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de cultivo (variedades de plantas resistentes, rotação de culturas, técnicas de lavoura, tempo de semeadura, plantação
ou colheita, entre outras), uso de controle biológico e uso esparso de inseticidas.
O método do macho estéril tem sido usado eficientemente na erradicação de varejeiras, uma praga do gado. Um grande número de machos, esterilizados através de
irradiação, é introduzido nas populações naturais; as fêmeas que acasalam com esses machos estéreis produzem ovos não férteis.
FILOGENIA E DIVERSIFICAÇÃO ADAPTATIVA
Nossa compreensão sobre as relações evolutivas entre os subfilos de artrópodes mudou muito na última década. O subfilo
Uniramia, que unia miriápodes e hexápodes, estava baseado no pressuposto de que os apêndices unirremes eram um caráter
derivado compartilhado (sinapomorfia) que unia esses grupos, excluindo todos os demais artrópodes. No entanto, Uniramia
não apareceu como um táxon monofilético nas filogenias baseado em caracteres moleculares, que agruparam hexápodes e
crustáceos como um clado. Os crustáceos têm apêndices birremes, de modo que uma diferença assim significativa na forma
dos apêndices foi considerada inicialmente uma forte evidência contra a hipótese de uma relação de grupo-irmão entre
hexápodes e crustáceos. Entretanto, uma vez que a base genética dos apêndices ramificados foi mais bem compreendida, ficou
claro que mudanças no número de ramificações em um apêndice poderiam surgir por intermédio de uma mudança
relativamente simples na expressão gênica. Os membros do subfilo original Uniramia foram, então, divididos entre o subfilo
Myriapoda e Hexapoda.
Agora, os hexápodes estão unidos com membros do subfilo Crustacea no clado Pancrustacea. Ambos os táxons
apresentam mandíbulas e várias filogenias recentes indicam que os pancrustáceos estão mais proximamente relacionados com
os miriápodes, um táxon mandibulado, do que com os quelicerados, os quais não têm mandíbulas.
Embora o clado Pancrustacea seja bem sustentado, a natureza da relação entre os subgrupos de crustáceos e hexápodes
está sujeita a debate. Algumas filogenias indicam uma relação de táxons-irmãos entre os crustáceos e os hexápodes, como
mostramos na Figura 19.2, mas outras indicam que os hexápodes surgiram de dentro dos crustáceos. Se esse resultado for
sustentado por estudos futuros, o subfilo Crustacea será parafilético, a não ser que seja redefinido para incluir os hexápodes.
Nas filogenias nas quais os hexápodes se originam dentro dos crustáceos, eles aparecem mais próximos aos crustáceos
braquiópodes, cefalocáridos ou remipédios. A próxima década de pesquisa deve esclarecer a posição evolutiva de Hexapoda
dentro de Pancrustacea.
Dentro de Hexapoda, a classe Entognatha é apresentada como grupo-irmão da classe Insecta na Figura 21.1, mas algumas
pesquisas indicam que as peças bucais entognatas podem ter evoluído diversas vezes, e que alguns entognatos podem estar
mais próximos dos insetos do que dos demais entognatos.
Os insetos fósseis, embora não abundantes, têm sido encontrados em número suficiente para dar uma ideia geral da
história evolutiva da classe. Embora vários grupos de artrópodes marinhos, como os trilobitas, crustáceos e xifosuros,
estivessem presentes no período Cambriano, os primeiros artrópodes terrestres – escorpiões e milípedes – não surgiram até o
período Siluriano. Os primeiros insetos, que não tinham asas, datam do período Devoniano, embora um fóssil do Siluriano
tenha sido provisoriamente identificado como um inseto.
É provável que o ancestral dos insetos tivesse uma cabeça e um tronco formado por muitos somitos semelhantes, e a
maioria ou todos eles apresentavam membros. Os primeiros fósseis de insetos tinham pequenos apêndices abdominais (e,
aparentemente, alguns apêndices multirremes, Figura 21.42), e algumas ordens apterigotas atuais (primitivamente ápteras)
apresentam estilos abdominais que são considerados pernas vestigiais. Agora, nós compreendemos que a ausência de pernas
abdominais na maioria dos insetos resulta de um padrão de expressão de certos genes Hox que evita a expressão do gene
Distal-less no abdome dos insetos, mas não no de crustáceos e onicóforos (Capítulo 20).1,2
A origem evolutiva das asas dos insetos tem permanecido um quebra-cabeça por muito tempo. As evidências baseadas
em mandíbulas de fósseis de insetos sugerem que os insetos alados existiam há cerca de 400 milhões de anos. No período
Carbonífero, diversas ordens de insetos alados (Paleoptera), a maioria delas agora extinta, surgiram. O valor adaptativo das
asas para o voo é claro, mas tais estruturas não passam à existência completamente desenvolvidas. Uma hipótese é que as asas
se desenvolveram a partir de expansões torácicas laterais que eram úteis para planar. Entretanto, essa hipótese não explica a
origem nem a função das articulações e da neuromusculatura nas protoasas que proporcionaria a base para ocorrer a seleção e
eventual evolução de asas que pudessem bater e sustentar o voo. Uma hipótese alternativa é que os insetos voadores ancestrais
derivaram de insetos aquáticos ou com juvenis aquáticos dotados de brânquias externas no tórax a partir das quais as asas
poderiam ter derivado. As brânquias torácicas e abdominais dos insetos paleozoicos aparentemente eram articuladas e
móveis, capazes de movimentos de ventilação e de natação. Elas podem ter proporcionado as estruturas morfológicas para as
“pró-asas”. A evolução de pró-asas torácicas amplamente fixadas (incapazes de proporcionar o voo) nos insetos
semiaquáticos teria aumentado a temperatura do corpo desses insetos durante o aquecimento no Sol. A expansão subsequente
dessas pró-asas torácicas para a regulação comportamental da temperatura poderia facilmente ter proporcionado o estágio
morfológico necessário para a evolução de asas verdadeiramente funcionais (Figura 21.43), grandes o suficiente para
sustentar o voo.
Figura 21.42 A. Uma ninfa de “efêmera” da Era Paleozoica, com brotos alares torácicos e brânquias abdominais.
Os brotos alares torácicos poderiam ter sido precursores das asas. B. Um inseto paleozoico com pernas
torácicas multirremes e membros abdominais multirremes vestigiais.
O ancestral alado de inseto deu origem a três linhagens, que diferiam na habilidade de dobrar suas asas. Duas delas
(Odonata e Ephemeroptera) têm asas que são mantidas abertas ou juntam suas asas verticalmente acima do abdome. A outra
linhagem apresenta asas que podem ser dobradas para trás horizontalmente sobre o abdome. Essa linhagem ramificou-se em
três grupos, todos presentes no período Permiano. Um grupo com metamorfose hemimetábola, peças bucais mastigadoras e
cercos inclui Orthoptera, Dermaptera, Isoptera e Embiidina; outro grupo com metamorfose hemimetábola e tendência a
apresentar peças bucais sugadoras inclui Thysanoptera, Hemiptera e, talvez, também Psocoptera, Zoraptera e Phthiraptera,
embora exista alguma falta de concordância entre autores com relação ao último grupo. Os insetos com metamorfose
holometábola têm a história natural mais especializada, e aparentemente formam um clado que inclui as demais ordens
neópteras (p. ex., Lepidoptera, Diptera, Hymenoptera).
 
 
 
O momento registrado pela foto pode ser visto por 
quem passeia pelas praias pessoenses de Cabo Branco, 
Tambaú ou Manaíra, durante as marés baixas. Ali se pode 
observar pescadores artesanais que usam longas redes de 
arrasto, para retirarem do mar o seu sustento e fontes de 
proteína para várias famílias. Se alguém se aproximar das 
redes, enquanto os pescadores selecionam, entre as algas, os 
organismos de seu interesse, verá que eles obtêm, 
principalmente, peixes e camarões. Com freqüência, 
também arrastam siris, águas-vivas e pequenas lulas. 
Numa breve conversa com eles, é possível se aprender 
muito sobre o mar e sobre o trabalho e a vida desses 
pescadores. Registre-se que, há alguns anos, era possível 
encontrar tatuís (pequenos crustáceos) e anfioxos nessas 
praias, eliminados em conseqüência do pisoteamento da 
areia pelas pessoas.Os organismos destacados em negrito 
correspondem, respectivamente, às seguintes categorias e 
nomes dos táxons: 
a) Filo Vertebrata / Filo Crustacea / Subclasse 
Mollusca / Subfilo Chordata 
b) Subfilo Chordata / Filo Cnidaria / Subclasse 
Gastropoda / Subfilo Chordata 
c) Subfilo Chordata / Filo Plathyhelminthes / 
Subclasse Cephalopoda / Subfilo Urochordata 
d) Subfilo Vertebrata / Filo Cnidaria / Subclasse 
Cephalopoda / Subfilo Cephalochordata 
e) Subfilo Pisces / Filo Porifera / Subclasse Mollusca 
/ Subfilo Cephalochordata 
 
 
41) (FATEC-2006) Um estudante visitou a Serra da 
Cantareira e analisou os seguintes seres vivos: 
I. sabiá 
II. musgo 
III. cotia 
IV. carpa 
Com relação a eles, fez cinco afirmações 
Assinale a única que esteja totalmente correta. 
a) Dois deles apresentam diafragma. 
b) Dois deles apresentam bico córneo. 
c) Dois deles apresentam meiose espórica. 
d) Apenas um deles apresenta meiose espórica. 
e) Todos apresentam meiose gamética. 
 
 
42) (VUNESP-2006) Segundo crenças populares, é “muito 
perigoso se aproximar ou tocar em sapos comuns, devido 
ao veneno que produzem”. Esse medo 
a) não tem fundamento, porque o veneno precisa ser 
lançado diretamente nos olhos da pessoa para fazer efeito. 
b) tem fundamento, uma vez que os sapos conseguem 
injetar o veneno quando mordem a pessoa. 
c) não tem fundamento, pois é preciso que a pele do sapo 
entre em contato com a mucosa da pessoa para que o 
veneno seja transferido. 
d) tem fundamento, pois, quando ameaçados, os sapos 
podem utilizar seus esporões para injetar veneno em quem 
os tocar. 
e) não tem fundamento, pois apenas espécies de sapos com 
cores muito vivas produzem veneno. 
 
 
43) (UNIFESP-2006) Ave brasileira conviveu com 
dinossauros. Com essa manchete, o jornal Folha de S.Paulo 
(11.08.2005) relata a descoberta, no interior do Estado de 
São Paulo, de fósseis de aves que seriam tão antigas quanto 
os dinossauros. Caso este fato se confirme, podemos 
afirmar corretamente que 
a) essa descoberta revoluciona o conhecimento sobre a 
evolução dos vertebrados. Até agora, admitia-se que as aves 
surgiram a partir dos dinossauros e, portanto, não poderiam 
ter convivido com eles. 
b) a descoberta é revolucionária por derrubar a teoria de 
que as aves descendem dos répteis. Como ambos 
conviveram num mesmo período, passa-se então a postular 
que aves tenham descendido diretamente de um grupo mais 
antigo, possivelmente dos peixes pulmonados. 
c) essa convivência derruba a informação mais aceita 
atualmente de que o Brasil é um dos poucos países do 
mundo em que não há indícios da presença de dinossauros 
no passado. Até o momento, não foi localizado fóssil algum 
desses répteis em nosso território. 
d) existe certa inadequação na manchete. O fato de os 
fósseis serem tão antigos quanto os dinossauros não prova 
que houve convivência entre aves e esses répteis, 
principalmente porque as evidências de dinossauros em 
nosso território são ainda fracas. 
e) a informação é interessante por se tratar de ave brasileira; 
porém, não é novidade que as aves conviveram com alguns 
dinossauros. Várias teorias apontam para o fato de que 
possivelmente aves e algum grupo de dinossauros tenham 
tido um ancestral comum. 
 
 
44) (VUNESP-2006) A tabela apresenta dados referentes à 
sobrevivência de uma determinada espécie de peixe em 
diferentes estágios do desenvolvimento. 
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO NÚMERO 
Ovos postos por uma fêmea 3200 
Alevinos (formas jovens originadas 
desses ovos) 
640 
Alevinos que chegam à fase de jovens 
adultos 
64 
Adultos que chegam à idade reprodutiva 2 
O gráfico representa dois modelos de curva de 
sobrevivência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Qual das linhas do gráfico, 1 ou 2, melhor 
representa a curva de sobrevivência para a espécie 
de peixe considerada na tabela? Justifique sua 
resposta. 
b) Qual a porcentagem total de mortalidade pré- 
reprodutiva (indivíduos que morrem antes de chegar à 
idade reprodutiva, considerando todas as fases de 
desenvolvimento) para essa espécie? Para que a 
espécie mantenha populações estáveis, ou seja, com 
aproximadamente o mesmo tamanho, ano após ano, 
sua taxa reprodutiva deve ser alta ou baixa? 
Justifique sua resposta. 
 
 
45) (UERJ-2006) Num experimento, foram comparadas as 
características genotípicas e fenotípicas de células retiradas 
de um tecido de anfíbio, ainda no estágio de girino, com as 
de células de tecido similar do mesmo indivíduo após 
atingir a idade adulta. 
Explique por que, entre essas células: 
a) as características genotípicas são iguais; 
b) as características fenotípicas são diferentes. 
 
 
46) (UFSCar-2006) Considere o modo de reprodução de 
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Pode-se dizer 
que na maioria das espécies de cada uma dessas classes de 
vertebrados encontramos, respectivamente, 
a) oviparidade, larvas aquáticas, larvas terrestres, 
viviparidade e viviparidade. 
b) oviparidade, ovos sem casca, fecundação interna, 
oviparidade e útero. 
c) oviparidade, larvas aquáticas, fecundação externa, 
oviparidade e mamas. 
d) larvas aquáticas, fecundação externa, oviparidade, 
cuidado parental e oviparidade. 
e) larvas aquáticas, fecundação interna, oviparidade, 
cuidado parental e viviparidade. 
 
 
47) (UECE-2006) A primeira cavidade que se forma em um 
embrião de anfíbio é o (a): 
a) blastocele; 
b) gastrocele; 
c) arquêntero 
d) celoma. 
48) (UFRJ-2006) No processo evolutivo, centenas de 
espécies podem ser criadas em um tempo relativamente 
curto. Esse fenômeno é conhecido como radiação 
adaptativa. No grupo dos répteis, ocorreu uma grande 
radiação adaptativa após o aparecimento da fecundação 
interna e do ovo amniótico; muitas espécies desse grupo 
surgiram e ocuparam o habitat terrestre. 
Explique por que o ovo amniótico facilitou a 
ocorrência dessa radiação adaptativa. 
 
 
49) (ENEM-2007) Uma equipe de paleontólogos descobriu 
um rastro de dinossauro carnívoro e nadador, no norte da 
Espanha. 
O rastro completo tem comprimento igual a 15 metros e 
consiste de vários pares simétricos de duas marcas de três 
arranhões cada uma, conservadas em arenito. 
O espaço entre duas marcas consecutivas mostra uma 
pernada de 2,5 metros. O rastro difere do de um dinossauro 
não-nadador: “são as unhas que penetram no barro — e não 
a pisada —, o que demonstra que o animal estava nadando 
sobre a água: só tocava o solo com as unhas, não pisava”, 
afirmam os paleontólogos. 
Internet: (com adaptações). 
Qual dos seguintes fragmentos do texto, considerado 
isoladamente, é variável relevante para se estimar o 
tamanho do dinossauro nadador mencionado? 
a) “O rastro completo tem 15 metros de comprimento” 
b) “O espaço entre duas marcas consecutivas mostra uma 
pernada de 2,5 metros” 
c) “O rastro difere do de um dinossauro nãonadador” 
d) “são as unhas que penetram no barro — e não a pisada” 
e) “o animal estava nadando sobre a água: só tocava o solo 
com as unhas” 
 
 
50) (FGV - SP-2007) Grupo pede US$ 400 mil para salvar os 
anfíbios. Extinção é risco para quase 2.000 espécies na 
Terra. (...) os perigos que rondam o grupo vão além do 
binômio familiar “destruição do habitat/caça”. O grande 
assassino hoje parece ser um fungo, causador da doença 
conhecida como quitridiomicose. (...) Para piorar, o avanço 
do fungo parece estar ligado ao aquecimento global, quase 
impossível de se combater hoje. 
(Folha de S.Paulo, 11.07.2006) 
Suponha que, para justificar o pedido de verbas, o 
grupo de pesquisadores tenha, dentre outros motivos, 
alegado que: 
I. Os anfíbios fazem parte de inúmeras cadeias 
alimentares que mantêm o equilíbrio do ecossistema. 
A extinção de muitas de suas espécies traria 
descontrole às populações dos organismos que lhes 
servem de presa ou que lhes são predadores. 
II. Muitas espécies de anfíbios, ainda não 
totalmente conhecidas, poderiam ser de grandeinteresse farmacológico. As secreções de algumas 
dessas espécies poderiam apresentar propriedades 
terapêuticas. 
http://www.noticias.uol.com.br/interesse farmacológico. As secreções de algumas 
dessas espécies poderiam apresentar propriedades 
terapêuticas. 
http://www.noticias.uol.com.br/

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