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Centros de custos Administrativos São os setores que executam atividades de caráter gerencial ou administrativo da empresa. Exemplos: Administração Geral, Administração do Material, Expedição, Vendas, Filiais etc. Encargos sociais Um dos custos mais significativos da empresa são os encargos sociais. Para melhor analisá-los poderemos dividi-los em grupos: Contribuições obrigatórias São os recolhimentos feitos pelo empregador para os cofres de instituições públicas, de acordo com taxas preestabelecidas. - INSS, SESI, SENAI, INCRA, SEBRAE, Seguro de acidente no trabalho, salário maternidade, salário educação etc. ----------- 27,80% - Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) ---------- 8,00% Total -----------------------------------------------------35,80% Encargos Anuais Neste grupo encontramos todos os proventos que são pagos aos empregados somente uma vez por ano. O montante anual deve ser distribuído pelos 12 meses. Temos então: Férias -------------------------------------------------------- 14,09% 13º Salário --------------------------------------------------- 11,31% Total --------------------------------------------------------- 25,40% Despesas eventuais Incluem-se, neste grupo, vários custos adicionais da mão-de- obra aleatórios, como por exemplo: Indenização, aviso prévio, salário enfermidade, ausências remuneradas (alistamento militar, eleitoral, gravidez etc). O montante dessas despesas eventuais deverá ser calculado percentualmente, tomando-se por base as incidências ocorridas anteriormente. Considerando as despesas eventuais como igual a 3,80%. ENCARGOS SOCIAIS % - Contribuições obrigatórias 35,80 - Encargos anuais 25,40 - Despesa eventuais 3,80 - Total dos Encargos Sociais 65,00 Obs.: Convém observar que os percentuais de encargo anuais variam de empresa para empresa e que, na prática, cada uma deve determinar o seu percentual de custos com encargos sociais incidentes sobre a folha mensal de pagamentos. Para as empresas enquadradas no “Simples” os encargos representam 30%. Depreciação Por depreciação, devemos entender como sendo o custo decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados da empresa (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações). Em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios governamentais, que estipula os seguintes prazos: 10 anos para as máquinas, 5 anos para veículos, 10 anos para móveis e 25 anos para os imóveis (terreno não é depreciável). Entretanto, no cálculo da depreciação, o administrador poderá estabelecer fórmulas mais adequadas à realidade de sua empresa. Assim, um veículo, por exemplo, embora tenha uma vida útil de 5 anos ou mais, deverá ser depreciado em 5 anos no máximo, pois decorrido este prazo, estará completamente obsoleto. Uma das fórmulas bastante simples para o cálculo da depreciação é a seguinte: D = Va – Vr , onde: Te D = Depreciação Va = Valor Atual do Ativo Imobilizado Vr = Valor Residual (valor que se poderá apurar pela venda do ativo após o tempo de vida útil) te = Tempo de Vida Útil do Ativo Para calcularmos a depreciação do centro de custo, tomemos o valor residual como 40% do valor atual. Para ativos com 10 anos e vida útil, calcula-se: Va = 21.500 Vr = 8.600 te = 10 anos ou 120 meses D = 21.500 – 8.600 = 12.900 = R$ 107,5/mês 120 meses 120 meses Para ativos com 5 anos de vida útil, calcula-se: Va = 1.300 Vr = 520 te = 5 anos ou 60 meses D = 1.300 - 520 = 780 = R$ 13/mês 60 meses 60 meses Portanto, o custo total da depreciação mensal a ser apropriada ao Centro de Custo Impressão é: $ 107,5 + $ 13 = $ 120,50/mês Processo Elaboração do orçamento Um orçamento representa o plano de gastos do projeto dividido em fases. O orçamento é o conjunto de todos os cursos do projeto, diretos e indiretos, e pode concluir o lucro do projeto. É dividido em fases para mostrar o perfil do fluxo de caixa, com ritmos de gastos e por categoria. Os orçamentos são as somas de todas as despesas em categorias determinadas. As despesas que ultrapassam o orçamento em uma categoria precisam receber autorização da alta administração. Os custos são calculados baseados nas atividades identificadas na EAP (Estrutura Analítica do Projeto) e transferidos para o cronograma. Isso porque o trabalho para executar as atividades exige recursos de pessoal e material. O desenvolvimento do orçamento pode ser coerente com o custo. Devem ser tratadas as seguintes categorias de custo: Custo bruto: Os custos reais de bens e serviços. Encargos ou custos indiretos (despesas gerais e administrativas): O percentual do custo bruto que é distribuído como sua quota no projeto. Custo de encargos: Incluem custos indiretos, como um porcentual do custo bruto. Custo total: O custo por categoria no projeto. Lucro: Geralmente, um porcentual do custo total do projeto. Preço total: O preço do projeto para o cliente, incluindo todos os custos e o lucro. Exemplo de categorias de custo em orçamento em um projeto de software: Categorias Custo bruto Custos de encargos ou indiretos Custos de encargos Custo total Lucro Preço total Mão de obra 54.090,00 0,87 47.058,30 101.149,17 0,24 125.427,97 Materiais 2.100,00 0,09 189,00 2.289,09 0,24 2.838,47 Suprimentos 200,00 0,57 114,00 314,57 0,24 390,07 Faxina 450,00 0,17 76,50 526,67 0,24 653,07 Locação computadores 56.840,00 N/A 47.437,80 104.279,80 N/A 129.306,58 Observando a tabela, as diferentes categorias de custo terão diferentes custos de encargos. A mão de obra, por exemplo, tem encargos elevados devido aos benefícios adicionais, enquanto os materiais terão como encargos apenas os custos de manuseios. CUSTOS DE MÃO DE OBRA Ref. CLELAND, David. Gerenciamento de projetos. Ed. LTC. 2007 Em projetos que envolvam uso intensivo de mão de obra, esse custo pode ser a parte mais expressiva. Os custos de mão de obra são calculados com base no número de horas exigido por cada categoria de trabalho. As empresas têm usado custos médios e custos nominais para estimativa de orçamento, em vez dos salários pagos de fato. Isso tem dois propósitos: permite a cobrança para um projeto sem revelar o salário real das pessoas, geralmente uma informação confidencial; e é conveniente para calcular os custos futuros, baseados em aumentos de salário. Algumas categorias de custo de mão de obra para estimativas de orçamento são as seguintes: Taxa de mão de obra efetiva: Valor da remuneração por hora para uma pessoa específica ou para uma categoria de trabalho. Taxa de mão de obra com encargos: Valor da remuneração por hora do funcionário, incluindo benefícios adicionais e despesas gerais. Taxa média de mão de obra: A média aritmética de remuneração por pessoa ou categoria. Taxa nominal de mão de obra: A taxa enunciada de remuneração por hora, para indivíduos ou categorias de trabalho. Essa taxa pode ser ou não uma representação acurada do custo efetivo de mão de obra. Pode ou não incluir os encargos para mão de obra. É necessário manter coerência, usando-se apenas um tipo de taxa ao longo do projeto. Quando for informado o montante de horas de trabalho consumidas durante um período, recomenda-se efetuar os cálculos dos custos com a fórmula apropriada. É importante que os custos indicados combinem com os custos usados para preparar o orçamento. Encargos sociais e trabalhistas Na elaboração do orçamento de um projeto, deve-se levar em consideração os encargos sociais e trabalhistas, que correspondem aos gastos além do salário. Trata-se de conquistas asseguradas por lei, provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa. Alguns encargos são pagos em determinadasépocas doa no, como 13° salário, férias e, em situações específicas, a multa de FGTS que deve ser paga em caso de dispensa sem justa causa. Esses custos sazonais devem ser distribuídos ao longo do ano e não absorvidos pelo projeto nos meses em que ocorrem. Análise das reservas A análise das reservas para contingências são provisões para mudanças não planejadas, mas potencialmente necessárias. Essas mudanças podem resultar de riscos identificados na gerência de riscos. Elas são “desconhecidas” e o gerente de projetos deve obter aprovação antes de comprometer ou gastar essa reserva. Estimativa paramétrica A técnica da estimativa paramétrica envolve o uso de parâmetros em um modelo matemático para prever os custos totais do projeto. Os modelos podem ser: Simples - Construção de uma residência custará uma determinada quantia por metro quadrado de área útil. Complexas: Um modelo de custos de desenvolvimento de software usa treze fatores de ajuste separados, sendo que cada um deles possui de cinco a sete pontos. Tanto os custos, quanto a exatidão dos modelos paramétricos, variam amplamente. Existe maior probabilidade de que eles sejam confiáveis quando: as informações históricas usadas para desenvolver o modelo são precisas; os parâmetros usados no modelo são prontamente quantificáveis; o modelo é escalável, no sentido de que funciona tanto para um projeto grande, quanto para um pequeno. Reconciliação dos limites de financiamento Grandes variações nos gastos periódicos de recursos financeiros são geralmente indesejáveis para as operações da organização. Os gastos de recursos financeiros são reconciliados com os limites de financiamento definidos pelo cliente ou pela organização executora no desembolso de fundos para o projeto. A reconciliação exigirá que os cronogramas do trabalho sejam ajustados para nivelar ou regular essas despesas, o que será realizado colocando restrições de data imposta para alguns pacotes de trabalho, marcos do cronograma ou componentes da EAP no cronograma do projeto. As alterações nos cronogramas podem afetar a alocação de recursos. Se os recursos financeiros forem usados como um recurso limitante, o processo será repetido usando as novas restrições de data imposta. O produto final dessas iterações de planejamento é uma linha de base dos custos.
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