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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO ALINE BÁRBARA DE LACERDA CORRÊA TORRES ROCHA DISCIPLINA: GESTÃO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA TURMA: 334377 ATIVIDADE 2 PADRÕES DE QUALIDADE DO AR RIO DE JANEIRO, 2024 5 1. ESCOLHA DA REGIÃO: A região escolhida para realizar esta atividade foi a cidade do Rio de Janeiro. Para esta escolha foram considerados critérios como: · Nível de Industrialização: A cidade tem um alto nível de industrialização, especialmente em áreas como a Baía de Guanabara, com poluentes industriais significativos. · Densidade Populacional: Alta densidade populacional, especialmente na Zona Sul, Centro e Zona Norte, contribui para o aumento da poluição veicular e atmosférica. · Presença de Áreas Verdes: Embora o Rio tenha áreas verdes significativas, elas são insuficientes para contrabalançar os níveis de poluição, especialmente nas zonas urbanas mais densas. · Histórico de Poluição do Ar: A cidade enfrentou e continua enfrentando problemas relacionados à poluição do ar, com destaque para a poluição veicular e industrial, além de queimadas, que agravam a qualidade do ar durante períodos críticos. 2. PESQUISAS EM BANCOS DE DADOS E SITES: · Padrões de Qualidade do Ar para o Rio de Janeiro: No Brasil, os padrões de qualidade do ar são estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), por meio da Resolução nº 491/2018. Esses padrões seguem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e são focados na proteção da saúde humana e do meio ambiente. Os limites para os principais poluentes, para uma cidade como o Rio de Janeiro, são: · PM10 (Partículas Suspensas com diâmetro inferior a 10 micrômetros): 50 µg/m³ para uma média diária; 40 µg/m³ para a média anual. · PM2.5 (Partículas Suspensas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros): 25 µg/m³ para uma média diária; 10 µg/m³ para a média anual. · Ozônio (O₃): 180 µg/m³ para uma média horária; 100 µg/m³ para a média diária. · Dióxido de enxofre (SO₂): 125 µg/m³ para uma média horária; 40 µg/m³ para a média diária. · Dióxido de nitrogênio (NO₂): 200 µg/m³ para uma média horária; 40 µg/m³ para a média anual. · Monóxido de carbono (CO): 10 mg/m³ para uma média horária. · Dados Históricos de Poluentes Atmosféricos no Rio de Janeiro: A cidade do Rio de Janeiro possui monitoramento da qualidade do ar, principalmente feito pela Secretaria do Ambiente (SEA) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA). · PM10 e PM2.5: A poluição por partículas finas é uma preocupação constante, especialmente em áreas urbanas com alta concentração de veículos e atividades industriais. · Ozônio (O₃): Os níveis de ozônio podem variar ao longo do dia, com picos maiores em períodos de alta radiação solar, principalmente em áreas com tráfego intenso. · Dióxido de enxofre (SO₂): Esse poluente pode vir de indústrias localizadas em regiões portuárias e da queima de combustíveis fósseis. · Monóxido de carbono (CO): O principal responsável pelo aumento dessa substância no ar é a queima de combustíveis em veículos, especialmente em horários de pico. · Dióxido de nitrogênio (NO₂): Esse gás está associado ao tráfego de veículos e processos industriais que utilizam combustíveis fósseis. Esses dados são frequentemente disponibilizados no site do INEA e também na Plataforma de Monitoramento da Qualidade do Ar. As estações de monitoramento estão distribuídas pela cidade em pontos estratégicos, como a zona sul, zona norte, e áreas industriais. · Fontes de Poluição na Região do Rio de Janeiro: · Veículos automotores: São a principal fonte de poluentes como NO₂, CO e PM2.5. O intenso tráfego de carros e caminhões na cidade contribui significativamente para a poluição atmosférica. · Queimadas e queimadas urbanas: Durante períodos secos, queimadas irregulares, tanto urbanas quanto em áreas rurais próximas, podem elevar os níveis de poluentes como PM10 e PM2.5. · Indústrias: Indústrias situadas nas áreas portuárias e na Baía de Guanabara, como refinarias de petróleo e fábricas, são fontes de emissão de poluentes como SO₂, NOx e CO. · Setor de construção civil: Além do uso de maquinário pesado, as atividades de construção geram grandes quantidades de poeira, impactando os níveis de PM10 e PM2.5. · Atividades domésticas: O uso de combustíveis sólidos, como carvão e lenha, em regiões periféricas ou favelas pode elevar os níveis de partículas finas e monóxido de carbono. · Mapas de Concentração de Poluentes: · Plataforma de Monitoramento da Qualidade do Ar: A plataforma do INEA oferece informações em tempo real e históricos sobre a qualidade do ar na cidade, incluindo mapas de concentração dos principais poluentes. · Relatórios anuais e mensais: O INEA e a SEA publicam relatórios detalhados que incluem mapas de concentração de poluentes e suas variações ao longo do tempo. · Legislação Ambiental Relacionada a Qualidade do Ar: · Conama (Resolução nº 491/2018): Estabelece os padrões de qualidade do ar para os poluentes mais comuns no Brasil. · Lei Estadual nº 3.657/2001: Estabelece diretrizes e políticas públicas para a melhoria da qualidade do ar no Estado do Rio de Janeiro. · Plano de Qualidade do Ar (PQA): A Secretaria do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) elaboram planos e programas de monitoramento e controle da poluição do ar, como o PQA do Estado do Rio de Janeiro, que inclui ações específicas para reduzir os níveis de poluentes. Além disso, o município pode adotar medidas pontuais como: · Programa de Inspeção Veicular: Regula a emissão de poluentes por veículos automotores, promovendo a fiscalização e controle de emissões. · Plano de Manejo das Queimadas: Focado em reduzir as queimadas urbanas e rurais no estado. 3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS: · Períodos de Maior Umidade: · Verão (dezembro a março): Durante o verão, a umidade relativa do ar no Rio de Janeiro tende a ser mais alta, geralmente superior a 80%. Isso ocorre devido à maior presença de chuvas e à proximidade do oceano Atlântico, que contribui para a umidade atmosférica. · A umidade elevada ajuda a diluir os poluentes no ar, tornando sua dispersão mais eficaz, mas também pode aumentar a sensação de desconforto em dias com poluição alta, especialmente por meio de ozônio e partículas finas. · Períodos de Menor Umidade: · Outono e inverno (abril a setembro): Nesses períodos, a umidade relativa tende a cair, ficando em torno de 50% a 60%. A falta de chuvas e a maior incidência de ventos secos contribuem para a diminuição da umidade, especialmente nas áreas mais afastadas da costa, como na Zona Norte e na Baixada Fluminense. · A menor umidade pode agravar os níveis de poluição atmosférica, já que a dispersão de poluentes, como material particulado e gases poluentes, tende a ser menos eficiente. Isso pode levar a uma maior concentração de poluentes no ar, especialmente em regiões industriais e urbanas. · Relação entre os Níveis de Substâncias Poluentes e as Fontes Emissoras Os principais poluentes da cidade do Rio de Janeiro estão intimamente ligados a suas fontes emissoras. A cidade enfrenta uma combinação de emissões de veículos, indústrias, queimadas e setor de construção civil, que contribuem para a poluição atmosférica de maneiras distintas. · Material Particulado (PM10 e PM2.5): - Veículos: A queima de combustíveis fósseis em automóveis, ônibus e caminhões, especialmente aqueles que não são bem mantidos, é uma das principais fontes de PM10 e PM2.5. - Construção civil: O uso de maquinário pesado e o movimento de terra e areia também são responsáveis por emissões significativas de partículas em suspensão. - Indústrias: As atividades industriais, especialmente as situadas nas áreas da Baía de Guanabara e em zonas industriais da Baixada Fluminense, geram emissões de partículas devido ao processamento de materiais como cimento, metais e produtos químicos. · Dióxido de Nitrogênio (NO₂) e Monóxido de Carbono (CO): - Veículos: São as principais fontes de NO₂ e CO no Rio de Janeiro, especialmente nas áreas mais congestionadas. Esses poluentes resultam da queima incompletade combustíveis fósseis. - Indústrias: Algumas indústrias, como refinarias e fábricas, também emitem NO₂ durante processos de combustão. · Ozônio (O₃): - O ozônio troposférico é formado pela reação fotoquímica entre NOx (gases de óxidos de nitrogênio) e compostos orgânicos voláteis (COVs) na presença da luz solar intensa. No Rio de Janeiro, a combinação de tráfego intenso e altas temperaturas pode resultar em níveis elevados de ozônio, especialmente em períodos de verão. · Dióxido de Enxofre (SO₂): - Indústrias: O SO₂ é emitido principalmente pelas indústrias, como refinarias de petróleo e termelétricas, especialmente nas áreas de maior concentração industrial, como na Baía de Guanabara e nas regiões portuárias. · Impactos da Poluição na Saúde Humana e no Meio Ambiente · Impactos na Saúde Humana: · Problemas Respiratórios: - PM10 e PM2.5: As partículas finas podem penetrar nos pulmões e causar ou agravar doenças respiratórias como asma, bronquite e doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Também podem agravar condições cardiovasculares. - Ozônio (O₃): A exposição ao ozônio em níveis elevados pode irritar os pulmões, causar dificuldades respiratórias e aumentar o risco de infecções respiratórias. Também está associado ao agravamento de doenças cardíacas e pulmonares. · Problemas Cardiovasculares: - O NO₂, CO e outros poluentes atmosféricos também estão relacionados ao aumento de problemas cardiovasculares, como infartos e doenças cardíacas, devido ao estresse adicional que exercem sobre o sistema circulatório. · Efeitos Crônicos e Mortalidade Prematura: - Exposição prolongada à poluição pode resultar em doenças crônicas e até mesmo aumentar a mortalidade precoce, especialmente para aqueles que vivem em áreas com alta concentração de poluentes. · Impactos no Meio Ambiente: · Vegetação e Áreas Verdes: - O ozônio e o dióxido de enxofre podem afetar a fotossíntese das plantas, prejudicando a saúde da vegetação, especialmente em áreas de grande tráfego e industrialização. - A poluição do ar também pode acelerar o processo de degradação de solos e vegetação. · Água e Solo: - Os poluentes atmosféricos, como o SO₂, podem reagir com a água na atmosfera, formando chuvas ácidas, que afetam a qualidade da água e o solo, prejudicando ecossistemas e a agricultura. · Qualidade do Ar e Clima: - Poluentes como NOx, SO₂ e COVs contribuem para a formação de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄), que têm impacto direto sobre o aquecimento global. · Conformidade com os Padrões de Qualidade do Ar Estabelecidos · Padrões de Qualidade do Ar: Os limites para os principais poluentes, como PM10, PM2.5, NO₂, SO₂, ozônio e CO, são estabelecidos para proteger a saúde da população e a qualidade ambiental. · Monitoramento e Conformidade: Estações de monitoramento estão espalhadas pela cidade e monitoram a qualidade do ar em tempo real. A Plataforma de Monitoramento da Qualidade do Ar do INEA é uma das principais ferramentas para a divulgação desses dados. · Situação Atual: A cidade enfrenta períodos de não conformidade, especialmente em zonas de maior concentração de veículos e indústrias, como a Zona Norte, Centro da cidade e a área da Baía de Guanabara. Durante os meses mais quentes e secos, o Rio de Janeiro tem experimentado picos de poluição, especialmente em relação ao ozônio e partículas finas (PM2.5 e PM10), em desacordo com os padrões de qualidade do ar. 4. DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DO AR NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: · Fatores Influenciadores da Qualidade do Ar no Rio de Janeiro - Crescimento populacional e urbanização: A cidade possui uma densa concentração populacional, especialmente na Zona Sul, Centro e Zona Norte. A alta densidade populacional é um dos principais fatores que contribuem para a emissão de poluentes, principalmente devido ao intenso tráfego de veículos e à concentração de atividades comerciais e industriais. - Indústria e atividades portuárias: A presença de grandes indústrias, especialmente na Baía de Guanabara e nas regiões portuárias, como as refinarias de petróleo e indústrias químicas, também é um fator significativo. Essas indústrias emitem grandes volumes de dióxido de enxofre (SO₂), partículas finas (PM10 e PM2.5) e gases de efeito estufa, impactando diretamente a qualidade do ar nas áreas ao redor. - Veículos e trânsito intenso: O Rio de Janeiro tem uma alta frota de veículos (carros, ônibus, caminhões e motocicletas), especialmente nas zonas mais congestionadas como o Centro, Barra da Tijuca e Zona Norte. Os veículos a combustão, em especial os mais antigos, são os principais emissores de dióxido de nitrogênio (NO₂), monóxido de carbono (CO) e material particulado (PM10 e PM2.5), exacerbando a poluição do ar, principalmente em horários de pico. - Queimadas e atividades agrícolas: Em períodos de seca, as queimadas em áreas urbanas e periféricas também contribuem significativamente para a emissão de material particulado. Isso ocorre principalmente em regiões mais periféricas e em áreas de favelas, onde o uso do fogo para limpeza de terrenos é comum. - Clima e condições meteorológicas: A umidade relativa do ar e a temperatura também desempenham papéis importantes. Durante a estação seca (outono e inverno), a umidade baixa e as altas temperaturas podem aumentar os níveis de poluentes, pois a dispersão dos poluentes se torna mais difícil. · Principais Poluentes e Suas Fontes na Cidade do Rio de Janeiro · Material Particulado (PM10 e PM2.5): - Fontes: Veículos automotores, atividades industriais, construção civil, queimadas e o tráfego de carga no Porto. - Efeitos na saúde: Poluição por partículas finas está associada a problemas respiratórios como asma, bronquite, e doenças pulmonares crônicas, além de doenças cardiovasculares. · Dióxido de Nitrogênio (NO₂): - Fontes: Emissões de veículos e atividades industriais. O NO₂ também é um dos principais precursores do ozônio troposférico (O₃), em reações fotoquímicas. - Efeitos na saúde: A exposição prolongada a NO₂ está associada a doenças respiratórias, agravamento da asma e redução da função pulmonar. · Monóxido de Carbono (CO): - Fontes: Principalmente emissões de veículos a combustão interna, especialmente em áreas com tráfego intenso e congestionado. - Efeitos na saúde: O CO pode causar dores de cabeça, náuseas e, em níveis mais elevados, pode levar à intoxicação e até à morte em casos graves. · Ozônio (O₃): - Fontes: Não é emitido diretamente, mas é formado por uma reação química entre NOx e COVs (Compostos Orgânicos Voláteis) sob a luz solar intensa. Portanto, a emissão de NOx por veículos e indústrias é uma fonte indireta de ozônio. - Efeitos na saúde: O ozônio pode irritar as vias respiratórias e agravar doenças como asma e bronquite. · Dióxido de Enxofre (SO₂): - Fontes: Emissões industriais (especialmente refinarias de petróleo e usinas termelétricas), além de processos de combustão de combustíveis fósseis. - Efeitos na saúde: O SO₂ pode irritar os pulmões e exacerbar doenças respiratórias. A exposição crônica pode levar a problemas mais graves como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). · Qualidade do Ar e Impactos na Saúde Humana - Doenças respiratórias: Asma, bronquite e outras doenças respiratórias são comuns em áreas de alta poluição. A poluição por material particulado (PM10 e PM2.5) é particularmente grave, pois essas partículas são pequenas o suficiente para serem inaladas e penetrar nos pulmões, causando inflamação e agravamento de condições respiratórias. - Problemas cardiovasculares: A exposição prolongada a NO₂ e CO está associada a doenças cardíacas, como infartos e derrames. Além disso, a poluição atmosférica aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pode resultar em mortalidade prematura. - Agravamento de condições preexistentes: Indivíduos com doenças crônicas, como doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) ou doenças cardiovasculares, são mais vulneráveis aos efeitos da poluição atmosférica. - Picos de poluição e eventos sazonais: Durante períodos dealta temperatura e radiação solar intensa (tipicamente no verão), o ozônio troposférico pode atingir níveis prejudiciais à saúde. Além disso, a temporada de queimadas pode aumentar significativamente os níveis de material particulado. · Conformidade com os Padrões de Qualidade do Ar - PM10 e PM2.5: Os níveis de partículas finas frequentemente excedem os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018 e as diretrizes da OMS. A poluição por partículas finas está especialmente concentrada em áreas com trânsito intenso e atividades industriais. - Ozônio (O₃): O ozônio troposférico também pode ultrapassar os limites em certas épocas do ano, especialmente durante os meses mais quentes, quando as reações químicas para sua formação são mais intensas devido à radiação solar. - NO₂ e CO: Embora o NO₂ e o CO possam estar dentro dos limites aceitáveis em algumas áreas, os picos de emissão, principalmente nos horários de pico, continuam sendo uma preocupação. O trânsito intenso e a queima de combustíveis fósseis aumentam a emissão desses poluentes. - SO₂: As emissões de SO₂, embora mais localizadas em regiões industriais, podem exceder os limites em áreas de proximidade das refinarias e outras fontes industriais. · Mapa de Concentração de Poluentes e Regiões Críticas - Centro e Zona Sul: Devido ao tráfego intenso, ao comércio e à concentração de serviços. - Zona Norte e Zona Oeste: Devido à presença de indústrias e à maior densidade populacional, com picos de poluição em horários de pico. - Baía de Guanabara: A área portuária e industrial é uma das mais impactadas, com níveis elevados de SO₂ e NOx. 5. PROPOSTAS DE MEDIDAS DE MITIGAÇÃO Para melhorar a qualidade do ar na cidade do Rio de Janeiro, é fundamental adotar um conjunto de medidas de mitigação que considerem os aspectos técnicos econômicos e sociais. Essas medidas devem abordar tanto as fontes de poluição quanto as condições que agravam a dispersão dos poluentes, além de envolver a população e os setores produtivos no processo de transformação. · Medidas Técnicas · Aperfeiçoamento do Sistema de Transporte Urbano · Promoção de veículos elétricos e híbridos: - Incentivar a transição para veículos elétricos e híbridos, oferecendo isenções fiscais (IPVA, rodízio) e subsídios para a compra de veículos mais limpos. - Investir em infraestrutura de recarga de veículos elétricos, como postos de carregamento em pontos estratégicos da cidade (estacionamentos públicos, áreas comerciais e rodovias). · Implementação de sistemas de transporte público de baixa emissão: - Substituição gradual da frota de ônibus a diesel por ônibus elétricos ou movidos a biocombustíveis. - Expansão de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e metrôs, incentivando o uso de transporte coletivo como alternativa ao uso individual de carros. · Implementação de faixas exclusivas para ônibus e carpooling: - Criação e ampliação de faixas exclusivas para ônibus e carpooling (carros com mais de um ocupante) para incentivar o transporte público e o uso de veículos compartilhados, reduzindo o número de carros nas vias. · Redução da Emissão de Poluentes Industriais · Tecnologia de captura e tratamento de emissões: - Incentivar a adopção de tecnologias limpas nas indústrias, como filtros de partículas, sistemas de captura de carbono e processos de combustão mais eficientes. - Conceder incentivos fiscais e financiamento para a modernização de plantas industriais, com foco em tecnologias de redução de emissões de SO₂, NOx e partículas finas. · Monitoramento e fiscalização mais rigorosos: - Fortalecer a fiscalização ambiental, aumentando o número de auditorias e inspeções nas indústrias e verificando a conformidade com os limites de emissão estabelecidos por lei. O uso de tecnologia de monitoramento remoto pode ser utilizado para detectar em tempo real as emissões ilegais. - Implementar um sistema de “licenciamento ambiental verde” para as indústrias que utilizam tecnologias e práticas sustentáveis, premiando as empresas que mantêm padrões elevados de controle de poluição. · Combate às Queimadas e Controle de Resíduos · Incentivo a alternativas sustentáveis para o uso do fogo: - Propor a substituição das queimadas por tecnologias de compostagem e uso de técnicas agrícolas sustentáveis nas áreas rurais e periféricas. - Apoiar o desmatamento zero e o uso de técnicas como o agroflorestal e o manejo sustentável de vegetação para prevenção de queimadas. · Promoção da gestão adequada de resíduos sólidos: - Ampliação da coleta seletiva e incentivo à reciclagem, com a criação de pontos de coleta em áreas estratégicas. - Incentivar a compostagem doméstica para a redução de resíduos orgânicos, evitando a queima ao ar livre. · Melhoria no Planejamento Urbano e Infraestrutura Verde · Aumento de áreas verdes e arborização: - Expandir as áreas verdes urbanas com a criação de novos parques e jardins urbanos, como o Parque Madureira, e aumentar a arborização de vias e calçadas, especialmente nas áreas mais poluídas. - Criar o programa "Rua Verde", que transforma ruas de áreas densamente urbanizadas em espaços mais verdes, com árvores, vegetação e espaço para pedestres e ciclistas, reduzindo a poluição atmosférica local e a sensação de calor. · Redução de áreas impermeabilizadas: - Reduzir o uso de pavimentação em áreas de impermeabilização do solo e incentivar o uso de materiais permeáveis para pavimentação em bairros e centros comerciais, contribuindo para a redução da temperatura urbana e o aumento da absorção de poluentes pelo solo. · Medidas Econômicas · Incentivos Fiscais e Subsídios · Criação de incentivos fiscais para empresas e cidadãos: - Propor isenção de impostos como IPVA e ICMS para veículos elétricos e híbridos. - Oferecer subsídios financeiros para empresas que investirem em tecnologias limpas e reduzirão suas emissões atmosféricas. - Descontos fiscais para áreas industriais que implementarem sistemas de tratamento de emissões e adotarem práticas mais sustentáveis. · Tributação sobre Emissões · Implementação de uma "taxa de poluição": - Criar um sistema de tributação sobre emissões, em que as empresas e veículos que emitem poluentes além dos limites legais paguem taxas adicionais. - Os recursos obtidos por essa taxa podem ser destinados a programas de saúde pública e infraestrutura verde na cidade. · Apoio ao Desenvolvimento Sustentável · Criação de fundos de financiamento verde: - Estabelecer um fundo de financiamento para projetos de infraestrutura verde, transporte público e desenvolvimento sustentável, com participação do setor privado, ONGs e bancos de desenvolvimento. - Apoiar startups e empresas inovadoras que trabalhem com tecnologias limpas ou soluções ambientais, através de linhas de crédito com juros baixos. · Medidas Sociais · Educação e Conscientização · Campanhas educativas de sensibilização: - Desenvolver campanhas de conscientização sobre a poluição do ar, seu impacto na saúde e a importância da mudança de comportamento, como redução do uso de automóveis, adoção de transporte público e reciclagem de resíduos. - Utilizar redes sociais, escolas e comunidades locais para engajar a população em práticas mais sustentáveis. · Programas de capacitação profissional: - Criar programas de capacitação e qualificação profissional em setores relacionados a tecnologias sustentáveis, como energia solar, veículos elétricos e gestão ambiental, oferecendo cursos gratuitos ou subsidiados para a população. · Promoção de Mobilidade Sustentável · Incentivo ao uso de bicicletas e transporte não motorizado: - Expandir a rede de ciclovias e calçadas, criando rotas de cicloturismo e espaços seguros para pedestres. - Implementar um sistema de compartilhamento de bicicletas (bike-sharing) para facilitar a mobilidade sustentável e reduzir o uso de carros. · Criação de zonas de emissão controlada: - Definir zonas de baixa emissão em áreas mais poluídas da cidade, restringindo o tráfego de veículos altamente poluentes e promovendo o uso de transporte público e bicicletas. · Acessoà Saúde e Monitoramento da Qualidade do Ar · Ampliação do acesso a cuidados de saúde: - Estabelecer programas de saúde pública focados na prevenção de doenças respiratórias e cardiovasculares causadas pela poluição do ar, especialmente nas áreas mais afetadas, como a Zona Norte e o entorno da Baía de Guanabara. - Criar centros de monitoramento da saúde para detectar doenças relacionadas à poluição e orientar a população sobre formas de proteção, como uso de máscaras e limitações de atividades físicas ao ar livre em dias de alta poluição. · Participação Comunitária · Envolvimento da população nas decisões: - Criar conselhos municipais de meio ambiente onde os cidadãos possam sugerir e participar de decisões sobre políticas públicas de qualidade do ar. - Fomentar a participação da sociedade civil organizada na implementação e fiscalização de políticas de melhoria da qualidade do ar. 6. REFERÊNCIAS 1) https://www.inea.rj.gov.br/ar-agua-e-solo/ 2) https://energiaeambiente.org.br/qualidadedoar/ 3) https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/qualidade-ambiental-e-meio-ambiente-urbano/qualidade-do-ar/guia-tecnico-para-o-monitoramento-e-avaliacao-da-qualidade-do-ar.pdf 4) https://cnm.org.br/cms/images/stories/Links/06062019_16_medidas_pela_qualidade_do_ar_nas_cidades.pdf 5) https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/noticias/conama-aprova-prazos-para-novos-padroes-de-qualidade-do-ar/copy_of_ApresentaonoConamaAdalbertoMaluf.pdf 6) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14850.htm 7) https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/54963/9789275724613_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y image1.jpg