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CADERNO LITERATURA ENEM 2009 a 2018 48 novocadernoenem@gmail.com A) a separação entre pessoas que desfrutavam bens e outras que não tinham acesso aos bens de consumo. B) o isolamento de um número enorme de ín- dios durante todo o período da colonização. C) a supremacia dos colonizadores portugue- ses, que muito se empenharam para conquistar os indígenas. D) a constituição do patrimônio linguístico, uma vez que representa a identidade nacional do povo brasileiro. E) a aceitação da escravidão, em que seres humanos foram reduzidos à condição de objeto por seus senhores. Questão 124 (2011.2) Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despil- chado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa de primeira ganhava uma pon- chada de balastracas, reunia a gurizada da ca- sa, fazia pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miu- çada formava, catando as pratas no terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero. (LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001) A língua falada no Brasil apresenta vasta diver- sidade, que se manifesta de acordo com o lu- gar, a faixa etária, a classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação linguística destaca-se: A) por inovar na organização das estruturas sintáticas. B) pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos. C) por distinguir, no diálogo, a origem social dos falantes. D) por adotar uma grafia típica do padrão culto, na escrita. E) pelo uso de vocabulário marcadamente regi- onalista. Questão 125 (2011.2) TEXTO I Brasil africano De várias partes da África, veio a metade dos nossos antepassados no período da escravidão, entre os séculos XVII e XIX. As muitas línguas que falavam mudaram o português existente no Brasil. Da estética à culinária, dos costumes à religião, as influências também foram numero- sas e permanecem. Os estudos africanos no país remontam ao começo do século XX, mas há, ainda, muito para ser descoberto e compre- endido dessas tantas trocas culturais. TEXTO II (Cais em Salvador, em foto de Gaensly & Linder- mann, século XX) Ao relacionar-se a temática dos Textos I e II, sobre a influência africana no Brasil, constata-se que: A) fazem alusão ao fato de que a contribuição do povo africano para a cultura brasileira não é comprovada. B) revelam que os estudos referentes à contri- buição do povo africano na formação do Brasil é incipiente. C) informam que os negros foram os responsá- veis pela formação cultural do nosso país. D) demonstram que a construção da identidade nacional é marcada pela presença da cultura africana. E) remetem à ideia de que essa influência ine- xistiu no âmbito linguístico. Questão 126 (2012.1) TEXTO I Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ain- da cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lam- biscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois