Prévia do material em texto
11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 1/33 INTRODUÇÃO As questões ambientais estão cada vez mais alinhadas com os novos modelos de produção. O setor industrial vem sofrendo uma forte transformação com a mudança de pensamento acerca dos recursos naturais, que passaram a ser compreendidos como recursos �nitos. A escassez desses recursos impacta diretamente os processos de produção e a manutenção da vida no planeta Terra. Diante disso, a ecologia industrial surge como uma nova forma de produção, a �m de aproximar os atuais processos industriais dos sistemas naturais e alinhá-los com o estudo da gestão ambiental, assumindo, assim, um papel de protagonismo no setor industrial. Nesse contexto, conhecer e ser capaz de identi�car e analisar os principais fundamentos relacionados à ecologia industrial, bem como as questões de desenvolvimento sustentável, tecnologias limpas e produção mais limpa, é fundamental para os novos pro�ssionais. Para isso, aprofunde os seus conhecimentos com o nosso material. Bons estudos! CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ECOLOGIA INDUSTRIAL Ao falarmos sobre ecologia industrial, é comum encontrarmos uma certa resistência do público em geral pelo pensamento de que ecologia e indústria não se relacionam e encontram-se em lados opostos, uma vez que o setor industrial é considerado um dos maiores responsáveis pela geração de grandes impactos ambientais. No entanto, se compararmos os processos industriais com o funcionamento dos ecossistemas, é possível perceber semelhanças, como a organização dos �uxos de energia e transformações de energia e matéria (MELLO, 2016). A compreensão e a aplicação do que pode ser aprendido com os sistemas naturais nos ajudam a projetar sistemas industriais mais sustentáveis. Assim, por meio do termo ecologia industrial, �ca estabelecida a analogia entre esses dois sistemas. Dessa maneira, a ecologia industrial é um conceito que tem por objetivo promover uma inter-relação entre o setor industrial e o meio ambiente, de forma que todos os processos industriais, desde a extração da matéria- prima, perpassando pelo produto �nal até o descarte, estejam em conformidade com a visão de sustentabilidade. Gro Harlem Brundtland (1987, p. 46) explica que “Desenvolvimento sustentável signi�ca Aula 1 ECOLOGIA INDUSTRIAL Ao falarmos sobre ecologia industrial, é comum encontrarmos uma certa resistência do público em geral pelo pensamento de que ecologia e indústria não se relacionam e encontram-se em lados opostos, uma vez que o setor industrial é considerado um dos maiores responsáveis pela geração de grandes impactos ambientais. 18 minutos 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 2/33 suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades”. Mesmo sendo um conceito formulado há mais de três décadas, tivemos que enfrentar grandes catástrofes ambientais para, de fato, começarmos a implementá-lo. Assim como o conceito de sustentabilidade, a de�nição de ecologia industrial já está presente na literatura há décadas. Robert Frosch e Nicholas Gallopoulos são considerados grandes nomes na construção do conceito de ecologia industrial. De acordo com esses autores, O centro da ecologia industrial é o estudo do metabolismo industrial. Esse processo busca compreender o funcionamento das interligações entre os processos das cadeias de produtos e a troca de material e energia com o meio ambiente. O metabolismo industrial caracteriza-se por trocas físicas minimizadas com o meio ambiente, com os ciclos de materiais internos sendo impulsionados por �uxos de energia renovável (BOURG; ERKMAN; CHIRAC, 2017). O sucesso da ecologia industrial está diretamente relacionado à transformação dos sistemas industriais lineares em sistemas cíclicos. O sistema linear, sistema tipo I (Figura 1A), é considerado o modelo de produção clássico desde a revolução industrial, caracterizado pela impressão de recursos naturais ilimitados e pela capacidade in�nita do planeta de absorver os resíduos. Nesse sistema de produção, resíduos e subprodutos não são reciclados, logo não pode ser considerado um processo sustentável. Já os sistemas cíclicos podem ser de dois tipos. O tipo II (Figura 1B) representa a maioria dos processos de produção atuais, em que parte dos resíduos retorna para o sistema de produção, mas uma parcela, ainda que pequena, é deixada como resíduo, possuindo uma certa dependência de recurso, ainda considerado não sustentável. O sistema do tipo III (Figura 1C) caracteriza-se pela contínua reciclagem dos materiais, sem dependência de recursos e sem geração de resíduos, tornando-se um ciclo fechado, dependente apenas da energia solar como fonte de energia externa ao sistema, constituindo-se como um sistema altamente sustentável. Figura 1 | Representação dos sistemas de produção linear e cíclicos: sistema tipo I (A), sistema tipo II (B) e sistema tipo III (C) Um ecossistema industrial é a transformação do modelo tradicional de atividade industrial, no qual cada fábrica, individualmente, demanda matérias-primas e gera produtos a serem vendidos e resíduos a serem depositados, para um sistema mais integrado, no qual o consumo de energia e materiais é otimizado e os e�uentes de um processo servem como matéria-prima de outro. — (FROSCH; GALLOPOULOS, 1989, p. 144) 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 3/33 Fonte: Giannetti (2006, p. 49). PRINCÍPIOS DA ECOLOGIA INDUSTRIAL De acordo com Veiga (2007), a ecologia industrial estuda todas as operações do sistema industrial a �m de reestruturá-lo, de forma que os processos industriais se tornem o mais próximo possível de um sistema natural. Lowe (2001) elenca os princípios da ecologia industrial: o princípio da conexão entre empresas individuais e ecossistemas industriais; o princípio do equilíbrio entre as entradas e saídas dos sistemas de produção com as capacidades naturais do ecossistema; e o princípio da reengenharia do uso industrial de energia e materiais (Figura 2). Figura 2 | Princípios da ecologia industrial 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 4/33 Fonte: adaptada de Lowe (2001, p. 33). Mesmo tendo percorrido um longo caminho no conhecimento teórico, a ecologia industrial ainda se apresenta de forma imatura na prática, reduzindo, assim, as oportunidades de o setor industrial mudar o sistema clássico de produção em direção a um modelo de gestão ambiental sustentável em coerência com políticas e legislações ambientais, objetivando o uso e�ciente dos recursos naturais para uma sociedade sustentável (FRAGOMENI, 2005). Por meio da ecologia industrial, é possível otimizar o �uxo de materiais dentro do sistema de produção para aumentar o aproveitamento e o balanceamento dos �uxos de entrada e saída, a �m de que o equilíbrio ambiental não seja alterado. Na legislação brasileira, a ecologia industrial está incorporada na Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O art. 7 da referida lei determina os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, como: • proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; • não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamentodos resíduos sólidos, bem como disposição �nal ambientalmente adequada dos rejeitos; • estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; • adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; • incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. — (BRASIL, 2010, [s. p.]). 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 5/33 Para além de uma mera conformidade legal, a mudança nos sistemas de produção aprimora o desempenho econômico das empresas, possibilitando que a aplicação de tecnologias relacionadas à ecologia industrial atraia investimentos tanto para os setores empresariais já existentes quanto para novos empreendimentos, proporcionando, assim, a geração de novos empregos e instalações industriais mais limpas. Os ecologistas industriais propõem que os sistemas industriais sustentáveis devem se assemelhar mais a um ecossistema do que a uma máquina, afastando-se da �loso�a do design industrial do século passado e buscando conexões entre objetivos e necessidades industriais, sociais e ambientais, em colaboração com o governo, pesquisadores e cidadãos (LOWE, 2001). FERRAMENTAS DA ECOLOGIA INDUSTRIAL A ecologia industrial possui recursos para alcançar o nível de sistemas de produção fechados e, consequentemente, estar em conformidade com o desenvolvimento sustentável (Figura 3). De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o consumo sustentável é a base para uma melhor qualidade de vida e, nesse contexto, as ferramentas da ecologia industrial representam um fator de suma importância para minimizar a exploração dos recursos naturais, a geração de resíduos e a emissão de poluentes durante todo o ciclo de vida do produto ou serviço (MMA, 2011). Figura 3 | Ferramentas da ecologia industrial Fonte: elaborada pelo autor. • Ecoe�ciência A ecoe�ciência permite uma maior produção com menor uso de matérias-primas como água e energia. Está baseada nos princípios da rentabilidade econômica, compatibilidade ambiental e justiça social. Os três fatores primordiais da ecoe�ciência são: ênfase na qualidade de vida, uma visão do clico de vida e ecocapacidade (Figura 4). 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 6/33 Imprimir Figura 4 | Fatores primordiais da ecoe�ciência Fonte: Britto (2003 apud TEXEIRA, 2005, p. 12). A ecoe�ciência cria produtos e serviços mais úteis e reduzem progressivamente o consumo de recursos e a poluição. Con�ra, a seguir, exemplos de práticas que podem tornar empresas mais ecoe�cientes (Figura 5). Figura 5 | Práticas ecoe�cientes para empresas Fonte: elaborada pelo autor. O Museu do Amanhã, localizado na cidade do Rio de Janeiro, é considerado um exemplo de construção ecoe�ciente. Algumas das práticas adotadas foram a implementação de placas de energia solar que se movem de acordo com a trajetória do sol, melhorando a e�ciência da captação da energia, e a utilização das águas da Baía de Guanabara como �uido de troca térmica no trocador de calor do sistema de ar-condicionado por meio do bombeamento da água fria do fundo da Baía. Assim, o consumo de energia elétrica e de água potável é reduzido no sistema de refrigeração do museu (HOMERO, 2016). • Avaliação do ciclo de vida do produto (ACV) A ACV é uma ferramenta que avalia o impacto ambiental gerado durante todas as fases de produção de um produto, desde a aquisição de matéria-prima até o descarte. Até pouco tempo, somente algumas pessoas se preocupavam em veri�car a procedência e o destino dos produtos consumidos. Entretanto, esse pensamento vem se modi�cando e a preocupação para com as questões ambientais tem aumentado. Essa mudança afeta signi�cativamente as indústrias, que têm procurado otimizar seus processos de produção. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 7/33 Os principais objetivos da ACV são: veri�car todas as entradas e saídas do processo de produção, identi�car como elas se relacionam entre si e com o meio ambiente e detectar quais impactos ambientais, sociais e econômicos são gerados em toda a cadeia. A avaliação do ciclo de vida de um produto está diretamente relacionada com os 6Rs da sustentabilidade: repensar, repor, reparar, reduzir, reutilizar e reciclar (UNEP, 2007). • Simbiose industrial A simbiose industrial baseia-se na sinergia entre diferentes atividades produtivas por meio do intercâmbio de resíduos, matéria-prima, energia e água, visando reduzir os impactos resultantes das atividades industriais. Permite uma alta integração entre as empresas, na qual resíduos de uma empresa passam a ser matéria- prima e fonte de energia para outra empresa (Quadro 1). Quadro 1 | Resíduos industriais e seus novos usos EMPRESA 1 EMPRESA 2 Resíduo gerado Novo uso Lodo Fertilizantes Piscicultura Cinzas Pavimentação de estradas Fluidos de troca térmica Manutenção de estufas Aquecimento de calor Fonte: elaborado pelo autor. • Produção mais limpa O termo “produção mais limpa” foi introduzido em 1989 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), sendo de�nido como “a aplicação contínua de uma estratégia integrada de prevenção ambiental a processos, produtos e serviços, para aumentar a e�ciência de produção e reduzir os riscos para o ser humano e o ambiente” (GIANNETTI, 2006, p. 29). Na próxima aula, abordaremos o termo de forma mais aprofundada. Até lá! VIDEOAULA Nesta unidade, você aprofundou os seus conhecimentos sobre as características gerais da ecologia industrial, além de aprender sobre alguns conceitos relacionados ao termo e sobre a analogia da ecologia com a indústria. Você também conheceu os instrumentos da ecologia industrial e estudou algumas de suas ferramentas. Con�ra, no vídeo a seguir, um resumo do que aprendemos nesta aula sobre ecologia industrial. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 8/33 Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Sustentabilidade, inovação e tecnologia Ao pensarmos em sustentabilidade, muitas vezes levamos em conta apenas o meio ambiente, embora ela tenha três pilares: econômico, social e ambiental. No vídeo indicado a seguir, Carlos Piazza, especialista em sustentabilidade, esclarece esse e outros mitos que povoam o imaginário a respeito da nova economia sustentável. Para assistir, acesse o link a seguir: https://youtu.be/0rz5uEh76kk INTRODUÇÃO Os processos de produção têm como �nalidade satisfazer as necessidades da sociedade. No entanto, diversos impactos ambientais são gerados como resultado da produção e do descarte de resíduos sólidos. Nesse sentido, a produção mais limpa – uma ferramenta da ecologia industrial – tem a capacidade de transformar os processos de produção por meio da implementação de estratégias que ajudam a minimizar os efeitos dos impactos ambientais. Portanto, conhecer e ser capaz de identi�car e analisar os principais fundamentos relacionados à produção mais limpa é fundamental para quali�car pro�ssionais na otimização do setor industrial em concordância com o desenvolvimento sustentável. Aprofunde os seus conhecimentos com o nosso material.Bons estudos! Aula 2 PRODUÇÃO MAIS LIMPA: CONCEITOS E PRINCIPAIS METODOLOGIAS A produção mais limpa, também conhecida pela sigla P+L, pode ser de�nida como uma ferramenta que utiliza estratégias que possibilitam a maximização da produção, minimizando o uso de recursos naturais, como água, energia e insumos em geral, além da redução ou eliminação de produtos tóxicos. 17 minutos https://youtu.be/0rz5uEh76kk 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDescri… 9/33 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA A produção mais limpa, também conhecida pela sigla P+L, pode ser de�nida como uma ferramenta que utiliza estratégias que possibilitam a maximização da produção, minimizando o uso de recursos naturais, como água, energia e insumos em geral, além da redução ou eliminação de produtos tóxicos. Trata-se de uma ferramenta ambiental preventiva para mitigar os impactos ambientais visando melhorar a e�ciência, a produtividade e a competitividade das empresas (UNEP, 2001). De acordo com o relatório Produção mais limpa e o consumo sustentável na América Latina e Caribe (PNUMA, 2004), a produção mais limpa possui quatro temas principais: 1. Uso e�ciente de água: implementação de ações que reduzam o consumo não consciente e o desperdício de água e promovam o reúso dos e�uentes. 2. Uso e�ciente de energia: implementação de ações que reduzam o consumo de energia e promovam a utilização de fontes de energia renovável. 3. Minimização de resíduos sólidos: implementação de ações que diminuam a geração de resíduos e promovam o reúso, a reciclagem e a redução do uso de embalagens. 4. Minimização de poluentes atmosféricos: implementação de ações que promovam a redução das emissões nas fontes, bem como o uso de combustíveis mais limpos. É importante ressaltar que a P+L não tem o tratamento de resíduos como prioridade, mas direciona o foco à prevenção para que eles não sejam gerados. A P+L atua de forma diferente da maioria dos programas de gestão ambiental tradicionais, que se concentram principalmente no tratamento dos resíduos e emissões gerados durante o processo produtivo, conhecido como “produção �m-de-tubo”. No Quadro 1, a seguir, podemos observar uma síntese das principais diferenças entre a produção mais limpa e a “produção �m-de- tubo”. Enquanto a última se dedica à solução do problema sem questioná-lo, na primeira é feito um estudo direcionado às causas da geração do resíduo e ao entendimento desses agentes. Quadro 1 | Produção �m-de-tubo e Produção mais limpa: diferenças Produção �m-de-tubo Produção mais limpa Pretende reação. Pretende ação. Os resíduos, os e�uentes e as emissões são controlados por meio de equipamentos de tratamento. Prevenção da geração de resíduos, e�uentes e emissões na fonte. Procura evitar matérias-primas potencialmente tóxicas. Proteção ambiental é um assunto para especialistas competentes. Proteção ambiental é tarefa para todos. A proteção ambiental atua depois do desenvolvimento dos processos e produtos. A proteção ambiental atua como uma parte integrante do design do produto e da engenharia de processo. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 10/33 Produção �m-de-tubo Produção mais limpa Os problemas ambientais são resolvidos a partir de um ponto de vista tecnológico. Os problemas ambientais são resolvidos em todos os níveis e em todos os campos. Não tem preocupação com o uso e�ciente de matérias-primas, água e energia. Uso e�ciente de matérias-primas, água e energia. Leva a custos adicionais. Ajuda a reduzir custos. Fonte: CNTL (2003, p. 12). Lowe (2001) apresenta cinco instrumentos que, por meio de políticas governamentais, podem moldar o comportamento ambiental da indústria com a aplicação da produção mais limpa: • Regulação: liberação de licenças de funcionamento para empresas somente mediante o cumprimento das normas ambientais e, caso não as obedeçam, as empresas estarão sujeitas a penalidades �nanceiras ou criminais. • Programas voluntários: incentivo à aplicação da produção mais limpa pelas empresas de forma voluntária, mantendo um diálogo interativo com as organizações, enfatizando o compartilhamento e a disseminação de informações e experiências. • Instrumentos baseados no mercado: utilização de variáveis econômicas, como redução de impostos e tarifas, subsídios e outros métodos semelhantes para levar as empresas em direção a decisões ambientalmente bené�cas. • Transparência: disseminação de relatórios ambientais sobre os perigos dos poluentes e divulgação pública dos relatórios de impactos ambientais das empresas para gerar pressão pública sobre as organizações. • Informação e educação: investir na educação com a intenção de criar consciência sobre os riscos dos poluentes para a saúde humana e o meio ambiente. A importância da ação governamental por meio de políticas públicas voltadas para a P+L se dá no sentido de que muitas empresas apenas modi�cam os seus sistemas de produção para estar em conformidade com a legislação. Não há um real compromisso com as questões ambientais por meio da conscientização. Nesse sentido, os instrumentos propostos podem representar grandes mudanças na forma como grandes empreendimentos atuam no mercado. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA NO BRASIL No Brasil, foi criado o Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Rio Grande do Sul com o apoio da United Nations Industrial Development Organization (Unido) e do Unep. Posteriormente, por meio do Conselho Empresarial Brasileiro para o 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 11/33 Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), foram criados núcleos de P+L em todos os estados brasileiros, formando, assim, a Rede Brasileira de Produção Mais Limpa (PEREIRA; SANT’ANNA, 2012). De acordo com o CEBDS (2005), os objetivos da articulação da P+L nos estados seriam: Mesmo que avanços signi�cativos tenham sido alcançados, a Rede Brasileira de P+L encerrou as suas atividades no ano de 2009. Desde então, não há políticas governamentais que determinem a obrigatoriedade da P+L (KANNO et al., 2017). Todas as políticas hoje existentes são de implementação voluntária. No Quadro 2, a seguir, é possível veri�car alguns dos programas existentes de acordo com o seu órgão responsável. Quadro 2 | Órgãos públicos e privados com ações direcionadas para a P+L Órgão Programas Ministério do Meio Ambiente (MMA) Articula diversos programas que estimulam práticas mais responsáveis por organizações e cidadãos: Programa Agenda 21; Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P); Produção e Consumo Sustentável; campanhas de consumo sustentável, entre outros. No MMA, encontra-se a estrutura institucional de meio ambiente do país responsável pela gestão ambiental. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Coordena todas as atividades ligadas aos setores produtivos e meio ambiente. Em 2011, lançou o Plano Brasil Maior, que tem como uma de suas metas produzir de forma mais limpa, diminuindo o consumo de energia por unidade de PIB. O Inmetro e o BNDES são entidades vinculadas a esse ministério e que têm forte in�uência na normalização ambiental e no �nanciamento de empreendimentos sustentáveis, respectivamente. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Desenvolve pesquisas e estudos que se traduzem em geração de conhecimento e de novas tecnologias, bem comona criação de produtos, processos, gestão e patentes nacionais. Em suas ações, há muita ênfase nas mudanças climáticas e inovações tecnológicas. Alguns dos órgãos de �nanciamento atrelados ao MCTI são: CNPq, Finep, FNDCT e GEF. • Colaborar para a redução ou minimização dos impactos ambientais. • Disseminação das práticas de produção mais limpa. • Fortalecimento de ações integradas entre aspectos de qualidade ambiental, segurança e saúde. • Promoção de pesquisa e desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas. • Consolidação das experiências dos integrantes da rede em um banco de dados. — (CEBDS, 2005, p. 3). 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 12/33 Órgão Programas Ministério de Minas e Energia (MME) O Plano Nacional de E�ciência Energética (2011) traz diretrizes especí�cas para as empresas otimizarem o uso de energia e sua e�ciência. Petrobras e Eletrobras são entidades desse ministério. Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) O objetivo do CNTL é incentivar o desenvolvimento sustentável, sempre buscando uma maior e�ciência dos processos econômicos para as empresas. O CNTL in�uencia as políticas públicas nacionais relacionadas à gestão ambiental das organizações, prepara consultores por meio de capacitação teórico-prática e contribui para a instalação de vários núcleos de P+L em todo o país. Suas ações nos estados são feitas em articulação com o CNI e as Federações de Indústrias locais. Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) Criado em 1997 por empresários, lidera esforços para a implantação do desenvolvimento sustentável no país, promovendo seminários, reuniões, debates e trabalhando com organizações governamentais, não governamentais e instituições acadêmicas por meio de suas câmaras técnicas especializadas, dentre elas P+L. Ao CEBDS, vinculava-se a Rede Brasileira de P+L. Confederação Nacional das Indústrias (CNI) Responsável por formular linhas de ação para aumentar a competitividade das indústrias a partir da preservação do meio ambiente. Dentro do sistema, encontram-se o Senai e o IEL, importantes entidades que oferecem, em todo o país, capacitação e/ou prestação de serviços na área ambiental. Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Possui ações, projetos, produtos e serviços que consideram a cultura do aprendizado e do uso do conhecimento uma forma de garantir a gestão competitiva, e�ciente e moderna dos micro e pequenos negócios. Busca promover a competitividade e a sustentabilidade do país. Está presente em vários espaços de formulação de políticas públicas ambientais e, em alguns momentos, com parcerias para promover a P+L nos estados. Fonte: adaptado de Pereira e Sant’Anna (2012, p. 23). Nas últimas décadas, o pensamento em torno da produção mais limpa passou por incrementos em função da regulamentação com políticas ambientais, pressão de consumidores e da competição do mercado, promovendo uma re�exão sobre produção e consumo sustentável. Agregadas a isso, encontram-se as crescentes preocupações com o aquecimento global e a extrapolação dos limites da biocapacidade do planeta por meio da produção e do consumo. O CEBDS (2003) de�ne o princípio básico da produção mais limpa da seguinte maneira: 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 13/33 Mesmo que a produção mais limpa tenha seu conceito e estratégias muito bem de�nidos, ainda é necessário um esforço para que tais teorias sejam aplicadas na prática, uma vez que a adoção da ferramenta P+L ainda é uma adesão voluntária por parte dos empreendimentos. Ações governamentais são essenciais para promover soluções inovadoras a toda e qualquer empresa, oferecendo oportunidade de competitividade no mercado. APLICAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos – USEPA (1998) elenca os principais benefícios de aplicação da ferramenta de produção mais limpa (Quadro 3). Quadro 3 | Benefícios da aplicação da produção mais limpa Benefícios Resultados Redução de custos operacionais Análise de redução de custos de material ao adotar procedimentos de produção e embalagem que consomem menos recursos. Gestão de resíduos e custos de descarte. Redução de danos ecológicos gerados Melhoria na qualidade do ar como resultado da redução de poluentes no ar. Além disso, a água e a terra não serão contaminadas com poluentes que podem vazar de atividades de geração, transporte, armazenamento e descarte de resíduos. Melhoria da imagem da empresa A imagem da empresa passa ser reconhecida de forma positiva tanto pelos funcionários como pelo mercado. Comunidades vizinhas e potenciais clientes também reagirão favoravelmente por causa das preocupações com a saúde e segurança dos funcionários e sustentabilidade das comunidades. O princípio básico da metodologia de Produção Mais Limpa é eliminar ou reduzir a poluição durante o processo de produção e não no �nal. Isso porque todos os resíduos gerados pela empresa custam dinheiro, pois foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e energia. Uma vez gerados, continuam a consumir dinheiro, seja sob a forma de gastos de tratamento e armazenamento, seja sob a forma de multas pela falta desses cuidados ou ainda pelos danos à imagem e reputação da empresa. A P+L é, portanto, um método preventivo de combate à poluição que leva à economia de água, de energia e de matéria-prima, proporcionando um aumento signi�cativo de lucratividade e competitividade. — (CEBDS, 2005, p. 7). 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 14/33 Benefícios Resultados Redução da responsabilidade civil e criminal Implementar um programa de P+L diminui a responsabilidade, pois o volume total de resíduos gerados é reduzido. Mesmo não sendo tóxicos ou perigosos, ainda é interesse do produtor adotar o programa. Regulamentações governamentais muitas vezes ameaçam impor pesadas multas e, em alguns casos, até prisão para produtores de grandes volumes de resíduos. Fonte: Usepa (1998). O estado do Rio Grande do Norte, em parceria com o Sebrae, por meio de cursos de capacitação, formou a primeira turma de consultores em P+L do estado no ano de 2003 com o objetivo de aplicar a metodologia em empresas na região. Inicialmente, seis organizações foram bene�ciadas com as consultorias e o investimento girou em torno de R$ 21.000,00, tendo um retorno superior a R$ 150 mil em apenas um ano, como é possível observar no Quadro 4, a seguir: Quadro 4 | Investimento, retorno e benefícios ambientais após implementação de metodologias P+L em empresas do estado do Rio Grande do Norte no ano de 2005 Setor aplicado Investimento (R$) Benefício bruto (R$) Benefício ambiental Indústria de pani�cação 505,00 40.374,00 Redução do consumo de água (17.294 m3/ano) e diminuição no consumo de soda cáustica (50%). Indústria de abates de aves 1.990,00 45.014,00 Redução do consumo de água (3.695 m3/ano) e recuperação do sangue (79.200 kg). Indústria de laticínios 140,000 673,000 Redução do consumo de água (32%) e minimização do risco de contaminação dos produtos. Indústria de polpa de frutas 9.000,00 12.066,00 Redução do consumo de água (342 m3/ano) e aproveitamento do composto orgânico (60 t). 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc…15/33 Setor aplicado Investimento (R$) Benefício bruto (R$) Benefício ambiental Indústria de produtos de plástico e �bra de vidro 8.600,00 51.168,31 Melhor aproveitamento de resina e �bra (7.098 kg/ano) e redução na emissão de solventes (3.648 L/ano). Total 21.265,00/ano 150.378,16 Fonte: Pimenta (2007, p. 21). O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (2005) desenvolveu um guia para a implementação da metodologia de P+L em projetos empresariais que visem à eliminação ou à redução dos impactos ambientais. O material apresenta 18 etapas de implementação: • Etapa 1 – É de fundamental importância que a direção e a gerência da empresa apoiem o trabalho para obtenção de bons resultados. • Etapa 2 – Sensibilização dos funcionários por meio da realização de palestras, eventos e informativos a respeito do programa, a �m de informar e mobilizar os colaboradores. • Etapa 3 – Formação do ecotime: escalação de um funcionário de cada setor da empresa, que será responsável por transmitir as informações aos colegas de trabalho. • Etapa 4 – Estabelecimento das metas da P+L: realização de reuniões com o ecotime para apresentar as etapas e os objetivos do programa. • Etapa 5 – Pré-avaliação: avaliação dos conhecimentos da empresa em relação à legislação ambiental. Visitas a todos os setores da fábrica a �m de educar o ecotime com relação ao meio ambiente. • Etapa 6 – Avaliação de entradas e saídas: elaboração de �uxogramas para identi�car tudo que entra e tudo que é gerado na produção, a �m de visualizar o processo produtivo. • Etapa 7 – Tabelas quantitativas: elaboração de tabelas que quanti�cam em massa e em unidade monetária os itens apontados nos �uxogramas. • Etapa 8 – De�nição de indicadores: comparação e análise dos dados gerados com base na produção anual da empresa. • Etapa 9 – Avaliação dos dados coletados: discussão do ecotime sobre os indicadores, levando em conta os custos, a toxicidade de resíduos gerados e legislações ambientais. • Etapa 10 – Identi�cação de barreiras: discussão sobre as di�culdades encontradas para a realização do programa. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 16/33 • Etapa 11 – Seleção do foco de avaliação e priorização: de�nição das etapas, processos ou produtos a serem priorizados. • Etapa 12 – Balanços de massa e de energia: construção do �uxograma quantitativo de entradas e saídas dos �uxos de massa e energia para o processo/produto priorizado na etapa anterior. • Etapa 13 – Avaliação das causas de geração dos resíduos: discussão do ecotime sobre as causas de geração dos resíduos. • Etapa 14 – Geração das opções de P+L: identi�cação de oportunidades de melhorias na produção. • Etapa 15 – Avaliação técnica, ambiental e econômica: veri�cação da origem da matéria-prima, observação dos benefícios ambientais que poderão ser obtidos pela empresa e estudo do período necessário para retorno do investimento. • Etapa 16 – Seleção da opção: após a avaliação das opções identi�cadas na etapa 14, faz-se a escolha daquela que apresenta melhor condição técnica, com os maiores benefícios ambientais e econômicos. • Etapa 17 – Implementação da opção escolhida. • Etapa 18 – Plano de monitoramento e continuidade. VIDEOAULA Nesta aula, você aprofundou os seus conhecimentos sobre as características gerais da produção mais limpa, aprendeu alguns conceitos relacionados ao termo e o seu objetivo. Além disso, também foi possível conhecer as bases da produção mais limpa, bem como os seus benefícios. Por �m, estudamos as etapas de aplicação da produção mais limpa. Con�ra, no vídeo a seguir, um resumo do que aprendemos nesta aula sobre produção mais limpa e conheça uma de suas metodologias de aplicação. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) Neste portal, você poderá acompanhar diversas notícias, casos de negócios, dicas, leis, certi�cações, cartilhas e outras informações sobre como aplicar a sustentabilidade nas empresas. Essas orientações ajudam a implementar a gestão sustentável nos projetos ambientais das organizações, contribuindo para novas oportunidades de negócio e crescimento com a implementação de práticas sustentáveis e cada vez mais competitivas no mercado. Con�ra, no link a seguir, alguns cases de sucesso a partir da implementação de tecnologias limpas. https://www.senairs.org.br/institutos/cases https://www.senairs.org.br/institutos/cases 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 17/33 INTRODUÇÃO Por meio da aplicação da metodologia de produção mais limpa (P+L), o setor industrial passa a ter a competência técnica e as habilidades gerenciais necessárias para desenvolver estratégias que tornem possível projetar novos produtos e serviços, o que levará a uma sociedade mais sustentável. Práticas ecoe�cientes permitem que os empreendimentos reduzam o consumo de recursos e, consequentemente, seu impacto ambiental, enquanto satisfazem as necessidades da sociedade de forma mais e�caz e com custos menores. Já a abordagem de ecodesign ajuda os designers de produto a considerarem o meio ambiente no processo de criação desse espaço. As ecoinovações e o ecodesign compartilham objetivos semelhantes de melhoria, mudança e criação de produtos e processos. Portanto, conhecer e ser capaz de identi�car e analisar os principais fundamentos relacionados a produção mais limpa, ecoe�ciência e ecodesign é de suma importância. Aprofunde seus conhecimentos com o nosso material. Bons estudos! APLICAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA NO SETOR EMPRESARIAL A aplicação de estratégias de P+L nas empresas permite prevenir possíveis impactos ao meio ambiente. Elas podem ser incorporadas ao longo de todo o ciclo de vida de um produto, desde a aquisição de matéria-prima até o descarte �nal. Com base nesse modelo de reestruturação da produção, Giannetti (2006) propõe quatro oportunidades para a aplicação da produção mais limpa nas empresas: • Substituição de matérias-primas. • De�nição da real necessidade de insumos e avaliação da reutilização/reciclagem de subprodutos. • Avaliação das implicações ambientais de embalagens e da distribuição do produto (emissões por transporte). • Estudo para transformação do produto �nal em produto intermediário, fazendo com que o ele possa ser reutilizado ou reciclado no �nal de sua vida útil. Aula 3 PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM PROCESSOS PRODUTIVOS A aplicação de estratégias de P+L nas empresas permite prevenir possíveis impactos ao meio ambiente. Elas podem ser incorporadas ao longo de todo o ciclo de vida de um produto, desde a aquisição de matéria-prima até o descarte �nal. 19 minutos 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 18/33 A seguir, veremos dois casos de sucesso por meio da aplicação de estratégias de produção mais limpa, lembrando que a P+L não considera o tratamento de resíduos, a incineração e até a reciclagem, tendo seu foco direcionado às mudanças dos processos produtivos para prevenir a geração de resíduos. • Alteração da pressão do ar da pistola para pintura Uma empresa do ramo de pintura realizou uma análise do seu processo e veri�cou um desperdício de tinta no uso das suas pistolas de pressão. Foi identi�cado que a partir de uma alteração na pressão do ar das pistolas de tinta, de 60 lbf/in2 para 40 lbf/in2, era possível obter uma redução do consumo de tinta. A identi�caçãodo desperdício e a alteração na tecnologia utilizada proporcionou um benefício econômico de R$ 44.633,26/ano (RODRIGUEZ et al., 2014). • Alteração no método de aplicação de adesivo na indústria metalmecânica Uma indústria metalmecânica utilizava espátulas para aplicação de adesivo, precisando fazer a limpeza das sobras geradas. Após um estudo, a empresa adquiriu pistolas para aplicação de adesivo nas peças, o que provocou uma redução do consumo de matéria-prima e uma menor geração de resíduo. O investimento foi de R$ 1.194,00, resultando em um benefício econômico de R$ 6.562,00/ano e um benefício ambiental da minimização do resíduo de adesivo em 51% (RODRIGUEZ et al., 2014). Rossi e Barata (2009) apresentam, no entanto, algumas possíveis barreiras, por setor, para a implementação das oportunidades de produção mais limpa em empresas de pequeno e grande porte: Setor econômico: • Indisponibilidade de fundos e custos elevados. • Falta de política com relação aos preços dos recursos naturais. • Não incorporação dos custos ambientais nas análises de investimento. • Planejamento inadequado dos investimentos. • Critério de investimento ad hoc pela restrição de capital. • Falta de incentivos �scais relativos ao desempenho ambiental. Sistêmica: • Carência ou falha na documentação ambiental. • Sistema de gerenciamento inadequado ou ine�ciente. • Falta de treinamento dos funcionários. Organizacional: • Falta de envolvimento dos funcionários. • Excessiva ênfase na quantidade de produção em detrimento da minimização dos problemas ambientais. • Concentração das tomadas de decisão nas mãos da alta direção. • Alta rotatividade dos técnicos. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 19/33 • Ausência de motivação dos funcionários. Técnica: • Falta de recursos necessários à coleta de dados. • Recursos humanos limitados ou indisponíveis. • Limitação ao acesso de informações técnicas. • Limitação de tecnologia. • Dé�cit tecnológico. • Limitação das próprias condições de manutenção. Comportamental: • Falta de cultura em “melhores práticas operacionais”. • Resistência a mudanças. • Falta de liderança. • Supervisão de�ciente. • Trabalhos realizados com o propósito de manutenção do emprego. • Medo de errar. Governamental: • Política inadequada de estabelecimento de preço da água. • Concentração de esforços no controle “�m-de-tubo”. • Mudanças repentinas nas políticas industriais. • Falta de estímulo para atuar na minimização da poluição. Ainda que existam barreiras, os cases de sucesso no setor industrial são diversos. No site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2021), é possível veri�car uma lista completa de diversos cases, por setor. Conhecer as barreiras para a implementação de estratégias de P+L nos oferece um melhor preparo para a sua aplicação. ECODESIGN E ECOEFICIÊNCIA São diversas as estratégias, tecnologias e ferramentas consideradas para a aplicação da produção mais limpa, dentre elas o ecodesign e a ecoe�ciência. A incorporação das questões ambientais no desenvolvimento do projeto de um produto, sobretudo no seu design, associada à di�culdade das indústrias em implantar o ecodesign fez com que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborasse uma norma técnica, a 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 20/33 ABNT NBR ISO 14006:2011, que normaliza as diretrizes para incorporar o ecodesign em qualquer organização, independentemente do tipo, do tamanho e do produto fornecido. A ABNT (2011) de�ne o ecodesign da seguinte maneira: Entretanto, apesar de o conceito de ecodesign estar presente em norma técnica, a sua aplicação ainda não é amplamente difundida. Isso acontece pela falta de treinamento de designers para a implementação da ecologia nos seus processos criativos, bem como pelo grau de conhecimento das questões ambientais, que ainda é tímido nos seus processos de formação (DEUTZ et al., 2013). Quando falamos sobre ecoe�ciência, devemos ter em mente a ideia de “produzir mais com menos”, mantendo o setor econômico aquecido, porém aplicando práticas de economia de energia, recursos naturais e redução de emissões. Segundo Madden et al. (2005, p. 3), a ecoe�ciência pode ser de�nida como a “entrega de produtos com preços competitivos e serviços que atendem às necessidades humanas e trazem qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem os impactos ecológicos e a intensidade dos recursos ao longo do ciclo de vida para um nível pelo menos em linha com a capacidade de carga estimada da Terra”. Oportunidades de ecoe�ciência podem surgir em qualquer ponto de todo o ciclo de vida de um produto. Assim, é importante que os funcionários estejam integrados no processo de implementação do programa de ecoe�ciência e entendam o seu conceito, o valor que o projeto pode trazer para a empresa e como fazê-lo acontecer. Isso, por sua vez, requer construção de habilidades e compreensão, a �m de integrar a ecoe�ciência a todas as operações, abrindo espaço para inovação e criatividade. DIRECIONAMENTOS PARA APLICAÇÃO DO ECODESIGN E DA ECOEFICIÊNCIA Madden (2006) identi�cou cinco aspectos para que a ecoe�ciência se torne um elemento estratégico nas empresas: Ecodesign pode ser compreendido como um processo integrado no projeto e desenvolvimento de produto que visa reduzir impactos ambientais e melhorar continuamente o desempenho ambiental dos produtos, durante todo o seu ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima até o �m da vida. A �m de bene�ciar a organização e assegurar que ela atinja seus objetivos ambientais, pretende- se que o ecodesign seja realizado como parte integral das operações de negócio da organização. O ecodesign pode ter implicações para todas as funções de uma organização. As suas práticas podem incluir a escolha de materiais de baixo impacto ambiental, projetos voltados a simplicidade a �m de reduzir o uso de matéria-prima e energia na fabricação de produtos, gerenciamento de resíduos, não utilização de substâncias perigosas, entre outros quesitos que podem ser observados no processo produtivo e que possam reduzir os impactos ambientais negativos gerados pelas indústrias. — (ABNT, 2011, p. 6) 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 21/33 • Ecoinovação: fabricação mais inteligente usando novos conhecimentos para tornar produtos antigos mais e�cientes em termos de recursos, produção e uso. • Otimização de processos: mudar de soluções caras de produção �m-de-tubo para abordagens que evitem a poluição em primeiro lugar. • Reciclagem: reciclagem de resíduos por meio da utilização de resíduos de produtos de uma indústria como matéria-prima e recursos = resíduo zero. • Novos serviços: investir no aluguel de produtos, e não na venda, o que muda as percepções das empresas, estimulando uma mudança para a durabilidade e reciclagem do produto. • Organizações virtuais. A seguir, temos algumas práticas simples, consideradas ecoe�cientes: • Uso consciente da água: a má utilização da água é considerada um dos maiores desperdícios. Portanto, planejar um ciclo de utilização e reutilização proporciona grandes economias �nanceiras que podem ser investidas em outros setores da produção. A indústria da cerveja no Brasil, segundo a CervBrasil, vem adotando medidas e�cazes para a redução do consumo de água, como a recirculação da água no processo produtivo e a captação da água da chuva.Essa água, depois de tratada, é usada para a lavagem dos equipamentos, entre outros �ns (PRADO, 2019). • Uso consciente de energia elétrica: utilize lâmpadas frias (LED), que gastam menos energia, e faça uso de painéis solares. No Brasil, o mercado para implantação de painéis solares que transformam energia solar em energia elétrica, denominada energia fotovoltaica, tem aumentado. Existem startups que alugam os painéis a custo zero, disponibilizando gratuitamente um aplicativo por meio do qual o cliente acessa o sistema de gerenciamento solar (OLIVEIRA, 2021). • Investimento em biocombustíveis: as emissões de gases de efeito estufa geram preocupações com relação ao aquecimento global. Assim, investir em combustíveis produzidos a partir de óleo de cozinha, cana-de- açúcar e biomassa é uma forma de gerar menos poluentes atmosféricos. • Fornecedores locais: priorize fornecedores locais, pois dessa forma haverá redução no uso de combustíveis e emissão de poluentes, diminuindo a pegada de carbono da empresa. A indústria e o mercado de produtos de manufatura têm dado passos importantes para a aplicação do ecodesign, melhorando o desenvolvimento de produtos e serviços em nível operacional. Estratégias de ecodesign envolvem o uso de materiais reciclados ou recicláveis, design com durabilidade, design facilitador da desmontagem dos componentes do produto, de modo que tais itens possam ser prontamente substituídos, reparados ou melhorados, reduzindo também o número de componentes e o consumo de matéria-prima. Outro exemplo de ecodesign foi apresentado pela empresa Lincoln Luxury, companhia de automóveis de luxo da Ford Motor Company, que usou a �bra de folha de bananeira para a fabricação dos tapetes do SUV Lincoln MKT em função de sua excelente resistência ao calor (ROCHA, 2010). O design ecológico também é usado na elaboração de embalagens sustentáveis, como no caso da empresa iFood, que utiliza fécula de mandioca na 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 22/33 fabricação de bioembalagens sustentáveis, que viram adubo em até 90 dias após enterradas. Além disso, a embalagem usa cem vezes menos água para ser produzida e tem benefícios em todas as etapas do seu ciclo de vida (IFOOD, 2021). Ao mesmo tempo, o design ecológico se aplica à indústria da construção civil com relação ao uso e�ciente da energia. Como exemplos, temos o uso de vidros duplos, que melhoram o isolamento térmico e acústico, e o investimento em painéis solares para geração de energia. VIDEOAULA Nesta aula, você aprofundou os seus conhecimentos sobre as etapas para a aplicação da produção mais limpa nas empresas e conheceu algumas das barreiras relacionadas à sua implementação. Além disso, foi possível estudar conceitos importantes sobre ecoe�ciência e ecodesign, bem como algumas práticas de ecoe�ciência. Con�ra, no vídeo a seguir, um resumo do que aprendemos nesta aula sobre produção mais limpa, ecoe�ciência e ecodesign. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Projetos de produto No portal da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), você terá a oportunidade de conhecer quatro casos de sucesso de tecnologias limpas aplicadas ao projeto de produtos. Os projetos incluem desde substituição de matéria-prima até reciclagem de embalagens. Con�ra no link a seguir: https://bit.ly/3EM8X8s Aula 4 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL A International Organization for Standardization (ISO) é reconhecida como uma federação mundial que determina normatizações técnicas internacionais para diversos setores. 18 minutos https://bit.ly/3EM8X8s 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 23/33 INTRODUÇÃO As operações industriais vêm passando por mudanças radicais com implicações signi�cativas, principalmente com a introdução das normas de gestão pela qualidade ambiental, a exemplo da série ISO 14000. No entanto, para que as indústrias alcancem de fato um desenvolvimento industrial sustentável, é preciso mais do que uma certi�cação de conformidade com a série das normas técnicas. É fundamental que se faça uma modi�cação nos processos de produção no sentido de alcançar um sistema de fabricação mais limpo e e�ciente. Diante disso, conhecer e ser capaz de identi�car e analisar as principais normas técnicas relacionadas às tecnologias limpas e seus indicadores de desempenho ambiental é de suma importância para os novos pro�ssionais. Para isso, aprofunde os seus conhecimentos com o nosso material. Bons estudos! AS NORMAS DA SÉRIE ISO 14000 A International Organization for Standardization (ISO) é reconhecida como uma federação mundial que determina normatizações técnicas internacionais para diversos setores. A ISO é formada por representantes de países-membros, sendo, no Brasil, simbolizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em 1996, a ISO o�cializou, com base na norma britânica BS 7750, as primeiras normas da série ISO 14000, procurando estabelecer diretrizes para a implementação de sistemas de gestão ambiental nas diversas atividades econômicas que podem afetar o meio ambiente e para a avaliação e certi�cação desses sistemas, com metodologias uniformes e aceitas internacionalmente (DENIS; DE OLIVEIRA, 2018). A série ISO 14000 é composta por uma série de normas internacionais sobre gestão ambiental (Quadro 1). Quadro 1 | Normas da série ISO 14000 e suas atribuições Norma ISO Atribuição ISO 14001 Estabelece os critérios para o Sistema de Gestão Ambiental. ISO 14004 Fornece diretrizes sobre sistemas e técnicas de suporte. ISO 14010 e 14011 Indicam princípios gerais sobre auditorias ambientais aplicáveis a todos os exames de auditoria ambiental. ISO 14012 De�ne critérios fundamentais para quali�car auditores. ISO 14013 Guia a revisão da certi�cação. ISO 14014 Direciona a revisão inicial em todos os Sistemas de Gestão Ambiental. ISO 14015 Reúne os critérios necessários para uma avaliação do local. ISO 14020 Atua na rotulagem das embalagens e indica os impactos ambientais. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 24/33 Norma ISO Atribuição ISO 14031 Propõe avaliações de comportamento ambiental e ferramentas para alcançar os objetivos ambientais. ISO 14032 Estabelece um guia de indicadores especí�cos para o setor industrial. ISO 14040 Orienta o ciclo de vida de produtos, serviços e processos e suas interações com o meio ambiente, envolvendo desde o uso de recursos naturais até o descarte de resíduos. ISO 14060 Indica quais aspectos ambientais podem ser incluídos nos produtos fabricados pela organização. Fonte: ABNT (1996). A produção mais limpa, como ferramenta da ecologia industrial, está inserida dentro do conceito de gestão ambiental, a qual enfatiza a prevenção da poluição na sua origem e o aumento da qualidade ambiental de processos e produtos (BAAS, 2007). De acordo com Furtado (2000), os empreendimentos industriais que possuem conformidade com a ISO 14001 tornam-se ainda mais e�cazes, com melhoria no desempenho ambiental, quando são aplicados os princípios e objetivos da produção mais limpa, que tem foco direcionado à prevenção da produção de resíduos e emissões. Em 2015, a norma ISO 14001 passou por uma atualização, apresentando uma metodologia para melhorar a organização, a responsabilidade e a e�cácia de seus sistemas com relação à proteção ambiental, denominada ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) (RAMOS, 2019),descrito na Unidade 1 desta disciplina. A norma ISO 14001 adota uma abordagem sistêmica que possibilita à empresa atingir o sucesso sustentável a longo prazo por meio de: 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 25/33 A obtenção de uma certi�cação ISO atesta que o sistema de gestão adotado pelas empresas é potencialmente capaz de produzir resultados sem, no entanto, especi�car a velocidade com que esses resultados aparecerão. O desconhecimento dos limites e objetivos de um processo de certi�cação por uma norma técnica pode levar uma empresa a incorrer em diversos riscos decorrentes da visão distorcida de que basta um bom processo normatizado para a obtenção de resultados (ARAÚJO, 2004). PRODUÇÃO MAIS LIMPA COMO UM COMPONENTE DA GESTÃO AMBIENTAL Diante da preocupação global com as questões ambientais, diversas legislações, diretrizes e normas foram criadas para orientar os sistemas de produção de bens e serviços do setor industrial. Nesse sentido, a certi�cação ISO 14001 é considerada um importante instrumento para atestar o desempenho e a expansão dos negócios. Entretanto, somente por meio da certi�cação ambiental não há garantia de que os sistemas de produção �quem alinhados com a responsabilidade ambiental total. Logo, a produção mais limpa se torna um importante componente da gestão ambiental, uma vez que a ISO 14001 tem seu foco voltado à produção �m- de-tubo. A produção mais limpa, quando comparada à norma ISO 14001, apresenta as seguintes vantagens: • Potencial para o desenvolvimento de soluções econômicas, com redução na quantidade de materiais e energia utilizados. • Possibilidade de inovação empresarial, como resultado da avaliação do processo de produção; minimização de resíduos, e�uentes e emissões. • Redução de riscos nas áreas de obrigações ambientais e eliminação de resíduos. • Proteção do meio ambiente pela prevenção ou mitigação dos impactos ambientais adversos; • Mitigação de potenciais efeitos adversos das condições ambientais na organização; • Auxílio à organização no atendimento aos requisitos legais e outros requisitos; • Aumento do desempenho ambiental; • Controle ou in�uência no modo em que os produtos e serviços da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida; • Alcance dos benefícios �nanceiros e operacionais que podem resultar da implementação de alternativas ambientais que reforçam a posição da organização no mercado; • Comunicação de informações ambientais para as partes interessadas pertinentes. — (ABNT, 2015a, p. 8) 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 26/33 A produção mais limpa pode ser caracterizada como um complemento para as normas técnicas da série ISO 14001. Veja, no Quadro 2, as características comparativas de ambas as vertentes. Quadro 2 | Comparação entre um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) certi�cado pela ISO 14001 e um SGA com aplicação de estratégias de produção mais limpa Parâmetros Sistema de Gestão Ambiental baseado na norma ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental baseado na produção mais limpa Princípio Não de�nido Prevenção da poluição Foco Sistematização de informações relacionadas aos aspectos dos processos de produção: uso de técnicas em geral para minimizar ou tratar os resíduos. Identi�cação de técnicas com prioridade na minimização de resíduos. Objetivo da certi�cação Certi�car os parâmetros do Sistema de Gestão Ambiental, e não o desempenho ambiental. Não certi�cável Custos Elaboração de procedimentos, geração de documentação necessária exigida pela norma ISO 14001 e aplicação de técnicas de tratamento de resíduos. Adoção de medidas visando à minimização do desperdício Instrumentos de marketing Reconhecimento mundial com melhoria na imagem da empresa. Em fase de reconhecimento. Abrangência Políticas ambientais e planos de emergência ambiental com base nos aspectos do tratamento de resíduos. Medidas de redução do consumo de energia, matéria-prima e minimização da geração de resíduos. Fonte: adaptado de Kiperstok et al. (2002, p. 149). A partir do Quadro 2, podemos perceber que a produção mais limpa é um instrumento de gestão complementar para empresas que possuem uma certi�cação ISO 14000 e que desejam se concentrar na direção da minimização de resíduos. Para veri�carmos os efeitos decorrentes das estratégias ambientais implementadas pelas indústrias, os indicadores de desempenho ambiental são uma forma de atestar os efeitos das técnicas e dos processos empregados pela organização sobre o meio ambiente. A norma ISO 14031 tem como �nalidade fornecer diretrizes para a avaliação de desempenho ambiental por meio de indicadores relevantes para diversos tipos de empreendimentos, independentemente do seu tamanho, natureza ou localização. 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 27/33 Há duas categorias de indicadores: os indicadores de desempenho ambiental (IDA) e os indicadores de condição ambiental (ICA). Os IDA fornecem informações sobre o desempenho ambiental de uma organização e se subdividem em (PEROTTO et al., 2008): • Indicadores de Desempenho de Gestão (MPI): fornecem informações sobre os esforços de gestão para in�uenciar o desempenho ambiental de uma organização. Exemplo: o percentual de conformidade da empresa com os requisitos legais. • Indicadores de Desempenho Operacional (OPI): fornecem informações sobre o desempenho ambiental das operações de uma organização. Exemplo: a quantidade de emissões de poluentes reduzida pela companhia. Os indicadores de condição ambiental (ICA) referem-se às atividades e operações que podem ter um impacto na qualidade do meio ambiente. Um fator-chave é garantir que as emissões para a atmosfera, os lançamentos para os cursos d’água e o descarte de resíduos estejam em conformidade com a legislação. A avaliação de desempenho ambiental é um instrumento que também pode veri�car o atendimento às estratégias de produção mais limpa implementadas por parte dos empreendimentos industriais, de forma a obter a melhoria contínua e uma maior e�ciência nos processos. INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL De acordo com a ABNT (1996, p. 6), o desempenho ambiental é de�nido como “resultados mensuráveis do sistema de gestão ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre seus aspectos ambientais com base na sua política, seus objetivos e metas ambientais”. Na escolha dos indicadores de desempenho ambiental de um empreendimento, algumas características devem ser consideradas, como: Para Pegado, Melo e Ramos (2001), a avaliação de desempenho ambiental auxilia na tomada de decisão em todos os níveis do empreendimento, sendo possível, assim, aperfeiçoar as estratégias de gestão ambiental, tendo como vantagens: • A capacidade de sintetizar e melhorar a comunicação das informações entre os processos. • Simplicidade e facilidade de interpretação: escolha métricas que mostrem objetivamente a evolução do indicador com o tempo; • Gastos otimizados: procure selecionar indicadores que possam ser obtidos sem necessidade de exames e análises complexas que geram custos altos; • Agilidade para calcular: dê preferência a dados acessíveis com rápida execução de cálculos; • Usar unidades de medidas conhecidas: medidas objetivas dão clareza aosindicadores. — (ESFERA ENERGIA, 2021, [s. p.]) 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 28/33 • A melhoria na identi�cação das áreas prioritárias de intervenção. • A fácil identi�cação da evolução nos processos no sentido de alcance das metas ambientais determinadas pela estratégia ambiental escolhida. Os indicadores devem re�etir adequadamente os aspectos ambientais signi�cativos e os impactos da organização. Além disso, precisam ser selecionados por responsáveis pelo controle, monitoramento e de�nição de metas. A seguir, veremos alguns exemplos de indicadores ambientais relevantes para os empreendimentos industriais (DANTES, 2006). Indicadores de emissão de gases de efeito estufa • Quanti�cação de emissões anuais totais de dióxido de carbono pela empresa. • Quanti�cação de emissões de dióxido de carbono por funcionário, por unidade de produção. • Comparação das emissões totais de dióxido de carbono ou emissões por funcionário com os anos anteriores. Indicadores de consumo de água • Quanti�cação do consumo total anual de água. • Quanti�cação do consumo de água por funcionário e por unidade de produção. • Comparação do consumo total ou por funcionário com os anos anteriores. Indicadores de geração de resíduos • Quanti�cação da produção anual total de resíduos em toneladas. • Quanti�cação da produção de resíduos por funcionário e por unidade de produção. • Quanti�cação do desperdício total ou desperdício por funcionário em comparação com os anos anteriores. Por meio do uso de diferentes indicadores ambientais, é possível avaliar o desenvolvimento de tecnologias mais limpas em direção a uma cultura industrial sustentável. Portanto, a escolha de indicadores ambientais precisa estar alinhada com as estratégias de produção mais limpa implementadas. Adicionalmente, o comprometimento com as questões ambientais é um diferencial na competitividade empresarial. Demonstre essa responsabilidade na sua vida pro�ssional! VIDEOAULA Nesta aula, você aprofundou os seus conhecimentos sobre as normas técnicas da série ISO 14000, conheceu a sua composição e a sua relação com a produção mais limpa. Além disso, foi possível aprender alguns conceitos relacionados aos indicadores de desempenho ambiental e formas de realizar a quanti�cação dos indicadores. Con�ra, no vídeo a seguir, uma explicação mais detalhada sobre a relação entre as normas técnicas ISO e a produção mais limpa. Videoaula 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 29/33 Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Saiba mais Livro Gestão ambiental na empresa Nesta obra, disponível na nossa Biblioteca Virtual, você poderá aprofundar seus conhecimentos sobre os conceitos e ferramentas para implementar ou aprimorar a gestão da sustentabilidade nas organizações. Os autores selecionaram conteúdos relevantes, embasados na prática e teoria disponíveis, apresentados de forma acessível para leitores que não são especialistas, dando destaque a uma riqueza de informações que certamente contribuem para a consolidação dos conhecimentos dos leitores em uma temática complexa, transversal e transdisciplinar. Para ler, acesse o link a seguir: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597017168/epubc�/6/2%5B%3Bvnd.vst.idre f%3Dcover%5D!/4/2/2%4051:1 Aula 1 BOURG, D.; ERKMAN, S.; CHIRAC, P.J. Perspectives on industrial ecology. Londres: Routledge, 2017. BRASIL. Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a lei n.9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providencias. Diário O�cial da União, Brasília, 3 ago. 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 26 nov. 2021. BRUNDTLAND, G. H. (Coord.). Relatório Brundtland: our common future. Nova York: United Nations, 1987. Disponível em: https://www.are.admin.ch/are/en/home/media/publications/sustainable- development/brundtland-report.html. Acesso em: 2 dez. 2021. FRAGOMENI, A. L. Parques industriais ecológicos como instrumento de planejamento e gestão ambiental cooperativa. 2005. 122 f. Tese (Mestrado em Ciências em Planejamento Estratégico) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: REFERÊNCIAS 7 minutos https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597017168/epubcfi/6/2%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dcover%5D!/4/2/2%4051:1 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597017168/epubcfi/6/2%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dcover%5D!/4/2/2%4051:1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm https://www.are.admin.ch/are/en/home/media/publications/sustainable-development/brundtland-report.html https://www.are.admin.ch/are/en/home/media/publications/sustainable-development/brundtland-report.html 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 30/33 http://www.ppe.ufrj.br/images/publica%C3%A7%C3%B5es/mestrado/Ana_Luiza_Moura_Fragomeni.pdf. Acesso em: 26 nov. 2021. FROSCH, R. A.; GALLOPOULOS, N. E. Strategies for manufacturing. Scienti�c American, v. 261, n .3, p. 144- 152,1989. Disponível em: https://doi.org/10.1038/scienti�camerican0989-144. Acesso em: 2 dez. 2021. GIANNETTI, B. F. Ecologia industrial. São Paulo: Blucher, 2006. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521215011/. Acesso em: 26 nov. 2021. HOMERO, V. Rede Rio conecta o Museu do Amanhã. Faperj, 3 ago. 2016. Disponível em: http://www.faperj.br/? id=3229.2.0. Acesso em: 2 dez. 2021. LOWE, E. A. Eco-Industrial Park Handbook for Asian Developing Countries. Oakland, EUA: Indigo Development, 2001. MELLO, R. F. L. Ecologia industrial e sustentabilidade antropossocial. Educação em Foco, edição 8, p. 13-23, 2016. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/uni�a/wp- content/uploads/sites/10001/2018/06/002_eco_industrial.pdf. Acesso em: 26 nov. 2021. MMA. Ministério do Meio Ambiente. Plano de ação para produção e consumo sustentáveis: subsídios para elaboração. Brasília: MMA, 2011. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/images/arquivos/responsabilidade_socioambiental/producao_consumo/PPCS/PPCS_VolumeII.pd Acesso em: 28 nov. 2021. TEXEIRA, M. G. Aplicação de conceitos da ecologia industrial para a produção de materiais ecológicos: o exemplo do resíduo de madeira. 2005. 159 f. Dissertação (Mestrado em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo) – Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Bahia. UNEP. United Nations Environmental Program. Life cycle management: a business guide to sustainability. Paris: Unep, 2007. Disponível em: https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/7894/DTI0889PA.pdf? sequence=3&%3BisAllowed=. Acesso em: 02 dez. 2021. VEIGA, L. B. E. Diretrizes para a implantação de um parque industrial ecológico: uma proposta para o PIE de Paracambi, RJ. 2007. 233 f. Tese (Doutorado em Ciências em Planejamento Energético) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Aula 2 CEBDS. Guia da produção mais limpa: faça você mesmo. Rio de Janeiro: CEBDS, 2005. Disponível em: https://cebds.org/publicacoes/guia-para-producao-mais-limpa-faca- -voce-mesmo/#.YHnuwCWSnIU. Acesso em: 5 dez. 2021. CNTL. Centro Nacional de Tecnologias Limpas. Implementação de http://www.ppe.ufrj.br/images/publica%C3%A7%C3%B5es/mestrado/Ana_Luiza_Moura_Fragomeni.pdf https://doi.org/10.1038/scientificamerican0989-144 http://www.faperj.br/?id=3229.2.0 http://www.faperj.br/?id=3229.2.0https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/7894/DTI0889PA.pdf?sequence=3&%3BisAllowed= https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/7894/DTI0889PA.pdf?sequence=3&%3BisAllowed= 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 31/33 Programas de Produção mais limpa. Porto Alegre: CNTL SENAI-RS/UNIDO/UNEP, 2003. Disponível em: https://www.senairs.org.br/documentos/implementacao-de-programas-de-producao-mais-limpa. Acesso em: 5 dez. 2021. KANNO, R. et al. Produção mais limpa: conceito, panorama atual no Brasil e análise de casos de sucesso. In: SEMINÁRIO SOBRE TECNOLOGIAS LIMPAS, 7, 2017, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 2017. Disponível em: http://www.abesrs.uni5.net/centraldeeventos/_arqTrabalhos/trab_2_5389_20171113232939.pd Acesso em: 5 dez. 2021. LOWE, E. A. Eco-Industrial Park Handbook for Asian Developing Countries. Oakland, EUA: Indigo Development. 2001. PEREIRA, G. R.; SANT’ANNA, F. S. P. Uma análise da produção mais limpa no Brasil. Brazilian Journal of Environmental Sciences, v. 24, p. 17-26, 2012. Disponível em: http://rbciamb.com.br/index.php/Publicacoes_RBCIAMB/article/view/321. Acesso em: 5 dez. 2021. PIMENTA, H. C. D. Ganho de competitividade e sustentabilidade em micro e pequenas empresas do Rio Grande do Norte através da Produção Mais Limpa. In: PIMENTA, H. C. D.; GOUVINHAS, R. P. (Org.). Ferramentas de gestão ambiental, competitividade e sustentabilidade. Natal: CEFET-RN, 2007. Disponível em:https://memoria.ifrn.edu.br/handle/1044/1004. Acesso em: 5 nov. 2021. PNUMA. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A produção mais limpa e o consumo sustentável na América Latina e Caribe. São Paulo: CETESB, 2004. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/wp-content/uploads/sites/20/2013/11/pl_portugues.pdf. Acesso em: 5 dez. 2021 USEPA. United States Environmental Protection Agency. Principles of Pollution Prevention and Cleaner Production: an International Training Course People’s. Filadél�a [EUA]: Usepa, 1998. Disponível em: http://recp.ge/wp-content/uploads/2015/12/POLLUTION-PREVENTION-AND-CLEANER-PRODUCTION-EPA.pdf. Acesso em: 5 nov. 2021. Aula 3 ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14006: sistema de gestão ambiental: diretrizes para incorporar o ecodesign. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. CASOS de Sucesso. Cetesb, 19 jul. 2018. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/casos- de-sucesso/. Acesso em: 18 dez. 2021. CNTL. Centro Nacional de Tecnologias Limpas. Cinco fases da implantação de técnicas de produção mais limpa. Porto Alegre: Unido; Unep; SENAI-RS, 2003. Disponível em: https://www.senairs.org.br/sites/default/�les/documents/manual_cinco_fases_da_produthoo_mais_limpa.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021. DEUTZ, P.; MCGUIRE, M.; NEIGHBOUR, G. Eco-design practice in the context of a structured design process: an interdisciplinary empirical study of UK manufacturers. Journal of Cleaner Production, v. 39, p. 117-128, 2013. https://www.senairs.org.br/documentos/implementacao-de-programas-de-producao-mais-limpa http://www.abesrs.uni5.net/centraldeeventos/_arqTrabalhos/trab_2_5389_20171113232939.pd http://rbciamb.com.br/index.php/Publicacoes_RBCIAMB/article/view/321 http://recp.ge/wp-content/uploads/2015/12/POLLUTION-PREVENTION-AND-CLEANER-PRODUCTION-EPA.pdf https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/casos-de-sucesso/ https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/casos-de-sucesso/ 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 32/33 GIANNETTI, B. F. Ecologia industrial. São Paulo: Blucher, 2006. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521215011/. Acesso em: 10 dez. 2021. IFOOD triplica fornecedores de embalagens sustentáveis nos últimos meses. iFood, 29 jul. 2021. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/28805/1/2021_LeticiaDeCarvalhoRocha_tcc.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021. MADDEN, K. et al. The ecoe�ciency learning module. Geneva, Switzerland: World Business Council for Sustainable Development (WBCSD); Five Winds International, 2005. Disponível em: http://docs.wbcsd.org/2006/08/E�ciencyLearningModule.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021. OLIVEIRA, B.; CUNHA, B.; MARTINS, S. A aplicação de tecnologias limpas para o desenvolvimento urbano sustentável através da implantação de energia fotovoltaica. Direito e Desenvolvimento, v. 12, n. 1, p. 158- 179, jul. 2021. PRADO, L. Reúso de água gera energia limpa na indústria de cervejas. Bios Consultoria Ambiental, 12 set. 2019. Disponível em: https://www.biosconsultoria.com.br/geracao-de-energia-limpa-reuso-de-agua/. Acesso em: 15 dez. 2021. ROCHA, L. C. Ecodesign no setor automotivo: o uso de materiais ecológicos em componentes de veículos leves faz diferença na intenção de compra do consumidor? 2021. 86 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Administração) – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/28805/1/2021_LeticiaDeCarvalhoRocha_tcc.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021. RODRIGUEZ, G. et al. Produção mais limpa: estudo de caso Plataforma O�shore Piranema. Rio de Janeiro: Rede Sirius, 2014. Disponível em: https://www.rsirius.uerj.br/pdfs/plataforma_o�shore.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021. ROSSI, B. M. T.; BARATA, M. M. L. Barreiras à implementação de produção mais limpa como prática de ecoe�ciência em pequenas e médias empresas no estado do Rio de Janeiro. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ADVANCES IN CLEANER PRODUCTION, 2, 2009, São Paulo. Anais… São Paulo: ACPN Network, 2009. Disponível em: http://www.advancesincleanerproduction.net/second/�les/sessoes/4a/1/M.%20T.%20B.%20Rossi%20- %20Resumo%20Exp.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021. Aula 4 ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14004: sistemas de gestão ambiental: diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001:2004: sistema de gestão ambiental: especi�cações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001:2015: sistema de gestão ambiental: especi�cações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2015a. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14031:2015: sistema de gestão ambiental: especi�cações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2015b. https://bdm.unb.br/bitstream/10483/28805/1/2021_LeticiaDeCarvalhoRocha_tcc.pdf https://www.biosconsultoria.com.br/geracao-de-energia-limpa-reuso-de-agua/ https://www.rsirius.uerj.br/pdfs/plataforma_offshore.pdf 11/04/2024, 20:18 wlldd_221_u2_tec_lim_tra_res https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930463&atividadeDesc… 33/33 ARAÚJO, M. C. C. C. Mapeamento da qualidade ambiental nas organizações privadas de Santa Catarina: ISO 14000 e produção mais limpa. 2004. 93 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. BAAS, L. To make zero emissions technologies and strategies become a reality, the lessons learned of cleaner production dissemination have to be known. Journal of Cleaner Production, v. 15, p. 1205-1216, 2007. DENIS, D.; DE OLIVEIRA, E. C. Gestão ambiental na empresa. 3 ed. São Paulo: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017168/. Acesso em: 17 dez. 2021. ENVIRONMENTAL Performance Indicators, EPI. DANTES, [s. d.]. Disponível em:https://dantes.info/Tools&Methods/Environmentalinformation/enviro_info_spi_epi.html. Acesso em: 17 dez. 2021. FURTADO, J. S. Atitude ambiental na construção civil: ecobuilding e produção limpa. São Paulo: Fundação Vanzolini, 2000. KIPERSTOK, A. et al. Prevenção da poluição. Brasília: Senai/DN, 2002. O QUE são indicadores de desempenho ambiental? Esfera Energia, 2021. Disponível em: https://esferaenergia.com.br/2021/10/12/. Acesso em: 17 dez. 2021. PEGADO, C.; MELO, J.; RAMOS, T. Ecoblock: método de avaliação do desempenho ambiental. In: CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHEIROS DO AMBIENTE, 2001, Lisboa. Anais... Lisboa: APEA, 2001. PEROTTO, E. C. et al. Environmental performance, indicators and measurement uncertainty in EMS context: a case study. Journal of Cleaner Production, v. 16, n. 4, p. 517-530, 2008. RAMOS, G. Sustentabilidade na manufatura - práticas e metodologias aplicáveis à norma ISO 14001. LinkedIn Pulse, 11 fev. 2019. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/sustentabilidade-na-manufatura- pr%C3%A1ticas-e-aplic%C3%A1veis-gisela-ramos/. Acesso em: 17 dez. 2021. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017168/ https://dantes.info/Tools&Methods/Environmentalinformation/enviro_info_spi_epi.html https://esferaenergia.com.br/2021/10/12/ https://www.linkedin.com/pulse/sustentabilidade-na-manufatura-pr%C3%A1ticas-e-aplic%C3%A1veis-gisela-ramos/ https://www.linkedin.com/pulse/sustentabilidade-na-manufatura-pr%C3%A1ticas-e-aplic%C3%A1veis-gisela-ramos/