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1 ROGÉRIO RENZETTI 
AULA 1 – SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO 
1. EMPREGADO 
Art. 3º CLT. Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
→ Pessoa Física / Pessoalidade; 
→ Não eventualidade; 
→ Onerosidade; 
→ Subordinação. 
Obs: Alteridade. 
Art. 444, §único CLT. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às 
hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e 
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de 
diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o 
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
Art. 507-A CLT. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a 
duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde 
que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos 
previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. 
√ - ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS 
→ Exclusividade; 
→ Local da prestação de serviços; 
→ Profissionalidade. 
Art. 6º CLT. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde 
que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e 
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e 
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. 
Art. 3º, §único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição 
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
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Súmula nº 386 do TST. Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o 
reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, 
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no 
Estatuto do Policial Militar. 
 
Art. 456 CLT. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações 
constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os 
meios permitidos em direito. 
Súmula nº 12 do TST. As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do 
empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". 
Art. 16, CLT. A CTPS terá como identificação única do empregado o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). 
→ Prazo para anotação = 5 DIAS ÚTEIS; 
→ Demais anotações (férias, reajuste salarial) = 48 horas; 
→ Anotações: data de admissão, remuneração e condições especiais, se houver. 
Ex: salário utilidade, gorjetas, função externa. 
Art. 41 CLT. Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos 
respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, 
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
Art. 47 CLT. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 
41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por 
empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. 
§1º. Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final 
da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, 
quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte. 
Art. 47-A CLT. Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o 
parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de 
R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado. 
Art. 442-A CLT. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a 
emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no 
mesmo tipo de atividade. 
 
 
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2. EMPREGADOR 
Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. 
 
§1º. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os 
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou 
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 
√ - GRUPO ECONÔMICO 
 
Art. 2º, §2º, CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de 
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo 
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação 
de emprego. 
 
▪ identidade de sócios 
▪ Requisitos indispensável: 
A) interesse integrado; 
B) a efetiva comunhão de interesses; e 
C) a atuação conjunta das empresas integrantes. 
 
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§3º. Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, 
para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva 
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 
▪ Consequências jurídicas do grupo econômico: 
▪ Contrato de trabalho único: 
Súmula nº 129 do TST. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo 
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de 
mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
√ - SUCESSÃO EMPRESARIAL 
Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos 
adquiridos por seus empregados. 
Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará 
os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
▪ Requisitos para a sucessão: 
→ transferência para outro titular (sucessor); 
→ continuidade da atividade. 
Art. 448-A CLT. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos 
arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à 
época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de 
responsabilidade do sucessor. 
§único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar 
comprovada fraude na transferência. 
√ - SÓCIO RETIRANTE 
 
Art. 10-A CLT. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas 
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações 
ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a 
seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora; 
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
 
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Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando 
ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 
√ - PODERES DO EMPREGADOR 
1. Poder de organização; 
2. Poder de controle; 
3. Poder disciplinar 
Súmula nº 77 do TST. Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou 
sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar. 
Súmula nº 51 do TST 
I. As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração 
do regulamento. 
Art. 611-A CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência 
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
VI. regulamento empresarial; 
Art. 456-A CLT. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente 
laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de 
empresas parceiras e deoutros itens de identificação relacionados à atividade 
desempenhada. 
Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo 
nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos 
utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum. 
Art. 373-A CLT. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que 
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades 
estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: 
VI. proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou 
funcionárias. 
Art. 1º Lei nº 13.271/2016. As empresas privadas, os órgãos e entidades da 
administração pública, direta e indireta, ficam proibidos de adotar qualquer prática de 
revista íntima de suas funcionárias e de clientes do sexo feminino. 
 
 
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