de 1979. 
b) Refere-se à lei de Anistia, criada em 1979 por influência do Movimento Democrático Brasileiro 
e que perdoou os crimes políticos praticados entre 1964 e 1979, inclusive os crimes de tortura 
praticados pelos militares. 
c) Refere-se ironicamente ao perdão que a Constituição de 1988 concedeu aos militares que 
torturaram ao longo do regime militar, apesar dos protestos levados adiante por diversos 
setores da sociedade civil brasileira. 
d) Ironiza o fato de os torturadores também terem sido contemplados pela lei da Anistia de 1979, 
fato que resultou na impunidade dos crimes contra a pessoa praticados pelos agentes ligados 
ao regime ditatorial. 
e) Ironiza o fato de a lei proposta pelo Comitê Brasileiro da Anistia, em 1979, ter sido emendada 
pelos constituintes da Nova República, que entenderam não serem os militares culpados pelos 
crimes contra a pessoa porque “somente recebiam ordens”. 
 
 
69 - (UFGD MS) 
 
Leia o texto a seguir 
 
 
 
"Ao se instalar no poder, em 9 de abril, os militares obrigaram a história política brasileira a dar 
uma reviravolta: com efeito, desmoronava a primeira experiência democrática que o país vinha 
construindo, aos trancos e barrancos, ao longo de dezoito anos". 
 
 
ALMEIDA, M.H.T.; WEIS, L. Carro Zero e pau-de-arara: o cotidiano da oposição 
de classe média ao regime militar. In: NOVAIS (coord). História da Vida Privada no 
Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia. Das Letras, v. 4. p. 323. 
 
 
A partir dessas considerações, é possível supor que o processo de construção democrática no Brasil 
tem apresentado avanços, todavia com alguns recuos. Sobre o período da ditadura militar no Brasil 
entre 1964 e 1985, é correto afirmar que 
 
 
a) as liberdades civis foram preservadas. 
 
b) dentre os Atos Institucionais promovidos pelo governo militar, o AI-4 foi o que permitiu 
eleições diretas para Presidente da República. 
 
c) foi implantado o bipartidarismo, com duas agremiações: a Aliança Renovadora Nacional 
(Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). 
d) muitos dos grupos de esquerda que faziam oposição ao regime militar dispunham de 
significativo apoio popular, inclusive de setores conservadores. 
e) uma das justificativas para o relativo sucesso do regime militar foi o chamado "Milagre 
Econômico", do qual todas as classes sociais do Brasil se beneficiaram, já que houve uma boa 
distribuição de renda. 
 
 
70 - (FPS PE) 
 
 
 
O golpe político-militar de 1964 desfez muitas esperanças, organizou um forte sistema repressivo e 
procurou modernizar a economia brasileira. No período em que os militares dominaram o poder 
central, houve: 
 
 
 
 
a) o fim da vida partidária, prevalecendo o autoritarismo, apesar da presença de eleições para 
governadores e deputados. 
b) o fortalecimento do parlamentarismo, com a queda dos poderes mais significativos do 
Presidente da República. 
 
c) a prevalência da violência, com censura aos partidos, mas pouca interferência no noticiário da 
imprensa. 
d) a afirmação de uma apatia crescente que impedia a renovação das ideias e a falta de 
resistência da oposição. 
e) o interesse em mudar a economia com a presença do capital internacional e investimentos 
altos no campo das comunicações. 
 
 
71 - (UCS RS) 
 
Em 31 de março de 1964, aconteceu no Brasil um golpe militar, dando início ao período ditatorial, 
que por vinte anos dominou a cena política do país. 
 
 
Considere as seguintes afirmativas sobre os acontecimentos anteriores ao golpe. 
 
 
 
I. A participação norte-americana no golpe militar ficou restrita ao apoio econômico a alguns 
empresários. Não houve atuação direta de nenhum órgão oficial daquele país, nem mesmo da 
CIA ou da embaixada americana. 
II. Havia uma radicalização política no país, liderada por correntes conservadoras, que 
trabalhavam ativamente por uma solução de força. Entre seus instrumentos estavam algumas 
organizações como o Ipes, Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais. 
 
III. Um dos trunfos dos golpistas era o apoio unânime dos governadores, que, liderados por Carlos 
Lacerda e Leonel de Moura Brizola, defendiam abertamente a renúncia ou deposição do 
presidente da República do Brasil. 
 
 
Das afirmativas acima, pode-se dizer que 
 
 
a) apenas I está correta. 
 
b) apenas II está correta. 
 
c) apenas I e II estão corretas. 
 
d) apenas II e III estão corretas. 
 
e) I, II e III estão corretas. 
 
 
 
72 - (IFSC) 
 
O período conhecido no Brasil como Ditadura Militar estende-se de 1964 a 1985 e tem como 
característica a grande repressão sobre a população. Leia e analise as proposições abaixo sobre 
algumas leis presentes neste período da história do País. 
 
 
I. O presidente Castelo Branco institui, em 1965, o Ato Institucional nº 2, pelo qual o governo 
podia cassar e suspender os direitos políticos, censurar meios de comunicação e a produção 
intelectual. 
II. Em 1968, o governo decreta o Ato Institucional nº 5, considerado o mais opressor instrumento 
dos militares, dando poder quase absoluto ao Poder Executivo. 
 
III. Apesar de ter o poder de fechar o Congresso através de uso do Ato Institucional nº 5, nenhum 
Presidente chegou a usar este poder; mesmo assim, cassaram-se alguns políticos contrários às 
leis. 
IV. Tendo por base o Ato Institucional nº 5, o governo passou a perseguir vários artistas brasileiros 
e muitos tiveram que se refugiar fora do País, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. 
 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
 
 
a) Apenas a proposição III é verdadeira. 
 
b) Apenas as proposições I, II e III são verdadeiras. 
 
c) Apenas as proposições I, II e IV são verdadeiras. 
 
d) Apenas a proposição IV é verdadeira.

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