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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
MESTRADO PROFISSIONAL EM TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
YASMIN COELHO DE FREITAS 
 
 
FERRAMENTA DIGITAL PARA O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE 
RESÍDUOS ORGÂNICOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória 
2022
 
 
 
YASMIN COELHO DE FREITAS 
 
 
FERRAMENTA DIGITAL PARA O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE 
RESÍDUOS ORGÂNICOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação 
em Tecnologias Sustentáveis do Instituto Federal do 
Espírito Santo, como requisito para obtenção do título de 
Mestre em Tecnologias Sustentáveis. 
 
Orientadora: Prof. Dra. Adriana Marcia Nicolau Korres 
 
Coorientadora: Prof. Dra. Fernanda Aparecida Veronez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) 
(Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo) 
 
 
F866f Freitas, Yasmin Coelho de. 
 Ferramenta digital para o gerenciamento sustentável de resíduos 
orgânicos em instituições de ensino / Yasmin Coelho de Freitas. – 2022. 
 104 f. : il. ; 30 cm. 
 
 Orientadora: Adriana Márcia Nicolau Korres. 
 Coorientadora: Fernanda Aparecida Veronez. 
 
 Dissertação (mestrado) – Instituto Federal do Espírito Santo, 
Programa de Pós-graduação em Tecnologias Sustentáveis, Vitória, 2022. 
 
 1. Inteligência artificial. 2. Métodos de simulação. 3. Resíduos 
orgânicos. 4. Educação ambiental. 5. Escolas – Estudo de casos. 
6. Sustentabilidade. I. Korres, Adriana Márcia Nicolau. II. Veronez, 
Fernanda Aparecida. III. Instituto Federal do Espírito Santo. IV. Título. 
 
 CDD 21 – 006.3 
Elaborada por Marcileia Seibert de Barcellos – CRB-6/ES - 656 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma.” 
Lavoisier (1805 [1789]). 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
À professora Adriana Korres pelo incentivo, paciência e pelos conhecimentos 
compartilhados durante a orientação deste trabalho. 
À professora Fernanda Veronez pela coorientação e pelo auxílio durante a pesquisa. 
Ao meu irmão Igor que me auxiliou com dicas importantes para o desenvolvimento da 
planilha. 
À Amanda que me incentivou e acreditou em meu potencial. 
Aos meus amigos Ricardo e Yago pelo apoio e carinho. 
Aos meus colegas de mestrado que compartilharam comigo momentos felizes, 
desafiadores e de muito aprendizado. 
À Fapes pelo apoio financeiro. 
Ao Ifes, campus Vitória, ao Programa de Pós-graduação em Tecnologias Sustentáveis 
e seus professores por me ajudarem nesse desafio. 
E à minha família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito obrigada! 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Instituições de ensino vem buscando a sustentabilidade em seus espaços, 
empregando técnicas como a compostagem para a valorização dos resíduos 
orgânicos. Nesses espaços, o uso de ferramentas digitais que permitem a avaliação 
e monitoramento juntamente com práticas de educação ambiental pode contribuir com 
a implantação e manutenção da compostagem, além de mensurar seus benefícios 
para a sustentabilidade. Entretanto, existe uma carência de instrumentos com esse 
fim. Visto a importância do tema, este trabalho teve como objetivo desenvolver uma 
ferramenta digital para o gerenciamento sustentável de resíduos orgânicos em 
instituições de ensino, promovendo a coleta seletiva e a compostagem como 
alternativas sustentáveis. A metodologia foi dividida em quatro etapas: busca 
bibliográfica, revisão sistemática de literatura com base no método PRISMA, consulta 
a especialistas em três campus do Instituto Federal do Espírito Santo e 
desenvolvimento da ferramenta no software Microsoft Excel com uso de programação 
VBA (Visual Basic for Applications). Como resultados, obteve-se a ferramenta digital 
batizada como Planilha Orgâni-se, sendo dividida em três ambientes principais: 
ambiente de controle da coleta seletiva, ambiente para medição da sustentabilidade e 
ambiente com materiais de educação ambiental. O ambiente de controle da coleta 
seletiva contém formulário que permite a inserção de dados referentes à massa de 
resíduos orgânicos coletados por setor da instituição, gerando ao final um relatório 
interativo que auxilia no monitoramento da coleta. O ambiente para medição da 
sustentabilidade possui 16 indicadores de sustentabilidade relacionados a resíduos 
orgânicos que foram identificados e selecionados por meio de uma revisão sistemática 
de literatura, sendo sua aplicabilidade avaliada por meio de uma consulta a 
especialistas. Já o ambiente dedicado a educação ambiental contém materiais que 
foram identificados e categorizados de acordo com a faixa etária do público-alvo, 
contribuindo no desenvolvimento de atividades educativas relacionadas ao tema. Com 
a pesquisa, foi obtida uma ferramenta digital que fornece planilhas inteligentes e 
materiais de educação ambiental que contribuem com o planejamento, monitoramento 
e manutenção da coleta seletiva e compostagem em instituições de ensino. A partir 
 
de suas funcionalidades, esse instrumento visa colaborar com o gerenciamento 
inteligente e sustentável dos resíduos orgânicos nesses espaços. 
 Palavras-chave: Resíduos Orgânicos. Desenvolvimento Sustentável. Educação 
Ambiental. Escolas. Campus Universitário. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Educational institutions have been seeking sustainability in their spaces, employing 
techniques such as composting for the recovery of organic waste. The use of 
evaluation and monitoring tools such as indicators, together with environmental 
education practices can contribute to the implementation and maintenance of this 
practice, in addition to measuring its benefits for sustainability. However, there is a lack 
of instruments for this purpose. Given the importance of the theme, this work aimed to 
develop a digital tool for the sustainable management of organic waste in educational 
institutions, promoting selective collection and composting as sustainable alternatives. 
The methodology consisted of four stages: bibliographic search, systematic literature 
review based on the PRISMA method, consultation with specialists in three campuses 
of the Federal Institute of Espírito Santo and development of the tool in Microsoft Excel 
software using VBA (Visual Basic for Applications) programming. As a result, a digital 
tool called Planilha Orgâni-se was obtained, being divided into three main 
environments: selective collection control environment, environment for measuring 
sustainability and environment with environmental education materials. The selective 
collection control environment contains a form that allows the insertion of data referring 
to the mass of organic waste collected by sector of the institution, generating at the 
end an interactive report that helps in monitoring the collection. The environment for 
measuring sustainability has 16 sustainability indicators related to organic waste that 
were identified and selected through a systematic literature review, and their 
applicability was evaluated through a consultation with experts in three campuses of 
the Instituto Federal do Espírito Santo. The environment with environmental education 
materials contains materials that were identified and categorized according to the age 
group of the target audience, contributing to the development of educational activities 
related to the theme. With the research, a digital tool was obtained that provides smart 
spreadsheets and environmental educationno setor (SUQUISAQUI, 2020). 
As IE têm buscado novas ferramentas para auxiliar o gerenciamento de resíduos 
sólidos em seus espaços, permitindo implementar, monitorar e otimizar suas práticas 
com o intuito de torná-las mais sustentáveis (FERREIRA, 2019). Visto a importância 
do tema, estudos que abordam ferramentas digitais que promovam o alinhamento das 
práticas aos princípios da sustentabilidade são de grande relevância, contribuindo 
com a divulgação de novos instrumentos que colaboram com a sustentabilidade 
institucional (FERREIRA, 2019). 
Um exemplo é o trabalho de Canhete (2017) que propôs um sistema computacional 
para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) em IE. 
35 
 
Esse sistema permite o diagnóstico preliminar, o planejamento, implantação e 
monitoramento, servindo como um método de apoio na tomada de decisão por parte 
dos gestores (CANHETE, 2017). 
Já Ferreira (2019) desenvolveu um software para auxiliar a gestão integrada de 
resíduos sólidos em instituições de ensino. Esse software tem como base a hierarquia 
da gestão de resíduos sólidos definida pela PNRS, que consiste na não geração, no 
reaproveitamento e na destinação correta dos resíduos, contribuindo com a 
sustentabilidade do campus e no cumprimento das legislações ambientais (BRASIL, 
2010; FERREIRA, 2019). 
No contexto de gerenciamento de resíduos sólidos, grande parte dos trabalhos 
relatados consideram a existência da compostagem como uma alternativa sustentável 
de reaproveitamento dos resíduos orgânicos (MASSUKADO; ZANTA, 2006; 
SIMONETTO; LÖBLER, 2014; CANHETE, 2017; FERREIRA, 2019; SUQUISAQUI, 
2020). Porém, foram encontrados poucos trabalhos que se dedicaram ao 
desenvolvimento de ferramentas para auxiliar o gerenciamento de resíduos 
especificamente em IE (CANHETE, 2017; FERREIRA, 2019). 
Além da carência de trabalhos com foco em espaços educacionais, as ferramentas 
encontradas têm como prioridade o aspecto operacional, não avaliando outros pontos 
relevantes para um gerenciamento sustentável nesses espaços, como ações 
educacionais e o engajamento da instituição (MARANS; SHRIBERG, 2012). Nesse 
sentido, o desenvolvimento de ferramentas digitais que contribuam com o 
gerenciamento sustentável de resíduos em IE considerando suas particularidades é 
de extrema relevância, permitindo a manutenção da cultura da sustentabilidade e 
perpetuando ações sustentáveis nesses espaços. 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
Segundo Gil (2002), esta pesquisa se classifica, quanto aos objetivos como pesquisa 
exploratória, e quanto à forma de abordagem, quali-quantitativa. Os objetivos e as 
etapas metodológicas da pesquisa estão ilustrados no fluxograma da Figura 2. 
Figura 2 – Objetivos e procedimentos metodológicos da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolver uma ferramenta digital para o gerenciamento sustentável 
de resíduos orgânicos em instituições de ensino, promovendo a coleta 
seletiva e a compostagem como alternativas sustentáveis. 
1 
Identificar na 
literatura indicadores 
de sustentabilidade 
relacionados com 
gerenciamento de 
resíduos orgânicos 
em instituições de 
ensino 
2 
Avaliar a aplicabilidade 
de um conjunto de 
indicadores de 
sustentabilidade 
relacionados a 
resíduos orgânicos 
para instituições de 
ensino 
3 
Criar 
ferramenta 
digital para o 
gerenciamento 
sustentável de 
resíduos 
orgânicos 
4 
Identificar materiais 
de educação 
ambiental 
relacionados à coleta 
seletiva dos resíduos 
orgânicos e 
compostagem 
1 
Revisão 
Sistemática da 
Literatura 
2 
Avaliação da 
aplicabilidade dos 
indicadores de 
sustentabilidade 
3 
Desenvolvimento da 
ferramenta digital 
4 
Pesquisa 
Bibliográfica 
Procedimentos metodológicos 
Objetivo geral 
Objetivos específicos 
37 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
4.1 REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA 
Inicialmente, foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), juntamente 
com uma amostragem Snowball, buscando conhecer os indicadores de 
sustentabilidade relacionados a resíduos orgânicos que foram construídos e aplicados 
em IE. O uso da RSL se justifica pela necessidade de encontrar todas as evidências 
disponíveis sobre o tema em questão, permitindo uma avaliação mais completa sobre 
o assunto (TORGERSON, 2003). A amostragem Snowball foi empregada para ampliar 
o escopo da pesquisa, identificando publicações relevantes, que se enquadram no 
objetivo da pesquisa, mas não identificadas pela RSL (WASSERMAN; FAUST, 1994). 
A RSL foi conduzida conforme o método Preferred Reporting Items for Systematic 
Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) (LIBERATI et al., 2009), que consiste em uma 
abordagem de quatro etapas, sendo elas: identificação, triagem, elegibilidade e 
inclusão. As atividades desenvolvidas em cada etapa da RSL estão ilustradas na 
Figura 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
Figura 3 – Etapas da revisão sistemática. 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
39 
 
A primeira etapa, de identificação é caracterizada pela definição do problema da 
pesquisa, eixos temáticos e string de busca. A presente pesquisa aborda a temática 
indicadores de sustentabilidade relacionados a resíduos orgânicos em instituições de 
ensino com o intuito de responder a seguinte questão: “Quais indicadores de 
sustentabilidade de resíduos orgânicos existem para instituições de ensino (IE)”? 
Para isso, foram definidos cinco eixos temáticos para a pesquisa, sendo eles: 
sustentabilidade; gestão e gerenciamento; avaliação; instituições de ensino e resíduos 
sólidos orgânicos. Para cada eixo temático, foram definidos termos com base nos 
descritores utilizados em artigos científicos referentes ao tema. 
A partir dos termos, foi desenvolvido o string de busca específico para a base de dados 
escolhida, utilizando operadores lógicos booleanos para restringir e refinar os 
resultados. A pesquisa foi realizada na base de dados Scopus, por ser considerada 
uma base ampla e muito utilizada. A partir dos resultados, foram filtrados o tipo de 
documento (artigos e trabalhos publicados em anais de eventos) e o idioma 
(português e inglês). O horizonte temporal não foi restrito nesta pesquisa, pois buscou-
se identificar todos os indicadores já construídos para a temática, independente do 
ano de publicação. A busca na base Scopus foi realizada no dia 18/08/2020. 
A segunda etapa, de triagem, consistiu na leitura do título, resumo e palavras-chave 
dos trabalhos identificados pelo string de busca, selecionando apenas as publicações 
que atendessem aos critérios de inclusão e exclusão definidos para o estudo (Quadro 
5). Caso houvesse dúvidas sobre a inclusão de um trabalho ao tema proposto, o 
mesmo era selecionado para a próxima fase de leitura completa. Esta etapa foi 
realizada com o auxílio do gerenciador de referências Mendeley, sendo os resultados 
organizados em planilhas no software Microsoft Excel. 
A terceira etapa, de elegibilidade, se caracterizou pela leitura completa do trabalho, 
buscando identificar os indicadores de sustentabilidade relacionados a resíduos 
orgânicos aplicados em instituições de ensino. Durante a leitura completa dos 
trabalhos esses foram reavaliados quanto ao atendimento critérios de inclusão e 
exclusão (Quadro 5). 
Quadro 5 – Critérios de inclusão e exclusão dos artigos oriundos da revisão 
sistemática. 
Critérios de inclusão (CI) Critério de exclusão (CE) 
40 
 
CI1 CI2 CI3 CE1 
Artigos e 
publicações 
em eventos 
Texto em 
inglês ou 
português 
Construíram e/ou aplicaram 
indicadores de 
sustentabilidade relacionados 
a resíduos sólidos orgânicos 
em IE 
Publicações teóricas sobre 
indicadores de 
sustentabilidade 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A última etapa, de inclusão, consistiu na seleção final dos estudos para análise. A 
partir dos resultados, foi aplicado o método Snowballcom base na metodologia de 
Wasserman e Faust (1994). Esse método tem o intuito de identificar trabalhos que 
constavam nas referências das publicações selecionadas e que não foram 
identificados pelo string de busca, sendo incluídos aos trabalhos selecionados e 
também avaliados quanto ao atendimento aos critérios de inclusão e exclusão. Os 
resultados foram organizados no software Microsoft Excel. Esta etapa foi essencial 
para conhecer a literatura existente sobre o tema e selecionar os indicadores para o 
estudo. Os indicadores de sustentabilidade foram selecionados com base nos 
resultados obtidos a partir da RSL, adaptando-os para o método booleano de 
avaliação, buscando uma visão objetiva das práticas sustentáveis relacionadas aos 
indicadores selecionados (MOREIRA et al., 2018). 
4.2 SELEÇÃO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
O conjunto de indicadores selecionados tem o objetivo de fornecer uma autoavaliação 
do gerenciamento de resíduos orgânicos da instituição, permitindo comparar sua 
evolução ao longo do tempo. A aplicabilidade dos indicadores selecionados foi 
realizada por consulta a especialista (MUNARETTO; CORRÊA; DA CUNHA, 2013), 
detalhada no item a seguir. 
4.3 AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DOS INDICADORES DE 
SUSTENTABILIDADE 
Os indicadores selecionados foram submetidos a uma consulta a especialistas quanto 
à aplicabilidade dos mesmos em diferentes IE. Essa abordagem foi realizada por meio 
de questionários, procedimento bastante utilizado para a ponderação e aplicação de 
indicadores, por ser simples e de baixo custo de execução (NARDO et al., 2005). O 
método foi escolhido por ser reconhecido cientificamente e com possibilidade de ser 
executado remotamente, permitindo que os especialistas avaliem a aplicabilidade dos 
indicadores selecionados em diferentes realidades (NARDO et al., 2005; 
41 
 
MUNARETTO; CORRÊA; DA CUNHA, 2013). Para esta etapa foram considerados 
como especialistas os docentes e profissionais da área de resíduos sólidos e 
sustentabilidade e os gestores que atuam nos campus Vitória, Vila Velha e Cariacica 
do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Os campus foram escolhidos por 
possuírem cursos e características particulares que contribuem para o teste de 
aplicabilidade. 
O campus Vitória, foi fundado em 1909. Atualmente, existem mais de quatro mil 
estudantes, distribuídos em programas de ensino, pesquisa e extensão, alguns deles 
com ênfase nas áreas ambiental e de sustentabilidade (TEIXEIRA et al., 2020). O 
campus Vitória possui uma cantina, onde estudantes e servidores podem fazer 
refeições durante o período letivo e possui a coleta de resíduos secos implantada. 
Porém as sobras orgânicas são direcionadas para o aterro sanitário da Marca 
Ambiental, localizado no município de Cariacica (RIBEIRO, 2019). 
Já o campus Vila Velha, fundado em 2010, está localizado na cidade de Vila Velha/ES. 
O campus possui programas de ensino, pesquisa e extensão, sendo dois cursos 
técnicos, duas especializações técnicas, cinco cursos de graduação, dois cursos de 
pós-graduação lato sensu e dois nível stricto sensu, sendo alguns deles com ênfase 
na área ambiental e de ensino de ciências (IFES, 2016a). O campus possui a 
Campanha Coleta Certa, que busca divulgar informações e promover a Coleta 
Seletiva Solidária no Campus, destinando-os para a Associação Vilavelhense de 
Coletores e Coletoras de Materiais Recicláveis (REVIVE), porém não possui coleta de 
resíduos orgânicos implantada (IFES, 2019). 
O campus Cariacica foi fundado em 2012 na cidade de Cariacica no estado do Espírito 
Santo, possuindo cinco cursos técnicos, três cursos de graduação e três cursos de 
pós-graduação, sendo um deles de nível stricto sensu (IFES, 2016b). 
Os especialistas foram selecionados a partir de indicações da gestão do campus local, 
sendo inicialmente escolhidos três especialistas de cada campus para participar da 
pesquisa. Nesta etapa também foi aplicado o método Sonwball, onde cada 
participante foi convidado a indicar outro especialista da instituição até que não houve 
mais indicações de especialistas diferentes. Dessa forma o número total de 
participantes foi definido durante o processo, resultando no total de 20 participantes 
convidados. 
42 
 
A consulta foi realizada por meio de questionário utilizando a plataforma Google 
Forms, assim como o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), 
apresentados no APÊNDICE A. Os questionários enviados aos especialistas foram 
avaliados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Ifes (CEP/ Ifes), em atendimento à 
Resolução 510/ 2016 do Conselho Nacional de Saúde. O link foi enviado via endereço 
eletrônico para os especialistas. Antes de responder o questionário o especialista foi 
informado sobre a pesquisa, atendendo ao disposto na Resolução 510/16 do 
Conselho Nacional de Saúde, declarando seu aceite (ou não) em participar da mesma 
(BRASIL, 2016). Os especialistas responderam sobre a aplicabilidade de cada um dos 
indicadores utilizando uma escala Likert de três níveis, descritos no Quadro 6. 
Quadro 6 – descrição dos níveis de aplicabilidade dos indicadores utilizados nos 
questionários. 
Nível Descrição 
1 Não aplicável 
2 Aplicável com restrição 
3 Aplicável plenamente 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A aplicabilidade dos indicadores foi definida com base na análise do nível de 
consenso. Alguns estudos, como de Besen (2011) e Oliveira (2018) utilizam o valor 
de 50% para o nível de consenso atingido pelos especialistas, para a aprovação de 
indicadores. Já Veiga, Coutinho e Takayanagui (2013) relatam a necessidade de um 
elevado nível de consenso para avaliação dos indicadores que, segundo os autores, 
correspondem àqueles que atingiram pelo menos 70% de consenso na soma dos dois 
níveis de maior peso na avaliação. Esta pesquisa considerou um nível mínimo de 60% 
na soma dos níveis 2 e 3. Caso não fosse atingido o nível de consenso, seria aplicada 
uma nova etapa de questionário aos participantes da primeira etapa para uma nova 
avaliação na plataforma Google Forms. O Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE) que seria utilizado na segunda etapa está apresentado no 
APÊNDICE B, que foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Ifes (CEP/ Ifes), 
em atendimento à Resolução 510/ 2016 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados 
foram organizados e a aplicabilidade determinada por meio de estatística descritiva 
utilizando o software Microsoft Excel. 
43 
 
Os indicadores aplicáveis foram anexados no ambiente para mensuração da 
sustentabilidade da ferramenta digital que foi desenvolvida neste trabalho, cuja 
metodologia será descrita no item 4.4 na etapa descrita a seguir. 
4.4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DIGITAL 
A ferramenta digital batizada com o nome de Planilha Orgâni-se foi desenvolvida no 
software Microsoft Excel com o intuito de facilitar a etapa de coleta, cálculos e análises 
de dados, além de conter materiais para auxiliar a implementação de ações de 
educação ambiental. Esse instrumento tem como público-alvo profissionais e gestores 
de IE, contendo informações importantes para auxiliar as etapas do gerenciamento 
dos resíduos sólidos orgânicos. O instrumento é composto por três ambientes 
principais: ambiente de controle da coleta seletiva, ambiente para mensuração da 
sustentabilidade e ambiente com materiais de educação ambiental. Os recursos 
utilizados na construção de cada ambiente estão demonstrados nos tópicos a seguir. 
4.4.1 Construção do ambiente de controle da coleta seletiva 
O ambiente de controle da coleta seletiva permite a inserção de dados sobre os tipos 
de resíduos orgânicos coletados na instituição e a quantidade dos mesmos, 
sinalizando se houve a destinação de resíduos não orgânicos. Para isso, foi 
desenvolvido um formulário para inserção das informações referentes a data e local 
(setor) de coleta, a massa e tipo de resíduo coletado. Para facilitar oarmazenamento 
automático dos dados, foi utilizado o recurso Macro com o auxílio do Visual Basic for 
Applications (VBA) para o direcionamento das informações inseridas no formulário. A 
Figura 4 mostra o fluxograma para as ações de armazenamento automático dos 
dados. 
A partir dos dados armazenados, este ambiente fornece um relatório sobre o 
diagnóstico da geração de RSO no campus, que pode ser acessado no ambiente 
através do recurso hiperlink. O relatório contém dados como a geração per capita 
diária dos resíduos, quantidade e tipo de resíduo coletado e porcentagem de resíduos 
passíveis de serem compostados. Para testar as funcionalidades deste ambiente, 
foram utilizados dados secundários publicados por Costa (2016), que realizou uma 
quantificação da massa dos restos de casca de frutas e borra de café gerados em 
alguns setores do Ifes- campus Vitória. 
4.4.2 Construção do ambiente de mensuração da sustentabilidade 
44 
 
Este ambiente permite a avaliação da sustentabilidade do gerenciamento de resíduos 
orgânicos, fornecendo um relatório para a autoavaliação da instituição. Foram 
anexados neste ambiente os indicadores de sustentabilidade selecionados nas etapas 
anteriores, disponibilizando campos de preenchimento das informações referentes 
aos indicadores e a data de coleta. 
Para facilitar o armazenamento, foi utilizado o recurso Macro com o auxílio do Visual 
Basic for Applications (VBA) para o direcionamento automático das informações 
(Figura 4). Utilizou-se os recursos “tabela dinâmica” e “gráfico dinâmico” para a 
construção do relatório. 
Figura 4 – Armazenamento automático dos dados da Planilha Orgâni-se. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
4.4.3 Construção do ambiente de materiais de educação ambiental 
O segundo ambiente contém materiais de apoio relacionados a resíduos orgânicos, 
coleta seletiva e compostagem. Esses materiais têm o intuito de auxiliar na 
implementação e manutenção de práticas para o gerenciamento correto de resíduos 
Fim 
Início 
Inserção de dados no 
formulário 
Macro + VBA 
Armazenamento automático 
Relatórios 
45 
 
orgânicos, buscando promover a sustentabilidade relacionada a RSO em instituições 
de ensino. 
A identificação dos materiais de educação ambiental, foi realizada por meio de 
pesquisa bibliográfica, buscando publicações no idioma português que construíram 
materiais (folders, manuais, cartilhas ou protocolos) com o intuito de divulgar, 
sensibilizar e sobre coleta seletiva, resíduos orgânicos e compostagem. 
Neste trabalho, considerou como folder um “impresso de pequeno porte, constituído 
de uma só folha de papel com uma ou mais dobras, e que apresenta conteúdo 
informativo” (DICIO, 2021a, p. 1). Já como manual foi considerado como um “livro 
pequeno que encerra os conhecimentos básicos de uma ciência ou uma técnica” e 
como cartilha um “livro pequeno para ensinar sobre algum conteúdo específico” 
(DICIO, 2021b, p. 1; DICIO, 2021c, p. 1). E como protocolo, considerou um documento 
com “normas e procedimentos que devem ser respeitados para a execução de um 
processo” (DICIO, 2021d, p.1). 
A busca foi realizada no Portal Periódicos Capes, Google e Google Acadêmico, 
utilizando os descritores: “folheto”, "oficina”, “cartilha”, “protocolo”, "compostagem", 
"orgânico”, “resíduos sólidos” e “educação ambiental”. Os resultados foram 
organizados de acordo com tipo de material, sendo separados em: oficinas, folders, 
manuais e cartilhas. 
Buscando facilitar a navegação de professores e gestores e na elaboração de ações 
educativas, os materiais identificados foram categorizados de acordo com a faixa 
etária do público-alvo. As categorias foram baseadas nos grupos etários definidos pela 
ONU (2009), sendo elas: infantil, adolescente, jovem e adulto. 
A categorização foi realizada com base na indicação etária contida no material. Caso 
o material não possuísse indicação etária, foi realizada a categorização a partir dos 
critérios: tipo de linguagem utilizada, conteúdo abordado e o uso de elementos lúdicos. 
O uso de elementos lúdicos como jogos, cartazes e experimentos ao ar livre 
associados às explicações sobre conceitos básicos sobre reciclagem, reutilização e 
prevenção de resíduos é visto com frequência em atividades de educação ambiental 
para o público infantil e adolescente (BEN-ZVI ASSARAF et al., 2013; GRODZIŃSKA-
JURCZAK et al., 2003; MADDOX et al., 2011; PHAN et al., 2016; SUPAKATA et al., 
2016; ZAIN et al., 2013; CHOW et al., 2017; HAGHIGHATJOO et al., 2020; MADYAL 
46 
 
et al., 2020; SUFIA et al., 2021). Já para o público jovem e adulto é comum a aplicação 
de atividades que estimulem atitudes mais críticas em relação ao gerenciamento de 
resíduos (YEUNG et al., 2017; RAJAN et al., 2019; WIDODO et al., 2019). 
Após a categorização, os materiais foram anexados em seus respectivos espaços no 
ambiente em questão na forma de imagem. Em alguns casos, foi utilizado o recurso 
Hiperlink para inserir o link de acesso dos materiais. 
Também foram realizadas buscas, na plataforma Youtube, por vídeos demonstrando 
as etapas para construção de composteiras de pequeno volume e indicação de 
resíduos passíveis de serem compostados. Além dos vídeos, foram anexados à 
Planilha Orgâni-se perfis da rede social Instagram que divulgam informações sobre a 
temática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
5.1. REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA 
A busca na base Scopus resultou no total de 91 publicações relacionadas aos 
descritores. Após a aplicação dos filtros delimitando a linguagem e tipo de documento, 
o número total passou para 73 publicações. 
A partir da leitura do título, resumo e palavras-chaves, foram excluídas 67 publicações 
que não se encaixavam nos critérios de inclusão estabelecidos, selecionando seis 
artigos que atendiam ao critério de inclusão do estudo. Na etapa de leitura completa 
das publicações, apenas cinco artigos atendiam aos critérios determinados para esta 
pesquisa, sendo um artigo excluído da revisão. 
A partir da amostragem Snowball, foi possível incluir mais três artigos na pesquisa, 
mostrando um resultado final de oito artigos que atendiam aos critérios determinados 
na revisão sistemática. Os resultados da revisão estão ilustrados na Figura 5. O 
número reduzido de artigos encontrados mostra a relevância dessa pesquisa e uma 
lacuna que pode ser explorada em pesquisas posteriores. Os artigos incluídos na 
pesquisa estão ilustrados no APÊNDICE C. 
Figura 5 – Resultados da Revisão Sistemática da Literatura. 
 
48 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Das publicações identificadas, o trabalho de Moreira e colaboradores (2018) se 
destacou dos demais, por ter desenvolvido um índice de gerenciamento de resíduos 
sólidos para instituições de ensino superior brasileiras. A ferramenta de Moreira e 
colaboradores (2018) tem o intuito de auxiliar os gestores na avaliação e na tomada 
de decisões, além de preencher uma lacuna de pesquisa por construir uma ferramenta 
específica de gestão de resíduos para Instituições de Ensino Superior (IES). 
Após leitura, levantamento e avaliação das publicações, foi possível identificar os 
indicadores de sustentabilidade de resíduos orgânicos aplicados em IE, possibilitando 
o desenvolvimento de um quadro ilustrando todos os indicadores encontrados e suas 
respectivas fontes (Quadro 7). 
Quadro 7 – Indicadores de sustentabilidade sobre resíduos orgânicos para Instituições 
de Ensino. 
Indicadores Referência 
Destinação dos resíduos para 
compostagem 
Fadzil, Hashim e Aziz (2012); Suwartha e Sari 
(2013); Gómez e colaboradores (2015); Sousa, 
Richter e Raath (2017); Kasam, Mulya Iresha e Ajie 
Prasojo (2018); Moreira e colaboradores. (2018); 
Drahein, Lima e Costa (2019); Salguero-Puerta e 
colaboradores (2019). 
Programas para prevenção de 
desperdício de alimentos em 
refeitóriosMoreira e colaboradores (2018) 
Valorização energética dos 
resíduos orgânicos (biogás) 
Salguero-Puerta e colaboradores (2019) 
Redução do volume de resíduo 
orgânico destinado para aterro 
Drahein, Lima e Costa (2019) 
Treinamento dos funcionários 
que prestam serviço no 
restaurante em relação à coleta 
seletiva 
Drahein, Lima e Costa (2019) 
Destinação adequada do 
resíduo orgânico 
Drahein, Lima e Costa (2019) 
Coleta seletiva dos resíduos 
orgânicos 
Drahein, Lima e Costa (2019) 
49 
 
Minimização e desvio de 
resíduos 
Fadzil, Hashim e Aziz (2012) 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A partir dos resultados da RSL foram identificados oito indicadores que buscavam 
avaliar especificamente a sustentabilidade do gerenciamento de resíduos orgânicos 
em IE. A destinação dos resíduos para compostagem foi o indicador mais frequente, 
aparecendo em todos os artigos. Este fato demonstra o maior uso desta técnica em 
IE, provavelmente justificado pelo seu baixo custo e facilidade de manutenção, sendo 
considerada pelos autores um indicativo de sustentabilidade institucional (MOREIRA 
et al., 2018; DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019). 
Sousa, Richter e Raath (2017) identificaram os indicadores de sustentabilidade na 
gestão ambiental em escolas africanas de nível primário. Os autores apontam os 
principais fatores que favorecem a educação para o desenvolvimento sustentável, 
sendo a existência de compostagem em pilhas um indicador relevante para a 
dimensão ambiental em escolas agrícolas (SOUSA; RICHTER; RAATH, 2017). 
Sabe-se da importância da educação para a manutenção de um gerenciamento de 
resíduos de qualidade (BUSS; MORETO, 2019). Em alguns países como o Brasil, a 
educação ambiental é considerada um instrumento essencial para a eficácia do 
processo de gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2010). 
A relação da compostagem com educação ambiental já foi explorada em diversos 
trabalhos, como os de Inácio e Miller (2009), Lima e colaboradores (2016) e de 
Bringhenti e colaboradores (2018). Esses trabalhos utilizaram a compostagem com 
um instrumento educacional permitindo a aprendizagem de conteúdos curriculares, 
além de ser utilizado em ações para conscientização da comunidade sobre o consumo 
e produção de resíduos em projetos de pesquisa e extensão (INÁCIO; MILLER, 2009; 
LIMA et al., 2016; BRINGHENTI et al., 2018). 
Kasam, Iresha e Prasojo (2018) buscaram calcular o valor do índice de desperdício 
zero (IZW) na Faculdade de Engenharia Civil e Planejamento (FCEP) da Universidade 
Islâmica da Indonésia (UII). Para calcular o índice, leva-se em consideração a 
compostagem, que garante a valorização dos resíduos orgânicos gerados no local 
(KASAM; IRESHA; PRASOJO, 2018). A compostagem é um processo que permite a 
decomposição controlada da matéria orgânica, transformando-a em composto 
50 
 
orgânico, permitindo o desvio de resíduos que seriam direcionados para aterros 
sanitários, colaborando com a estratégia resíduo zero e com a construção de um 
campus sustentável (SATOLO; SILVA; SIMON, 2012). 
Moreira e colaboradores (2018) elaboraram o Índice de Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos (SWaMI) para IES, uma ferramenta digital que permite avaliar o 
gerenciamento de resíduos sólidos e auxiliar a tomada de decisão por parte de 
gestores. O índice é composto por diferentes categorias, sendo essas subdivididas 
em temas que contém diferentes indicadores. Na categoria operacional, a existência 
da compostagem e de programas de prevenção ao desperdício de alimentos em 
refeitórios foram considerados critérios importantes para avaliar a sustentabilidade no 
gerenciamento de resíduos (MOREIRA et al., 2018). 
A prevenção da geração de resíduos é o aspecto mais relevante na estratégia de 
economia circular e resíduo zero, sendo o primeiro passo para diminuir os impactos 
causados pelos resíduos no meio ambiente e na sociedade (MAQUES et al., 2017). 
Diversas legislações relacionadas a resíduos sólidos, entre elas a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos brasileira, definem a não geração como prioridade na hierarquia 
da gestão e gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2010). 
Porém, tem-se visto poucas iniciativas com foco na prevenção, sendo o tratamento 
final do resíduo o foco principal do gerenciamento na maioria das organizações 
(HUTNER et al., 2017). Esse fato destaca a relevância de programas de prevenção 
ao desperdício em instituições de ensino, que impactam diretamente na redução dos 
resíduos gerados e assim, minimizando os impactos ao meio ambiente e tornando a 
instituição mais sustentável (MOREIRA et al., 2018). 
Moreira e colaboradores (2018) também elaboraram outros indicadores relevantes, 
como a existência de projetos de pesquisa e cursos com foco na gestão sustentável 
e a existência de planejamento sustentável com metas de curto, médio e longo prazo. 
Estes pontos são também abordados em outros modelos para avaliação da 
sustentabilidade, como o GRI, GASU e STARS visto sua relevância para a 
manutenção de uma gestão ambiental sustentável em IES (LOZANO, 2006; STARS, 
2014). 
Drahein, Lima e Costa (2019) construíram a ferramenta Sustainability Assessment for 
Higher Technological Education (SAHTE), com foco na avaliação da sustentabilidade 
51 
 
de serviços operacionais em instituições tecnológicas de ensino superior. Este modelo 
foi baseado em padrões e estruturas internacionais como GRI, SAQ e GreenMetric 
(LOZANO, 2006; SHI; LAI, 2013). No aspecto resíduos/meio ambiente, existem 
critérios que consideram a redução do volume de resíduo orgânico destinado para 
aterro e a compostagem de restos de alimentos e podas como um ponto positivo para 
a sustentabilidade do campus (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019). 
Drahein, Lima e Costa (2019) também definem a coleta seletiva de resíduos orgânicos 
como indicador, além do treinamento dos funcionários que prestam serviço no 
restaurante. Ações de educação ambiental são essenciais para a manutenção do 
processo de gerenciamento, sendo indispensáveis para a qualidade do processo 
(LIMA; DIAS; LIMA, 2016). Outro indicador relevante definido pelos autores é o 
compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Sabe-se que 
aterros sanitários e lixões são responsáveis pela geração de gases causadores do 
efeito estufa, como o metano (CH₄) e o dióxido de carbono (CO₂). Com isso, práticas 
como a compostagem permitem a redução da emissão desses gases e a preservação 
ambiental (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019). 
Gómez e colaboradores (2015) construíram um modelo adaptável para avaliação da 
sustentabilidade em universidades, permitindo que instituições com diferentes 
contextos e abordagens de práticas sustentáveis conseguissem adaptá-lo e utilizá-lo. 
Dentre os indicadores, a existência de programas de reciclagem e compostagem é 
um dos mais importantes a serem medidos (GÓMEZ et al., 2015). 
Salguero-Puerta e colaboradores (2019) aplicaram o indicador de economia circular 
na Universidade de Lomé (Togo), buscando mensurar a eficiência da redução, 
reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no campus. Em relação aos resíduos 
orgânicos, foram avaliadas duas alternativas de valorização: a compostagem e a 
biodigestão para geração de biogás, que pode ser utilizado como fonte de energia 
(SALGUERO-PUERTA et al., 2019). 
Suwartha e Sari (2013) adaptaram os indicadores pertencentes ao UI GreenMetric, 
ranking de sustentabilidade entre IES desenvolvido em 2010 pela Universidade da 
Indonésia. Em relação ao gerenciamento de resíduos orgânicos, a ferramenta utiliza 
como indicadores o tipo de tratamento realizado, sendo a destinação de 100% dos 
52 
 
resíduos para compostagem o aspecto considerado mais sustentável nesta 
ferramenta (SUWARTHA; SARI, 2013). 
Fadzil e colaboradores (2012) buscaram desenvolver um instrumento para avaliar a 
sustentabilidade da Universidade Kebangsaan Malaysia (UKM), utilizando as 
abordagens dos modelosSTARS e CSAF. Alguns indicadores inseridos na ferramenta 
são sobre a minimização e desvio de resíduos, que busca avaliar a redução do envio 
de resíduos para aterro sanitário, sendo a compostagem uma das alternativas 
avaliadas (FADZIL et al., 2012). 
A minimização dos resíduos é um fator importante para tornar a instituição 
sustentável. Segundo Zen e colaboradores (2016) a minimização de resíduos é uma 
das primeiras iniciativas sustentáveis a ser praticada pelas instituições, buscando 
diminuir a geração e os impactos causados pelos resíduos. 
Em relação à forma de medição da sustentabilidade, identificou-se uma 
heterogeneidade de métodos. Seis artigos utilizaram métodos quantitativos para 
mensuração dos indicadores e dois utilizaram métodos qualitativos. Dos métodos 
quantitativos, quatro artigos utilizaram questões binárias para produzir uma visão 
objetiva da adoção de práticas de sustentabilidade, assemelhando-se a ferramentas 
de sustentabilidade conhecidas e utilizadas mundialmente, como o GreenMetric e 
STARS (FADZIL et al., 2012). Os outros dois artigos utilizaram equações para 
mensurar a sustentabilidade do gerenciamento dos resíduos orgânicos. Salguero-
Puerta e colaboradores (2019) utilizaram fórmulas matemáticas para descobrir a 
colaboração da compostagem e da biometanização para a economia circular e 
Kasam, Mulya Iresha e Ajie Prasojo (2018) calcularam o índice de resíduo zero para 
compostagem na Universidade Islâmica da Indonésia (UII). 
Os indicadores qualitativos empregados nos estudos de Suwartha e Sari (2013) e 
Gómez e colaboradores (2015) utilizam uma escala Likert de cinco níveis (0 a 4), para 
medir o grau de sustentabilidade do indicador, onde 0 é o nível mais baixo de 
sustentabilidade e 4, o nível mais alto. Este método permite avaliar instituições em 
diferentes níveis de sustentabilidade de acordo com a realidade do campus. A partir 
da leitura das publicações incluídas na RSL, foram selecionados os indicadores de 
sustentabilidade descritos no tópico a seguir. 
5.2. SELEÇÃO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
53 
 
Foram selecionados preliminarmente 16 indicadores de sustentabilidade a partir dos 
resultados da RSL. Os artigos de Moreira e colaboradores (2018) e Drahein, Lima e 
Costa (2019) foram as principais referências utilizadas. Os indicadores foram 
distribuídos em quatro categorias, adaptadas do trabalho de Moreira e colaboradores 
(2018), sendo elas: 
• Educacional: avalia a existência de cursos voltados para a área ambiental, 
principalmente que estudam os temas gestão de resíduos sólidos e 
sustentabilidade. 
• Operacional: mensura o funcionamento das atividades diárias de gerenciamento 
de resíduos orgânicos da instituição. 
• Engajamento: avalia a existência de ações de conscientização ambiental 
relacionadas a resíduos sólidos e sustentabilidade com discentes, docentes e 
comunidade externa. 
• Institucional: mensura o compromisso da instituição com a gestão sustentável de 
resíduos orgânicos por meio da existência de políticas, comissões e relatórios que 
envolvam a gestão de resíduos orgânicos. 
Os indicadores foram mensurados por meio de respostas binárias com base na lógica 
booleana, onde: 1 - critério é atendido pela instituição de ensino e 0 – critério não é 
atendido pela instituição de ensino. O Quadro 8 contém as dimensões com os 
indicadores selecionados e suas descrições. Foi avaliada a aplicabilidade dos 
indicadores selecionados e posteriormente anexados a Planilha Orgâni-se. 
Quadro 8– Indicadores selecionados preliminarmente. 
Categoria Indicador Descrição 
1. Educacional 
1.1. Cursos superiores ou técnicos 
na área ambiental 
Existência de um ou mais cursos 
superiores e técnicos na área 
ambiental no campus. 
1.2. Cursos superiores ou técnicos 
que estudam gestão de resíduos e 
sustentabilidade 
Existência de um ou mais cursos 
superiores e técnicos que 
estudam gestão de resíduos e 
sustentabilidade no campus. 
1.3. Projetos ou grupos de 
pesquisa com foco em 
sustentabilidade e gestão de 
resíduos 
Existência de um ou mais 
projetos ou grupos de pesquisa e 
extensão com foco em 
sustentabilidade e gestão de 
resíduos no campus. 
1.4. Cursos de pós-graduação que 
estudam gestão de resíduos e 
sustentabilidade 
Existência de um ou mais cursos 
de pós-graduação que estudam 
54 
 
gestão de resíduos e 
sustentabilidade no campus. 
2. Operacional 
2.1. Programas de prevenção de 
resíduos orgânicos alimentares 
para usuários de restaurantes ou 
cantinas 
Existência de um ou mais 
programas (projetos de pesquisa 
e extensão) com foco na 
prevenção de resíduos orgânicos 
alimentares para usuários de 
restaurantes e cantinas no 
campus. 
2.2. Programas de prevenção de 
resíduos orgânicos alimentares 
para funcionários de restaurantes 
ou cantinas 
Existência de um ou mais 
programas (projetos de pesquisa 
e extensão) com foco na 
prevenção de resíduos orgânicos 
alimentares para funcionários de 
restaurantes ou cantinas no 
campus. 
2.3. Programa de compostagem Existência de um ou mais 
programas (projetos de pesquisa 
e extensão) com foco na 
divulgação e execução da 
técnica de compostagem no 
campus. 
2.4. Programa de coleta seletiva de 
resíduos orgânicos 
Existência de um ou mais 
programas (projetos de pesquisa 
e extensão) com foco na 
divulgação e execução da coleta 
seletiva de resíduos orgânicos no 
campus. 
3. 
Engajamento 
3.1. Campanhas publicitárias de 
prevenção, redução ou 
compostagem dos resíduos 
orgânicos do campus 
Existência de uma ou mais 
campanhas publicitárias de 
prevenção, redução e 
compostagem dos resíduos 
orgânicos do campus 
3.2. Atividades com discentes da 
instituição com foco no 
gerenciamento sustentável dos 
resíduos orgânicos 
Existência de uma ou mais 
atividades com discentes da 
instituição com foco no 
gerenciamento sustentável dos 
resíduos orgânicos 
3.3. Capacitações técnicas para 
funcionários da instituição com foco 
no gerenciamento sustentável dos 
resíduos sólidos 
Existência de uma ou mais 
capacitações técnicas para 
funcionários da instituição com 
foco no gerenciamento 
sustentável dos resíduos sólidos 
3.4. Atividades de educação 
ambiental junto à comunidade 
externa da instituição com foco nos 
resíduos orgânicos 
Existência de uma ou mais 
atividades de educação 
ambiental junto à comunidade 
externa da instituição com foco 
nos resíduos orgânicos 
4. Institucional 
4.1. Políticas, planos ou programas 
de gestão de resíduos 
Existência de políticas, planos e 
programas de gestão de resíduos 
no campus. 
4.2. Comitê de gestão de resíduos Existência de comitê de gestão 
de resíduos no campus 
55 
 
4.3. Planejamento de metas sobre 
sustentabilidade a curto, médio e 
longo prazo 
Existência de planejamento de 
metas sobre sustentabilidade a 
curto, médio e longo prazo no 
campus 
4.4. Publicação de relatórios sobre 
a gestão de resíduos sólidos na 
instituição, incluindo resíduos 
orgânicos 
Existência de publicação de 
relatórios sobre a gestão de 
resíduos sólidos na instituição, 
incluindo resíduos orgânicos 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Neste trabalho, utilizou-se o termo “nível de sustentabilidade” para descrever a soma 
do valor obtido em cada categoria por meio da avaliação, sendo 10 a pontuação 
máxima. O gerenciamento sustentável de resíduos orgânicos em instituições de 
ensino foi definido com base no trabalho de Marans e Shriberg (2012), Moreira (2017) 
e Drahein, Lima e Costa (2019) como “o gerenciamento que engaja a comunidade 
estudantil e externa na tomada de decisões e promove uma cultura participativa, além 
de promover pesquisa, ensino, extensão, gestão e operações sustentáveis 
relacionadas aos resíduos orgânicos”. 
As categorias e seus respectivos indicadores foram ponderados com base no trabalho 
de Moreira e colaboradores (2018) conforme o Quadro 9. Moreira e colaboradores 
(2018) recomendam a avaliação anual da instituição para acompanhar o progressoem cada categoria. 
Quadro 9 – Pesos de cada categoria. 
Categoria Pesos 
Educacional 2,6 
Operacional 2,9 
Engajamento 2 
Institucional 2,5 
Total 10 
Fonte: Elaborado pela autora. 
5.3 AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DOS INDICADORES DE 
SUSTENTABILIDADE 
Os indicadores de sustentabilidade foram submetidos a avaliação de aplicabilidade 
por meio de uma consulta a especialistas. No dia 13/05/2021 foram convidados 14 
profissionais do Ifes campus Vitória, Vila Velha e Cariacica para participar da 
pesquisa. Durante o desenvolvimento desta etapa, outros seis profissionais dos 
campus foram indicados pelos participantes, totalizando 20 convidados, mas apenas 
15 participaram da pesquisa. 
56 
 
Os questionários foram finalizados no dia 26/06/2021, sendo oito participantes 
profissionais atuantes no Ifes-campus Vitória, cinco do campus Vila Velha e dois do 
campus Cariacica. As respostas obtidas foram organizadas em tabelas, sendo a 
aplicabilidade avaliada de acordo com o nível de concordância. 
A partir dos resultados, todos os indicadores de sustentabilidade alcançaram o nível 
de concordância de 60% ou mais nos níveis 2 e 3, sendo considerados aplicáveis, 
como mostra o Quadro 10. 
 
Quadro 10 – Avaliação da aplicabilidade dos indicadores de sustentabilidade 
Categoria Indicador 
Níveis de 
aplicabilidade 
1 2 3 
1. Educacional 
1.1. Cursos superiores ou técnicos na área 
ambiental 
27% 20% 53% 
1.2. Cursos superiores ou técnicos que estudam 
gestão de resíduos e sustentabilidade 
0% 40% 60% 
1.3. Projetos ou grupos de pesquisa com foco 
em sustentabilidade e gestão de resíduos 
7% 
 
20% 73% 
1.4. Cursos de pós-graduação que estudam 
gestão de resíduos e sustentabilidade 
 
20% 
 
33% 
 
47% 
2. Operacional 
2.1. Programas de prevenção de resíduos 
orgânicos alimentares para usuários de 
restaurantes ou cantinas 
40% 
 
20% 
 
40% 
2.2. Programas de prevenção de resíduos 
orgânicos alimentares para funcionários de 
restaurantes ou cantinas 
33% 
 
27% 
 
40% 
2.3. Programa de compostagem 27% 40% 33% 
2.4. Programa de coleta seletiva de resíduos 
orgânicos 
33% 
 
20% 
 
47% 
3. 
Engajamento 
3.1. Campanhas publicitárias de prevenção, 
redução ou compostagem dos resíduos 
orgânicos do campus 
20% 
 
33% 
 
47% 
3.2. Atividades com discentes da instituição com 
foco no gerenciamento sustentável dos resíduos 
orgânicos 
0% 
 
47% 
 
53% 
3.3. Capacitações técnicas para funcionários da 
instituição com foco no gerenciamento 
sustentável dos resíduos sólidos 
27% 
 
27% 
 
47% 
3.4. Atividades de educação ambiental junto à 
comunidade externa da instituição com foco nos 
resíduos orgânicos 
27% 
 
20% 
 
53% 
4. Institucional 
4.1. Políticas, planos e programas de gestão de 
resíduos 
20% 
 
40% 
 
40% 
4.2. Comitê de gestão de resíduos 20% 40% 40% 
4.3. Planejamento de metas sobre 
sustentabilidade a curto, médio e longo prazo 
13% 40% 
 
47% 
57 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Analisando os resultados por campus, todos os indicadores atingiram o nível de 
consenso pelos participantes dos campus Vitória e Vila Velha. Esses resultados 
refletem a existência de cursos, projetos e pesquisas com ênfase nas áreas de 
gerenciamento de resíduos e meio ambiente, que contribuem com o desenvolvimento 
de ações sustentáveis relacionadas aos resíduos sólidos nos campus (IFES, 2019; 
RIBEIRO, 2019). O campus Vitória possui diversas pesquisas sobre o tema 
gerenciamento de resíduos orgânicos, principalmente sobre a técnica de 
compostagem no campus (BRINGHENTI et al., 2018; RIBEIRO, 2019; TEIXEIRA et 
al., 2020). Segundo Lima, Dias e Lima (2016), a disseminação de práticas como a 
compostagem contribuem com a sustentabilidade no espaço escolar e em seu 
entorno. 
Já no campus Cariacica, apenas os indicadores 1.2, 1.3 e 3.2 foram considerados 
aplicáveis. Esse resultado reflete a ausência de programas e ações para o 
gerenciamento sustentáveis de resíduos orgânicos no campus. 
Apesar das particularidades entre os três campus selecionados, os indicadores foram 
considerados aplicáveis para avaliar a sustentabilidade do gerenciamento dos 
resíduos orgânicos dos campus, podendo contribuir com o monitoramento, 
manutenção e melhoria do gerenciamento dos resíduos orgânicos. Os indicadores 
aprovados foram anexados no ambiente de mensuração da sustentabilidade na 
Planilha Orgâni-se. 
5.4. DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DIGITAL 
A Planilha Orgâni-se foi construída no software Microsoft Excel e apresenta três 
ambientes principais, buscando auxiliar no gerenciamento sustentável dos resíduos 
orgânicos em instituições de ensino. A Planilha contém uma navegação intuitiva 
através da funcionalidade “Hiperlink”, possuindo 14 guias, sendo elas: tela Inicial, 
apresentação, instruções de uso, formulário de controle da coleta seletiva, dados 
armazenados, relatório sobre o controle da coleta seletiva, indicadores de 
sustentabilidade, relatório sobre avaliação da sustentabilidade, materiais de educação 
4.4. Publicação de relatórios sobre a gestão de 
resíduos sólidos na instituição, incluindo 
resíduos orgânicos 
33% 13% 
 
53% 
58 
 
ambiental, público infantil, adolescente, jovem e adulto. O fluxograma de programação 
da Planilha está ilustrado na Figura 6. 
Figura 6– Fluxograma de funcionamento da Planilha Orgâni-se. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adolescente 
Infantil 
jovem 
Adulto 
Relatório 
Tela 
Inicial 
Ambiente controle da 
coleta seletiva 
Ambiente para mensuração da 
sustentabilidade 
Ambiente com materiais 
de educação ambiental 
Qual o 
público-
alvo? 
Fim 
Formulário 
Apresentação 
Instruções de uso 
Indicadores de 
sustentabilidade 
Dados 
armazenados 
Relatório 
Legenda: 
 
 
Terminação Documento Decisão Processo 
Entrada manual Dados 
 
Início e fim 
59 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A primeira guia consiste na tela inicial (Figura 7), que contém os botões de 
direcionamento com a funcionalidade Hiperlink para os três ambientes (controle da 
coleta seletiva, indicadores de sustentabilidade e materiais de educação ambiental). 
Além disso, a tela inicial possui o direcionamento para as guias denominadas 
apresentação e instruções de uso, como também atalhos para as guias relatórios e 
dados armazenados do ambiente de controle da coleta seletiva. A guia apresentação 
(Figura 8) contém informações básicas sobre a Planilha, como identificação das 
desenvolvedoras, objetivo e uma breve explicação dos ambientes principais. 
Figura 7 – Tela inicial da Planilha Orgâni-se. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Figura 8 – Guia apresentação da Planilha Orgâni-se. 
 
60 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A guia instruções de uso (Figura 9) traz a explicação de como ativar a aba 
“Desenvolvedor” no Microsoft Excel, permitindo que o usuário consiga utilizar a 
funcionalidade macro com VBA. Essa guia também possui as instruções de utilização 
de todos os ambientes principais, e o contato da desenvolvedora principal para o 
esclarecimento de dúvidas. As guias pertencentes a cada ambiente principal serão 
explicadas nos tópicos a seguir. 
Figura 9 – Instruções de uso da Planilha Orgâni-se. 
 
Fonte: Elaborado pela autora 
 
5.4.1. Ambiente controle da coleta seletiva 
O ambiente de controle da coleta seletiva foi elaborado com o intuito de realizar a 
inserção dos dados de geração de resíduos orgânicos de cada setor da IE e ainda 
contribuir com a análise de pontos de falha na coleta seletiva, auxiliando os processos 
de tomada de decisões pelos gestores. Para a inserção de informações acerca da 
coleta e geração de resíduos orgânicos, foi elaborada a guia com o formulário (Figura 
10) que insere o nome do setor, data de coleta, número de pessoas e a massa em Kg 
de cada categoria deresíduos orgânicos. 
 
61 
 
 
Figura 10 – Formulário no ambiente controle da coleta seletiva. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Após inserir as informações, o usuário deve clicar no ícone “armazenar dados” para 
anexá-los automaticamente na guia dados armazenados (Figura 11). Essa guia foi 
construída com a ferramenta macro com auxílio do VBA, permitindo a introdução de 
dados de forma sequencial e intuitiva. 
Figura 11 – Guia dados armazenados no ambiente controle da coleta seletiva com 
dados de Costa (2016). 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Para testar as funcionalidades deste ambiente, foram utilizados dados secundários 
publicados por Costa (2016), que realizou uma quantificação da massa dos restos de 
casca de frutas e borra de café gerados em alguns setores do Ifes- campus Vitória 
62 
 
(Tabela 1). A quantificação foi realizada no período de agosto a outubro de 2016 em 
nove setores do campus, sendo eles: Diretoria de Ensino (DIREN), Coordenadoria de 
Engenharia Sanitária e Ambiental (ESA), Laboratório de química (LQ), Licitação e 
compras, Engenharia e manutenção, Coordenadoria de Mecânica (CM), 
Coordenadoria de Química e Biologia, NAPNE e Contabilidade (COSTA, 2016). Os 
dados de Costa (2016) permitiram o refinamento das funcionalidades disponíveis no 
ambiente, porém são necessários testes futuros para o aprimoramento e avaliação da 
usabilidade da planilha. 
Tabela 1 – Massa de resíduos segregados por setor do Ifes - campus Vitória 
Data Setor Quantidade (g) 
Cascas Borra 
0
5
/0
8
/2
0
1
6
 
DIREN 0 6100 
Lab. de química 0 0 
ESA 680 1150 
Licitação e compras 0 1620 
Engenharia e manutenção 580 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 0 1124 
NAPNE 0 1650 
CONTABILIDADE 510 0 
1
2
/0
8
/2
0
1
6
 
DIREN 0 0 
Lab. de química 0 0 
ESA 610 0 
Licitação e compras 350 0 
Engenharia e manutenção 170 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 0 0 
NAPNE 0 0 
Contabilidade 0 0 
1
9
/0
8
/2
0
1
6
 
DIREN 0 0 
Lab. de química 0 0 
ESA 500 0 
Licitação e compras 0 0 
Engenharia e manutenção 250 0 
Coord. Mecânica 0 0 
63 
 
Coord. Quím e bio 0 0 
NAPNE 0 0 
Contabilidade 0 0 
2
9
/0
8
/2
0
1
6
 
DIREN 0 4000 
Lab. de química 100 600 
ESA 600 1450 
Licitação e compras 950 0 
Engenharia e manutenção 100 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 0 0 
NAPNE 0 0 
Contabilidade 0 1600 
0
5
/0
9
/2
0
1
6
 
DIREN 0 0 
Lab. de química 0 0 
ESA 1150 1500 
Licitação e compras 0 0 
Engenharia e manutenção 0 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 0 0 
NAPNE 0 0 
Contabilidade 0 0 
1
4
/0
9
/2
0
1
6
 
DIREN 0 2300 
Lab. de química 0 0 
ESA 1100 1050 
Licitação e compras 150 0 
Engenharia e manutenção 0 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 600 0 
NAPNE 0 1100 
Contabilidade 0 250 
2
3
/0
9
/2
0
1
6
 
DIREN 0 0 
Lab. de química 50 400 
ESA 50 0 
Licitação e compras 0 0 
Engenharia e manutenção 0 0 
Coord. Mecânica 0 1200 
64 
 
Coord. Quím e bio 0 0 
NAPNE 0 0 
Contabilidade 0 750 
0
5
/1
0
/2
0
1
6
 
DIREN 0 1600 
Lab. de química 0 0 
ESA 800 0 
Licitação e compras 50 0 
Engenharia e manutenção 0 0 
Coord. Mecânica 0 0 
Coord. Quím e bio 0 700 
NAPNE 0 1100 
Contabilidade 0 500 
Fonte: Elaborado pela autora, com informações de Costa (2016). 
A partir dos dados armazenados, foi realizado o teste da guia relatório (Figura 12). O 
relatório foi construído no formato de painel de controle, que permite a seleção pelo 
usuário dos dados referentes ao período de coleta e aos setores que deseja visualizar 
nos gráficos. 
 Figura 12 – Visão geral do relatório no ambiente de controle da coleta seletiva. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
65 
 
A guia exibe a massa coletada dos resíduos orgânicos por categoria, a geração per 
capita diária, a massa dos resíduos passíveis de serem compostados e a massa de 
resíduos não orgânicos que foram coletados (Figura 13). Segundo Oliveira e 
colaboradores (2015), a coleta seletiva é um processo fundamental para a segregação 
dos resíduos orgânicos e posterior destinação para a compostagem. Ferreira (2019) 
afirma que o uso de ferramentas digitais como softwares e aplicativos facilitam o 
processo de gerenciamento de resíduos, sendo de uso frequente por profissionais da 
área. O ambiente de controle da coleta seletiva mostrou-se relevante para o 
monitoramento do gerenciamento de resíduos orgânicos, facilitando a organização 
dos dados coletados e o monitoramento desse processo. 
Figura 13 – Relatório no ambiente de controle da coleta seletiva. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
O gráfico de quantificação diária de resíduos por categoria (Figura 14) permite que o 
usuário visualize os dias em que ocorre maior geração de determinado resíduo na 
instituição, sendo o eixo x referente aos dias de coleta e a categoria de resíduos 
coletadas e o eixo y a massa de resíduos por categoria. Teixeira e colaboradores 
(2020) relatam que o acompanhamento diário da geração de resíduos em cantinas e 
restaurantes permite o diagnóstico dos dias de maior geração de resíduos e se ocorre 
desperdício de alimentos. O uso do ambiente de controle da coleta seletiva poderá 
contribuir com a investigação sobre a geração de cada categoria de resíduo orgânico 
na instituição, permitindo traçar estratégias para a prevenção da geração e para a 
destinação final mais sustentável. 
Figura 14 – Quantificação diária no relatório de controle da coleta seletiva. 
66 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Segundo Costa e colaboradores (2016) o sucesso da coleta seletiva depende da 
sensibilização da comunidade envolvida, que precisa estar comprometida e informada 
da importância de sua participação no processo. Já Barros e Fernandes (2011) 
afirmam que para um desempenho satisfatório da coleta seletiva, é necessário o 
desenvolvimento contínuo de ações de instrução e sensibilização. 
Dada a importância da sensibilização para o sucesso do processo, a guia relatório 
contém dicas de como melhorar a coleta de resíduos na instituição, sendo elas: 
realizar a instrução e a sensibilização dos participantes antes do início da coleta 
seletiva; sinalizar as lixeiras ou coletores; investigar os motivos se ocorrer a 
destinação de resíduos não-orgânicos e visualizar os materiais de apoio para ações 
educativas disponíveis no ambiente de educação ambiental (Figura 15). 
Figura 15 – Dicas de como melhorar a coleta no relatório do ambiente de controle da 
coleta seletiva. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
5.4.2. Ambiente de mensuração da sustentabilidade 
O ambiente possibilita a avaliação da sustentabilidade do gerenciamento de resíduos 
orgânicos em instituições de ensino, com base no conjunto de indicadores de 
sustentabilidade selecionado anteriormente. O ambiente contém três guias: guia com 
indicadores de sustentabilidade, dados armazenados e relatório. 
67 
 
A guia com indicadores de sustentabilidade (Figura 16) possui as instruções básicas 
na parte superior da tela, instruindo a forma que cada campo deve ser preenchido. A 
guia possui um formulário com um campo para o preenchimento do mês e ano da 
avaliação, além dos campos de preenchimento dos indicadores, que devem ser 
preenchidos com “1” caso a instituição possua as características descritas e “0” caso 
não possua. Na parte inferior da guia encontra-se o ícone inserir dados que permite 
que os dados inseridos pelo usuário sejam armazenados automaticamente, além de 
apagar os dados no formulário principal. 
Figura 16 – Guia com indicadores de sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Os dados da avaliação são inseridos na guia dados armazenados (Figura 17), sendo 
convertido automaticamente o peso de cada indicador. Os indicadores (Quadro 8) 
foram validados no Ifes – campus Vitória no dia 05 de fevereiro de 2022 (Tabela 2), 
utilizando como referências para coleta dos dados o site oficial do campus, 
68 
 
documentosinstitucionais, artigos, trabalhos de conclusão de curso e dissertações 
publicados por discentes e docentes do campus. 
Figura 17 – Guia dados armazenados do ambiente mensuração da sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Tabela 2– Avaliação da sustentabilidade do gerenciamento de resíduos orgânicos no 
Ifes – Campus Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A partir da coleta de dados, verificou-se que o campus possui o curso técnico em meio 
ambiente e a graduação em engenharia sanitária e ambiental, que abordam os temas 
gestão de resíduos, meio ambiente e sustentabilidade (IFES, 2018). O campus 
também possui os Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Tecnologias 
Sustentáveis e uma pós lato sensu em Eficiência Energética, que possui trabalhos 
Categoria Indicador Pontuação 
1. Educacional 
1.1. 
 
1 
1.2. 1 
1.3. 1 
1.4. 1 
2. Operacional 
2.1. 0 
2.2. 0 
2.3. 1 
2.4. 1 
3. Engajamento 
3.1. 1 
3.2. 1 
3.3. 0 
3.4. 1 
4. Institucional 
4.1. 1 
4.2. 0 
4.3. 0 
4.4. 0 
69 
 
com temáticas relacionadas aos temas resíduos sólidos e sustentabilidade (IFES, 
2018). Os cursos de nível técnico e superior desenvolvem projetos de pesquisa e 
extensão relacionados ao gerenciamento de resíduos orgânicos, compostagem e 
sustentabilidade, como exemplo os trabalhos desenvolvidos pelo Labiotecs 
(BRINGHENTI et al., 2018; FREITAS et al., 2020). 
Em relação a prevenção de resíduos orgânicos, já foram desenvolvidos estudos por 
Teixeira e colaboradores (2020) relacionados ao tema no campus, porém até o 
momento não existem programas com o intuito de prevenir a geração de resíduos 
orgânicos nesses espaços. O campus possui coleta de resíduos secos implantada e 
a compostagem é realizada em composteiras de pequeno volume localizadas no 
Labiotecs, sendo sua manutenção realizada por estudantes, colaboradores 
voluntários e estagiários que participam de projetos de pesquisa vinculados ao 
laboratório (BRINGHENTI et al., 2018; RIBEIRO, 2018). Porém, devido a pandemia, 
o trabalho de coleta seletiva no campus está suspenso. 
Ações de divulgação de práticas de prevenção, redução e compostagem são 
promovidas por estudantes e docentes vinculados a projetos de pesquisa e extensão, 
assim como ações de educação ambiental (COSTA, 2016; FREITAS et al., 2021). Foi 
identificado que o campus possui um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
(PGRS) que define diretrizes de gerenciamento ambientalmente adequado de todos 
os resíduos gerados no campus (PGRS, 2020). A partir dos dados inseridos, foi 
possível testar a guia relatório (Figura 18) que permite a avaliação da sustentabilidade 
do gerenciamento de resíduos orgânicos na instituição. 
A guia relatório (Figura 18) exibe a pontuação atingida em cada categoria, o nível de 
sustentabilidade (Figura 19) e a evolução temporal da instituição em relação a 
sustentabilidade (Figura 20). O relatório possui o formato de painel de controle, 
permitindo que o usuário selecione a data da avaliação para a exibição dos resultados 
por categoria, apontando qual delas possui maior fragilidade e merece atenção. Os 
gráficos de evolução temporal permitem que o usuário compare o desempenho da 
instituição ao longo das avaliações. 
No teste realizado com dados do campus Vitória (Figura 19), verificou-se que a 
categoria institucional atingiu a menor pontuação, visto a carência de planejamento 
de metas de sustentabilidade a longo prazo no campus, além da ausência de relatórios 
sobre a gestão de resíduos na instituição, sendo a categoria que necessita de maior 
70 
 
atenção para tornar o gerenciamento de resíduos orgânicos na instituição mais 
sustentável. A partir dos dados coletados no Ifes-campus Vitória, não foi possível 
verificar a evolução temporal do campus em relação a sustentabilidade do 
gerenciamento de resíduos orgânicos, visto que é necessário no mínimo duas 
avaliações para a aplicação dos gráficos. Neste sentido, foram utilizados dados 
fictícios apenas para demonstrar o funcionamento dos gráficos de evolução temporal 
(Figura 20). 
Figura 18 – Visão geral do relatório no ambiente mensuração da sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Figura 19 – Avaliação por categoria no relatório de mensuração da sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
71 
 
Figura 20 –Gráfico de evolução temporal no relatório de mensuração da 
sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
5.4.3. Ambiente com materiais de educação ambiental 
A partir de buscas realizadas no Portal de Periódicos Capes, Google Acadêmico e 
Google, foram selecionados 25 materiais de divulgação científica e educação 
ambiental relacionados aos temas compostagem, resíduos orgânicos e coleta seletiva 
(Quadro 11). Desses materiais, quatro eram roteiros de oficinas envolvendo as 
temáticas, seis eram cartilhas informativas, oito folders de divulgação científica e sete 
manuais. 
Quadro 11 – Materiais de educação ambiental encontrados e suas fontes. 
Fonte Tipo de publicação Tipo de material 
Aracruz Celulose (2006) Projeto Cartilha 
Rodrigues (2009) Projeto Cartilha 
USP Recicla (2009) Projeto Manual 
SEDEMA (2010) Página da Web Cartilha e folders 
SMMA (2011) Página da Web Manual 
Loes (2013) Página da Web Folder 
Composta São Paulo (2014) Projeto Manual 
SEMASA (2014) Página da Web Folder 
72 
 
PTSPCC (2015) Página da Web Cartilha 
WWF Brasil (2015) Página da Web Manual 
A Gazeta (2017) Página da Web Manual 
MMA (2017) Página da Web Manual 
EMBRAPA (2018) Página da Web Folder 
Costa (2019) Artigo Oficinas 
Ribeiro (2019) Dissertação Folder 
Santos (2019) Monografia (graduação) Oficina 
Filogônio (2020) Dissertação Folder e oficinas 
Marquez (2020) Projeto Manual 
Gioderni et al. (2021) Projeto Cartilha 
Marca Ambiental (2021) Página da Web Cartilha 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Segundo Souza e colaboradores (2013) existe a necessidade de se trabalhar o tema 
resíduos sólidos em ações de educação ambiental, principalmente em instituições de 
ensino, promovendo a conscientização e estimulando hábitos sustentáveis. Já 
Maddox e colaboradores (2011) afirmam que atividades tradicionais como palestras, 
folhetos educativos e oficinas são comumente utilizados para estimular novos hábitos 
de separação e destinação correta dos resíduos sólidos, promovendo discussões 
relevantes sobre consumo e desperdício. 
Dada a importância das ações de educação ambiental para o sucesso do 
gerenciamento de resíduos, os materiais selecionados foram anexados no ambiente 
de materiais de educação ambiental na Planilha Orgâni-se. Segundo Gronhoj e 
Thogersen (2009), para maior efetividade das abordagens de educação ambiental e 
divulgação científica, é necessário um planejamento prévio de acordo com o público-
alvo, adaptando a linguagem e recursos utilizados durante a atividade para facilitar o 
processo de sensibilização. 
Buscando facilitar o acesso ao usuário, os materiais foram categorizados de acordo 
com a faixa etária do público-alvo em guias distintas, sendo elas: infantil, adolescente, 
jovem e adulto (Figura 21). Em cada guia, os materiais foram separados em novas 
73 
 
guias de acordo com o tipo, sendo elas: oficinas, cartilhas, folders e manuais, tutoriais 
e perfis para seguir (Figura 22). 
Figura 21 – Ambiente de materiais de educação ambiental 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Para o público infantil foram selecionadas duas oficinas retiradas do trabalho de Costa 
(2019) sobre compostagem, adubação e horta vertical. Também foram selecionadas 
quatro cartilhas que utilizam elementos lúdicos em sua composição (ARACRUZ 
CELULOSE, 2006; RODRIGUES, 2009; SEDEMA, 2010; MARCA AMBIENTAL, 
2021). Segundo Chow e colaboradores (2017), o uso de elementos lúdicos em ações 
de educação ambiental contribui com o aprendizado das crianças, tornando a ação 
mais interessante e divertida. 
Para o públicoadolescente foram anexadas duas oficinas sobre resíduos sólidos e 
compostagem (FILOGÔNIO, 2020) e quais resíduos podem ser compostados 
(SANTOS, 2019). Foram adicionadas cinco cartilhas (ARACRUZ CELULOSE, 2006; 
RODRIGUES, 2009; SEDEMA, 2010; GIODERNI et al., 2021; MARCA AMBIENTAL, 
2021) e seis folders aplicados em alunos do ensino médio e para o público em geral 
(SEDEMA, 2010; SEMASA, 2014; RIBEIRO, 2019; FILOGÔNIO, 2020). Também 
foram selecionados sete manuais com informações sobre resíduos orgânicos e 
compostagem (USP RECICLA, 2009; SMMA, 2011; COMPOSTA SÃO PAULO, 2014; 
WWF BRASIL, 2015; A GAZETA, 2017; MMA, 2017; MARQUEZ, 2020). 
Maddox e colaboradores (2011) afirmam que crianças e adolescentes possuem um 
papel importante na mudança de valores e comportamentos sustentáveis de seus 
74 
 
pais. Durante a pesquisa intitulada ‘’O que as pessoas pensam sobre o desperdício’’, 
uma porcentagem dos entrevistados afirmou que as informações recebidas por seus 
filhos na faixa etária de 6 a 14 anos em programas de educação ambiental sobre 
reciclagem influenciaram os comportamentos em suas residências (WASTE 
WATCH'S, 1999). Nesse sentido, ações de educação ambiental para esse público são 
fundamentais para a efetividade do gerenciamento de resíduos sólidos, dada a cadeia 
de transmissão de conhecimento que o mesmo oferece (MADDOX et al., 2011). 
Para o público jovem e adulto, foram selecionadas uma oficina sobre os resíduos que 
podem ser compostados (SANTO, 2019) e seis cartilhas (ARACRUZ CELULOSE, 
2006; RODRIGUES, 2009; SEDEMA, 2010; PTSPCC, 2015; GIODERNI et al., 2021; 
MARCA AMBIENTAL, 2021). Também foram anexados oito folders (SEDEMA, 2010; 
LOES, 2013; SEMASA, 2014; EMBRAPA, 2018; RIBEIRO, 2019; FILOGÔNIO, 2020) 
e sete manuais (USP RECICLA, 2009; SMMA, 2011; COMPOSTA SÃO PAULO, 
2014; WWF BRASIL, 2015; A GAZETA, 2017; MMA, 2017; MARQUEZ, 2020). 
Figura 22 – Guias de acesso dos materiais de educação ambiental. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
As cartilhas, folders e manuais (Figura 23) foram anexados a imagem da capa das 
cartilhas e manuais com o link de acesso nos ícones localizados acima de cada 
material. As oficinas (Figura 24) foram inseridas em forma de imagem na guia em 
questão. Foram encontrados e anexados dois tutoriais (Figura 25) que demonstram a 
confecção de composteiras de pequeno volume e os resíduos passíveis de serem 
compostados. 
 
75 
 
Figura 23 – Guia com cartilhas no ambiente de materiais de educação ambiental 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Figura 24– Guia com oficinas para o público infantil no ambiente de materiais de 
educação ambiental 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
 
 
76 
 
 
Figura 25 – Guia com tutoriais no ambiente de materiais de educação ambiental 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A utilização de materiais de educação ambiental pode contribuir com a disseminação 
de práticas sustentáveis como a coleta seletiva e compostagem, resultando em 
benefícios sociais, ambientais e econômicos (LIMA; DIAS; LIMA, 2016). Parra e 
colaboradores (2019) utilizaram folders de divulgação para sensibilizar a comunidade 
acadêmica e promover a coleta seletiva na Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná – campus Londrina (UTFP-LD). A partir da divulgação de imagens de 
sustentabilidade no Facebook e Instagram, os autores concluíram a eficácia desta 
estratégia, devido ao elevado número de interações e alcance das publicações 
(PARRA et al., 2019). A guia com perfis para seguir (Figura 26) contém redes sociais 
de divulgação científica de práticas que contribuem com o gerenciamento sustentável 
dos resíduos sólidos e com a preservação do meio ambiente. O perfil do Laboratório 
de Biotecnologia e Sustentabilidade (Labiotecs) do Ifes foi elaborado por Freitas e 
colaboradores (2021) com o objetivo de divulgar práticas sustentáveis com os 
resíduos durante a pandemia do novo coronavírus, sendo posteriormente utilizado 
para divulgação de informações sobre meio ambiente, sustentabilidade e resíduos 
orgânicos. Segundo Caritá, Padovan e Sanches (2011), as redes sociais podem 
favorecer o processo de aprendizagem, tornando-o interativo pelo uso de mídias como 
77 
 
vídeos, áudios e hipertextos que proporcionam novas formas de aprender e 
ultrapassar os limites da sala de aula. 
Figura 26 – Guia com perfis no ambiente de materiais de educação ambiental 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Neste contexto, redes sociais podem ser utilizadas como um repositório de conteúdo, 
permitindo que os alunos revisem os tópicos discutidos em ambientes de ensino 
formal. Essas redes também podem servir como fonte de conhecimento para pessoas 
leigas e interessadas no assunto, visto a linguagem simples e acessível utilizada 
(WERHMULLER, SILVEIRA, 2012). 
 
78 
 
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
Esta pesquisa desenvolveu a Planilha Orgâni-se, uma ferramenta digital de apio para 
o gerenciamento sustentável de resíduos orgânicos em instituições de ensino. A 
contribuição tecnológica desta pesquisa foi a concepção da Planilha Orgâni-se com 
três ambientes principais que permitem o planejamento, monitoramento e manutenção 
da coleta seletiva e compostagem em instituições de ensino. Já a contribuição 
científica foram os resultados obtidos na Revisão Sistemática da Literatura e nos 
testes que irão contribuir com o desenvolvimento de novas pesquisas do assunto. 
A Revisão Sistemática da Literatura possibilitou a identificação de oito indicadores de 
sustentabilidade relacionados ao gerenciamento de resíduos orgânicos em 
instituições de ensino. O número reduzido de publicações e indicadores identificados 
demonstrou a relevância do desenvolvimento de estudos sobre essa temática. A partir 
da revisão, também foi possível selecionar e adaptar um conjunto de 16 indicadores 
de sustentabilidade relacionado ao tema que contemplassem quatro categorias 
relevantes para o gerenciamento sustentável de resíduos orgânicos em instituições 
de ensino. 
A consulta aos especialistas contribuiu com a avalição da aplicabilidade dos 16 
indicadores selecionados em três campus distintos do Ifes. A verificação da 
aplicabilidade permitiu a elaboração de um ambiente para avaliação da 
sustentabilidade na Planilha que disponibiliza ao usuário relatórios sobre a evolução 
temporal da instituição e identificação das categorias que mais precisam de atenção 
no momento da avaliação. 
O teste com dados secundários sobre a coleta de resíduos orgânicos realizada no 
Ifes-campus Vitória auxiliou o desenvolvimento da funcionalidade de armazenamento 
de dados no ambiente de controle de coleta seletiva. Esse ambiente busca contribuir 
com o gerenciamento inteligente de resíduos orgânicos em instituições de ensino. No 
entanto, são necessários novos estudos e testes para a avaliação da usabilidade e no 
aprimoramento da ferramenta. 
A identificação de 25 materiais de divulgação científica e educação ambiental para 
diferentes públicos-alvo permitiu o desenvolvimento do ambiente com materiais de 
educação ambiental, que tem o intuito de contribuir com o planejamento e manutenção 
79 
 
da coleta seletiva de orgânicos e compostagem em instituições de ensino, 
contribuindo com os aspectos social, ambiental e cultural da sustentabilidade. 
A Planilha Orgâni-se foi construída para ser utilizada por qualquer pessoa interessada 
que tenha acesso a um computador, de forma simples e intuitiva. Os desafios para o 
desenvolvimento da Planilha foram a definição do software que seria utilizado e a 
definição da forma de navegação dos ambientes. Contudo, até o momento os 
ambientes foram aplicados apenas pela desenvolvedora, o que não permite afirmar 
que de fato a ferramenta é de fácil utilização. 
Recomenda-se para trabalhos futuros a realizarem testes heurísticos em todos os 
ambientes para identificar problemas de usabilidade da ferramenta. Sugere-se ainda 
a adaptação da Planilha Orgâni-sede acordo com a realidade da instituição estudada, 
além de pesquisas que permitam a integração de informações com diferentes 
instituições de ensino, contribuindo com a comparação do gerenciamento em 
diferentes campus ou instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Disponível em: http://midias.gazetaonline.com.br/_midias/pdf/2017/11/23/cartilhafaesa-
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BARBOSA, G. S. O desafio do desenvolvimento sustentável. Revista Visões, v. 4, n. 1, 
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University Campus. 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Conexão entre ferramenta digital com os ODS..........................................17 
Figura 2 – Objetivos e procedimentos metodológicos da 
pesquisa..........................................................................................................36 
Figura 3 – Etapas da revisão sistemática...................................................................38 
Figura 4 – Armazenamento automático dos dados da Planilha Orgâni-
se................................................................................................................................44 
Figura 5 – Resultados da Revisão Sistemática da Literatura......................................47 
Figura 6 – Fluxograma de funcionamento da Planilha Orgâni-
se.....................................................................................................................58 
Figura 7 – Tela inicial da Planilha Orgâni-se..............................................................59 
Figura 8 – Guia apresentação da Planilha Orgâni-se..................................................59 
Figura 9 – Instruções de uso da Planilha Orgâni-se...................................................60 
Figura 10 – Formulário no ambiente controle da coleta seletiva................................61 
Figura 11 – Guia dados armazenados no ambiente controle da coleta seletiva com 
dados de Costa (2016) ....................................................................................61 
Figura 12 – Visão geral do relatório no ambiente de controle da coleta 
seletiva.............................................................................................................64 
Figura 13 – Relatório no ambiente de controle da coleta seletiva...............................65 
Figura 14 – Quantificação diária no relatório de controle da coleta 
seletiva.............................................................................................................66 
Figura 15 – Dicas de como melhorar a coleta no relatório do ambiente de controle da 
coleta seletiva..................................................................................................66 
Figura 16 – Guia com indicadores de sustentabilidade..............................................67 
Figura 17 – Guia dados armazenados do ambiente mensuração da 
sustentabilidade...............................................................................................68 
 
 
Figura 18 – Visão geral do relatório no ambiente mensuração da 
sustentabilidade...............................................................................................70 
Figura 19 – Avaliação por categoria no relatório de mensuração da 
sustentabilidade...............................................................................................70 
Figura 20 – Gráfico de evolução temporal no relatório de mensuração da 
sustentabilidade..........................................................................................................71 
Figura 21 –Ambiente de materiais de educação ambiental........................................73 
Figura 22 – Guias de acesso dos materiais de educação ambiental..........................74 
Figura 23 – Guia com cartilhas no ambiente de materiais de educação ambiental....75 
Figura 24– Guia com oficinas para o público infantil no ambiente de materiais de 
educação ambiental.........................................................................................75 
Figura 25 – Guia com tutoriais no ambiente de materiais de educação ambiental......76 
Figura 26 – Guia com perfis no ambiente de materiais de educação ambiental..........77 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 – Aspectos de sustentabilidade e seus critérios..............................................18 
Quadro 2– Critérios para avaliação da sustentabilidade.................................................20 
Quadro 3 – Instrumentos de Avaliação da Sustentabilidade aplicáveis a instituições de 
ensino....................................................................................................................30 
Quadro 4 – Publicações sobre indicadores de sustentabilidade para instituições de 
ensino no Brasil.....................................................................................................31 
Quadro 5 – Critérios de inclusão e exclusão dos artigos oriundos da revisão 
sistemática............................................................................................................39 
Quadro 6 – Descrição dos níveis de aplicabilidade dos indicadores utilizados nos 
questionários.........................................................................................................42 
Quadro 7 – Indicadores de sustentabilidade sobre resíduos orgânicos para Instituições 
de Ensino..............................................................................................................48 
Quadro 8– Indicadores selecionados preliminarmente....................................................53 
Quadro 9 – Pesos de cada categoria..............................................................................55 
Quadro 10 – Avaliação da aplicabilidade dos indicadores de 
sustentabilidade....................................................................................................56 
Quadro 11 – Materiais de educação ambiental encontrados e suas fontes....................71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1– Massa (g) de resíduos segregados por setor......................................62 
Tabela 2– Avaliação da sustentabilidade do gerenciamento de resíduos orgânicos 
no Ifes – Campus Vitória........................................................................................68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos 
Especiais 
CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem 
EDS – Educação para o Desenvolvimento Sustentável 
GEE – Gases de Efeito Estufa 
IAS – Instrumento de Avaliação da Sustentabilidade 
IE – Instituição de Ensino 
MMA – Ministério do Meio Ambiente 
ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 
RSO – Resíduos Sólidos Orgânicos 
SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 12 
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 12 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 12 
3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 13 
3.1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................ 14 
3.2 DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE .................................................. 18 
3.3 UM NOVO OLHAR SOBRE OS RESÍDUOS ORGÂNICOS ..................... 21 
3.4 COLETA SELETIVA E COMPOSTAGEM ................................................. 22 
3.5 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS EM INSTITUIÇÕES DE 
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93 
 
 
 
APÊNDICES 
APÊNDICE A– Orientações de preenchimento e questionários da 1ª rodada da 
consulta a especialista. 
 
94 
 
 
 
95 
 
 
 
96 
 
 
97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
 
 
 
 
100 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
101 
 
 
APÊNDICE B– Orientações de preenchimento da 2ª rodada de consulta a especialista. 
 
 
102 
 
 
 
103 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
 
 
 
 
 
104 
 
APÊNDICE C – Artigos selecionados apurados a partir da revisão sistemática. 
Título do artigo Autores 
Developing a Campus Sustainability Assessment 
Framework for the National University of Malaysia 
Fadzil, Hashim e Aziz 
(2012). 
Evaluating UI GreenMetric as a tool to support green 
universities development: Assessment of the year 2011 
ranking 
Suwartha e Sari (2013) 
Adaptablemodel for assessing sustainability in higher 
education 
Gómez e colaboradores 
(2015) 
Sustainable environmental management indicators in 
South African primary schools 
Sousa, Richter e Raath 
(2017) 
Evaluation of solid waste management at campus using 
the "zero Waste Index": The case on campus of Islamic 
University of Indonesia 
Kasam, Mulya Iresha e 
Ajie Prasojo (2018) 
Solid waste management index for Brazilian Higher 
Education Institutions 
Moreira e colaboradores 
(2018) 
Sustainability indicators concerning waste management 
for implementation of the circular economy model on 
the university of lome (Togo) campus 
Salguero-Puerta e 
colaboradores (2019) 
Sustainability assessment of the service operations at 
seven higher 
education institutions in Brazil 
Drahein, Lima e Costa 
(2019) 
Fonte: Elaborado pela autora.................................................................................................................. 23 
3.6 SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL RELACIONADAS AOS 
RESÍDUOS ORGÂNICOS ..................................................................................... 26 
3.7 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ............................................... 28 
3.8 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PARA 
INSTITUIÇÕES DE ENSINO ................................................................................ .29 
3.9 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS À GESTÃO DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................ 31 
3.10 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA INSTITUIÇÕES DE 
ENSINO ................................................................................................................. 31 
3.11 FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................33 
4 METODOLOGIA ................................................................................................ 36 
4.1 REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA ............................................ 37 
4.2 SELEÇÃO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE .................... 40 
4.3 AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DOS INDICADORES DE 
SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 40 
9 
 
4.4 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DIGITAL ................................ 43 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 47 
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................ 78 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 80 
APÊNDICES .............................................................................................................. 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
No Brasil, restos de alimentos e podas são classificados como Resíduos Sólidos 
Orgânicos (RSO), representando 45,3% dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) 
coletados. Estima-se que 36 milhões de toneladas de RSO foram reunidos no país em 
2019, sendo a maioria enviada para disposição final sem nenhum tipo de recuperação 
(ABRELPE, 2020). 
Visto que nem todos os aterros sanitários do país possuem sistemas de captura de 
biogás, os resíduos orgânicos se tornam fonte de emissões de gases de efeito estufa 
(GEE), causando problemas ambientais (SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO 
SOBRE SANEAMENTO - SNIS, 2021). A existência de aterros controlados e lixões 
em funcionamento no país tornam a disposição de resíduos orgânicos também um 
risco à saúde pública, permitindo a proliferação de vetores de doenças, destacando a 
necessidade de se promover alternativas para a recuperação dos resíduos orgânicos 
(ABRELPE, 2020). 
Um marco político em relação a gestão de resíduos foi a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), preconizada pela lei nº. 12.305/2010, que fundamenta a coleta 
seletiva como um instrumento para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos. 
Em relação aos resíduos orgânicos, a PNRS indica a compostagem como alternativa 
para a disposição final ambientalmente adequada, promovendo a valorização desses 
resíduos em seu local de geração (BRASIL, 2010). 
Segundo o Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) em 2020, dos 
36 milhões de toneladas de resíduos orgânicos coletados. Em 2021, apenas 270 mil 
toneladas de resíduos sólidos foram recebidas em unidades de compostagem (SNIS, 
2021). Neste cenário, a aplicação de ferramentas digitais pode contribuir com o 
gerenciamento de resíduos orgânicos, facilitando na avaliação, divulgação e 
desenvolvimento de suas etapas (SIMONETTO; BORENSTEIN, 2004). 
Dado o papel relevante das Instituições de Ensino (IE) frente à sustentabilidade, as 
mesmas têm buscado desenvolver práticas que proporcionem a gestão ambiental 
adequada e a conscientização social, além do cumprimento de leis e normativas 
ambientais (SILVA; ALMEIDA, 2019). Sabe-se que algumas IE de grande porte são 
classificadas como grandes geradores de resíduos sólidos, levando algumas 
instituições a implementarem coleta seletiva e técnicas, como a compostagem, para 
11 
 
a valorização dos resíduos gerados em seus espaços, além de utilizá-la como 
instrumento de educação ambiental (BUSS; MORETO, 2019). 
Considerando o interesse das IE em alinharem suas práticas aos preceitos da 
sustentabilidade, a aplicação de mecanismos como a coleta seletiva e a compostagem 
são essenciais para promover a diminuição da poluição ambiental, reaproveitamento 
de matéria prima e conscientização social. Nesse sentido, sabe-se que indicadores 
de sustentabilidade são amplamente utilizados para a avaliação e o monitoramento 
de ações e práticas sustentáveis (OLIVEIRA, 2018). Somado às ações de educação 
ambiental, esses instrumentos podem contribuir com o gerenciamento e valorização 
dos resíduos orgânicos em IE, auxiliando a tomada de decisão por parte dos gestores 
(SILVA; ALMEIDA, 2019). 
No entanto, mesmo com a importância da temática, existe ainda uma carência de 
dados na literatura em relação à construção e ao uso de indicadores de 
sustentabilidade relacionados a RSO para IE (OLIVEIRA, 2018; SUQUISAQUI, 2020). 
A mesma lacuna pode ser relacionada à proposição de ferramentas digitais para 
auxiliar no processo de gerenciamento desses resíduos (SUQUISAQUI, 2020). 
Este trabalho propõe uma ferramenta digital para auxiliar no processo de 
gerenciamento sustentável dos RSO em IE (Planilha Orgâni-se). Criada com base em 
métodos científicos, utilizando Revisão Sistemática da Literatura (RSL) e consulta a 
especialistas, a ferramenta é composta de três ambientes principais: ambiente de 
controle da coleta seletiva, ambiente para mensuração da sustentabilidade e ambiente 
com materiais de educação ambiental. O primeiro ambiente irá promover o 
monitoramento inteligente da coleta seletiva, enquanto o segundo possui um conjunto 
de indicadores de sustentabilidade, relacionados ao gerenciamento de resíduos 
orgânicos para IE. O terceiro contém materiais de apoio para a elaboração de 
atividades de educação ambiental. 
A aplicabilidade dos indicadores de sustentabilidade foi avaliada por especialistas de 
três campus do Instituto Federal do Espírito Santo. A Planilha Orgâni-se busca 
contribuir diretamente com o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
(ODS), por meio de práticas que promovam o gerenciamento de resíduos 
ambientalmente adequado e socialmente justo. 
 
12 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Desenvolver uma ferramenta digital para o gerenciamento sustentável de resíduos 
orgânicos em instituições de ensino, promovendo a coleta seletiva e a compostagem 
como alternativas sustentáveis. 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
● Identificar, na literatura, indicadores de sustentabilidade relacionados com 
gerenciamento de resíduos orgânicos em instituições de ensino. 
● Avaliar a aplicabilidade de um conjunto de indicadores de sustentabilidade 
relacionados a resíduos orgânicos para instituições de ensino. 
● Desenvolver uma ferramenta digital para o gerenciamento sustentável de 
resíduos orgânicos. 
● Identificar materiais de educação ambiental relacionados à coleta seletiva dos 
resíduos orgânicos e compostagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
A busca pelo desenvolvimento sustentável estimulou o consumo consciente e as 
novas abordagens em relação aos resíduos sólidos, visando minimizar seus impactos 
no meio ambiente (BARBOSA, 2008). Várias organizações, como a Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro (COSTA, 2012), têm utilizado indicadoresde 
sustentabilidade para otimizar seus processos e torná-los mais sustentáveis. Os 
indicadores de sustentabilidade têm o intuito de auxiliar a avaliação e o monitoramento 
de práticas que permitam reduzir, reutilizar ou reciclar os resíduos gerados (SATOLO; 
SILVA; SIMON, 2012). 
Dado o compromisso com o desenvolvimento sustentável, vários trabalhos como o de 
Oliveira (2018), Silva e colaboradores (2016) e Drahein, Lima e Costa (2019) definiram 
indicadores para mensurar a sustentabilidade em IE, abordando a gestão e o 
gerenciamento de resíduos como um ponto essencial e ser considerado. 
Nesse aspecto, a literatura apresenta diferentes indicadores para avaliar práticas 
sustentáveis relacionadas aos resíduos sólidos, como: a existência de coleta seletiva 
(SILVA et al., 2016), a taxa de resíduos reutilizados ou reciclados (COSTA, 2012) e a 
existência de campanhas de conscientização sobre reciclagem (OLIVEIRA, 2018). 
Dados os benefícios oferecidos pela compostagem e seu potencial em prol da 
sustentabilidade, a aplicação de indicadores pode auxiliar na implantação e 
acompanhamento dessa prática (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019). Os indicadores de 
sustentabilidade podem contribuir com a avaliação de diversos atributos resultantes 
da compostagem, como a diminuição da poluição urbana e sua efetividade como 
instrumento de educação ambiental, colaborando com um gerenciamento sustentável 
de resíduos (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019). 
A seguir são abordados os principais assuntos relacionados à pesquisa: o 
desenvolvimento sustentável e suas dimensões; a necessidade de um novo olhar para 
os resíduos orgânicos; coleta seletiva e compostagem; gerenciamento de resíduos 
orgânicos em IE; sensibilização e educação ambiental; o que são indicadores de 
sustentabilidade; os instrumentos de avaliação da sustentabilidade para instituições 
de ensino; os indicadores aplicados a resíduos sólidos e em instituições de ensino e 
ferramentas digitais para o gerenciamento sustentável de resíduos sólidos. 
14 
 
3.1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
O agravamento dos problemas ambientais no século XX desencadeou uma série de 
discussões sobre o meio ambiente, culminando em diversos estudos na década de 
1970 criticando o modelo econômico linear (MIKHAILOVA, 2004). Esse modelo 
consiste em processos de produção em via única, onde a mercadoria é consumida 
até o seu descarte final, gerando resíduos que não são reaproveitados (MIKHAILOVA, 
2004). Vistos os impactos causados pelos resíduos no meio ambiente, novas 
estratégias de produção foram criadas a partir da década de 1970 buscando minimizar 
o descarte de resíduos (CONSENZA; ANDRADE; ASSUNÇÃO, 2020). Com isso 
surgiu o modelo de economia circular, que busca o mais alto nível de utilidade dos 
recursos naturais, minimizando o descarte de resíduos e consequentemente os 
problemas associados aos mesmos (ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 2010; 
CONSENZA; ANDRADE; ASSUNÇÃO, 2020). 
O despertar sobre os impactos causados pela ação antrópica no meio ambiente 
estimulou também diversas conferências mundiais. Em 1972 ocorreu a United Nations 
Conference on the Human Environment, conhecida popularmente como Conferência 
de Estocolmo, onde foi discutida a necessidade de mudanças na relação entre o ser 
humano e o planeta, buscando minimizar os impactos ambientais (MIKHAILOVA, 
2004). Apesar da Conferência de Estocolmo ter sido um marco no âmbito do 
desenvolvimento sustentável (MIKHAILOVA, 2004), seu conceito só foi proposto em 
1987, pelo relatório de Brundtlandt, que definiu desenvolvimento sustentável como a 
“busca por atender as necessidades atuais, sem comprometer a necessidades das 
gerações futuras” (BRUNDTLAND et al., 1987, p. 43, tradução nossa). 
Em 1992, o desenvolvimento sustentável começou a ser pauta em políticas 
ambientais após a definição do documento intitulado “Agenda 21”, instrumento criado 
para o planejamento e construção de sociedades sustentáveis, com objetivo de 
promover medidas de proteção ambiental e igualdade social (BRASIL, 2017). Esse 
documento forneceu informações importantes que elevou o entendimento de diversos 
países acerca do tema, levando à criação de leis, normativas e certificações, como a 
ISO 14.001, que por sua vez estimulou a implantação de processos mais sustentáveis 
em diversas organizações (BRASIL, 2017). 
Outro marco para o desenvolvimento sustentável ocorreu no ano 2000, com a 
definição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) pela Organização das 
15 
 
Nações Unidas, que estabeleceu oito objetivos com o intuito de mobilizar a sociedade, 
ao longo de 15 anos, a buscar alternativas para erradicar a fome e a pobreza, além 
de promover a conservação do meio ambiente (OBJETIVOS DE 
DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO, 2000). 
Em 2002, a definição de desenvolvimento sustentável foi atualizada pela Cúpula 
Mundial em Joanesburgo, com o intuito de estabelecer um conceito mais claro e 
objetivo, que mostrasse os recursos naturais como o fator limitante do 
desenvolvimento sustentável. A nova definição de desenvolvimento sustentável ficou 
estabelecida como “aquele que procura melhorar a qualidade de vida da população 
mundial, sem aumentar o uso de recursos naturais além da capacidade do planeta de 
se regenerar” (MIKHAILOVA, 2004, p. 27, tradução nossa). 
Mais recentemente, no ano de 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS) foram estabelecidos pela cúpula das Nações Unidas, com o objetivo de 
incentivar ações que promovam práticas sustentáveis. Os ODS consistem em 17 
objetivos e 169 metas que propõem ações ao longo de 15 anos, com o intuito de 
promover saúde, educação de qualidade e equidade de direitos a todos, exterminando 
a pobreza mundial, protegendo o meio ambiente e garantindo a igualdade de gênero 
(PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2015). 
Dada a complexidade para o alcance desses objetivos, Sachs e colaboradores (2019) 
observaram a necessidade da união de seis blocos com diferentes focos 
transformadores para o alcance dos ODS. Os blocos são: educação, gênero e 
desigualdade; saúde, bem-estar e demografia; descarbonização e sustentabilidade 
energética/Industrial; alimentos, terras, água e oceanos sustentáveis; cidades e 
comunidades sustentáveis e revolução digital para o desenvolvimento sustentável 
(SACHS et al.,2019). 
O bloco de Cidades e Comunidades Sustentáveis tem como foco principal garantir o 
acesso ao saneamento adequado, incluindo o gerenciamento sustentável de resíduos 
sólidos em comunidades urbanas e rurais. Segundo o autor, a utilização de práticas 
de reutilização de resíduos orgânicos contribui para a transformação de cidades e 
terras sustentáveis, por meio da diminuição da poluição causada pelos resíduos 
(SACHS et al., 2019). Com isso, o gerenciamento dos resíduos orgânicos associados 
a práticas, como a coleta seletiva e a compostagem, colaboram com a manutenção 
16 
 
de cidades e comunidades sustentáveis, assim como a conservação de ambientes 
terrestres, contribuindo com o alcance de alguns ODS (ZAGO; BARROS, 2019). 
O presente estudo colabora diretamente com cinco ODS, sendo eles: ODS número 
dois (fome zero e agricultura sustentável), através do estímulo à produção de 
composto orgânico que pode ser utilizado na agricultura; ODS número quatro 
(educação de qualidade), com o estímulo a ações de educação ambiental em um 
espaço formal de ensino, utilizando o mesmo como laboratório vivo de pesquisa; ODS 
número onze (cidades e comunidades sustentáveis), com a disseminação e execução 
de práticas sustentáveis, permitindo a diminuição da poluição causada pelos resíduos; 
ODS número doze (consumo e produção sustentável), com a disseminação de 
estratégias junto a pesquisadores e gestores de ensino de minimização de resíduos 
orgânicos e ODS número treze (ação contra mudança global do clima), com a 
disseminação de estratégias para reduzir a geração de resíduosorgânicos, 
minimizando a geração gases de efeito estufa (GEE) (PROGRAMA DAS NAÇÕES 
UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2015). A conexão do tema geral do trabalho 
com os ODS está exposta no infográfico da Figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Figura 1 –Conexão entre ferramenta digital com os ODS. 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
18 
 
3.2 DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE 
A sustentabilidade e suas dimensões são essenciais para a obtenção de informações 
pertinentes de sistemas ou processos de indústrias e instituições, gerando inúmeras 
produções acadêmicas sobre o assunto (SACHS, 2002; GUIMARÃES; FEICHAS, 
2009). Apesar de grandes discussões em relação ao tema, ainda não existe consenso 
entre os autores sobre a quantidade de dimensões existentes para a sustentabilidade, 
tornando sua mensuração uma tarefa complexa (GUIMARÃES; FEICHAS, 2009). 
Com o intuito de auxiliar a avaliação da sustentabilidade em organizações, Elkington 
(1997) desenvolveu o chamado triple bottom line, expresseão da língua inglesa que 
pode ser traduzida como “tripé da sustentabilidade”. Esse conceito define três 
dimensões para a sustentabilidade, sendo elas: a econômica, a social e a ambiental. 
Segundo o autor, a avaliação tradicional feita por empresas considerava apenas 
fatores econômicos, não levando em conta aspectos importantes na avaliação da 
qualidade, como a performance ambiental e social que ela desempenha. Assim, 
Elkington (1997) sugere que as empresas avaliem o sucesso não só com base no 
lucro, mas também sob o ponto de vista de seu impacto sobre o meio ambiente e 
sobre a sociedade em que atua. 
Segundo Froehlich (2014), as dimensões ambiental, econômica e social apresentadas 
por Elkinton (1997) são comumente utilizadas em trabalhos acadêmicos. Com a 
evolução dos estudos sobre o tema, os autores começaram a ampliar os aspectos 
para uma análise mais aprofundada da sustentabilidade. Um exemplo é Sachs (1993), 
que apresenta inicialmente cinco aspectos para o alcance da sustentabilidade, sendo 
eles: social, econômico, ecológico, cultural e espacial, acrescentando posteriormente 
os aspectos ambiental, político nacional e internacional (Quadro 1), contribuindo com 
o aperfeiçoamento e o monitoramento da sustentabilidade (SACHS, 2002). 
Quadro 1 – Aspectos de sustentabilidade e seus critérios 
Aspecto Critérios 
Social - Alcance de um patamar razoável de homogeneidade social. 
- Distribuição de renda justa 
- Emprego pleno e/ou autônomo com qualidade de vida decente. 
- Igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais. 
Cultural -Mudanças no interior da continuidade. 
-Capacidade de autonomia para elaboração de um projeto integrado e 
endógeno. 
-Autoconfiança combinada com aberturas para o mundo. 
19 
 
Ecológico -Preservação do potencial do capital natureza na sua produção de recursos 
renováveis. 
-Limitar o uso de recursos não renováveis. 
Ambiental -Respeitar e realçar a capacidade de autodepuração dos ecossistemas 
naturais. 
Territorial -Configurações urbanas e rurais balanceadas. 
-Melhoria do ambiente urbano. 
-Superação das disparidades inter-regionais. 
-Estratégias de desenvolvimento ambientalmente seguras para áreas 
ecologicamente frágeis. 
Econômico -Desenvolvimento econômico intersetorial equilibrado. 
-Segurança alimentar. 
-Capacidade de modernização contínua dos instrumentos de produção. 
- Razoável nível de autonomia na pesquisa científica e tecnológica. 
-Inserção soberana na economia internacional. 
Político 
(nacional) 
-Democracia definida em termos de apropriação universal dos direitos 
humanos. 
-Desenvolvimento da capacidade do Estado para implementar o projeto 
nacional, em parceria com todos os empreendedores. 
-Um nível razoável de coesão social. 
Político 
(internacional) 
-Eficácia do sistema de prevenção de guerras da ONU, na garantia de paz 
e na promoção da cooperação internacional. 
-Um pacote Norte-Sul de co-desenvolvimento, baseado no princípio da 
igualdade. 
-Controle institucional efetivo do sistema internacional financeiro de 
negócios. 
-Controle institucional efetivo da aplicação do princípio da precaução na 
gestão do meio ambiente e dos recursos naturais 
-Prevenção das mudanças globais negativas. 
- Proteção da biodiversidade biológica. 
- Gestão do patrimônio global com herança comum a humanidade. 
-Sistema efetivo de cooperação científica e tecnológica internacional e 
eliminação parcial do caráter de commodity da ciência e tecnologia, 
também como propriedade da herança comum da humanidade. 
Fonte: Elaborado pela autora com informações de Sachs (2002). 
Outro exemplo é Werbach (2010), que considerou os aspectos econômico, social, 
ambiental e cultural em seu trabalho. O autor destaca que todos os aspectos são 
influenciados pela cultura da sustentabilidade, que é diretamente afetada pelo 
comportamento e ações dos indivíduos (WERBACH, 2010). 
Segundo Marans e Shriberg (2012, p. 557) a cultura da sustentabilidade é definida 
como “a conscientização dos indivíduos sobre os desafios ambientais, sociais e 
econômicos, comportando-se de forma sustentável no presente e no futuro”. Em IE, a 
cultura da sustentabilidade é essencial para promover atitudes sustentáveis por parte 
de seus colaboradores e alunos, a longo prazo, visto que o mesmo é um local de 
construção de conhecimento e formador dos futuros cidadãos e líderes mundiais 
(BRETT; MARANS, 2012). 
20 
 
Em um estudo na Universidade de Michigan, Brett e Marans (2012) destacam a 
importância de três áreas para a construção de comportamentos pró-sustentáveis em 
IE: educação, engajamento e monitoramento. Segundo os autores, o desenvolvimento 
dessas áreas é essencial para a transição de organizações e dos cidadãos para uma 
cultura da sustentabilidade (BRET; MARANS, 2012). 
Em uma outra abordagem para avaliação da sustentabilidade, Gibson (2006) definiu 
oito critérios (Quadro 2) baseados nas principais obrigações dos tomadores de 
decisão e nos cenários que devem ser alcançados. Esses critérios não se baseiam 
nos pilares da sustentabilidade, mas sim nos elementos essenciais de cada aspecto 
considerado como usual da temática (SACHS, 2002; GIBSON, 2006). 
Quadro 2– Critérios para avaliação da sustentabilidade 
Critérios Requerimentos 
Integridade do sistema 
socioecológico 
Construir relações humano-ecológicas para estabelecer e 
manter a integridade a longo prazo dos sistemas sócio 
biofísicos e proteger as funções de suporte de vida 
insubstituíveis sobre as quais o bem-estar ecológico e 
humano são dependentes. 
Sustento de meios de 
subsistência e 
oportunidades 
Certificar que todas as comunidades tenham o suficiente 
para uma vida decente e que todos tenham oportunidades 
de buscar melhorias de maneiras que não comprometam as 
gerações futuras. 
Equidade intrageracional Garantir escolhas eficazes para todos com o objetivo de 
reduzir lacunas perigosas de meios de subsistência e 
oportunidade (e saúde, segurança, reconhecimento social, 
política influência, e assim por diante) entre ricos e pobres. 
Equidade intergeracional Dar preferência a opções e ações presentes que tenham 
maior probabilidade de preservar ou melhorar as 
oportunidades e capacidades das futuras gerações de viver 
de forma sustentável. 
Manutenção e eficiência de 
recursos 
Fornece uma base para garantir meios de subsistência 
sustentáveis para todos, enquanto reduz as ameaças à 
integridade a longo prazo dos sistemas socioecológicos, 
reduzindo os danos extrativos, evitando desperdícios e uso 
de energia não renovável. 
Civilidade socioecológica e 
governança democrática 
Construir a capacidade, motivação e inclinação habitual de 
indivíduos, comunidades e outras tomadas de decisão 
coletivas para aplicar os requisitos de sustentabilidade 
através de deliberações mais bem informadas, maior 
atenção ao fomento de consciência recíproca e 
responsabilidade coletiva e uso mais integrado de 
administração, mercado e pessoalde práticas de tomada de 
decisão. 
Precaução e adaptação Respeitar e evitar a incerteza, até mesmo os riscos mal 
compreendidos de danos graves ou irreversíveis às 
fundações para sustentabilidade, planejar para aprender, 
projetar para surpreender e gerenciar para 
21 
 
adaptação. 
Integração imediata e de 
longo prazo 
Aplicar todos os princípios de sustentabilidade de uma só 
vez, buscando mutuamente os benefícios de suporte e 
ganhos múltiplos. 
Fonte: Elaborado pela autora com informações de Gibson (2006). 
O uso de indicadores é bastante aplicado para a avaliação da sustentabilidade, 
permitindo mensurar variáveis complexas a partir de perguntas simples. Assim, a 
análise inicial dos aspectos avaliados pelos indicadores é essencial para uma 
mensuração mais efetiva da sustentabilidade, vistos os diferentes impactos causados 
por um processo ou sistema (FROEHLICH, 2014). 
Neste trabalho foram utilizados como base os trabalhos de Gibson (2006) e Marans e 
Shriberg (2012) para a avaliação da sustentabilidade do gerenciamento de resíduos 
orgânicos em IE. Os aspectos foram considerados para a definição das quatro 
categorias de indicadores, adaptadas do trabalho de Moreira e colaboradores (2018). 
3.3 UM NOVO OLHAR SOBRE OS RESÍDUOS ORGÂNICOS 
O tema resíduo é alvo de diversas discussões ao redor do mundo, considerando os 
impactos ambientais, sociais e sanitários que podem ser gerados pela sua disposição 
inadequada (OLIVEIRA, 2018). Segundo a ABRELPE, em 2020, a maioria dos 
resíduos orgânicos coletados no Brasil foram destinados a aterros sanitários e lixões 
(ABRELPE, 2020). Essa destinação final pode culminar na geração de lixiviado, atrair 
vetores de doenças e ainda contribuir com a geração de gases que intensificam o 
efeito estufa caso não forem gerenciados corretamente (ABRELPE, 2020). 
Portanto, é necessário ressignificar o reaproveitamento dessas sobras utilizando 
técnicas de valorização de resíduos, como por exemplo a biometanização e a 
compostagem (ZAGO; BARROS, 2019). A compostagem surge como uma alternativa 
viável, de baixo custo de execução e que permite a transformação dos resíduos 
orgânicos em composto orgânico (JACOBI; BENSEN, 2011; ZAGO; BARROS, 2019). 
Assim, a utilização da compostagem contribui com o desvio dos resíduos orgânicos 
que seriam encaminhados para aterros e lixões, aumentando a vida útil desses locais 
(JACOBI; BENSEN, 2011; ZAGO; BARROS, 2019). A geração de composto orgânico 
resultante do processo possibilita a geração de renda por meio de sua 
comercialização, contribuindo com a agricultura sustentável, pela substituição ao 
adubo químico, evitando erosão e degradação do solo (ZAGO; BARROS, 2019). 
22 
 
A compostagem possibilita também a geração de empregos que contribuem com a 
sustentabilidade em vários níveis, tanto na manutenção da técnica quanto no 
planejamento do processo, contribuindo com a superação da pobreza e o 
fortalecimento do capital social (JACOBI; BENSEN, 2011). A compostagem pode 
estimular ainda o fortalecimento da vitalidade cultural e da participação social, por 
meio da segregação dos resíduos e pela possibilidade de execução da técnica em 
domicílio (ZAGO; BARROS, 2019). 
Promover o aproveitamento da fração orgânica beneficia a sociedade em geral, visto 
o valor ambiental, social e econômico que essas sobras possuem quando submetidas 
à compostagem. Para tanto, é necessário tratar a gestão de resíduos orgânicos como 
uma oportunidade e não mais como um problema, promovendo a prática da 
compostagem em empresas, residências e também no ambiente escolar, onde essa 
técnica pode ser utilizada como recurso na educação ambiental (MEDEIROS et al., 
2009). 
3.4 COLETA SELETIVA E COMPOSTAGEM 
Segundo Ribeiro e Besen (2007, p. 4), a coleta seletiva consiste no “ato de separar os 
resíduos em diferentes grupos, com o intuito de direcioná-los para o tratamento 
adequado”. Esse processo pode ser realizado em estabelecimentos comerciais, 
residências e em diversas organizações, como IE. 
A coleta seletiva associada com a destinação adequada colabora com a preservação 
ambiental, pois reduz a disposição dos resíduos em aterros sanitários e lixões, 
diminuindo os impactos negativos ao meio ambiente. Além disso, a coleta seletiva 
promove trabalho e renda através da reciclagem, além de colaborar com a seleção 
dos resíduos passíveis de serem destinados à compostagem ou à biometanização 
(RIBEIRO; BESEN, 2007). 
Já a compostagem se caracteriza como um processo biológico aeróbico e controlado, 
onde a fração orgânica é decomposta pela ação de uma população diversificada de 
microrganismos liberando, durante o processo, gás carbônico e água. Ao final, é 
gerado um produto estável, livre de patógenos e rico em matéria orgânica, 
diferenciando-se do material que o originou, podendo ser utilizado como fertilizante 
natural (KIEHL, 1985). 
23 
 
Segundo a NBR 13.591/1996, a compostagem é um “processo de decomposição 
aeróbica da fração orgânica biodegradável dos resíduos, ocorrendo em duas fases: a 
degradação ativa e a fase de maturação” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1996, p. 2). Peixoto (1998) define quatro fases para o processo de 
compostagem, com duração total de 60 a 90 dias. A primeira fase é chamada 
mesofílica, ocorrendo a degradação inicial da fração orgânica, com desprendimento 
de calor, água e gás carbônico, além da formação de ácidos (acético, fórmico, 
propiônico, butírico, capróico e cáprico). Essa fase atinge temperaturas menores que 
45ºC, apresentando curta duração (PEIXOTO, 1998). 
A segunda fase é denominada termofílica, atingindo temperaturas entre 45ºC e 65ºC, 
apresentando reações bioquímicas mais intensas e tempo de duração variado, 
dependendo do resíduo e da população microbiana presente. Essa fase é de extrema 
importância, pois permite a eliminação de microrganismos patogênicos (KIEHL, 2004). 
Na compostagem de pequeno volume, conhecida como compostagem caseira ou 
doméstica, a temperatura não atinge valores muito elevados, dado que a massa de 
resíduos utilizada é reduzida. Nesse caso, aconselha-se não utilizar materiais 
contaminados, como fezes de animais, evitando a propagação de microrganismos 
patogênicos no composto final (KIEHL, 2004). 
A terceira fase é de resfriamento, em geral, com duração de 2 a 5 dias. Por fim, a 
última fase é de cura, maturação ou humificação, ocorrendo a formação de ácidos 
húmicos e com duração aproximada de 30 a 60 dias, gerando ao final um composto 
orgânico pronto para ser utilizado (VALENTE et al., 2009). Sabe-se que todas as fases 
dependem diretamente da ação de microrganismos, sendo necessária a relação 
favorável entre diversos fatores, como o pH, granulometria, umidade, aeração, 
temperatura, relação Carbono/Nitrogênio, para garantir a eficácia do processo 
(VALENTE et al., 2009). 
3.5 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS EM INSTITUIÇÕES DE 
ENSINO 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004), por meio da NBR 
10004/2004, resíduos alimentares são classificados como classe IIA não-inerte, 
apresentando propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade 
em água. Apesar de não serem classificados como perigosos, os resíduos orgânicos 
24 
 
geram uma grande preocupação ambiental, pois sua disposição final, na maioria das 
vezes, não é adequada, representando riscos ao meio ambiente e à saúde pública 
(BUSS; MORETO, 2019). 
A PNRS reconhece a capacidade geradora de empregos e renda dos resíduos, 
destacando seu valor econômico e social e estabelece, entre seus objetivos, a não 
geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos 
(BRASIL, 2010). Instrumentos importantes da PNRS para atingir esse objetivo são os 
planos de resíduos sólidos, que fornecem subsídios para todo o processo de gestão 
e gerenciamento de resíduos de organizações públicas e privadas, como as IE 
(BRASIL, 2010).Nesse sentido, é importante que os planos incluam todas as etapas de gerenciamento 
dos resíduos passíveis de serem reciclados ou compostados, promovendo uma 
política de responsabilidade socioambiental que colabora com a gestão integrada dos 
resíduos na instituição. Outros instrumentos importantes são a coleta seletiva e a 
educação ambiental, que contribuem para a efetividade dos planos de resíduos 
sólidos a longo prazo, colaborando com o alcance dos objetivos estabelecidos pela 
PNRS (BRASIL, 2010). 
Em relação aos resíduos orgânicos, a PNRS prevê no art. 36, inciso V, a 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a necessidade de 
implantação de sistemas de compostagem para a destinação dos resíduos orgânicos 
gerados, além da articulação com agentes econômicos e sociais para a distribuição e 
utilização do composto produzido (BRASIL, 2010). Apesar da compostagem ser uma 
técnica simples de ser aplicada, o reaproveitamento da fração orgânica ainda está 
entre os maiores desafios para a efetividade da PNRS (BUSS; MORETO, 2019). 
O uso de ferramentas de avaliação e monitoramento da coleta seletiva de RSO e 
compostagem podem auxiliar na identificação de falhas no gerenciamento, 
colaborando com a tomada de decisão por parte do gestor, que pode definir ações 
para melhoria do processo (SUQUISAQUI, 2020). Uma opção para avaliação do 
gerenciamento seria o uso de indicadores, que fornecem informações sobre a 
qualidade do processo e possibilita sua adequação dentro dos preceitos da 
sustentabilidade (FRATTA; TONELI; ANTÔNIO, 2019). 
25 
 
Em relação às IE, existem diversos aspectos legais que buscam promover a 
sustentabilidade do processo de gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos. Um 
exemplo é a Norma ISO 14.001, que tem como objetivo principal implementar 
sistemas de gestão ambiental que desenvolvam práticas sustentáveis que reduzam 
ou reutilizem os resíduos gerados (ABNT, 2015). Para instituições públicas, existe a 
Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), desenvolvida pelo Ministério do 
Meio Ambiente (MMA), que busca estimular práticas sustentáveis em órgãos públicos, 
colaborando com a preservação do ambiente e a manutenção de uma sociedade 
sustentável (BRASIL, 2020). 
Considerando que algumas IE são de grande porte e possuem restaurantes e cantinas 
com um fluxo intenso de pessoas em períodos letivos, ocorre grande geração de 
resíduos, entre eles os orgânicos, como restos de alimentos e resíduos de jardinagem. 
Neste contexto, a implementação da compostagem nesses espaços permite a criação 
de “laboratórios vivos” que proporcionam aprendizagem experiencial enquanto 
contribui para a sustentabilidade, influenciando a adoção de novos padrões 
socioambientais (BUSS; MORETO, 2019; FAVALORO et al., 2019). 
Algumas universidades brasileiras utilizam, de forma contínua, a compostagem em 
seus espaços, com o intuito de destinar, de forma correta, os seus resíduos e 
promover a conscientização de seus colaboradores e estudantes. Um exemplo é a 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que, em 1994, criou o Projeto de 
Coleta Seletiva e Compostagem. O projeto busca valorizar os RSO gerados nos 
restaurantes, cantinas e no biotério central. Além disso, o local serve como laboratório 
ao ar livre, instruindo estudantes sobre a técnica e sendo alvo de diversos projetos de 
pesquisa (INÁCIO; MILLER, 2009). Outra experiência exitosa é a coleta seletiva de 
RSO que ocorre na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo 
(FSP/USP), que desde 2009 realiza a coleta e compostagem dos resíduos gerados 
em laboratórios do curso de nutrição, restaurantes e creches, se tornando uma prática 
consolidada no campus (BRINGHENTI et al., 2018). 
Face à importância da compostagem em promover a sustentabilidade, professores e 
estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo – campus Vitória criaram, em 2013, 
um grupo de pesquisa na área de valorização dos RSO, utilizando a compostagem 
como ferramenta principal. Em 2015, criou-se o Laboratório de Biotecnologia e 
Sustentabilidade (Labiotecs), com objetivo de desenvolver atividades de pesquisa e 
26 
 
extensão, além de ser um local para aplicação de aulas práticas para os diversos 
cursos do campus, utilizando a compostagem como recurso didático-pedagógico 
(BRINGHENTI et al., 2018). 
Bringhenti e colaboradores (2018) observaram que uma das limitações para o 
desenvolvimento contínuo da compostagem é a falta de recursos humanos para a 
manutenção da composteiras. Uma alternativa para estimular a compostagem seria o 
desenvolvimento de ações contínuas de sensibilização e educação ambiental na 
instituição, conscientizando os frequentadores sobre os impactos positivos da prática 
sobre o meio ambiente. Outra possibilidade é apresentar aos estudantes dos níveis 
superior e técnico uma oportunidade de aprofundamento profissional, mostrando as 
possibilidades econômicas e profissionais que a compostagem e produção de adubo 
orgânico oferece, incentivando sua execução no campus (SANTOS et al., 2020). 
3.6 SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL RELACIONADAS AOS 
RESÍDUOS ORGÂNICOS 
As IE possuem um papel importante como influenciadoras de novos padrões sociais, 
transformando comportamentos através da difusão de conhecimentos técnicos e 
científicos (PENTEADO, 2007). Para Penteado (2007), o ambiente escolar pode 
contribuir com a construção de atitudes ambientalmente corretas na sociedade, 
através de um ensino que estimule a reflexão acerca dos problemas ambientais, 
possibilitando a formação de sujeitos críticos e participativos. 
Em relação aos resíduos sólidos orgânicos, a educação ambiental pode contribuir com 
a disseminação de práticas sustentáveis em relação ao gerenciamento de resíduos, 
como a coleta seletiva e a compostagem, resultando em benefícios sociais, 
ambientais e econômicos (LIMA; DIAS; LIMA, 2016). A PNRS considera a educação 
ambiental como um instrumento essencial para a promoção de uma gestão e 
gerenciamento correto dos resíduos, articulando-se diretamente com a Política 
Nacional de Educação Ambiental, preconizada pela lei nº 9.795/1999 (BRASIL, 1999; 
2010). Com isso, existe a necessidade de se trabalhar o tema resíduos sólidos em 
ações de educação ambiental, principalmente em IE, promovendo a conscientização 
de seus frequentadores, estimulando hábitos sustentáveis na escola e em suas 
residências (SOUZA et al., 2013). 
27 
 
Ações educativas voltadas para a coleta seletiva estimulam novos hábitos de 
separação e destinação correta dos resíduos gerados, promovendo discussões sobre 
temas relevantes como consumo e desperdício. Essa prática também promove a 
participação social, destacando a importância do papel individual para a eficácia do 
processo, proporcionando reflexões e transformações da consciência ambiental 
(FELIX, 2007). 
A preocupação com os impactos ambientais causados pelos resíduos orgânicos 
estimula ações de educação ambiental com o tema. Buss e Moreto (2019) utilizaram 
a compostagem como instrumento na educação ambiental, buscando construir o 
pensamento crítico do sujeito perante os impactos ambientais causados pela 
disposição inadequada dos resíduos (BUSS; MORETO, 2019). Outros trabalhos 
exploraram o consumo consciente e a estratégia dos 5 Rs, contribuindo com a 
conscientização socioambiental (LIMA; DIAS; LIMA, 2016; MARQUES et al., 2017; 
BUSS; MORETO, 2019). 
Com o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável, foram elaboradas 
estratégias para auxiliar a sua divulgação (MCKEOWN, 2002). Após diversas 
discussões, a educação foi reconhecida como peça-chave para um futuro sustentável, 
sendo desenvolvido o conceito de Educação para o Desenvolvimento Sustentável 
(EDS), que busca mudanças de valores e atitudes em prol da sustentabilidade 
(MCKEOWN, 2002; BRASIL, 2017). 
Segundo Mckeown e colaboradores (2002), para que a educação seja voltada aodesenvolvimento sustentável, é necessário melhorar a educação básica, desenvolver 
a compreensão do público sobre o tema e fornecer treinamentos aos profissionais da 
educação formal e informal, além de reorientar o currículo escolar. Os autores também 
destacaram cinco componentes principais da EDS que contribuem para a construção 
de uma sociedade sustentável, sendo eles: disseminação de conhecimentos e 
diretrizes, levantamento de questões e desenvolvimento de habilidades, perspectivas 
e valores sustentáveis (MCKEOWN, 2002). 
Neste trabalho foi utilizado como base o conceito de educação ambiental para a 
identificação dos materiais educacionais (LIMA; DIAS; LIMA, 2016; BUSS; MORETO, 
2019). Os materiais têm como foco a sensibilização e conscientização do público 
sobre o tema gerenciamento de resíduos sólidos (LIMA; DIAS; LIMA, 2016; BUSS; 
MORETO, 2019). 
28 
 
3.7 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
Com a mudança dos padrões de produção e consumo, várias organizações buscam 
uma gestão sustentável de seus processos (SATOLO; SILVA; SIMON, 2012). Porém, 
atingir a sustentabilidade não é uma tarefa fácil, sendo necessário o uso de 
mecanismos que promovam um gerenciamento que harmonize as dimensões 
ambiental, social e econômica (SATOLO; SILVA; SIMON, 2012). 
Segundo Van Bellen (2005), o uso de ferramentas para medição da sustentabilidade 
é imprescindível para alcançar essa realidade, auxiliando no monitoramento e no 
processo de tomada de decisões. Segundo Gibson (2006), a avaliação da 
sustentabilidade deve proporcionar um conjunto de percepções do processo ou 
sistema avaliado. Essas percepções são: identificação dos propósitos atuais e futuros; 
avaliação dos impactos, ações de mitigação e aprimoramento; monitoramento dos 
resultados e fundamentação na tomada de decisão (GIBSON, 2006). 
Os indicadores se tornaram importantes ferramentas de medição da sustentabilidade, 
relacionando duas ou mais variáveis complexas em resultados simplificados, 
fornecendo informações que facilitam a compreensão e análise do processo 
(SATOLO; SILVA; SIMON, 2012). Com o uso de métricas, os indicadores fornecem 
informações que permitem a avaliação, comparação e antecipação de tendências 
(SATOLO; SILVA; SIMON, 2012). Esse instrumento é bastante utilizado por empresas 
e gestores municipais para o monitoramento e medição da sustentabilidade de um 
sistema, obtendo informações sobre o estado atual e evolução do processo (VAN 
BELLEN, 2005). 
Nesse sentido, existem diversos indicadores internacionais para mensuração da 
sustentabilidade, cada um apresentando um método específico para análise das 
informações coletadas (VAN BELLEN, 2005). Os indicadores mais conhecidos são: O 
Ecological Footprint (Pegada Ecológica), o Dashboard of Sustainability (Painel de 
Controle da Sustentabilidade), o Barometer of Sustainability (Barômetro de 
Sustentabilidade) e o Global Reporting Initiative (GRI) (FROEHLICH, 2014). 
A Pegada Ecológica foi desenvolvida por Wackernagel e Rees em 1996 e é composta 
por um conjunto de indicadores para mensuração da sustentabilidade ambiental. A 
medida propõe o uso de métricas para calcular a área necessária para sustentar um 
determinado sistema econômico, baseando-se no gasto de energia e recursos 
29 
 
naturais pelo sistema, assim como a geração de resíduos ou rejeitos (WORLD 
WILDLIFE FUND, 2015). 
Diferente da primeira ferramenta citada, o Painel de Controle da Sustentabilidade 
avalia diferentes dimensões da sustentabilidade, mensurando os aspectos 
econômico, ambiental, social e institucional de um sistema. Esse método foi 
desenvolvido pela parceria da Consultative Group e o Bellagio Forum for Sustainable 
Development, sendo uma ferramenta com diversos recursos para apresentação dos 
dados, permitindo o entendimento de informações complexas em um formato 
altamente comunicativo e de fácil interpretação (FROEHLICH, 2014). 
Buscando avaliar a sustentabilidade de um sistema econômico, o Barômetro de 
Sustentabilidade consiste em um método que possibilita a combinação de diferentes 
indicadores para a elaboração de resultados através de índices, apresentando de 
forma holística o quadro geral do estado do meio ambiente e da sociedade (VAN 
BELLEN, 2005). A ferramenta pode ser aplicada desde a escala local até a global, 
permitindo comparações entre diferentes locais (BARROS; BARDEN, 2019). 
Em relação à avaliação da sustentabilidade em empresas, o método mais utilizado e 
respeitado mundialmente é o Global Reporting Initiative (GRI), uma organização 
internacional que disponibiliza um conjunto de indicadores para auxiliar na elaboração 
de relatórios de sustentabilidade empresarial, permitindo visualizar os impactos 
sociais, ambientais e econômicos. Atualmente, existe grande discussão sobre a 
atualização dos indicadores presentes no GRI, visto a dificuldade de diagnosticar os 
impactos específicos causados por uma empresa (FROEHLICH, 2014). 
Considerando a diversidade de processos existentes nas empresas e organizações e 
os diferentes impactos gerados em cada uma delas, é necessária a adaptação ou 
elaboração de indicadores buscando uma análise mais eficiente para cada caso 
(MUNARETTO; CORRÊA; DA UNHA, 2013). Nesse sentido, existem diversas 
pesquisas que buscam elaborar indicadores utilizando métodos amplamente aceitos 
pela comunidade científica (MUNARETTO; CORRÊA; DA UNHA, 2013). 
3.8 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PARA 
INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
As IE, principalmente universidades, possuem um papel fundamental na formação de 
futuros profissionais e líderes do mundo e, somado ao seu compromisso com a 
30 
 
sustentabilidade, esses locais buscam implementar ações que colaborem com o 
desenvolvimento sustentável (GÓES, 2015). Neste cenário, observa-se um grande 
interesse por parte das instituições em compreender e monitorar seus impactos 
sociais e ambientais, visando elevar sua participação em ações sustentáveis (SILVA; 
ALMEIDA, 2019). 
Nos últimos anos, foram desenvolvidos diferentes Instrumentos de Avaliação da 
Sustentabilidade (IAS) aplicados a universidades, buscando uma análise mais 
profunda das contribuições institucionais para o desenvolvimento sustentável (SILVA; 
ALMEIDA, 2019). O Quadro 3 ilustra exemplos de IAS mais utilizados por instituições 
de ensino e suas principais características. 
Quadro 3 – Instrumentos de Avaliação da Sustentabilidade aplicáveis a instituições de 
ensino. 
Instrumento de 
Avaliação 
Temas avaliados Fonte 
Assessment 
Instrument for 
Sustainability in Higher 
Education (AISHE) 
Identidade, Educação, Pesquisa, 
Operações e Serviços para a 
sociedade. 
Roorda (2013) 
Alternative University 
Appraisal Model (AUA) 
A instituição escolhe os temas que 
serão avaliados. 
Góes (2015) 
GreenMetrics Estrutura; Energia e mudanças 
climáticas; Água; Transporte; 
Educação e Pesquisa 
Suwartha e Sari 
(2013) 
Sustainability 
Tracking, Assessment 
& Rating System 
(STARS) 
Área acadêmica; Engajamento; 
Operações; Planejamento e 
administração; Inovação. 
AASHE (2012) 
Unit-Based 
Sustainability 
Assessment Tool 
(USAT) 
Ensino; Operações e Gerência; 
Envolvimento dos estudantes; 
Política e Declarações escritas. 
Góes (2015) 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Analisando os IAS existentes para IE, Góes (2015) observou uma variedade de 
metodologias existentes para mensuração da sustentabilidade, destacando o uso de 
indicadores quantitativos, que permitem a avaliação e comparação do desempenho 
das instituições. Neste aspecto, indicadores de sustentabilidade são ferramentas 
relevantes para análise de desempenho em IE, permitindo monitorar e avaliar práticas 
e processos que irão embasar a definição de metas futuras em prol da 
sustentabilidade (GÓES, 2015; SILVA et al., 2016). 
31 
 
3.9 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS À GESTÃO DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS 
O Brasil vem caminhando no sentido de utilizarindicadores e índices para avaliação 
e monitoramento de sistemas de gestão de resíduos sólidos, buscando mensurar a 
sustentabilidade do mesmo (OLIVEIRA, 2018). Além disso, a PNRS estipula o uso 
dessa ferramenta para avaliação do manejo de resíduos sólidos, auxiliando na 
elaboração e manutenção de planos de gestão (BRASIL, 2010). 
No Brasil, diversas pesquisas utilizam indicadores para avaliação dos sistemas de 
gestão de resíduos sólidos a nível nacional (BESEN, 2011). Cita-se como exemplo o 
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), representando a maior 
e mais importante base nacional de dados sobre saneamento. O SNIS contém 
informações coletadas através de indicadores e índices sobre o serviço de 
saneamento brasileiro, incluindo o manejo e gestão de RSU. Desde 2015, o SNIS 
apresenta 47 indicadores sobre o manejo de RSU, sendo 10 relacionados à etapa de 
triagem e coleta seletiva (OLIVEIRA, 2018). 
Além do SNIS, existem outros exemplos de pesquisas voltadas para a questão dos 
resíduos sólidos no Brasil. Cita-se como exemplo o Panorama de Resíduos Sólidos 
no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e 
Resíduos Especiais (ABRELPE) e a Pesquisa Ciclosoft, realizada pelo Compromisso 
Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE), que reúne dados sobre as coletas 
seletivas municipais (ABRELPE, 2016; CEMPRE, 2016). Além desses, existem 
também bases de dados públicas que utilizam indicadores e índices para mensuração 
do processo de gestão de resíduos sólidos. Alguns exemplos são a Pesquisa Nacional 
de Saneamento Básico (PNSB) e o Censo Demográfico realizado pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (OLIVEIRA, 2018). 
3.10 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
A importância do uso de indicadores para mensuração da sustentabilidade estimulou 
diversas IE a desenvolverem pesquisas nesse sentido, buscando construir conjuntos 
de indicadores que avaliassem a sustentabilidade em diversos aspectos, auxiliando 
sua manutenção. O Quadro 4 mostra exemplos de publicações que desenvolveram 
indicadores de sustentabilidade para IE brasileiras. 
32 
 
Quadro 4 – Publicações sobre indicadores de sustentabilidade para instituições de 
ensino no Brasil. 
 
Referências 
Título do trabalho Tipo de 
estudo 
Local de 
aplicação 
Costa (2012) Indicadores de 
sustentabilidade para 
instituições de ensino 
superior: contribuições para a 
Agenda Ambiental PUC-Rio 
Dissertaç
ão 
Pontifícia 
Universidade 
Católica do Rio 
de Janeiro 
Oliveira (2015) Sustentabilidade 
socioambiental no ensino 
superior: um estudo com 
indicadores na Universidade 
Federal de Sergipe 
Tese Universidade 
Federal de 
Sergipe 
Drahein, Lima e 
Costa (2019) 
Avaliação da sustentabilidade 
das operações de 
atendimento em sete 
instituições de ensino superior 
no Brasil 
Artigo Universidade 
Tecnológica 
Federal do 
Paraná 
Silva e 
colaboradores 
(2016) 
Proposição de um Indicador 
para avaliação da 
sustentabilidade ambiental no 
campus do setor litoral da 
Universidade Federal do 
Paraná 
Artigo Universidade 
Fernando 
Pessoa 
Oliveira (2018) Indicadores de 
sustentabilidade como 
instrumento de apoio à coleta 
seletiva solidária em 
instituições federais de ensino 
superior 
Dissertaç
ão 
Universidade 
Federal de 
Santa Catarina 
Moreira e 
colaboradores 
(2018) 
Índice de gerenciamento de 
resíduos sólidos para 
instituições de ensino superior 
(IES) brasileiras 
Artigo Universidade de 
São Paulo; 
Universidade de 
Michigan; 
Universidade 
Estadual do 
Oeste do 
Paraná; 
Universidade 
Federal de 
Santa Maria 
Silva e Almeida 
(2019) 
Indicadores de 
sustentabilidade para 
instituições de ensino 
superior: Uma proposta 
baseada na revisão de 
literatura 
Artigo Não foi 
aplicado. 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
33 
 
Os trabalhos de Silva e colaboradores (2016), Costa (2012), Oliveira (2015) e Silva e 
Almeida (2019) avaliaram o gerenciamento de resíduos recicláveis, utilizando 
indicadores que abordam aspectos como a existência de coleta seletiva (SILVA et al., 
2016), quantidade de resíduos reciclados (COSTA, 2012;) e a existência de 
campanhas de conscientização sobre reciclagem (OLIVEIRA, 2018). 
A avaliação do gerenciamento de resíduos orgânicos foi abordada nos trabalhos de 
Drahein, Lima e Costa (2019), Oliveira (2015) e Moreira e colaboradores (2018), 
incluindo tópicos como a quantidade de resíduos orgânicos destinados para 
compostagem (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019; MOREIRA et al., 2018) e utilização 
do composto produzido (DRAHEIN; LIMA; COSTA, 2019; OLIVEIRA, 2015). 
3.11 FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS 
A expansão tecnológica possibilitou o surgimento de novas ferramentas digitais com 
maior acessibilidade e praticidade, contribuindo com o gerenciamento de resíduos 
sólidos mais eficiente (SILVA et al., 2020). Uma das ferramentas digitais utilizadas são 
os softwares, que, segundo Pressman (2009, p.10), é definido como um “conjunto de 
instruções de computador que, quando executadas, proveem funcionalidades, 
funções e performances desejadas”. Outro exemplo são os aplicativos para 
dispositivos móveis, que possuem a mobilidade como um fator diferenciador para o 
usuário, permitindo o seu acesso em diferentes locais (SILVA et al., 2020). 
Buscando auxiliar a tomada de decisão no que se refere ao gerenciamento de 
resíduos sólidos, vários trabalhos têm buscado desenvolver softwares com o intuito 
de facilitar esse processo. Um exemplo é o trabalho de Simonetto e Borenstein (2004) 
que desenvolveram o Sistema de Apoio à Decisão Aplicado ao Planejamento e 
Distribuição da Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos (SCOLDSS). O SCOLDSS possui 
como funcionalidade principal desenvolver alternativas no processo decisório no que 
diz respeito às rotas de coleta e quantidade de resíduos coletados que serão 
destinados a centros de triagem. 
Já Massukado e Zanta (2006) desenvolveram o sistema SIMGERE, um software que 
permite a simulação de cenários futuros relacionados à gestão integrada de resíduos 
sólidos domiciliares em um município. Em relação aos resíduos orgânicos, esse 
34 
 
sistema propõe as usinas de compostagem como alternativas para o gerenciamento 
mais eficiente dos resíduos orgânicos domiciliares (MASSUKADO; ZANTA, 2006). 
Outro exemplo é o trabalho de Simonetto e Löbler (2014) que utilizaram a metodologia 
System Dynamics para desenvolver um modelo de simulação de cenários acerca da 
geração e disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Os autores consideraram 
centros de reciclagem e compostagem como alternativas para aumentar a vida útil 
dos aterros sanitários, sendo denominado como cenário ideal. O modelo contribui com 
melhorias ou adaptações na gestão de resíduos sólidos urbanos (SIMONETTO; 
LÖBLER, 2014). 
Em relação a aplicativos para dispositivos móveis, Vieira e colaboradores (2018) 
desenvolveram um aplicativo para smartphone denominado “Onde Coleta?” buscando 
divulgar pontos de coleta seletiva e estimular a reciclagem pela população de 
Blumenau/SC. Já Silva e colaboradores (2020) desenvolveram o aplicativo 
denominado “Vision Ambiental” com o intuito de ser um canal de denúncias ambientais 
relacionadas ao descarte irregular de resíduos para a população de Soledade/RS. 
Alguns trabalhos adaptaram softwares já existentes, como o Microsoft Excel para 
auxiliar o gerenciamento de resíduos sólidos, como Suquisaqui (2020) que construiu 
e aplicou uma ferramenta para avaliação da gestão e gerenciamento de resíduos 
sólidos urbanos em municípios brasileiros. A autora utilizou como método de avaliação 
50 indicadores e cinco iniciativas de disposição final de resíduos proposta na PNRS 
(aterro sanitário, compostagem, coleta seletiva, consórcio público e logística reversa) 
com o intuito de sinalizar os problemas existentes para os gestores públicos e auxiliar 
melhorias

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