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Aula dia 12.08 -É uma aula importante, temos uma parte inicial de introdução, para sabermos o que buscar na parte da psicologia e depois no manejo com a criança, temos que conhecer cada criança em cada período dela de desenvolvimento. -Depois disso, temos outro ponto que é a parte que envolve a atitude paterna, que tem um peso muito grande... na condução e no comportamento infantil. Vamos saber diferenciar o que é normal para cada idade e o que tem influência dos pais de positivo ou negativo. -Se atende uma criança mimada, tem um traço de personalidade dela mesma mas tem uma influência de quem cuida dela. Depois vamos ver a condução dentro da clínica diferenciando cada tipo criança difícil... aquela criança realmente bem difícil é a mimada. Vamos aprender direcionar, lidar com esse tipo de criança, não podemos deixar de ter controle da situação, nossa imposição e agrado, temos que achar um equilíbrio, ai sim teremos a conquista da confiança, segurança para o tratamento... -A gente precisa alguma informação do paciente inicial, é um ponto principal para sabermos onde chegar com a criança ou não, se podemos agachar para recebe-la, se for uma mimada provavelmente eles nos recebem com empurrão, tapa, cuspida... -Muitas vezes somos testemunha da criança batendo nos pais, se acontecer conosco temos que repreender aquela situação o nosso controle de voz entra nesse momento. -A maioria das vezes, o tratamento é com os pais fora da sala, para reforçarmos o ponto de vista, independente deles estarem juntos ou não, mas com a presença deles traz uma situação de que a criança se sente mais dominadora da situação, e temos que mostrar que naquele ambiente a voz de comando é nossa. -O manejo em grande maioria dos casos, é em função de diálogo. -Não podemos ser somente tecnicista, que é de domínio nosso, mas não temos que dar as costas para o lado psicológico e educacional. Transferimos para pediatria o ART que é especificamente pra odontoped, mas já tem uma abertura até pra adulto em dente permanente, mas também nos colocamos em um ponto especifico, independentemente de ser criança ou adulto temos que conhecer quem senta ali. -Em atendimento infantil muitos já tiverem experiências negativas, falas negativas... a nossa postura no manejo é importante. -Temos que avaliar nosso paciente em um contexto geral, precisamos estabelecer essas condições para evitar trauma no paciente, será uma mancha muito negativa, temos que tirar essa versão ambiente, de algum tipo de procedimento e tiramos a possibilidade de criar a fobia. O medo é normal, mas quando transforma em fobia ai piora a coisa, e nós contribuímos as vezes para isso. -Isso chove em consultório, é rotina. Paciente com 5 anos, nunca foi ao dentista, e pode estar indo encontrar algo de pior para o atendimento infantil (anestesia, cirurgia, sangue), não conseguiríamos conter essa criança, que tem chance de ser na marra, berro, chute, mãe transtornada (arrependida).... Muitos CD fazem o procedimento de balde, fazem muito... aqui temos que falar pra aguardar, esperar... a criança já vai com ansiedade que vai doer, vai ser ruim, ai falamos pros pais que vamos aguardar, já ganhamos a criança ali! -Estabelece que tem o outro lado pra sair, se acontecer de ter que intervir fazemos um remedinho pra adormecer (dente dormir), as vezes ele entra em oclusão, contato prematuro e ele cai sozinho... as vezes da os 2 só com a borda incisal visível, ESPERAMOS antes de extrair. E ainda tem pico de crescimento pra acontecer, abre espaço... -Temos várias chances de neutralizar o 1° contato com o paciente infantil... não vamos massacrar a criança, pois fica difícil dela retornar. -Aqui o risco maior não nem é perder espaço, ou de ter um apinhamento, pois a língua empurra também pro lugar... o risco é de aspirar, quando tem uma parte presa e uma solta (, se ir para o pulmão é perigoso, estomago e intestino tranquilo). Ai temos que anestesiar e extrair... onde tem o freio, é mais difícil de sair, ele fica mais preso ai precisa de anestesia. -A última etapa é quando está meio preso e meio solto, se não extrair pode ser negligencia nossa. Então preferimos um choro nesse momento do que uma ida ao hospital e ter que passar por procedimento invasivo... temos que saber ponderar, saber até quando esperar ou não. -Importante radiografar antes também pra ver se há presença de raiz ou não. -1º ponto: podemos estabelecer um ponto em interessar a criança em cuidado de higiene, motivando ela no próprio consultório, com certeza teremos um bom indicado desperta a criança. -2º ponto: primeiro motivamos, depois condicionamos, o condicionamento trabalhamos no consultório, a técnica de manejo nós começamos com passos curtos, não atropelamos etapas, vamos devagar com a criança... as vezes já veio com outro profissional que a criança refugou então já sabemos que naquele momento não faremos nada... ou o dente está aberto, não precisamos anestesiar, só vedamos (restauração provisória) o dente e já resolve, primeiro com cureta, depois mais pra frente com a alta rotação... não atropelar etapa isso faz parte do condicionamento. -Importante saber que toda sessão, repetimos o que iniciamos, sempre entramos nesse ciclo de reforçar aquilo que já contribuiu, se só passou o espelho, ar, e sonda, no segundo dia começamos com espelho, ar e sonda também... isso faz parte do processo de dessensibilização, só que sempre colocamos algo a mais, um degrau a mais! Se ele não aceita o ar, não tem problema, secamos com algodão... muitas vezes a cavidade aberta, vai doer com o ar. -3º ponto: a idade correta de 6, 7 anos já tem um peso maior, já tem mais responsabilidade, mas já é uma etapa que vai além do consultório, vamos cobrar dos pais automaticamente entra no processo de se tornar um HABITO, perguntamos como está em casa, se está fazendo ou não, os horários.... A partir do momento que entra no piloto automático, vai fazer, vai dar certo. No começo as vezes a gente brinca, mas tem que executar de forma rotineira. Um dia pode ser uma bosta, no outro já melhor, mas tem que fazer a criança tem que perceber que naquele horário tem que ser feito o procedimento. Se um dia tiver dificuldade, pula, uma noite a mais ou a menos não tem problema, mas não pode ser faz 1 pula 2 dias.... A escovação não precisa ser 4x ao dia, pode ser 2x está ótimo, MAS NÃO DEVEMOS FALAR PROS PAIS, POIS 2X VIRA 1X. Temos que falar sobre o flúor, pasta tem que ser com flúor desde quando nasce os primeiros dentinhos, só controlar quantidade. Tandy é a boa. -Esses são os 3 pontos fundamentais para quem lida com paciente infantil. -1º: a gente promove estimulo que talvez ela não tenha passado ainda, a extração é estimulo horrível, negativo... as vezes com contenção, e extraindo e ainda sangue olha quantos estímulos ruins vamos dar ao paciente, isso vai contribuir. Talvez sejamos o 1° profissional atender esse paciente, as vezes temeroso, já teve experiência negativa em outra área que não seja nossa (medico) e tem primeiro contato com nossa área. -Realiza em uma área bastante intima, restrita, a boca é sensível... dependendo da idade é uma área praticamente relacionado com a genitália, então automaticamente estamos invadindo uma área privativa da criança. É delicado esse momento que vamos fazer abordagem com paciente, principalmente aqueles que estão indo a 1° vez. -Quando falamos em estudo, primeiro é orientar e depois auxiliar. -Esse estudo vai nos orientar o padrão de cada faixa de idade, dentro dos diferentes períodos cronológicos, dentro desses padrões, se tiver algo atípico vamos saber que tem algo fora da curva. Tem algo relacionado a própria personalidade da criança, mas também relacionado com a influência do, meio que tem grande poder. Diante desses pontos, vamossaber auxiliar o direcionamento para o noso manejo. -Vamos ver qual melhor alternativa de trabalhar, melhor técnica de manejo, reforço positivo, falar, mostrar e fazer, reforço positivo, dessensibilização, modelação (quando tem irmão mais velho, ai o irmão é atendido primeiro que o mais novo), são técnicas de manejo... -Mente e corpo andam juntos, não podem ser separados, essas situações acontecem a todo momento, o emocional produzido por sintomas físicos na nossa área não dá pra não considerar isso. A própria visualização, o falar do cirurgião dentista já tem um peso, uma influência muito grande, e se tem um paciente com uma queixa de dor, já é um pouco mais destacável. -1º: sim, as vezes ele já vem com uma condição que sofre bulling na escola, as vezes um dente mais escuro, por mais que seja simples pra nós, pro paciente é uma mudança de página quando arrumamos. -Não podemos deixar de considerar padrões de conduta, mesmo que tenhamos uma colinha de tal idade é assim... A conduta vai ser influenciado por condições físicas e emocionais, é um fator importante e não podemos deixar de lado. -1º: Ryan disse em 1950 e hoje acontece ainda, não tem nenhum aparelho que vai fazer essa observação, é particular, individual é do momento. As vezes uma briga, já chega destemperado pra nós, e essa condição, os pacientes variam de momento pra outro, não é por que ele se comportou e deixou fazer e no outro vai ser aquilo e mais um pouco, sempre temos que estar com pé atrás, ainda mais com atendimento infantil, pois tem uma fase que é mais crítico, que está no SIM E NÃO, as vezes ele topa ver o que é, fazemos, mas no outro dia depois ele foge, pula fora... sempre acontece isso. Quando estamos no processo de atendimento é sempre toda sessão do início e vai seguindo. -Último parágrafo: cada um tem um jeito, até irmão gêmeo. Não é um padrão de idade, existe uma individualidade, limiar de dor é diferente. É bom perguntar pros pais, se está tudo bem, se aconteceu algo, principalmente quando não conhecemos o paciente. -A contenção tem a participação dos pais, pois se não o vilão vira o dentista e os pais amigo... Então eles participam, eles não podem ficar de fora. -1º: dependem do próprio crescimento da criança, o nível de entendimento, influencias do meio ambiente (aquilo que é favorável e positivo ou não). -Comportamento não é a simples manifestação exteriorizada daquilo que a gente observa, é muito mais intenso, faz parte a descarga de adrenalina e tudo que vem junto, tem a parte fisiológica, mental, do entendimento, do pensamento... Tem a verbalização, é o primeiro ponto que discutimos algumas coisas e a parte motora que é a manifestação da criança, estender a mão, mexer pernas, braços.... Não podemos levar para o lado negativo, as vezes um abraço, as vezes já chega sentando na cadeira... Todas situações envolvidas. Às voltas com o ambiente, o nosso ambiente é a clínica, desde lá de fora até dentro do consultório... -2º: eles desencadeiam tudo isso em função do que a gente vai oferecer ao nosso contato com o paciente, em cada idade. -Cada um reage de uma determinada maneira, dentro da sua condição, limitação, de conhecimento ou não sobre aquilo que está sendo gerado pra ela, essa situação é transferida pra cadeira odontológica e tudo o que vem a sua sequência... -A partir de agora vamos entrar nas faixas de 2 a 13 anos. -Temos que saber que em determinado tempo tem um ponto mais crítico, se temos 9 faixas de idade, as mais críticas são as 2 primeiras idades temos mais dificuldade em executar. -Do nascimento aos 2 anos pouco conhecimento e entendimento, tem apego forte a mãe. Nessas condições é normal atender com muito choro e resistência, estamos invadindo uma área restrita daquele paciente. O paciente não vai parar de chorar, então reforçamos, ele está chorando ele vai estar de boca aberta, já aproveitamos pra dar uma olhada, então deixa chorar, é a defesa dele, se precisar colocamos o indicador na borda depois do molar. Não devemos nos preocupar com o choro, é algo natural. -Aqui tem um pouco de contenção mais facilitada, a criança pode sentar no colo da mãe, deixa ela ficando de frente pra criança. Pode improvisar sentando a mãe de frente com profissional e debruça a criança no nosso colo, ela segura os braços e as pernas abertas ao redor da mãe. Se é pra examinar da tranquilamente. Estaremos trabalhando na condição de 12 horas. -2 anos e meio aqui divisor de aguas, devemos nos ponderar com as nossas ações, essa situação é fácil, eles aceitam e não aceitam mais. Um dia aceita no outro não. Rebelde, teimosia, opina é típico dessa idade, só faz aquilo na vontade dela. É uma fase de adolescente miniatura. -Não podemos achar que um dia fez e no outro vai ser igual. É difícil entrar em acordo verbal, não adianta insistir. É criança que quer ver, provar, experimentar... não adianta tentar disciplinar que não vai, o nível de entendimento dela é imaturo... aqui devemos aproveitar o momento que ela deixou, permitiu e executar o que precisa. Temos que aproveitar as janelas de oportunidade. Essa idade já tem ações de posicionamento (diferente da anterior). Manda engolir, ela joga, manda jogar, ela engole. “Tipo isso”. Pra algumas situações especificas, a gente consegue esse tipo de situação. Pra essa criança não prometemos nada “tipo falar pra mãe que vamos solucionar”, é passar a informação que é difícil, chato, que tem muita inconsistência em ajudar e não ajudar e que vamos encontrar um caminho pra minimizar. E trazer alternativas que vai dar tempo e torcer pra chegar logo aos 3 anos kkkkk. Jogo rápido. -3 anos já tem uma boa melhora, tem a condição do ser humano no desenvolvimento e tem capacidade de se socializar e tem entendimento e colabora. Começa a deixa (ela não é independente) mas é uma quase independência, já tem atitudes disso. Aproveitamos esse momento, só que não podemos deixar de observar que são extremamente curiosos. Temos que ter um cuidado com isso, onde eles tocam, querem relar em tudo.... O que favorece, é a idade do “eu também”, se tem um irmão, alguém maior pra fazer modelação, alguém que já tem contato. Pode ser conhecido ou parente, que seja colaborador. -Aqui já temos algo mais aflorado no atendimento, fica mais fácil. Se colocarmos na balança, tem uma melhora. Ainda tem o negativismo ela vê até a onde tem o poder de independência, temos que ficar atento. As vezes o que programamos talvez não conseguimos.... Não estender muito atendimento, 30min máximo para esse tipo de paciente. -Não podemos deixar de considerar a relação de medo pronunciada. Principalmente do desconhecido, inesperado e ausência. Apresentar alta rotação que ela não conhece, inesperado pelo simples fato do barulho, toque do instrumento na bandeja, levantar e abaixar o encosto de forma rápida, o jato de ar.... -O abandono da presença dos pais é uma criança que precisa dos pais nos primeiros dias estar ali, mas até os 4 anos ainda tem esse medo do abandono. Hoje em dia ainda é meio perigoso pois acham que vamos fazer terror quando há ausência dos pais, mas falamos pros pais que podem ficar na porta ouvindo. -Tomar cuidado com aproximações, toque sempre de longe, quando abraçar que seja iniciativa da criança, sem beijo (dê no rosto se a criança quiser), mas nada de ser meloso deixa que a criança tome iniciativa. *PERGUNTA DE PROVA*: QUESTÃO SOBRE OS MEDOS PRONUNCIADOS, INESPERADOS, DESCONHECIDO E DO ABANDONO. A presença dos pais, dependendo do tipo é importante nas primeiras consultas. -Nessa fase dos 3 anos, tem a capacidade de fantasiar, mas tem que partir da criança. A fantasia tem que partir da criança. O mundo real e imaginário faz parte do período de desenvolvimento dela, podemos contribuir com algo desde que ela tem essa percepçãoe possamos participar. Tipo: o lençol do isolamento é a capa do super homem, bichinho é a bactéria...