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Personalidade e Psicopatologia aplicada ao Direito
Prof.ª Stella Luiza Moura Aranha Carneiro
false
Descrição
Estudo da personalidade e sua relação com a Psicopatologia aplicada
ao Direito.
Propósito
Compreender a origem do conceito personalidade, conhecendo
diferentes teorias e métodos para a sua avaliação, é importante para o
estudo da Psicopatologia para facilitar a sua percepção sobre o
funcionamento dos processos mentais, em sua atuação profissional.
Preparação
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos um dicionário de
Psicologia e a CID – 10 para entender termos específicos da área.
Objetivos
15/08/2024, 08:12 Personalidade e Psicopatologia aplicada ao Direito
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Módulo 1
Personalidade – algumas teorias e métodos
de avaliação
Descrever conceitos de personalidade segundo suas teorias e
métodos de avaliação.
Módulo 2
Psicopatologia aplicada ao Direito
Identificar diferentes quadros psicopatológicos ligados à
personalidade.
Vamos compreender alguns conceitos de personalidade, de acordo
com diferentes teorias da Psicologia, respeitando cada uma das
abordagens estudadas, para identificar alguns métodos de
avaliação da personalidade realizados pelos psicólogos.
Em seguida, vamos relacionar os transtornos da personalidade,
identificados pela CID-10, por meio de suas características
psicopatológicas mais predominantes, chamando atenção desses
quadros clínicos e sua importância na prática e no estudo do
profissional da área de Direito.
Introdução
15/08/2024, 08:12 Personalidade e Psicopatologia aplicada ao Direito
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1 - Personalidade – algumas teorias e métodos de avaliação
Ao �nal deste módulo você será capaz de descrever conceitos de personalidade segundo suas
teorias e métodos de avaliação.
História e conceitos básicos
O termo personalidade e sua origem
A origem do termo personalidade vem da palavra “persona”, nome dado
às máscaras que os atores de teatro usavam para representar papéis
nas peças encenadas na Roma Antiga. Essa definição é uma
representação bem diferente do que a ciência passou a atribuir a essa
palavra. Para o senso comum, isto é, para o nosso conhecimento
adquirido no cotidiano e em nossas experiências vividas, quando se fala
sobre o termo personalidade, normalmente, estamos fazendo referência
a um atributo ou a uma característica da pessoa que nos causou certa
impressão.
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Antiga máscara de teatro usada pelos romanos chamada “persona”.
Exemplo
Suponha que Maria e Luiza são amigas e estão conversando sobre a
compra de uma roupa para uma festa. Maria afirma que comprará um
vestido igual ao que sua prima comprou e Luiza pensa, imediatamente:
- Nossa, que falta de personalidade!
Como você pode observar, não está sendo levado em conta, por Luiza,
uma série de aspectos da personalidade de Maria, mas apenas o que ela
externalizou naquele momento.
Desde épocas remotas, o ser humano tem necessidade de caracterizar e
entender os seus semelhantes. Mas para a Psicologia, como campo
científico, existe uma preocupação em sistematizar e organizar saberes
para poder verificar as personalidades de maneira válida e reconhecer
teorias que permitam entender os fenômenos estudados.
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Veremos algumas teorias antigas sobre a personalidade. Ao revisar
essas teorias, devemos ter em consideração que, naquele período, não
tínhamos o conhecimento que hoje temos sobre o ser humano e a sua
subjetividade.
Algumas teorias antigas sobre a personalidade
Uma das primeiras classificações sobre a personalidade surgiu com
Hipócrates, pai da Medicina Ocidental, no século V a.C., com a teoria
dos humores do corpo.
A saúde seria o resultado do equilíbrio dos fluidos
corporais e os excessos ou faltas destes levariam a
doenças.
Galeno, séculos mais tarde, desenvolveu essa teoria, relacionando-a
com o comportamento e a personalidade dos indivíduos. Cada corpo
seria constituído pela mistura dos fluidos, cuja predominância de um
deles levaria a um tipo de temperamento. Eles seriam:
Temperamento sanguíneo
O sujeito teria um excesso de quantidade de sangue e, em
razão disso, teria como características alegria, confiança,
otimismo e extroversão.
Temperamento �eumático
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O sujeito teria um excesso de fleuma. As consequências desse
excesso seriam apatia, timidez, lentidão e cansaço.
Temperamento colérico
O sujeito teria um excesso de bile amarela e, em consequência,
suas características seriam irritabilidade, impulsividade,
agilidade e intensidade.
Temperamento melancólico
O sujeito teria um excesso de bile negra, levando o seu excesso
à tristeza, ao medo e à introversão. Os antigos gregos e
romanos teorizavam que um excesso de bile negra devia ser
excretado pelo baço e tornaria uma pessoa melancólica ou
depressiva.
Antes de prosseguir, é importante que você compreenda melhor o
significado de alguns termos:
Substância pegajosa que se forma nas vias respiratórias e que
se expectora pela boca (MICHAELIS, 2021).
Fleuma 
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Substância de cor amarelo-esverdeada, de sabor amargo, que o
fígado secreta e que exerce sua atividade no duodeno, com a
função de auxiliar a digestão e a absorção de gorduras (DICIO,
2021).
Outras teorias foram sendo construídas, no decorrer dos séculos, com
destaque para os traços físicos como determinantes da personalidade.
Vamos citar dois nomes de estudiosos famosos nessa área e suas
teorias.
Johann Kaspar Lavater foi considerado o criador da fisiognomonia, que
é a capacidade para conhecer a personalidade de uma pessoa a partir
da sua fisionomia.
Cesare Lombroso, célebre criminalista italiano, fundamentado na
frenologia, desenvolvida por Franz Joseph Gall, afirmava que os
criminosos tinham uma personalidade característica. Essas teorias
surgiram nos séculos XVIII e XIX, respectivamente, destacando o
pensamento desta época.
Johann Kaspar Lavater
Frenologia
Bile amarela 
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Estudo do caráter e das funções intelectuais do homem segundo a
conformação do crânio. Gall estudou a anatomia do encéfalo e baseado
nesse conhecimento, proclamou que as características mentais estavam
associadas a características físicas (DICIO, 2021).
E as novas teorias, será que continuam com as mesmas explicações
para descrever a personalidade?
Estudo e princípios básicos da
personalidade
Teoria da personalidade ou teorias da personalidade?
A conduta humana é complexa. Os estudiosos entendem a
personalidade sob diferentes aspectos, atendendo ao tipo de
comportamento enfocado e à forma de estudá-lo.
Uma teoria da personalidade pode ser considerada
uma organização criteriosa de um conjunto de
conhecimentos sobre o comportamento, abrangendo e
predizendo uma conduta humana ou parte dela.
Não existe uma teoria da personalidade, ou seja, uma teoria que abranja
todos os aspectos do comportamento humano. Mas existem muitas
teorias cuja principal área de interesse se situa no domínio da
personalidade. Essas teorias procuram fazer explicações, predições e
observações válidas sobre o comportamento das pessoas. Existem
vários significados para a palavra personalidade,dependendo do campo
de estudo.
Exemplo
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No Direito, na Filosofia, na Teologia, na Sociologia ou na Psicologia.
Vamos nos deter no Direito e na Psicologia, áreas ligadas ao nosso
estudo.
No Direito, na Roma Antiga, a personalidade era apenas daquelas
pessoas que tinham uma certa posição na sociedade, porque ela era
considerada um privilégio. Somente no final do século XIX, os juristas
alemães sistematizaram os direitos da personalidade.
Podemos afirmar, segundo o Dicionário Jurídico (2016), que a
personalidade “é uma aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a
alguém, para exercer direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem
civil.”. O homem que tem personalidade é aquele que tem capacidade
para ser titular dos seus direitos.
E na Psicologia? Como ocorre o estudo da
personalidade?
Fatores importantes para o estudo da personalidade na Psicologia
Personalidade é um dos conceitos mais amplos na Psicologia, pois
abrange a maioria dos temas estudados por essa ciência. Ao falarmos
de personalidade, podemos destacar alguns princípios que são
fundamentais. Vejamos!
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Princípios que formam a personalidade.
Agora, vamos compreender melhor cada um desses princípios.
 Globalidade
A personalidade é formada por elementos inatos,
adquiridos, orgânicos e sociais.
 Socialização
As características da personalidade se manifestam
e se desenvolvem em situações sociais.
 Dinamicidade
A personalidade envolve um dinamismo, em que
vários elementos interagem, produzindo novas
características.
 Individualidade
A personalidade é sempre uma realidade individual,
que diferencia um ser humano do outro.
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Na atualidade, podemos encontrar diversas pesquisas tentando
relacionar o DNA e várias características como preguiça, gula e
autoestima. Os resultados dessas pesquisas ainda não apresentam um
consenso científico. Esses estudos tiveram início em 1979, e continuam
até hoje, em várias universidades reconhecidas mundialmente pela
seriedade de suas publicações.
Resumindo
A nossa personalidade recebe influência do meio e está em contínua
transformação, desde o início da vida, sofrendo modificações e
aperfeiçoamentos ao longo do desenvolvimento. O estudo da
personalidade, como já comentamos, inclui teorias de várias áreas da
ciência e, no caso da Psicologia, abrange várias abordagens teóricas.
Para o profissional da área do Direito, é importante adquirir um
conhecimento geral sobre esses estudos, para entender a análise do
psicólogo, em um trabalho interdisciplinar, e utilizar melhor esse
conhecimento em suas argumentações.
Teorias da personalidade
Algumas teorias da Psicologia sobre a personalidade
Como já comentamos, não é possível uma teoria sobre a personalidade
que discrimine todos os aspectos do comportamento humano; por essa
razão, vamos expor, de forma resumida, algumas teorias da Psicologia e
o seu entendimento sobre a personalidade.
Psicodinâmicas
Para os estudiosos dessas teorias, que compreendem o psiquismo em
seus aspectos dinâmicos, a personalidade é formada por forças e
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conflitos internos sobre os quais as pessoas têm pouco conhecimento
e, sendo assim, pouco controle.
Um dos teóricos dessa abordagem, Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise,
descreveu a estrutura da personalidade em três componentes que são
apresentados, de forma didática, em separado, mas são interativos e
relacionados a aspectos conscientes e inconscientes. São eles:

Id
O Id é a parte mais primitiva da personalidade, buscando o máximo de
satisfação.

Ego
O Ego busca equilibrar os desejos do Id e a realidade do mundo objetivo
externo, mantendo o indivíduo em segurança e integrado à sociedade.

Superego
E o Superego representa o que é certo e errado em uma sociedade,
conforme o que foi apresentado pelo ambiente.
Essas três instâncias do aparelho psíquico são conceitos abstratos que
descrevem as interações motivadoras de nossos comportamentos.
Sociocognitivas
Essas teorias destacam a influência da cognição — pensamentos,
sentimentos, expectativas e valores — e da observação do
comportamento de outras pessoas na determinação da personalidade.
Os padrões consistentes e duradouros de comportamentos,
sentimentos e pensamentos seriam considerados características da
personalidade de uma pessoa.
Saiba mais
De acordo com Feist, Feist e Roberts (2015), o controle social e o
autocontrole, tão importantes para o desenvolvimento dos indivíduos,
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também podem acarretar efeitos danosos e resultar em
comportamentos inapropriados e no desenvolvimento de
personalidades inadaptadas.
Existenciais/Humanistas
A base da personalidade está na capacidade consciente e automotivada
de mudar e se aprimorar, que cada indivíduo possui. Para essas teorias,
as pessoas têm uma necessidade básica de buscar a autorrealização.
Esse processo pode acontecer durante toda a vida para alguns, e outros
podem perseguir esse propósito, sem nunca o alcançar.
Outra necessidade básica, nessas teorias, é o desejo de ser amado e
respeitado.
Biológicas/Evolucionistas
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Os teóricos dessas abordagens afirmam que a personalidade é
determinada, em parte, pelos genes, ou seja, que os componentes da
personalidade são herdados. As características da personalidade que
foram predominantes e adaptativas entre os nossos ancestrais
apresentam mais chances de serem preservadas e passadas para as
próximas gerações.
Saiba mais
Alguns pesquisadores afirmam que existem genes específicos
relacionados à personalidade (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015).
Teoria dos traços da personalidade
Os traços seriam características consistentes do comportamento, que
aparecem em diferentes situações. O grau em que os traços se
apresentam nas pessoas varia. O principal desafio é identificar os
principais traços predominantes em nossa personalidade.
Saiba mais
Existem diferentes teorias que explicam a personalidade em termos de
traços, mas elas diferem no que diz respeito a quais e quantos traços
são considerados.
Uma das abordagens mais conhecidas nessa área de estudo é a dos
cinco traços ou fatores, também conhecida como Big Five. É uma teoria
da personalidade que estabelece cinco fatores diferentes como centrais
para a formação da personalidade. Vamos conferir esses traços ou
fatores!
 Socialização/amabilidade
Este traço reflete diferenças individuais na
preocupação com a harmonia social.
 Extroversão
Esse traço é marcado pelo profundo envolvimento
com o mundo exterior.
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Qual dessas abordagens fornece o estudo mais
completo sobre a personalidade?
 Realização/conscienciosidade
Este traço mostra uma preferência pelo
comportamento planejado em vez do espontâneo.
 Abertura para experiências
Este traço distingue as pessoas imaginativas
daquelas que são racionais e convencionais.
 Neuroticismo
Este traço demonstra a tendência para
experimentar emoções negativas, como raiva,
ansiedade ou depressão. Muitasvezes, chamada
por alguns estudiosos de instabilidade emocional.
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É importante que você compreenda que dada a complexidade de nossa
personalidade, cada teoria, além de não se esgotar, tentou analisar a
personalidade sobre determinado ângulo, sobre um aspecto diferente,
formador de nossa personalidade.
Dessa maneira, as abordagens, apesar de analisarem aspectos
diferentes, complementam-se em suas colocações e nos mostram as
várias possibilidades de explicarmos a nossa personalidade. Não
querendo simplificar algo tão complexo, mas para que você tenha uma
ideia mais clara sobre o que estamos estudando.
A personalidade seria um conjunto de características
duradouras que se apresentam com permanência nas
atitudes e comportamentos das pessoas, de forma
única em cada um de nós.
Você deve estar pensando, então, como o psicólogo avalia a
personalidade de uma pessoa, já que ela é tão complexa? Será que é
possível medir tudo o que somos? É claro que não, no entanto, algumas
características da personalidade podem ser avaliadas.
Vamos ver, resumidamente, alguns instrumentos de avaliação da
personalidade utilizados pelo psicólogo.
Instrumentos de avaliação da personalidade
Entrevistas
Em uma entrevista, a pessoa terá a oportunidade de relatar a sua
história de vida. Não podemos esquecer que em uma entrevista, além
dos componentes verbais, aparecem os não verbais, importantes fontes
de informação sobre o sujeito.
Em uma entrevista para avaliação da personalidade, é importante
prestar atenção ao relato de sintomas de transtornos comportamentais
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que possam ter acontecido no decorrer do desenvolvimento.
Vamos conferir como podem ser essas entrevistas.
Estruturadas
Com perguntas predeterminadas.
Semiestruturadas
Com perguntas mais subjetivas, além das questões objetivas.
Não estruturadas
Em que o indivíduo fala livremente sobre o que deseja.
Inventários de personalidade
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Os inventários de personalidade têm o objetivo de identificar o perfil dos
indivíduos em relação a certos aspectos da personalidade. São
questionários extensos e detalhados, nos quais as pessoas, ao
preencherem, fornecem informações sobre elas. Em geral, esses
instrumentos podem medir uma ou várias características da
personalidade.
Exemplo
O Inventário Fatorial de Personalidade é um instrumento com o objetivo
de mensurar as dimensões da personalidade que agem nos processos
motivacionais e estão interligadas aos nossos atos e comportamentos.
Testes projetivos
Esses testes apresentam como objetivo principal analisar o
funcionamento mental do sujeito.
São avaliações que se caracterizam por terem estímulos pouco
estruturados e ambíguos para os indivíduos interpretarem, revelando
aspectos mais profundos de sua personalidade.
Os testes projetivos favorecem uma ampla variedade de respostas e
apresentam maior atenção nos aspectos qualitativos do
desenvolvimento do sujeito.
Exemplo
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Você já deve ter se deparado com alguns deles como o teste do
desenho da casa-árvore e pessoa, o teste do desenho da figura humana
e o teste do desenho da família. Por meio do desenho, a pessoa projeta
características de sua personalidade, seus desejos, suas fantasias e
suas necessidades.
Testes situacionais
Os testes situacionais são usados para avaliar características
intrínsecas de uma pessoa em diversos aspectos do dia a dia. São
avaliações dos indivíduos em situações simuladas do cotidiano.
Eles são muito utilizados em situações de recrutamento e seleção, em
que os avaliadores precisam conhecer e avaliar se aquelas
características apresentadas pelos candidatos estão de acordo com as
características da empresa.
Escalas de avaliação grá�ca
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As escalas de avaliação gráfica são avaliações do desempenho das
pessoas, a partir de fatores de análise anteriormente determinados.
Esses fatores são estabelecidos por descrições tanto quantitativas
quanto qualitativas. Um dos exemplos mais comuns são as escalas de
avaliação de desempenho utilizadas, principalmente, nas empresas.
Avaliação psicológica da
personalidade
Vamos agora conferir alguns dos principais instrumentos de avaliação
da personalidade utilizados pelo psicólogo.
Caráter e temperamento
Termos importantes no estudo sobre personalidade
Finalizando, é necessário falarmos de dois termos que, com frequência,
são confundidos com o significado do termo personalidade.
temperamento e caráter. Vamos às suas descrições, segundo
Dalgalarrondo (2018).

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O temperamento, para Dalgalarrondo (2018), citando vários
autores, estaria ligado aos fatores constitucionais e formaria a
base genético-neuronal da nossa personalidade. Por exemplo,
algumas pessoas, desde cedo, apresentam uma tendência maior
à passividade ou atividade, e agem dessa maneira ao longo de
suas vidas. O estudo do temperamento torna-se difícil porque
durante o desenvolvimento somos influenciados por vários
fatores, incorporando aos aspectos inatos outros aspectos
aprendidos, visto que estamos em constante interação com o
meio.
Para o senso comum, a palavra caráter apresenta, quase sempre,
uma conotação moral. Por exemplo, “Fulano não tem caráter” ou
“Fulana tem um bom caráter”. Na área da Psicopatologia, muitos
autores, citados por Dalgalarrondo (2018), apresentam uma
noção de caráter mais específica. Poderíamos chamar de caráter
o conjunto de fatores da personalidade ligados aos aspectos
psicossociais e socioculturais, que desde cedo influenciam os
seres humanos e incidem sobre o temperamento. Pode-se
afirmar que o caráter “diz respeito aos aspectos mais
especificamente psicológicos da personalidade”
(DALGALARRONDO, 2018, p. 494).
Não se deve confundir esses dois termos. Para reforçar, vamos conferir
a observação abaixo!
Atenção!
Temperamento 
Caráter 
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O temperamento estaria ligado a algo mais constitucional do indivíduo,
enquanto o caráter pode ser entendido como a reação mais
predominante da pessoa em relação aos diversos estímulos e situações
do meio.
Citando Trindade (2020, p. 64), que nos proporciona uma definição mais
abrangente e sem vincular a uma escola teórica: “personalidade é um
conjunto biopsicossocial dinâmico que possibilita a adaptação do
homem consigo mesmo e com o meio, numa equação de fatores
hereditários e vivenciais”.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um advogado renomado procurou um psicólogo para que
realizasse um estudo sobre a personalidade de seu cliente. Ao
receber o laudo psicológico, percebeu que a análise sobre o
desenvolvimento das características de personalidade do seu
cliente estava descrita sob a forma de pensamentos, sentimentos,
expectativas, necessidades e valores. Pode-se afirmar que a teoria
utilizadafoi
Parabéns! A alternativa C está correta.
A abordagem Existencial/Humanista da personalidade descreve
como o ser humano forma a sua personalidade a partir de sua
busca para a solução de conflitos humanos básicos, relacionados
às expectativas e aos valores que ele atribui aos outros e a si
mesmo.
A a Psicodinâmica.
B a Evolucionista.
C a Existencial/Humanista.
D a Sociocognitiva.
E a Biológica.
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Questão 2
Nossa personalidade recebe influência do meio e está em contínua
transformação, desde o início da vida, sofrendo modificações e
aperfeiçoamentos ao longo do desenvolvimento. Várias ciências
estudam a personalidade, de acordo com as suas características. A
Psicologia é uma dessas ciências que estuda a personalidade a
partir de
Parabéns! A alternativa A está correta.
Não existe para a Psicologia uma teoria que abranja todo o estudo
da nossa personalidade. Por essa razão, cada teoria da Psicologia
tem uma definição e estabelece seus parâmetros para o estudo da
personalidade.
A várias abordagens teóricas.
B vários meios sociais.
C várias posições religiosas.
D várias teorias do desenvolvimento.
E várias perspectivas biológicas.
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2 - Psicopatologia aplicada ao Direito
Ao �nal deste módulo você será capaz de identi�car diferentes quadros psicopatológicos
ligados à personalidade.
Conceitos básicos e relação entre
Psicologia e Direito
De�nições de Psicologia, Psicanálise, Psiquiatria e Psicopatologia
Antes de começarmos a falar sobre os quadros psicopatológicos
ligados à personalidade, é importante entendermos a diferença entre as
seguintes áreas: Psicologia, Psiquiatria, Psicanálise e Psicopatologia.
Pode ser considerada o estudo científico dos processos mentais
e do comportamento. Os processos mentais envolveriam o
pensamento, a emoção, a atenção, a percepção, a inteligência, a
personalidade, entre outros fatores. Para concretizar o seu
objetivo, essa ciência é constituída de várias teorias que,
segundo a ênfase de seus estudos, estabelece uma série de
procedimentos para provar, cientificamente, suas afirmações.
Psicologia 
Psicanálise 
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Criada pelo médico Sigmund Freud, no final do século XIX, que
fundamenta os seus estudos nos processos inconscientes da
mente humana. Apresenta como forma de tratamento a
aplicação de métodos interpretativos para descobrir e tornar
consciente os motivos inconscientes que levam as pessoas a
adoecerem emocionalmente. A Psicologia usa, em diferentes
oportunidades, como fundamentação teórica na construção de
suas práticas e estudos, a teoria psicanalítica.
É uma área da Medicina que vai se ocupar dos aspectos
fisiológicos e bioquímicos do cérebro, os transtornos derivados
das alterações nele e as possíveis formas de tratamento,
principalmente, quanto ao uso de psicofármacos. Difere da
Psicologia e da Psicanálise, porque a Psiquiatria está
preocupada primordialmente com as disfunções orgânicas que
podem acarretar um transtorno mental e se propõe a tratar
sintomas, como aqueles encontrados nas perturbações do sono,
alterações do humor, entre outros.
Segundo Dalgalarrondo (2018), “é uma ciência autônoma, não é
nem um prolongamento da Neurologia nem da Psicologia”
(p.22). Ela vai estudar a doença mental no que diz respeito às
suas causas, às mudanças acarretadas pela enfermidade e suas
manifestações. O campo da Psicopatologia são os fenômenos
mentais que estão ligados à doença mental. Esses fenômenos
mentais – vivências, estados mentais e comportamentos –
apesar de serem específicos, guardam uma relação com as
experiências psicológicas ditas normais. A Psicologia utiliza
também os desenvolvimentos da Psicopatologia para seus
estudos e suas práticas.
Conceitos fundamentais de Psicopatologia
A Psicopatologia é uma das possíveis formas de compreender a mente
doente, mas não é a única. Assim como em qualquer ciência, não se
Psiquiatria 
Psicopatologia 
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pode entender ou explicar todos os problemas mentais por meio dos
conceitos psicopatológicos. Sempre haverá alguma coisa além das
ciências e que permanece no campo desconhecido.
Vamos começar com um quadro esquemático, que demonstra a
estruturação da Psicopatologia, segundo Nicolau e Rocha (s.d.).
Estruturação da Psicopatologia.
É importante aqui destacar a diferença entre:
Psicopatologia
explicativa
Como o próprio nome
sugere, predominam as
explicações que podem
ser fundamentadas em
conceitos da teoria
psicodinâmica, da
teoria comportamental,
entre outras.
Psicopatologia
descritiva
Enfatiza a descrição e a
identificação de
experiências,
consideradas anormais,
que são relatadas pela
pessoa ou observadas
em seu
comportamento.
Outros conceitos importantes para o nosso estudo são as questões que
envolvem a saúde e a doença. Esse é um tema que vem sendo discutido
por várias ciências, inclusive pelo Direito, e que se mantém polêmico e
amplo.
Em 1946, a Organização Mundial de Saúde definiu saúde como “um
estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Dessa maneira,
saúde não é apenas ausência de doença e, além disso, quando se fala
de estado de completo bem-estar, é provável que quase todos estejam
incluídos. Atualmente, o conceito de saúde está ampliado, para além do
campo biológico, inserindo nessa situação os aspectos históricos,

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sociais, econômicos, políticos, a qualidade de vida, os valores, as
crenças, os direitos, os deveres e as relações construídas no decorrer do
desenvolvimento do indivíduo.
Associado a esses conceitos de saúde e doença, podemos agregar o
termo normalidade. Os critérios de normalidade dependem de opções
filosóficas, ideológicas e pragmáticas. Desse modo, podemos ter várias
concepções para normalidade, segundo Dalgalarrondo (2018). Vamos
conferir!
 Normalidade como ausência de doença
A pessoa não é portadora de nenhum tipo de
distúrbio.
 Normalidade ideal
Depende de critérios socioculturais e ideológicos
arbitrários, isto é, estabelecidos por diferentes
pessoas.
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 Normalidade estatística
A normalidade é estabelecida pelo que aparece
como mais frequente, de forma mensurável.
 Normalidade como bem-estar
Apresentado anteriormente, como um critério da
OMS.
 Normalidade funcional
Em que o disfuncional provoca sofrimento para o
indivíduo e para o seu grupo social.
 Normalidade como processo
Leva em conta aspectos dinâmicos do
desenvolvimento psicossocial, organizações e
reorganizações ao longo do tempo, crises e
mudanças próprias dos períodos do
desenvolvimento.
 Normalidade subjetiva
É a percepção subjetiva do indivíduo em relação à
sua saúde e às vivências subjetivas.
 Normalidade como liberdade
P ibili i di íd i
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Como você pode perceber, os critérios de normalidade e doença variam
de acordo com a forma de trabalhar do profissional e o seu objetivo
neste trabalho. Esse é um ponto que exige sempre uma postura crítica e
reflexiva.
Saiba mais
Quandose estuda a Psicopatologia, é importante ter em mente,
também, o que é um sintoma e um sinal. Você já deve ter escutado,
várias vezes, “Fulano está com sintomas de estresse ou de ansiedade”.
Utilizamos essa palavra, no senso comum, sem levarmos em
consideração sua importância para determinadas ciências.
Segundo Nicolau e Rocha (s.d), a pessoa queixa-se dos sintomas. Os
sinais são as manifestações clínicas percebidas por outra pessoa, isto
é, tudo aquilo que é visível a olho nu.
Exemplo
Em uma consulta, o sintoma é o relato do paciente sobre suas
sensações ou seu sofrimento, na forma que o experimenta. Os sinais
são tudo aquilo percebido pelo especialista ao realizar a consulta.
Possibilita ao indivíduo transitar com graus
diferentes de liberdade pelo mundo e por seu
destino.
 Normalidade operacional
É um critério arbitrário em que se define o que é
normal e patológico e trabalha-se com esses
conceitos.
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De acordo com Dalgalarrondo (2018), no caso da Psicopatologia, deve-
se pensar em dois aspectos básicos do sintoma. Vejamos!
Forma Conteúdo
É a estrutura básica,
semelhante em diferentes
pacientes, por exemplo,
alucinações e delírios.
É dependente da história de
vida de cada um, da cultura e
das características de
personalidade da pessoa, por
exemplo, religioso, político ou
persecutório.
Alucinações e delírios
Segundo Ballone (2019), alucinação é “uma percepção real de algo que não
existe”; delírio é “um juízo falso ao qual a pessoa se apega apesar de todas
as provas em contrário”.
Para melhor compreensão, vamos imaginar que duas pessoas
apresentem a mesma forma de sintoma, delírio.
Pessoa A
Durante sua vida, antes do aparecimento do transtorno mental,
era muito religiosa, e sua doença aparece como um delírio de
conteúdo religioso.
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Pessoa B
Era bastante politizada antes do aparecimento do transtorno
mental, e sua doença surge como um delírio de conteúdo político.
Por fim, ainda falando de sintomas, podemos destacar a diferenciação
entre os termos primário e secundário. O que é chamado de sintoma
primário é a causa e o sintoma secundário é o efeito acarretado.
Exemplo
Em um quadro depressivo, o sintoma primário seria a depressão; o
sintoma secundário seria a perturbação resultante das relações com
outras pessoas, e que depende de cada indivíduo.
Psicopatologia e Direito 
Psicopatologia e sua importância para o Direito 
Existe uma ampla lista de transtornos mentais e suas consequências
são importantes para o Direito. Conhecer as características e
especificidades de vários desses transtornos possibilita, para o
profissional da área do Direito, uma compreensão melhor sobre o ser
humano e suas formas de se manifestar.
Esses transtornos podem ser encontrados em todas as áreas do Direito.
Vamos conferir agora alguns exemplos.
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Todas as ciências são bastante incompletas se as analisarmos de
forma isolada e independente dos outros saberes. Um profissional do
Direito que visualiza apenas a letra da lei, voltado para uma atitude
técnica-instrumental, mostra-se inadequado para a promoção de justiça,
 No Direito Civil
Em alguns casos de interdição, guarda, convivência
entre outros.
 No Direito Penal
Nos casos de inimputabilidade.
 No Processo Penal
Em alguns interrogatórios de réus, oitivas de
testemunhas, entre outros.
 Na Infância e Juventude
Nos casos de abuso sexual de crianças e
adolescentes, alguns casos de atos infracionais
cometidos por adolescentes.
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visto que cada caso exige uma demanda de saberes agindo em
consonância.
O conhecimento de um diagnóstico realizado por um estudo
interdisciplinar é fundamental para a avaliação e a aplicação de uma
decisão justa que objetive a integração do indivíduo, de forma mais
adequada, ao convívio social, sem causar danos a ele, aos outros que o
cercam e à sociedade, em geral. Mas, como reconhecer esses
transtornos e classificá-los? Isso nós veremos a seguir.
Classi�cações dos transtornos
mentais
A classificação dos transtornos mentais tem sido uma meta para
diversas ciências, mas, ao mesmo tempo, esbarra na dificuldade de
consenso sobre os transtornos e o método mais adequado para uma
padronização dos diagnósticos.
As classificações, geralmente, expressam visões de mundo que nem
sempre são compartilhadas por todos, dadas as diferenças culturais e
sociais. Por essa razão, as classificações expressam perspectivas de
mundo, não verdades. Destacaremos dois sistemas de classificações,
considerados importantes na área dos transtornos mentais: a CID-11 e a
DSM-V.
Classi�cação Internacional de Doenças (CID)
É uma forma de classificação sob a chancela da Organização Mundial
de Saúde. Ela tem como base identificar as estatísticas ligadas à saúde
no mundo, podendo orientar as políticas públicas na área.
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A primeira classificação, segundo Almeida et al. (2020), foi em 1900 e
desse período até 1989, a mais ou menos cada dez anos, acontecia uma
revisão. Houve um intervalo de trinta anos desde a décima até a décima
primeira revisão, que entrou em vigor em janeiro de 2022. É uma versão
digital, o que possibilita mais acesso e divulgação.
Saiba mais
A implementação no Brasil é um desafio por causa do idioma, que é o
inglês, e a necessidade de tradução, revisão e adaptação. Pela sua
abrangência, essa classificação será a utilizada para a descrição dos
transtornos da personalidade no presente conteúdo.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)
Está na sua quinta edição. Ele surgiu em 1952, com o objetivo de fazer
um estudo sistêmico sobre os sintomas e o desenvolvimento das
doenças mentais, principalmente na condução de procedimentos
terapêuticos em sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, que
retornavam com problemas emocionais.
Este manual é produzido pela Associação Americana de Psiquiatria
(APA). “O DSM é uma classificação médica de transtornos e, como tal,
funciona como um esquema cognitivo determinado historicamente, o
qual tira vantagem de informações clínicas e científicas para aumentar
sua compreensão e utilidade” (DSM-V, 2014, p. 10).
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Saiba mais
Os grupos que ficaram responsáveis pela última revisão do DSM e da
CID estabeleceram o objetivo de tornar o mais próximo possível as duas
classificações.
Transtornos de personalidade
A definição de personalidade é bastante complexa e esse é um tema
polêmico para a Psicopatologia. Segundo Dalgalarrondo (2018, p. 492),
citando Widiger (2011), uma definição simples de personalidade poderia
ser “o modo característico como uma pessoa sente, pensa, reage, se
comporta e se relaciona com outras pessoas”.
Entretanto, segundo uma abordagem mais completa, podemos entender
personalidade como:
(...) o conjunto integrado de traços
psíquicos, consistindo no total das
características individuais, em sua
relação com o meio, conjugando
tendências inatas e experiências
adquiridas no curso de sua
existência
(DALGALARRONDO, 2018, citando BASTOS, 1997,
p. 492)
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Ao falarmos de transtornos de personalidade é importante compreender
que, durante alguns séculos, esse termo foi considerado de diferentes
formas na Psicopatologia. Por exemplo, insanidade moral,
caracteropatia e até mesmo Psicopatia. Este último termo é muito
utilizado pelo senso comum, também, de modo variável e pouco
preciso.
Os transtornos de personalidade, em geral, acarretam consequências
danosas ao indivíduo, à sua família e às pessoas mais próximas.
Mesmo que o portador de transtorno de personalidade não reconheça
sua problemática, ela acarreta limitações à sua vida. A definição dos
transtornos de personalidade obedece a algumas características, de
acordo com a CID-11 e o DSM-V. São elas, segundo Dalgalarrondo
(2018):
Em geral, com início no final da infância e adolescência, já
aparecendo determinante e duradoura na idade adulta. Pode-se
afirmar que é uma forma anormal de comportamento,
relativamente, estável.
A manifestação desses comportamentos ocorre nas diferentes
vivências do indivíduo. Não é uma reação a uma situação
específica, mas uma forma de agir.
Apresenta uma má adaptação na sua forma de se comportar que
vai contra aquilo que a cultura e a sociedade esperam.
Não há relação com algum comprometimento orgânico ou
transtorno psiquiátrico.
Envolve diversos graus de sofrimento.
Com frequência, leva a um prejuízo nos desempenhos
profissionais e sociais.
O DSM-V (2014) agrupa os transtornos da personalidade em três
subgrupos, para efeitos didáticos e explanativos. Vamos conferir!

Esquisitos e/ou descon�ados

Instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das
atenções
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
Ansiosos e/ou controlados – controladores
Vamos passar agora para três tabelas em que os transtornos da
personalidade são apresentados com algumas de suas características,
segundo o DSM-V e a CID-11. Veja que cada quadro representa um dos
subgrupos mencionados, contendo os transtornos de personalidade que
pertencem ao grupo em questão e suas principais características.
Acompanhe a seguir:
Transtornos da personalidade, segundo o DSM-V e a CID-11 – GRUPO A.
Transtornos da personalidade, segundo o DSM-V e a CID-11 – GRUPO B.
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Transtornos da personalidade, segundo o DSM-V e a CID-11 GRUPO C.
Personalidade antissocial e
psicopatia
Breve análise sobre o transtorno de personalidade antissocial ou dissocial
Os transtornos de personalidade de maior expressão para o Direito
estão no grupo B. Vamos nos deter mais no transtorno de personalidade
antissocial pela sua alta incidência nas questões jurídicas.
As pessoas com esse tipo de transtorno apresentam sérias dificuldade
em realizar interações afetivas, de forma respeitosa e duradoura. Não
levam em consideração os sentimentos das pessoas, mentindo,
enganando, prejudicando os outros, mesmo aqueles que nunca lhe
fizeram nada ou que nem mesmo conhecem.
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São indivíduos reconhecidos e representados na literatura e no cinema,
mas que apresentam uma posição polêmica nos estudos científicos.
É uma doença ou uma variação da normalidade? Em
que local inseri-lo: na categoria do Direito, da Ética e da
Moral ou nas ciências do comportamento?
Há um padrão constante de desconsideração e violação dos diretos das
outras pessoas, apresentando falta de sensibilidade ao sofrimento do
outro. De acordo com o DSM-5 (2014), para que seja feito um
diagnóstico desse transtorno, o indivíduo tem de ter pelo menos três
características, pertencentes a este rol:
1. Desajuste às normas sociais, principalmente relacionado aos
aspectos legais. Muitas vezes, suas ações podem provocar sua
detenção.
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2. Tendência a mentir compulsivamente, falsificar documentos e
papéis, por prazer ou em benefício próprio.
3. Vive o aqui e agora, não conseguindo fazer planos para o futuro.
Seus relacionamentos são iniciados, mas não são mantidos.
4. Constante envolvimento em brigas, discussões e confusões,
devido à sua irritabilidade e agressividade.
5. Não zela pela sua segurança, nem pela dos outros, que são
próximos.
6. Compulsiva irresponsabilidade, não mantendo suas obrigações
sociais e financeiras.
7. Não apresenta remorso pelas suas atitudes, em geral, mostra-se
incapaz de sentir culpa e aprender com as experiências de
punição.
Outras características também podem ser encontradas neste transtorno,
mas não são consideradas critérios de diagnóstico. São elas:
Tendência para culpar os outros e racionalizar suas ações;
Crueldade e prazer em causar sofrimento nos outros;
Indiferença e falta de sensibilidade.
É um quadro que se apresenta com mais frequência em homens, afirma
Dalgalarrondo (2018).
Psicopatia
Esse é um termo bastante confuso e que vem se tornando cada vez
mais popular, principalmente em pareceres jurídicos e documentos
legais, muitos provenientes de perícias nas áreas penais e cíveis. O
termo Psicopatia surgiu para determinar um variado grupo de
psicopatologias, no final do século XVIII. Esse termo apresenta
diferentes significados, dependendo da área do profissional que o
utiliza. Vários autores estudam esse transtorno e, por isso, ele apresenta
diferentes concepções.
Saiba mais
O autor escolhido para desenvolver esse tema foi Jorge Trindade, que é
um investigador nas áreas do Direito e da Psicologia, com alguns livros
publicados sobre este assunto.
Para Trindade (2020), a Psicopatia é um tipo de transtorno de
personalidade, sendo considerado, pelo autor, como o mais grave.
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Segundo Cleckley (1941, 1976) citado por Trindade (2020, p. 206), as
características de um psicopata típico são:
“Charme superficial e boa inteligência, ausência de delírios e
outros sinais de pensamento irracional, ausência de
manifestações psiconeuróticas;
Falta de confiabilidade;
Insinceridade;
Falta de remorso ou vergonha;
Comportamento antissocial e inadequadamente motivado;
Julgamento pobre e dificuldade de aprender com a experiência;
Egocentricidade patológica e incapacidade para amar;
Pobreza geral nas relações afetivas;
Específica falta de insight;
Falta de responsividade na interpretação geral das relações
interpessoais;
Comportamento fantástico com o uso de bebidas;
Raramente suscetível ao suicídio;
Trivial e pobre integração da vida sexual;
Falha para seguir planejamento vital”.
A Psicopatia é considerada resultado da interação de fatores biológicos
e sociais. De acordo com Trindade (2020), o impacto que suas atitudes
causam no meio deu origem ao termo sociopata.
O psicopata determina e segue uma escala de valores
diferente dos valores de sua sociedade.
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Não há, para essas pessoas, a noção de transgressão, lei ou culpa. O
seu comportamento é premeditado e sempre voltado para utilizar as
pessoas como se fossem objetos. Quando suas metas, em função dos
seus interesses, são as mesmas do grupo, pode chegar a ser
considerado um ídolo ou um herói.
Segundo Trindade (2020), há uma concordância quanto aos três eixos
da personalidade, que chamam a atenção em relação às principais
características da Psicopatia – relacionamento com os outros,
afetividade e comportamento.Relacionamento interpessoal
Arrogantes, presunçosos, egoístas, dominantes, insensíveis, superficiais
e manipuladores.
Afetividade
Incapacidade para estabelecer vínculos afetivos profundos e
duradouros, não possuem empatia, remorso ou sentimento de culpa.
Comportamento
Agressivos, impulsivos, irresponsáveis, violadores das leis e convenções
e desrespeito pelos direitos dos outros.
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Muitas pessoas acreditam que todos os psicopatas são
necessariamente criminosos, entretanto, quando eles apresentam esse
comportamento são, qualitativamente, mais perigosos que os outros.
São mais calculistas, mais violentos e, com frequência, predadores em
relação às suas vítimas, seja de forma econômica, afetiva ou física.
Em 1991, Robert D. Hare, psicólogo canadense, especialista em
Psicologia Criminal e Psicopatia, criou uma escala de avaliação da
Psicopatia, chamada mundialmente de Escala Psychopathy Checklist-
Revised (PCL-R), conhecida, também, como Escala Hare. Ela é um
método de avaliação para identificar os graus de Psicopatia de uma
pessoa. Já foi traduzida no Brasil e é estudada e aplicada por vários
profissionais.
A psicopatia e a personalidade
antissocial
Agora, vamos conferir as particularidades e as diferenças entre a
psicopatia e o transtorno de personalidade antissocial.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
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Podemos entender o sintoma como qualquer alteração da
percepção normal que a pessoa tem do seu corpo, seu
metabolismo, suas sensações, podendo ou não ser um indício de
doença. São subjetivos e sujeitos a interpretações e apresentam
dois aspectos básicos importantes para a identificação ou não do
transtorno. Eles são:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A forma e o conteúdo são fundamentais para a caracterização do
sintoma, visto que a forma é a estrutura base do sintoma e o
conteúdo depende da história de cada um.
Questão 2
Estabelecer critérios para a classificação dos transtornos mentais
sempre foi uma meta dos estudiosos na área. Duas classificações
nessa área se destacam pela seriedade das instituições que as
fundamentam. Marque a resposta que melhor identifica essas
classificações e suas respectivas instituições.
A saúde e doença.
B primário e secundário.
C conteúdo e forma.
D normalidade e anormalidade.
E sintoma e sinal.
A
Classificação Internacional de Doenças (OMS) /
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (APA).
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Parabéns! A alternativa A está correta.
A CID é uma classificação estabelecida pela OMS, ao passo que o
DSM é vinculado à Associação de Psiquiatria Americana. Os
responsáveis pelas duas classificações, nas últimas revisões,
estabeleceram como objetivo trabalhar para aproximar os dois
instrumentos.
Considerações �nais
Como vimos, o estudo da personalidade é bastante complexo, mas ao
mesmo tempo, bem instigante. É um estudo inserido em várias ciências
e que também faz parte do nosso cotidiano. Por essa razão, é um tema
que deve ser sempre estudado porque está sempre sendo pesquisado
em suas várias dimensões.
No conteúdo, estudamos as principais teorias sobre a personalidade,
descritas por diferentes Escolas da Psicologia. Foi possível observar
como as definições se complementam, não sendo possível estabelecer
B Classificação Internacional de Doenças (ONU) /
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (OMS).
C
Classificação Internacional de Doenças (APA) /
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (OMS).
D
Classificação Internacional de Doenças (OPAS) /
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (ONU).
E
Classificação Internacional de Doenças (APA) /
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (ONU).
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a definição mais correta ou mais completa, porque irá depender da
teoria que a pessoa escolheu para direcionar seus estudos.
Encaminhamos nosso estudo para a Psicopatologia e foi possível
observar a importância dessa ciência para a compreensão do ser
humano, suas adversidades e seu sofrimento mental. Algumas
classificações dos transtornos mentais foram apresentadas, com
ênfase nos transtornos da personalidade, com destaque especial para o
transtorno de personalidade antissocial ou dissocial e a psicopatia, que
predominam nas questões ligadas ao Direito.
Podcast
Agora, vamos refletir sobre a forma em que o estudo da personalidade e
da Psicopatologia é aplicada ao Direito.

Explore +
Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Assista ao Café Filosófico: A História da Psicopatologia no Brasil, com
Benilton Bezerra e entenda as respostas para as perguntas: O que é ser
"normal"? O que significa "patologia mental"? Qual o limite entre uma
diferença extravagante e a expressão de uma doença da mente? Como
lidar com os que rotulamos como sendo loucos ou portadores de
transtornos mentais?
Leia o texto Cavallini O conceito de personalidade no âmbito dos
direitos da personalidade, de Ivan Dias Motta e Viviane Cristina,
publicado na Revista Jurídica Cesumar - Mestrado, v. 9, n. 2, p. 619-633,
jul./dez. 2009. O trabalho discute o conceito do que seja personalidade,
a partir de algumas ciências, como a Antropologia e a Psicologia,
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finalizando com uma abordagem da realidade jurídica sobre a
personalidade, na área dos direitos da personalidade.
Assista ao filme Coringa (2019), um clássico sobre o transtorno de
personalidade antissocial. A história se desenvolve em Gotham City,
anos 1980. Arthur (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço nas ruas da
cidade, mas toda semana precisa prestar contas aos agentes sociais,
devido aos seus problemas mentais. Após ser ridicularizado por alguns
homens, ele se descontrola e decide matá-los, mas acaba iniciando uma
guerra contra a alta classe da região e fica registrado pelo nome
Coringa.
Leia a entrevista com Robert Hare, na Revista Veja, publicada em março
de 2009. O psicólogo canadense, criador de uma escala usada para
medir os graus de Psicopatia, explica por que uma pessoa
aparentemente normal pode fazer as piores coisas sem sentir remorso.
Referências
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